Kátia Petribú Profa.Adjunto-Doutora de Psiquiatria kpetribu@hotlink.com Kátia Petribú Profa.Adjunto-Doutora de Psiquiatria kpetribu@hotlink.com TRANSTORNOS.

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Kátia Petribú

Profa.Adjunto-Doutora de Psiquiatria

kpetribu@hotlink.com

Kátia Petribú

Profa.Adjunto-Doutora de Psiquiatria

kpetribu@hotlink.com

TRANSTORNOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADEANSIEDADE

TRANSTORNOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADEANSIEDADE

FESP - UPEFaculdade deCiências Médicas

TRANSTORNOS ANSIOSOS

OBJETIVO GERAL:

Conhecer e descrever os diversos quadros clínicos

classificados como transtornos ansiosos pelas

nosografias atuais.

Sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça.

Sentimento útil, presente nas mudanças, experiências novas

Proteção

Sintomas psicológicos e físicos

Medo: ligado a situação/objeto específico

ANSIEDADE

Ansiedade Normal x

Ansiedade Patológica

Ansiedade Normal x

Ansiedade Patológica

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CID - 10

F 40 - Transtorno fóbico-ansiosos

F 40.0 - Agorafobia

F 40.00 - Agorafobia sem transtorno do pânico

F 40.01 - Agorafobia com transtorno do pânico

F 40.1 - Fobias sociais

F 40.2 - Fobias específicas (isoladas)

F 41.0 - Transtorno do Pânico

F 41.1 - Transtorno de ansiedade generalizada

TRANSTORNOS ANSIOSOS

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CID – 10 (continuação)

F 42 - Transtorno misto de ansiedade e depressão

F 43 - Transtorno obsessivo-compulsivo

F 43.0 - Reação aguda ao estresse

F 43.1 - Transtorno de estresse pós-traumático

F 43.2 - Transtorno de ajustamento

F 43.22 - Reação mista ansiosa e depressiva

TRANSTORNOS ANSIOSOS

Principais causas dePrincipais causas deincapacidade no mundoincapacidade no mundo

Principais causas dePrincipais causas deincapacidade no mundoincapacidade no mundo

1. Anemia ferropriva 2. Depressão unipolar3. Quedas4. Álcool5. Doença pulmonar obstrutiva crônica6. Transtorno bipolar do humor 7. Anomalias congênitas8. Osteoartrite9. Esquizofrenia10. Transtorno obsessivo-compulsivo

1. Anemia ferropriva 2. Depressão unipolar3. Quedas4. Álcool5. Doença pulmonar obstrutiva crônica6. Transtorno bipolar do humor 7. Anomalias congênitas8. Osteoartrite9. Esquizofrenia10. Transtorno obsessivo-compulsivo

Organização Mundial da Saúde, 1996Organização Mundial da Saúde, 1996

“Tenho de rememorar tudo que me ocorre durante o dia, até as cenas das novelas. Do contrário, fico muito angustiada e não consigo dormir”. (C, 47 anos)

“Tenho de tocar no interruptor de luz várias vezes, para neutralizar coisas ruins que possam vir a acontecer... Evito sentar no mesmo local de pessoas que estejam passando por dificuldades, para evitar ser contaminado pelos problemas delas”. (M, 33 anos)

“Tenho de rememorar tudo que me ocorre durante o dia, até as cenas das novelas. Do contrário, fico muito angustiada e não consigo dormir”. (C, 47 anos)

“Tenho de tocar no interruptor de luz várias vezes, para neutralizar coisas ruins que possam vir a acontecer... Evito sentar no mesmo local de pessoas que estejam passando por dificuldades, para evitar ser contaminado pelos problemas delas”. (M, 33 anos)

CONCEITO

OBSESSÕES – pensamentos obsessivos são idéias,

imagens ou impulsos que invadem a consciência de forma

repetida, causam mal-estar e a pessoa procura afastá-los

sem sucesso.

