Os sistemas de garantia e as PME em tempo de crise - debater o presente para crescer no futuro - José Furtado Lisboa 10.09.09.
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Os sistemas de garantia e as PME em tempo de crise
- debater o presente para crescer no futuro -
José Furtado Lisboa 10.09.09
Sociedade de Capital de Risco, SA
12h00 – 12h15
O Binómio Crise / Restrição do Crédito Vs Diminuição do PIB
Celeste Hagatong, Membro do Conselho de Administração do Banco BPI
12h15 – 12h30
O Binómio Crise/Restrição do Crédito Vs Desvalorização das Garantias
Juan Manuel Santos, Presidente da AVALMADRID, SGR
12h30 – 12h45
Sistemas de Garantia Vs Correcção da Restrição do Crédito às Empresas
José Carlos Furtado, Administrador da Caixa Capital
12h45 – 13h00
Debate e Conclusões
1º Painel1º Painel
A Crise Vs os seus Efeitos Macroeconómicos e a Restrição do Crédito às EmpresasA Crise Vs os seus Efeitos Macroeconómicos e a Restrição do Crédito às Empresas
Moderador: Pablo Pombo, Secretário Técnico da REGAR
Nota CurricularNota Curricular
JOSÉ FURTADO
Vice-Presidente do IAPMEI, administrador das holdings dos Grupos IPE e Águas de Portugal.
Administrador de sociedades de investimento e de capital de risco, presidente da Associação
Portuguesa de Capital de Risco e representante no board da EVCA – European Private Equity
and Venture Capital Association.
Administrador da SPGM e representante no board da AECM – Associação Europeia de
Caucionamento Mútuo.
Membro dos Conselhos Gerais do Fundo de Garantia para a Titularização de Créditos, do
Fundo de Sindicação de Capital de Risco e da OPEX – Soc.Gestora de Mercados
Membro da Direcção do ISCTE e do INDEG - Business School, bem como do Advisory Board
do MIT Portugal Management.
Início da actividade em funções de auditoria, controlo de gestão e direcção financeira.
Licenciado em Gestão pelo ISCTE, pós-graduação no MIT (Programa de Mestrado) e na City
de Londres (Programa de Doutoramento), investigador e docente de Gestão Financeira
(ISCTE).
SúmulaSúmula
Num contexto em que os mercados de capitais não desempenham a sua função económica
fundamental, que consiste na alocação da poupança ao investimento produtivo,
a intermediação bancária constitui a essência do modelo de financiamento das economias.
O racional que determina o comportamento dos agentes económicos gera imperfeições no funcionamento dos mercados, designadamente quanto à predisposição da banca em assegurar
de forma consistente a oferta em segmentos de baixo rendimento, onde se confronta com maiores
problemas de assimetria de informação e incorre em elevados custos de transacção.
À escala global, os Estados intervém no mercado de crédito de forma estrutural ou circunstancial
no intuito de reverter os padrões de risco-rendibilidade das operações, e assim corrigir a
desigualdade competitiva ou induzir externalidades positivas, prosseguindo objectivos de
interesse colectivo nomeadamente: Crescimento, desenvolvimento e regeneração do tecido económico; Coesão social, económica e territorial; Fomento da inovação, do investimento, das exportações e do emprego.
Na presente comunicação será enfatizada a função instrumental dos sistemas de garantia para
estimular as economias no estádio actual de convalescença, e serão revistos os princípios tidos
como determinantes para obviar a que dessa intervenção possam resultar novos factores de
desiquilíbrio nos mercados.
