PES COURSE - RECIFE (Atlantic forest and climate change in Brazil’s northeast region / MARCELO TABARELLI)

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A Floresta Atlântica e a Mudança do Clima no

Nordeste do Brasil

Dr. Marcelo TabarelliLaboratório de Ecologia Vegetal

Universidade Federal de Pernambucomtrelli@ufpe.br

Conteúdo• O que é a floresta Atlântica nordestina;• Que tipo de pressão a floresta está sofrendo;• Como a floresta responde as pressões

antrópicas;• Como as mudanças climáticas influenciam a • Como as mudanças climáticas influenciam a

resposta da floresta;• Qual o destino da biodiversidade e dos serviços

ambientais em função da resposta as mudanças;

• De que forma podemos mitigar os danos causados pelas ações antrópicas e preservar a biodiversidade e os serviços da floresta.

Esclarecimento

• Informações representam hipóteses de trabalho;

• Hipóteses baseados em estudos conduzidos na FAN;

• As hipóteses estão na fronteira do • As hipóteses estão na fronteira do conhecimento;

• São válidas para todas as florestas tropicais;

• Abordagem biológica no nível de ecossistema.

A Floresta Atlântica

Floresta Atlântica nordestinaMatas Secas

• Aves

56.400 km2

Hiléia Sul-Bahiana

Fonte: IBGE (1995)

• Aves• Plantas Lenhosas• Anfíbios• Borboletas

Floresta Atlântica Nordestina

Sul-Atlântico nordestinas

Amazônico-nordestinas

Floresta Atlântica Nordestina

> 2000 plantas vasculares

418 espécies de avesParaíba

4,6% da área originalPernambuco

Diversidade subestimada

Aechmea gustavoi

Glaucidium mooreorum

A Floresta Atlântica Nordestina é única!Nordestina é única!

A pressão sobre a floresta

Source: Carlos A. Peres The Amazon region

Incêndios florestais

The Amazon region

Defaunação

Source: Rhett A. Butler / mongabay.com

Floresta Atlântica Nordestina

• 1989-2000• 5,6% dos fragmentos desapareceram;• 11,4% dos fragmentos ficaram menores;• média 35,7% menores;• média 35,7% menores;• 10% da floresta remanescente

desapareceu;

Tabarelli & Silva em preparação

Floresta Atlântica NordestinaFloresta Atlântica Nordestina

Paisagens naturais

Perturbações antrópicas

Intensificação uso terra

Paisagens antrópicas

Cobertura florestal+ -

Resposta da floresta as perturbaçõesperturbações

O destino das grandes árvores

Increased wind turbulance

Source: Laurance et al. 2000

Increased physiological stress

Colapso de biomassa e proliferação de pioneiras

Source: Laurance et al. 1997 Science

60

80

100

Per

cent

age

of tr

ee s

peci

es

Forest edge

Forest interior

Proliferação de plantas pioneiras na floresta Atlântica

0

20

40

60

Pioneerspecies

Emergentspecies

Canopyspecies

Understoryspecies

Vertebratedispersedspecies

Ecological groups

Per

cent

age

of tr

ee s

peci

es

Source: Oliveira et al. 2004 Oryx

Extração de madeira e proliferação de pioneiras

Canopy cover

Exploração de madeira e proliferação de pioneiras

Incêndios e proliferação de pioneiras

Source: Ana Alencar

Habitat Fragmentation

Edgeeffects

Fire Logging Hunting

Forest structural collapseElimination of frugivores

Pioneerproliferation

Early-successional systems

Decline of shade-tolerant trees

Source: Tabarelli et al. 2008 Biotropica

Secundarização da floresta

Creation of forest edges

Old-growth

Edge-affected habitats

Retrogressive succession over time

Early-successional system

The retrogressive succession as forest

response

Forest “secondarization” by

repeated fires

Source: Barlow J. & Peres, C.A. 2008. Phil. Trans. R. Soc. B.

High mortality of large treesCollapse of forest structureBiomass collapseProliferation of pioneers and ruderasl

Forest dieback via a

The retrogressive succession as forest

response

Forest dieback via a combination of repeated

fires, logging, and drought

Source: Nepstad et al. 2008. Philos. Trans. R. Soc. B-Biol.

High mortality of large treesCollapse of forest structureBiomass collapseProliferation of pioneers and ruderasl

The retrogressive succession as forest

response

The receding forest edges

Souce: Gascon et al. (2000)

High mortality of large treesCollapse of forest structureBiomass collapseProliferation of pioneers and ruderasl

Agro-mosaicos na Floresta Atlântica Nordestina

The remaining Atlantic forestA collection of secondary stands

A intensidade da resposta (secundarização)

Mid-successional

Old-growth stage

+

-

Forest response to human disturbances

Matrix harshness

Old-growth taxa favoring

Pioneer favoring

Time after initial disturbance

Early successional

+Pioneer favoring

Mid-successional

Old-growth stage

+

-

Collection of forest products

Old-growth taxa favoring

Pioneer favoring

Forest response to human disturbances

Time after initial disturbance

Early successional

+Pioneer favoring

Mid-successional

Old-growth stage

Historical exposure to disturbance

+

-

Forest response to human disturbances

Occurrence of disturbance-adapted species

Occurrence of disturbance-adapted species

Time after initial disturbance

Early successional

Occurrence of disturbance-adapted species

– Mudanças climáticas

Aquecimento Global!!