CONCEITO

COMPULSÕES – são comportamentos repetidos que

têm a função de prevenir a ocorrência de algum

evento muito pouco provável. O paciente reconhece o

absurdo de sua atuação, procura resistir, mas não

consegue se controlar.

Critérios Diagnósticos do TOCCritérios Diagnósticos do TOC

Critérios do DSM-IV-TR (APA, 2002)

A. Obsessões ou Compulsões:

B. Reconhecimento de que os sintomas são

excessivos ou sem sentido;

C. Sintomas causam importante sofrimento,

consomem tempo (mais de 1 hora/dia), ou

interferem no funcionamento;

Epidemiologia do TOCEpidemiologia do TOC• Raro e com mau prognóstico

– 4º transtorno psiquiátrico– J. Rapoport (1990) - “O menino que não podia parar de se lavar”.– “A conspiração do silêncio dos próprios pacientes é parte do

problema”.• 1/3 com início dos sintomas na infância (Geller et al., 1998)

• 1,9 a 4% dos adolescentes (Zohar, 1999)

• Sexo:

• estudos clínicos: M>F: 1.5:1 ou até 3:1

• estudos epidemiológicos: M=F

Epidemiologia do TOCEpidemiologia do TOC

• Padrão BIMODAL de idade de início, com picos entre 6 e 12

anos e 20 a 29 anos;

• Estudos em crianças e adultos com início precoce relatam

predomínio do sexo masculino, maior comorbidade com tiques e

maior risco de história familiar de TOC e tiques entre familiares

de primeiro grau;

(Swedo et al., 1989; Geller, 1998; Rosario-Campos, 1998)

História Natural do TOCHistória Natural do TOC

– Início do quadro: agudo ou insidioso;

– Pode estar associado ou não a um fator precipitante;

– Sintomas tendem a variar ao longo do tempo;

– Mais comum encontrarmos compulsões sem obsessões em crianças;

– Sintomas tendem a piorar em situações de estresse, cansaço ou

doença.

OBSESSÕES MAIS FREQÜENTES:

Contaminação

Agressividade

Dúvida

Preocupação com ordem e simetria

Obscenidade

Religiosas

COMPULSÕES MAIS FREQÜENTES:

Limpeza

Verificação

Contar ou repetir

Tocar os objetos

Ordenar

Colecionismo

Simetria

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVOTRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

1.1. COM PENSAMENTOS COM PENSAMENTOS OBSESSIVOS E ATOS OBSESSIVOS E ATOS COMPULSIVOSCOMPULSIVOS

MAIS COMUMMAIS COMUM

2.2. PREDOMINANTEMENTE COM PREDOMINANTEMENTE COM PENSAMENTOS PENSAMENTOS OBSESSIVOSOBSESSIVOS

3.3. PREDOMINANTEMENTE COM PREDOMINANTEMENTE COM ATOS ATOS COMPULSIVOSCOMPULSIVOS

Sintomatologia freqüente que acompanha as

OBSESSÕES e COMPULSÕES

1) Esquiva

2) Lentificação

3) Rituais cognitivos

4) Antecipações de catástrofe e responsabilidade

PANDAS– Pediatric Autoimmune Neuropsychiatric Disorders

Associated with Streptococus infections.– Swedo et al (1997): Ac D8/17 (+) 85% Pandas

(+) 17% controles– Murphy et al (1997): (+) 22% TOC/ST início precoce sem

FR (+) 9% controles normais

• ?? Marcador para susceptibilidade para algumas formas TOC/ST?

1) Alvarenga PG, Floresi AC, Hounie AG, Petribu K,

França MF. Obsessive-compulsive symptoms in non-

active rheumatic fever. Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(2):

161.

2) Alvarenga PG, Hounie AG, Floresi AC, Petribu K,

Miguel EC. Obsessive-compulsive symptoms in adults

with rheumatic fever. Acta Pychiatr Scand 2006; 114:

67.

3) Alvarenga PG, Hounie AG, Petribu K, Miguel EC.

Obsessive-compulsive spectrum disorders in adults with

past rheumatic fever. Acta Neuropychiatrica, 2007.

