Transcript
ANÁLISE DAS V ARIACÕES CLIMÁTICAS ,.
NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA
GODILIA TERESA GARCÍA VILCA Engenheira Meteorologa
Orientador: Prof. Dr. ANTÔNIO ROBERTO PEREIRA
Dissertação apresentada à Escola superior de Agricultura "Luiz de
.Queiroz", da Universidade de São Paulo, para.obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de concentração: Agrometeorologia.
p I R A e I e A B A
Estado de São Paulo - Brasil
Dezembro - 1993
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-Godilia .Teresa
G216a Análise das varia�t,es·climáticas na regi:!ío Selva Baja Norte Peruana. Piracicaba:, 1993.
91p.
Dis5:.(Mestré.) ESALQ
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1:0- _g•-- 1·----a 1 1.... t ag ic:cdã '2. Floresta - Peru
I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba
·coo 634.94
Aos meus pais, Ciro e Alicia r
que com muita dedicação, sempre manifestarem apoio-e incent1vo.
MINHA GRATIDÃO ·
A meus pais OFEREÇO
A minha familia, em especial a minha irmã Nelly
DEDICO
AGJ\ADECIMENTOS
- Ao Prof. Dr. Antônio Roberto Pereira, pelo exemplo,
orientação e confiança depositada em meu trabalho.
- Ao Prof. Dr. Nilson Augusto Vi�la Nova, pelo apoio,
orientação e colaboração neste trabalho.
- Ao Prof. Dr. Reynaldo Luiz Victoria, pela colaboração,
amizade e estímulo.
- A "Agencia para El Desarrollo Internacional de los Estados
Unidos en el Perú" (USAID-PERU) pelo apoio financeiro.
- Ao Servicio Nacional de Meteorologia e Hidrología
SENAMHI/Perú por ter me proporcionado a oportunidade de
realizar este curso.
- Aos colegas do SENAMHI, e ao Engenheiro Carlos LLerena da
UNA-LA MOLINA.
- Ao Curso de Pósgraduação em Agrometeorología (ESALQ/USP)
pela oportunidade de formação a mim oferecida.
- Aos amigos do Departamenteo de Física e Meteorologia,
Ana, Robinson, Mareia, Francisco.
- A Oscar, Neusa e Jesús pelo apoio na digitação.
- Ao colega Hildeu pela colaboração desinteresada.
- Aos amigos Roberto, Wagner, Lazinsky, e a toda turma de
Agrometeorologia.
Em especial, agradeço a Teresa e Frans pelo apoio e amizade
cultivada; e
- ao casal Beatriz e Jesús pelo amizade cultivada.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
. . . . . . . . .
SUMMARY .
1.- INTRODUÇÃO
2.- REVISÃO DE LITERATURA
3.- MATERIAL E METODO .
3.1.- Material
3.2.- Método .
3.2.1.- Análise das temperaturas
Página
i
iii
iv
vi
1
4
24
24
26
26
3.2.2.- Análise das precipitações ........•...•.. 27
4.-RESULTADOS E DISCUSSÃO . • . . . . . • . . . . . 28
4.1.- Análise temporal de temperaturas absolutas 28
4.2.- Análise da amplitude anual de temperatura
máxima absoluta . .
4.3.- Análise da amplitude anual de temperatura
mínima absoluta
4.4.- Variação mensal de temperatura máxima
38
41
absoluta . . . . . . . . . . . . . . . . . -- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.5.- Variação mensal d� temperatura mínima
absoluta . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5.
4.6.- -variação de temperatura absoluta nos meses
representativos da sazonalidade ••••••••••.••..••. 48
4.7.-
4.8.-
4.6.1.- mês de Janeiro ........................... 48
4.6.2.- mês de Abril •••••.•..•..•••••.....••.. 51
4 . 6. 3. - mês de Julho .............................. 54
4.6.4.- mês de Outubro . . . . . . . . . . 56
Análise das amplitudes diurnas de
temperaturas mensais . . . . . . . . . . . 58
Análise de precipitação . . . 63
4.8.1.- Iquitos . . . . . . . . . . . 64
4.8.2.- Yurimaguas . . . . . . 70
4.8.3.- Tarapoto . . . . . . . . . 76
-CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . 83
6.-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . 86
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
1. Localização das Estações Meteorológicas ..•••...••.••. 25
2. Variação das Temperaturas máximas e mínimas absolu-
tas em: Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ...... 30
3. Amplitude anual de Temperatura máxima absoluta
em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ........•••. 39
4. Amplitude anual de Temperatura mínima absoluta
em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ..........• A2
5. Variação mensal de Temperatura máxima absoluta
em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ......•...• A5
6. Variação mensal de Temperatura mínima absoluta
em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ..••....••.. 47
7. Variacões de Temperaturas absolutas no mês
janeiro em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e
Tarapoto(C) ............. , ............................. A9
8. Variações de Temperaturas absolutas no mês de
abril em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e
Tarapoto(C) ...... � .............................. . .... 52
9. Variações de Temperaturas absolutas no mês de
julho em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e
Tarapoto(C) ..................... .-... ................. 55
10. Variações de Temperaturas absolutas no mês de
outubro em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e
ii
Tarapoto (C) .......................................... 57
11. Amplitude de Temperatura média mensal nos meses
de janeiro, abril, julho e outubro em Iquitos(A),
Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) .•....••....•............. 62
12. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Iquitos ..... .•.. 66
13. Freqüência relativa de precipitação para Iquitos
nos meses de janeiro(A), abril(B), julho(C) e
Outubro (D) . . . . . . . . . . . • . . . • • • . • . • • . . • . . . . . . . . . . . . . . . . • 67
14. Precipitação em Iquitos nos meses de janeiro(A},
abril (B), julho (C) e outubro (D) ...................... 69
15. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Yurimaguas ...... 72
16. Freqüência relativa de precipitação em Yurimaguas
nos meses de janeiro(A), abril(B), julho(C) e
outubro (D) . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4
17. Precipitação em Yurimaguas nos meses de
janeiro(A), abril(B), julho(C) e outubro(D) .......... 75
18. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Tarapoto ........ 78
19. Freqüência relativa de precipitação em Tarapoto nos
meses de janeiro(A), abril(B), julho(C), outubro(D) .. 80
20. Precipitação em Tarapoto nos meses de janeiro(A),
abril(B), julho(C) e outubro(D) .................... � .. 81
iii
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
1. Temperatura máxima absolutas mesal em Iquitos .....•... 29
2. Temperatura mínima absoluta mensal em Iquitos ........ 29
3. Temperatura máxima absoluta mensal em Yurimaguas ..... 32
4. Temperatura mínima absoluta mensal em Yurimaguas ..... 32
5. Temperatura máxima absluta mensal em Tarapoto ......... 33
6.
7.
8.
9.
Temperatura mínima
Amplitude mensal de
Amplitude mensal de
Amplitude mensal de
absoluta em Tarapoto ............. 35
Temperatura em Iquitos ............ 59
Temperatura em Yurimaguas .....•... 59
Temperatura em Tarapoto ........... 61
10. Chuva máxima em 24 horas, em Iquitos
Yurimaguas e Tarapoto ............................... E3
11. Precipitação mensal em Iquitos .......•....•• ; ...•.... 65
12. Freqüência relativa de precipitação em Iqui tos ....... 65
13. Precipitação mensal em Yur imaguas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
14. Freqüência relativa de precipitação em
Yur imaguas . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
15. Precipitação mensal em Tarapoto ...........•.......... 77
16. Freqüência relativa de precipitàção em
Tara pato . . . . . . . . �· . . . . . . . . . -• . • - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 7
iv
ANÁLISE DAS V ARIACÕES CLIMÁTICAS
NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA
RESUMO
Autor: Godilia Teresa García Vilca
Orientador: Prof. Dr. Antonio Roberto Pereira
Com o objetivo de determinar a variabilidade
e tendências de temperatura máxima e mínima absoluta; e
determinar a variação temporal da precipitação na Amazônia
Norte peruana "Selva Baja Norte", foram realizadas análises
de dados diários de temperatura e precipitação, nas estações
meteorológicas de Iquitos (03 ° 45'S, 73 ° 15 1W), Yurimaguas
(05°54'S, 76 º 05'W} e Tarapoto (06 º32'S, 76 º 19'W).
Estas 3 localidades ficam ao oeste da Bacia
Amazônica, com altitude menor de 600 metros. A parte
ocidental da Bacia apresenta diversidades biológicas,
geológicas e climáticas que ainda não foram consideradas nas
pesquisas a nível global da bacia.
As informações meteorológicas foram obtidas do
Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología- SENAMHI
PERÚ.
Determinaram-se as temperaturas
V
extremas
mensais, a amplitude mensal e anual das temperaturas máximas
e mínimas absolutas, e a amplitude diurna de temperatura dos
meses representativos da sazonalidade. A distribuição de
precipitação é apresentada na forma de histogramas e
frequencias com intervalo de classe de 5mm.
Os resultados obtidos permitem concluir que as
temperaturas extremas tem tendência a elevar-se ao longo do·
período i observando-se a mesma tendência na análise mensal.
As quedas bruscas de temperatura mínima estão
associadas à presença
sul-americano.
de sistemas frontais no continente
A amplitude diurna de temperatura em Yurimaguas
e Tarapoto tem a mesma tendência a aumentar ao inicio do
período para logo decrescer; em Iquitos a amplitude tende a
elevar-ser ao longo do período.
Em Iquitos a precipitação média anual é
2862,5mm, em Yurimaguas 2039,6mm e em Tarapoto 1073,1mm.
A maior concentração de precipitação encontra-se
entre 0-25mm. Os dias de não ocorrência de chuva no mês, tem
como mínimo 50% de probabilidade.
Existem eventos de chuva máximo em 24 horas que
reportam precipitação maior de 150 mm.
vi
ANALYSIS OF THE CLIMATIC VARIATIONS
IN PERUVIAN SELVA BAJA NORTH
(tropical rainforest in Peru's northern amazon-basin)
Author: Godilia Teresa García Vilca
Adviser: Dr. Antonio Roberto Pereira
SUMMARY
The objective of this thesis was to determine the
variability and tendencies of the extremes and range of
temperature in the north-peruvian Amazon area 'Selva Baja
Norte' • The region bears this name beca use the tropical
rainforest is located below the altitude of 600 mts. Part of
the research pays also attention to the wide variability of
rainfall in the region.
Daily information of three meteorological stations were
used for this study. They are situated in the cities of
Iquitos (03 ° 45'S, 73 ° 15'W, 117m), Yurimaguas (05 ° 54'S,
76°05'W, 184m) and Tarapoto (06 º 32'S, 76 º 19'W, 426m). All
figures (data-information) was provided by Peruvian Institute
SENAMHI - the
Hydrology'.
'National Service for Meteorology and
The western Amazon-basin is well know for its
biologycal, geologycal and climàtic diversity. So far the
vii
Peruvian upper Amazon region hasn't been the subject of many
studies. The conclusions of this thesis could complement the
extensive·research which already have been carried out in
other parts of the Amazon region, especially in Brazil.
Information about the monthly extrems of the temperature
fluctuactions are elaborated in this study. All figures were
collected in the period �etween 1952 and 1991.
It contains information about the daily range of minimum
and maximum temperatures dur ing all months of the year.
Research about the precipitation - during the rainy season
the region is the scene of heavy torrential showers - is
presented in various histograms. The average anual rainfall
in. Iquitos is 2862, 5 mm, in Yurimaguas 2039, 6 mm and in
Tarapoto 1073,1 mm. About thirty percent of all showers stay
belween the range of 0,1 and 25 mm. But it can happen, that
the maximum rainfall in 24 horas passes the 100 mm.
The observations lead to the conclusion that the
extremes in temperature are showing a tendency to increase
during several months of the year. Another outcome of the
stydy is that abrup changes of minimun temperatures seems to
be asociated with the presence of frontal influences which
affect the weather on the Southamerican continent.
1.- INTRODUÇÃO
A Amazônia peruana localizada ao leste do pé da
cordilheira dos Andes, tem uma superfície aproximada de
770.000 km2, representando 65% de área do território
(PENAHERRERA, 1986), com 11% da população peruana.
A região amazônica peruana apresenta
diversidades de condições climáticas, assim como alta
diversidade biológica. A Amazônia se divide em Selva Baja
(Amazônia Baixa) abaixo de 600m, e Selva Alta (Amazônia Alta)
acima dos 600m de altitude.
A maior parte das atividades humanas se
desenvolvem na Amazônia Alta, afetando o uso da floresta.
Esta zona está ameaçada pelo deflorestamento, nas quais se
usam técnicas de corte e queima indiscriminada, para efetuar
praticas de agricultura migratória (WMO N º 772, 1992). Na
Selva Baja, os bosques se encontram quase em estado natural,
e o impacto humano se concentra perto das cidades, e ao
longo do rio e das estradas. A região se caracteriza por ter
pouca variação topográfica, e apresenta fenômenos geológicos
ativos por encontrar-se perto dos Andes (parte ocidental da
Bacia Amazônica) (KALLIOLA et alii, 1993).
Sendo o presente estudo sobre a parte Amazônica
peruana (Selva Baja), cabe enfatizar as alterações que teria
o clima por efeito do desmatamento, quando o homem transforma
inadvertidamente as grandes extensões da floresta. Portanto,
o povoador da região tem a responsabilidade pelo equilíbrio
do ecossistema.
Nos últimos anos, tem-se realizado muitos
estudos científicos para a parte Central e Oriental da Bacia
Amazônica, tendo pesquisas na área de meteorologia corno de
RIBEIRO (1991), ALVES DOS SANTOS {1993), assim como de
pequisadores de Institutos e Universidades. Na atualidade,
os projetos corno LAMBADA (Large Scale Atmospheric Moisture
Balance of Amazonia using Data Assirnilation) e BATERISTA
(Biosphere-Atmosphere transf er and Ecological research in
Situ Studies in Amazonia) encontram-se em desenvolvimento
sendo, por isto,
parte ocidental
necessário realizar
da Bacia, por
pesquisas também na
apresentar grandes
diversidades no aspecto climático, geornorfológico, químico,
formações de vida, etc.
o presente trabalho tem os seguintes
objetivos:
Realizar estudos temporais e espaciais das variáveis de
temperatura máxima, temperatura mínima, e precipitação na
Amazônia Baixa Norte peruana, com a finalidade de
determinar as características climáticas na região, e as
carateristicas sinópticas que atuam alterando as
condições reinantes do tempo/clima.
3
Determinar as tendências de temperaturas extremas
absolutas (máxima absoluta e minima absoluta) com o
intuito de entender a dinâmica das variações climáticas
interanuais.
4
2.- REVISÃO DE LITERATURA
Para ter maior clareza do conteúdo do tema é
necessário rever conceitos e definições que permitirão
fundamentar a análise de resultados e discussão; para isto,
serão apresentadas revisões bibliográficas que estão
relacionadas direta ou indiretamente com o clima na Amazônia
peruana.
As condições climáticas e do tempo, de uma
região, estão condicionadas aos mecanismos de escala global
e regional, originados da circulação geral da atmosfera
(VIANELLO & ALVES, 1991), a topografia local, a natureza da
cobertura vegetal, o ciclo hidrológico e a influência de
correntes oceânicas se a região for costeira (MOLION, 1987).
A circulação geral da atmosfera é uma
conseqüência do aquecimento diferencial da terra pela
radiação solar, da distribuição assimétrica de continentes
e oceanos. Os padrões de circulação geral da atmosfera
redistribuem calor, umidade e momentum (NOBRE, 1986), sendo
esta redistribuição · não homogênea responsável pela
variabilidade dos elementos climáticos na região.
Os ventos Alísios introduzem na região
Amazônica vapor de água proveniente do Oceano Atlântico
5
(MARQUES; SALATI; SANTOS, 1980; SALATI & MARQUES, 1984 i
SALATI, 1985), sendo o fluxo predominante do quadrante este;
os mesmos autores, em 1978, determinaram a partir de
sondagens aerológicas, que o componente zonal entre Manaus e
Belém foi no sentido leste para oeste durante todo o ano e em
todos os níveis, encontrando-se os valores máximos a 1500m,
sendo maior em Belém que em Manaus devido ao atrito com a
superfície florestada. Este vapor de água representa 50%
da precipitação na Amazônia (SALATI,1985) devido aos fluxos
de vapor do leste; a corrente de leste vai ganhando umidade
(à medida que penetra no continente), proveniente da
evaporação e transpiração das plantas. As plantas que se
desenvolvem no ecosistema fornecem 50% de vapor de agua,
através da evapotranspiração, para gerar a precipitação.
MARQUES et alii (1977) determinaram, pelo
método aerológico, que 52% da precipitação na Bacia
Amazônica deve-se ao vapor de água proveniente do Oceano
Atlântico e 48% da evapotranspiração. Segundo o modelo de
fracionamento isotópico da água na Bacia Amazônica realizado
por DALL'OLIO & SALATI(l979), em média, as plantas
contribuem em 50% da precipitação. Uma parte da chuva que
cai na floresta é retirada do solo pelas plantas na forma de
vapor (transpiração); a superfície foliar da planta também·
retém parte da precipitação e que é evaporada fornecendo à
6
atmosfera uma parte do vapor de água, sendo que a energia
usada nesse processo é a energia solar.
O vapor de água gerado pela transpiração das
plantas reincorpora-se no processo de formação das chuvas e
no equilíbrio atual. Assim sendo o regime pluvial está
intimamente ligado a natureza da cobertura vegetal (SALATI,
1983). o tempo médio de residência de vapor de água para a
bacia Amazônica é de 2 ou 3 meses para o ciclo geral e
possivelmente de alguns dias para as células de circulação
mais próximas do solo. O parâmetro usado para medir o total
de vapor de agua é água precipitável. MARQUES et alii (1979)
determinaram a água precipitável para Iquitos, para o ano
1975, de 47,8mm para o mês de setembro, para outubro o valor
de 47,9mm, para o mês de novembro de 52,2mm e para dezembro
49,3mm. MARQUES et alii (1979) estimaram em 35 mm o valor
médio_de água precipitável sobre a bacia Amazônica, ocorrendo
maior concentração de vapor de água entre Manaus e Iquitos,
encontrando os maiores valores em torno de 700 mb.
