A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DOS IMIGRANTES … · Navios estes, de terceira classe, sem condições de higiene, alimentação insuficiente devido ao número elevado de pessoas, má
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A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DOS IMIGRANTES POLONESES
NO MUNICÍPIO DE MALLET – PARANÁ (1900 – 1940)
Even Marila Bilinski Zwierzykowski /FAFIUV Valéria Aparecida Schena/FAFIUV
RESUMO
O estudo em tela foi realizado com base na imigração polonesa no município de Mallet/PR,
enfocando principalmente a preocupação dessa etnia com a orientação educacional dos filhos
e o envolvimento dos mesmos com a sociedade. No decorrer do presente estudo são
apresentados os fatos que resultaram na vinda dos poloneses para o Brasil, entre eles: a
colonização do atual distrito judiciário de Rio Claro do Sul, o povoamento do então município
de Mallet/PR, a organização dessa comunidade. Tem-se como base metodológica um estudo
documental no Arquivo do Colégio Nicolau Copérnico. Além destes aspectos históricos
discutiremos brevemente a cerca da rivalidade entre as duas etnias, a polonesa e a ucraniana,
que povoaram o município, pois ao mesmo tempo em que preservaram suas origens, cada
qual de sua terra natal, também criaram uma divergência entre as mesmas. Aspecto este que
teve início ainda em terras européias e que passou de geração em geração e perdura até os
dias atuais. A esse respeito contextualizaremos as ideias apresentadas pelos pesquisadores:
Mario Deina (1990), Paulo Horbatiuk (1989), entre outros. E por fim, apontamos a preocupação
da etnia polonesa com a instrução educacional dos filhos que resultou na construção do
primeiro colégio polonês de 2º grau do Brasil, o Colégio Nicolau Copérnico, este visava um
ensino de qualidade a sua clientela, sendo destacado como um dos mais bem equipados
estabelecimentos de ensino secundário do Estado do Paraná em meados de 1911.
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A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DOS IMIGRANTES POLONESES
NO MUNICÍPIO DE MALLET – PARANÁ (1900 – 1940)
Even Marila Bilinski Zwierzykowski /FAFIUV Valéria Aparecida Schena/FAFIUV
1 INTRODUÇÃO
Em meados dos séculos XIX e XX, a população polonesa passava por
grande turbulência governamental, pois a campanha que os governos faziam
era para que os mesmos se retirassem das terras. Sendo assim, muitos saíram
de seu país e vieram para o Brasil.
Neste mesmo período, o Brasil passava de certo modo, por uma
turbulência econômica, devido às políticas inglesas objetivarem o fim da
escravidão, ou seja, a mão-de-obra barata para trabalhar nas lavouras de
açúcar estava se tornando escassa, a solução foi fazer campanhas imigratórias
nos países europeus. Coincidiram-se no mesmo período situações similares
entre os países, Polônia e Brasil e isto fez com que inúmeros poloneses
oriundos mais especificamente da Galícia Ocidental e Silésia Meridional
polaca, dentro do país da Polônia, viessem para o Brasil. Com isso, a
economia do nosso país se voltou para o cultivo do café e assim muitas áreas
ainda não desbravadas foram sendo ocupadas pelos novos habitantes.
Mallet é um município do centro sul do Estado do Paraná, o qual foi
formado etnicamente por dois povos que vieram durante o período das
imigrações: polonês e ucraniano. As terras do atual município foram
desbravadas e surgiram a partir da construção da estrada de ferro que ligava
São Paulo ao Rio Grande do Sul, onde também foi instalada uma estação
ferroviária designada “Marechal Mallet”, em homenagem a um engenheiro
militar.
Para desenvolver o presente estudo, foram analisados aspectos como:
os fatores que influenciaram a vinda dos poloneses para o Brasil, o porquê da
escolha de terras paranaenses para a colonização, como chegaram e
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colonizaram terras malletenses e por fim, a preocupação dessa etnia com a
instrução escolar dos filhos e o envolvimento dos mesmos diante da sociedade.
De acordo com os objetivos propostos, recorremos as fontes escritas
com o intuito de desvelar este campo, neste sentido podemos citar: Ulisses
Iarochinski, em “Saga dos Polacos”, esta obra traz uma rica contribuição sobre
a Polônia e a imigração do povo polonês.
Para relatar a história local cabe ressaltar a obra de Mario Deina, “Rio
Claro: Esta terra tem História”, obra que descreve a colonização do então
distrito judiciário de Mallet/PR, Rio Claro do Sul, local onde se iniciou a
colonização polonesa na região.
