Percepção ambiental do bioma caatinga no contexto escolar · Percepção ambiental do bioma caatinga no contexto escolar Environmental awareness of the Caatinga biome in the school
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Revista Iberoamericana de Educación / Revista Ibero-americana de Educaçãovol. 73, núm. 1 [(2017/01/15), pp. 67-86, ISSN: 1022-6508 / ISSNe: 1681-5653
Organización de Estados Iberoamericanos (OEI/CAEU) / Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI/CAEU)
Artículo recibido / Artigo recebido: 08/10/2015; aceptado / aceite: 28/11/2016
Didáctica de las Ciencias / Ensino das Ciências
Percepção ambiental do bioma caatinga no contexto escolarEnvironmental awareness of the Caatinga biome in the school context
Luciana Soares de Souza Professora da Rede Estadual de Educação de Patos/Paraíba. Brasil.Edevaldo da Silva Doutor em Química. Professor da Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Campina Grande, Patos - Paraíba/ Brasil.
ResumoInserir a percepção ambiental no contexto do ensino escolar é de grande importância, para que se inicie a tomada de consciência e percepção do ambiente a partir das primeiras etapas de formação do indivíduo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o con-hecimento e percepção dos alunos do ensino fundamental de escolas da rede pública de Patos, Paraíba, sobre a composição faunística local em especial para répteis e anfíbios do bioma Caatinga e como eles percebem esses animais. Além de avaliar, qualitativamente, uma vivência de aula no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Participaram da pesquisa 120 alunos do Ensino Fundamental de duas es-colas. A coleta de dados foi por meio da aplicação de um questionário constituído por dez perguntas. Os resultados reportaram que os alunos percebem o bioma Caatinga como um ambiente seco e quente, com a percepção limitada da riqueza que nele existe. No total, os alunos citaram 66 espécies de animais que habitam neste bioma. Eles demonstraram saber da importância dos grupos herpetofaunístico para o ambiente e possuem empatia pelos animais deste grupo, mas, sem proximidade. Na aula prática sobre herpetologia, os alunos puderam aprender e conhecer mais sobre herpetologia, desfazendo alguns valores equivocados e compartilhando conhecimento e experiências diferenciadas do seu cotidiano, estimulando um interesse consciente, crítico e científico sobre esses animais.
Palavras-chave: Bioma caatinga, ensino fundamental, herpetofauna, percepção ambiental.
AbstractIncluding environmental awareness in the context of school education is of great im-portance, for it to begin environmental consciousness and awareness-making from the earliest formation of the individual steps. Thus, the aim of this study was to evaluate knowledge and perception of elementary school students from public schools in Patos, Paraíba, about the local fauna composition, especially, for reptiles and amphibians Caa-tinga biome and how they perceive these animals. In addition, it evaluated qualitatively a didactic experience in Herpetology Laboratory of the Federal University of Campina Grande (UFCG). There were 120 students participating of elementary school from two schools. Data collection was through the application of a questionnaire consisting of ten questions. The results reported that students realize the Caatinga biome as a dry and warm environment, with limited perception of wealth that is in it. In total, students cited 66 species of animals that inhabit this biome. They demonstrated to know the importance of herpetofauna groups for the environment and have empathy for animals in this group, but without proximity. In practice lesson in herpetology, the students could learn and know more about herpetology, undoing some misguided values and sharing knowledge and unique experiences of their daily lives, encouraging a conscious, critical and scientific interest on these animals.
Keywords: Elementary school, herpetofauna, environmental perception.
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1. INTRODUÇÃO
O bioma caatinga foi considerando por muito tempo como um ambiente de pouca
riqueza biológica (Abílio, Florentino & Ruffo,2010), sofrendo forte ação antrópica,
com a desagregação e redução de habitats.
Entretanto, alguns preconceitos sobre o bioma Caatinga foram desmistificados,
principalmente àqueles relacionados aos aspectos da pobreza paisagística e da
biodiversidade, percepção adotada por quem o desconhece (Barros, 2004). Sua
biota, ainda pouco conhecida, é diversa como qualquer outro bioma do mundo
(Silva & Fonseca, 2004), rica em endemismos e bastante heterogênea em diversidade
biológica (Alves, Ribeiro, Sousa, Barros & Sousa, 2013).