O Epicentro da CriseO Epicentro da Crise
Marcos Relevantes
As pressões de risco financeiro sistémico atenuaram-se a partir de Outubro de 2008
As perspectivas de agravamento da recessão reverteram a partir de meados de 2009
Jean-Claude Trichet - Presidente do Banco Central Europeu“apesar de não ser possível falar em recuperação neste momento, já podemos ter visto o pior”
Strauss-Kahn - Presidente do Fundo Monetário Internacional“estamos na hora certa para os decisores prepararem as estratégias de saída"
1
As Perspectivas de RetomaAs Perspectivas de Retoma
Factores Determinantes Estabilização dos mercados financeiros para
suportar a necessidades da economia real Construção das bases para alteração no
paradigma de desenvolvimento económico
(*) Para as pessoas:Há recessão quando as taxas de desemprego são elevadas, sendo difícil encontrar emprego
(*) Para as empresas:Há recessão quando acumulam excedentes, não estando o stock a ser absorvido pelo mercado
Joseph Stiglitz - Nobel da Economia ““quatro anos para o mundo recuperar por completo da recessão actual” (*)
Em causa está a “velocidade, força e durabilidade” da recuperação
2
A Economia e os Mercados em ConvalescençaA Economia e os Mercados em Convalescença
Escassez de liquidez e custo de funding elevado
Restrições no acesso ao crédito e aumento dos spreads
Mercado financeiro pouco receptivo a produtos sofisticados
Mercado de capitais pouco líquido
Financiamento por capitais próprios limitado
Actividade bancária concentrada na intermediação tradicional
Desvalorização acentuada do valor dos activos
Actividade económica em contracção significativa
Condições para animação da actividade de MBO/MBI, fusões e aquisições
Dinâmica de empreendedorismo e inovação
3
Medidas para preservar a solidez e solvabilidade dos sistemas financeiros Ajustamento dos requisitos de capital aos riscos incorridos Menor desequilíbrio entre o rácio crédito / depósitos Melhoria das práticas de gestão de risco
Alterações adversas ao nível do acesso e custo do crédito Maior contenção por parte das instituições financeiras Critérios mais exigentes na avaliação do risco e concessão de crédito Impacto diferenciado no universo de PME
Persiste a forte dependência de financiamentos bancários por parte das PME
Tendências no CréditoTendências no Crédito
Está reservado aos sistemas de garantia um contributo relevante
4
Plano MicroNecessidades de melhoria nas condições de acesso ao crédito
Factor Dimensão – v. microcrédito Fase do Ciclo de vida – v. criação de empresas Natureza do Negócio – v. activos intangíveis Perfil da Operação – v. médio-longo prazo
Plano MacroMercado não assegura de forma eficiente o crédito à economia
Falhas no funcionamento das instituições Redução da actividade bancária em contexto de crise
Plano IntermédioOferta incompleta em segmentos menos atractivos
Regiões desfavorecidas Sectores debilitados Actividades emergentes
Garantia: Instrumento de Política PúblicaGarantia: Instrumento de Política Pública5
Excepcional
Para as Empresas: Favorece o relacionamento e a capacidade negocial Compensa a insuficiência de colaterais requeridos pela banca Propicia a melhoria das condições de crédito – v. preço e maturidade Liberta plafonds de crédito
Para os Bancos: Proporciona a mitigação do risco na carteira de PME Aumenta a rentabilidade dos capitais próprios das operações Alavancagem dos capitais próprios - créditos garantidos ponderam em 20% Garantia paga à 1ª solicitação (first demand) Rapidez de contratação, sem escritura ou registos Menor constituição de provisões para riscos de crédito na parte garantida Libertação de capital para mais crédito e/ou outras aplicações Canal alternativo de negócios
Fonte: SPGM
Garantia: Virtualidades Garantia: Virtualidades 6
Relevância
Adicionalidade
Efeito Multiplicador
Eficácia
Eficiência
Proporcionar “financiamento adicional” – volume, preço, prazo –Indisponível em circunstâncias normais de mercado
Impacto do capital alocado ao sistema de garantias no volume de crédito Alavancagem em função da diversificação do portfolio e regras prudenciais
Capacidade de colmatar imperfeições no mercado do crédito às empresas Compensando o risco percebido e elevados custos de transacção
Contributo para a melhoria do desempenho macro-económicoConfiança gerada, capacidade de resposta, extensão e diversificação do portfolio
Avaliação do desempenho e qualidade alcançada na gestão dos recursosRelaciona meios, organização e processo, com as operações e comissões praticadas
Sustentabilidade
Fonte: Relatório BEST
Sistemas de Garantia: Princípios FundamentaisSistemas de Garantia: Princípios Fundamentais
Viabilidade dos sistemas no longo prazoFunção da sinistralidade, estrutura de custos, capitalização e assistência externa
7
Modelos de Garantia: Opções a PonderarModelos de Garantia: Opções a Ponderar
PlanoMacro
PlanoIntermédio
PlanoMicro
Relevância
Adicionalidade
Efeito Multiplicador
Eficácia
Eficiência
Sustentabilidade
Aval do Estado – Fundos de Resseguro – Garantia Mútua – Agências Públicas
Titularização Sintética – Garantias de Carteira – Garantias Individuais
8
Sistema Português de Garantia MútuaSistema Português de Garantia Mútua
- XV Aniversário da Criação -
9
FCGMFundo de Contragarantia Mútuo
Sistema Português de Garantia MútuaSistema Português de Garantia Mútua
- Determinantes no Sucesso -
1. Quadro legal e regulamentar
2. Capitalização do sistema
3. Comprometimento na parceria público-privada
4. Capacidade de mobilização no espectro empresarial
5. Qualidade do modelo, governação e operacionalização
Sistema de garantias robusto, fiável, transversal e competitivo
10
Parceiro no Desenvolvimento EmpresarialParceiro no Desenvolvimento Empresarial
Portugal
Espanha
Alemanha
Bélgica
França
Angola
Cabo Verde
Moçambique
S. Tomé e Príncipe
África do Sul
Brasil
México
Ilhas Caimão
EUA
VenezuelaÍndia
Timor Leste
Macau
ChinaArgélia
Luxemburgo
Mónaco
Reino Unido
Suíça
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