Diminuindo os valores de fluxo zonal com gradiente bem
acentuado à medida que se penetra mais no interior do
continente, e entre Iquitos e a cordilheira dos Andes os
valores tendem a ser minimizados (MARQUES et alii 1977,
1979). A água precipitável representa o total de vapor de
água que existe na atmosfera, responsável pelo clima sempre
úmido e, também, intervem no balance de energia, devido a
7
absorção da radiação infravermelha emitida pela superficie,
permitindo desta maneira pequenas variações diárias de
temperatura. Segundo os autores VILLA NOVA et alii (1976),
a evapotranspiração da bacia Amazônica representa 61,8% do
balanco hídrico. LEOPOLDO et alii{l982), determinaram que a
taxa de evapotranspiração representa 48,5% do balanço
hidrico.
A região tropical (alto índice de precipitação)
é fonte de calor para a atmosfera devido à liberação de calor
latente de condensação nas nuvens cumules. Nesta região, o
aquecimento da atmosfera provoca, a nível próximo da
superficie, uma convergência do ar circunvizinho, resultando
em movimento ascendente sobre os trópicos e divergência nos
altos níveis {NOBRE et alii, 1986; FERREIRA & CARVALHO,
1989). Nesta região, o aquecimento e a grande quantidade de
vapor d' água disponível, geram uma atmosfera instável que
leva através da convecção à formação de nuvens profundas
{Cúmulo-nimbo e cúmulo-congestus). Associada à convergência
nos baixos níveis, forma-se uma baixa pressão com circulação
ciclônica; e, associada à divergência nos altos níveis,
forma-se uma alta pressão com circulação anticiGlónica. Este
aquecimento produz uma célula de circulação termicamente
forçada com movimento de ar quente e úmido ascendente
(convecção) sobre os continentes tropicais (aquecida pela
liberação de calor latente de condensação em nuvens
8
profundas); o movimento descendente (Subsidência) do ar, que
ocorre em latitudes subtropicais de ambos hemisférios nas
áreas oceânicas adjacentes (Anticiclones Subtropicais), onde
há resfriamento da atmosfera devido à perda radiativa para o
espaço, inibe a formação de nuvens, apresentando baixa
precipitação (NOBRE et alii, 1986; MOLION, 1987). Esta célula
é conhecida como circulação de Hadley-Walker e ambos ocorrem
simultaneamente: a circulação de Hadley quando o ar quente é
transportado a latitudes médias no sentido Norte-Sul; e a
circulação de Walker quando é no sentido Leste-Oeste. O ramo
leste da componente zonal desta circulação pode ser mais
extenso que o ramo oeste; portanto, a subsidência ocorre
sobre grande área a leste do centro de ascensão, e este ramo
descendente inibe a formação de nuvens e precipitação. Na
América do sul, o movimento subsidente estende-se desde o
este da Amazônia até o oeste da Africa. O ramo ascendente
desta circulação de Walker provoca desenvolvimento intenso de
nuvens convectivas e altas precipitações. As importantes
variações sazonais de precipitação no Brasil estão
relacionadas à movimento meridional das células de Hadley
Walker, seguindo o movimento aparente do sol (NOBRE et alii,
1986).
O escoamento méãio à superficie, sobre a
América do Sul e os oceanos circunvizinhos, reflete a
presença dos anticiclones quase estacionários do Atlântico
9
sul e do Pacifico Sul, responsáveis, em grande parte, pelas
condições de tempo no continente, influindo na penetração de
massas de· ar tropicais úmidas e polares. Suas posições e
intensidades modificam-se ligeiramente de verão para inverno.
Nos meses típicos de verão (Janeiro) e de inverno (Julho), a
n1vel de 850 mb. os anticiclones do Pacifico e do Atlântico
subtropicais estão presente em ambas as estações (MOLION
{1987); no inverno, o centro de anticiclone do Pacífico Sul
parece estar ligeiramente deslocado, em direção ao equador,
enquanto o anticiclone do Atlântico sul permanece
aproximadamente na mesma latitude mas aproxima-se da costa da
América do sul sem ter muitas diferenças significativas no
escoamento troposférico médio, dos baixos níveis entre o
inverno e o verão. Ao nível de 250 mb, no escoamento médio
existe uma variação sazonal pronunciada de movimentos
essencialmente meridionais em janeiro para movimentos
predominantemente zonal durante julho. A natureza meridional
do escoamento de verão é resultado direto do forte
aquecimento da superfície com liberação de calor sensível e
de calor latente (devido à condensação de umidade através de
toda coluna troposférica).
Na primavera e outono a circulação apresenta um
aspecto intermediário entre as de verão (janeiro) e
inverno(julho). A penetração dos ventos de leste sobre o
Brasil {massa tropical atlântico) é bem maior que
janeiro e menor que a de julho (NIMER, 1979).
10
a de
Outro centro que atua nas condições do tempo é
a Baixa de Chaco. Este cen�ro se forma, na América do Sul,
por causa do forte aquecimento convectivo {liberação de calor
latente devido à convecção) da atmosfera na Amazônia durante
o verão que resulta, nos baixo níveis, uma região de baixa
pressão próxima a superfície na região de Chaco (Baixa de
Chaco) e uma Alta de pressão nos altos níveis sobre a
Bolívia; esta Baixa de Chaco é também influenciada pelo forte
aquecimento solar da superfície durante o verão o que induz
também a formação de uma baixa pressão. A Alta da Bolívia,
no verão se posiciona sobre a Bolívia e o estado brasileiro
de Mato Grosso do Sul, variando sua posição e intensidade ao
longo do ano (KOUSKY & KAGAN0,1981), no outono-inverno se
desloca até o Hemisfério Norte atingindo a Venezuela e a
Colombia; e retornando no verão, para a Bolívia depois de
passar pelo Peru e oeste da Amazônia. FERREIRA & CARVALHO
( 1989) indicam que a convecção .sobre a Amazônia é a fonte
forçante principal na formação do Anticiclone em Altos
niveis.
Outro elemento de circulação geral que atua
sobre 0s oceanos equatoriais é a Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT), ou Baixa Equatorial, que é uma estreita
faixa formada pela confluência dos ventos alísios do
11
Hemisfério Norte e dos ventos alísios do Hemisfério Sul;
nesta zona predomina calma atmosférica sobre grandes
extensões, conhecida também como zona de calmarias ou
doldrums (FERREIRA, 1992). . O fluxo ascendente predomina
nessa região, resultando na formação de pesadas nuvens e
abundantes chuvas convecti vas, que são responsáveis imediatas
sobre o tempo e o clima, e também responsáveis pela liberação
de enormes quantidades de energia para a atmosfera superior,
isto é, a conversão de energia na forma de calor latente para
calor sensível. Por isso, a atmosfera tropical é considerada
responsável pela maior fonte de energia para a atmosfera
terrestre. A posição desta zona de convergência varia com o
movimento aparente do sol na eclíptica; em média a ZCIT
durante o ano se encontra no Hemisfério Norte, - sendo mais
quente por ter maior área continental. É importante observar
que as migrações sazonais da ZCIT são pequenas sobre o
Atlântico e o Pacifico, mas destacam-se sobremodo nos
continentes especialmente sopre Africa e América do Sul. As
estações chuvosas, freqüentemente desastrosas nas regiões
tropicais, estão associadas com o deslocamento da ZCIT
(VIANELLO & ALVES, 1991).
As condições locais de tempo e clima, além dos
sistemas de grande escala, periodicamente são afetadas por
perturbações de mesa e pequena escala, que migram e se
modificam enquanto "transportadas" pela circulação dominante
12
de larga escala. Esses sistemas, chamados transiente, têm
duração variada desde cerca de 1 hora até dias, e atuam em
todas as latitudes (MOLION, 1987) . As perturbações
transientes podem ser classificadas de acordo com sua escala
de tempo, variando na convecção local de microescala que tem
um tempo de vida de minutos e algumas horas, até aglomerados
de cúmulo-nimbos de mesoescala, que são organizados por
sistemas troposféricos extratropicais da macroescala e que
podem durar até varias dias.
Nas perturbações de mesoescala, os
desenvolvimentos das células convectivas normalmente começam
durante as horas da manhã, estas células sofrem um processo
de seleção, através do qual algumas crescem formando
aglomerados ou linhas, enquanto as menores são dissipadas.
A formação de uma linha ou aglomerado depende do escoamento
troposférico médio.
Outro mecanismo que causa precipitação e
variações de temperatura (frente fria) na Amazônia é a
penetração de sistemas frontais na América do Sul, que são
ativos em todas as estações do ano. Os sistemas frontais
provêm das latitudes médias e são parte intrínseca de ondas
atmosféricas de grande escala, permitindo diminuir o
gradiente térmico entre o equad�r e os pólos. Geralmente as
frentes no hemisfério sul.se estendem na direção noroeste
sudeste. A frente polar, as massas de ar que deixam o
13
continente antártico (anticiclone móveis) penetram nos
oceanos onde se aquecem e umedecem rapidamente; com o
desaparecimento da subsidência, elas se tornam instáveis, e
com tal estrutura, invadem o continente sul-americano;
condicionada pelo contraste térmico continente-oceano e pela
orografia, a frente polar Atlântica se divide em dois ramos
seguindo caminhos diferentes: o da depressão geográfica
continental (Chaco) e o do oceano Atlântico. Pelo ramo
continental, o avanço da frente polar Atlântica varia
latitudinalmente durante o ano. O efeito de penetração de
sistemas frontais do hemisfério sul durante o inverno
(vigorosos anticiclones frios de massa polar), ocorrem quando
as condições de frontogênese são mais acentuadas, os avanços
tornam-se mais vigorosos podendo, não raro, alcançar o alto
Amazonas (ultrapassar o equador) , ocasionando os rápidos
decréscimos de 15-20 º C na temperatura, que duram de 3-5 dias
tendo influências no ecossistema;
denominados localmente "friagem".
Estes fenômenos são
São sistemas frontais,
que penetram na Amazônia em qualquer época do ano, isto é,
organizando a convecção local e influenciando na
precipitação; 1Kousky(l979), mencionado por MOLION{l987),
reporta um estudo de caso de um sistema frontal em janeiro
1KOUSKY, V. Frontal influe�ces in Northeast Br�zil. Monthly Weather Rev. 1979, 107:1140-1153
14
que, movimentando-se ao longo da costa do Brasil em direção
ao equador, provocou o deslocamento do máximo de precipitação
de sua posição média na Amazônia central para o leste da
Amazônia e NE do Brasil; a precipitação no oeste da Amazonia
foi reduzida pelo movimento subsidente compensatório, que
inibiu a convecção.
Muitos sistemas frontais se deslocam ao longo
da Costa brasileira, às vezes até latitudes subtropicais,
sobretudo durante o verão do Hemisfério Sul, organizando e
intensificando a convecção na Amazônia. Em geral, esses
sistemas frontais penetram profundamente nos subtrópicos,
posicionando-se entre 15 ° S-25 ° S orientados no sentido NW-SE;
quando os sistemas frontais permanecem quase-estacionários
nessa posição, ocasionam grandes quantidades de precipitação
sobre a região dos afluentes da margem direita do Amazonas,
que apresentam grandes cheias. O máximo secundário de
precipitação que ocorre na Amazônia Central esta associado à
convecção resultante desses sistemas frontais. Esta
penetração é afetada pelos bloqueios troposféricos que
ocorrem sobre o continente e áreas adjacentes do Pacífico, em
anos com alta freqüência de bloqueios, um número menor de
sistemas frontais alcançam a Amazônia e a precipitação é
reduzida.
t possível, também, que sistemas frontais do
Hemisfério Norte influenciem diretamente na precipitação da
15
Amazônia. MOLION {1987) menciona um caso para fevereiro de
1980 em que as passagens de sucessivos sistemas frontais
sobre o Atlântico subtropical norte propiciaram penetração de
ar relativamente mais frio na parte norte da América do Sul.
o ar frio contribuiu para organização de banda de nuvens
convecti vas, no sentido leste-oeste, em torno de 7 ° S de
latitude, que foi intensificado pelos sistemas frontais
provenientes do sul do continente; esses eventos ocasionaram
grandes precipitações na Amazônia, centro Oeste e NE do
Brasil.
OLIVEIRA (1986) mostrou que freqüentemente
sistemas frontais que se deslocam até latitudes subtropicais
e tropicais na América do Sul organizam e intensificam
sistemas convectivos (aglomerados de cúmulo-nimbos de meso e
grande escala) na Amazônia. Enquanto a frente polar
Atlântica é impedida de seguir o caminho da depressão
geográfica do Chaco, seu ramo marítimo prossegue no percurso
para o norte; enquanto isso, o anticiclone do Atlântico
volta a dominar a costa e caminha para oeste à medida que a
Baixa do Chaco se restabelece, retornando toda circulação ao
seu quadro natural.
o fenômeno de "O Poço dos Andes" (GIRARDI,
1983) denominado assim pela semelhança com a profundidade de
um poço, é um anticiclone migratório frio, situado no
Pacifico chileno(35 ° S), com aproximadamente 2.000 km de
16
diâmetro que foi detectado através do satélite de órbita
polar ESSAS. Este Poço dos Andes originou a grande geada
sobre o continente sulamericano(17 de julho de 1975). Sobre
o continente, a massa de . ar frio avançou para a região
amazônica onde teve uma atividade "frontal" devido ao
contraste de temperatura e umidade encontrados pelo ar frio,
oriundo do sul do continente. Em 17 de julho de 1975 õ
"Poço dos Andes" se encontrou em sua fase madura, existindo
uma dissipação da frente fria situada sobre os 20 º S sobre
Brasil. Ocorreu esta dissipação em virtude da subsidência
dos anticiclones independentes criados na rampa de ar frio
que se iniciou o dia 14 de julho; a partir desta data os
anticiclones independentes se transformaram em uma alta
subtropical. A frente fria original seguiu deslocando-se
pela costa leste do Brasil, em direção ao nordeste. Na
primavera-outono, embora raras, podem atingir ate l0 º de
latitude; no verão, o forte aquecimento da região de Chaco
impede, geralmente a passag.em de ar polar para latitudes
baixas. Em Jenaro Herrera {MARENGO, 1983), a friagem
apresenta características climáticas e sinápticas proprias de
uma perturbação front-:11.
Outro sistema de mesoescala que causa a
precipitação na
instabilidades
precipitação).
Amazônia são os "Troughs" ou
tropicais (ou genericamente,
São depressões barométricas
linhas de
bandas de
formadas
17
principalmente pelo aquecimento diurno, e geralmente ocorrem
no verão (VIANELLO & ALVES, 1991) . Formam-se na Costa
Atlântica e propagam-se para oeste como uma linha de cúmulo-
nimbos e se
cumuliformes
formam no pe_ríodo da tarde. Estas formações
desenvolvem-se e deslocam-se de maneira
uniforme, mantendo uma certa identidade durante seu tempo de
vida que varia entre poucas horas até um dia. SILVA DIAS
(1987) explica que este "tipo de propagação pode ser dada em
função do efeito das correntes descendentes, geradas pela
precipitação, que ao atingirem a superfície divergem em todas
as direções". Sendo a velocidade de propagação da ordem de
l0m/s, muitas delas chegam a atingir parte ocidental da
Amazônia, alcançando mui tas vezes a Cordilheira dos Andes
(MOLION, 1987) dois dias após sua origem na costa.
Precipitações intensas estão relacionadas à passagem destas
linhas, e no continente sul-americano ocorrem no interior da
massa equatorial continental.
Tempestades �ocais severas, referem-se a
chuvaradas locais de grande intensidade, em geral de trovões,
descargas elétricas, granizos, ventos fortes, súbitas
variações de temperatura e, ocasionalmente tornados. Os
cúmulo-nimbos é a nuvem característica, a vida de uma nuvem
tempest.uosa é curtfssima na América do Sul. Ocorrem no
interior da massa equatorial continental, a leste da
18
Cordilheira dos Andes, destacam-se pela alta freqüência de
tempestades locais severas (VIANELLO & ALVES, 1991).
A cordilheira dos Andes representa uma
barreira natural ao fluxo. atmosférico, interceptando os
ventos quentes e úmidos da circulação geral da atmosfera e a
convergência intertropical, resultando um clima quente e
úmido, e que afeta diretamente no estado do tempo e clima no
continente sulamericano, especialmente no semicírculo andino,
que impõe uma precipitação de vapor de água através de chuvas
ou de neves e variações bruscas na distribuição da
temperatura. E o efeito de altitude é, neste caso, forte
determinante do clima (JOHNSON, 1976; SALATI, 1985).
Circulações de mesa-escala e de escala localizada (NOBRE,
1986; FIGUEROA, 1990) induzidas pela topografia são
importantes na gênese da precipitação, assim como a
circulação vale-montanha por ser outro mecanismo causador da
chuva. A convecção úmida de pequena escala pode ocorrer
devido ao aquecimento da superfície pela radiação solar e
disponibilidade de umidade próxima a superfície; uma
convecção de pequena escala produz chuvas localizadas sempre
e quando os mecanismos de grande escala não estão
bloqueando.
A distribuição da precipitação é tão importan�e·
quanto o volume total. Em mui tas partes dos trópicos, a
precipitação ocorre principalmente durante o verão e
19
abrangendo metade do ano, sendo a outra estação relativamente
seca, principalmemte no inverno. A variabilidade da
precipitação pluvial é importante nos trópicos, pois tende a
ser mais variável do que na região temperada e também é mais
sazonal em sua incidência dentro do ano. (AYOADE, 1991).
Segundo KLEEMAN (1989), a região sulamericana
está caracterizada meteorologicamente pelo forte calor
latente que é ocasionado pela convecção profunda sobre a
Amazônia e pela cordilheira dos Andes, fatores que têm as
maiores influências na circulação a grande escala nesta
região.
Segundo Nobre et alii (1986), a variabilidade
interanual da precipitação, as grandes reduções nos totais
anuais de precipitação parecem estar relacionados com a
ocorrência dos eventos de El Nino-Oscilação do Sul ( ENSO) .
Uma Convecção mais intensa que o normal estabelece-se sobre
as águas anormalmente quentes do Pacífico equatorial leste.