A escola tem um papel de grande importância na problematização sobre o ensi-
no de ciências que propicie aos alunos conhecimentos sobre o bioma Catinga. É
de grande relevância a contribuição da educação ambiental para a formação de
cidadãos, os quais possam repensar sobre as diferentes problemáticas de sua rea-
lidade e tenham o direito de tomar decisões e agir como indivíduos participativos
(Polli & Signorini, 2012).
No contexto escolar, é importante que o educador e a escola, particularmente da
região semiárida da Caatinga, proporcionem um ensino-aprendizagem que des-
pertem nos alunos a valorização e a importância do seu bioma, devendo ser alvo
de estudo da Ciência nas escolas básicas por meio do estudo de seus elementos
naturais (Kindel, 2012).
Durante a vida escolar, os alunos adquirem valores morais e éticos que os auxi-
liam para tomadas de decisões, atitudes e mudanças em sua vida adulta. Em sua
educação, os alunos desenvolvem valores quanto aos diversos grupos de animais,
de forma a desenvolver valores negativos intrínsecos a determinados grupos de
espécies de animais (Araújo, Kraemer & Murta, 2011), podendo generalizar essa
percepção para o seu próprio bioma.
No contexto didático, a utilização de diversas ferramentas didáticas no ensino
aprendizagem pode estimular o aluno e aproximá-lo do conteúdo (Cunha, 2012),
despertando o seu interesse por conhecer, valorizar e conservar o ambiente que
estão inseridos. Nesse sentido, os processos educacionais têm sofrido transformações
constantes a fim de promover melhorias no aprendizado dos alunos (Lima Filho,
Cunha, Carvalho & Soares, 2011).
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Ferreira, Hartwig & Oliveira (2010) afirmam que a construção de ferramentas
didáticas para serem empregadas no ensino de Ciências permite a ligação entre
teoria e prática, e que essas atividades práticas deverão ser conduzidas, visando
desenvolver nos alunos diversas habilidades e, consequentemente, um raciocínio
crítico e reflexivo. Além disso, a contextualização transdisciplinar dos conteúdos
científicos é importante no ensino (Vinture, Vecchi, Iglesias & Chilardi-Lopes, 2014).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), o aluno deve ser capaz
de formular questões e propor soluções para problemas reais, com capacidade
para aprender, buscar, criar, enfatizar informações, e não somente memoriza-las
(Brasil, 1996). Apesar dos PCN’s do ensino fundamental definir como necessária
a abordagem dos saberes, em sala de aula, de forma transdisciplinar, envolvendo
o contexto do ambiente no ensino (Brasil, 1998).
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento e a percepção dos alu-
nos do Ensino Fundamental de duas escolas públicas da cidade de Patos, Paraíba,
sobre a composição faunística do bioma Caatinga, especialmente, sobre os répteis
e anfíbios (grupo herpetológico). Além de avaliar, qualitativamente, uma vivência,
com os alunos, didática prática, em um laboratório de herpetologia.
2. METODOLOGIA
2.1 Caracterização da área de estudo
O Município de Patos está localizado na mesorregião do sertão paraibano
com densidade demográfica de 105.531 há/km² (IBGE, 2015). Sua vegetação é
típica de Caatinga, a temperatura média anual é de 25,5 ºC, sendo janeiro o mês
mais quente (26,8 ºC) e julho o mais frio (23,3 ºC). Os meses mais chuvosos são
março (213 mm) e abril (177 mm), enquanto agosto (3 mm) e setembro (1 mm)
são os mais secos, com precipitação média anual é de 728 milímetros (mm), e
apresentando um relevo com uma cadeia de inselbergs (Climate-data.org, 2015).
Essas características favorecem a boa coleção herpetofaunística nas diferentes
estações do ano.
2.2 População e Amostra
A pesquisa foi realizada com alunos das séries finais (8º e 9º anos) do Ensino Fun-
damental em duas escolas públicas da cidade de Patos, Paraíba. Os nomes das
escolas assim como o número total de alunos matriculados e entrevistados estão
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descritos na Tabela 1. O tamanho amostral foi segundo Rocha (1997), considerando
o total de alunos matriculados nas séries pesquisadas (N = 231), sendo definida uma
amostra de 120 alunos, apresentando assim, um erro amostral com cerca de 6%.
