INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO Pelas normas da ABNT O objetivo das instalações prediais de esgoto sanitário é visar o afastamento seguro das.
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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
Pelas normas da ABNT O objetivo das instalações prediais de esgoto sanitário é visar o afastamento seguro das águas servidas dos pontos de utilização ou de origem, que são os aparelhos sanitários e os pisos de áreas molhadas, e o seu lançamento na rede pública coletora de esgoto ou a outro destino adequado. Os projetos de instalações prediais de esgoto sanitário devem ser executados de modo a:• Promover o afastamento adequado das águas servidas;
• Impedir o acesso de odores, insetos e animais das canalizações para o interior das edificações;
• Não impedir a ventilação contínua da rede pública coletora de esgotos;
• Permitir a inspeção e a desobstrução;
• Que as instalações sejam duradouras, estanques e impermeáveis ao ar, a gases e a água.
1. Os desenhos composto por planta baixa, esquema vertical e detalhes;2. Memória de calculo e justificativas;3. Levantamento quantitativo dos materiais.
As escalas usuais de projeto são:Planta baixa e esquema vertical – 1:100 ou 1:50Detalhes – 1:20 ou 1:25 Adota-se as seguintes convenções:Esgoto primário – linha cheia e grossaEsgoto secundário – linha tracejada ou linha cheia e fina Ventilação - pontilhadoÁguas pluviais – traços e ponto
O projeto completo de Instalações prediais de esgoto sanitário compreende:
Canalizações para coleta e afastamento das águas servidasDesconector (Sifão) – dispositivo hidráulico que impede a passagem dos gases para as instalações de esgoto secundário e consequentemente, para dentro da edificação.
Canalizações para coleta e afastamento das águas servidas:
Canalização Primária – São as canalizações onde tem acesso os gases provenientes do coletor público ou fossa séptica;
Ramal de Descarga – É a canalização que está diretamente ligada ao aparelho sanitário, do qual recebe os efluentes;
Ramal de esgoto – É a canalização que recebe efluentes de ramais de descarga;
Tubo de Queda – Tubulação vertical que recebe efluentes de ramais de esgoto e eventualmente de subcoletores;
Subcoletores – Canalização geralmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto;
São partes constituintes de uma instalação predial de esgoto sanitário:
Coletor Predial – Canalização horizontal compreendida entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, ramal de descarga ou tubo de queda, e a rede pública ou o local de lançamento dos despejos;
Caixa de Inspeção (CI) – Dispositivo destinado a permitir a visita para inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações;
Caixa de Gordura (CG) – Dispositivo destinado a reter gorduras provenientes de atividades principalmente de cozinhas;
Caixa de Gordura Simples (CGS) – Até duas pias de cozinha residencialDiâmetro interno – 0,40mCapacidade de retenção – 31 litrosDiâmetro da tubulação de saída – 3”
Caixa de Gordura Dupla (CGD) – Até 12 pias de cozinha residencialDiâmetro interno – 0,60mCapacidade de retenção – 120 litros
Caixa de Gordura Especial (CGE) – Mais de 12 pias residenciais ou grandes cozinhas como de restaurantes, hospitais, escolas etc.Volume igual a 20 litros mais o número de pessoas servidas vezes doisV= 20 + N x 2
CAIXA DE INSPEÇÃO – C IFORMA :RETANGULAR - 0,45 X 0,60 M (MÍNIMO) PARA PROFUNDIDADE DE CIRCULAR – DIÂMETRO MÍNIMO 0,60 M ATÉ 1M
FORMA :RETANGULAR - 1,10 X 1,10 M (MÍNIMO) PARA PROFUNDIDADE CIRCULAR – DIÂMETRO MÍNIMO 1,10 M ACIMA DE 1M
Caixa de Gordura – C G
h útil
0,10m
PLANTA BAIXA CORTE
0,60m
0,45m 0,60m
PLANTA BAIXA PLANTA BAIXA
CORTE
Caixa de Inspeção – C I
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO DADOS PARA PROJETOS
Aparelho
Nº de unidade Hunter de
contribuiçãoDiâmetro nominal do ramal de descarga DN
Banheira de residênciaBanheira de uso geralBanheira hidroterápica – Fluxo continuoBebedouroDucha higiênicaChuveiro de residênciaChuveiro coletivoLavatório de residênciaLavatório cirúrgicoMictório – válvula de descargaMictório – caixa de descargaMictório – descarga automáticaMictório de calha por metroPia de residênciaPia de serviço (despejo)Pia de laboratórioTanque de lavar roupaMáquina de lavar pratosMáquinas de lavar roupa até 30 kgVaso sanitário
34
60,522413652235234106
4040
7540404040404075504050407540407575100
Nota: O diâmetro nominal indicado nesta tabela e relacionado com o número de unidade Hunter de contribuição é considerado como mínimo.
UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS SANITÁRIOSE DIÂMETRO NOMINAL DOS RAMAIS DE DESCARGA
TABELA 1
UNIDADE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO PARA APARELHOS NÃO RELACIONADO NA TABELA 1
Diâmetro nominal do ramal de descarga DN Número de unidade Hunter de contribuição
405075
100
2356
DIMENSIONAMENTO DE RAMAIS DE ESGOTODiâmetro nominal do tubo DN Número de unidade Hunter de
contribuição405075
100150
36
20160620
DIÂMETRO MÍNIMO DOS RAMAI DE ESGOTO QUANTIDADE DE APARELHOS Ǿ DO RAMAL DE ESGOTO
BANHEIROS DNCOM 2 APARELHOS SEM BANHEIRA
COM 3 APARELHOS SEM BANHEIRA
COM BANHEIRAS MAIS APARELHOS
40
50
75COZINHA (Até a Caixa de Gordura)COM PIA DE 1 CUBA
COM PIA DE 2 CUBAS
40
50LAVANDERIAS COM TANQUE DE 1 CUBA
COM TANQUE DE 2 CUBAS
COM MAQUINA DE LAVAR ROUPAS
COM MAQUINA DE LAVAR ROUPAS E TANQUE
40
50
75
75
DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO
Diâmetro nominal do tubo de queda
ou ramal de esgoto DN
Número de unidade Hunter
de Contribuição
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
40 50 60 75 100 150
Comprimento máximo permitido (m)
40 40 50 50 75 75 75 75 100 100 100 100 150 150 150 150
8 10 12 20 10 21 53 102 43 140 320 530 500 1.100 2.000 2.900
46 30 23 61 15 46 13 46 110 317 10 33 82 247 8 29 70 207 8 26 64 189 - 11 26 76 299 - 8 20 61 229 - 7 17 52 195 - 6 15 46 177 - - - 10 40 305 - - - 8 31 238 - - - 7 26 201 - - - 6 23 183
DISTÂNCIA MÁXIMA DE UM DESCONECTOR AO TUBO VENTILADOR
Diâmetro nominal do ramal de descarga DN
Distância máxima (m)
405075
100
1,001,201,802,40
DIMENSIONAMENTO DE TUBOS DE QUEDA
Diâmetro nominal do tubo DNNúmero máximo de unidade Hunter de contribuição
Prédio de 3 pavimentos
Prédio com mais de 3 pavimento
Em 1 pavimento Em todo o tubo
40 50 75 100 150
4 10 30 240 960
2 6 16 90 350
8 24 70 500 1.900
DIMENSIONAMENTO DE RAMAIS DE VENTILAÇÃOGrupo de aparelhos sem vasos
sanitáriosGrupo de aparelhos com vasos sanitários
Número de unidade Hunter de contribuição
Diâmetro nominal do ramal de
ventilação DN
Número de unidade Hunter de contribuição
Diâmetro nominal do ramal de ventilação
DNAté 1213 a 1819 a 36
405075
Até 1718 a 60
-
5075-
DIMENSIONAMENTO DE COLETORES PREDIAIS E SUBCOLETORESDiâmetro
nominal do tubo DN
Número máximo de unidade Hunter de contribuição
Declividades mínimas (%)
0,5 1 2 4
100150200
--
1.400
180700
1.600
216840
1.920
2501.0002.300
1. Exercício:Tendo a planta baixa de um banheiro coletivo em um prédio de dez pavimentos mais térreo em pilotis. Pede-se:O projeto e dimensões das instalações de esgoto sanitário;O dimensionamento do tubo de queda e da coluna de ventilação.
Pavimento Nº de UHCno pavimento
UHCAcumulada
Diâmetronominal
Tubo Queda
DiâmetroNominal
Col. Vent.
10 R -18 P -24 24 100 759 18 24 488 18 24 727 18 24 966 18 24 1205 18 24 1444 18 24 1683 18 24 1922 18 24 2161 18 24 240
Ramal de Descarga, Ramal de Esgoto, Tubo de Queda e Subcoletor
FOSSA SÉPTICA:
A fossa ou tanque séptico é responsável pelo destino final dos resíduos sólidos quando não há coletor público de esgoto.
Nas fossas sépticas as águas servidas sofrem ação de bactérias chamadas anaeróbias (micro-organismos que só atuam onde não circula o ar.
Nesse processo, o material orgânico é transformado em gases, que são expedidos pela tubulação de ventilação.
As partículas sólidas se depositam no fundo da fossa, formando o lodo.
Na superfície do líquido, forma-se a escuma ou crosta, que contribui para evitar a circulação de ar, facilitando a ação das bactérias.