Outra importante contribuição é a obra de Cléia Sheliga Rodrigues, que
retrata a respeito da educação de Mallet: “A Escola Estadual Nicolau
Copérnico: Um Marco na Educação de Mallet” apresenta a desenvoltura da
educação no município de Mallet, buscando renascer aspectos históricos de
muita importância para a história local.
Com base nestes pesquisadores enfatizaremos a relevância histórica,
social e política na construção da identidade do povo polonês junto à formação
da comunidade malletense no sul do Paraná.
2 CONTEXTUALIZANDO O SÉCULO XIX NO BRASIL
No final do século XIX e início do século XX, dentro do Brasil, os
grandes fazendeiros da época passavam por grande dificuldade diante da falta
de mão de obra barata para o trabalho nas lavouras. Isso se dava por motivos
das políticas inglesas que objetivavam o fim da escravidão em diversos países.
Como o Brasil ainda era um país com regiões não desbravadas e se destacava
pelo grande crescimento no cultivo de café, muitas etnias despertaram grande
interesse em habitar esta terra, os quais tinham por objetivo: melhores
condições de vida e de trabalho. Sendo assim, o Brasil teve um avanço
significativo em seu desenvolvimento, assim como relata Antoczecen (2009 p.
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“A partir da metade do século XIX, aconteciam no Brasil significativas mudanças econômicas, sociais e demográficas. O progressivo declínio da produção de cana-de-açúcar no Nordeste representava uma das mais importantes mudanças econômicas. O poder econômico se deslocava para o Centro-Sul e se assentava na produção de café, que ocupava cada vez mais mão-de-obra e gerava um capital precioso capaz de, por várias décadas, tirar o Brasil de índices negativos em sua balança comercial.”
Inúmeras foram às etnias advindas das regiões européias, podemos
destacar: os italianos, os japoneses, os russos, os austríacos, os espanhóis, os
alemães, os poloneses e os ucranianos, entre outros. Como o país precisava
de mão-de-obra barata e a escravidão havia diminuído, o governo brasileiro
passou a fazer campanhas imigratórias nos países da Europa, através dos
cônsules brasileiros existentes no exterior, como destaca Horbatiuk (1989 p.
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“... Um incentivo à imigração foi dado em 1865, quando o Governo ordena aos cônsules brasileiros na Europa que pagassem aos imigrantes com destino ao Brasil a diferença de preço da passagem para os Estados Unidos, que na época recebia forte contingente imigratório.”
Percebe-se que essa campanha imigratória não deu muito resultado e
assim o governo resolveu ampliar as vantagens aos colonos imigrantes,
comprando-lhes lotes num prazo de dez anos para pagar, transporte gratuito
até a colônia, doação de materiais durante a adaptação a nova terra,
assistência médica e religiosa, vantagens estas que provocaram aumento na
vinda de imigrantes para o Brasil. Neste momento destaca-se a região Sul
como uma das polarizadoras da imigração, isso devido à riqueza em terras
férteis e clima favorável para o cultivo agrícola.
A propaganda feita pelos agentes da colonização fazia com que os
imigrantes se iludissem com a vida favorável que conquistariam em terras
brasileiras, pois este era um dos objetivos que atraia os europeus. Porém não
sabiam que ao chegar aqui, a realidade seria completamente diferente, pois
para sobreviverem deveriam desbravar lotes dentro de uma floresta densa e
começar a produzir. No entanto, poucos sabiam sobre como cultivar a terra e
quais técnicas agrícolas utilizar para, enfim produzir.
Levando-se em conta que ao imigrarem para o Brasil, pouquíssimas
coisas puderam trazer da terra de origem, pois a viagem era longa e muitos
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vinham com a intenção de escapar, da vida sofrida e da situação de penúria
que viviam. Ao chegarem aqui, não tinham móveis, louças e ferramentas para
trabalharem e recomeçarem a vida. Outra vez e de maneira desiludida
recomeçariam a vida do zero.
O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da
cultura brasileira. Esta foi, ao longo dos anos, incorporando características dos
quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas
pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma
português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas
musicais africanas e muito mais. Com a vinda dos imigrantes ao Brasil temos
um país de múltiplas etnias. Um povo rico com uma cultura diversificada e de
grande valor histórico.