O ramo ascendente da circulação de Walker, intensificado pela
forte convecção, que normalmente se apresenta sobre o oeste
da Amazônia, é deslocado para oeste (Pacífico Central Leste);
o ramo descendente cobre praticamente toda a Amazônia e chega
até a costa da Africa, causando reduções notáveis de
precipitação. KOUSKY et alii (1984) indicam com relação ã
variabilidade da precipitação na Amazônia para o período
Janeiro-Maio de 1983, para alg�mas estações selecionadas,
foi 30% abaixo da normal;
20
a grande seca de 1983 do NE
Brasileiro deveu-se à circulação anômala de Walker; concluem
que no período Janeiro-Fevereiro de 1983, a precipitação foi
80% abaixo da normal, e Fevereiro de 1983 foi o mês mais seco
dentro dos últimos 50 anos.
As anomalias de precipitação podem ser
estimadas utilizando dados de radiação de onda longa emitida
para.o espaço (ROL), inferiores a 240W/m2, estão associadas
à convecção profunda e precipitação abundante. As regiões
tropicais caracterizam-se por ter precipitações pluviais
devida principalmente à convecção cúmulos profunda(NOBRE &
KOUSKY, 1988). Anomalía negativa de ROL é indicativo de
atividade convectiva e precipitação acima da média.
As vazões crescentes observadas na Amazônia
desde o inicio dos anos 1960 a meados dos anos 1970, segundo
ROCHA et al (1989), devem-se provavelmente ao incremento das
chuvas e não a uma mudança no regime hidrológico devido ao
desmatamento.
Por outro lado, existem hipóteses que o
aquecimento regional da atmosfera se deve ao efeito de
vulcões ( MOLION, 1990} e que estã.o associados a eventos do El
Nino. Os aerossóis presentes nas baixas latitudes na
troposfera, permitem que a pressão fique acima da normal no
continente (pressão mais alta sobre Amazônia e Nordeste)
contribuindo na freqüência dos bloqueios de sistemas frontais
21
e permitindo que a zona de convergência do Atlântico Sul se
intensifique; e, no caso do evento La Nina os aerossóis se
encontram em latitudes maiores resfriando os continentes,
intensificando a .subsidênçia e o gradiente de pressão
atmosférica continente�oceano, aumentando a transferência de
massas de ar para as altas subtropicais.
Na amazônia, cerca do 50% da precipitação
depende da evapotranspiração local. As simulações numéricas
com modelos complexos da atmosfera mostram a influência da
vegetação sobre o clima local. Encontrando-se num equilíbrio
dinâmico a vegetação e o clima, o qual pode ser alterado um
dos dois componentes. Existem mui tos estudos à respeito
destas alterações, tal como de SALATI (1983) que fez deduções
sobre as conseqüências do desmatamento sobre o clima; que o
mesmo implicaria uma alteração no balanço hídrico, no balance
energético, desta forma prejudicando a circulação
atmosférica a nível microclimático e mesoclimático
possivelmente. No caso de çiesmatamento de grandes áreas,
havería efeito no ciclo hidrológico da água, tendo como
resultado uma redução de água evaporada que terá como causa
a redução da chuva. �través da inclusão do modelo básico da
Biosfera (SiB) no modelo de Circulação Geral da Atmosfera
GCM, S�LLERS et alii (1986) e SUD et alii (1990) avaliaram
o impacto da biosfera no modelo de Circulação Geral da
atmosfera. o modelo SiB simulou a taxa de evapotranspiração,
22
os fluxos de calor e os valores de chuvas encontrando valores
mais realistas para regiões com vegetação, parcialmente
vegetadas e solo descoberto. Utilizando o modelo numérico
de Circulação atmosférica . global e o modelo adequado da
biosfera (NOBRE & SHUKLA, 1989) avaliaram os efeitos do
desmatamento da Amazônia no clima. SHUKLA et alii ( 1990)
substituindo no modelo, a froresta tropical por pastagem,
chegaram ao seguinte resultado: aumento da temperatura
próximo a superfície de 1 a 3 º C, reduzindo a
evapotranspiração (de 1660 a 1160mm), e a precipitação (de
2465 a 1820mm), diminuindo o escoamento superficial,
decréscimo na capacidade de retenção da umidade do solo,
decréscimo na rugosidade da superfície, menor absorção da
radiação solar devido ao aumento do albedo da superfície
(floresta=12,5% e pastagem=21.6%) que implica maior perda da
radiação de onda longa (radiação térmica), portanto terá
menor disponibilidade de energia para os processos
termodinâmicos no sistema terra-atmosfera(fluxo de calor
sensível e calor latente), sugerindo uma modificação na
circulação atmosférica, reduzindo a convergência dos fluxos
de vapor de água na região. Esses autores ressa 1 taro a
importância desta simulação no resultado da redução na
precipitação é maior do que a redução de evapotranspiração, ·
o que implica que a convergência dos fluxos dinâmicos de
vapor de água também vão diminuir como conseqüência do
23
desmatamento, assim como na alteração no ciclo hidrológico,
incrementando na duração da estação seca e tudo isto teria
implicâçõe·s no ecossistema.
Nos últimos anos ·se vem falando do efeito
estufa. Através de modelos matemáticos de simulação do clima
global{CGM) encontraram-que, dobrando a concentração de co2
a
temperatura media do globo incrementa de o, 5 a 2, O O e, a
precipitação media global incrementaría entre 3-11%.
3.- MATERIAL E METODO
3.1.- Material
24
A localização da área de estudo se refere a
parte de Selva Baja Norte, compreendida entre as latitudes de
3 °S a 7 °S e entre as longitudes de 73 °W a 77 ° W.
As series.de dados meteorológicos foram obtidas
do "Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología"- SENAMHI
PERÚ.
Foram utilizados dados diários de temperatura
máxima, temperatura media, temperatura mínima, e
precipitação diária, correspondentes as seguintes estações
meteorológicos (Figura 1):
Local Latitude(S)
Iquito� 03 °45'
Yurimaguas
Tarapoto
05 °54'
06 ° 32'
Longitude(W) Altitude(m)
117
184
426
desde:
Os dados diários de temperaturas tem registro
1967 para Iqui tos; 1955 para Yurimaguas; e, 1952
para Tarapoto.
O registro de dados de precipitação �ara
Iquitos é desde 1967, e desde 1971 para Yurimaguas e
Tarapoto.
25
COLOMBIA
---1---•l
PER
76
Figure l:Localização das Estações Meteorológicas
26
3.2.-Método
3.2.1.- Análise de temperatura
Com um intuito de se entender a dinâmica das
variações climáticas entre os
existe alguma tendência dos
anos foram verificadas
elementos meteorológicos
se
no
período estudado. Analisaram-se os valores extremos
(absolutos) mensais de temperaturas máximas e mínimas
diárias, pelo fato de que os valores médios não expressam as
grandes flutuações destes elementos meteorológicos. Desta
maneira, pode-se observar, na escala sinóptica ou na
mesoescala as friagens e as ondas de calor. Deste modo, com
as observações diárias das temperaturas máximas e minimas
determinaram-se as temperaturas máximas e mínimas absolutas
mensais, além das amplitudes mensais e anuais.
As variações espaciais se referirão ao
comportamento da temperatura ao longo das latitudes.
A análise das amplitudes de temperaturas
máximas (mínimas) absolutas referem-se à diferença das
temperaturas entre o valor superior: VSTMAXAB (VSTMINAB) e o
valor inferior: VITMAXAB (VITMINAB) dentro do período
estudado (anual ou mensal).
A análise das amplitudes mensais refere-se à
diferença das temperaturas máximas e mínimas médias do mês.
27
3.2.2.- Análise de precipitação
Com os dados de chuva diária foram calculadas
as medias·mensais, a distribuição anual, as chuvas máxima em
24 horas a nível mensal, e a nlvel anual. As freqüência
relativas de intensidades das chuvas diárias foram
consideradas com intervalo de classes de 5 mm, que permite
analisar a variação temp�ral das chuvas.
Os resultados das análises das temperaturas e
precipitações são apresentados na forma de tabelas e seus
gráficos referem-se aos meses representa ti vos, isto é,
meses cujas condições de circulação atmosférica são mais
afetadas pelos solstícios e equinócios, para verão (Janeiro),
inverno(Julho), primavera (Outubro) e outono {Abril).
28
4.-RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1.- Análise temporal das temperaturas absolutas
Nas Tabelas 1 a 6 encontram-se as temperaturas
máximas {TMAXIMAB) e minimas (TMINIMAB) absolutas registradas
no mês e ano correspondente, para as estações meteorológicas
de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto; e, as Figuras 2(a, b , e)
mostram a variação temporal das temperaturas máximas e
minimas absolutas, assim como sua tendência e a média das
temperaturas absolutas.
A Figura 2a representa a variação de
temperaturas máximas e minimas absolutas desde 1967 até
1991, para Iquitos. A temperatura máxima absoluta (Tabela 1)
tem tendência a incrementar com o tempo, registrando o valor
superior (máxima absoluta do período) de temperatura máxima
absoluta (VSTMAXAB) de 39,l ºC (03/10/87) e o valor inferior
da temperatura máxima absoluta (VITMAXAB) de 31,4 º C
(27/7/74). Sendo a media das temperaturas máximas absolutas
de 34, 6 ºC. A temperatura minima absoluta (Tabela 2) tem
tendência de ser manter constante, sendo o valor inferior
(mínima absoluta do periodo) de temperatura mínima absoluta
de 11, 9 ºC {20/7 /81), e o valor superior da temperatura
mínima absoluta foi 23 ºC. As temperaturas minimas absolutas
TABELA 1.- TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL
ESTAÇÃO: IQUITOS
!ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1967 33,0 34,5 33,4 33,0 32,0 32,0 32,5 1968 33,6 35,0 33,4 32,5 32,5 33,0 33,0 1969 33,5 35,0 34,0 33,5 34,2 33,4 33,0 1970 34,0 34,5 35,5 33,4 34,0 34,2 33,2 1971 33,4 33,2 33,0 33,8 32,0 32,0 33,0 1972 32,6 35,0 34,4 32,3 33,0 33,8 32,0 1973 34,0 34,0 34,0 34,0 32,5 33,4 32,0 1974 34,0 33,2 33,5 33,4 3 3, 1 32,0 31,4 1975 32,8 34,4 33,4 33,1 32,0 31,5 32,0 1976 34,0 35,3 34,0 34,0 33,0 33,4 1977 36,0 33,8 32,6 34,2 33,0 32,2 33,4 1978 36,5 35,1 34,0 3 3, 1 33,4 32,5 33,2 1979 37,4 37,0 34,7 34,5 33,5 33,0 33,7 1980 35,0 37,4 36,0 35,0 34,0 33,5 33,5 1981 36,5 36,5 35,8 36,3 34,0 35,0 34,0 1982 34,5 34,6 37,2 34,2 33,9 34,5 34,3 1983 36,0 36,8 35,2 35,2 35,4 35,0 37,8 1984 35,2 34,3 36,0 34,1 34,0 34,4 33,1 1985 37,5 35,8 34,8 35,4 35,6 33,6 33,5
[1986 36,7 37,2 36,8 35,0 34,8 35,2 34,5 1987 35,2 35,2 36,3 35,2 34,5 34,2 36,0 1988 35,7 35,4 38,0 35, 7 36,7 ,34, 6 35,8 1989 35,4 34,7 35,0 33,6 34,4 1990 34,8 34,2 34,7 35,0 35,4 33,0 34,7 1Q91 35,2 36,0 35,2 35,2 34,3 35,0 33,0
,
TABELA 2.- TEMPERATURA MINIMA ABSOLUTA MENSAL
ESTAÇAO: IQUITOS
[ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1967 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0 18,5 20,0 1968 2C:, 8 20,5 21,0 20,5 15,5 19,4 19,0 1969 2: . O 21,0 20,0 21,4 20,5 20,0 13, 5 1970 21 o 20,8 21,0 23,0 20,0 15,5 16,5 1971 20,0 20,0 20,5 18,0 18,5 18,5 17,4
11972 20,0 20,0 21,5 21,0 21,5 21, O 19,3 l 1973 22,0 21,5 22,5 20,7 21,0 19,0 19,0
1974 18,6 18,5 19,5 22,5 19,0 20,1 16,0 1975 20,1 15,0 17,7 20,0 22,0 20,0 13,5 1976 21,0 20,6 20,5 20,6 20,5 17, O 1977 20,2 21,0 20,3 21,3 18,0 19,8 20,0 1978 21, 3 21,5 21,0 21,2 21, O 16,8 18,5 1979 21,0 19, 5 21,8 21,0 20,3 16,0 17,0 1980 21,0 20,0 21,8 21,0 20,8 19,3 16,0 1981 20,0 21,0 21, ¼ 18,3 21,0 21,0 11, 9 1982 20,8 21,0 20,9 19,5 20,0 20,0 20,7 1983 21,0 22,0 22,5 22,2 22,2 18,0 19,2 1984 21,0 21,4 21,5 20,5 19,0 18,0 19,0 1985 21,3 20,8 21,0 20,9 20,9 16,2 18,8
1 ·.986 20,5 21,0 19,5 21,0 21,2 18,5 18,0 11987 20,7 20,6 21,2 i1988 21,2 19,2 19,7 19,2 2 O, 5' 17,5 16,0 11989 20,9 20,0 19,8 20,6 16,0 11990 21,4 20,0 18,6 20,0 19,5 20,1 14, 8 !1991 21,2 21,J 21,6 22,b 2:. 2 16,5 19,2
29
AGO SET OUT NOV DEZ 1 33,5 36,0 34,5 34, O 33,6 33,5 33,5 35,0 34,5 34,0 33,7 34,5 35,4 34, 6 34,5 34,0 34,5 35,4 35,0 34,5 34·, 5 34,6 34,2 35,0 34,0 34,0 34,0 34,8 35,0 34,2 34,0 35,0 35,2 34,0 34,5 33,5 34,0 35,0 33,1 33,7 33,0 34,3 34,1 34,0 33, 5
1 35,0 36,0 36,0 36,0 34,0 34,3 35,2 33,4 33,2 34,5 34,3 35,4 36,0 35,5 34,3 35,0 37,0 36,0 36,3 35,0 35,0 37,5 35,5 35,0 35,0 34,7 35,1 35,4 36,0 35,0 33,8 36,3 34,8 35,3 36,5 34,5 36,5 36,0 36,0 35,0 34,0 35,5 35,3 36,3 35,0 34,2 36,7 35,0 37,5 35,8 36,2 35,5 36,0 35,0 36,0 36,5 37,5 39,1 36,4 35,4 35,8 36,0 37,0 35,7 35,9 35,5 35,5 36,2 36,4 35,0 36,7 37,7 35,4 33, 6 35,2 36,0 35,8
AGO SET OUT NOV DEZ
20,0 19,5 20,5 20,5 21,0 20,5 20,0 20,5 20,5 21,0 18,0 19,5 20,5 20,5 21,0 16,0 19,0 20,5 20,3 20,5 16,0 19,0 18,5 18,8 19,5 20,0 18,0 20,0 21,0 22,0 18,0 17,0 16,2 20,5 18,5 20,0 17,0 15,0 18,0 21,1 20,0 16,7 19,2 21,0 19,0 20,0 19,5 20,0 21,0 21,0 20,7 19,5 21,0 21,0 21,0 14, O 20,0 20,0 18,7 19,0 20,0 19,5 20,0 20., 5 20,0 18,0 15,0 ;: J, o 20,8 21 ,. O
19,4 18,5 18,4 21,0 21,3 20,0 20,6 20,0 21,0 21, 7 17,0 20,8 20,0 20,0 19,6 18, O 19,2 20,8 20,0 21,0 17, 5 19, 3 21,0 21,0 21,0 20,0 20,C 2c,~ 20,5 20,5 18,0 20,3 21, :i 19,3 21,·5 20,5 20, 6 20,2 20,2 19,3 19,¼ 21,8 21,2 19,4 15,0 20,7 21,2 16,4 20,2 20,0 20,8
50----------------------
{A)
67 1970 1975 1980 1985 1990 50
40 "'
6 .
f 30{B)
� 20
+ l-
10 .. +
o
1 ..... TMAXIMAB +TMINIMAB l
55 59 63 67 71 75 79 83 87 91 50
[Cl
---TMAXIMAB +TMINIMAB o---------------llllllil$!!---
s2 1955 1950 1965 1970 1975 1980 1985 1990
ANOS FIGURA 2-Variação temporal das temperaturas máximas e
minimas absolutas, em : Iquitos(B), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)
30
têm maiores oscilações
31
que as temperaturas máximas
absolutas, sobretudo nos valores inferiores, devido a
penetração de frentes frias no Brasil, com incursão de ar
frio, que ocasionam queda sensivel na temperatura.
GIRARDI(1983) fez a análise do "Poço dos Andes" presente na
Costa do Chile, e que teve impacto no continentes sul
americano em Julho de 1975. Nos dados de temperatura que
reporta RIBEIRO (1991), para Manaus, também se observa a
queda de temperatura máxima; sendo as temperaturas máximas
de 29,8 º C, 24,7 º C, 23,2 º C, 28,0 º C nos dias 17, 18, 19 e 20,
respetivamente; e as temperaturas minimas de 19, 5 º C,
16,0º C, 17,0 º C, 17,0 º C nos dias 17, 18, 19 e 20,
respetivamente, sendo o impacto maior o dia 18 de julho.
A Fig. 2b mostra a variação temporal da
temperatura máxima absoluta (TMAXIMAB) e temperatura mínima
absoluta (TMINIMAB) da estação de Yurimaguas, desde 1955 até
1990. Com respeito à tendência da temperatura máxima
absoluta (Tabela 3), observa�se uma quase constância ao longo
do periodo. A TMINIMAB (Tabela 4) tem tendência ligeira a
incrementar durante o periodo estudado, existindo maior
variabilidade, devid0 aos sistemas frontais intensos
presentes no Brasil e que tem efeitos sobre a Amazônia.