NÚMERO DE
PESSOAS
VOLUME DA
FOSSA
LARGURA
B (m)
COMPRIMENTO
L (m)
ALTURAH (m)
MATERIAL NECESSÁRIO (ESTIMADO)
CIMENTO
(SACO)
AREIA(LATA)
PEDRA PRETA (LATA)
SEIXO (LATA)
FERRO(Kg)
TIJOLO DE 3
FUROS
4 0,91 0,65 1,40 1,00 5,0 42 13 12 5,5 160
5 1,12 0,70 1,60 1,00 5,0 51 15 12 5,5 180
6 1,36 0,80 1,70 1,00 6,0 59 18 14 5,5 190
8 1,80 0,90 2,00 1,00 7,0 71 21 17 6,6 220
10 2,25 1,00 2,25 1,00 7,0 84 25 20 6,6 240
15 3,51 1,30 2,70 1,00 13,0 142 42 34 13,2 440
20 4,50 1,50 3,00 1,00 14,0 168 50 40 13,2 480
DIMENSÕES E RELAÇÃO DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO DE FOSSA SÉPTICA
• A parte líquida do esgoto são, posteriormente, distribuída no terreno por meio dos seguintes sistemas:
Poço absorvente ou Sumidouro;
Irrigação sub-superficial;
Trincheiras filtrantes.
IRRIGAÇÃO SUB-SUPERFICIAL
Função e Utilização: Serve para aumentar a vida útil dos poços absorventes ou quando o lençol freático esteja próximo da superfície do solo.
É um sistema composto por tubos de PVC rígido, corrugados e perfurados que auxiliam a infiltração dos efluentes no solo.
Construção:
Valas com 0,50m de largura por 0,50 a 0,60m de profundidade;
As tubulações devem ser perfurados e corrugados e devem ser instaladas com declividade de 0,25% a 0,5 %;
O afastamento entre as valas deve ser de no mínimo 1,0m e o comprimento máximo deve ser de 30m;
Os tubos-drenos devem ser instalados no fundo das valas e envolvidos por seixo ou brita, com diâmetro de 0,5 a 5 cm e depositados 10cm abaixo do tubos e 5cm acima dos mesmos;
Sobre a camada de pedra deve ser colocado papelão alcatroado (asfáltico) ou similar, antes de ser preenchida o restante da vala com terra.
Como dimensionar um Sistema de Irrigação Sub-Superficial:
TIPO DE SOLO
1 ARGILA COMPACTA DE COR BRANCA 20
2 ARGILA DE COR VERMELHA OU MARROM, MEDIAMENTE COMPACTA
30
3 ARGILA COM AREIA OU SILTE 50
4 AREIA OU SILTE COM POUCA ARGILA OU AREIA COM HUMOS OU TURFA
75
5 AREIA SELECIONADA E LIMPA 90
Formula: L = 300 N (em metro) C
Exemplo: Para o tipo de solo 2, temos C = 30. Se N = 6 pessoas, teremos: L = 300x6 = 60m 30
NÚMERO DE PESSOAS
DIÂMETROD (m)
ALTURH (m)
4 1,00 1,50
5 1,20 1,50
6 1,40 1,50
8 1,80 1,50
10 2,10 1,50
DIMENSÕES DO SUMIDOURO EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE PESSOAS
TAXA DE ABSORÇÃO DO TERRENO – 60 l/m² - DIACONTRIBUIÇÃO POR PESSOA – 80 l/dia
NÚMERO DE
PESSOAS
VOLUME ÚTIL (m³)
ÁREA (m²)
LADO (L)(m)
PROFUNDIDADE
4 0,55 0,30 0,60 1,806 0,80 0,45 0,70 1,808 1,05 0,60 0,80 1,80
10 1,30 0,75 0,90 1,8015 1,92 1,10 1,05 1,8020 2,56 1,40 1,20 1,80
DIMENSÕES DO FILTRO ANAERÓBIO EM FUÇÃO DO Nº DE PESSOAS
FOI CONSIDERADO UMA CONTRIBUIÇÃO DE 80 l/hab. dia
Nº DE PESSOAS VOLUME (m³) DIMENÇÕES DA CÂMARA
SEÇÃO QUADRADA SEÇÃO CIRCULARLARGURA
L (m)PROFUNDADEH
(m)DIÂMETRO
D (m)PROFUNDADE
H (m)
4568
10
0,961,201,441,922,40
0,800,800,800,901,00
1,501,802,252,402,40
0,800,800,901,001,10
1,902,402,252,452,50
FOSSA SECADIMENSÕES EM FUNÇÃO DO Nº DE PESSOAS
FOSSA DE FERMENTAÇÃODIMENSÕES EM FUNÇÃO DO Nº DE PESSOAS
PERÍODO ESTIMADO DE FUNCIONAMENTO – 4 ANOS
Nº DE PESSOAS VOLUME (m³) DIMENÇÕES DA CÂMARA
COMPRIMENTO - L (m) LARGURA - L (m) PROFUNDADE - H (m)
4
5
6
8
10
0,80
1,00
1,20
1,60
2,00
1,00
1,00
1,00
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
0,80
1,00
1,15
1,25
1,50
PERÍODO ESTIMADO DE FUNCIONAMENTO – 1 ANOS
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