2.1 A CHEGADA À NOVA PÁTRIA: Imigrantes no Brasil
Os imigrantes que tinham interesse em mudar de vida e colonizar outras
regiões do mundo, tinham que estar dispostos a longas viagens, que duravam
cerca de 20 dias, pois as viagens eram feitas de navio. Navios estes, de
terceira classe, sem condições de higiene, alimentação insuficiente devido ao
número elevado de pessoas, má qualidade na preservação de alimentos e por
causa da quantidade de pessoas, o local era propicio para o surgimento de
doenças contagiosas. A conseqüência era o número crescente de mortos, os
quais eram jogados ao mar com muita freqüência. As pessoas que chegavam
com vida até o porto tinham que enfrentar longas viagens até a colônia
destinada a aquele grupo de imigrantes. Os imigrantes eram transportados no
lombo dos cavalos e burros por pequenas picadas e estradas bem precárias.
Segundo Tibes (2000), “os poucos pertencem trazidos eram as roupas,
algumas lembranças, pequenos utensílios, algumas imagens de santos e
amuletos. O que mais traziam consigo e mais prezavam era a profunda
vontade de vencer.”(p. 13)
Essa vontade de vencer tornava-se maior a partir do momento em que
se deparavam com uma floresta densa, uma terra fértil e muitas dificuldades, a
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principal era de desbravar a terra e recomeçar a vida. Mas isso não deu
motivos para que desistissem.
Apesar das dificuldades, os imigrantes mantiveram sua união,
preservando cultura e religiosidade. E isso pode ser destacado e compreendido
no momento em que Tibes (2000) descreve que “a religiosidade foi um elo de
forte união e alento para os imigrantes. Cada grupo de imigrantes trazia
consigo um padre. Logo que se instalavam na floresta erguiam uma igreja
rústica, onde podiam aos domingos reunir-se para orar...” (p. 14-15)
2.2 A IMIGRAÇÃO POLONESA NO PARANÁ
“O período provincial no Paraná teve uma duração de 36 anos, desde 1853 até 1889, quando o Brasil aderiu ao regime republicano de governo. Neste período, teve o Paraná 41 presidentes de Província... O presidente que mais governou foi Adolfo Lamenha Lins que permaneceu na chefia pouco mais de dois anos e dois meses.” (WACHOWICZ, 1988, p. 121)
Os governantes da Província do Paraná, muito interesse tinham, na
atração de imigrantes, pois os mesmos ocupariam um grande espaço ainda
não desbravado, em terras paranaenses. Nessa época, o principal incentivador
da imigração foi o presidente Adolfo Lamenha Lins.
“Este presidente provincial criou uma série de condições que iriam favorecer a vinda de poloneses. O auxílio concedido estava relacionado ao custeio da viagem da Europa até a província. Em seu governo auxiliou o imigrante na construção de uma casa provisória, bem como, recursos para aquisição de ferramentas e sementes.” (TIBES, 2000, p. 18)
A emancipação do Paraná se deu aos 19 dias do mês de dezembro do
ano 1853, desligando-se da Província de São Paulo. Este acontecimento fez
com aumentasse o interesse de governantes em ocupar e colonizar o território.
Devido a isso, durante o período imigratório, o Paraná ficou bastante conhecido
na Polônia, pois os agentes de imigração afirmavam que as terras eram ótimas,
praticamente um lugar escolhido por Deus. Como os europeus viviam em um
quadro de triste na Europa e o que era pintado pelos agentes da colonização,
sobre as terras brasileiras era algo maravilhoso, pode-se afirmar que
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simplesmente aquele povo uniu o útil ao agradável e embarcou na viagem com
a esperança de dias melhores.
Tomando por base a imigração polonesa advinda da Europa para o
Brasil, em meados do final do século XIX e início do século XX, ao deportarem
no porto de Paranaguá, as pessoas eram encaminhadas aos territórios
devidamente determinados pelo Governo Imperial daquela época. Grande
parte dos colonos poloneses foi conduzida inicialmente, para a comarca de
Curitiba, pois o Estado era dividido na época em três comarcas: Curitiba,
Castro e Paranaguá. Permaneciam em hospedarias até receberem ordem
definitiva da colônia correspondente a sua permanência.
Assim como afirma Vieira (2000, p. 34):
“Difíceis eram, para o imigrante, os primeiros anos que ele passava em sua pátria de adoção... De Curitiba, era o imigrante transportado com sua família e bagagens para a colônia que se destinava, onde na maioria das vezes era instalado em barracas, enquanto esperava a demarcação das terras e o lote que lhe caberia. Nestas condições a higiene era péssima, ocasionando freqüentes epidemias de tifo.”
Os poloneses que aqui chegavam, denominavam-se poloneses,
polonês-austríaco, polonês-russo e polonês-alemães, pois na época em que
imigravam para o Brasil, a Polônia estava sendo ocupada, em diversas áreas
pelos russos alemães e austríacos. Quando se iniciou a imigração polonesa em
terras brasileiras...
