As Tecnologias Da Informação e Comunicação -TIC- Como Tecnologia Da Aprendizagem, Conhecimento e Arte -TACA - Na Formação de Professores e Aprimoramento Do Processo de Ensino-Aprendizagem
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UNIVERSIDAD INTERNACIONAL IBEROAMERICANA – UNINI
FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA (FUNIBER)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Delcimar Fragoso Pimenta
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO
TECNOLOGIA DA APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E ARTE (TACA) NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APRIMORAMENTO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM.
Porto Velho – Rondônia – Brasil
2015
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
UNIVERSIDAD INTERNACIONAL IBEROAMERICANA – UNINI
FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA (FUNIBER)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Delcimar Fragoso Pimenta
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO
TECNOLOGIA DA APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E ARTE (TACA) NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APRIMORAMENTO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM.
Dissertação submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidad
Internacional Interamericana/ México – UNINI,
para obtenção do Grau de Mestre em Educação -
Área de Especialização: As TIC na Educação.
Orientadora: Prof.ª Mestre Viviane Sartori
Porto Velho – Rondônia – Brasil
2015
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
TERMO DE APROVAÇÃO
Delcimar Fragoso Pimenta
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO
TECNOLOGIA DA APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E ARTE (TACA) NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APRIMORAMENTO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM.
Dissertação submetida ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em
Educação da Universidad Internacional Iberoamericana/México, fomentado pela
Fundação Universitária Iberoamericana - FUNIBER, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do grau de MESTRE EM EDUCAÇÃO na área de concentração As
TIC na EDUCAÇÃO.
Aprovado pela banca composta pelos professores ________________________,
________________________, ___________________________________________ com
resultado divulgado em____ de __________________ de 2015.
____________________________
Tutora
____________________________
Co-tutora
____________________________
Dra. Diretora FUNIBER/Brasil
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha orientadora, Professora Viviane Sartori pela orientação e apoio
prestado na condução deste trabalho, por sempre arranjar um momento para me ouvir e
esclarecer, bem como pelos seus esforços em derrubar barreiras que teimavam surgir.
Agradeço à Universidad Internacional Iberoamericana do México - UNINI e à
Fundação Iberoamericana- FUNIBER o apoio financeiro concedido para realizar os estudos
conducentes a esta formação Stricto sensu (Mestrado).
Agradeço a Rosinete de Jesus Pereira Almeida, por ser amiga, que cujos conselhos
mui respeitosamente sigo, bem como pela ajuda prestada em momentos críticos.
Agradeço às minhas amigas Maria Miranda e Maria de Fátima Mota pelo carinho
acolhedor que proporcionaram e, sobretudo, por acreditarem na minha causa.
Agradeço aos funcionários do Departamento Municipal de Educação pela pronta
disponibilidade e apoio demonstrados.
Agradeço à minha família e amigos o afeto, encorajamento e suporte.
Agradeço a todos aqueles que cruzaram o meu caminho e me ajudaram a crescer
enquanto pessoa, investigador e defensor de um ensino-aprendizagem de alta qualidade
adaptados a necessidades formativas por meio das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) como Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) na
formação de professores e aprimoramento do processo de Ensino-Aprendizagem.
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha família, a cor
colorida que me permeia por entre obras que
tranforma este ordinário em extraordinário na
arte de viver.
Em especial a minha Mãe Delcilia, minha
companheira Rosinete de Jesus e aos meus filhos
Ramicled Aparecido e Eduardo Weslley.
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
Este trabalho objetiva sevir de material e análise que permitirá compartilhamento do
conhecimento por medio de programas de estudo de alta qualidade adaptados a
necessidades formativas por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
como Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) na formação de
facilitadores/professores contemporâneos do ensino básico, para que haja uma melhor
facilitação do Ensino-Aprendizagem Significativo e Colaborativo.
“A arte transforma o ordinário em
extraordinário, deixando perceptível a
sensibilidade, criatividade e criticidade no fazer
humano, tornando a vida em sociedade mais
colorida e justa.”
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Caracterização dos Centros Educativos 55
Tabela 2 - Comunicação – TIC 62
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Número de Alunos/aprendizes por Centro Educativo 56
Grafico 2 - referente ao funcionamento 57
Gráfico 3 - referente a Característica (Região) 57
Gráfico 4 - referente a Distância da Escola à Sede da Secretaria Municipal de
Educação em Km. 58
Gráfico 5 - Habilidades académicas 59
Gráfico 6 - Outro tipo de formação 59
Gráfico 7 - Tempo de serviço 60
Gráfico 8 – Situação Profissional 61
Gráfico 9 – Especialização em Tecnologia de Informação e Comunicação 61
Gráfico 10 – Conhecimentos obtidos: 63
Gráfico 11 - Freqüência com que utiliza TIC na sala-de-aulas. 63
Gráfico 12- Aparelhos tecnológicos presentes no Centro Educativo 64
Gráfico 13 - ferramentas tecnológicas mais usados 65
Gráfico 14.- Motivos de uso das TICs como TACA pelos Gestores e Professores 66
Gráfico 15.- Motivos do não uso das TICs como TACA 67
Gráfico 16 - Vantagens do uso do computador no fazer didático 68
Gráfico 17 - Desvantagens no uso do computador no trabalho 69
Gráfico 18 - O que é necessário para o incentivar o uso do computador 70
Gráfico 19 - Reação dos estudantes ao ver o educador usando as TIC em seu trabalho. 71
Gráfico 20 - Reação dos alunos com o uso das TIC como TACA em sala-de-aula 72
Gráfico 21 - Características despertadas nos alunos pelo uso das TIC. 73
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagens
EaD - Educação a Distância
TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação
TACA - Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte
ATAC - Arte na Tecnológica da Aprendizagem e Conhecimento
LDB - Lei de Diretrizes e Bases
PCNEF - Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental
PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais
PPP - Projeto Político Pedagógico
CE - Centro Educativo
SEF - Secretaria de Ensino Fundamental
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
RESUMO
Este trabalho estudo, é constituído como um estudo teórico que ancorou-se na pesquisa-
ação, e focando em seu tema: “as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como
Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) como facilitador no processo
de Ensino-aprendizagem”, no ambiente escolar, visando a relação e à representação
comunicaçional de idéias. O trabalho/pesquisa foi realizado nas Escolas Municipais de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Jornalista Fernando Escariz, Chapeuzinho
Vermelho e São Miguel, situadas na cidade de Porto Velho, Rondônia, Brasil. Para
promover o desenvolvimento cognitivo de habilidades de criticidade, criatividade e
sensibilidade nos discentes/aprendizes. Aquí buscamos tratar das TIC como TACA, de suas
aplicabilidades e contribuições para a área do ensino-aprendizagem (educação).
Inicialmente, propos reflexão sobre o contexto de metodologías compartilhadas em TIC,
seus principais nortes e características referentes ao seu uso como Tecnologia da
Aprendizagem, Conhecimento e arte nos centros de ensino-aprendizagem, com foco em seu
papel na produção de novos saberes e no enrrigecimento comunitário referente ao
enfrentamento de problemas. Em seguida, baseado em uma pesquisa-ação, foi apresentado
e analizado um levantamento executado em três escolas públicas da rede municipal sobre o
uso das TIC como TACA para a formação e desenvolvimento da didática aplicada na área
de ensino-aprendizagem, visando analisar desafios para sua real efetivação e possíveis
contribuições a esse campo de facilitação.
Palavras-chave:
Formação de Professores; Tecnologias da Informação e Comunicação; Tecnologia da
Aprendizagem, Conhecimento e Arte; arte; Prática Pedagógica.
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
RESUMEN
Este trabajo de estudio, se constituye como un estudio teórico que anclado en la
investigación-acción, y se centra en el tema: "Tecnologías de la Comunicación (TIC) de la
información y como Tecnología de Aprendizaje, Conocimiento y Arte (TACA) como
facilitador en el proceso Enseñanza-aprendizaje ", en el entorno de la escuela con el fin de
respetar y representación comunicación de ideas. El trabajo / investigación se llevó a cabo
en las Escuelas Municipales de Educación de la Primera Infancia y Educación Primaria
periodista Fernando Escariz, Caperucita Roja y São Miguel, ubicada en la ciudad de Porto
Velho, Rondônia, Brasil. Para promover el desarrollo cognitivo de habilidades crítico, la
creatividad y la sensibilidad en los estudiantes / aprendices. Aquí buscamos para tratar las
TIC como TACA, su aplicabilidad y contribuciones en el campo de la enseñanza y el
aprendizaje (educación). Inicialmente se había propuesto una reflexión sobre las
metodologías de contexto compartido en las TIC, su principal Norte y características
relacionadas con su uso como Tecnología de Aprendizaje, Conocimiento y el arte en los
centros de enseñanza-aprendizaje, centrándose en su papel en la producción de nuevos
conocimientos y enrrigecimento comunitario sobre hacer frente a los problemas. Luego,
basándose en una investigación-acción fue presentado y analizado en un estudio llevado a
cabo en tres escuelas públicas municipales en el uso de las TIC como TACA para la
formación y desarrollo de la enseñanza aplicada en el área de enseñanza-aprendizaje con el
fin de analizar los retos a su eficacia real y sus posibles contribuciones a la esfera de la
facilitación.
Palabras clave:
La formación del profesorado; Tecnologías de la Información y la Comunicación;
Aprendizaje, Conocimiento y Tecnología Arte; arte; La práctica docente.
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
ABSTRACT
This study work, is constituted as a theoretical study that anchored in the action research,
and focusing on its theme: "Information and Communication Technologies (ICTs) as a
Learning Technology, Knowledge and Art (TACA) as a facilitator in the process Teaching-
learning ", in the school environment in order to respect and communication representation
of ideas. The work / research was carried out in Municipal Schools Early Childhood
Education and Elementary Education Journalist Fernando Escariz, Little Red Riding Hood
and São Miguel, located in the city of Porto Velho, Rondonia, Brazil. To promote the
cognitive development of critical skills, creativity and sensitivity in students / apprentices.
Here we seek to treat ICT as TACA, its applicability and contributions to the field of
teaching and learning (education). Initially proposed reflection on the methodologies of
shared context in ICT, its main North and characteristics related to its use as Learning
Technology, Knowledge and art in the teaching-learning centers, focusing on its role in the
production of new knowledge and enrrigecimento Community relating to cope with
problems. Then, based on an action research was presented and analyzed a survey carried
out in three public municipal schools on the use of ICT as TACA for training and
development of teaching applied in the teaching-learning area in order to analyze
challenges to their actual effectiveness and possible contributions to the facilitation field.
Keywords:
Teacher Education; Information and Communication Technologies; Learning, Knowledge
and Art Technology; art; Teaching Practice.
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
SUMÁRIO
Lista de Quadros I
Lista de Gráficos II
Lista de Abreviaturas e Siglas III
RESUMO IV
RESUMEN V
ABSTRACT VI
1. INTRODUÇÃO 15
1.1 Justificativa Acadêmica e Pessoal do Tema 16
1.2 Objetivos 17
1.2.1 Objetivo Geral 17
1.2.2 Objetivos Específicos 17
1.2.3 Escopo de Trabalho 17
1.2.4 Estrutura do Trabalho 18
2.MARCO TEÓRICO 20
2.1 Descrição dos Conceitos 27
2.1.1 Ensino-aprendizagem 27
2.1.2 Ensino-Aprendizagem conceitado nas Tendências e Teorias
Educacionais
29
2.1.3 Conceito: arte 32
2.2 Tecnologia de Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) 34
DELCIMAR FRAGOSO PIMENTA
2.2.1 Ambientes virtuais de aprendizagem – (AVA) 36
2.2.2 Arte na Tecnológica da Aprendizagem e Conhecimento (ATAC). 41
2.2.3 A arte no ambiente de ensino-aprendizagem 43
3. METODOLOGIA 53
3.1 Análises dos Dados 55
3.1.1 Caracterização dos Centros Educativos 55
3.1.2 Dados Profissionais 58
3.1.3 Conhecimentos na área das TIC 61
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA 74
5. CONCLUSÕES 77
5.1 Sugestões para estudos posteriores 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81
ANEXOS/APÉNDICES 85
15
1. INTRODUÇÃO
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) criou e vem gerando novos
desafios e novas oportunidades para a insersão, incorporação e utilização no ambiente
escolar visando a relação e à representação comunicacional de idéias.
Motivo que despertou o interesse deste aprendiz autor em analisar “as TIC como
Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) como facilitadora no processo
de Ensino-aprendizagem”, em uma perspectiva significativa de complementação e
construção colaborativa de conhecimento, alavancando e exaltando a potencialidade de
promover o desenvolvimento cognitivo de habilidades de criticidade, criatividade e
sensibilidade nos discentes/aprendizes, quanto aos atos de escrever, ler e interpretar textos e
imagens.
Portanto, com a inoculação e utilização das TICs em ambiente escolar vem
ocorrendo um grande impacto não só no sistema educativo, mas também no
desenvolvimento humano frente a formação acadêmica virtual, pois o aluno/aprendiz vem
modificando sua forma de adquirir conhecimento e transformando a tão conhecida
educação tradicional em educação arcaica.
No novo ensino-aprendizagem virtual os aprendizes/alunos estão mais
intelectualizados nas interdisciplinariedades culturais.
Diante do exposto e da facilidade que as TICs criou e vem se perpetuando no
ensino-aprendizagem como TACA para uma melhor facilitação do Ensino-aprendizagem
significativo colaborativo na formação de facilitadores/professores contemporâneos. Pode-
se perceber que existe uma grande parcela de profissionais que não buscaram possuir
capacitação suficiente para lidar com facilidade o uso das TICs como TACA dentro da sala-
de-aula, tornando-se justificável um levantamento de caráter investigativo e quantitativo
desses profissionais em sala-de-aulas, a fim de proporcionar sugestões como formação
continuada e treinamentos para a Arte na Tecnológica da Aprendizagem e Conhecimento
(ATAC) aplicada na educação.
Cury (2001) relata que a transmissão oral, imposta no pasado pela classe
colonizadora e de escravatura vinculadas à fé cristã e moral, barrou o acesso da massa
16
populacional à escola, bem como ao mundo do conhecimento crítico e criativo e à
conseqüente formação de individúos incensiveis as reais necessidades de formação para
atuar em sua atualidade, estando esses sempre um passo atrás no que refere-se a tecnologia
da informação e comunicação.
É axiomática na contemporaneidade a aplicação das TIC como TACA na formação
de facilitadores/professores contemporâneos para uma melhor facilitação-aprendizagem
significante e colaborativa, pois, através da TACA, aprendizes podem por intermedio da
arte, representar e divulgar o pensamento próprio, lendo e atribuindo significados, como
também abarganhar informações, consolidando conhecimentos significativos, em um ato de
ler, escrever, refletir e refazer, que favoreçam o crescimento individual no campo da
profissão e da coletividade, a TIC como TACA favorece uma melhor compreensão da
realidade e contribui diretamente na atuação destes na transformação da sociedade.
O enfrentamento desses desafios implica em uma atuação do facilitador/professor
no sentido de mediar, guiar o aluno/aprendiz, mediante as TIC como TACA, observando e
procurando apreender em seu universo social, familiar, afetivo e cognitivo, condições de
vida, sua linguagem, espontaneidade conceitual, bem como em revelar-se ao aluno/aprendiz
(FREIRE & SHOR, 1986).
1.1 Justificativa Acadêmica e Pessoal do Tema
O Ensino-aprendizagem engloba links de acesso a diferentes meios de informação e
comunicação, atividade do aprendiz na produção do conhecimento, interatividade,
cooperação, arte, colaboração, autoconhecimento e uma gama de integração: teoria/prática;
conhecimento prévio/novo conhecimento pessoal/profissional; cidadão/grupo social.
Nessa perspectiva, visa, primeiramente, que o profissional
facilitador/professor/aprendiz seja capaz de visualizar, perceber e assimilar o papel das
TICs nos setores culturais contemporâneos e assim situar sua importância para o ensino-
aprendizado educacional, nos dias de hoje, pois as TICs devem ser utilizadas como TACA
para o ensino e o aprender.
17
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como Tecnologia da
Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA), como facilitadora no processo de Ensino-
aprendizagem significativo colaborativo na formação de facilitadores/professores
contemporâneos do ensino básico brasileiro.
1.2.2 Objetivos Específicos
Definir as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e as Tecnologias da
Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA);
Analisar o potencial pedagógico de recursos das TICs no ensino e na aprendizagem
como TACA;
Propor estratégias de ensino e aprendizagem integrando celulares, smartphones,
smartvs, tabletes, notebooks disponíveis para situações que colaborem na
construção dos conhecimentos e habilidades significativas dos
facilitadores/professores contemporâneos do ensino básico brasileiro.
1.2.3 Escopo de Trabalho
Esta pesquisa tem como arco o estudo do uso da TIC como TACA para a construção
e reconstrução do conhecimento, e uma análise das TICs como TACA como facilitadoras
no processo de Ensino-aprendizagem significativo e colaborativo na formação de
facilitadores/professores contemporâneos do ensino básico brasileiro.
Utilizando para isso, como objeto direto de estudos os facilitadores diretores e
professores de três Centros Educativos, aquí denominados: Escola Municipal de Educação
Infantil J F E, Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental C V e Escola
Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental S M. Os quais facilitam o ensino-
18
aprendizado e desdenham seus interesses pelo uso de aparelhos tecnológicos de acesso ás
informações em seus fazeres.
A pesquisa obteve como foco a colaboração dos professores que atuam na
facilitação de pessoas aprendizes em ambiente de aprendizagem e gestores que estão como
gerentes desses centros educativos almejando as TICs como TACA.