A Figura 2c, corresponde à Estação de Tarapoto,
e mostra um incremento na temperatura máxima absoluta
(TMAXIMAB) (Tabela 5) durante o período estudado. No inicio
TABELA 3.- TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL
ISTAÇAO: YURIMAGUAS
ANO JAN FEV KÀR ABR MAI JUN JUL
1955 1956 34,1 33,7 33,7 34,0 35,0 34,6 1957 34,0 34,4 34,5 34,5 34,3 35,6 34,5 1958 35,0 35,4 34,4 34,5 34,4 34,5 34,2 1959 35,7 35,0 33,7 33,5 33,2 33,6 1960 36,1 36,0 37,8 33,2 34,2 34,8 33,8 1961 34,8 35,0 35,5 34,5 33,0 34,0 34,5 196
°
2 35,0 34,0 34,5 34,0 32,5 32,0 33,0 1963 36,5 34,5 34,4 34,0 33,5 33,2 33,5 1964 36,8 36,0 34,8 33,0 32,7 32 ,.2 32,5 1965 35,l 36,1 34,1 33,9 34,2 31,7 32,4 1966 34,6 35,l 34,2 33;9 33,9 35,0 33,2 1967 35,0 33,5 33,6 33,2 33, O 33,2 32,9 1968 35,6 34,6 34,8 34,5 33,3 33,2 33,0 1969 36,6 36,9 35,8 36,4 34,6 35,0 34,4 1970 36,0 35,1 36,0 34,5 35,0 35,0 34,0 1971 33,6 33,2 34,0 34,6 33,4 33,2 33,5 1972 33,5 34,8 33,7 33,0 33,6 33,6 33,5 1973 34,6 34,5 34,5 33,4 34, l 33,4 32,6 1974 34,0 32,4 34,0 33,0 32,4 32,0 32,l1975 33,5 33,7 33,5 35,11 33,1 33,3 32,7 1976 34,4 34,5 34,0 33,5 33, O 33,0 34,0 1977 35,4 35,0 33,3 34,2 33, 5 33,0 34,4 1978 35,8 36,5 33,5 35,0 34,5 33,7 35,0 1979 35,0 35,0 35,0 35,4 34,0 34,0 35,0 1980 36,0 36,2 36,7 34,0 34,0 33,5 34,2 1981 36,3 33,5 36,0 35,2 35,0 34,0 34,7 1982 34,5 33,7 35,2 34,8 33,5 34,8 34,2 1983 36,4 37,3 36,7 35,0 34, 6 34,5 36,0 1984 35,6 32,6 35,5 35,0 35,0 33,5 33,5 1985 36,5 34,0 36,0 36,0 35,0 34,5 1986 36,2 37,2 33,7 35,0 35,8 36,0 33,8 1987 1988 36,0 36,5 36,5 39,4 39,0 39,4 39,4 1989 34, O 33,7 35,l 1990 34, O 35,0 34,0 34,1 35,0 33,9 33,6 1991 35,2 35,5 35,9 34,5 34, O 34, 6 33,4
TABELA 4.- TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA MENSAL
ESTAÇÃO: YURIMAGUAS
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1955 1956 19,0 18,5 19,0 16,8 17, l 15,5 16,0 1957 18, O 18,2 18,5 17, 4 17,3 13,J 12,3 1958 18,5 17,4 16,2 16,8 15,8 12,2 17,0 1959 ·20,2 21,0 18,0 20,1 18,l 17,0 18,l 1960 19,5 16,0 16,6 13,4 11,2 17 ,o 15,0 1961 18,5 18,5 18,0 19,0 18,0 13,0 14, O 1962 20,0 18,0 20,0 17,5 15,S 15,5 15,0 1963 21,0 20,0 19,9 19,0 17, O 18,2 17,0 1964 20,5 20,5 2(),0 23,5 20,0 19, 3 16,4 1965 19,2 20,0 19,4 19,5 19, 4 18,2 17,0 1966 21,0 19,8 19,0 19, O 17,5 16,4 17, 3 1967 21,0 20,0 18,2 19,0 20,0 18,0 18, O 1968 19,6 20,4 20,0 19,0 15,0 1'9, 3 19,0 1969 21,0 21,0 21,0 21,4 20,2 17,7 13,3 1970 21,0 19, 3 21, 3 21,5 1.9, 1 16,2 16,5 1971 20,0 19,9 20,6 16,6 18,4 20,2 18,5 1972 20,4 20,6 21,4 20,2 21,0 19,2 18,0 1973 21,2 21,2 21,9 21,2 19,8 19,9 18,8 1974 21,l 19,5 21,0 19;5 17,3 20,6 14, 5 1975 18,9 19,7 20,2 20,3 20,6 19,4 12,5 1976 20,3 20,5 20,0 19,9 19,8 20,0 16,0 1977 22,3 21,0 21,3 21,5 18,0 20,0 19,9 1978 21,7 21,0 21,0 22,0 22,0 17,5 21,0 1979 21,3 22,0 21,0 21,0 20.6 16,5 18,0 1980 20,5 22,0 22,0 21,l 19,9 20,2 19,0 1981 21,2 21,9 21,0 21,5 21,0 20,0 14, l 1982 21,0 21,8 20, J 21,6 19,6 20,0 19, 5 1983 21,0 22,2 22,8 23,6 20,0 19,0 21,0 1984 21,0 21,0 21, .3 20,5 21,5 19,4 18,0 1985 22,0 22,0 21,0 21,0 20,8 18,4 19,0 1986 21,0 20,5 20,l 20,5 20,S 18,3 17,J 1987 20,3 18,0 18,2 20,5 19,0 17,2 18,5 1988 20,5 20,3 20,4 18,8 20,5 18,3 17,7 1989 20,3 19,8 18,9 20,3 19,5 19,9 16,0 1990 21,0 20,0 19,0 19,0 17 ,o 17,0 17,0 1991 20,5 18,0 18,7 21,0 19, O 19,0 18,0
32
AGO SET OIJT NOV DEZ
35,0 37·,5 36,0 35,6 34 ,o 35,0 35,0 35,0 35,0 36,3 36,6 36,0 35,0 35,6 35,0 37,4 35,7 34,7 35,2 36,7 36,6 35,2 35,4 34,5 35,2 34,5 36,0 35,0 35,3 36,7 36,5 34,6 35,6 34,S 35,5 35,5 35,0 35,8 37,5 37,2 37,0 36,0 35,0 35,2 33,6 34,6 35,6 34,5 35,0 35,3 34,9 36,3 35,2 34,5 34,7 34,7 34,6 35,3 35,2 34,4 35,9 35,9 34,8 35,6 35,l 34,8 37,5 36,5 36,0 34,7 35,7 34,6 36,5 35,5 35,7 34,8 36,0 36,0 35,l 34,l 34,5 34,5 35,0 34,0 34,0 34,2 35,4 35,3 34,l 34,0 35,5 35,5 34,5 34,0 34,6 34, 1 34,5 35,1 34,4 34,4 36,4 34,0 34,7 34,0 34,0 35,0 35,0 34,4 34,3 35,l 35,0 36,5 34,6 35,2 34,5 35,4 36,5 35,2 35,0 36,0 36,8 36,9 36,0 35,0 36,0 37,0 35,0 35,1 35, 51 36,0 36,0 36,5 35,4 35·, o, 35,0 37,2 36,l 34,4 35, º\ 37,5 38,0 35,5 36,0 35,5 35,0 35,0 36,0 36,0 37, º1 35,2 36,l 37,0 37,5 36,0 35,2 35,0 36,7
35,5 36,0 36,5 35,6 39,3 35,5 37,8 36,0 36,0 35,2. 36,2 36,3 36,0 36,5 36,8 35,4 35,0 35,0 35,0 36,0
AGO SET OUT NOV DEZ i
19 ,4 17,0 19,8 19,2 13,0 16, 7 17,2 16,7 18,2 13,2 15,8 17, l 15,0 18,5 1 17,2 18,3 19,l 20,7 20,7 11 17,7 19,3 22,2 19,5 19,0 16,6 16,5 17,5 17,5 19,5 15,0 17,0 18,0 21,0 19,5 15,5 19, O 19,0 19,9 20,0 16,5 19,5 21, O 21,2 20,5 18,4 19, 5 20,0 19,5 19,0 15,2 20,0 20,8 20,4 20,0 17,0 17,0 21,0 19,7 19,5
1 19,7 19,5 21,0 21,0 20,0 19,0 20,2 20,4 20,l 20,2 18,0 20,4 18,0 19,8 21,6 17 ,o 19,8 21,0 20,9 21,0 17,5 21,2 20,0 20,0 20,0 19,0 18,4 17,8 20,6 21, 6 19,1 17,9 20,3 21,2 21,2 19,3 18,0 19,0 20,l 20,5 20,3 19,0 19, 3 21, J 20,0 18,0 18,2 20,0 21, O 21,4
1 20,6 20,8 20,5 22,0 20,2
1 11,4 21,0 21,5 21,0 22,0 21,2 18 ,o 21,5 19, 3 22,0 18,0 17, 1 20,1 20,0 21,2 19,0 19,5 19,0 21,0 21,2 19,5 19,8 21,2 20,1 20,0 19,6 20,5 20,2 21,0 21, l 15.,0 24,7 21,0 21, 5 20,0 18,0 20,5 21,0 20,4 21,0 20,.0 18,0 19,0 20,3 18,2 16,J 21,5 21,0 21,4 21,0 17,0 20,3 19,2 20,8 21,2 19,B 19,5 18,3 19,7 19.8 18,5 15,0 19,8 20, 1 20,8 18,0 18 ,() 18,0 18,4
TABELA 5 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL
ESTAÇAO: TARAPOTO
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1952 30,0 30,0 30,0 30,0 1953 31,4 31,5 30,9 31,0 33,3 30,0 30,0 1954 32,0 32,6 33,0 32,0 32,5 32,8 32,0 1955 32,0 31,4 31,0 32,0 34,0 34,0 33,0 1956 35,0 34,0 33,0 33,7 33,2 33,2 1957 34,9 34,0 36,2 36,0 38,0 38,6 34,2 1958 34,5 34,0 34,4 33,9 33,2 35,2 34,0 1959 35,5 33,6 33,0 34,0 35,0 33,5 33,2 1960 34,6 35,0 34,8 33,7 33,5 36,0 33,6 1961 34,7 34,6 33,8 35,0 34,6 34,6 36,0 1962 36,0 35,6 35,7 34,8 33,5 34,0 34,4 1963 38,0 36,0 35,2 35,0 35,0 35,0 35,0 1964 36,5 37, O 36,0 36,0 34,5 33,4 33,2 1965 35,4 36,2 35,6 35,0 35,5 34,0 34,0 1966 35,8 36,4 36,0 36,0 34,5 34,5 34,5 1967 35,6 34,5 36,0 36,5 36,0 35,0 35,0 1968 36,4 36,7 35,2 36,0 35,1 34,2 34,0 1969 38,0 37,0 36,0 36,5 38 ,.o 36,0 35,3 1970 36,0 36,8 36,0 35,5 36,0 35,0 34,6 1971 36,0 34,0 35,0 34,1 36,0 35,0 34,0 1972 34,5 35,0 35,2 35,0 34,2 34,5 35,0 Í.973 35,4 35,6 35,0 35,2 34,2 34,5 35,5 1974 36,0 36,4 35,0 36,0 35,0 34,5 35,1 1975 35,0 34,5 34,4 38,3 35,2 33,2 34,0 1976 34,6 33,2 34,0 34,2 34,0 34,2 34,0 1977 38,0 36,0 34,5 34,5 33,5 33,0 35,0 1978 36,0 35,4 37,0 36,0 33,5 33,5 35,0 1979 36,5 35,4 35,0 35,0 34,0 34,0 35,0 1980 36,5 37,0 37,0 35,0 35,0 35,0 35,0 1981 36,3 35,0 37,0 34,4 34,0 35,0 34,0 1982 36,6 36,5 35,3 33,8 34,5 35,0 34,7 1983 37,7 37,0 36,2 36,0 35,4 35,5 36,0 1984 36,5 36,0 36,5 36,0 36,0 34,0 35,0 1985 38,0 36,5 37,0 36,0 35,0 35,5 34,5 1986 35,5 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 33,8 1987 36,0 35,0 36,0 36,0 35,5 36,6 34,5 1988 36,0 36,5 36,2 36,5 36,0 36,3 36,5 1989 38,6 35,0 35,0 35,3 33,8 33,6 34,5 1990 37,0 37,0 35,0 35,0 36,0 33,5 35,0 1991 36,5 36,5 36,0 35,0 36,0 35,5 36,5
33
AGO SET OUT NOV DEZ
31,0 31,7 32,3 32,0 31, 7 30,0 34,0 30,7 32,0 32,8 32,3 34,6 32,7 35,0 32,5 33,0 36,6 35,8 37,8 34,7 34,3 34,5 35,8 36,8 33,1 34,2 33,8 34,4 33,5 35,0 36,2 36,2 35,2 40,0 36,5 37,2 33,8 34,7 33,8 35,5 35,0 36,0 35,0 35,9 38,0 37,5 35,5 34,2 35,3 36,0 36,5 36,5 36,2 37,0 37,8 36,8 36,5 35,6 36,4 33,7 33,8 35,3 35,6 35,0 36,0 36,2 36,5 35,0 36,2 36,5 37,0 36,0 36,4 35,0 36,0 36,7 36,5 36,0 36,0 36,0 36,5 36,4 36,0 37,0 35,4 36,7 36,5 36,5 37,0 36,0 36,0 38,0 37,0 37,0 34,5 35,2 35,0 36,0 36,3 35,0 35,2 35,2 36,0 36,2 35,0 36,0 36,0 36,0 36,0 34,0 35,0 36,0 37,2 36,0 35,4 35,0 37,0 35,4 36,0 35,0 35,0 35,0 35,0 36,3 35,0 35,2 36,5 35,0 35,5 33,5 37,0 35,2 35,0 35,0 36,0 36,0 37,0 36,0 36,0 35,0 37,6 37,0 37,0 37,2 36,0 36,7 37,4 37,0 36,5 36,0 38,2 36,5 37,7 36,0 38,5 38,8 36,0 37,3 36,0 37,0 37,0 38,5 38,5 39,0 35,0 36,0 36,4 36,0 36,0 35,0 34,6 36,5 36,5 35,5 36,5 36,7 36,6 36,5 36,5 36,5 37,0 36,8 36,8 38,2 36,5 37,3 36,0 36,5 37,0 35,6 37,5 36,0 36,5 36,5 36,5 36,5 37,0 36,5 37,0
34
do per iodo aparecem temperaturas máximas absolutas menores;
com respeito à temperatura minima absoluta (TMINIMAB) (Tabela
6) nota-se que houve um decrésimo no inicio do periodo.
Porém o periodo como um todo mostrou tendência a aumentar ao
longo dos anos.
A temperatura máxima absoluta em Iquitos, foi
39,l º C (Outubro,1987) e deveu-se ao aquecimento da superfície
em dias consecutivos sem nebulosidade, onde o El Nino estava
em sua fase madura, e o mês apresentou anomalia negativa de
ROL na Amazônia Ocidental e norte de America do Sul. Em
Yurimaguas, no mês de Abril de 1988, a temperatura máxima
absoluta foi 39,4º C, a Alta da Bolívia (relacionada com o
forte aquecimento convectivo da atmosfera no Amazônia)
durante o verão, neste mês teve atividade muito intensa em
geral, localizando-se sobre noroeste da Amazônia; Maio
apresenta anomalia negativa de ROL(indicativa de precipitação
convectiva acima da media); Junho também com anomalia
negativa de Rol; Julho, a convecção esteve presente na
região e em Agosto predominaram anomalias positivas de ROL.
Em Tarapoto, no ano 1983 os meses de Agosto e Setembro
tiveram 38,5° C (08/14/83) e 38,8º C{09/24/83) respectivamente.
No ano 1958, em Dezembro teve-se 40,0 º C, em dois dias.