Aceito para publicação.

CLASSES DE ANTIDEPRESSIVOSCLASSES DE ANTIDEPRESSIVOSCLASSES DE ANTIDEPRESSIVOSCLASSES DE ANTIDEPRESSIVOS

• TRICÍCLICOS (imipramina, clomipramina)

• TETRACÍCLICOS (maproptilina)

• TRICÍCLICOS ATÍPICOS(tianeptina)

• IMAO (tranilcipromina)

• ISRS (fluoxetina,paroxetina, sertralina)

• ISRSN (venlafaxina, minalciprano)

• NASSA (mirtazapina)

• ISRN (reboxetina)

• ISRD (bupropion)

• TRICÍCLICOS (imipramina, clomipramina)

• TETRACÍCLICOS (maproptilina)

• TRICÍCLICOS ATÍPICOS(tianeptina)

• IMAO (tranilcipromina)

• ISRS (fluoxetina,paroxetina, sertralina)

• ISRSN (venlafaxina, minalciprano)

• NASSA (mirtazapina)

• ISRN (reboxetina)

• ISRD (bupropion)

Neurotransmissor - SerotoninaNeurotransmissor - Serotonina

• Depressão• Transtornos Ansiosos• Transtornos Alimentares• Esquizofrenia• Enxaqueca• Dor

ISRSISRSISRSISRS

FLUOXETINA

PAROXETINA

SERTRALINA

FLUVOXAMINA

CITALOPRAM

ESCITALOPRAM

FLUOXETINA 90 mg (de liberação diferenciada, para uso semanal)

FLUOXETINA

PAROXETINA

SERTRALINA

FLUVOXAMINA

CITALOPRAM

ESCITALOPRAM

FLUOXETINA 90 mg (de liberação diferenciada, para uso semanal)

ISRSISRSISRSISRS

MELHORES INDICAÇÕES: DM, Transtorno do pânico, TOC, Bulimia e anorexia nervosa, Fobia social, Distimia;

DOSES TERAPÊUTICAS

CONTRA-INDICAÇÕES: perfil favorável; como intolerância gastrointestinal, utilização de polifarmacoterapia (citalopram).

EC:Gastrointestinais :Náusea, dispepsia, diarréia, êmese, cólicas

Ativação do SNC Insônia, agitação, inquietação

Neurológicos Cefaléia, tremores

Autonômicos Perspiração excessiva

Disfunção sexual libido, retardo ejaculatório

MELHORES INDICAÇÕES: DM, Transtorno do pânico, TOC, Bulimia e anorexia nervosa, Fobia social, Distimia;

DOSES TERAPÊUTICAS

CONTRA-INDICAÇÕES: perfil favorável; como intolerância gastrointestinal, utilização de polifarmacoterapia (citalopram).

EC:Gastrointestinais :Náusea, dispepsia, diarréia, êmese, cólicas

Ativação do SNC Insônia, agitação, inquietação

Neurológicos Cefaléia, tremores

Autonômicos Perspiração excessiva

Disfunção sexual libido, retardo ejaculatório

Sinais e sintomas que compõem o quadro clínico do Transtorno do Pânico: minimo 4

respiração curta ( dispnéia ) ou sensação de sufocamento;

Desrealização, despersonalização

tonturas, sensação de fraquezas ou desmaios;

palpitações ou taquicardia;

tremores, suores;

náusea

dor ou desconforto torácico;

medo de morrer;

medo de ficar louco ou fazer algo descontrolado

DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS ( CID - 10 )

Vários ataques graves de ansiedade autonômica devem ter ocorrido em um período de cerca de 1 mês:

a) em circunstâncias onde não há perigo objetivo;

b) sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis e

c) com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques ( ainda que ansiedade antecipatória seja comum ).