Os demais constituintes que compõe os centros de facilitação, como alunos,
monitores, merendeiros, vigías agentes de limpeza e inspetores, não serão elementos foco
desta pesquisa, como também, criar ou propor moldes para facilitação e endurecimento da
didática facilitadora.
1.2.4 Estrutura do Trabalho
A organização da estrutura nesta dissertação ficou da seguinte maneira: no primeiro
capitulo argumentou-se, a introdução e o contexto do tema lançado na pesquisa, à
justificativa acadêmica e pessoal do tema, os objetivos geral e específicos, o escopo do
trabalho, e concluindo sua finalização com a estrutura do trabalho.
O capitulo secundário é o marco teórico no qual expõe conceitualizacão e elos das
áreas correlacionadas para direcionar a base alicerçante de tais áreas aqui citadas que
referenciam o tema: “As tecnologias da informação e comunicação (TIC) como tecnologia
da aprendizagem, conhecimento e arte (TACA) na formação de professores e
aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem”. A descrição das conceituações que
compõe este capitula são: ensino-aprendizagem, ensino-aprendizagem conceituado nas
tendências e teorias educacionais, arte, TACA, TICs, AVA, ATAC, culminando com arte
no ambiente de ensino-aprendizagem.
O terceiro capitulo caminha com os aspectos metodológicos que são utilizados no
trabalho de pesquisa, oportunizando o detalhamento dos procedimentos e critérios para
alcançar os objetivos, lançando os sujeitos: Caracterização dos Centros Educativos, Dados
Profissionais, da pesquisa, e a análise dos dados Conhecimentos na área das TIC.
O quarto capitulo é composto pela discussão e resultados da pesquisa, aponta a
analise interpretativa dos dados da pesquisa in loco.
19
O quinto capitulo destaca-se as conclusões adquiridas baseadas no estudo e o
lançamento de sugestões futuras de inquisição.
Compõem também este documento de dissertação, referenciais bibliográficas
empregadas, como também os anexos e apêndices mencionados no corpo do trabalho.
20
2. MARCO TEÓRICO
O marco teórico baseia-se em sociólogos, filósofos, historiadores da Educação, e
facilitadores/professores, como Coli (1995), Cury (2001), Freire & Shor (1986), Freire
(1987, 1994, 1995), Lemos (2002), Pimenta e Anastasiou (2002), Severino ( 1994),
Moraes (1997), Machado (1996 E 2000), Norius (1990), em teóricos do Currículo como
Silva (1998), Sacristán (2002), em educomunicadores, como, Souza (2000), em estudiosos
do uso das tecnologias educacionais como Bohn, Luz E Luz Filho ( 2010), Coutinho
(1995), Peters (2001), Herman (2003), Milligan (1997), Libâneo (2007) e em
arteeducadores como Barbosa (1991, 1995, 1998), Lowenfeld (1954), Brasil (1998) e
outros.
Muitas alterações vem ocorrendo rapidamente na sociedade contemporânea com
introdução das TICs voltadas às TACA e ATAC. O processo de adaptação do ensino-
aprendizagem a todos os envolvidos são elementos que já estão sendo evidenciados e foram
previstas por Giddens (1994) e pode-se chamar na atualidade de aprendizagem aumentada,
frente ao cenário da WEB 2.0, pois temos estudantes mais autônomos e conectados
permanentemente a uma rede de inteligencia coletiva que modificam nossas vidas
significativamente: visão do mundo, tradições, costumes, práticas sociais (lingüísticas, de
trabalho...), modos de pensar, organizações, instituições.
Compreendendo a rede “internet” como uma construção sócio-técnica complexa,
observa-se ter dois aspectos que labutam por uma mesma necessidade: individúos e
tecnologias que jazidam um processo de ensino-aprendizagem ubicado ao extremo para a
criação de um novo ambiente de comunicação, aprendizagem e participação no
compartilhamento de conteúdos academicos.
“[...] tudo indica que pode ser um imenso aliado do desenvolvimento cognitivo
dos discentes, principalmente quando possibilita o desenvolvimento de um
labutar que se adapta a distintos ritmos de aprendizagem e permite que o
aprendente venha aprender com seus erros”. (BRASIL, 1998, p. 44).
As TICs lançadas às TACA e ATAC, requer dos facilitadores/professores novas
responsabilidades, novas conjecturas educacionais, novas funções e forma de atuação. As
21
mudanças para o campo da didática incitam que os professores/facilitadores busquem
atualizar-se e adaptar-se para orientar os aprendizes/alunos para haver a devida apropriação
dessas tecnologias, de forma autônoma, porém com consciência dos seus valores.
Uma das mais importantes contribuições da rede Internet ao processo ensino-
aprendizado, decerto é o acesso à informação. O discente tem nos dias atuais,
condições de procurar e verificar nesta teia de comunicação, por informação e
materiais condizentes a qualquer assunto de forma muito fácil. A manipulação da
Internet como repositório de conhecimento acoroçoa o aluno a aprender e
apreciar o fazer da investigação e pesquisa. Intercâmbio de idéias entre pessoas:
Também, fundamental, é a contingência de se barganhar informações entre
indivíduos que trabalham na mesma área de interesse em qualquer lugar do
planeta. Este tipo de inter-câmbio é bastante salutar por fomentar discussões, por
permitir ao aprendiz aluno obter respostas de formas alternativas à simples leitura
de um livro e, conseqüentemente, por torná-lo um agente ativo na busca pela
informação. (BARRÓN RUIZ, 1991, p. 24).
Para conceber mudanças no sistema educacional, temos que minuciosamente e
analiticamente refletir com criticidade sobre:
Valores que auxiliem no desenvolvimento e crescimento dos indivíduos e da
sociedade;
Alfabetização multimídia (TIC);
Aprendizagem significativa, colaborativa e criativa;
Organização da inteligência coletiva;
Novas ferramentas, metodologias, sistemas de ensino, curadoria de conteúdos,
inovação e mudanças;
E como isso afeta as gerações mais antigas?
A resposta está na vontade aprender sempre e atualizar-se, confrontando o velho
saber com o novo fazer.
Confrontar esses saberes e fazeres implica em “uma atuação do professor no sentido
de conhecer, recuperar a fala do aprendiz/aluno, escuta-lo, visualiza-lo, enfim, que faça
uma leitura semiótica do apreender do seu mundo cognitivo, afetivo e social, seu linguajar,
suas condições de vida, conceitos cândidos e quadro conceitual, e também mostrar-se ao
aluno”, Freire & Shor (1986).
A ênfase dada pelas instituições de ensino as TICs como TACA e ATAC deve ser
direcionada à elaboração de materiais didáticos que acolite uma didática voltada ao
22
prazeroso despertar do novo conhecimento baseado no conhecimento prévio dos
aprendizes.
Dessa forma, utilização das TICs no centro educativo favorece o acesso ao cosmo
do aprendiz/aluno, cuja interpretação ajuda o professor/facilitador a criar condições
facilitadoras de aprendizagem, inovacionando o conhecimento já existente.
Porém, freqüentemente ainda é observado facilitadores/professores reclamarem que
não sabem guiar/mediar seus aprendizes/alunos frente às TIC como TACA, por também
não saberem expressar-se pela ATAC.
Percece-se, que as máquinas com as características que as TICs se apresentam têm
um papel importante no ensino-aprendizado e que os facilitadores/professores devem
buscar aprender e explorar ao máximo essas potencialidades. Potencialidades que não se
referem tão somente ao desenvolvimento de bons softwares educativos, mas também ao uso
rentabilizado das TICs no campo pedagógico, este uso implica que esteja-se inteirados das
teorias de aprendizagem ou que perceba-se minimamente os processos mentais subjacentes
à recolha, ao tratamento, ao registro e à evocação da informação, bem como à dádiva de
respostas. Os professores/facilitadores devem almejar em sua formação aprender a aprender
constantemente, pois segundo, Feldmann (1999, pág. 01):
"Formar professores com qualidade social e o compromisso político da
transformação tem se mostrado como um grande desafio a todos que acreditam na
educação como um bem universal, espaço público, espaço democrático, um
direito humano e social na construção da identidade e no exercício da cidadania.
Escrever sobre esse tema nos convida a reviver as inquietudes e perplexidades na
busca de significados do que é ser professor no mundo de hoje. Professor –
sujeito que professa saberes, valores, atitudes, compartilha relações e junto com
o outro elabora a interpretação e reinterpretação acerca do mundo. Palavras,
sentidos que encerram em si a dimensão da multidimensionalidade, da
complexidade e da incompletude do saber e do ser".
A utilização das TIC como TACA nas práticas educativas exige investimento no
desenvolvimento profissional do professor, para que ele possa ser um pesquisador da
ferramenta e atuar como um mediador, atualizado, criativo, na concretização do projeto
pedagógico pretendido Simião & Reali, (2002).
A formação de facilitadores/professores capazes de utilizar as TIC como TACA
(ferramentas nas práticas educativas), portanto, exige a capacitação técnica e uma prática
23
reflexiva. Os professores de classe dos centros educativos devem se capacitar para serem os
responsáveis pelas aulas mediante as TIC. Este tipo de Educação continuada, formação-
ação que ocorre na prática pedagógica, tem sido indicada como a mais adequada por
Valente & Almeida (1997) e Valente (2003) para a formação de professores para a
utilização de TIC na Educação. Rosalen (2001, p. 147) direciona que: os cursos de
treinamento preparam tecnicamente os professores, o que não deixa de ser importante, mas
não é o suficiente. O professor precisa se capacitar para entender por que e como integrar as
TICs em sua prática educativa, atendendo aos objetivos pedagógicos e às necessidades de
seus alunos. Para isto é essencial o processo de reflexão da própria prática, como indicado
por Zeichner (1993).
A maioria dos alunos têm indicado que a instituição escolar tradicional
“tecnológica” esta arcaica, pois os leva a aprender sobre conteúdos que não vislumbram
significado para realidade vivida por eles.
Basta lembrar das tabuadas, dos ditados de palavras e das regras gramaticais
decoradas sem antes aprender em que situação poderia empregá-las. Da mesma maneira,
sem conseguir atribuição significativa para as datas históricas, fórmulas matemáticas
acidentes geográficos foram memorizados e resolvidas infindáveis seqüências de exercícios
com a falsa justificativa de que um dia seriam úteis, deixando de lado aprendizados de
extrema importancia para a formação dos individuos. A criatividade, a sensibilidade e a
criticidade.
No ensino-aprendizagem tradicional, a pedagogia se caracteriza por acentuar o
ensino humanístico, de cultura geral, no qual aluno é educado para atingir, pelo
próprio esforço, sua plena realização como pessoa. Os conteúdos, os
procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não têm nenhuma relação com
o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. É a predominancia
da palavra do professor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente
intelectual. (LIBÂNEO, 1992, pág. 5).
A educação tradicional deixou em segundo estágio a real situação vivida pelos
alunos/aprendizes, fato que ainda pode ser constatado, temos um baixo índice de pessoas
adultas com criticidade, criatividade e sensibilidade atuando no mercado de trabalho.
24
Portanto, as atividades de sala-de-aula ou extra sala deve primar pela exigência das
análises críticas e reflexivas, o que as TICs como TACA e ATAC ajuda conceber em
detrimento da busca, leitura e interpretação do mundo, da compreenção do outro e também
do escrever, do criar e reformular idéias, comunicar-se, registrar a sua história e conhecer
melhor a si proprio como o protagonista de sua formação, algo qual as TICs como TACA e
ATAC já vem proporcionando na Educação a Distancia (EaD).
Isso não significa que o conteúdo e a didática da educação tecnológica conhecida
como “tradicional” tenha perdido sua importância. No entanto, urge na contemporaneidade
mudar a forma de trabalhar conceitos, informações, procedimentos e regras, buscando
sempre identificar fatos ou ocorrencias do cotidiano que tem e é significativo para o
aprendiz/aluno almejando criar situações que favoreçam a transformação dos
conhecimentos do senso comum em conhecimento científico. A concisão científica é
necessária, porém não deve ser ponto de partida. Antes, é preciso compreender a TIC como
nova TACA e ATAC a qual viabiliza o acesso à informação, facilita a leitura, diversifica
conteúdos que tratam do mesmo assunto tanto nas formas de produção estrutural como da
escrita, nas TICs encontra-se uma gama de conteúdos correlacionados em rede “teia” para
ser utilizados na escola.
Pesquisas têm evidenciado que existe a necessidade de que o facilitador/professor
seja capaz de refletir sobre sua prática e direcioná-la conforme a realidade em que atua,
voltada e focada aos interesses e às necessidades dos aprendizes/alunos, buscando trilhar
novos caminhos para tornar o ensino-aprendizado um desafio estimulante para cada
individuo aprendiz.
Afirma Freire (1996, p.43) que: “pensando criticamente a prática de hoje ou de
ontem é que se pode melhorar a próxima prática”. Mas de acordo com Schön (1997, p. 21),
“existem situações conflitantes, desafiantes, que a aplicação de técnicas convencionais,
simplesmente não resolve problemas”.
Tais afirmações nos fazem refletir que não se deve abandonar todas as técnicas
aprendidas nos cursos de graduação, no entanto, deve-se acrescentar a essa prática o que se
aprende no dia-a-dia escolar, e que sempre existirão situações conflitantes e o
facilitador/professor deve estar preparado para resolve-las.
25
Para Nóvoa (1997, p. 27):
“as situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e
resolver) apresentam características únicas, exigindo, portanto características
únicas: o profissional competente possui capacidades de auto desenvolvimento
reflexivo (...). A lógica da racionalidade técnica o põe-se sempre ao
desenvolvimento de uma práxis reflexiva”.
Para ser um profissional pedagógico competente segundo esse autor, o
facilitador/professor deve planejar estratégias criativamente, para solucionar as situações
problemas que vão surgindo no centro educativo, no dia-a-dia. Para ele, o bom profissional
é aquele que consegue combinar paciencia, a técnica e a arte.
Atualmente sabe-se, que o profissional facilitador/professor não é o protagonista
dessa situação. Este foi forjado/moldado pelo sistema para cumprir o papel de detentor de
um saber científico que hipotéticamente poderia ser transferido aos alunos de forma
homogênea e em escala crescente de dificuldade, Assim, o desempenho do professor
deveria manter-se focado para o ensino de conteúdos programáticos definidos em local fora
do contexto de sala-de-aula, para posteriormente ser conduzido, e seguido mediante ao
impresso nas tecnologias da época os “livros” e consumido de forma igualitaria em
diferentes contextos com intuito de produzir os mesmos resultados.
Felizmente o fazer, “a prática veio e vem se construindo e tornando uma ação sobre
o mundo, edificada por individúos a pouco e pouco conquistando consciência do próprio
fazer sobre o mundo” (FREIRE, 1994, pág. 102). Assim, abruptamente aumenta o montante
de professores/facilitadores inconformados com tal situação, buscando de alguma maneira
novas alternativas para encontrar novos caminhos nos quais possam empenhar-se e
empregar a TIC como nova TACA e ATAC para registrar seu cotidiano, sua didática, sua
escola e seu mundo, desenvolver projetos relacionados com a realidade e sua problemática,
buscando compreender o passado para trabalhar na atualidade na edificação de um ensino-
aprendizado significativo, compartilhado, colaborativo que possa vir contribuir
positivamente com o com a alta qualidade do ensino.
Devido, a continuidade entre a formação do professor e a formação do aprendiz
aluno, tem-se o ponto inicial do ensino-aprendizagem do aluno congruente com o ponto
inicial do ensino-aprendizagem do professor (FREIRE, 1987). Portanto, o ponto crucial
26
para a formação dos facilitadores/educadores é como transferir a necessidade de
representação de si proprio e semiótica do mundo para a sua didática com intuito de acordar
em seus aprendizes/alunos o desejo de torna-se protagonistas de sua própria formação,
história e experiência, sujeito principal de sua vida e projetos.
Tendo para tanto, as TIC como TACA permitem que a pessoa faça registros de suas
idéias e de sua visão de mundo canalizado pelo ensino-aprendizado. Porém, nos dias atuais,
somente a Tecnologia de Informação e Comunicação - TIC tem como característica o tripe:
ler, contextualizar e fazer. Segundo, (BARBOSA, 1999) o fazer, o contextualizar
simultaneamente, o ler contribuem e colaboram para um refazer contínuo, transformando o
aprendizado erronio em substância que pode ser revista e reconstruida instantaneamente
(depurada) para produzir saberes novos.
“Reolhar o visualizado antes visto quase sempre implica olhar ângulos não vistos e
percebidos” (FREIRE, 1995, pág. 24), para tanto o mote principal da formação, é despertar
a curiosidade para buscar de forma epistemológica provocativa, analítica e reflexiva sobre
alicerce do processo de aprendizagem, visualizado por intermedio da representação com as
TICs como TACA, pois, os conteúdos podem rompem com a linearidade e temporalidade
do ensino-aprendizado.
O facilitador/professor/pesquisador, deve ter consciência de que algo o incomoda,
intrigando-o, e que pode vir a ser melhorado na área de ensino-aprendizagem, podendo ser
também a imprescindibilidade de inovação metodológica do programa de ensino-
aprendizagem brasileiro frente ao devido reconhecimento dos fazeres artísticos didáticos.
Tal incomodo pode ser o resultado de situações problemáticas geradas e vivenciadas em
ambiente de aula que poderiam ser, por exemplo:
Desempenho insuficiente por parte dos facilitadores/discentes no refere-se às
TIC;
Falta de motivação dos facilitadores na utilização das TIC como TACA;
Ausência de atualização dos professores/facilitadores na utilização das TIC como
TACA;
Pouquidade de interesse e cobrança por parte dos alunos/aprendizes;
Passividade dos alunos/aprendizes em sala-de-aula:
27
Ausência de conhecimentos artísticos “arte” dos facilitadores/professores na
utilização das TIC como TACA.