Com respeito às temperaturas mínimas, segundo
o relatório de GIR.l\.RDI ( 1983) , denominado Poço dos Andes,
massas de ar frio estiveram presentes no continentes sul-
35
TABELA 6: TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA MENSAL ,,,
ESTAÇAO: TARAPOTO
IANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ l 1952 20,0 20,0 18, O· 18,0 18,0 16,9 18,5 18,5 18,6 1953 17,5 17,6 16,5 16,3 16,3 14,5 15,0 14,4 15,0 15,0 12,6 15,0 1954 15,0 15,0 15,0 15,0 13,7 15,0 14,5 13,0 12,5 14,2 15,0 15,0 1955 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 11,5 11,6 10,0 1956 11,2 12,0 9,7 8,9 10,0 8,8 9,1 10,5 10,7 10,0 11,5 1957 12,3 11,5 11,3 12,2 10,5 7,5 8,0 8,5 16,4 11,5 10,0 11,0 1958 10,8 11,0 12,0 11,9 11,5 9,5 10,3 19,0 19,0 1959 19,4 18, 3 17,2 19,0 17,4 15,5 18,0 18,0 17,2 15,2 14,0 18,0 1960 18,0 14 ,8 15,0 17,0 16,7 17,5 15,0 16,0 15,6 17,6 13,6 14,8 1961 15,3 13,0 15,5 16,6 17,2 15,0 14,7 15,0 16,7 14, 5 18,9 17, 5 1962 17,1 18,3 18,5 17,0 13,2 14,3 14,0 15,4 17,2 17,0 17,9 18,0 1993 18,3 16,0 17,5 16,8 17 ,4 16,2 15,2 12,0 15,3 15,5 15,8 17,5 1964 16,5 18,0 17,8 17,0 16,4 14,8 14, 5 11,0 15,1 11,5 13,5 15,9 1965 15,5 17,0 15,6 16,0 14, 6 14, 1 15,0 14,2 13,7 16,0 1966 14,8 17,5 17,2 15,0' 16,4 11,0 14,0 15,0 15,0 17,4 15,7 18,0 1967 17,0 16,4 17,4 15,0 17, O 13,0 15,0 15,0 15,5 18, O 18,0 18,0 1968 17,3 17, 2 16,7 17,0 14,7 15,5 15,4 15,0 16,3 18,0 17,0 17,0 1969 17,2 19,0 17, O 18,0 17,5 16,0 12,5 15,5 17,0 17, O 18,0 19,2 1970 18,0 19,0 19,0 18,0 17,0 15,5 16,0 15,0 17,0 17, 2 17,3 18,5 1971 18,5 18,0 19,0 18,1 16,5 17,3 16,0 14,5 16,5 17,0 18,0 17,0 1972 18,0 18,0 18,5 19,0 18,5 18,0 17,0 17,0 16,2 18,2 18,0 18,2 1973 18,5 19,0 19,0 18,2 18,0 18,0 15,4 15,0 15,0 15,0 17,0 17,0 1974 17,0 18,0 18,0 18,0 16,2 17,0 12,7 15,2 15,5 17,0 15,0 18,5 1975 17, O 16,9 17,3 17,0 17,5 15,2 12, O 16,0 17,2 15,0 18, O 15,0. 1976 18, O 17,4 18,5 16,0 17,2 16,7 14,0 17,0 16,2 18,0 19,0 18,5 1977 18,5 18,5 18,0 18,5 17,2 15,4 16,0 16,0 17,5 18,0 19,0 18,5 1978 18,5 18,5 19,2 18,0 18,0 16,5 14,0 14,0 17,4 18,5 19, O 19,0 1979 19,0 19,0 19,0 19,0 18,0 17 ,o 15,0 17 ,O 17,0 18,0 18,6 19,0 1980 20,0 20,0 20,0 19,0 18,0 17,0 17,5 17,0 16,5 18,5 19,0 19,0 1981 20,0 20,0 20,5 20,0 19,0 18,5 17,0 17,0 18,0 18,0 20,0 21,0 1982 20,2 20,0 21,0 20,0 19,0 18,7 19,5 19,0 20,0 20,5 21,0 21,5 1983 22,0 20,0 21,5 21,0 20,3 17,8 18,3 17,8 19,5 20,0 20,4 20,0 1984 20,5 20,0 19,0 20,0 20,5 20,0 16,0 14,0 17,0 19,0 20,0 21,0 1985' 21,0 19,0 18,4 21,0 20,0 17,5 19,0 18,0 20,0 21,0 20,0 20,0 1986 20,5 21,0 21,0 19,5 21,0 15,0 18,5 18,6 20,0 19,0 15,0 20,0 1987 20,5 15,0 17,4 20,0 17,4 15,3 18,5 18,8 19,0 20,0 20,5 20,5 1988 21,2 16,5 21,2 20,0 20,2 16,5 13,5 18,5 19,2 20,0 19,5 20,0 1989 20,0 20,0 19,5 18,5 19,0 19,0 13,5 18,3 18,6 19,8 20,0 20,0 1990 20,8 20,5 20,6 20,3 18,0 18,2 16,0 16,0 16,0 18,8 20,0 20,6 1991 21,0 21,0 20,� 20,5 20,5 19,0 17,0 17, O 16,5 18,0 19,0 19,0
36
americano em julho de 1975. Analisando os dados.diários das
temperaturas minimas absolutas nas 3 estações meteorológicas
(Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto), para 1975, reportam queda
da temperatura minima; isto esta de acordo com o relatório de
GIRARDI ( 1983) . As caracter isticas do tempo, nas 3 lugares de
estudo foram:
IQUITOS:
Data
7/17 7 /18. 7/19 7/20 7/21
YURIMAGUAS: 7/17 7/18 7/19 7/20 7/21
TARAPOTO: 7 /17 7/18 7/19 7/20 7/21
temperatura média
24,6 17,7 18,8 20,5 22,4
26,5 17,2 20,8 22,3 23,9
24,7 18,1 18,8 17,9 19,6
temperatura máxima
30,0 26,6 25,5 28,0 29,6
30,7 22,0 25,0 27,0 29,0
32,5 21,6 27,0 ·28,028,4
Como se pode observar,
Temperatura mínima
20,5 14,5 14,5 13,5 16,0
21,6 13,3 14,6 12,5 15,0
20,0 16,0 14,2 12,0 12,3
Precipitação
8,0 18,0
38,5 0,8
8,0 17,0
o Anticiclone frio
presente no continente, afetou a temperatura, apresentando um
gradiente térmico latitudinal (mais frio ad sul); associado
a chuva antes e durante a passagem da frente.
Existem outros casos, que podem Eer extraidos
das tabelas e figuras correspondentes das temperaturas
37
mínimas absolutas. No Ano 1978, tem-se as seguintes
observações das temperaturas minimas absolutas:
Iquitos: 14,0º C {15/08/78) Yurimaguas: 11,4 º C {16/08/78) Tarapoto: 14,0º C (16/08/78)
o ano 1981 em Julho, as temperaturas minimas absolutas foram:
Iquitos: 11,9 º C (dia 20) Yurimaguas: 14,l º C (dias 20 e 21) Tarapoto: 14,S º C (dia 21)
Em agosto de 1987, tem-se as seguintes temperaturas
minimas:
Iquitos: 18,0º C (dia 9) Yurimaguas: 16,3 º C (dia 7) Tarapoto: 18,8 º C (dia 1)
No caso do ano 1978, observa-se temperatura
mínima absoluta relativamente mais alta que do ano 1975, com
exceção de Yurimaguas, possivelmente devido às condições
locais, que favoreceram a queda da temperatura mínima, e a
posição de frente no Continente.
No caso do ano 1981, teve-se o ingresso de
frente, atingindo primeiro Iquitos, e depois Tarapoto, isto
indica a circulação meridional (Norte) do fluxo; no mesmo mês
de Julho ( dia 27) , em Tarapoto registrou-s8 temperatura
mínima de 14 º C, em Iquitos teve-se 17,8 º C, e em Yurimaguas
16,2 º C (dia 26), devido possivelmente a um efeito fraco de
frente no Brasil e seu sentido de deslocamento, que
38
combinadas com condições locais de Tarapoto, favoreceram a
queda da temperatura minima.
Os dados diários de temperatura de 1987 mostram
a influencia de frentes fJ:acas no Brasil, e que tiveram
efeito no Oeste da Amazônia, em diferentes dias.
4.2.- Análise da amplitude anual de temperatura máxima
absoluta
Das Tabelas de 1, 3, 5 foram extraídas as
amplitudes térmicas anuais de temperaturas máximas absolutas.
A Figura 3{a, b, c) mostra a variação temporal da amplitude
anual da temperatura máxima absoluta.
A Figura 3a, correspondente à estação de
Iquitos, mostra o valor superior da temperatura máxima
absoluta (VSTMAXAB), o valor inferior da temperatura máxima
absoluta (VITMAXAB) durante o ano, e a média, que é
representado pelo traço horizontal. De forma geral, a
temperatura máxima absoluta oscilou entre 30 ° C e 40 ° C, não
apresentando muita variabilidade, sendo o ano 1974 aquele que
registrou ménor temperatura máxima absoluta (31,4 ° C), e o ano
1987 registrou a maior máxima temperatura absoluta (39,l º C),
o valor 'absoluto' propriamente dito no período estudado;
possivE::.lmente ligado ao efeito de El Nino de 86/87. As
flutuações da amplitude de temperatura máxima absoluta
mostram que os anos 73, 74, 75 são os mais baixos. Os El
39
[A]
"10
"1970 "1990
1955 1960 1965 197 0 1975 1960 1965 1990
p.._ l"J C> s
40
"10
- IVIEC>lflo..
o ............ .,,___�---�---�----�------�-�------_,__.,...,
621 955 1 960 1 965 1 g70 1 975 1 960 1 985 1 990
flo.. N e:> S
[B]
40
Nino de 1982/1983, 1986/1987 tiveram efeito no aumento de
temperatura máxima absoluta e em suas flutuações (picos
superiores das amplitudes).
Em Yurimaguas observou-se pouca flutuação da
temperatura máxima absoluta durante o ano, ocorrendo a
máxima amplitude no ano de 1962 com 5,S ºC, e a menor
amplitude no ano 1966 com 2,l ºC (Fig.3b). As flutuações de
amplitude tendem a ser quase constantes, observando-se no ano
de 1988 um pico superior, devido ao fato de ser este um ano
muito quente, com temperaturas máximas absolutas superiores
aos 35 °C. Os El Nifios de 1957/58, 1963, 1969, 1982/83,
1987/88 tiveram efeito no aumento das temperaturas máximas
absolutas e em suas flutuações.
A Figura 3c mostra
temperatura máxima absoluta desde
Tarapoto. O ano 1952 tem amplitude
a amplitude anual de
1952 até 1991, para
menor, mostrando valor
superior da temperatura máxima absoluta (VSTMAXAB) de 32, 3 ºC.
A amplitude maior de 9,5 ºC foi em 1958 com valor absoluto de
temperatura de 40ºC e a amplitude menor de temperatura
máxima absoluta é 1,5ºC em 1973. Estas amplitudes tiveram
pequenas flutuações ao longo do tempo; as amplitudes menores
encontram-se desde os anos 70-73, e as amplitudes maiores
encontram-se ao redor de 1958. Os El Nifios 57/58, 69, 8�/83
tiveram maior impacto no aumento da temperatura máxima
absoluta.
41
4.3.- Análise da amplitude anual de temperatura mínima
absoluta
Das Tabelas 2, 4, 6 foram determinadas as
amplitudes térmicas anuais de temperatura máxima absoluta, e
mostram-se na figura 4 (a, b, c) as amplitudes anuais de
temperatura mínima absoluta.
A Figura 4a mostra a amplitude anual de
temperatura mínima absoluta para a estação de Iquitos desde
1967 até 1991, existindo variabilidade destas amplitudes,
sobretudo nos valores inferiores do ano (VITMINAB), devido à
sistemas frontais que atuam nas latitudes baixas no
continente sul-americano. Observam-se os picos inferiores
desta amplitude nos anos 1969, 1975, 1978, 1981 e 1990, todos
eles menores de 15 º C; o sistema frontal presente no Brasil
foi mais intenso no ano 1981 que do ano 1975. No ano 1977 o
valor máximo de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) foi
devido à pouca disponibilidade de água no solo (seca no ano
1977); e, 1982 tem amplitude menor devido ao inicio do evento
El Nino, que condicionou um valor alto da temperatura mínima
absoluta. Com relação aos valores médios, verificou-se que
os mesmos se aproximam mais das temperaturas mínimas
absolutas superiores.
A Figura 4b apresenta a variabilidade anual de
temperatura mínima absoluta para Yurimaguas. Os anos 1959,
1964 e 1984 mostram valores superiores de temperatura mínima
so--------
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A N C> S
FIGURA 4- Amplitude anual de temperatura mínima absoluta em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)
42
43
absoluta que se sobressaem em relação a outros anos,
provavelmente devido à maior disponibilidade de radiação
solar, com a pouca nebulosidade observada depois do evento El
Nino. Os valores inferiores da temperatura mínima absoluta
tem muita variação ao' longo do tempo e em relação à sua
média, devido ao ingresso de massas de ar frio na Amazônia.
Os anos 1956, 1957, 1958, 1960, 1961, 1970, 1974, 1975, 1978i
1981, 1984 reportam temperaturas menores ou iguais a 15 º C,
sendo os mais intensos os anos 1960, 1975 e 1978.
Na Figura 4c, na estação de Tarapoto, observa
se grande variabilidade da amplitude de temperatura mínima
absoluta, existindo oscilações no período. A partir de ano
1980, os valores superiores de temperatura mínima absoluta
(VSTMINAB) superam os 20 ° c. Os valores inferiores obtidos de
temperatura mínima absoluta devem-se ao ingresso de frentes
frias no continente sul-americano até baixas latitudes. Os
El Nifios 1957/58, 1969, 1972/73, 1976, 1982/83 favoreceram no
aumento de temperatura mínim� absoluta, sendo o mais intenso
o EL Nino de 1982/83. Existem muitos anos que reportam
temperatura.mínima absoluta menores de 15 ° C. Os anos 1956,
1957, 1958, 1976 mostram temperaturas mínimas absolutas
inferiores de lO º C, pela ação das frentes frias no continente
sulame1.icano.
44
4.4.- Variação mensal de temperatura máxima absoluta
Na Figura 5 (a, b, e) e nas Tabelas 1, 3, 5
apresentam-se as temperaturas máximas absolutas mensais, para
as estações de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto .
Na estação de Iquitos (Fig. 5a) existe uma
· variação sazonal de temperatura máxima absoluta segundo o
movimento aparente do sol, apresentando valores mínimos nos
meses de junho-julho (inverno). Os valores superiores e
inferiores de temperatura máxima absoluta, assim como a
média, têm as mesmas tendências, e apresentam amplitudes
maiores em março e outubro devido ao maior aquecimento pela
liberação de calor latente nos processos convectivos.
Na estação de Yurimaguas (fig. 5b) os valores
inferiores de temperatura máxima absoluta (VITMAXAB) e os
valores médios têm a mesma tendência, e sua variação reflete
o efeito da altura do sol durante o ano (mínima no inverno e
máxima no· verão). Tem-se maiores valores superiores de
temperatura máxima absoluta desde Abril até Agosto, por serem
meses secos.
Na estação de Tarapoto (Fig. 5c), observa-se
uma tendência da amplitude e dos valores superiores de
temperatura máxima absoluta a incrementar no inverno, com
exceção de julho, quando diminuiu a amplitude. os valores
inferiores e a média têm as mesmas tendências, sendo baixas
no inverno e altas no verão.
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FIGURA 5- Variação mensal de temperatura máxima absoluta em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)
45
46
4.5.- Variação mensal de temperatura mínima absoluta
A amplitude de temperatura mínima absoluta
mensal para a estação de Iquitos (Fig. 6a) mostra a mesma
tendência segundo o percurso aparente do sol. O valor
superior de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) ocorre no
mês de abril, pelo efeito termoregulador da chuva. Em julho,
existe maior amplitude devido à freqüência de ingresso de
frente fria nos meses de inverno.
Na Fig. 6{b), para a estação de Yurimaguas, a
amplitude de temperatura mínima tem pouca variação no
equinócio de primavera e solstício de verão, sendo maiores no
outono e inverno. Os valores inferiores de temperatura
mínima absoluta e as médias têm as mesmas tendências, sendo
máximo no verão e mínimo no inverno. Os valores superiores
de temperatura mínima absoluta mostram dois picos, sendo um
em setembro (posição do sol no equador), e outro em abril (
mês de alta precipitação), permitindo assim reter o calor
através do vapor de agua.
Na estação de Tarapoto (Fig. 6c) as
amplitudes, temperaturas médias e os valores superiores
(VSTMINAB) e inferiores (VITMINAB) têm as mesmas tendências,
sendo inferior no inverno e superior no verão; existindo
maior amplitude de temperatura mínima absoluta deviàc ao
efeito de altitude principalmente, a atuação de sistemas de
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[B]
[C]
FIGURA 6- Variação mensal de temperatura m1nima absoluta em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C}
47
48
mesoescala que permitem o ingresso de anticiclones polares
até latitudes baixas no continente sul-americano.
4.6.-Variação de temperaturas absolutas nos meses
representativos da sazonalidade
4.6.1.- Mês de Janeiro
A Figura 7(a,
máximas e mínimas absolutas
Yurimaguas e Tarapoto.
b, c) mostra as temperaturas
para as estações de Iquitos,
As temperaturas máximas absolutas em Iquitos e
Tarapoto têm tendência a aumentar ao longo do ano. Em
Yurimaguas, a temperatura máxima absoluta tende a ser quase
constante.
O incremento de temperatura máxima absoluta em
Iquitos e Tarapoto possivelmente deva-se a seu ciclo natural
de temperatura, ou a expansões da cidade ou possivelmente ao
processo de desmatamento, ou variabilidade de precipitação
ou efeito estufa.
Em Iqui tos, os picos de temperatura máxima
absoluta dos anos 1979 e 1985 correspondem a mês de pouca
precipitação registrado durante o mês de janeiro (energia
disponível para aquecer), e os picos inferiores de
temperatura máxima absoluta dos anos 1972, 1975, 1982, 1987,
1990 e 1991 correspondem a· anos do mês de janeiro com alta
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52 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990ANOS
[A]
[B]
[C]
FIGURA 7- Variação de temperaturas absolutas no mês de Janeiro, em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).
49
50
precipitação (superiores a sua média mensal correspondente)
e coincidem muitas delas com o evento El Nino.
Em Tarapoto, os picos máximos de 1963, 1969 e
1983 correspondem à ocorrência de fenômeno El Nifio; durante
o ano 1983, e os picos de temperatura máxima dos anos 1977,
1985 e 1989, registrou pouca precipitação, implicando em
maior disponibilidade de energia para o aquecimento da
atmosfera. Na estação de Yurimaguas (Fig. 7b), os picos
superiores de 1963, 1969, 1973, 1983 e 1987 correspondem a
ocorrência do El Nifio; e os picos dos anos 1978 e 1981
referem-se a dias consecutivos sem chuvas implicando maior
aquecimento solar por apresentar pouca nebulosidade no céu.
Os picos inferiores dos anos 1972, 1990 registraram
precipitações acima da média, permitindo desta forma uma
menor disponibilidade de energia para aquecer a atmosfera e
maior para o processo de evaporação.
A temperatura mínima absoluta em Iquitos (Fig.
7a) mantem-se quase constante ao longo do período, com um
pico superior em 1973 (evento El Nino) de 22 ° c e um pico
inferior no ano 1974 de 18,6 ° C. Nas estações de Yurimaguas
(Fig. 7b) é Tarapoto (Fig. 7c) observa-se um incremento da
temperatura mínima absoluta ao longo dos anos. Em Yurimaguas
existe pouca variabilidade 2ependendo da condição de
estabilidade atmosférica. Em Tarapoto observa-se os picos
menores nos anos 1957-1958, 1976, anos que aconteceu El
51
Nino; os picos maiores de 1959, 1963, 1983 representa maior
aquecimento devido ao efeito do fenômeno El Nino, associado
a baixa precipitação durante o ano 1983.
4.6.2.- Mês de Abril
As temperaturas máximas absolutas nos três
locais de estudo (Figura 8:a, b, c) mostram tendência a
incrementar ao longo do tempo, e mostram tambem oscilações no
período estudado.
Em Iquitos (Fig. 8a), 1981 registrou a
temperatura máxima absoluta em Abril, tendo maior
precipitação registrada neste
devido à convecção local que
instabilidade.
mês do ano, possivelmente
favorece as condições de
Em Yurimaguas (Fig. 8b) , 1988 registrou o
valor mais alto de temperatura máxima devido a dias
consecutivos sem chuva e pouca nebulosidade. O valor alto de
temperatura máxima absoluta do ano 1969 corresponde ao evento
El Nino, e no ano de 1975 registrou-se pouca precipitação
mensal.
Em Tarapoto (Fig. 8c), os valores superiores
de temperatura máxima absoluta observaram-se no ano de 1957
(evento El Nino), e no ano de 1975 (uns dos anos de pouca
precipitação durante o mês de Abril).
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ANOS
[C]
52
FIGURA 8- Variação de temperaturas abs-olutas, no mês de Abril, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)
53
Com respeito às temperaturas mínimas absolutas,
em Iquitos, como mostra a figura 8(a), observa-se um ligeiro
decrescimento ao longo dos anos, registrándo-se os mínimos os
em 1971, 1981, 1988. Os valores superiores de temperatura
mínima absoluta (VSTMINAB) em 1970, 1974, 1977, e 1983
reportam precipitações altas que permitiram o aquecimento da
atmosfera devido a liberação de calor latente de condensação.