A amostragem aleatória e abrangeu alunos de três salas de aula de cada escola.
Tabela 1Escolas, total de alunos matriculados e entrevistados
EscolaAlunos
MatriculadosAlunos
Entrevistados
Drº Dionísio da Costa (DDC) 101 60
Monsenhor Manoel Vieira (MMV) 130 60
Total de alunos 231 120
2.3 Coleta e análise dos dados
Os dados foram coletados em duas etapas distintas da pesquisa. No primeiro mo-
mento, foram coletados dados dos alunos com a aplicação de um questionário
constituído por 10 perguntas (Tabela 2), que versavam sobre a diversidade, ecologia
e percepção dos alunos sobre a fauna, particularmente, sobre espécies de animais
pertencentes aos grupos dos anfíbios e répteis (grupos de animais da herpetologia).
O questionário foi constituído por 03 perguntas discursivas e 07 perguntas cons-
truídas segundo o modelo da Escala de Likert, contendo cinco níveis de respostas.
Tabela 2Questionário aplicado aos alunos entrevistados na pesquisa (Patos, 2015)
1. Quando falamos sobre o bioma “CAATINGA”, que imagens você lembra? Cite, pelo menos 3 imagens.
2. Quais as espécies você conhece que habitam a região onde você mora?
3. Em sua opinião, qual o nível de importância, para a natureza, de animais tais como cobras (serpentes), lagartos e sapos?( ) Nenhuma ( ) quase nenhuma ( ) não sei ( ) pouca ( ) muita importância
4. Quanto você gosta dos animais citados na questão anterior? ( ) Desgosto completamente ( ) Desgosto pouco ( ) gosto ( ) gosto um pouco ( ) gosto muito.
5. Ao notar a presença desses animais o que você tem vontade de fazer?
Dentre as classes de animais abaixo defina o quanto você gosta deles. Considere: 1 - Desgosto completamente; 2 - Desgosto pouco; 3 – gosto; 4 - gosto um pouco; 5 - gosto muito.
6. Aves ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )57. Anfíbios ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )58. Répteis ( ) 1( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
9. Mamíferos ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( )510. Peixes ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
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Em um segundo momento, houve uma aula prática ministrada pelos pesquisado-
res, no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande,
campus de Patos, Paraíba, que proporcionasse uma aula com ferramentas didáticas
diferentes dos habituais, nesse caso, com a utilização e manipulação de espécimes
de animais fixados em coleção do laboratório visitado.
Os dados das perguntas qualitativas foram interpretados baseados na literatura
específica e discurso teórico que qualifique e/ou compreenda melhor o pensamento-
ação do saber do aluno. As espécies citadas pelos alunos foram catalogadas para:
1. Identificação de seu nome científico e; 2. Para identificar quais dessas espécies
citadas são endêmicas do bioma Caatinga.
A relação das espécies da herpetofauna citadas pelos alunos e com ocorrência
no bioma foi obtida a partir de consultas as coleções científicas do Laboratório
de Herpetologia da UFCG, no Centro de Saúde e Tecnologia Rural, na Unidade
Acadêmica de Ciências Biológicas. Além da consulta em literatura específica.
As respostas quantitativas geradas pela Escala de Likert foram interpretadas por
meio das frequências percentuais de cada alternativa, para cada pergunta. Os dados
foram interpretados utilizando o software Microsoft Excel 365.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Perfil dos alunos, conhecimentos prévios e percepção sobre o Bioma Caatinga e sua fauna
Foram entrevistados 60 (50,0%) alunos do gênero masculino e 60 (50,0%) do
gênero feminino, com idades que variaram entre 13 a 18 anos.
Para a maioria dos alunos de ambas as escolas pesquisadas, o bioma Caatinga foi
percebido principalmente pelos seus fatores ambientais abióticos, onde os termos
chaves “seca”, “quente/calor” e “chuva” foram citados por 53,3% (n = 24) dos
alunos da escola DDC e por 48,9% (n = 22) dos alunos da escola MMV (Tabela
3). Dentre os fatores bióticos, eles citaram mais termos relacionados à vegetação
(DDC: 24,4%, n = 11; MMV: 11,1%, n = 05).