Brandão (2002) em sua argumentação destaca a importância do ensino cooperativo:
Hoje, por meio da Internet há a possibilidade de sair do individualismo e fazer
uma propositura de um ensino cooperativo, tendo a navegação através de links
que mantenha vivo o espirito da pesquisa científica, baseada em inquietações,
questões problemas, onde facilitadores/professores e aprendizes/alunos podem
interpretar e fazer re-leituras do conhecimento estabelecido e ampliar horizontes
frente fórum virtual de discussões (pág. 6).
É necessário evidenciar as deficiencias e inquietações dos facilitadores/professores
no que refere-se a integração dos meios de comunicação no centro educativo, para que os
facilitadores/professores possam se favorecer com o uso de software, Facebook, youtube,
biblioteca virtual, EaD, chat, tendo as TIC papel fundamental equilibrando flexibilidade e
organização em suas mediações.
Esse conjunto de situações problemáticas será objeto de pesquisa desse estudo
trabalho/estudo alavancando o conhecimento já existente nos individuos protagonistas do
ato de facilitar a outros, o autor descreve que mediante ao espaço virtual todos os
envolvidos podem fazer leituras semióticas com maior amplitude, pois através da rede de
Internet com suas janelas escancaradas no despertar de curiosidades e criatividade para o
campo de ensino-aprendizagem como ferramenta de aprimoramento.
2.1 Descrição dos Conceitos
2.1.1 Ensino-aprendizagem
Para parafrasear análises de conceitos de ensino-aprendizagem, de grandes
pensadores do campo facilitador do ensino-aprendizagem, tomou-se como ancorramento
conceitos que se encontram implícitos ou explícitos nos pressupostos teóricos e
metodológico que fomentam os diversos campos de conhecimento.
Conforme argumenta Saviani (1985), se faz necessário trazer as claras quais áreas
de conhecimento, em grande porcentagem dos casos, não surgem em sua forma cândida,
28
nem tão pouco são exclusivamente mutuas nos fazeres metodológicos consistentes. Porém,
a classificação e descrição dos conceitos visão funcionar como instrumento de análise.
Para que o ensino-aprendizado no ambiente do centro educativo ocorra de maneira
correlata com os conceitos aqui descritos é:
“preciso ousar, vencer desafios, articular saberes, tecer continuamente a rede,
criando e desatando novos nós conceituais que se inter-relacionam com a
integração de diferentes tecnologias, com a linguagem hipermídia, teorias
educacionais, aprendizagem do aluno, prática do educador e a construção da
mudança em sua prática, na escola e na sociedade.” (ALMEIDA, 2002, pág.73)
Todos os autores citados compartilham que ocorreu, ocorrem e sempre ocorrerá
mudanças na sociedade globalizada, conhecida hoje como Sociedade do Conhecimento
Tecnológico, crianças, adolescentes, jovens e adultos são bombardeados por informações
todos os dias, pelos mais diferentes meios de comunicação: na TV, nas rádios, nas revistas
eletrônicas e nos jornets (jornais eletrônicos) em suas residencias. Porém, esses dados que
se movem, envelhecem e falecem com uma velocidade cada vez rápida (GADOTTI, 2002,
pág.32).
As crianças, jovens adolescentes e adultos vêm modificando o seu comportamento
nesse novo contexto tecnológico, a sociedade também requer dos meios de ensino-
aprendizagem e principalmente dos facilitadores/professores novas formas de pensar,
planejar e estruturar a facilitação de conhecimentos para a formação de indivíduos mais
preparados para atuar na sociedade que se transforma constantemente. Por isso, ensino está
sendo forçado a mudar, quebrando posturas tradicionais e conservadoras, pois a maneira de
aprendizagem também muda com a insersão de novos aparecimentos do campo
tecnológico.
Segundo Valente (1993), "o surgimento da tecnologia no ensino-aprendizagem
provocou o questionamento dos métodos e da prática educacional", o que remete mudanças
não só na atitude e postura do facilitador/professor frente a ferramenta informáticacional,
como de todos os atores do ensino-aprendizagem.
Na afirmação de Vygotsky (1987), constata-se que:
29
A formação de conceito é o resultado de uma atividade complexa, em
que todas as funções intelectuais básicas tomam parte. Porém, não pode-se
reducir o processo à atenção, à associação, à formação de imagens, à
interferência, ou às tendências determinantes. Todas são indispensáveis, porém
insuficientes sem o uso do signo, ou palavra, como meio pelo qual conduzimos as
nossas operações mentais, controlamos o seu curso e as canalizamos em direção à
solução do problema que enfrentamos (pág. 50).
Toma-se então como refenciamento empírico a contextualização social da realidade
onde a relação do ensinar e do aprender se concretizam.
E de imenssuravel valor assinalar que Vygotsky (1987) buscou averiguar mais de
um tipo de conceito. O autor discorreu e argumentou sobre os conceitos cotidianos e os
conceitos científicos. Nos conceitos cotidianos o processo de desenvolvimento ocorre
quando o individuo começa a ser formulado conforme utiliza a linguagem para dar nomes
em objetos e fatos do cotidiano. Já os conceitos científicos para Vygotsky (1987) são as
aprendizagens sistematizadas a partir da inclusão escolar, derivando-se de um corpo de
conhecimento entrelaçado, portanto, o conceito cotidiano inicia-se no seio familiar e o
conceito cientico no seio das instituições de instrução de ensino com propostas curriculares,
projetos políticos pedagógicos com intencionalidades a serem efetivadas e transcorporadas
nos aprendizes/alunos.
2.1.2 Ensino-Aprendizagem conceitado nas Tendências e Teorias Educacionais
Marcada pelas tendencias pedagógicas a análise do ensino-aprendizado brasileiro,
pelo menos nas últimas cinco décadas traz em seu amago histórico tendencias, evidencias e
influencias que são manifestadas de forma concreta no ideológico e fazer prático do
facilitador/professor, tendo o ensino-aprendizado brasileiro uma forte influencia na
formação política nacional e ainda o ensinar no Brasil tem enrraizado em seus alicerces
direcionamentos influenciadores de movimentos internacionais em nosso sistema de
ensino-aprendizagem.
Libâneo (1989), classificou as tendencias pedagógicas do Brasil em duas enormes
tendencias: “Pedagogia Liberal (Tradicional, Renovada Progressivista, Renovada Não-
30
Diretiva e Tecnicismo) e Pedagogia Progressista (Libertadora, Libertária e Crítico-Social
dos Conteúdos)”.
As principais referencias exposta na tendência tradicional, a qual remete a
pedagogia liberal que caracteriza-se por compartilhar o ensino humanístico, de cultura
global, no qual o aprendente é preparado para alcançar os objetivos, por mérito próprio, e
alçar a realização plena como individuo. Nesta tendencia Os acúmulos de valores sociais e
conhecimentos são transferidos de geração em geração como verdades.
Na tendência liberal renovada Progressivista o individuo/aluno vivencia experiência
que são estabelecidas frente a desafios cognitivos e situações problemáticas, sendo assim,
dá-se, bem mais valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que aos conteúdos
organizados racionalmente. Portanto na tendencia liberal renovada progressivista, aprender
a aprender para reaprender sendo que o mais importante é o processo de aquirimento do
saber do que o saber em si, entretanto, mas, traz algo relevante, pois, esta em seu inserido
no contexto a idéia de aprender fazendo.
Destacando nos conteúdos de ensino no processo de desenvolvimento das
vinculações e da comunidade, onde tem-se “a tendencia liberal renovada”. Porquanto,
processos de ensino nessa tendencia visam facilitar e familiarizar os meios aos aprendizes,
pois assim, os próprios alunos aprendizes irão buscar os conhecimentos, portanto nessa
tendencia liberal renovada o sujeito aprendiz/aluno tende a desenvolver internamente
valoração do “EU” ,o que resulta no desejo pessoal da auto realização e o aprendizado
sendo de relevancia ao “EU” é retido, não sendo, não é repassado e tão aprendido, e na
colocação de Rogers (1985), “o ensino é considerado uma atividade de imensa valoração
na tendencia liberal renovada”, pois lança a auto avalição como principio positivo.
As informações, os princípios, as leis, na tendencia liberal tecnicista são conteúdos
de ensino, os quais são ordenados e incorporados em uma sequência lógica que venha
asegurar a transmissão e recepção de informação. Portanto, a pedagogia tecnicista emerge
de teorias de aprendizagem que afirmam que aprender é somente questão de transformação
do desempenho enfatizando que a alta qualidade do ensino faz com que o aprendiz/aluno
sai da condição de aprendizagem modificado referente ao estado em que entrou. Esta
31
tendencia liberal tecnicista engloba com visualização diretiva do ensino, focando a
controlação das referidas condições que rodeiam a organização que se tem.
Disserta afirmando Skinner (1967), que o comportamento aprendido é “uma
resposta a estímulos externos, controlados por meio de reforços” que ocorrem à resposta ou
após a mesma.
A pedagogia progressista tem-se aflorado em outras três tendências, na Tendência
Libertadora, Tendência Libertária e na Tendência Crítico-Social dos Conteúdos. Sendo a
pedagogia libertadora também chamada de pedagogia de Paulo Freire, pois este pensador
do ensino-aprendizado é considerado mentor e inspirador dessa tendência. Na pedagogia
libertária, seus mentores são defensores da autogestão pedagógica. As duas versões,
libertadora e libertária são dessiminadoras do antiautoritaríssimo, da valorização da
experiência vivenciada no alicerce da relação educativa e a ideologia de autogestão
pedagógica, oferecendo mais valorização ao processo de aprendizagem efetuado em grupos
do que aos conteúdos de ensino. Sendo portando, nestas tendências o que realmente
importa é o afloramento de uma maneira de elo com experiência vivida e não a transmissão
de conteúdos específicos.
Difere-se das tendências anteriores a Crítica-Social dos Conteúdos, pois, enfatiza
primeiro os conteúdos no confrontamento com as realidades sociais, tendo como tarefa
principal a divulgação e propagação de conteúdos. Porem não difunde conteúdos abstratos,
propagando conteúdos concretos, vivos e com vínculos entranháveis na realidade social.
Conforme Libâneo, aprender, mediante a visão da pedagogia dos conteúdos, é
medrar a capacidade de processamento das informações, vindo manipular e atuar
juntamente com os estímulos oferecidos pelo ambiente, organizando e gerenciando os
dados disponíveis da experiência.
Destacando, a teoria sócio-histórica a qual oferece um referencial que visa
possibilitar compreendimento do processo de elaboração conceitual nos
indivíduos/aprendizes. Esta teoria permite também ao ser humano construir conceitos e,
portanto, prescindir e estender a realidade, por meio de atividades mentais complexas, nas
quais todas as funções intelectuais básicas estão presentes.
32
Portanto corroborar ao ensino-aprendizado e ao centro educativo como responsável
por esse processo formador de intelecto fazendo uso de pigmentos necessários das
tendências e teorias já existentes e buscando formular novas, pois nas tendências passadas
contem uma gama de elementos que capacita os individúos a lidarem com a realidade onde
vivenciam suas existências, pois, toda essa transformação no mundo contemporâneo vem
reforçar a importância de examinar minuciosamente que capacidades os centros educativos
estão buscando desenvolver. E, como alavancar o avanço nas necessárias transformações
para integrar nos seus fazeres os melhores conhecimentos e recursos que o campo da
Ciência, da Tecnologia dispõe e coloca à disposição nesta época de mudanças tecnológicas
que chamamos de contemporânea, (BOTOMÉ, 1994, pág.17). A qual se encontra repleta de
Tecnologia da Informação e comunicação.
2.1.3 Conceito: arte
Arte (do Latim ars) conceito que aglutina todas as criações executadas pelo
individúo humano, seja para expressar uma visão ou uma abordagem sensível do mundo,
vinculados à manifestações modernas da cultura, os quais pretendem se desvincular dos
cânones, provocando uma quebra com valores pré-estabelecidos, e não servindo meramente
de cumplices. Portanto, as mudanças de fases do fazer do facilitador/mediador
artista/professor, mais do que vinculadas a interesses econômicos, estão linkadas a
interesses sociais, seja por meio da provocação reflexiva do conhecimento e
enriquecimento do contato com mundo globalizado como relata Coli (1995), afirmando sua
importância fundamental, a qual esta em: “acordar em nosso íntimo, emoções e razões,
reações culturalmente riquissimas, que adelgam os instrumentos dos quais fazemos uso,
para aprender e reaprender o mundo que nos circula” (COLI,1995, pág.110).
Fato este que, deixa evidenciado na maioria das ocorrencias, a reação de individuos
“facilitadores/professores” perante as TICs contemporâneas como TACA,
facilitadores/professores se mostram extremamentes reativos ou preconceituosos com a
arte, pois esta geralmente é vinculada ao processo de aprendizado ocorrido na sua trajetória
33
de vida, sempre vinculada ao passado, quando não hávia tecnologias com tamanhas
magnitudes de disseminação de informações como na contemporaneidade.
Atualmente, temos que buscar fazer a insersão do âmbito artístico, no lugar que lhe
é devido, principalmente semeando-a na educação de base, desde a Educação Infantil,
fazendo o cultivo no seio de nossa sociedade da real importancia da arte na e para a
formação profissional pedagógica, como atividade profundamente transformadora e
enriquecedora tanto espiritualmente quanto socialmente, pois a arte transforma o ordinário
em extraordinário, já estando ela inserida subliminarmente em todos os fazeres humanos
desde de os primórdios do desenvolvimento humano.
A arte na concepção de ensino-aprendizado contemporâneo, tem servido de aporte
das TIC como TACA, tendo assim a arte uma nova concepção artística frente ao ensino-
aprendizagem atual, voltada para a utilização de ferramentas tecnológicas mais modernas,
valorizando ainda mais as idéias artísticas (fazeres), do que somente a sua estética.
A uma infinidade de atividades humanas englobadas, hoje, no campo do fazer
didatico formativo e tem a TACA como mecanismos, e é elas que confere aos individuos o
estatuto de facilitados/professores na mediação e guiação dessas atividades em todos os
campos de conhecimentos, sempre haverá de ter um facilitador/professor.
Portanto, os facilitadores da atualidade devem buscar uma formação continuada
frente as TIC para aprender manusiar as TIC como TACA para descobrir e incorporar em
seus fazeres profissionais, novas maneiras de mediação por meio da arte, assim despertando
em seus alunos/aprendizes a curiosidade.
O sistema brasileiro de educação superior de professorado para a educação de base,
já merecia e deveria sofrer alterações, incorporando de fato e de direito a disciplina “arte”
com um maior rigor, disciplina esta que desperta nos individuos a curiosidade, elevando a
criatividade, criticidade e sensibilidade. Notamos que em pleno século XXI, nossas
Instituições de ensino-aprendizagem básico que globaliza desde a Educação Infantil até o
Ensino Médio não contemplão ambientes propicios ao fazer artístico, fato este que ha
coloca em desvantagem formativa no ensino-aprendizagem brasileiro, uma vez que as todas
as demais disciplinas do ensino-aprendizagem básico brasileiro utilizam das linguagens
34
artísticas, seja ela visual, música, dança ou teatro, sendo utilizada de maneira direta ou
indireta.
Temos a arte inserida subliminarmente nas demais disciplinas do currículo nacional,
onde grande parcela dos facilitadores/professores, muitas das vezes desconhecem o valor e
poder da arte na formação dos seus assistidos, pois eles também não contemplaram em sua
formação a arte como disciplina, e sim como atividade. E por isso encontram-se
incapacitados e despreparados para uma mediação de alta qualidade para com o ensino-
aprendizado, mediante o uso correto da arte com suas linguagens.
2.2 Tecnologia de Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA)
Baseada no sistema de organização do pensamento humano, por associações de
pensamento a incorporação do computador com recursos provenientes para busca de
diferentes mídias, páginas, imagens, animações, gráficos, sons, clips de vídeo, associados
todos em uma única ferramenta é o que forma o conceito de TACA para busca e
organização dos signos, semioticamente fazendo leitura e descrenvendo sobre a estética das
simbologías, os quais favorecem para a navegação ou exploração do ensino-aprendizado
(educação) baseado em conexão virtual (teia – rede) entre idéias e conceitos articulados por
meio de ligações (links). Desta forma, encontra-se uma nova situação, evento ou outros
textos co-relacionados ao assunto pesquisado e estudado.
Tendo como prisma que as TICs nos lançam as potencialidades como diferencial
uma perspectiva de compartilhamento humanista inclusivo e também de exclusão. As TICs
tem duas faces, são boas e más, não havendo neutralidade, podendo estas serem vistas
isoladamente, em suas modalidade, modo de subjetivar, de agir, de produção, de sentido e
conhecimento, na provocação de mudanças qualitativas semióticamente nos signos,
promovendo outras corelações intersubjetivas e geração de novos processos de ensino-
aprendizagem na cultura digital atual.
Nesta abordagem sobre Ensino-Aprendizagem, TIC como TACA, objetiva-se voltar
à tecnologia e seus modos de produção em redes de ensino-aprendizagem. Colocando que
há uma dupla construção nos agenciamentos entre tecnologia e sociedade: as interfaces
35
tecnológicas constituem formas de subjetividade por meio da arte, as quais determinam
maneiras de pensar, agir e sentir, bem como criar novos aprendizados tecnológicos de
acordo com que as necessidades e desejos forem fluindo, isto é, há um link direto entre
maquina e sujeito, não havendo separação entre o sujeito e máquina, uma vez que se produz
um processo de subjetivação a partir de negociações sociais.