A temperatura mínima absoluta, no Yurimaguas,
(figura 8b}, mostra tendência a aumentar no tempo, existindo
muita variabilidade durante o período. Os valores superiores
de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) registraram-se em
1964 e 1983. Em 1964 devido a maior aquecimento da
superfície terrestre, e em 1983 devido ao efeito do evento El
Nino, sendo o ano de maior precipitação. Os valores
inferiores de temperatura mínima absoluta (VITMINAB) dos anos
1960, 1971, 1988 deveu-se possivelmente, ao efeito do
ingresso de frente fria no Brasil.
A temperatura mínima absoluta em Tarapoto
(Figura Se) registra um incremento ao longo do período,
registrando valores superiores de temperatura mínima
absoluta (VSTMINAB) em 1959, 1972, 1983 e 1985, sendo
e 1983 anos nos quais aconteceu o evento El Nino.
1972
A
temperatura mínima absoluta a partir de 1980 registra valores
superiores a 20 ° c.
54
4.6.3.- Mês de Julho
As temperaturas máximas absolutas nas estações
de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto (Figuras 9 a, b, c) têm
tendência a elevar-se no tempo. Em Iquitos (Fig. 9a)
verifcou-se valores superiores de temperaturas máximas
absolutas em 1983 e 1987, anos correspondentes ao evento El
Nino. Yurimaguas (Fig. 9b) mostra um pico superior de
temperatura máxima absoluta em 1988, registrando-se em este
ano pouca precipitação durante o mês de abril e durante todo
o período. Em Tarapoto (Fig. 9c}, existiu leve oscilação das
temperaturas máximas durante o mês de julho, registrando-se
em 1957, 1969, 1973, 1983, 1988, picos altos refletindo a
ocorrência do fenômeno El Nino, com baixa precipitação em
anos 1983 e 1988.
A variação de temperatura mínima absoluta em
Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto mostra grande variabilidade
devido à presença de sistemas frontais no Brasil. Em Iquitos
(Fig. 9a) houve grande flutuação em torno de um valor
constante ao longo do período; Os valores inferiores das
temperaturas mínimas absolutas em 1969, 1975 e 1981 deveu-se
ao ingresso de frente fria GIRARDI (1983). Em Yurimaguas
(Fig. 9b), a tendência da temperatura mínima absoluta é de
elevar-se levemente ao longo do �eríodo, também registrando
se baixas temperaturas nos.mesmos anos observados em Iquitos
(1969, 1975, 1981). Em Tarapoto (Fig. 9c), a tendência da
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ANOS
55
FIGURA 9- Variação de temperaturas absolutas, no mês de Julho, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).
56
temperatura mínima absoluta é elevar-se fortemente no tempo,
registrando-se valores inferiores no ano 1956, 1957, 1958,
1969, 1975� 1988, 1989; este último, possivelmente devido à
efeitos locais, de altitude e pouca umidade disponível
(precipitação baixa).
4.6.4.- Mês de outubro
As temperaturas máximas absolutas apresentaram
um ligeiro incremento ao longo do tempo, existindo pouca
variabilidade nos três locais estudados. Em Iquitos (Fig.
10a), 1987 registrou o valor superior de temperatura máxima
absoluta (evento El Nino), e o valor mínimo de temperatura
máxima absoluta observa-se no ano 1977, onde se registra
precipitação alta neste ano. Em Yurimaguas (10b) o valor
superior de temperatura máxima absoluta registrou-se em 1968
e 1988A
devido possivelmente ao aquecimento local. O pico
inferior de temperatura máxima absoluta ocorriu em 1975,
possivelmente devido a presença da nebulosidade que não
permitiu a incidência de radiação solar direta. Em Tarapoto
(Fig. 10c) observa-se que as temperaturas máximas absolutas
aconteiu em 1984 com 38,5 º C, presentando pouca precipitação.
As temperaturas mínimas absolutas, em Iquitos
(Fig. lOa) foram quase constantes ao longo do tempo, sendo
que 1973-1974 mostram valores baixos possivelmente devido à
presença de sistemas frontais per�istentes nestes anos. Em
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ANOS
(A]
[B]
lC\
FIGURA 10- Variação de temperaturas absolutas, no mês de outubro, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).
57
Yurimaguas (Fig. 10b),
58
a temperatura mínima absoluta
apresenta variabilidade, com ligeira tendência a elevar-se
ao longo do tempo. Os valores inferiores (VITMINAB) nos anos
1969, 1972 e 1989- ocorreram possivelmente devido à pouca
presença da frente fria no Brasil ou a sua intensidade fraca
nesta época. Em Tarapoto (Fig. 10c) houve também tendência
a elevar-se ao longo do período, tendo valores inferiores em
1956-1957, 1965, 1973 e 1975 sendo a maioria nos anos de El
Nino nos quais as frentes intensas determinaram a queda de
temperatura. Os valores superiores a 20 º C registrados em
1982, 1983 e 1985 foram possivelmente devido ao efeito de El
Nino.
4.7.- Análise das amplitudes diurnas de temperaturas mensais
As amplitudes de temperatura média mensal foram
deduzidas da diferença de temperatura máxima mensal e
temperatura mínima mensal.
A tabela 7 e Figura ll{a), para Iquitos,
mostram um ligeiro incremento das amplitudes ao longo do
tempo nos 4 meses representativos de sazonalidade (Janeiro,
Abril, Julho e Outubro). Isto implica um aumento de
temperatura; na análise da temperatura máxima absoluta, a
tendência foi aumentar com o tempo e, a tendência de
temperatura mínima foi a manter-se constante no tempo, isto
também condiciona o incremento das amplitudes. À amplitude
TABELA 7. - AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA MEDIA
ESTAÇA.O:IQUITOS
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1967 7,8 8,0 8,0 7,8 7,7 7,8 8,0 1968 7,9 9,l 8,4 7,6 8,6 8,5 8,l 1969 8,4 8,5 9,2 8,0 7,9 8,1 9,1 1970 8,5 9,1 9,0 7, 5 8,0 8,6 9,2 1971 9,3 8,7 8,J 8,7 8,2 8,8 9,7 1972 9,4 9,8 8,2 7,6 7,8 0,0 8,0 1973 7,7 8,0 7,8 7,6 6,9 8,1 7,8 1974 10,4 10,5 9,5 9,8 8,1 7,6 8,2 1975 8,1 8,8 8,5 8,0 7,0 7,2 9,2 1976 8,8 9,9 8,5 8,4 8,2 10,0 8,8 1977 8,4 8,J 7,7 8,0 8,2 8,1 9,0 1978 9,7 9,4 8,3 7,5 7,7 8,2 8,2 1979 10,7 9,4 8,4 8,4 8,5 8,1 10,4 1980 9,2 10,8 8,4 10,l 9,2 8,6 9,2 1981 9,8 8,9 9,8 9,0 9,l 8,5 9,9 1982 8,9 9,5 9,2 7,9 7 ,3 9,4 9,1 1983 10,0 9,9 9,l 9,0 9,5 9,5 10,4 1984 9,5 9,1 9,6 9,5 8,7 8,4 8,a 1985 11,2 9,0 9,1 9,5 10,2 9,2 10,3 1986 9,1 10,0 10,0 9,5 9,2 10,8 10,5 1987 9,6 8,7 11,4 9,4 10, 3 8,2 9,7 1988 9,6 11,2 10,4 10,l 9,J 10,6 11,2 1989 10,6 10,0 10,6 9,9 9,2 8,9 9,9 1990 9,1 8,7 9,3 9,0 8,4 8,5 9,8 1991 9,9 9,0 8,8 9,7 9,3 9,4 9,6
MEDIA 9,3 9,3 9,0 8,7 8,5 8,7 9,3
AGO
9,5 9,4 9,1
11,0 10,6
8,6 9,5 8,8 9,1 9,4 9,J
10,0 10,2 10,2 10,3 10,6
9,9 11,l 10,5 11,0
9,6 11,4 10,5 10,3
9,3
10,0
TABELA 8.- AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA MEDIA
ESTAÇAO: YURIMAGUAS
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
1955 1956 11,6 10,6 11,3 12 ,8 14,9 13,0 15,0 1957 13,4 11,9 11,8 12, 1 12,5 14,9 15,1 16,6 1958 13,4 12,9 lJ,2 13, 2 12,1 15,6 11,9 11 3 1959 10,J 8,4 10,0 9,5 9,5 10,2 11,5 12,5 1960 10,2 10,5 11,1 9,9 10,2 10,9 12, O 11,1 1961 9,9 9,0 9,3 9,9 9 ,5 9,9 12,9 14,J 1962 9,9 9,9 9,6 9,6 9,3 10,9 11,1 12,3 1963 10,,0 9,3 8,9 8,9 9,3 9,9 9,9 12,J 1964 10,6 10,l 8,6 8,9 8,3 9,1 10,4 11,2 1965 10,8 11,2 9,4 9,5 9,2 8 ,3 9,5 12,0 1966 9,2 10,0 9,8 9,4 8,8 10,7 9,6 10,5 1967 9,5 8,2 8,1 9,J 8,9 9,3 9,8 10,6 1968 9,4 9,2 8,9 9;3 10,2 9,8 9,7 10,4 1969 11,2 11,0 9,4 10,6 9,3 9,9 11,7 9,9 1970 9,1 8,9 9,1 8,6 9,7 9,1 10,0 12,0 1971 8,7 a.o 8,3 8,2 8,8 . 8,5 10,0 10,3 1972 8,5 9,1 7,7 8,8 8,5 9,1 9,7 9,7 1973 7,7 8,1 8,5 8,3 8,5 8,5 8,1 9,1
1974 8,7 8,2 8,2 8,3 8,6 7,7 9,7 8,9 1975 8,7 9,0 8,7 9,6 8,5 8,9 10,4 10,4 1976 8,8 9,3 8, ., 8,5 8,3 8,7 10,1 10,5 1977 9,4 7,7 7,3 8,5 8,7 9,1 9,8 10,2 1978 9,0 9,6 8,5 ·9,3 8,2 9,6 10,1 10,5 1979 10,5 9,5 8,5 9,4 8,8 9,8 10,7 11,5 1980 9,9 9,8 9,0 9,3 9,0 9,2 9,1 12,2 1981 9,5 8,4 8,8 8,8 8,8 8,2 10,7 10,5 1982 8,5 7,9 8,1 7,5 li), 2 9,9 10,0 10,-4 1983 9,7 9,7 9,3 8,0 8 ,-9 9,6 10,2 10,7 1984 8,2 8,1 8,4 8,3 8,5 8,6 9 ,6 10,6 1985 9,4 8,9 9,7 9 ,7 10,3 9,9 10,6. 1986 10,5 10,4 9,5 10,0 10,1 10,3 10,l 10,7 1987 1988 9,7 9,5 9,6 10,3 9,6 10,0 11,3 12,5 1989 10,3 9,7 8,8 10,1 11,0 1990 9,6 10,6 9,9 10,3 10,5 9,6 9,7 12,0 1991 10,2 9,9 8,8 9,9 10,5 9,3 10,6 11,0
MEDIA 9,8 9,5 9,2 9,4 9,2 9,9 10,5 11,J
59
SET OUT NOV DEZ
10,0 8,5 10,l 8,J 8,9 9,2 9,2 9,1 9,5 9,5 9,J 9,0 9,6 10,l 10,0 9,5
10,6 10,J 9,8 9,7 9,4 9,3 8,9 8,4
10,8 10,8 10,2 9,6 9,9 9,J 8,9 8,4
10,5 10,2 9,9 9,1 9,0 8,5 8,J 8,9 8,7 8,4 7,8 9,5 10,l 9,2 8,7
10,2 10,5 10,l 9,3 11,2 9,1 8,9 9,2 10,2 9,8 9,9 8,9 10, 1 10,0 9,6 8,9 10,7 9,6 10,3 10,0 11,5 10,6 11,6 9,9 11,4 10,0 10,7 10,2 10,1 9,7 10,7 9,6 10,2 11,6 10,3 10,1 10,9 11,9 10,3 10,0 10,8 11,1 9,6 10,0 9,5 10.1 10,7 10,6
10,J 9,8 9,8 9,3
SET OUT NOV DEZ
12,4 12,7 12,1 11,0 13,8 13,7 13,8 13, 5 15,9 14,7 13,2 13,5 12, 7 10,6 9,5 10,9 11,8 10,6 10,5 9,7 11,7 11,3 10,5 11,6 13, l 10,0 10,5 10,3 11,8 10,8 10,9 10,3 11,9 10,6 9,9 9,8 10,7 9;6 10, 1 11,2
9,4 9,8 9,l 9,8 10, 5 9,9 9, 1 8,8 12, l 10,4 9,5 10,1
9,3 11,0 10,7 10,3 10,3 9,4 8,8 9,4 10,7 10,5 9,3 9,1 10, 3 9,4 9,8 9,4
9,3 9,9 9,0 8,5 10, 1 9,3 8,2 9,1
9,1 9,2 10,0 9,0 10, 2 10,7 9,1 9,1 10,1 9,4 8,4 9,1
9,9 9,4 8,5 9,2 9,9 9,8 9,9 8,6
10,5 10,3 9,4 9,4 11,2 9,3 8,9 9,5 10,5 9,7 9,4 8,.3 10, 7 9,6 8,7 8,8 11 ., O 9,7 8,9 9,3 10,2 9,8 8,7 10,3 10, 2 10,1 9,9 10,3 10,3 11,1 10,5 9,8 9,5 9,4 11,5 10,J 11,5 10,2 10,9 12,0 11,7 10,J 9,4 9,2 11, 1 10,3 9,4
11,0 10,4 9,8 9,7
60
diurna de temperatura varia entre 8,S ºC (Maio) e 10,J ºC
(Setembro).
Em Yurimaguas, no inicio do periodo a
amplitude foi alta, decrescendo com o tempo, até manter-se
quase constante (tabela 8 e Figura llb). Segundo a análise
de temperatura máxima absoluta, a tendência foi de manter-se
constante ao longo dos anos; e, a tendência de temperatura
minima absoluta foi de ter um ligeiro incremento no periodo.
Estas tendências permitem à amplitude a manter-se constante
nos últimos anos, nos 4 meses analisados. Em média à
amplitude varia entre 9, 2 ºC (Março e Maio) e 11, 3 ºC em
Agosto.
A tabela 9 e Figura ll{c), mostram a
distribuição de amplitude para Tarapoto. Observa-se, no
inicio do período, que a amplitude tendeu a incrementar, para
logo decrescer ao longo do tempo, nos 4 meses de estudo.
Segundo a análise, as temperaturas máximas e mínimas
absolutas tenderam a incrementar ao longo dos anos, fato que
explica a menor diferença entre as temperaturas extremas. Em
média à amplitude varía entre 12,0 ºC (março, abril) e 14,lºC
(Agosto).
61
TABELA 9.- AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA
ESTAÇAO: TARAPOTO
ANO JAN · FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1952 6,3 7,0 7,2 9,3 9,1 9,6 9,4 9,9 9,3 1953 9,5 9,6 9,6 10,4 10,7 ll,4 12,9 13,8 12,7 12,7 13,5 14,6 1954 14,2 13,9 13,3 13,9 13,2 14,1 14, 1 14,5 14,2 14,0 14,2 lJ,4 1955 lJ,3 12,8 12,8 13,8 15,0 15,6 15,5 15,0 20,7 19,8 20,5 1956 17, 8 17,5 17,6 18,3 19,l 19,3 20,5 19,5 18,5 18,6 19,2 1957 18,5 18, 1 18,4 18,0 20,3 22,2 19,1 19,9 11,8 18,8 18,0 18,4 1958 18,7 19,0 18,8 18,7 17,7 20,3 20,5 12,2 lJ,3 1959 12, 1 11,5 11,6 11,6 12,2 11,3 12,6 14,2 13,1 12,3 12,9 11,6 1960 12, 4 12,3 12,9 12,3 11,8 13,1 13,7 14,0 12,9 12,9 13,1 13,5 1961 11,8 12,4 10,8 12,2 12,4 12,8 15,1 15,9 14, 9 12,4 10,4 13,6 1962 13,7 11,2 11,9 12,0 10,6 12,9 13,1 14,5 14,3 13,8 13,8 12,9 1963 12,3 12,1 11,0 11,4 12,2 13,4 14,0 16,6 16,3 13,8 13,8 13,1 1964 15 14,0 11,7 10,9 10,6 11,8 13,7 13,2 12,9 13,2 14,4 15,0 1965 15,6 13,1 13,7 13,1 12,2 13,9 1.5, 7 14,2 14,5 12,7 14,1 1966 13,8 13,5 13, 5 14 ,4 12,5 15,5 15,1 15,6 14,6 13,1 12,4 12,7 1967 13,5 12, 6 12,3 12,1 13,4 15,3 14,9 15,3 15,7 13,2 14,2 13,2 1968 13,6 13,9 12,4 13,7 14,2 14,3 13,9 14,6 15,0 13,1 13,9 14,6 1969 16,0 14,6 13,4 12,6 13,4 13,2 15,4 14,1 13,7 14,3 13,5 13,4 1970 12,6 13,6 12,7 12,4 13,4 13,6 13,5 15,5 14,2 15,8 14,2 14,4 1971 13,4 12,5 12,4 11,7 13,1 13,2 13,5 13,6 14,2 12,9 14,4 14,1 1972 11,9 12,5 ll,O 12,3 12,6 12,7 13,4 13,9 12,8 13,2 14,5 13,1 1973 11,8 11,3 12,0 11,3 12,4 12,6 13,2 14,3 14,0 14, 5 13,6 13,3 1974 13,6 12,0 12,6 12,4 13,3 12,9 14,6 13,5 12,8 12,5 14,2 11,9 1975 11,2 12, 6 12,3 13,0 11,6 12,2 13,7 14, 6 12,9 14,1 12,3 13,4 1976 11,6 12, 2 11,5 11,5 11,7 11,S 14,6 12,3 12,8 12,0 12,2 11,9 1977 13,6 10,5 10,8 11,0 10,8 11,3 12,7 13,0 11,7 11, 5 10,3 12,8 1978 11,8 12,4 11,8 10,8 10,9 12,6 12,2 12,4 12,6 12,6 12,3 11,7 1979 12,6 ·11,8 10,2 10,7 11,4 11,8 12,9 13,8 13,2 12,5 10,9 11,9 1980 11,7 12,4 10,1 11,7 12,0 12,7 12,2 13,2 14,6 11,5 12,8 13,0 1981 12,5 10,0 11,2 10,7 11,7 11,6 12,1 12,8 13,2 12, 3 12,0 11,4 1982 11,7 11,9 10,3 9,7 11,2 11,7 11,8 12,6 12,9 11,9 11,6 11,3 1983 12,3 11,1 10,8 10,4 11,3 12,4 14,3 14,6 13,8 12,8 12,5 11,4 1984 12,1 11,2 10,6 10,5 11,4 10,6 12,4 13,l 12,7 13,1 12,8 12,5 1985 12,0 12,0 11,2 10,8 10,8 11,6 11,7 12,4 12,0 12,2 11,4 12,0 1986 ·10,9 10,5 9,7 10,9 10,9 12,4 11,0 11,5 10,4 11,7 12,1 10,9 1987 10,7 -10, 8 11,1 9,8 11,5 12,0 10,9 12,9 12,6 12,0 11,0 11,2 1988 10,6 11,,5 10,8 10,6 11,4 13,4 13,6 13,3 12,3 11,4 12,1 11,8 1989 11,1 10,8 10,9 10,4 9,7 10,5 13,0 13,2 13,8 12,0 11,7 13,2 1990 12,0 11,7 10,2 10,8 11,6 10,2 11,7 14,2 13,4 12,0 11,1 11,5 1991 11,4 11,6 10,6 10,8 11,3 11,7 14, 1 14,2 13,4 12,2 12,2 13,3
MEDIA 12,8 12,6 12,0 12,0 12,4 13,0 13,7 14, 1 13,5 13,2 13,2 13,0
[A]
-+- A.IVIPL.A.E3AIL
- A.IVIPL.JULHc::>
e:> l.J Tl.J E3 AC>
67 "1 970 "1 975 "1 980 "1985 "1990
"14
"12
4
2
A. N e:, S
-+- A.IVIPL.A.E3AIL
- A.IVIPL . .Jl.JLHc::>
e:> l.J T l.J 13 A e:>
[B]
"1955 "1960 1965 1970 "1975 1980 1985 1990
A. N e:, S
[C]
-+- A.IVIPL.A.BAIL
---. A.IVI PL.JULHc::>
- A.IVI PL. C>l.JTUBAc::>
52"1 955 .., 960 .., 965 .., e7o .., 975 .., e8o 1 985 .., 990
A.Nc::> S
FIGURA 11- Amplitude de temperatura média mensal, nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)
62
63
4.8.- Análise de precipitação
A tabela 10 apresenta-se a chuva máxima em 24
horas, ocorridas em Iquitos-, Yurimaguas e Tarapoto.