Aspectos atuais referentes a:

Epidemiologia

Etiologia

Curso evolutivo

Terapêutica

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:

Agorafobia

Transtorno do Pânico com agorafobia

Transtorno de Ansiedade Social

(Fobia Social)

Transtorno de Ansiedade Social

(Fobia Social)

Definição

Quadro Clínico

Definição

Quadro Clínico

Fobia SocialFobia Social

Ansiedade e medo em situações sociais Esquiva ou sofrimento acentuado Ansiedade antecipatória Ausência de sintomas quando longe da situação fóbica Incapacitação Sintomas psicológicos/autonômicos

Ansiedade e medo em situações sociais Esquiva ou sofrimento acentuado Ansiedade antecipatória Ausência de sintomas quando longe da situação fóbica Incapacitação Sintomas psicológicos/autonômicos

Classificação da Fobia SocialClassificação

da Fobia Social Generalizada

Circunscrita

Generalizada

Circunscrita

Curso e Prognóstico da Fobia Social

Curso e Prognóstico da Fobia Social

Início precoce Demora em procurar tratamento Comorbidade FS Generalizada

Início precoce Demora em procurar tratamento Comorbidade FS Generalizada

FATORES QUE INFLUENCIAM

Transtorno de Ansiedade Generalizada

Transtorno de Ansiedade Generalizada

Quadro Clínico

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (DSM-IV TR, APA ,2002)CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (DSM-IV TR, APA ,2002)

A. Ansiedade excessiva, incontrolável, min 6 m.B. Minimo 3 sintomas: Inquietação, sensação “nervos á flor da pele” Facilmente fatigado Dificuldade concentração, “branco na mente” Irritabilidade Tensão muscular Pertubação do sonoC. Exclui transtornos Eixo ID. SofrimentoE. Exclui substâncias

A. Ansiedade excessiva, incontrolável, min 6 m.B. Minimo 3 sintomas: Inquietação, sensação “nervos á flor da pele” Facilmente fatigado Dificuldade concentração, “branco na mente” Irritabilidade Tensão muscular Pertubação do sonoC. Exclui transtornos Eixo ID. SofrimentoE. Exclui substâncias

Tratamento Farmacológico do TAG

Tratamento Farmacológico do TAG

Inibidores Seletivos de Recaptura de Serotonina Inibidores de Recaptura de Serotonina e

Noradrenalina Antidepressivos Tricíclicos Buspirona Benzodiazepínicos Ballenger e col J Clin Psychiatry, 2001

Inibidores Seletivos de Recaptura de Serotonina Inibidores de Recaptura de Serotonina e

Noradrenalina Antidepressivos Tricíclicos Buspirona Benzodiazepínicos Ballenger e col J Clin Psychiatry, 2001

Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Quadro ClínicoQuadro Clínico

Transtorno de Estresse Pós-TraumáticoTranstorno de Estresse Pós-Traumático

Recordação aflitiva do trauma através de sonhos ou pensamentos (flash back)

Padrão de esquiva de estímulos relacionados ao trauma

Constante hiperestimulação autonômica Início segue o trauma

Recordação aflitiva do trauma através de sonhos ou pensamentos (flash back)

Padrão de esquiva de estímulos relacionados ao trauma

Constante hiperestimulação autonômica Início segue o trauma

Tratamento Farmacológico do TEPT

Tratamento Farmacológico do TEPT

Antidepressivos Benzodiazepínicos Estabilizadores do Humor Beta-bloqueadores Clonidina

Antidepressivos Benzodiazepínicos Estabilizadores do Humor Beta-bloqueadores Clonidina

Outros Transtornos de Ansiedade

Outros Transtornos de Ansiedade

Fobia Específica Transtorno Misto de Ansiedade e

Depressão Transtornos de Ajustamento

Fobia Específica Transtorno Misto de Ansiedade e

Depressão Transtornos de Ajustamento

ConclusõesConclusões O tratamento farmacológico é fundamental

nos Transtornos de Ansiedade. Importância da associação com técnicas

psicoterápicas. Preocupação com a qualidade de vida destes

pacientes.

O tratamento farmacológico é fundamental nos Transtornos de Ansiedade.

Importância da associação com técnicas psicoterápicas.

Preocupação com a qualidade de vida destes pacientes.

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