Porquanto, ao abordar-se as TICs para produção de arte tecnologia como TACA
precisa-se considerar a cultura em seu contexto, ou seja, a cibercultura. Expressão, esta que
já possui uma váriedade de definições, a concepção aquí exposta como termo e forma
sociocultural, é a que emana da relação de permuta entre a sociedade e as tecnologias
microeletrônicas digitais (LEMOS, 2002). Suas plasticidades e aspectos em rede a
caracterizam, pois como relata (LÉVY, 1999) “trata-se de um universo de conclusão
indeterminada que prospende a manter sua indeterminação, pois cada nó da rede de redes
em expansão continúa podendo tornar-se criador ou emitente de hodiernas informações,
inesperadas, e reorganizar uma iniciação conectiva globalizada por sua própria conta”
(pág.111).
A cibercultura pode ser visualizada como a cultura contemporânea, uma marca que
no uso das TICs como TACA rompe com os seguimentos estáticos e lineares de percuso
único, com início, meio e fim fixados previamente. Pois, o autor disponibiliza um leque de
possibilidades informacionais que permite ao aprendiz/aluno dar ao aprendizado um
movimento privativo e próprio ao interligar as informações conforme seus anseios e
necessidades momentâneas, navegando e construindo seu próprio conhecimento, tornando-
se protagonista de sua formação.
Ao caminhar entre as informações e estabelecer suas próprias prioridades, o
aprendiz/aluno faz interações com varios conteúdos, e passa ter um papel ativo podendo
vir a criar e tornando-se autor de novos conceitos, uma vez que este torna-se protagonista-
autor de sua formação por meio de um aprendizado adquirido em tela de computador
(virtual), este passa a possuir uma visão estética de mundo diferenciada, pois a arte dos
signos despertam nesse a semiólogia, ou seja a leitura das imagens iniciando e terminando
no ponto que o aprendiz/aluno decidir, tendo liberdade e autonomia para intervir no
conteúdo e assim reconstruí-lo.
36
Desta maneira, o aprendizado executado e adiquirido na tela da tecnologia está
criando não só novas formas de ensino-aprendizagem, mas também vem alavancando a
inovação do ensino-aprendizagem (sistema educacional).
Um aspecto da TACA é o aprendizado que apresenta-se aquí, é o seu hibridismo
que pode ser aplicado, por exemplo, às misturas culturais, às formações sociais, à
convergência das mídias, semiótica, à combinação de linguagens e signos. “Híbrido”, foi
um termo empregado no campo dos estudos multiculturalista social, e utilizado por
(CANCLINI, 1989, pág. 14).
Abordado de maneira divergente, o adjetivo foi ajustado para especificar as
incertezas, deslizamentos, interstícios, e renovações ininterruptas dos contextos culturais,
os diálogos e reciprocidades culturais, o acasalamento de suas identidades, a globalização
cultural, o crescimento acelerado das TICs, e a ampliação expansiva dos mercados culturais
e a aparicões de novos hábitos de consumo. Refere-se a conexões entre janelas de
informação por meio de associações, que busca tratar em ambientes virtuais de criação,
pesquisa, desenvolvimento, incrementos de atividades interativas, colaborativas,
desconstrução/construção/reconstrução de conhecimento de forma significativa e
colaborativa para a formação de individuos seja ele docente/facilitador ou
discente/aprendente, pois em ambientes virtuais de aprendizagem todos aprendem a
aprender e reaprender, reconstruindo o seu saber constantemente, pois há compartilhamento
de idéias e fazeres que os individuos participantes são submetidos por intermédio das
atividades de aprendizagem significativa, as quais visam a reconstrução do conhecimento já
estabelecido e a construção de um novo fazer, rompendo com paradigmas existentes no
ensino-aprendizagem.
2.2.1 Ambientes Virtuais de Aprendizagem – (AVA)
Um AVA caracteriza uma ecología informaçional, gerada na atividade de todos os
inseridos nesse contexto colaborativo, que transformam a forma representativa, o próprio
pensamento, e se reconfiguram mutuamente nas relações dinâmicas que se estabelecem, e
vão transformando o ambiente.ao mesmo tempo.
37
Segundo Sartori, (2012) em sua dissertação relata que a EaD contempla
“características ímpares no que se refere à abrangência, flexibilidade, liberdade e acesso,
esta modalidade educacional tornou-se um valoroso instrumento para a criação e o
compartilhamento de informações e conhecimento entre indivíduos em busca de formação
e aperfeiçoamento pessoal e profissional”. (pág.123)
As tecnologias amplificam as possibilidades do facilitador/professor mediar e do
aprendiz/aluno construir seu aprender. É notorio, que as TIC quando utilizadas como
TACA de forma adequada, contribuem no processo ensino-aprendizado formativo.
Libâneo (2007, pág. 309) afirma que: “o maior propósito dos centros educacionais
é a aprendizagem dos aprendizes/alunos, e o que leva a melhorar a qualidade dessa
aprendizagem é sem sombras de dúvidas a organização escolar”. Porém, para os centros
educativos e facilitadores/professores, a necessidade criada pelo uso das TICs, é aprender
saber manusiar e como inserir o potencial existente no sistema ensino-aprendizagem em sua
totalidade, especialmente nos seus componentes pedagógicos e processos de
compartilhamento das concepções que os aprendizes/alunos têm sobre as tecnologias na
atualidade, o que leva-nos a crer que os centros educativos devem buscar reelaborar,
redesenvolver e reavaliar práticas pedagógicas, e que busquem construir uma formação
sobre a disposição reflexiva sobre o conhecimentos e os usos tecnológicos.
Moraes (1997, pág. 53) relata: “que o mais singelo ato de acessar à tecnologia,
isoladamente, por si só, não é visto como aspecto de grande relevância, mas certamente é,
a partir do uso dessas novas ferramentas começa a criação e emergir novos ambientes de
ensino-aprendizagem e novas pujantes dinâmicas sociais”.
Portanto, as TIC como TACA, nesse cenário vem como algo de grande relevancia e
se faz necessário que os personagens passem conhecer, manusiar e saber incorporar as
diferentes ferramentas computacionais no e do contexto ensino-aprendizagem.
Sartori (2012), afirma que “Os benefícios desta modalidade de ensino (EaD) são
grandiosos. Na percepção dos alunos, ainda pode-se citar como vantagens como a
possibilidade de conciliar trabalho e educação”. (pág. 123)
Na utilização de AVA o facilitador/professor redefine o seu papel podendo
compreender melhor a importância de ser parceiro de seus aprendizes/alunos e escritor
38
construtor de suas idéias e propostas, o qual navega juntamente com os aprendizes/alunos,
direccionando-os as novas possibilidades, novos rumos a ser percorridos sem preocupar-se
em ter experimentado antes transitar por eles algum dia.
O facilitador/professor com caráter provocativo que aguça o aluno á descobrir novos
sentidos significativos para si mesmo, incentivando fazeres com problemáticas reais que
fazem sentido no contexto da comunidade local e que possa vir despertar o prazer da
descoberta, do novo, do outro e do desenvolvimento de projetos colaborativos.
Desenvolvendo a consciência de que é necessário compartilhar idéias, saberes e
sentimentos com criticidade, criatividade e sensibilidade.
O uso das TICs no ensino-aprendizagem como TACA caminha no sentido da
seleção e aprendizado crítico de informações para estabelecer uma gama de articulações
com conhecimentos colaborativos colocados em ação ou conhecimentos em uso no
desenvolvimento de pesquisas e projetos relacionados com as problemáticas do cotidiano
para a formação compartilhada de novos conhecimentos.
A aprendizagem vem sendo aumentada na contemporaneidade e surge de algo que é
significativo no universo do aprendiz/aluno, que se desenvolve por meio da articulação e
interação entre conceitos, conhecimentos e individuos de distintas áreas, conexões estas
criadas pelos facilitadores/professores, alunos/aprendizes cujas expectativas, interesses e
desejos são articulados na busca e resoluções de problemas epistemológicos que estimulam
a construção e desenvolvimento de conhecimentos científicos realicionados com a
problemática vivenciada na realidade de cada um e/ou ambos.
Os conhecimentos anfêmeros surgem do contexto problemático em estudo
globalizado, conseqüentemente, sem esfacelação disciplinar, e são posicionados por
interesses e motivações intrínsecas. Cabendo ao facilitador/professor provocar, insultar a
tomada de consciêntização sobre os entendimentos conceituais representados e sua
respectiva concretização, lembrando este que fundamental empregar o bom-senso e
respeitando o trabalho do aprendiz/aluno para fazer as intervenções no momento adequado
de modo a desestruturar as certezas e convicções inadequadas dos aprendentes e
impulsionar novas buscas com rigor científico na investigação para que haja a real
transformação do conhecimento do senso comum em conhecimento científico. Pós esse
39
feito, o novo conhecimento adiquirido deverá ser lançado em ato provocativo e
reflexonário sobre o mundo atual e sobre a real situação do aluno como sujeito desse
mundo. Podendo assim, o aluno/aprendente tomar consciência de sua participação, e
compromisso de valor histórico como sujeito de seu tempo.
O estudo e desenvolvimento no campo ensino-aprendizagem com o uso da TIC
como TACA permite criar registros do processo construtivo gerando artificios para
desenvolver nos aprendizes, tanto professores/facilitadores como também os
aprendentes/alunos o domínio das TICs em uso, a competência e o entendimento de
conceitos específicos ligados a áreas de conhecimento aos quais estão vinculados. Sendo
essa forma de manipulação e utilização das TICs que vem funcionar como um recurso para
o nivelamento e alinhamento do desenvolvimento do aluno/aprendiz, trabalhando suas
potencialidades e dificuldades, favorecendo principalmente, a consubstanciação e correção
dos erros e a continua reelaboração do que já foi criado sem perda.
Nessa aventura, o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem, o
faciltador/professor também é desafiado há de contrahere uma postura de aprendente ativo,
criativo, crítico e sensivel, mediador do ensino com a pesquisa, metódico investigador para
com o aprendiz/aluno, evoluir o seu nível de cognição, social e afetiva, melhorar sua forma
de linguagem, expectativas e necessidades profissionais em seu contexto e cultura. O
facilitador é um artista que busca projetar os alicerces de um currículo próprio e inerente
estimulante e motivador para o aprendiz/aluno tornar-se crítico, criativo, sensivel e atuante
em seu meio, é o professor/facilitador quem deve planejar e mediar os aprendizes/alunos
para a execução, ambos são parceiros e sujeitos do processo de formação de novos
conhecimentos, atuando segundo o papel e nível de desenvolvimento de cada um. Para
Freire & Shor (1986), o facilitador/professor produz juntamente com os seus alunos e não
faz para os alunos.
O facilitador que produz atuando nessa perspectiva, tem uma intencionalidade e
responsabilidade pela aprendizagem de seus aprendentes/alunos na qual constitui sua
atuação como projeto elaborado deslumbrando o respeito aos diferentes ritmos e estilos de
fazeres dos aprendizes/alunos, incentivando o fazer colaborativo em sala-de-aula. O uso da
ATAC no ensino-aprendizagem à externa a um dinamismo, mobilidade e flexibilidade
40
parecidos aos encontrados nos movimentos sociais, representando uma brecha de
perspectivas novas que permitem: o rompimento com os entraves disciplinares e com a
rigoridade de tempo e espaços escolares; que abre o incentivar a curiosidade, imaginação,
criação, a aprendizagem prazerosa; favorecendo assim a iniciativa, a inventividade, a
espontaneidade, o questionar; vivenciando a conversação, a colaboração, o
compartilhamento solidário. Nesta vía, o ensino-aprendizagem trafega no sentido de uma
produção formativa que favorece a liberdade de expressão e comunicabilidade de
sentimentos, registrando conceitos, idéias e crenças, contribuindo para uma nova reflexão
sobre o pensamento representado, gerando percepções ainda não sentidas ou vividas
compartilhadamente na reelaboração do conhecimento, transformando o ensino-
aprendizagem em um fazer aberto a realidade, qual o aprendente convive cotidianamente
com as: TIC como nova TACA e ATAC, e essas ferramentas didáticas devem estar
disponibizadas abertamente para serem utilizadas em sala-de-aula, seja a sala: virtual ou
concreta. Uma vez que a sociedade vem se adaptando a modalidades de ensino
diferenciadas, a sala-de-aula virtual e presencias.
Nos AVA o ensino-aprendizado tem sido disponibilizado na modalidade EaD, nos
quais são disponibizados uma diversidade de cursos formativos, em níveis de titulação este
encontra-se emerso em todos, desde o ensino básico até o stricto-sensu, com amplas
Plataformas o AVA, segmento em que o fazer didatico do facilitador/educador com o
aprendiz/educando é construído e mediada por ferramentas de informação e comunicação,
sendo essas representadas por: correspondências, smartphone, rádio, filmes didáticos,
telefone, televisão, computador, tablets, juntamente a esses recursos didáticos e
tecnológicos, atualmente tem-se a disponibilidade de acesso via internet, que permite a
busca de diferentes fontes de conhecimento, possibilitando o desenvolvimento formativo
dinâmico nos AVA. “a tecnologia emaranhada ao ensino-aprendizado leva há uma
semioticidade interpretativa mais abrangente para o facilitador/docente e também ao
educando/aprendiz, permitindo que ambos transformem o conhecimento construido em
competência [...]” (BOHN, LUZ e LUZ FILHO, 2010, p. 27).
41
2.2.2 Arte na Tecnologia de Aprendizagem e Conhecimento (ATAC)
O Ensino-aprendizado contemporâneo vem adquindo mudanças em seu formato
com o advento das TIC como TACA, no qual vem utilizando e necessitando da utilização
da “arte”, a qual será denominada nesta dissertação como ATAC.
No Brasil, a educação já vem e está transitando por transformações. A consolidação
de um país democrático, as novas tecnologias e as mudanças na produção de bens de
consumo, serviços e conhecimentos exigem que os centros educativos possibilitem aos
facilitadores/professores e aprendizes/alunos integrar-se ao mundo contemporâneo nas reais
dimensões necessárias e fundamentais da cidadania, sendo pessoas mais criativas, sensíveis
e criticas preparadas para a vida e para o mercado de trabalho.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, arte tem um papel tão significativo
no processo de ensino e aprendizagem quanto à áreas dos outros conhecimentos. A arte é
uma área que está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da
percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à
experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e
imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e
conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas
diferentes culturas. (PCN, 1997, pág. 15)
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma
compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina
que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar
referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são
indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (Ibidem,
pág. 19).
Frente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no artigo 26, parágrafo 2º
(LDB nº 9.394/96) ficou estabelecido que:
"a facilitação (ensino-aprendizado) da arte será constituido obrigatóriamente como
componente curricular em todos os patamares da educação básica brasileira”, tendo como
objetivo principal o qual será “promover o desenvolvimento cultural dos alunos".
Profissionais facilitadores de arte-educação e os demais professores/faciltadores
educacionais devem fazer um uso maior das linguagens artísticas (artes visuais, música,
dança e teatro), pois, estas linguagens são cheias de sentidos e fazem uma imensa
42
contribuição para a formação do individuo, elas fornecem para o aprendiz/aluno o
desenvolvimento da capacidade de se relacionar, de sentir e de tomar decisões, pois,
passam a assumir uma consciência critica com uma nova visão de mundo.
O inciso I, do art. 12 da LDB, concede à escola, tanto pública quanto privada a
incumbência de “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. (BRASIL, 1996).
Nesse caso, os centros educativos públicos acabam tendo menor autonomia de
elaboração de suas propostas pedagógicas, porém isso não significa não haver espaço para
propostas diferenciadas, uma vez que à organização do espaço educativo, como o que deve
ser ensinado é de sua total responsabilidade, desde que sejam mantidas as linhas gerais da
política educacional de seu sistema de ensino (Federal, Estadual ou Municipal).
O sistema educacional brasileiro prepara pessoas com uma formação
desequilibrada, onde se desenvolve uma parcela muito reduzida de habilidades cognitivas,
inibindo e definhando outras habilidades, como se uma pessoa que ao fazer musculação, só
exercita os músculos da perna esquerda, deixando o restante do corpo com dismorfismo.
Nota-se que as escolas e instituições educacionais têm o poder de escolher qual das
linguagens artística será aplicada. Devido às várias que a LDB 9394/96 facilita sobre o
termo “ensino de arte”. Uma vez que o ideal sería a aplicação de todas as linguagens da arte
no ensino aprendizado dos aprendizes sejam eles docentes e/ou discentes.
A presente dissertação é alicerssada em uma revisão bibliográfica, e consistiuida na
seleção de livros de autores nacionais e internacionais, bem como artigos baseados em
estudos da evolução e sensibilização do ensino-aprendizado, formação de professorado e da
arte-educação, constantes nos bancos de dados eletrônicos.
Tendo um objetivo analítico e critico da importância da arte e das TIC como TACA
no desenvolvimento criativo dos individuos, possibilitando a ampliação da compreensão e a
valorização da comunicação, criatividade, sensibilização do olhar e conceituação
espontâneo-individual, evidenciando, também, a sua importância na atuação didática do
facilitador/professor, o qual deverá utilizar a arte como no processo ensino-aprendizagem
das pessoas.