A chuva máxima ocorrida em 24 horas, a maioria
de elas representam eventos relacionados com a ocorrência do
fenómeno El Nino, ou com o anti-Nifiõ, ou com condições locais
de instabilidade.
TABELA 10.- CHUVA MAXIMA EM 24 HORAS
EJ IQUITOS YURIMAGUAS TARAPOTO
chuva chuva chuva
(mm) data (mm) data (mm) data
JANEIRO 130,0 (01/09/83) 100,0 (01/18/72) 80,0 (01/19/72)
FEVEREIRO 150,0 (02/06/83) 76,0 (02/09/82) 100,0 (02/17/89)
MARCO 145,0 (03/27/76) 140,0 (03/05/87) 106,0 (03/21/74)
ABRIL 180,0 (04/05/77) 80,0 (04/17/83) 86,4 (04/17 /74)
MAIO 145,0 (05/19/72) 125,0 (05/05/88) 78,0 (05/18/77)
JUNHO 135,0 (06/04/75) 68,0 (06/12/73) 76,0 (06/17/82)
JULHO 109,5 (07/28/82) 67,0 (07/13/82} 51,0 (07/12/90)
AGOSTO 180,0 (08/29/76) 91,0 (08/13/80) 65,0 (08/27/75)
SETEMBRO 122,0 (09/07/82) 192,0 (08/24/85) 61,0 (09/18/72) (09/22/73)
OUTUBRO 200,0 (10/07/72) 92,1 (10/19/76) 88,0 {10/06/72)
NOVEMBRO 139,3 (11/09/75) 82,3 (11/24/88) 65,0 ( 11/26/87)
DEZEMBRO 175,6 (12/17/79) 105,0 (12/22/86) 97,0 (12/20/77)
64
4.a.1.- Iquitos
Na tabela 11 e figura 12a,b mostra-se a
precipitação mensal e anual em Iquitos, tendo uma média
interanual de 2862mm, sendo o ano mais chuvoso 1981 com
4233,8 mm.
Na tabela 12 , dias sem chuvas são indicados
por "O", sendo todos elos maiores que 50%, registrados em
todos os meses do ano, existindo chuvas maiores de 150mm/dia
com probabilidades menores de 0,5%.
A tabela 12 e a figura 13(a, b, c, d)
correspondem aos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro,
que apresentam diferentes probabilidades de chuva. Em
janeiro tem uma probabilidade de 51,1% de não ocorrência de
chuva, sendo que a probabilidade de chuva de altura menor de
5mm representa 15%. A figura 13(a,b,c,d) tem às mesmas
tendências de distribuição de chuva que do mês de Janeiro.
As precipitações superiores mais elevados de
cada mês, tem probabilidades de ocorrência mui to pequenas
(valores finais de cada coluna mensal); são eventos que
geralmente estao associadas à convecção local, intensificação
da Zona de Convergencia intertropical, desloca�ento de linhas
de instabilidades, ou relacionadas com o evento El Nifio, que
tem origem no Pacifico.
A pesar de -não existir muita diferença de
precipitação entre os meses, segundo a tabela de
TllflEI,/\ 11- !'Hf:Cl!'l r11ç-Ãn Mlllc-1\L
E5TIIÇÍÍO: I Q!Jl TOS
�NO J/\tl FEV M/\R /\BR MIi!
1967 343, O 1<, 1, 4 308,0 230,4 14 l, l 1968 332,8 63, l 201, 1 239,5 167,9 1969 224,3 254, 5 246,9 158,5 290,5 1970 295,2 )09, 7 374,0 316,6 298,2 1971 355, 1 J26, 5 405, 1 11 7, 7 342, 5 1972 2 lJ, 4 151, 9 274,5 187,6 444,2 ]973 269,2 20R, {) J 75, 1 20 /, 7 278, 7 J974 14 3, 9 67, 1 196,8 2"14,4 119,2 1975 )79, 1 18'1, 5 )94, O 120, 1 4 )(j, 8 h976 '.)5H, ll 2 ll, 7 4Sl '"J, 7 10•1, O 75), 2 n911 28, l 4 75, 2 540,9 ]91, 4 192,5 b978 11 t;, n 123,2 174, 4 3 4 6, 3 297, 7 n919 79,H 202, 8 191, 1 31 7, 6 209,5
980 497, / 171, 7 439,0 411, 5 217,2 981 15'">, 7 405,0 240, 7 826, 3 379,8 982 38 7, 4 183, 8 228,2 532,4 215,6 983 4 53, 3 4 14, 2 32),6 4 J 2, 4 204, 1
�984 218, O 195, l ll l, O 221, 6 l �19, 1 �985 8,0 12 3, O 31, 7 258, 7 111, 2
986 89,8 116, 1 177,6 96,0 320, O' 1987 488,3 201, 8 146, 7 360,7 126,0 1988 163,0 3 72, O 244, O 255,0 327, O 1989· 628, 7 277,4 293,0 1)6,8 280,0 �990 4 7 5, 1 224,8 l l l, 8 134, 8 1)0, 9 �991 221,0 )55, O 273, 7 252,9 ?97,0
MEDIA 284,9 2)0,8 273,6 293,2 269,7
JllN JUL
l 94, 9 225, 1 J6Q,H 256,9 71, t, l'l9, 2 236,5 178,3 277, 1 229,0 254, 7 237,4 )00, 3 75 l, 5 1(>4, 2 186, l 10(,, 0 184, 5
JH,4 !92,9 235,9 1o;i, 1 252,J 96,0 111,0 107, 5 14 7, 1 )68, 6 70,6 144, 9 461, (, 204,4 63,6 263,5 176,6 105, O IJ9, O 218,5 218,5 118, 4 2 13, 9 179,0 105,0 268, O 86,A 293,0 20'), o 186,9 41, O
201,0 184, 5
/\GO
85,f. 1 78, J 178, 7 100 t f1 90,9 l <1 7, f, 17'.J, O 228,0 )55,] 469, 1 12 3, l 174,9 140,5 167, O 3 71, 3 110,0 83,0 105,0 1 12, O 179,0 ]62,0 100,0 206,6 128,7 218,2
178,4
SET OUT IIOV DEZ
198,5 184,4 78,4 215,2 104, 7 190, 7 257,6 188,0 288, 4 154,R 242,8 238, 1 265, 1 99,5 348,8 227,7 321,8 244,0 196,0 264, O 119, 2 523,5 332,2 287, 7 250, l 346, 7 287,2 296,7 277,4 244,8 107,3 321, 9 ]52,0 353,0 )81. 9 ]89,4 11 O, J 125, l ]42,8 452,0 344, O 394,5 366, l 242,3 28R,l 103,4 451,4 476,5 87, 1 243, l 154,0 400,7 1 J2, 2 313 ,6 367,7 140,0 281,6 365,5 238,5 530,2 228,6 230,3 )92,0 373,4 208,0 401:y,0 166,6 442,0 111, 4 94, O 182,8 128,0 121,8 170,0 150,0 193, O l9f3, o 262,4 120,6 309,3 94,0 205,2 237,0 323,5 79,0 298,6 34 2, 5 15✓., n 111, 1 159, 2 154,5 67,8 74, 9 57,0 122,0 71 n, Q
118,4 236,0 29),0
186, 5 240,2 252, 6 286,4
TABELA 12- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇÃO
ESTAÇÃO: IQUITOS
I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
o 51,1 52,3 53,8 51,3 53,8 57,1 61,2 62,3 64,7 59,1 0-5 15,0 16,4 16,4 15,7 15,0 15,3 12,1 13,8 12,4 14,6 5-10 8,7 8,6 5,3 7,9 9,4 9,3 7,6 7,2 5,2 7,0 10-15 5,4 4,8 5,2 5,7 4,4 4,8 5,2 4,0 5,2 4,3 15-20· 4,4 3,8 4,8 4,4 3,5 3,5 4,9 4,1 2,5 2,7 20-25 3,4 3,3 2,5 2,9 3,1 2,4 2,5 2,2 1,9 1,7 25-30 2,6 1,8 2,3 3,3 2,1 2,8 1,7 1,4 1,6 2,6 30-35 1,7 2,4 1,8 1,5 2,2 0,9 1,2 1,2 1, 7, 2,3 35-40 1,8 2,3 2,2 0,9 0,7 0,5 0,8 1,3 1,3 1,3 40-45 1,3 0,9 0,8 0,9 0,9 0,7 0,4 0,7 0,7 0,5 45-50 1,3 0,7 1,2 1,2 0,8 0,5 0,4 0,5 0,1 0,9 50-55 0,3 0,4 0,4 0,9 0,9 0,7 0,5 0,3 0,1 0,5 55-60 0,5 0,4 1,0 0,3 0,5 0,3 0,4 o 0,3 0,4 60-65 0,3 0,4 0,5 0,4 0,5 0,1 0,5 0,1 0,3 0,1 65-70 0,4 0,1 0,4 0,5 0,4 0,1 0,3 0,3 0,3 0,1 70-75 0,3 0,1 0,1 0,3 0,3 0,1 0,1 o 0,5 0,1 75-80 0,5 0,4 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1 o 0,1 0,1 80-85 0,3 o 0,1 0,1 o 0,1 0,1 0,1 0,5 0,4 85-90 o 0,3 o o o o o 0,l 0,1 0,4 90-95 0,4 o 0,3 o 0,5 o o o o o 95-100 0,1 o 0,4 o 0,4 0,1 o o 0,1 0,1 100-105 0,1 o o o 0,1 o o o o o 105-110 o o o o o o 0,1 o o o 110-115 0,1 o o o j o o o 0,1 115-120 o o 0,1 0,1 o o 0,1 o 0,3120-125 0,1 o o 0,1 0,3 0,1 o 0,3 0,1125-130 0,1 0,1 0,1 0,1 o o o o 130-135 o o 0,1 o 0;3 o o 135-140 0,1 0,1 0,1 0,1 o o 140-145 o 0,1 C,l o o 145-150 o 0,1 o o
>150 0,1 0,5 0,3 0,3
65
IINU/\L
2375,0 2350,6 2748, J 3050,2 3169, 7 3223,9
324 l, 5 2 3 li, 1 3741, 6 4015, J> 3527, 7 2905,9 22)3,2 3112,2 4233,8 3488,2 3420,2 1986,1 1543,4 2302,8 2677, 5 2617, 1 2665, 1 2203,7 2393,l*
2862, s l
NOV DEZ
57,6 54,4 12,8 14,58,4 7,8 3,3 4,2 3,3 4,3 2,9 3,5 1,2 1,3 1,7 1,6 2,1 1,6 1,5 0,4 1,1 1,8 1,2 0,9 0,5 0,9 0,4 0,4 0,3 0,7 0,5 0,3 0,1 0,7 0,l o
0,3 0,5 0,1 0,1 o 0,1o 0,3o
·•
o
0,1 o
o O,l o o
0,1 o
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350
300
250
,� 200 <...>-
O:: 150 CJ
CL 100
50
A N C> S
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!,<,d PP MEDIA MENSAL
66
[A]
- - � [B]
a:: a:: -=x:: :z: ___J e::>C::C::a:::l-=:::::=:::>==>c.9 � c::c:: -= ' --::, --::, c::c:: MESES
FIGURA 12- Precipitação anual{A) e mensal{B) em Iquitos
60
50.
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10
60
70
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10
■ JANEIRO
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O�momo�o�o�o�o�o�����o�o -�NNMM���w�w��woommoo-
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õ 11S,40 ;!
§aoli! ll.20
10
□OUTUBRO
/1
LIMITE SUPERIO� OA CLASSE
·(B)
{CJ
(01
FIGURA 13- Freqüência relativa de precipitação, para Iquitos nos meses de Janeiro(A}, Abril(B), Julho(C), outubro(D),
67
68
precipitação mensal, observa-se que Abril, com 292,2mm é o
mês mais chuvoso, isto devido a alto aquecimento local, e ao
deslocamento da Alta de Bolívia. O mês menos chuvoso é
Agosto, com 178 ,-4 mm, quando a zona de Convergência
Intertropical e a Alta de Bolívia se encontram no hemisfério
norte.
Dentro da distribuição temporal da
precipitação, existe variabilidade interanual, ocorrendo
anos secos e anos úmidos, como se mostra na figura 12a. Os
anos úmidos estão geralmente relacionados com o evento El
Nino. Os anos 1981-1982, 1975-1976, 1972-1973; e os anos
1984-1985 estão registrados como ano secos com precipitação
muito abaixo da média.
Segundo a tabela de precipitação mensal,
(tabela 11, e figura 14a), mostra-se a variabilidade de
precipitação durante o mês de Janeiro desde 1967 até 1991.
existindo muita variação. A precipitação em 1989, de 628, 7 mm
e 1976 com 558mm, foram .anos de evento El Nifio. Os anos
1985 e 1977 foram aqueles de menor precipitação,
possivelmente devido a bloqueios na alta troposfera, onde a
circulação de Walker não estava em sua posição mais provável.
precipitação
1982, com
Na fig. 14b, observa-se claramente que a maior
em abril foi em 1981, com 826,3mm, seguida de
532,4mm. Isto estaria relacionado com a
li" l�
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FIGURA 14- Precipitação em Iquitos, nos meses de Janeiro(A), Abril(B), Julho(C), outubro(D)
69
{AJ
{BI
70
intensificação de Alta de Bolivia, formação de centros
convecti vos onde existe liberação de calor latente, e com
evento El Nino. Precipitações menores ocorreram em 1986 co
96mm, e 1971 com 117mm.
Na Fig. 14c mostra-se a precipitação interanual
durante o mes de julho, sendo a maior precipitação em 1982,
com 461mm (evento El Nino); a precipitação mínima, durante
este mês ocorrem em 1991, com 41mm.
A Fig. 14d mostra a precipitação de Outubro,
desde' 1967 até 1991. O ano 1972 apresentou a maior
precipitação com 523mm (evento El Nino); 1990 foi o de menor
precipitação com 57 mm.
4.8.2.- Yurimaguas
A tabela 13 mostra a precipitação mensal da
Estação de Yurimaguas, sendo a média de precipitação anual de
2039,6mm.
A Fig.
precipitação interanual,
15a e tabela 13, mostra-se a
sendo o ano 1978 de maior
precipitação, contribuindo para ter este máximo os meses de
abril e maio, o ano de menor precipitação co�0responde ao ano
1989, devido ao registro de menor precipitação em dezembro.
A Fig. 15b representa a variação mensal de
precipitação media mensal, sendo o mês de março de maior
precipitação devido a maior atividade convectiva e a
TABELA 13- PRF.CIPITACAO MENSAL
ESTACAO: YUR IM'/IGlJ/1S
�NO J/IN FEV MIIR /IIJR
�971 231,0 2Jl,4 144,8 162,4 )972 4 Jl, O lSJ,2 )48,4 78, fJ
]973 234, 1 285,6 2 J 1, 2 194,5
1914 175,J 1 S2, 9 221,4 24�,?