Mid-successional

Old-growth stage

+

-

Environmental extremes

Forest response to human disturbances

Old-growth taxa favoring

Pioneer favoring

Time after initial disturbance

Early successional

+ Pioneer favoring

Eventos climáticos extremos tendem a intensificar a

secundarização da florestasecundarização da floresta(impacto na escala de ecossistema)

Destino da biodiversidade e dos serviços ambientaisdos serviços ambientais

Spe

cies

rich

ness

dive

rsity

Bio

mas

s

Prim

ary

prod

uctiv

ity

Forest regeneration

Early succ. Mid-successional Late successional

Ecosystem functioning across forest regeneration/retrogressive succession

Time after disturbance

Spe

cies

rich

ness

Fun

ctio

nal

Bio

mas

s

Prim

ary

prod

uctiv

ity

Retrogressive succession

Bio

dive

rsity

ret

entio

n

+

Eco

logi

cal s

ervi

ces

Nee

d fo

r m

anag

emen

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cono

mic

val

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f for

est

Soc

ial a

nd c

ultu

ral d

iver

sity

Land-use intensification

>90% < 50% < 30% < 10%

Intact FragmentedVariegated Relictual

Bio

dive

rsity

ret

entio

n

-

Eco

logi

cal s

ervi

ces

Nee

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est

undisturbed

disturbed

Forest cover

Soc

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iver

sity

Landscape type

Base Biotecnológica

Água

Paisagens antrópicas = ambientes frágeis

Floresta Atlântica Nordestina(Centro Pernambuco)

• Tipos de vegetação Área (km 2) Vegetação remanescente (km 2)

% do total % do total

• Formações pioneiras 2.922,88 (5.1%) 614,74 21,03

• Áreas de tensão ecológica 19.715,18 (34,9) 665,89 3,37

• Fl. Estacional semidecidual 16.045,06 (28,4) 803,72 5,00

• Fl. Ombrófila densa 6.141,02 (10,8) 280,35 4,56

• Fl. Ombrófila aberta 11.576,74 (20,52) 832,92 7,19

• Total 56.400,88 3.197,62 5,66

• Fonte: SOS Mata Atlântica/SNE (1993)

Sistema de UCs

• Número reduzido de unidades (60, 0,3%);• Unidades pequenas (< 500 ha);• Não implantadas (> 90%);• Concentradas na região metropolitana de • Concentradas na região metropolitana de

Recife (40);

Tabela 2. Número de espécies e subespécies de aves em diferentes categorias de distribuição geográfica e de ameaça de extinção nas cinco usinas de açúcar com maior riqueza de aves no Centro Pernambuco.

Categorias/Usinas1 Cruangino. (%)3

Frei Caneca

Santo Antônio Serra Grande

Trapiche

Distribuição geográfica

endêmica floresta Atlântica 8 (28,5) 17 (60,7) 9 (32,1) 21 (75,0)14

(50,0)

endêmica Centro Pernambuco 18 (66,6) 22 (81,4) 13 (48,1) 22 (81,4)19

(70,3)18 (66,6) 22 (81,4) 13 (48,1) 22 (81,4)

(70,3)

Ameaçadas de extinção

Ministério do Meio Ambiente 20 (50,0) 26 (65,0) 16 (40,0) 28 (70,0)22

(55,0)

BirdLife 7 (33,3) 11 (52,3) 5 (23,8) 13 (61,9)10

(47,6)

Total 26 40 23 45 33

Floresta Atlântica Nordestina está submetida a um processo severo de

secundarização que deverá se agravar com as mudanças climáticas globais

Tabarelli et al. (2008) Biotropica

• Espécies ameaçadas

Fonte: Adriano Paglia CI-Brasil

Floresta Atlântica Nordestina

E o caminho a seguir...

Ampliar Proteção

Restaurar a Floresta

com Alta Diversidade

Biológica

Restaurar para...

• Ampliar o tamanho dos fragmentos;• Mitigar efeitos de borda;• Aumentar a conectividade biológica;• Controlar invasoras e pioneiras;• Controlar invasoras e pioneiras;• Recuperar o potencial de prestação de

serviços ambientais ;• Recuperar habitats chaves como as

florestas ciliares;• Ampliar a cobertura florestal.

Corredores de biodiversidade

O aquecimento global pode ajudar a floresta remanescente,

sua biodiversidade e seus sua biodiversidade e seus serviços!!!

Agradecimento!

Obrigado!!

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