É notorio utilizar-se da arte para edificar uma pesquisa, pois a arte está vinculada a
todos os fazeres humanos desde os tempos remotos da historia dos seres tidos como
43
racionáis, portanto, teve-se de constituir uma linha de investigação e exposição de ideais,
pensamentos e ideias de autores diversos que tratam do assunto tema, assim como
identificar a necessidade da arte para a formação de professores, que no ensino é fator
decisivo no desenvolvimento criativo do processo da formação intelectual das futuras
gerações e estimular este potencial inerente a todos, mas nem sempre desenvolvido no
ambiente formativo escolar.
2.2.3 A arte no ambiente de ensino-aprendizagem
É importante enfatizar que a arte sempre cumpriu um papel de destaque e evidência
histórica em muitas funções: ideológicas, decorativa, expressiva, cognoscitiva, social e
educativa. É evidenciado que essas funções ampliam e enriquecem os laços estéticos do ser
humano com a realidade que o cerca. Porém, como evidenciar e explicar a criação e
idealização do criador e do facilitador/professor (arte-educador) como seres possuidores
naturalmente de capacidades inatas para a criação, produção e à apreciação da Arte? De que
maneira explicar?
Sabendo do alto valor que ela “a arte” tem na formação humana, sua posição nos
centros educativos e demais instituições de ensino é “inferiorizada”.
É através das atividades artísticas que os aprendizes/alunos se expressam, afirmam-
se, satisfazem suas vontades, necessidades de expressão e interação com suas realidades,
seja através de sua produção artística ou por intermédio de instrumentos ou dos códigos
próprios das linguagens da arte.
A arte é um trabalho criativo e, por conseqüências, difere de ocupações alienantes, é
um fazer que ao homem humanizado interessa. Mas, seguindo essa vertente; tanto o
desenvolvimento criativo, o fazer quanto à apreciação artística exigem técnicas,
instrumentos e conhecimentos artísticos. Repensar, então, a arte educação na escola é ter
uma concepção sustentada em uma perspectiva teórica ancorada historicamente; explicando
o papel que a atividade artística tem desenvolvido nas práticas sociais, mostrando como se
configura esse processo de formação dos sentidos.
44
A reflexão sobre a importância da arte mostra a grande parcela e contribuição que
esta tem para com a formação da criança, pois não visa à formação de pintores, escultores
ou peritos em arte, mas, o conhecimento e a sensibilidade dos alunos, tornando-os cidadãos
criativos, participativos, dinâmicos, inseridos no contexto da sociedade.
Para promover a expresividade no desenvolvimento e a criatividade nos alunos é
necessário que professores tenham uma formação adequada na sua área de atuação, para
que utilizem de forma correta a arte em atividades que possibilitem ao aluno utilizar e
treinar o pensamento criativo, e também proporcionar um ambiente adequado e clima em
sala de aula que reflita fortes valores de apoio à criatividade. Os facilitadores/professores
arte-educadores devem utilizar mecanismo, técnicas e exercícios que favoreçam a produção
criativa dos aprendizes/discentes, esse profissional facilitador tem que constantemente
apresentar conceitos básicos que link o pensamento e a produção de criatividade, também
deve ter consciência do seu próprio potencial criativo.
Estes são alguns dos fatores psicológicos e sociais que afetam o desenvolvimento da
criatividade, a capacidade de criar é algo inerente ao ser humano, porém para que esta
capacidade atinja sua plenitude são necessárias condições especiais.
Segundo Norius (1990), “as idéias são frágeis”. Sendo importantíssimo o ambiente
que as originam e as deixam crescer, pois, sem o devido reconhecimento, aceitação e
incentivo, será muito difícil a criatividade ser desenvolvida.
Na maioria dos centros ensino-aprendizagem brasileiros de ensino fundamental a
formação educativa é merecedora de análise e reflexão critica. Pois, utiliza exageradamente
de materiais didáticos reproduzidos em mimeógrafos, xerocopiados ou impressos em
impressoras computadorizadas. Transmitindo assim a reprodução de conhecimento e a
memorização de dados, princípios, conceitos e informações. Nota-se que, nosso ensino-
aprendizagem esta focado especialmente para o “não – pensar”, onde o aluno recebe a
informação pronta para ser assimilada e reproduzida, muito raro as situações criadas que
estimulam o pensamento criativo e o raciocinar. Nas maiorias das situações, nosso ensino-
aprendizagem prioriza o conhecido, onde quase nada é feito ou produzido para que
tenhamos aprendizes/alunos preparados satisfatoriamente, de maneira criativa e pessoal,
para enfrentar o desconhecido, o diferente. É um ensino-aprendizagem que bloqueia e não
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deixa aflorar a fantasía, a imaginação, a criatividade, o jogo de idéias. A certeza disso é o
reduzido, senão inexistente, espaço reservado para a exploração, para a descoberta e para a
manipulação de problemas que possam ter varias soluções possíveis, diversos meios de
resolver.
A maioria dos centros educativos com uma educação tradicional, arcaica ainda vem
bloqueando, inibindo o desenvolvimento da criatividade das crianças. Fato que é constatado
já na educação infantil, onde deveria ser um local, sobretudo propicio para o cultivo da
fantasia, do imaginário, e isso não vem ocorrendo, e, cada vez mais cedo, muitas crianças
vêm sendo forçadas a aprender conteúdos tradicionalmente trabalhados no decorrer do
ensino básico. Para verificar a veracidade de tal aberração do sistema educacional, basta
verificar o conteúdo exigido para a criança ingressar no 1º ano do ensino fundamental das
"melhores" escolas brasileiras.
É uma educação castradora, inibidora, uma vez que ensina à criança, desde o jardim
de infância, a extensão de sua incapacidade, de sua falta de talento e jeito, especialmente
para as artes.
No ensino-aprendizagem brasileiro, nota-se que a mesmo não libera o potencial
criador, não estimula desenvolvimento criativo e que inclusive sufoca a imaginação do
discente aprendiz. Esta focado no passado, para disseminação de fatos conhecidos,
ignorando que o ensino-aprendizagem tem por obrigação e urgência de preparar os
aprendizes/alunos para serem pensadores criativos e independentes. É necessário pensar no
futuro e nos seus desafios quando se pensa em ensino-aprendizagem.
Temos que utilizar a associação da criação e a aprendizagem como complementos
no desenvolvimento humano, Duarte Júnior (2005), pois notamos em nossas instituições de
ensino uma grande parcela de individuos sem perspectivas de futuro próspero e propensos à
marginalização. Para Vaz (2001), uma providência das mais urgentes não é tomada pela
escola: “(...) a de por meio da arte, questionar ao aprendiz/discente: O que você sabe fazer?
Quem é você? O que você gosta de fazer? Ou mais mostre na pintura, no palco ou no
cenário o que você pensa das coisas e o que você quer” (p.16).
A arte tem poder implícito e explícito de mostrar o quanto o aprendiz/aluno é capaz,
e evidenciar que ele sabe coisas que os demais não sabem e que ele tem um jeito único de
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fazer, de aprender e viver sua vida, mostrar para as pessoas o que tem a dizer, o que pensa e
(mesmo não sendo obrigação da instituição de ensino, porém tem sido observado em alguns
casos) evidenciar que sua realização pessoal pode estar em sua criatividade (VAZ, 2001).
O ensino-aprendizagem deve-se redirecionar, criando espaço não só para o
tradicional, como também para o novo, para o pensamento correto e para a intuição, para a
reprodução e para a criação, para o real e para o imaginário. Faz- se necessário criar um
espaço próprio para venha aflorar o artista que existe dentro de cada aluno/aprendiz (a
criatividade e curiosidade, força motriz do trabalho artístico, tem sido freqüentemente
punida e excluída do contexto escolar, quando sabemos que a supressão do questionamento,
nada mais é do que castração da criatividade, exterminando a curiosidade que todo
individuo necessita para ampliação de conhecimentos em sua formação). O ambiente
escolar tem que ter espaço e clima necessário para a exploração, liberação, expressão e
expansão do talento de cada um dos alunos que nele esteja inserido.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacional – Artes (PCN-Artes - MEC/SEF,
1997),
…só um ensino inovador e criador, fará favorecimento a globalização entre a
aprendizagem racional e estética dos alunos, ira contribuir para o conjunto
complementar do sonho e da razão, onde aprender e conhecer é também
maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses
ousadas, trabalhar duro, esforçar-se e alegrar-se com descobertas (PCN-Artes,
pág. 18).
O fato de que todo ser humano é dotado naturalmente de potencial criador é
entendido, porém necessita de incentivos adequados e focados para que tal
desenvolvimento contemple a ápice em sua potencialidade total. E na maioria das escolas
brasileiras esse desenvolvimento é bloqueado e castrado por muitos do ensino-aprendizado.
E a criatividade tem sido considerada como uma habilidade critica neste novo século,
considerando as características de complexidade, incerteza, mudança, progresso e
competição que caracterizam o universo do trabalho e a sociedade na contemporaneidade.
Promover um ensino-aprendizado com ações pedagógicas que venham facilitar o
desenvolvimento da capacidade de pensar, de forma inovadora e dar subsídios para um
ensino-aprendizado com foco maior, contemplando o desenvolvimento de talentos diversos,
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eliminando o enorme desperdício de potencial humano que é uma das prioridades de nossa
contemporaneidade.
Nos centros educativos a arte e o ensino focado para a formação do
desenvolvimento criativo, senso crítico e afetivo do aluno, ainda esta caminhando em
passos lentos e muito fora do contexto da real valorização.
Em diversos ambientes escolares, percebe-se, que as oportunidades de criação no
ensino de arte perdem suas posições para as atividades direcionadas quase-prontas, as quais
vem atrasando e até mesmo exterminando o desenvolvimento criativo dos aprendizes,
sendo que experiências estimuladoras da criatividade mostram o desenvolvimento das
relações e das descobertas pessoais.
Os PCNs elaborados para o Ensino Fundamental, pelo Ministério da Educação e
Cultura (MEC), “apetecem a área Arte, intercalando-lhe maior abrangência e
complexidade” (PENNA, 2001, pág.31). Os PCNs estão inseridos nas escolas do 1ª a 5ª ano
do ensino fundamental desde 1997, também chamado de 1º ciclo do ensino fundamental e
no final do ano de 1998 foi criado o volume para o ensino fundamental do 5º a 9º ano,
conhecido como 2º ciclo do ensino fundamental. Sobre os PCNs são diversas as opiniões,
mas, em sua maioria elas mostram uma considerável mudança no ensino da Arte. Os PCNs
propôs quatro linguagens artísticas para o ensino fundamental do 1º ao 9º ano: Linguagem
de Artes Visuais (não somente voltada para as Artes Plásticas, mas sim também para as
demais áreas da cultura visual: fotografia, publicidade, artes gráficas, Televisão, cinema,
Histórias em Quadrinhos, produções com novas tecnologias,...); Linguagem da Música;
Linguagem de Teatro e Linguagem de Dança. Mudança esta que traz novas demandas em
relação à formação de facilitadores/professores nas diversas linguagens acima citadas.
Se no passado (década de setenta), quando a arte foi colocada nos ambientes de
aprendizagem como atividade nas quatro últimas séries do 1º grau (atualmente ensino
fundamental) o problema era, onde os facilitadores/professores de arte se baseavam para
desenvolver o ensino com meras atividades artísticas, em sua maioria reproduções e cópias,
nos dias de hoje, quando o ensino de arte esta focado para a valoração dos conhecimentos
específicos contidos em cada linguagem artística, a exigência da presença do
facilitador/professor especialista em cada linguagem artística citada nos PCNs – Arte
48
aumenta. Por outro ângulo, as discrepâncias também aparecem entre objetivos,
metodologías e as finalidades do ensino das linguagens da arte no ensino fundamental. Os
estudos dos PCNs-Arte para este nível de ensino-aprendizagem aponta para a mesma
incoerência em relação aos propósitos de uma educação pós-moderna.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais e Estaduais, apontam para mudanças
positivas de um lado e, do outro, contradições são apresentadas que podem confundir não
só os facilitadores/docentes, mas também, os aprendizes/discentes no que abrange às
aptidões pedagógicas e as reais finalidades do ensino-aprendizagem da área “Arte”.
Como exemplo, quando indicam na “fruição” (gozo, posse e desfrute) mediante
obras da cultura visual, partindo da premissa do contato direto entre estudante e obra, e
quando defende a idéia na qual “o feito artístico (obra de arte) fala por si própria” (PCNs -
Arte, v.6, p.38).
Crenças estas que entram em choque com o discurso pós-moderno do ensino da arte
em suas linguagens, que exigem do facilitador (professor) uma mediação competente e
qualificada, pois os significados culturais das obras artísticas precisam de compreensão
crítica, complexa, e histórica da cultura, podendo ser alcançada, somente frente à
estratégias didáticas adequadas, por meio do uso de metodologias críticas, bem
fundamentadas e claras no ensino das quatro linguagens da Arte.
Segundo Barbosa (1998), ensinar através da arte é:
“tornar os aprendizes/alunos conscientes da produção humana de alta qualidade é
uma forma de prepará-los para compreender e avaliar todo tipo de imagem,
conscientizando-os de que estão aprendendo com estas imagens,”. (pág. 17).
Com a “Proposta Triangular” (BARBOSA, 1991), o ensino da arte começa a ganhar
evidência, articulando três vertentes do conhecimento artístico que compreende: “análise,
interpretação e julgamento”.
A proposta de ensino de Ana Mae Tavares Bastos Barbosa, na atualidade já vem se
tornando uma prática comum nos centros educativos brasileiros. Onde no processo de
ensino-aprendizagem os principais pontos são: leitura de mundo, conscientização critica a
partir do contexto social da realidade do aluno e agir para modificar, ou seja, fazer uma
construção a partir da leitura de contextos sociais, políticos e históricos. Criando e
49
propondo uma ação, um movimento norteador para transformar a realidade.
De acordo com os ensinamentos de Lowenfeld (1954), “à medida que a criança
cresce sua expressão artística vai mudando. Na realidade, o período mais importante de seu
desenvolvimento ocorre enquanto ela está ocupada em criar alguma coisa”. (p. 128).
A produção artística dos alunos/aprendizes é bastante rica em detalhes. Se bem
observadas e interpretadas, podem ser úteis na mediação da aprendizagem dos
aprendizes/alunos e, segundo Anabel Guillén, são aspectos observáveis as fases do
desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio-afetivo, assim como a percepção visual,
oralidade, expressão, reprodução e criatividade.
Na concepção crítica de Fussari e Ferraz, (2001),
“... a educação e escola são partes integrantes da totalidade social. No entanto,
não é mera reprodução da estrutura social vigente, mas ao contrário mantém
relação de reciprocidade (influências mútuas) com a mesma. Nesse sentido, agir
na interação interdisciplinar no interior da escola é contribuir na e para a
formação de facilitadores como aprimoramento do processo de ensino-
aprendizagem e buscando transformar a própria sociedade. Cabe aos Centros
Educativos propalar os conteúdos, sejam eles vivos ou concretos, indesatáveis
ligados às realidades sociais. As metodologias de ensino-aprendizagem não
iniciam a partir de um simples saber artificial adjudicado de fora e muito menos
dos saberes sinceros e espontâneos, mas sim de um saber relacionado
diretamente, com experiências do aprendiz/aluno confrontada com o saber trazido
de fora”. (pág. 46)
O facilitador/professor (arte-educador) como mediador da relação pedagógica é um
elemento insubstituível. É pela presença do facilitador/professor (Arte-educador) que torna-
se possível haver uma ruptura entre a existencia de uma experiência de baixa elaboração e
dispersa nos aprendizes/alunos direcionado aos conteúdimos culturais e universais, com
permanentes reavaliações frente às realidades sociais.
Lowenfeld (1977), afirma que:
Estudos recentes tem demonstrado que as crianças que não se relacionam com o
seu meio por intermédio de sua arte, são as que geralmente têm dificuldades em
cooperar com as pessoas que vivem em seu redor. Há outra implicação muito
importante, principalmente para os pais. A capacidade da criança de relacionar
em seus trabalhos as coisas que representam é do mesmo tipo que a utilizada na
leitura, para relacionar letras ou palavras, se houver possibilidade de se conseguir
que a criança se torne mais sensível em sua aptidão de ligar entre si, as coisas que
50
desenha ou pinta, talvez também seja possível melhorar sua habilidade na leitura.
(pág. 137).
Cabe ao aluno/aprendiz sempre descobrir relações por meio de suas próprias
experiências, são essas descobertas de novas experiências que as levarão a registrar novas
concepções, outorgando-lhe autoconfiança, aguçando seu poder de observação, deixando de
pensar em termos de concepções.
Por intermedio de várias etapas de buscas em documentos que tratam o assunto aquí
decorrido, onde a pesquisa bibliográfica teve como finalidade identificar que o ensino da
arte é fator decisivo no desenvolvimento criativo no processo da formação significativa,
colaborativa e participativa nas séries iniciais do ensino fundamenta observando também
que os facilitadores/ professores devem buscar um alinhamento para melhor desenvolverem
sua didática. Ao mesmo tempo pesquisou-se como estimular este potencial, inerente a
todos, mas nem sempre desenvolvido e descobriram-se técnicas que, quando utilizadas,
ajudam a desenvolver esta capacidade, dentro das metodologias utilizadas no
desenvolvimento de artes, procurou-se estabelecer uma ligação entre arte e o ensino-
aprendizado na concepção da criatividade dos individúos, evidenciando a presença da arte
no processo de formação de seres humanos mais críticos, com sensibilidade e com pessoas
mais gentis num futuro não tão longínquo.
De acordo com os ensinamentos de Lowenfeld (1954), “à medida que o individúo
cresce sua expressão artística vai mudando. Na realidade, o período mais importante de seu
desenvolvimento ocorre enquanto ela está ocupada em criar alguma coisa”. (pág. 128).