� 975 18 5, 7 11,q, o 301, 7 68,0 1976 396,0 6fi, 7 221,8 244,8 1977 115, 1 1 77, 6 409,1 191,4 1978 222,6 11';,r, 228,0 143,R 1979 138,0 49,2 332,6 149, 2 )980 164, 7 165,8 307,6 190,2 1981 158,6 305,9 246,9 188, 2 1982 176, 2 358, l 252,6 205,2 .1983 154,2 151, 6 135,2 292,7 )984 173 ,R 151, 5 256,6 219, 8 1985 45,0 9J' () 160,0 1 Jl, 6 ]986 156,J 719, J 380,0 114 · º]987 302, l 165,8 233, 8 )05,8 1988 8),0 221, l 249, l 2 71, 7 1989 2)9,9 97,R 252,7 129,0 1990 252, 7 205, 2 240,8 180, 4 1991 116,0 242,0 292,6 198, O
MEDIA 197,7 181,4 259,4 195,5
M/11 JlJN JlJL /IGO
221,2 119, 3 64, 5 52,7 108,4 61, 2 152,2 56,5 116, 2 217, 1 286,9 1 !(,, 7 112, 7 120, J 107, 5 74, O
276,4 136,] 148, J 92,0 171, 6 9), O 50, 6 103,5 190,9 lJ5, l 100, J 261, 5 306, l 40, 2 121, 1 100,0 256,9 7 5, l 80,9 119,0 165, 5 77,2 7 4, J 232,2 106, l 216,0 112,4 12 7 ,0 )9,0 106,0 11 J, 7 95,8 186,7 4,0 40,5 40,4 265,4 109,2 49,5 82, 1 193,0 55,0 7),2 145, 9 119, 8 69,6 10?, () 1 74, 6 116, J 40,6 97,4 114 ,o 222,4 66, 1 24, O 110, 1 18 J, ll 158,) 77, 8 84,4 79,0 182, 1 92,0 41, O 229,0 ,165, O )) • o 27,0
174, 6 107,0 95,4 107,2
TABELA 14- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇAO
ESTAÇAO: YURIMAGUAS
I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
o 60,7 58,4 53,3 59,5 66,4 74,1 77,30-5 12,0 11,3 12,1 10,2 11,5 7,6 7,7 5-10 8,3 9,4 8,3 9,1 6,6 6,2 5,5 -1.0.-15 4,5 6,9 6,8 6,0 4,3 3,3 3,4 15-20 4,0 4,6 3,8 3,0 2,5 2,9 0,9 20-25 2,5 l,9 4,6 3,5 1,2 1,9 1,1 25-30 2,0 1,0 3,2 3,2 2,0 1,0 1,1 30-35 1,2 1,9 2,6 1,3 0,9 0,5 0,9 35-40 0,9 0,7 6,1 1,0 1,2 1,8 1,1 40-45 0,9 1,5 1,5 1,0 0,6 0,2 o
45-50 0,6 0,2 0,9 1,0 0,8 0,2 0,3 50-55 0,5 0,5 0,5 0,3 0,3 o 0,555-60 0,9 0,8 0,3 0,3 o 0,3 o
60-65 0,5 0,3 0,2 o 0,2 o 0,265-70 0,3 0,3 o 0,5 0,3 0,2 0,270-75 o o 0,3 0,2 0,275-80 0,2 0,3 0,2 0,2 0,380-85 o 0,2 0,385-90 o 0,2 0,290-95 o o o
95-100 0,2 o 0,2100-105 0,2 o
105-110 o o
110-115 o o
115-120 o o
120-125 o 0,2 125-130 0,2 130-135 o
135-140 0,2 140-145145-150
>150
71
SET OUT NOV DEZ ANUAL
lJJ' 4 136,6 178,J 1675,6 194,4 79, 6 95,J 82,5 1871, 3 139,0 84,<J 221,8 272,9 2)90,9 115, 5 146,1 160,7 195, 1 1822,7 167,7 129,5 179, J 26),9 2117,3 86,0 25),J 280,4 18 J, 5 2151,2 126,8 125,8 262,8 25),5 2351,9 276,8 186,8 205,6 282,0 2430,8 153,7 114 ,4 280,9 178, 4 1928,3 148,6 202, J 220,8 267,7 2216, 9 157, f, 229,4 189,2 259,8 2297,l 48,0 247, 1 ]21, 1 216, 1 2172,9 141, 4 261,8 213, 4 171, 4 1793, J 162, J 117,8 189,4 136,7 1914, 1 )07,6 190,2 279,7 84,5 1758, 7 160,6 246,6 218. 1 415,0 2375, 9 151, 5 117, 6 19),8 171,0 2009,9 56,0 295,4 298, 7 138, 5 20)6,) 82,6 197,4 133,5 43,0 1680,2 67,0 180,6 166,4 J 2 3, 7 2010,9 15),0 191, O 179,8 1826,4
144,2 177 ,8 212,8 207,J 2039,6 1
AGO SET OUT NOV DEZ
78,7 71,8 65,6 59,7 63,6 5,5 8,9 10,4 10,2 10,2 5,4 7,1 7,1 9,1 7,4 3,1 2,2 4,6 5,2 4,2 2,0 3,0 2,8 3,5 3,6 1,2 1,0 1,5 2,9 3,6 0,8 1,9 1,7 2,7 1,3 0,6 0,6 1,1 1,0 1,5 1,2 0,6 1,5 1,9 0,8 0,3 0,8 0,6 0,6 0,8 0,2 0,3 1,1 0,6 0,7 0,2 o 0,8 0,6 0,3 0,3 0,3 0,8 0,2 0,8 o 0,3 o 0,8 0,3 0,2 0,3 o 0,5 0,4 o 0,2 o 0,2 0,3 o 0,3 0,2 0,3 o
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72
[A]
[B]
FIGURA 15- Precipitação anual (A) e mensal(B) em Yurimaguas
73
intensificação da Alta de Bolivia, e o mês de Julho reporta
precipitação menor.
A tabela 14 e as figuras 16(a, b, c, d)
representam a freqüência relativa de precipitação no mês de
janeiro, Abril, Julho e outubro. Sendo "O" na coluna de
intervalo de classe, dias sem precipitação. No mês de
Janeiro tem-se maior pr�babilidade de chuva (12%) entre o
Smm. Para o mês de Abril dias sem chuva representa o 59,5%
de probabilidade e entre 0-Smm representa o 10,2%. No mês de
Julho dias sem chuvas representa o 77,3% e chuvas entre
0-5mm tem probabilidade de ocorrência de 7, 7%. No mês de
Outubro, dias sem chuvas representou 65,6% e dias entre o-
5mm têmm probabilidade de 10,4%.
A Fig. 17a representa a precipitação no mês de
Janeiro, sendo as máximas de precipitação no ano 1972, com
431m�, e 1976 com 396mm, isto devido ao fenômeno El Nino. A
a minima precipitação ocorrem em 1985 com 45mm,
83mm.
No mês de Abril {Fig. 17b),
1988 com
a máxima
precipitação se deu em 1978 com 343,3mm, e a mínima em 1972
e 1975 com 78mm e 68mm, respetivamente.
No mês de Julho (Figura 17c) a máxima
precipitação foi em 1973, ano com ocorrência do fenômeno El
Nifio; em 1988 a precipitação foi de 24 mm, representando
precipitação muito abaixo de sua media (95mm).
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FIGURA 16- Freqüência relativa de precipitação,
Yurimaguas, os messes de Janeiro(A),
Julho(C), outubro(D).
74
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76
A Fig. 17(d), mostra a distribuição de
precipitação no mês de outubro, 1988 o ano de maior
precipitação com 295,4mm, seguido de 1976 com 253,3mm. Os
anos de menor precipitação foram 1972-1973 com 79,6 e 84,9
mm, respetivamente, devido possivelmente à predominância de
movimentos descendentes neste mês, ou presença de anomalia
positiva de ROL.
Em geral, a precipitação total de julho parece
estar decrescendo com o tempo, enquanto que outubro mostra
tendência de estar aumentando.
4.8.3.- Tarapoto
A tabela 15 apresenta a precipitação mensa 1 de
Estação de Tarapoto, tendo uma media anual de 1073mm.
Na Fig. 18a apresenta-se a precipitação
interanual desde 1971 até 1991, sendo a precipitação máxima
no ano 1972, com 1497,2mm (ano do evento El Nifio). Seguido de
1974 com 1462mm, sendo
(685,1mm).
1985 ano de menor precipitação
Na Fig. 18b mostra-se a precipitação média
mensal, sendo os meses de Janeiro, Fevereiro, Março e Abril
de maior precipitação� e Julho mês de menor precipitação.
Na Tabela 16, apresenta-se a freqü�ncia
relativa de precipitação para a estação de Tarapoto. O valor
TABELA 15- PRECIPITAÇÃO MENSAL
BSTAÇAO: TARAPOTO
MIO JAN FEV MAR ABR
l!.971 132,0 130,3 113,0 97,5 1972 253,0 _80,0 281,0 121,0 973 193,0 181,0 148,0 146,0 974 167,1 67,6 197,5 198,2 975 148,9 146, l 151,9 58,4
1976 190,5 46,9 75,3 41,7 il977 16,6 131,0 147,6 123,0 11978 89,5 128,0 137,7 76,0 1979 87,0 27,0 135,0 59,0 li.980 72,0 26,6 174,0 36,0
981 103,2 107,9 157,8 171,9 982 57,6 165, 5 66,7 152,5 983 53,3 138,0 47,8 199,7
U84 19,0 122,8 49,0 107,9 11985 54,6 62, O 114 ,o 104,3 li.986 78,0 192,0 52,0 88,0 11987 125,0 169,0 28,0 189,0 �988 36,9 252,3 82,1 173,8 11989 95,8 143 ,8 111,8 194, 8
990 115,8 137, O 89,0 99,2 991 41,3 110 · º 157,7 67,4
'IEOIA 101,4 122,l 119, 9 119,3
KAI JUN JUL AGO
61,0 64, O 87,0 87,0 40,2 100,0 63,3 96,0 51,0 101, O 67,5 87,2 75,3 98,7 79,0 80,0 136,5 56,8 77,2 139,6 96,8 53,3 44,9 109,2 98,2 129,0 30,0 40,0 113,7 67,0 75, 4 44,5 82,0 41,0 34,4 120,3 102,0 54,0 135, 8 32,0 58,7 63,4 75,7 71,6 124, 7 25,0 15,0 122,8 32,6 9,1 2,3 111,0 73,0 7,2 38,4 31,0 16,0 77,0 66,0 46,0 28,5 44,6 49,0 26,0 80,8 154,0 27,0 145,'0 15,0 7,8 78,8 101,6 107,5 18,0 59,6 42,0 138,0 177,7 65,2 83,7 71,0 30,0 33,0
80,4 75,9 58,7 64,9
TABELA 16- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇÃO
ESTAÇÃO: TARAPOTO
I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
o 69,9 62,7 62,7 65,2 72,5 75,1 79,40-5 13,2 18,4 17,7 14,9 15,l 12,5 10,4 5-10 5,7 7,4 8,3 6,4 4,5 3,8 4,2 10-15 3,5 4,1 2,9 5,1 2,9 3,2 2,0 15-20. 2,6 2,0 2,8 2,5 1,4 2,1 1,4 20-25 1,7 0,7 2,2 1,8 0,9 1,2 1,1 25-30 1,à 1,4 1,1 1,3 0,9 0,6 0,5 30-35 0,5 0,8 1,1 1,3 0,9 0,5 0,5 35-40 0,3 0,3 0,3 0,8 0,2 o 0,240-45 0,3 0,5 0,5 o 0,3 0,2 0,2 45-50 o 0,8 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 50-55 0,3 0,3 0,2 o o o 0,2 55-60 o 0,3 0,2 0,2 o 0,260-65 o 0,2 o 0,3 o o 65-70 o o 0,2 o 0,2 o 70-75 o o o o o 0,275-80 0,3 o o o 0,280-85 o o o 85-90 o o 0,2. 90-95 o o
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SET OUT NOV DEZ ANUAL
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76,2 95,6 87,3 84,3 1073,1
AGO SET OUT NOV DEZ
78,8 74,6 70,2 71,8 75,6 10,6 11,8 13,4 12,9 11,l
3,8 5,1 6,6 6,4 4,9 2,8 3,3 3,7 2,9 2,6 1,5 1,6 1,7 1,9 2,8 0,9 1,1 1,4 1,6 0,6 0,3 1,4 0,8 1,1 0,8 0,2 0,2 1,2 0,5 0,8 0,2 0,3· 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 o 0,3 0,2 0,3 o 0,2 0,2 0,3 0,2 o 0,3 0,2 o
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MESES
FIGURA 18- Precipitação anual(A) e mensal(B) em . TARAPOTO;
79
"O" indica dias sem chuvas, tendo a distribuição de chuvas a
mesma tendência dos meses anteriores estudadas.
Na Fig. 19a apresenta-se a distribuição de
chuvas durante o mês de _Janeiro, representando 69, 9% de
probabilidade de dias·sem chuvas, e as chuvas entre 0-5mm tem
uma probabilidade de ocorrência de 13, 2%. A Fig. 19b
representa a probabilidade de ocorrência de chuva no mês de
Abril, sendo 65% a probabilidade de não ocorrência de chuva,
e chuvas entre 0-5mm representam 14,9% de probabilidade. A
Fig. . 19c mostra a distribuição de chuva, sendo a
probabilidade de dias sem chuva de 79,4%, e a de chuvas entre
0-5mm 12,5% de probabilidade. A Fig. 19d também mostra a
distribuição de precipitação, representando com maior
probabilidade dias sem chuvas com 70,2%, e entre o intervalo
de 0-5mm, 13,4%.
A tabela 15 e figura 20a, apresentam a
variação interanual da precipitação durante o mês de Janeiro,
desde 1971 até 1991, sendo 1972 aquele com maior
precipitação, com 253mm, seguido de 1976 com 190,5mm, anos
que aconteceram o evento El Nifio. Os anos 1977 e 1984,
representam aqueles com menor precipitação com 16,6mm e 19mm
respectivamente.
Na figura N º 20b, apresenta-se a variação
interanual de precipitação para o mês de Abril, sendo os anos
1974, 1983 e 1989 com maior precipitação de 198,2, 199,7 e
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82
194,8 mm, respetivamente, e sendo de menor precipitação os
anos 1980 e 1976 com 36 mm e 41,7mm respetivamente.
A Fig. 20c mostra a precipitação interanual
durante o mês de julho, os anos 1990 e 1987 tem precipitações
maiores com 177,7mm e 154mm respetivamente; os anos de menor
precipitação sao os anos 1983-84 e 1988 com 9, 1, 7, 2 e
7,8mm respectivamente.
A Figura 20d representa a precipitação durante
o mês de Outubro, desde.1971 até 1991, sendo os anos de maior
precipitação 1988 e 1976.
Em geral, Janeiro apresentou tendência de
decréscimo no total mensal de chuva. Em Julho, dos anos
(1987 e 1990) no final do período, apresentarem chuvas muito
acima do normal.
A partir do presente trabalho, propõe-se maior
pesquisa na área de meteorología/climatología, para o
conhecimento dos fenómenos atmosféricos que acontece no oeste
da Bacia Amazônica; e, posteriormente iniciar a utilização de
técnicas de previsão e simulação do clima.
83
S. -CONCLUSÕES
No Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto, a temperatura máxima
absoluta oscila entre 30 º C e 40 ° C.
A temperatura máxima absoluta em Iquitos e Tarapoto tende
a incrementar ao longo do período; em Yurimaguas tende a
manter-se constante.
A·temperatura mínima �bsoluta em Iquitos tende a manter
constante; em Yurimaguas e Tarapoto, mostraram tendência
a elevar no periodo estudado.
As amplitudes das temperaturas máximas absolutas variam
entre 1,8 º C e 4,9 º C em Iquitos, de 2,l º C a 5,5 ° C em
Yurimaguas, de 1,5 a 9,S º C em Tarapoto.
As temperaturas mínimas absolutas nos 3 localidades de
estudo, registraram temperaturas entre 7,S º C e 25 º C,
existendo grandes oscilações das temperaturas mínimas
pela a presença de sistemas fronta�s intensos no
continente sul-americano.
A variação mensal de temperatura máxima absoluta tem as
mesmas tendências, segundo o percursoo do sol (referido
a seus valores inferiores, VITMAXAB) e seu;- valores.
superiores da temperatura máxima absoluta (VSTMAXAB)
tendem a aumentar no inverno.
84
A variação mensal de temperatura mínima absoluta, tem
maior variação- nos meses de inverno; representando maior
amplitude em Tarapoto.
No mês de Janeiro, a temperatura máxima absoluta em
Iquitos e Tarapoto tende a incrementar com o tempo; e, a
temperatura mínima absoluta em Yurimaguas e Tarapoto,
também tendem a incrementar ao longo dos anos.
No·mês de Abril, a temperatura máxima absoluta em
Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto tende a incrementar ao
longo do tempo; assim mesmo a temperatura mínima absoluta
en Yurimaguas e Tarapoto.
Nó mês de julho, a temperatura máxima e mínima absoluta
tende a incrementar ao longo do período, nas 3
localidades; tendo maior variabilidad na temperatura
mínima absoluta.
No mês de Outubro, a temperatura máxima e mínima absoluta
em Iquitos e Yurimaguas tem um ligeiro incremento ao
longo dos anos, assím como a temperatura máxima absoluta
em Tarapoto; a t�mperatura mínima absoluta em Tarapoto
têm tendência a incrementar ao longo do período.
As amplitudes diurnas de temperatura em Iquitos, nos
meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro, tendem a
incrementar com o tempo.
85
As amplitudes diurnas de temperatura em Yurimaguas e
Tarapoto até 1958 tendem a aumentar nos 4 meses de
estudo (Janeiro, Abril, Julho e Outubro); a partir do ano
1958 a amplitude diurna de temperatura tem tendencia a
decrecer.
A precipitação média anual em Iquitos é 2862mm, em
Yurimaguas 2039,6mm, e em Tarapoto 1073mm.
Máxima precipitação em Iquitos registra-se em Abril com
com média de 293,2mm, e a mínima precipitação registra-se
em Agosto, com média de 178,4mm.
Em Yurimaguas, mês de máxima precipitação é março, com
259,4mm em média, e a mínima precipitação de 107,2mm em
Agosto.
Em Tarapoto, mês de máxima precipitação é fevereiro, com
122,1mm em média, e a mínima precipitação com 58,7mm, em
média, em Agosto.
Os dias sem chuva, em Iquitos representou desde 51,1%
(Janeiro) até 64,7% {Setembro).
Os dias sem chuva em Yurimaguas representa entre 53,3%
(março) até 78,7% (Agosto).
Os dias sem chuva em Tarapoto, varía entre 62,7% (fev
mar) até 79,4% (Julho).
Nas 3 localidades, as chuv�s concentram-se entre 0-25mm.
Existem precipitaçções maiores de 100mm registradas
·durante 24 horas ..
86
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