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Tabela 3Frequência percentual (Fr) e absoluta (n) dos termos chaves citados pelos alunos como representativos para o bioma Caatinga (N = 89)
Fatores Ambientais
Escolas
DDC (n = 45) MMV (n = 44)
Fr (%) n Fr (%) n
Abióticos 53,3 24 48,9 22
Seca 31,1 14 24,4 11
Quente/Calor 17,8 8 24,4 11
Chuva 4,4 2 0,0 0
Paisagem 17,8 8 20,0 9
Bonita 8,9 4 8,9 4
Feia 2,2 1 4,4 2
Desmatamento 6,7 3 6,7 3
Bióticos 28,9 13 28,9 13
Vegetais 24,4 11 11,1 5
Animais 4,4 2 17,8 8DDC: Escola Dionísio da Costa; MMV: Escola Monsenhor Manoel Vieira.
A lembrança do desmatamento por alguns alunos (Tabela 3), como elementos
deste bioma sugere que eles já percebem as ações antrópicas no ambiente. Dessa
forma, um novo pressuposto para a educação deve ser analisado, onde a gestão
ambiental na escola assim como outros parâmetros organizacionais da vida humana,
estabelecem novos valores culturais, traduzidos em ferramentas teóricas e ações
práticas que vai possibilitar uma nova atitude frente ao mundo e suas preocupações
de preservação do meio ambiente (Aragão, Santos & Silva, 2011).
As características extremas do bioma Caatinga (período seco/chuvoso, abundân-
cia/escassez) são igualmente impressas na percepção dos alunos, havendo alunos
que a percebe positiva ou negativamente, ou até mesmo quanto ao seu estado
transitório (Tabela 4).
A caatinga é um bioma com características climáticas extremas (Menezes, Lira Filho,
Meneses, Lima & Silva, 2015), se destacando como uma das regiões mais quente
do planeta (Alves, Silva & Vasconcelos, 2009). Porém esta condição não impede
que a Caatinga seja rica em recursos naturais (Leal, Tabarelli, Silva & Barros, 2005).
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Tabela 4Tipos de percepções do bioma Caatinga pelo alunos entrevistados
Percepção Termos-chave usados
PositivaBonita - Pés de Favela - Chique Chique
Verde - Chuva - Plantio
Transição seca/chuva Vegetação Seca - Chuva - Vegetação Verde
NegativaSeca - Desmatada - Animais mortos
Paisagem Seca - Vacas Mortas – Calor
A percepção dos alunos deste bioma como seco e quente, reflete a sua marcante
característica climática. Contudo, é importante que aspectos relacionados à bio-
diversidade, conservação e os problemas socioambientais atuais sejam igualmente
lembrados por eles. Caso contrário, a educação transdisciplinar para a vivência do
aluno no contexto do seu ambiente não trará êxito para a formação de seu pensa-
mento crítico, reflexivo e preocupado ambientalmente com o bioma em que vive.
Nossos ecossistemas encontram-se frente a inúmeros problemas ambientais, sendo
cada vez mais visíveis as agressões ao ambiente e os impactos causados aos ecos-
sistemas. Os desmatamentos, a exploração dos recursos naturais, dentre outros,
tem causado consequências ambientais e sociais.
Segundo Vasconcelos e Silva (2015), a educação para uma convivência mais har-
moniosa com o meio ambiente que os alunos estão inseridos propiciará melhor
qualidade de vida para eles. E é pela educação que iremos desenvolver e conhecer
alternativas de preservação, sendo este um dos principais desafios da sociedade
moderna. A escola e seus educadores devem potencializar atividades inovadoras,
sejam com uso da tecnologia, atividades de campo, parcerias com as universida-
des que garanta oportunidade de conhecer e compreender fenômenos naturais,
problemas que envolvem sociedade e meio ambiente e ainda debater importância
e significado de cada ser vivente e seu papel primordial no meio (Petry, Lima &
Lahm, 2010).