No sistema de ensino-aprendizagem brasileiro tudo é focado e se orienta para o
estudo que, na maioria dos casos, significa apenas a aquisição de conhecimentos. O ensino-
aprendizagem unilateral dá a máxima importância à acumulação do saber, esquecendo-se
de outras coisas também importantes, tais como o quê os individúos necessitam para se
adaptarem adequadamente ao mundo em que vivem.
Nem sempre as palavras exprimem, em toda sua plenitude, a intensidade de uma
vivência. Tendo vezes que, são necessários a atribuição de meios diferentes de expressão,
sendo a atividade artística uma delas. Atividade essa que permite a realização dos desejos, a
satisfação de necessidades pessoais e a afirmação do próprio ser.
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A arte é uma das primeiras manifestações infantis, sendo classificada como um
modo de expressão própria da criança e constituída como linguagens e sua sintaxe. A arte
deve ser considerada um fator essencial no processo do desenvolvimento criativo, sendo
fundamental a evolução do ser, razão pela qual deve-se valorizar a arte desde o início da
vida. É uma comunicação formal e informal e também meio de representação e
simbolização. A qual posibilita expressar através da arte o que não consegue-se com a
linguagem ou escrita.
As manifestações artísticas iniciais podem significar grandes diferenças existentes
entre seres adaptados e contentes e outros, que apesar de contemplarem toda capacidade, às
vezes continuam desequilibrados, encontrando dificuldades em suas relações com o próprio
ambiente.
Para a formação criativa, todas as experiências que conduzem à criação devem ser
livres e educativas. Sendo que, aquí o resultado não é importante, porém sim o processo
que o originou. É na arte que são desenvolvidas a sensibilização, percepção, imaginação,
observação, raciocínio, sensibilidade controle gestual e capacidades psíquicas que
influenciam a aprendizagem.
A construção artística permite ao individuo infinitas opções de descoberta, ao
construir e reconstruir, criar reflete e amplia o seu campo de aprendizagem, o auto-
conhecimento, a auto-estima, assim como auxilia na aplicação dos recursos físicos,
cognitivos, traduzindo na satisfação de desfrutar o prazer artístico criado. A cada estágio de
desenvolvimento há a criação de uma obra completa, exprimindo uma visão autêntica de
mundo, segundo a sua maturidade perceptiva e intelectual.
É necessário começar a educar o olhar do aprendiz/aluno desde a educação de base
(educação infantil), possibilitando a atividade de arte: artes visuais, arte tecnológica, dança,
música e teatro, para que, além do fascínio das cores, formas, sons e ritmos, ela possa
compreender e analisar como a linguagens artísticas se estruturam, podendo pensar e
utilizá-las com visão critica no mundo em que esta inserida.
Ademais, os centros educativos devem ir além das vivências artísticas com as quais
estão acostumadas, ajudando o aluno/aprendiz a conhecer outras épocas históricas, culturas
e formas de expressão, devendo o facilitador/professor (arte-educador), fazer com que
52
aprendiz/aluno compreenda o mundo em que está inserido, situando-o em diferentes
contextos sócio-culturais. Cabe, ainda, ao facilitador/professor aguçar os sentidos de seus
aprendizes/alunos, apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. O
facilitador/professor deve manter uma linha de trabalho ligando uma aula à outra, assim
como explorar o inusitado junto com seus alunos, os aventurando a aprender caminhos
novos e reaprender a utilizar a imaginação.
A arte em suas linguagens contribui para a construção do imaginário do individuo,
razão pela qual deverá o facilitador/professor conhecer as fases que permeiam o sistema de
ensino-aprendizagem. A combinação do conhecimento, análise e compreensão da produção
individual do aluno/aprendiz, lhe fornecendo a real significação da ação criadora das
expressões, idéias e sentimentos, podendo, assim, haver relevância, mérito e alta qualidade
na orientação pedagógica.
Para que as linguagens da arte venham se fazer presente na educação, é necessário
ligá-las ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, a imaginar, instigar e ao perceber,
possibilitando ao facilitador/discente a construção do conhecimento cognitivo, mas
principalmente do sensível.
53
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi construída tendo como foco uma abordagem qualitativa, esta
investigação desenvolveu, desta forma, pelo entendimento de ser este, o tipo mais adequado
de investigação em se tratando da natureza do estudo realizado, sendo então, aquele que
“não admite visões isoladas, parceladas, estanques”, (TRIVIÑOS, 1987, pág.137).
Bogdan e Biklen (1994) constatam que a abordagem qualitativa necessita que os
investigadores busquem desenvolver empatia com os participantes no estudo e que lancem
esforços focados para compreender pontos de vista variados. O objetivo foco não é o juízo
de valor, mas antes, o de compreender a visão dos sujeitos e determinar como e com que
critério eles o julgam.
Os sujeitos da pesquisa foram gestores/diretores e professores/facilitadores de três
centros educativos da Rede Pública Municipal de Ensino de Porto Velho – Rondônia –
Brasil. Representantes das diferentes áreas de conhecimento específicos do Ensino
Fundamental e Educação Infantil dos quais muitos possuem títulos de Pedagogia, Pós-
Graduação e outros em formação continuada em processo. A escolha dos sujeitos esteve
relacionada ao fato do pesquisador estar atuando como facilitador/professor e Instrutor de
artes no Centro Social Madre Mazzarello e ter alunos/aprendizes destes Centros educativos
como seus assistidos.
A amostra constituiu-se de 41 (quarenta e um) facilitadores/professores, dos quais
03 (três) exercem o cargo de gestor/diretor todos lotados na rede municipal de educação de
Porto Velho, Rondônia.
A seleção dos Centros educativos, locais onde a pesquisa foi realizada, obedeceu ao
critério da facilidade de acesso, visto que o pesquisador já pertenceu à equipe de
facilitador/docente de um dos Centros, tendo, portanto, uma certa proximidade com
diretores/gestores e equipes pedagógicas dos centros educativos citados.
A técnica usada para a colheita de dados foi o questionário. Os dados coletados por
intermédio do questionário foram analisados através de categorias definidas, considerando
as perspectivas teóricas referidas na fundamentação destes dados.
54
Sendo o questionário possibilitador nos quesitos de alçar subsídios de um
considerável quantitativo de indivíduos concomitantemente, em um período brevíssimo, e a
tabulação dos referidos dados podem ser realizada com forma simplificada e rápida em
relação a outros caminhos metodológicos (PATRIOTA 2007).
O trabalho de coleta de dados foi realizado nos Centros Educativos:
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental J F E;
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental C V;
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental S M.
Todas situadas na cidade Amazônica, Porto Velho, Rondônia, Brasil.
O questionário conteve, em sua maioria, um número elevado de questões objetivas
e, numa minoria, questões abertas.
O presente estudo (questionamento) desenvolveu-se em diversas fases. Depois da
revisão bibliográfica, fez se um primeiro esboço do questionário. Em dezembro de 2014,
depois de várias alterações e sugeridas aquando do processo de validação, ficou pronto a
versão definitiva do questionário.
Os dados coletados foram lançados e apresentados em 21 (vinte e um) gráficos e 02
(dois) quadros, entendendo que a preocupação não se restringiu ao “produto”, ao que
pudesse ser “quantificável”, mas, à possibilidade de aportar-se neste tipo de organização
para melhor visualização e comparação dos dados obtidos. Também buscou paralelamente
ilustrar as respostas de ambos os grupos (gestores/diretores e facilitadores/professores)
como maneira de identificar os significados atribuídos, considerando as diferentes
ponderações, desta forma, fundamentando, as considerações feitas. A análise interpretativa
dos dados ancorou-se nos aspectos enfatizados por Triviños (1987): resultados alçados no
estudo; fundamentação teórica; experiência pessoal do investigador.
Pós é apresentada a tabulação das respostas que foram alçadas por meio do
questionário aplicado, entrelaçando comentários com ilustrações do ângulo visual dos
participantes inquiridos na pesquisa, sendo estes pontos de vista considerados para análise
interpretativa, os aspectos já destacados.
Para a organização dos gráficos de 01 a 21, teve-se como referência as questões
destinadas aos facilitadores/professores.
55
3.1 Análises dos Dados
Os resultados obtidos com os inquéritos na pesquisa foram apresentados de acordo
com os dados recolhidos, tendo em conta os objetivos do estudo e foram distribuídos da
seguinte maneira:
3.1.1 Caracterização dos Centros Educativos
Comecemos por analisar o Questionário com a Caracterização dos Centros
Educativos.
A Tabela I tem como objetivo tornar mais fácil a leitura dos gráficos seguintes.
Tabela I - Caracterização dos Centros Educativos
Caracterização dos Centros Educativos
Centro
Educativo
Nº de
alunos
Nº de
turmas
Nº
de
salas
de
aula
Nº de
professores
Horários de
funcionamento
Localização
(rural,
Urbana)
Distância
à sede da
secretaria
EMEIEF
J. F E
200 08 04 08 Manhã e Tarde Urbana 12 Km
EMEIEF
C V
280 12 06 12 Manhã e Tarde Urbana 8Km
EMEF S M 542 20 12 21 Manhã, Tarde e
Noite
Urbana 10Km
Fonte: Secretaria dos Centros Educativos inqueridos, 2015.
Como já podemos visualizar na análise da constituição da população, existem nos
Centros Educativos 03 unidades educacionais do ensino básico, tendo respondido ao
questionário 03 gestores/diretores, um por centro educativo, correspondendo a (100%),
distribuídas por 03 freguesias.
56
No questionário estão representados centros educativos e sua clientela, (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Educação de jovens e adultos - EJA) o centro educativo que
apresenta maior número de clientela é a unidade educacional EMEF S M com um total de
542 alunos/aprendizes, seguida de EMEIEF C V com 280. A primeira clientela apresenta
um povoamento muito disperso, composto por uma maior estrutura física, enquanto
EMEIEF C V é caracterizada por uma menor dimensão estrutural física e a EMEIEF J F E
tem sua clientela reduzida ainda mais pelo mesmo motivo tendo apenas um quantitativo de
200 alunos da educação infantil, os centros educativos estão localizados na zona leste e
concentrados na região urbana de Porto Velho, todas nas próximas da sede da Secretaria
Municipal de Educação, pois a mais distante EMEIEF J F E esta a 12 Km de distância.
Como pode- se verificar pela observação, existe um número elevado de alunos/
aprendizes nas unidades educativas. Se a atual legislação fosse cumprida, todos os três
centros educativos deveria passar por alterações em suas estruturas no quesito ampliação.
Gráfico1 - Número de Alunos/aprendizes por Centro Educativo
0
100
200
300
400
500
600
Escola J F E Escola C V Escola S M
Número de Alunos/aprendizes por Centro Educativo
alunos
Fonte: Secretaria dos Centros Educativos inqueridos, 2015.
57
O Grafico 2 é referente ao Funcionamento dos Centros Educativos, fica claro que
dos tres centros educativos apenas um (01) funciona nos três periodos e outras dois nos
horários: manhã e tarde. Ficando o quadro distribuido da seguinte forma: manhã 03 (27%)
– tarde 03 (27%) - noite 01 (9%) – manhã/tarde 03 (27%) - manhã/tarde/noite 01 (9%)
Gráfico 2 – Funcionamento dos Centros Educativos
3; 28%
3; 27%1; 9%
3; 27%
1; 9%
Funcionamento dos Centros Educativos
Manhã
Tarde
Noite
Manhã/Tarde
Manhã/Tarde/Noite
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Grafico 3, situa os Centros Educativos que são evidenciados na pesquisa com o
seguinte parâmetro o de característica urbana, Pois todas as três estão situadas na zona
urbana de Porto Velho, RO.
Gráfico 3 - Característica (Região)
Característica (Região)
Urbana
Fonte: Elaborado pelo autor.
58
Conforme a figura Grafico 4 - referente a inquisição de número1.3 do questionário
01 – Distância da Escola à Sede da Secretaria Municipal de Educação em Km. Das três
unidades escolares a mais distante é o Centro Educativo Jornalista Fernando Escariz com
12 Km. de distancia da Sede Municipal de Educação – SEMED, Em seguida tem-se o
Centro Educativo São Miguel com 10 Km. e depois a unidade mais próxima é o Centro
Educativo Chapeuzinho Vermelho com 08Km. Ficando evidente que os gestores destes
centros educativos não tem contato constante e direto com a sede a Sede Municipal de
Educação – SEMED.
Grafico 4 Distância da Escola à Sede da Secretaria Municipal de Educação em Km.
02468
101214
EMEF C V EMEF S M EMEIEF J F E
Distância: Escola à Sede da Secretaria Municipal de Educação
Distância: Escola à Sede da
Secretaria Municipal de
Educação
Fonte: Elaborado pelo autor.
3.1.2 Dados Profissionais
Gráfico 5 - Habilidades académicas refenciando a formação acadêmica do
facilitador/professor e que ficou preenchida pelos entrevistados da forma descrita abaixo:
18 facilitadores com Formação Pedagogia para a séries iniciais (60%), –
Bacharelado - 11 com Licenciatura contemplando (37%) e apenas 01 com
Bacharelado/Licenciatura (03%). Neste quesito percebe-se que todos os envolvidos no
fazer didático tem nivel superior.
59
Gráfico 5 - Habilidades Acadêmica
60%
0%
37%
3%Habilidades Acadêmica
Formação Pedagogia para a
séries iniciais
Bacharelado
Licenciatura
Licenciatura / Bacharelado
Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico 6, Outro tipo de formação mostra que uma boa parte dos profissionais do
ensino-aprendizado tem Especialização Lato Sensu em alguma area so campo didático,
porém nenhum dos inquiridos contemplam doutoramento.
Gráfico 6 - Outro tipo de formação
28%
5%
61%
6%
0%
Outro tipo de formação:
Licenciatura em
Bacharelado em
Especialização
Mestrado em
Doutorado em
Fonte: Elaborado pelo autor.
60
Gráfico 7 - Tempo de serviço (em anos completos até 27 de fevereiro de 2015),
neste quesito ficou o questionamento aberto, no qual a resposta foi lançada pelo
profissional da educação e que evidência um professorado que atua na educação desde
muitos anos atrás, ainda quando o tradicional ensino era predominante. No quadro acima
vemos que 11 dos questionados (30%) tem 15 anos de atuação na area educacional, que 07
(19%) já desenvolve atividades de docente a 10 anos, 08 trabalham com ensino-
aprendizagem há 05 anos e somente 04 facilitadores/professores atuam com o fazer
educacional a 02 anos. Portanto neste questionamento pode se verificar que a maioria dos
inquiridos já atuam há longo periodo no campo de ensino- aprendizagem.
Gráfico 7 - Tempo de serviço
11%
21%
19%
30%
19%
Tempo de serviço
2 anos
5 anos
10 anos
Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico 8 – Situação Profissional, Mostrou que os 37 colaboradores (100%) tem
vinculo estatutário com o serviço público, sendo que desse total, 12 (24%) tem dois
vínculos um na rede estadual e outro na rede municipal.
61
Gráfico 8 – Situação Profissional
0%
24%
76%
0%
Situação Profissional
Professor(a) do
quadro Federal
Professor(a) do
quadro Estadual
Professor(a) do
quadro Municipal
Professor(a)
Contratado
Fonte: Elaborado pelo autor.
3.1.3 Conhecimentos na área das TIC
O Gráfico 9, abaixo nos remete a realidade do ensino-aprendizagem, pois nesta
amostragem, somente um (01) professor relata ter real conhecimento em Tecnologia de
Informação e Comunicação (TIC), o que evidência que na contemporaneidade a maioria
das pessoas utilizam tais ferramentas sem o devido aprendizado.
Gráfico 9 – Especialização em Tecnologia de Informação e Comunicação
0%
50%
100%
Especialização em Tecnologia de Informação e Comunicação
S/ esp. Em TIC
C/ esp. Em TIC
Fonte: Elaborado pelo autor.
62
A Tabela 2 mostra o grau de capacidade dos questionados como utilizador e visa
uma melhor classificação dos conhecimentos em Tecnologia de Informação e Comunicação
– TIC.
Nesta Tabela 2 nota-se como está o nivel de conhecimento do professorado
questionado.
Tabela 2 - Grau de capacidade como utilizador em Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC
TIC Nenhum
conhecimento
Pouco
conhecimento
Conhecimento
suficiente
Muito
conhecimento
Conhecimento
perfeito
Computador
6 15 18 2 0
Video
(uso de câmera
de vídeo)
32 5 2 0 0
Video
(uso de DVD)
0 4 0 37 0
DataShow
19 0 0 8 6
Quadro
Digital
41
Internet
0 2 36 1 0
Fonte: Elaborado pelo autor.
Conforme Gráfico 10, a maioria dos conhecimento adquiridos foi durante a sua
formação acadêmica inicial (Licenciatura, Bacharelado) (64%) dos entrevistados. 18%
dissertarão que foi em cursos de Pós-graduação. 12% em ações de aprendizado continuo e
63
somente 6% refere que se capacitaram através da promoção do centro de formação de
professores da rede.
Gráfico 10 – Conhecimentos obtidos
Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico 11 traz a freqüência de uso de TIC, Computador, Video (uso de câmera de
vídeo), Video (uso de DVD), Quadro Digital, DataShow, Internet e Smartphone são
utilizados raramente pelos professores, sendo uma minoría que afirma utilizar as TIC como
TACA em seu cotidiano didatico, o quadro abaixo revela que a maioria dos professores
atuam nos moldes em que aprenderam no passado.
Gráfico 11 - Freqüência de uso das TIC na sala-de-aula
73%5%
10%5% 7%
Freqüência de uso das TIC na sala-de-aula
Nunca
Raramente (uma vez por
bimestre, periodo letivo)
Às vezes (algumas vezes por mês)
Frequentemente (várias vezes por
mês)
Sempre (todos os dias)
Fonte: Elaborado pelo autor.
64
Conforme mostrado no Gráfico 12, em relação aos aparelhos presentes nos centros
educativos e à disposição para o uso em seu trabalho, a maioria (22), apontou a televisão o
que pode ser justificado pela presença destes aparelhos em todas as salas de aula, seguida
pelo DVD (14), que também estão presentes em grande número nos Centros Educativos. O
computador/tablet, (12), também teve uma representatividade significativa, e o Datashow
também foi mencionado (5) como ferramenta tecnológica na facilitação.
Gráfico 12 - Aparelhos tecnológicos presentes nos Centros Educativos
Fonte: Elaborado pelo autor.
Conforme mostrado gráfico 13, o aparelho tecnológico mais usado pelo grupo é o
computador/tablet, que foi indicado por (16), visto que a grande maioria do grupo disse
possuir computador, mesmo que nem todos usem esse recurso em sala de aula. Em seguida,
veio o Datashow com (8) que também é bem conhecido do grupo e de fácil acesso. (8) dos
entrevistados afirmaram usar DVD, filmadora, aparelho de som, máquina fotográfica em
65
momentos específicos de seu trabalho e somente (4) disseram usar televisão, fato que
mostra uma grande mudança em relação a anos anteriores, em que os centros educativos só
dispunham de televisão e DVD. Alguns (3) disseram ainda usar smartphone, telas
interativas, sistema de som interligado a tela de computador e internet, régua para cálculo e
jogos. Somente uma pequena parcela do grupo (1) afirmou não usar nenhum dos tipos de
tecnologia apontados em seu trabalho.
Gráfico 13- Ferramentas tecnológicas mais usadas
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Gráfico 14 mostra que a maioria dos inquiridos (16) percebe que as TIC como
TACA melhora a qualidade de sua didática, pois é possível trazer para o ambiente de aula
os grandes artistas e suas famosas obras de arte, por exemplo. (12) sentem que os alunos se
mostram mais interessados pelas aulas quando usa as tecnologias da informação e
comunicação- TIC, pois conseguem sair da situação de completa abstração para algo mais
real e (13) acreditam que as TIC facilitam a execução do seu trabalho, pois pode-se
66
preparar toda a aula com antecedência e pode-se usar a maior parte do tempo para
discussões sobre o assunto e mesmo para avaliações do que foi aprendido. E ainda há uma
boa parcela do grupo que (7) disseram que usam a tecnologia porque gostam das inovações.
Uma pequena parcela do grupo (1) disse usar as TIC em projetos pedagógicos para tentar
melhorar a forma de ensino-aprendizagem.
Gráfico 14 - Motivos de uso das TICs como TACA pelos Gestores e Professores
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Motivos de uso das TICs como TACA pelos Gestores e
Professores
TIC como TACA melhoram a qualidade de sua didática
Alunos se mostram mais interessados
As TIC facilitam a execução do seu trabalho
Porque gosta das inovações
Melhorar a forma de ensino-aprendizagem.
outros
Fonte: Elaborado pelo autor.
Quanto ao não uso das TIC, conforme mostrado no Gráfico 15, os que afirmaram
não usá-las (5), responderam não usá-las por não saber como fazer isso e outra parte (8) por
não haver aparelhos disponíveis para todos, mesmo com o centro educativo tendo
laboratório de informática. Apenas uma pequena parcela (2) afirmou não ter tempo de
preparar material para usar as TIC e acha que seu uso seria perda de tempo.
67
Gráfico 15 - Motivos do não uso das TICs como TACA.
Fonte: Elaborado pelo autor.
No Gráfico 16 observa-se que a maioria dos entrevistados (18) julgou que seu
trabalho fica mais rico em informações com o uso das TIC por poder pesquisar em
diferentes ambientes e trazer uma maior quantidade de informações sobre o assunto
estudado e (12) disseram que as tecnologias deixam seu trabalho mais dinâmico, não
usando tanto tempo da aula para escrever no quadro. Obter maior retorno em aprendizagem
por parte dos estudantes, foi considerada a mais importante vantagem por (9) do grupo pois
a visualização de certas estruturas antes só imaginadas, melhora a qualidade da
aprendizagem e (8) achou que seu trabalho fica mais organizado com o uso das tecnologias,
com aulas que podem ser preparadas com antecedência. Houve apenas uma citação (1)
68
dizendo que considera todos os itens vantajosos para o trabalho, trazendo dinamismo,
organização, mais riqueza em informações e maior retorno em aprendizagem pelos
estudantes.
Gráfico 16 - Vantagens do uso do computador no fazer didático
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Gráfico 17 evidencia que o grande gasto de tempo para o planejamento das aulas
e trabalhos em geral e foi considerado pela maior parte dos questionados (12) como a
principal desvantagem no uso das TIC como TACA, pois grande parte dos
facilitadores/professores trabalham (40 horas) semanais (manhã e tarde) e outros que atuam
somente um período (20 horas) na Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho,
possuem outros fazeres em outra empresa e somado a isso, tem-se ainda os seus fazeres
pessoais, o que torna o tempo mais reduzido e dificulta o desenvolvimento do trabalho com
as TIC como TACA. Uma parte do grupo (7) alega que com o uso das tecnologias os
alunos ficam mais dispersos, não se atentando ao conteúdo que é lecionado. E (5) alguns
dos entrevistados consideraram que o trabalho não apresenta um bom rendimento pelo fato
69
de não possuir domínio das ferramentas tecnológicas, e que acabariam perdendo muito
tempo ao tentar usar em seus trabalhos uma ferramenta que não dominam. Uma pequena
parcela (2) alegou ter dificuldade em avaliar a aprendizagem do aluno/aprendiz durante o
trabalho e a mesma quantidade (2) de pessoas disse não considerar nenhum tipo de
desvantagem no uso das tecnologias e também houve quem apontou a dificuldade do aluno
em acompanhar a estrutura do plano de aula como a maior desvantagem.
Gráfico 17 - Desvantagens no uso do computador no trabalho
Fonte: Elaborado pelo autor.
Conforme Gráfico 18, para que o professorado sinta-se incentivado a usar as TIC
como TACA, foi apontado como mais importante pela maioria (21) a necessidade de um
curso de formação específico para o preparo de aulas e afins, principalmente se for uma
formação continuada, atenta às novidades tecnológicas. A necessidade de um curso de
formação mais básico, para aprender a usar o computador e deixá-los mais acessíveis, foi
apontada por uma parte dos entrevistados (12) que disseram não saber usar o computador
ou não se sentirem seguros para usá-los como ferramentas didáticas em suas aulas. Uma
70
parte do grupo (9) julgou que falta um maior apoio do centro educativo na organização do
espaço e do material a ser usado em aula, visto que o tempo do facilitador/professor é
escasso e em algumas situações o facilitador/professor necessita chegar no centro educativo
bem antes do início de sua aula para organizar o material a ser utilizado, pois há a falta de
pessoal de apoio que organize a parte técnica e também há a dificuldade do espaço que não
adequado, quase sempre é adaptado. E outros (3) disseram ser necessário um maior número
de máquinas para atender a todos.
Gráfico 18 - O que é necessário para o incentivar o uso do computador
0
5
10
15
20
25
O que é necessário para o incentivar o uso do computador
Deixar computadores mais acessíveis ao uso
Maior apoio da escola na organização do espaço e do material usado em aula
Curso de formação continuada, específico para o preparo de aulas
Curso de formação para aprender a usar o computador
outros
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Gráfico 19 aponta que a relação entre os aprendizes/alunos e os
facilitadores/professores pode apresentar várias nuances e elas podem ter uma influência
importante no processo de ensino-aprendizagem. Alguns dos entrevistados (19) apontaram
a identificação como a reação que é despertada nos estudantes quando estes os vêem
utilizando as TIC em seu fazer didatico, já que a maioria destes estudantes também já faz
uso destas TICs. Outros integrantes do grupo de entrevistados (14) acham que os
alunos/aprendizes sentem admiração, pois acham que os professores/facilitadores e
71
gestores/diretores são inovadores em seu trabalho, e que esses buscam se atualizar, trazer
inovações para seus trabalhos e outra parte (6) julga que os aprendizes agem de forma
indiferente quando vêem os facilitadores usando as tecnologias, que para eles não faz
diferença as aulas tradicionais ou inovadoras, com o uso das TIC como TACA.
Gráfico 19 - Reação dos estudantes ao ver o educador usando as TIC em seu trabalho
02468
101214161820
Reação dos estudantes ao ver o educador usando as TIC em seu
trabalho
Identificação
Rejeição
Admiração
Indiferença
outros
Fonte: Elaborado pelo autor.
Quanto à reação dos aprendizes/alunos com o uso das TIC como TACA em sala-de-
aula, conforme evidenciado no Gráfico 20, alguns (17) dos questionados disseram
afirmaram que os alunos/aprendizes aprendem com maior facilidade o que é
facilitado/ensinado e essa melhora de resultado se deve a aulas com maior acesso a
informações, que contem uma maior riqueza de detalhes dos assuntos facilitados/ensinados.
Outros afirmaram (16) que os estudantes ficam mais entusiasmados “motivados” para a
aprendizagem, pois com o uso das TIC como TACA as aulas ficam diferenciadas, rompem
do modelo tradicional. Em contrapartida, parte do grupo (5) acha que eles ficam
72
indiferentes, não esboçam nenhuma reação frente às aulas com o uso das TIC como TACA
e (3) uma parcela menor do grupo alegam que eles ficam mais dispersos durante as aulas,
se distraem com mais facilidade, o que dificulta o processo ensino-aprendizagem.
Gráfico 20 - Reação dos alunos com o uso das TIC como TACA em sala-de-aula
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Reação dos alunos com o uso das TIC como TACA em
sala-de-aula
Aprendem com maior facilidade
Ficam mais motivados
Ficam indiferentes
Ficam mais dispersos
outros
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como evidenciado no Gráfico 21, a promoção do conhecimento com o uso das TIC
como instrumento “TACA” foi o item mais apontado pelo grupo (27), pois, com o uso das
tecnologias abre-se um amplo leque de conhecimento em um só espaço, transformando o
cenário anterior, em que isso só era possível com uma grande diversidade de livros e
documentos ao alcance das mãos. Depois, a ideia de inclusão do aluno/aprendiz foi lançada
por outra parte do grupo (13), pois o acesso ao mundo das tecnologias é algo presente na
vida de grande parte da população e os estudantes sentem-se fazendo parte desta maioria
quando podem acessar as tecnologias. Além disso, outros (8) consideraram que a
socialização é o resultado do uso das TIC, pois inserem estes aprendizes no grupo social a
73
que pertencem e outra parte dos entrevistados (5) acha que a característica das TIC é ser
usada como instrumento de formação de cidadãos, pois através das tecnologias pode-se ter
acesso a um maior universo de informações, podendo facilitar o exercício de seus direitos e
deveres e sua inserção na sociedade em que vive e apenas uma pequena parcela (1) disse
que a caracterização do uso das TIC depende da atividade a ser realizada.
Gráfico 21 - Características despertadas nos alunos pelo uso das TIC
0
5
10
15
20
25
30
Características despertadas nos alunos pelo uso
das TIC
Promoção do conhecimento
Formação de cidadão atuantes
Socialização
Inclusão
atividade a ser realizada
Fonte: Elaborado pelo autor.
Frente ao panorama acima lançado e explicitado e também da necessidade de
atender aos objetivos deste trabalho/pesquisa, por meio da qual pretendeu-se analisar as
TICs como TACA como mecanismo facilitador no processo de Ensino-aprendizagem
significativo colaborativo na formação de facilitadores/professores contemporâneos do
ensino básico brasileiro, amparando-se a fundamentação teórica na literatura para alicerçar
a contextualização e responder ao problema de pesquisa.
74
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Logo após a análise dos dados coletados nos Centros Educacionais, acerca do uso
das tecnologias e o resultado deste uso, ficou claro que apesar de as tecnologias já estarem
bem difundidas como aliadas ao trabalho dos atores escolares, ainda há muito que se fazer
para que se chegue a um resultado ideal.
A escolha dos profissionais ainda teve-se como foco principal a televisão que é de
mais fácil acesso e manuseio, já que está presente em quase todas as salas dos centros
educativos e os computadores/ tablets, apesar de alguns facilitadores/professores alegarem
que não fazem uso destas tecnologias por não saberem como trabalhar nessas tecnologias.
Mas a maioria concordou que o uso das tecnologias melhora a qualidade de seu trabalho,
facilitando a execução de seu fazer didatico e ainda porque prendem e despertam mais a
atenção dos aprendizes/alunos durante as aulas, seu uso também gera um trabalho mais
harmônico, rico em informações, pois pode trazer para a sala de aula, os grandes artistas de
épocas diversas, museus e seus acervos, e tantas outras possibilidades e assim, obter um
maior retorno em aprendizagem pelos alunos/aprendizes. E evidentemente, de se ter um
trabalho mais dinâmico, ágil, mais focado e organizado, com melhor utilização do tempo e
do espaço.
Apesar de um dos centros educativos ser possuidor de um laboratório de informática
e televisão em quase todas as salas-de-aula, os questionados alegaram que ainda não há
equipamentos disponíveis a todos, para justificarem o porquê de não usarem as TIC como
TACA. Vinculado a isso, falta, na visão dos facilitadores/profissionais, um bom sinal de
conecção “internet”, com mais velocidade e que não caia o sinal constantemente,
computadores e periféricos mais modernos e que passem constantemente por processos de
manutenção, pois algumas tecnologias apresentam problemas em seu funcionamento e
ficam subutilizadas ou sem possibilidades de uso. Alegam ainda que as instalações
deveriam ser mais adequadas ao fazer pedagógico, pois relatam que as unidades não
possuem ateliê para o bom desenvolvimento do trabalho e que se tenha profissionais com
pleno domínio na área das TIC como TACA para facilitar o ensino-aprendizado,
especificamente no laboratório e preparar as aulas com antecedência e atender aos
75
aprendizes/alunos em suas dúvidas. Os entrevistados sentem também a falta de softwares
educativos para enriquecer seus fazeres e tornar as aulas mais lúdicas, interativas,
interessantes.
Mas, também tem aqueles que afirmaram não saber usar as TIC, até porque teve um
grupo de professores/facilitadores que afirmaram não gostar de tecnologias e são adeptos
das aulas nos moldes tradicionais, por se sentirem mais seguros com o tradicional, alegando
que por falta de domínio das TIC como TACA, perderia muito tempo para usá-las em suas
didáticas.
O grupo dos que consideraram que as TIC como TACA não é vantajosa é menor do
que aqueles que acreditaram e afirmaram que elas inserem vantagens aos seus fazeres
didáticos. Os motivos para uns e para outros podem ter uma enorme importância nos
resultados dos trabalhos com o processo do ensino-aprendizagem.
Alguns alegaram que não possuem tempo disponível para o preparo das aulas com o
uso das TIC como TACA, pois o trabalho requer tempo para que as aulas sejam elaboradas,
planejadas e mais tempo para que sejam ministradas se não houver um domínio completo
das TIC como TACA.
Além do fator tempo, julgaram que os alunos/aprendizes ficam mais dispersos com
a atenção voltada para a apresentação das imagens e sons que com o conteúdo em si. E
ainda há a dificuldade de alguns em avaliar a aprendizagem do estudante com uma
ferramenta diferente.
Apesar de a maioria dos entrevistados alegarem que usam as tecnologias em seu
trabalho, confessaram que se houvessem algumas melhorias no laboratório, poderiam se
sentir mais estimulados a usarem-no. Caso fossem preparados através de um curso de
formação contínua, que os habilitassem a preparar as aulas e que os possibilitassem a ter os
conhecimentos mais básicos que alguns dizem ainda não possuir. Isso os tornaria mais
seguros no uso das tecnologias e além do curso, um maior número de computadores com
fácil acesso ao uso.
A relação entre os facilitadores/professores e os aprendizes/estudantes reflete na
forma como o conteúdo é transmitido, pois com uma boa relação entre ambos os lados, há
um maior compartilhamento e cooperação no andamento dos trabalhos, na atenção dada ao
76
que é facilitado. E a forma como o professor/facilitador é visualizado pelo aprendiz/aluno é
considerada de identificação, admiração se este usa as TIC como TACA em suas
atividades, pois as tecnologias estão amplamente difundidas em todos os meios, idades e
camadas da sociedade e isso torna os dois grupos como pertencentes de uma mesma
“tribo”, de um mesmo grupo de usuários de tecnologias.
Mas há algumas das pessoas entrevistadas que acharam que os alunos ficam
indiferentes em relação ao uso ou não das tecnologias, que os estudantes estão mais
interessados no conteúdo que é passado, que na forma usada para se fazer isso. Sob o ponto
de vista do grupo inquirido, as TIC, através do acesso às mais diversas informações,
constituem uma importante forma para a promoção do conhecimento, pois abrem um
grande universo de possibilidades, com sons, imagens e filmes que podem ampliar a
aprendizagem dos estudantes. Além de aumentar os conhecimentos, as TIC também podem
ser usadas como forma de inclusão e socialização, já que praticamente todas as pessoas têm
acesso a algum tipo de tecnologia, usam-nas para ter contato com seus pares, que troquem
informações, mesmo que estes estejam distantes fisicamente.
Pode-se citar também que as tecnologias possibilitam ao usuário o acesso às
legislações que trazem seus direitos e deveres perante a sociedade, atuando na formação do
estudante como cidadão.