Promover a conservação da biodiversidade da Caatinga não é uma ação simples,
uma vez que grandes obstáculos precisam ser superados. A visão antropocêntrica
da sociedade que trata os demais organismos apenas como recursos úteis, não
leva em consideração a grande e complexa rede de interações entre as espécies e
o seu papel essencial no meio, tornando o trabalho de conservação mais árduo,
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contudo o que podemos como educadores é inserir informações que mostrem a
importância deste bioma dentro das salas de aulas e começar a cultivar o interesse
e preservação por partes dos alunos.
Para isso, salientar a importância e atualização de conceitos mais expressivos, amplos
e consciente de preservação do habitat e diversidade biológica, pode modificar
atitudes que seriam levadas a vida adulta. Ser conhecedor e acompanhar como
está o interesse dos alunos para grupos de espécies, pode apontar problemas e
soluções que garantam a preservação do meio natural.
Segundo Sato (2003) os seres humanos não possuem solidariedade e não se reco-
nhece em uma relação com a Terra. Dessa forma, os alunos carecem de desenvolver
a concepção de parte da natureza e sua independência em relação aos outros seres
e considerar as inter-relações locais e globais.
Para tal concepção, o professor é um mediador importante no desenvolvendo de
uma Educação Ambiental que promova ações para sensibilização ambiental sobre
a conservação do bioma Caatinga. Dessa forma, a capacitação docente para esse
saber ambiental é fundamental (Silva, Silva, Silva, Silva & Oliveira, 2015).
A relação de todas as espécies conhecidas pelos alunos entrevistados, de ambas as
escolas, estão relacionadas na Tabela 5. Onde os grupos que compõem a herpe-
tofauna (répteis e anfíbios) corresponderam a 20,8% e 7,4% das espécies citadas,
totalizando 28,2%. Dessa forma, a herpetofauna foi o segundo grupo mais citado.
Para ambas as escolas, a classe de animais mais citada foi a dos mamíferos, repre-
sentando 33,3% (n= 26 para a DDC) e 29,4% (n= 23 para a MMV) de todas as
citações dos alunos, com destaque para animais domesticados (cachorro e gato)
e animais da região da caatinga, tais como a cabra e o bode, além das espécies
menos comuns, tais como: raposa, preá, onça e o gato do mato. Estes números
reportam possível afinidade para este grupo de animais (Figura 1).
Para as classes da herpetofauna os anfíbios possuíram as menores frequências de
citações (8,9%). Dentre todos os grupos, os peixes foram os menos citados (7,6%),
sendo frequente a sua citação de forma genérica, não especificando um nome de
peixe específico. Enquanto que as aves e os invertebrados apresentaram frequência
de citações significativa, com 16,6% e 26,9%, respectivamente.
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Figura 1Percentual das espécies citadas pelos alunos segundo as classes de animais. DDC: Escola Dionísio da Costa; MMV: Escola Monsenhor Manoel Vieira
Dentro do grupo de animais da herpetofauna, foram citadas 18 espécies, sendo 13
répteis e 5 anfíbios (Tabela 5). As mais citadas foram: Lagartos, com 04 espécies,
uma destas considerada exótica a Hemidactylus mabouia, 6 serpentes (Chironius
bicarinatus – Thamnodynastes pallidus – Crotalus durissus – Micrurus sp. –
Philodryas aestiva – Pseudoboa nigra), 3 Testudines (Caretta sp. – Chelonoidis
sp. – Chelodina sp.). Todos os anfíbios citados pertenciam à classe Anura, com
citação mais frequente para a Rhinella icterica (Sapo Cururu). Algumas dessas
espécies estão ilustradas na Figura 2.
Os anfíbios têm grande importância nas cadeias ecológicas e nas indústrias farma-
cêuticas, e como indicadores ambientais para muitos habitats (Lucas & Marrocco,
2011). Haddad (2008) ressalta que a perda deste grupo pode limitar as descobertas
biológicas relevantes. Para este grupo o desconhecimento foi maior, sendo citada
apenas 4 espécies, onde o mais conhecido é o Rhinella icterica (sapo cururu), o
que pode ser devido ao seu vasto aparecimento na época chuvosa e sua proximi-
dade ao convívio humano.