77
5 CONCLUSÕES
Na atual conjectura, o mundo encontra-se numa extensa rede de comunicação em
que as TICs têm papel fundamental. Esse formato de comunicação redesenhou as relações
no campo pessoal e social.
Com essa nova configuração, os indivíduos passaram a ter maior interação, gerando,
assim, uma sociedade com características específicas, denominada por alguns autores como
a “Sociedade do Conhecimento”.
Dessa forma, o conhecimento passou a ser um ativo de imensurável valor,
provocando, na sociedade, uma necessidade generalizada de busca de formação.
A educação tornou-se, então, o meio pelo qual o indivíduo tem a possibilidade de
acessar grande parte desses conhecimentos agora exigidos e, assim, participar ativamente
do avanço social e econômico brasileiro.
Neste trabalho/pesquisa, pode-se observar que, nas escolas investigadas, não
ocorreu a inclusão das TICs como recurso didático no ensino entendendo que não é
somente equipar os centros educativos com computadores, é também preciso proporcionar
a capacitação continuada dos professores para que possam fazer uso da TACA para
desenvolver trabalhos com as mídias digitais e TIC, com foco interdisciplinares.
Esta pesquisa realizada com gestores/diretores e facilitadores/professores
determinou que para o uso efetivo das tecnologias nos centros educativos é necessário uma
sólida formação técnica e pedagógica dos facilitadores/professores bem como seu
empenho, pois não é a tecnologia em si mesma a questão determinante, mas sim, a forma
de enfrentar essa mesma tecnologia, sobretudo usando-a, como estratégia cognitiva de
aprendizagem.
Por meio das atividades desenvolvidas foi possível uma tomada de consciência da
importância de incorporar as TICs à prática pedagógica e ao contexto da sala de aula, bem
como da necessidade de envolver o gestor nessas atividades. E para incorporar as TICs na
escola se faz necessário vencer desafios articulando saberes fomentando novos conceito
que inter-relacionam com integração dessas novas tecnologias.
78
Nesta pesquisa conclui-se que o uso das TICs como TACA contribui de forma
positiva para a construção e reconstrução do conhecimento, sendo assim alcançado o
objetivo geral, definindo as TIC como TACA como facilitadora no processo de Ensino-
aprendizagem significativo colaborativo para formação e capacitação de
facilitadores/professores contemporâneos, considerando que a ignorância tecnológica dos
indivíduos desdenham seus interesses pelo uso de aparatos tecnológicos de acesso às
informações em seus fazeres didáticos.
A análise do contexto pedagógico questionados aponta que ocorre muitas mudanças
em nossa sociedade, conhecida hoje como Sociedade do Conhecimento Tecnológico,
sociedade que: crianças, adolescentes, jovens e adultos são bombardeados por informações
todos os dias, pelos mais diferentes meios de comunicação: na TV, nas rádios, nas revistas
eletrônicas e nos jornets (jornais eletrônicos) em suas residencias. Concluir-se que esses
dados tornam-se obsoletos e se perdem com uma velocidade cada vez rápida pelo avanço
das novas linguagens tecnológicas. A necessidade da formação continuada como auxílio ao
professor se faz obrigatória na seleção, avaliação, na junção de processo e projetos para que
se viabilizem em conhecimentos válidos, com relevancia no crescimento do ser humano.
Conclui-se também que, crianças, jovens adolescentes e adultos vêm modificando o
seu comportamento nesse novo contexto tecnológico. A sociedade também procura romper
por meio de ensino-aprendizagem das TIC como TACA, auxiliada pelos
facilitadores/professores, novas formas de pensar, planejar e estruturar a aquisição de
conhecimentos para a formação de indivíduos mais preparados para atuar na sociedade que
se transforma constantemente, considerando que o ser humano vem quebrando posturas
tradicionais e paradigmas no decorrer de sua existência estimulando mudanças necessárias
para o professor mediador.
Reconhece-se que os caminhos para a formação do professor como
mediador/articulador de práticas pedagógicas diferenciadas com uso de TIC como TACA
começaram a ser abertos.
O termino deste trabalho representa, um recomeço, pois ao retomar todas as
anotações e reflexões realizadas foi possível visualiza-lo de uma maneira diferente,
percebendo muito que ainda há a ser estudado e transformado na própria prática didática.
79
Este trabalho é uma pequena contribuição ao estudo do uso das TIC como TACA.
Ainda há muito, o que se pesquisar sobre tal assunto, o que irá contribuir para melhorar
cada vez mais o uso “das TIC como TACA na formação de professores e aprimoramento
do processo de Ensino-Aprendizagem”. (Grifo nosso)
Segundo, expõe Sartori, (2011) “vivemos em era de rápidas desconstruções de
padrões e paradigmas”, a contemporaneidade foi de “imensa transformações e um novo
design apresenta-se a todos os componentes sociais muito rapidamente. Recentemente, o
mundo passou a viver uma inflexão entre a linearidade da era industrial e a complexidade
da era do conhecimento” (SARTORI, 2011).
Se faz necessário que o Ministério de Educação Brasileiro, também reveja suas
normativas no que tange a EaD, e desconstruía os padrões e paradigmas que estão
estabelicidos em sua legislação, passando a reconhecer e validar automaticamente os
Diplomas Estrangeiros adquiridos por meio da EaD. “a aprendizagem adquirida por
professores/facilitadores em Instituições de Ensino Superior no exterior por meios das TICs
como TACA para a formação de professores e aprimoramento do processo de Ensino-
Aprendizagem brasileiro”.
Atualmente há uma gama de diversidade em equipamentos de TIC para que haja a
formação inicial e continuada de alta qualidade por meio da EaD, equipamentos esses que
podem ser utilizados tanto no sistema presencial “sala-de-aula física”, como também
disponibilizados no sistema de ensino-aprendizagem virtual “on line” e as barreiras
existentes devem ser derrubadas para que haja de fato o desenvolvimento de todas as áreas
de conhecimento, uma vez que todos perpassam pela área educacional.
As tecnologias trazem muitos benefícios para o trabalho, para o lazer e para a vida
em geral, mas há também o outro lado, do exagero no uso, do uso inadequado das
tecnologias, mas a orientação e o bom senso é que devem ser os pontos fortes nesse
momento de transformação e transição de modelos de ensino-aprendizagem, na qual esta
ocorrendo a quebra de paradigmas dos fazeres facitativos de maneira globalizada.
O professor contemporâneo já não tem uma visão centrada na transferência do seu
conhecimento, o professor atual é um mediador, um guia e ele aprende ao facilitar.
80
5.1 Sugestões para estudos posteriores
Ao finalizar um trabalho de investigação é comum indicar pistas para futuros
estudos.
Uma das situações passíveis de investigação seria conhecer até que ponto a
participação dos facilitadores/professores em ações de formação contínua de alta qualidade
teria implicações ao nível das atitudes e da utilização das TIC como TACA.
A maioria mantém-se e manterse-á em funções coletivas no ensino-aprendizagem,
pelo que este estudo é possível.
Também poderia buscar um maior aprofundamento no que refere-se a re-
reestruturação dos ambientes educativos de base para que estes viessem conter os
ambientes adequados a facilitação/mediação mediante as TIC como TACA, sendo esta de
grande relevancia para a formação significativa, colaborativa e compartilhada de maneira
interdisciplinar.
A crescente pressão da sociedade que se manifesta sobre a escola também na
utilização das TIC como TACA é uma possível área de investigação. Realizar este estudo
no futuro e verificar possíveis mudanças de percepções e atitudes relativamente à utilização
das TIC comparando-as com o presente estudo a figurase como uma hipótese viável de
investigação.
Uma investigação possível seria estudar o impacto da crescente melhoria da
quantidade e qualidade de equipamento e analisar até que ponto esta melhoria das
condições de equipamento se traduzem num aumento de utilização das TIC como TACA,
uma vez que grande parte dos professores atuantes no sistema educativo não estão
preparados e qualificados para desenvolverem a sua didática mediante as TIC.
81
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85
ANEXOS
APÊNDICES
86
Anexo 01 – Compromisso de Autor
87
Anexo 02 – Termo de Autorização – Aplicação de questionário
88
Anexo 03 – Autorização Voluntária
Porto Velho, Rondônia, Brasil, 01/04/2015
[Autorização voluntária]
A Direção Acadêmica
Venho por meio desta, autorizar a publicação eletrônica da versão aprovada de meu
Trabalho Final de Mestrado com título: __ As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
como Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) na formação de professores e
aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.
Subsídios para elaboração das TIC como TACA, como ferramenta facilitadora no processo
de Ensino-aprendizagem significativo colaborativo para formação de facilitadores/professores, no
Campus Virtual e em outras mídias de divulgação eletrônica desta Instituição.
Informo abaixo os dados para descrição do trabalho:
Título: As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como Tecnologia da
Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) na formação de professores e
aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.
Autor: Delcimar Fragoso Pimenta
Resumo: Este trabalho estudo, é constituído como um estudo teórico que ancorou-se na
pesquisa-ação, e focando em seu tema: “as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) como Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte
(TACA) como facilitador no processo de Ensino-aprendizagem”, no ambiente
escolar, visando a relação e à representação comunicaçional de idéias. O
trabalho/pesquisa foi realizado nas Escolas Municipais de Educação Infantil e
Ensino Fundamental Jornalista Fernando Escariz, Chapeuzinho Vermelho e São
Miguel, situadas na cidade de Porto Velho, Rondônia, Brasil.
O objetivo principal desta pesquisa, é obter subsídios para contribuir com o
processo de Ensino-aprendizagem significativo colaborativo na formação de
facilitadores/professores contemporâneos do ensino básico brasileiro tendo as TIC
como TACA.
Programa: Mestrado em Educação
Palavras-
chave
Formação de Professores; Tecnologias da Informação e Comunicação; Tecnologia
da Aprendizagem, Conhecimento e Arte; arte; Prática Pedagógica.
Contato: artesdelcimar@gmail.com
Atenciosamente,
89
Anexo 04 – Questionário
Questionário – “As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como
Tecnologia da Aprendizagem, Conhecimento e Arte (TACA) na formação de
professores e aprimoramento do processo de Ensino-Aprendizagem”
Destinado aos Gestores/Diretores de Centros Educativos e Facilitadores/professores
Este questionário visa recolher alguns dados sobre equipamentos, localização,
conectividade, software e organização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na
Escola: Computador, Televisor, Video, DataShow e MicroSystem.
Por favor, assinale com um X ou preencha os espaços que corresponde à sua situação.
Nota: Nas questões que se seguem o Termo Tecnologia de Informação e Comunicação
(TIC) refere-se á utilização na escola de tecnologias no domínio do Computador, Televisor,
Video, DataShow e MicroSystem.
1 – Caracterização da Escola (Centro Educativo)
Indentificação da Escola. Escola de ______________________________________
Clientela:__________________________________________________________
1.1– Nº de alunos/aprendizes da Escola:_________ Nº de Turmas:_____________
Nº de Salas:___________________ Nº de Professores:________________
Funcionamento:
( ) Matutino
( ) Duplo
( ) Normal
( ) Noturno
1.2– Caracterize o meio em que se situa sua Escola num dos seguintes parâmetros:
( ) Campo
( ) Urbano
( ) Misto (Campo/ Urbano)
90
1.3– Distância da Escola à Sede da Secretaria Municipal de Educação:
_____________________Km.
2 - Dados Profissionais
- Habilidades académicas
( ) Formação Pedagogia para a séries iniciais
( ) Bacharelado
( ) Licenciamento
Outro tipo de formação:
( ) Licenciatura em: _______________________
( ) Bacharelado em:_______________________
( ) Especialização_________________________
( ) Mestrado em:__________________________
( ) Doutorado em:_________________________
-Tempo de serviço (em anos completos até 27 de fevereiro de 2015):_________________
– Situação Profissional:
( ) Professor(a) do quadro Federal
( ) Professor(a) do quadro Estadual
( ) Professor(a) do quadro Municipal
( ) Professor(a) Contratado
3 – Conhecimentos n área das TIC
3.1 – Possui especialização em Tecnologia de Informação e Comunicação?
( ) sim ( ) Não
Se Sim, qual?____________________________________________________________
3.2 – Como classificaria os seu conhecimentos na perspectiva de utilizador, em Tecnologia
de Informação e Comunicação, numa escala de 1 a 5 em o 1 (um) representa a ausencia de
conhecimento e 5 (cinco) representa o dominio perfeito?
91
Marque com um (X)
TIC Nenhum
conhecimento
Pouco
conhecimento
Conhecimento
suficiente
Muito
conhecimento
Conhecimento
perfeito
Computador 1 2 3 4 5
Video (uso de
câmera de
vídeo)
1 2 3 4 5
Video (uso de
DVD)
1 2 3 4 5
DataShow 1 2 3 4 5
Quadro
Digital
1 2 3 4 5
Internet 1 2 3 4 5
3.3 – Os conhecimentos que possui foram obtidos: (assinale todas as opções que
correspondem à sua situação)
( ) Durante a sua formação acadêmica inicial (Licenciatura, Bacharelado)
( ) em cursos de Pós-graduação (Latus Senso, Mestrado).
Se sim, como se designa o curso:_______________________________________;
Instituição onde foi
ministrado:___________________________________________________________
( ) Em ações de formação contínua:
( ) Promovida pela escola onde trabalha______________________________________
( )Promovida por Centro de Formação de Professores___________________________
( ) Outras Entidades_____________Quais?____________________________________
( ) Auto formação
( ) Outra (s). Qual(ais)?_________________________________________________
92
4– Utilização das TIC
4.1– Indique com um (x) a frequência com que utiliza estas Tecnologias de Informação e
Comunicação para preparação de aulas
TIC Nunca Raramente
(uma vez por
bimestre,
periodo letivo)
Às vezes
(algumas vezes
por mês)
Frequentemente
(várias vezes por
mês)
Sempre
(todos os
dias)
Computador 1 2 3 4 5
Video (uso de
câmera de
vídeo)
1 2 3 4 5
Video (uso de
DVD)
1 2 3 4 5
DataShow 1 2 3 4 5
Quadro Digital 1 2 3 4 5
Internet 1 2 3 4 5
Smartphone 1 2 3 4 5
Tablet 1 2 3 4 5
4.2 Quais dos aparelhos tecnológicos abaixo estão presentes em seu ambiente de trabalho e à sua
disposição para ser(em) usados?
A( ) Televisão B( ) DVD, filmadora, aparelho de som, máquina fotográfica.
C( ) Data show D( ) Computador/Tablet/Smartphoone
E( ) Outras. Quais?
4.3 - Quais os aparelhos tecnológicos você usa em seu trabalho no dia a dia?
A( ) Televisão B( ) DVD, filmadora, aparelho de som, máquina fotográfica.
C( ) Data show D( ) Computador/Tablets
E( ) Outras. Quais?
4.4 – Por que você usa as TIC como TACA em seu trabalho? (caso você as use).
93
A( ) Porque gosto das tecnologias.
B( ) Acho que elas melhoram a qualidade do meu trabalho.
C( ) Acho que elas facilitam a execução do meu trabalho.
D( ) Porque os alunos se interessam mais pelas aulas.
E( ) Outras. Quais?
4.5 - Por que você não usa as TIC como TACA? (caso você não as use)
A( ) Porque não sei usar.
B( ) Porque não há aparelhos disponíveis a todos.
C( ) Porque acho que não acrescenta vantagens ao meu trabalho.
D( ) Não tenho tempo de preparar material para usar as TIC, acho perda de tempo.
E( ) Outras. Quais?
4.6 – Você considera como Vantagens do uso do computador no fazer didático:
A( ) Trabalho mais dinâmico.
B( ) Trabalho mais organizado.
C( ) Trabalho mais rico em informações.
D( ) Maior retorno em aprendizagem pelos estudantes.
E( ) Outras. Quais?
_______________________________________________________________________________
4.7 – Você considera como desvantagens do uso do computador em seu trabalho:
A( ) Dificuldade de concentração dos alunos.
B( ) grande gasto de tempo para o planejamento das aulas e trabalhos em geral.
C( ) O trabalho não apresenta um bom rendimento em virtude de não domínio da ferramenta.
D( ) Dificuldade em avaliar a aprendizagem do aluno durante o trabalho.
E( ) Outras. Quais?
4.8 – O que você percebe que é necessário para incentivá-lo a usar o computador?
A( ) Um curso de formação para se aprender como usar o computador.
B( ) Um curso de formação específico para o preparo de aulas e afins.
94
C( ) Um maior apoio da escola na organização do espaço e do material para ser usado em aula,
visto que o tempo do professor é curto.
D( ) Deixar os computadores mais acessíveis ao uso.
E( ) Outros. Quais?
__________________________________________________________________________
4.9 – Como você visualiza que é a reação dos estudantes ao vê-lo usando as TICs em seu trabalho
(caso você use as TICs)?
A( ) Reação de identificação, já que a maioria deles usa muitas das TIC.
B( ) Admiração pois acham que o professor/gestor é inovador em seu trabalho.
C( ) Rejeição, pois preferem processos mais tradicionais na aprendizagem.
D( ) Indiferença.
E( ) Outros. Quais?
4.10 – Com o uso das TIC como TACA em sala de aula, você acha que os aprendizes/alunos:
A( ) Ficam mais motivados B( ) Aprendem com maior facilidade.
C( ) Ficam mais dispersos. D( ) Ficam indiferentes.
E( ) Outros. Quais?
________________________________________________________________________________
4.11 – Você acha que as TIC no centro educativo se caracterizam como instrumentos de:
A( ) Inclusão B( ) Socialização
C( ) Promoção do conhecimento. D( ) Formação de cidadãos.
E( ) Outros. Quais?
Muito obrigado!
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