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Tabela 5Lista do nome popular e científico e frequência percentual das classes das espé-cies de animais citadas pelos alunos entrevistados de ambas as escolas (Patos, Paraíba, 2015)
Nome Citado Nome Científico Nome Citado Nome Científico
Mamíferos (22,3%)Cachorro Canis lupus familiaris Onça Panthera sp.Gato Felis catus Vaca Bos sp.Raposa Lycalopex vetulus Cabra Capra sp.Preá Cavia aperea Bode Capra sp.Porco Sus domesticus Boi Bos taurusGato do Mato Leopardus tigrinus Burro Equus sp.Cavalo Equus ferus caballus Rato Ratus sp.Jumento Equus africanus asinus
Aves (14,9%)Galinha Gallus gallus domesticus Papagaio Amazona sp.Galo de Campina Paroaria dominicana Coruja Megascops sp.Pardal Passer domesticus Rolinha Columbina sp.Carcará Caracara plancus Urubu Caragyps sp.Aza branca Patagioenas picazuro marginalis Arara Cyanopsitta sp.
Anfíbios (7,4%)Sapo cururu Rhinella icterica Perereca Scinax sp.Sapo boi Rhinella schneideri Gia Leptodactylus
labyrinthicusRã de Banheiro Scinax sp.Peixes (5,9%)
Traíra Hoplias sp Tilápia Tilapia rendalliCumatã/Curimatã Prochilodus sp. Piaba Leporinus sp.
Répteis (20,8%)Lagarticha Hemidactylus mabouia Jabuti Chelonoidis sp.Tejo Tupinambis merianae Cágado Chelodina sp.Lagarto de muro Tropidurus sp. Tartaruga Caretta sp.Camaleão/iguana Iguana iguana Cobra coral Micrurus sp.
Cobra de leite Pseudoboa nigra CascavelCrotalus durissus
Cobra de cipó Chironius bicarinatus Cobra verdePhilodryas aestiva
Cobra corre-campo Thamnodynastes pallidusInvertebrados (28,3%)
Borboleta Lepidoptera Abelha Apis sp.Mosca Musca sp. Besouro ColeopteraMinhoca Haplotaxida Joaninha CoccinellidaeAranha caranguejeira Lasiodora sp. Gafanhoto CaeliferaCavalo do cão Pepsis fabricius Formiga FormicidaeEsperança Tettigonioidea Barata BlattariaBarbeiro Triatoma infestans Grilo GrylloideaCarrapato Ixodidae/Argasidae Borboleta LepidopteraMuriçoca Diptera Mosca Musca sp.
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Os Répteis estão presentes nos ecossistemas brasileiros e sua distribuição diversa é
predominante em regiões mais quentes por serem ectotérmicos (Waldez, Menin &
Vogt, 2013). Para o grupo dos répteis, os alunos citam 13 espécies, este número
pode estar ligado à presença em maior escala de tempo nas diferentes épocas do
ano deste grupo, justificando um maior contato visual.
Figura 2 Guia de imagens de algumas espécies herpetológicas citadas pelos alunos
Legenda: (a) Iguana iguana - Camaleão; (b) Spilotes pallutus - Caninana; (c) Corallus hotulanus - Jiboia; (d) Micrurus sp. - Coral falsa; (e) Tropidurus sp. - Lagarto de muro; (f) Hemidactylus mabouia - Lagarticha de parede; (g) Rhinella ictérica - Sapo cururu; (h) Scinax sp. - Rã de banheiro; (i) Leptodactylus labyrinthicus - Gia. Fontes das Figuras: A-E: Ítalo Souza; F: www.herpetofauna.com.br; G: Marcelo Kokubum; H: os autores; I: Lindomar Ricardo.
Desde 2000, o Ministério do Meio Ambiente reconhece a necessidade de aumentar
o conhecimento sobre a fauna da caatinga, com isso foi feita uma listagem onde
estão incluídas muitas espécies (Leal, Tabarelli & Silva, 2003). As espécies citadas
para os grupos herpetofaunístico pelos alunos não é tão diversa, não incluindo
espécies como endêmicas do bioma Caatinga.
Foi observado que os alunos se equivocaram quanto ao conceito de espécie,
quando citam nomes que determinam grupos como “sapo”, “peixe” ou “ave” e
não a variedade de sapos, peixes ou aves existentes no bioma.
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Isto é visto quando nesta pesquisa alunos citam “camaleão” para retratar Iguana
iguana, nomes que conferem a duas espécies distinta e uma delas (Camaleão) não
sendo uma espécie existente no bioma, uma citação cultural adaptada e adotada
pela população local. É possível que estejam relacionados adequação e exemplos
apontados na sala de aula e o professor não chame atenção para estas correções
importantes.
Figura 3Interesse dos alunos, das duas escolas, segundo as classes de animais. DDC: Esco-la Dionísio da Costa; MMV: Escola Monsenhor Manoel Vieira
Dentre as diversas classes de animais, os alunos afirmaram ter mais preferência pelos
mamíferos, seguido das aves, peixes, répteis e anfíbios (Figura 3). Para o grupo de
animais herpetológicos (Figura 4A), 41,6% (n= 21, DDC) e 34,9% (n= 15, MMV)
dos alunos gostam pouco ou muito da classe da herpetofauna.
Conhecer sobre a importância do grupo herpetofaunístico pode ajudar nas práticas
de conservação, para 61,6% dos alunos da escola DDC e 66,6% da escola MMV,
os animais que pertencem à herpetologia são considerados importantes para a
natureza (Figura 4B).
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Figura 4Interesse (4A) e percepção da importância (4B) da classe da herpetofauna pelos alunos entrevistados. DDC: Escola Dionísio da Costa; MMV: Escola Monsenhor Manoel Vieira
Além disso, a maioria dos alunos de ambas as escolas DDC: 53,4%, (n= 31); MMV:
46,6%, (n= 28) afirmaram que diante de algum desses animais, eles correriam/
fugiriam ou se afastariam.
Assim, é importante que se avalie a reação dos alunos diante dos grupos que
compõem a herpetofauna, por estarem diretamente ligado a influências externas
seja social, cultural ou intuitiva. Além disso, o desencadeamento de determinadas
atitudes pode influenciar o seu comportamento diante de práticas de preservação
e/ou conservação que envolvam estes animais.
As serpentes são vistas de maneira negativa, sendo o medo, o principal sentimento
despertado por elas, por isso é comum à aceitação de um estereótipo negativo
(Moura, Costa, São-Pedro, Fernandes & Feio, 2010). Já as concepções e repre-
sentações sobre os anfíbios estão ligados a lembranças de experiências pessoais,
brincadeiras infantis e a imagens pesadas por filmes, histórias, mitos e superstições
(Kindel, Wortmann & Souza, 1997).
Segundo Drumond et al. (2004) é fundamental que um programa de uso susten-
tável da biodiversidade da Caatinga e preservação de espécies dentro do bioma
incorpore ações de Educação Ambiental.
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Os indivíduos captam as informações e a influência cultural que o meio oferece a
sua conduta, conceitos e ações são construídos diante o equilíbrio entres os fatores
externos e internos (Silva-Leite, Campos & Pamplin, 2010). Com isto, é importante
refletir como estes assuntos chegam aos alunos e como estes o influenciaram na
sua formação como individuo consciente de seu papel na natureza.
Utilizando outras estratégias didáticas nas aulas, incluindo aplicação de aulas prá-
ticas, atividades em laboratórios ou em campo, filmes e documentários, realização
de passeios a trilhas guiadas e visitas a parques, jardins, museus (Lima, Mayer,
Carneiro-Leão & Vasconcelos, 2008) é capaz de despertar o interesse dos alunos
ao aproxima-los a realidade que os cerca (Cunha, Martins & Feres, 2009).
3.2 Vivência didática em um Laboratório de Herpetologia
Uma das grandes dificuldades para a proteção do meio ambiente está justamente
na existência de diferenças na ideação dos valores e da importância dos mesmos
entre os indivíduos de culturas diferentes, a Educação Ambiental pode ser conside-
rada um recurso eficiente na defesa do meio ambiente, ajudando a reaproximar o
homem da natureza, garantindo um futuro com mais qualidade de vida (Malafaia
& Rodrigues, 2009).
Trazer uma vivência didática e atraente para os alunos pode transformar suas
percepções e modificar suas futuras ações para com o bioma Caatinga e sua diver-
sidade biológica. Pensando neste sentido a pesquisa trouxe no segundo momento
uma vivência didática diferenciada para os alunos, que poderão observar e ter um
contato mais próximo das espécies do grupo herpetofaunístico.
Acreditamos que as universidades podem agir mais diretamente e intensamente
nas escolas, seja nas melhorias do currículo dos futuros profissionais de ensino ou
oferecendo parcerias com as escolas e professores de ciência e da biologia.
A visita dos alunos participantes desta pesquisa ao laboratório de herpetologia da
Universidade Federal de Campina Grande (Figura 5) trouxe uma nova abordagem
didática que levou interação social, bem como união de saberes. Os alunos puderam
indagar suas crenças e mitos, identificar espécies e com isso aprender este conceito
bastante discutido e pesquisado nas universidades e trocar experiências com os
pesquisadores dentro de um novo universo de saber científico.
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A escola é um espaço social que considerando a importância da temática ambiental
deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos
naturais, as ações humanas e sua consequência para consigo, para sua própria
espécie e os outros seres vivos no ambiente (Nascimento & Almeida, 2012).
Aproximar os alunos com a realidade modifica o seu perfil e comportamento entre
os saberes científicos e populares, ajudando no processo de ensino-aprendizagem
e contribuindo para a tomada de consciência ecológica. A educação científica é
fundamental para as mudanças e para um entendimento com criticidade das com-
plexas relações entre Ciência e Sociedade (Souza, Castelo-Branco & Terán, 2014).
Figura 5Vivência didática da aula prática no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos, Paraíba
Cabem neste ensino didático, ferramentas diferenciadas como exemplo dos espaços
não formais que com base na estimulação da inteligência naturalista, se tornam
um grande adepto para a promoção da educação científica, (Teixeira, Queiroz,
Almeida, Ghedin & Fachin-Tyeran, 2012).
O que não é significativo que ocorra neste processo de educação cientifica é a
dissociação dos saberes acumulados ao longo dos anos escolares e vivência em
sociedade dos alunos, estes podem ser somados ao novo modelo educacional
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proporcionado pelas ferramentas didáticas e moldado coma seriedade da ciên-
cia em conhecer e preservar cada elemento na natureza (Marques, Gonçalves &
Aguiar, 2011).
Outros Exemplos são os laboratórios móveis que media a prática e a teoria
encontrando uma solução didática para a falta de laboratório ou espaço físico nas
escolas (Pereira & Azevedo, 2014.), além do uso de analogias como recurso didático,
este faz parte do processo cognitivo humano e possibilita o aluno a distanciar-se
da incompreensão dos conceitos científicos e aproxima-los do entendimento do
assunto tratado (Soares, Ferraz & Justina, 2008).
Essas atividades didáticas podem ser desenvolvidas pelo professor buscando alcançar
os objetivos proposto, não como algo prescrito e mecanizado que desconsidera
o contexto que os alunos estão inseridos, mas sim como algo livre e associado a
suas experiências externas. Essas contextualizações devem estar relacionadas com a
realidade local em que o aluno esteja no caso o bioma Caatinga e sua diversidade,
para que o aluno possa interligar sua problemática e realidade do bioma (Duarte,
Almeida, Arruda, Campos & Machado, 2014).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos associam o bioma Caatinga principalmente aos fatores abióticos, tendendo
a percebe-la menos quanto à biodiversidade. Entretanto, os alunos entrevistados
citaram uma boa quantidade de espécies que conhecia do bioma Caatinga, prin-
cipalmente, as espécies da classe dos mamíferos.
Dentre as classes de animais que compreendem a herpetofauna, eles conhecem mais
espécies de répteis. Apesar de boa parte dos alunos reconhecerem a importância
desses grupos de animais, a maioria é indiferente ou não gosta desses animais.
Ainda existem muitas lacunas no ensino da Herpetologia no ensino fundamental,
e bastante evidenciado nas poucas aulas práticas e oferta de contato dos alunos
com estes grupos de animais, acarretando um desconhecimento sobre a ecologia
e biologia dessas classes, que somado a sentimentos culturais, resultante do senso
comum, gera conceitos errôneos e fixos. Apesar disso, a vivência didática reporta que
os alunos são receptivos a novos saberes que os aproximem mais desses animais.
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