“... a polônia não existia como um Estado organizado, o que na verdade existia era a Nação. A Polônia foi um dos maiores países europeus nos séculos XVI e XVII. No século XVII, seu território foi invadido por três povos vizinhos: a Áustria, que passou a dominar a região sul, a região leste passou a ser de domínio russo e a oeste foi dominada pelos prussianos.” (TIBES, 2000, p. 21)
Quantitativamente, o Paraná recebeu o maior número de imigrantes
poloneses, ficando a frente do Estado do Rio Grande do Sul. Os municípios e
distritos do sul paranaense que foram colonizados e fundados pelo grupo de
imigração são: Irati, Rebouças, Ponta Grossa, Rio Azul, Mallet, São Mateus do
Sul, Dorizon, Rio Claro do Sul, Paulo Frontim, Cruz Machado, União da Vitória.
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Locais estes, que ainda podem ser percebidas as riquezas culturais
trazidas por esta etnia, que em muito influenciaram na tradição existente
atualmente, tais como: religiosidade, manifestações musicais, alimentação,
vestuário, habitação, língua culturalmente falada, ainda por muitas pessoas da
região sul do estado.
2.3 O SURGIMENTO DO MUNICÍPIO DE MALLET
Segundo dado histórico foi na quarta expedição que Bruno da Costa
Figueiredo, durante a ocupação do Vale do Iguaçu, que teve inicio com as
expedições ao Sertão do Tibagi, em meados de 1768 a 1777, que o mesmo
subiu o Rio Potinga e explorando suas margens atingiu a Serra da Esperança,
constatando-se assim algumas regiões ainda inexploradas.
A colonização do município de Mallet se deu como a de muitos
municípios localizados ao sul do Estado do Paraná, ou seja, através da
penetração de bandeirantes que por este local passavam, pois até então,
Palmas era o centro da colonização e o ponto de troca de mercadorias e
permuta de animais com os camponeses.
O pesquisador Paulo Horbatiuk aponta em sua obra: Imigração
Ucraniana no Paraná, aspectos da colonização polonesa do então município:
“Tendo partido de Campo Largo, em 1884 a caravana recebeu reforços de outras famílias, ao passar por Palmeira, todas de lavradores... formando assim 15 famílias... São conhecidos somente três chefes das famílias: Frederico Carlos de Souza, João Teixeira de Lima, e Antonio Rodrigues de lima. Cortando picadas e seguindo antigos caminhos das tropas, depois de dois meses atingiram a região localizada à margem esquerda do rio, onde fundou um pequeno povoado, com moradias provisórias, e lhe deu a denominação de Rio Claro, em virtude das águas do rio. As 15 famílias tinham por objetivo dedicar-se à agricultura e à pecuária.”
Em 1890 chegou à primeira leva de imigrantes provenientes da Polônia,
os quais se destinaram a Colônia Rio Claro, onde a mesma já se encontrava
dividida em lotes de 10 alqueires, pois parte das terras já haviam sido traçadas
por algumas das famílias de desbravadores que ali se instalaram seis anos
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antes da chegada dos poloneses. Esses lotes eram vendidos aos colonos à
longo prazo e ainda lhes eram concedidos dois meses de sustento.
Este pequeno povoado denominado Rio Claro foi se desenvolvendo e
como a belíssima religiosidade do povo polonês sempre foi à célula de união
de todos os imigrantes agrupados em torno da religião católica, após
construírem as suas moradias provisórias trataram de construir no pé da colina
uma pequena capela onde se reuniam para fazerem suas orações, capela esta,
denominada como Igreja de Rio Claro.
No dia 16 de dezembro de 1911 foi assinado pelo Bispo diocesano de
Curitiba, João Francisco Braga, o decreto da criação da Paróquia de Rio Claro
do Sul, vindo a atuar o primeiro padre, o lendário Ludovico Przytarski, que
viveu nesta terra até o seu falecimento datado de 15 de novembro de 1919.
Padre este que ficou na lembrança do povo, em especial, pela majestosa obra
que edificou nas terras rio-clarenses, A Igreja Nossa Senhora do Rosário, a
qual, devido a sua beleza e imponência de sua torre chamava a atenção de
quem por ali passava.
FIGURA 01- ATUAL IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO – DISTRITO DE RIO CLARO DO SUL – MALLET – PARANÁ FONTE: ARQUIVO PAROQUIAL
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Em meados de 1891, cerca de três mil pessoas, maior parte,
procedentes da Galícia Ocidental região da Ucrânia, estabeleceram-se junto
aos poloneses na terra da Colônia Rio Claro. Poloneses e Ucranianos
enfrentaram juntos as péssimas condições de vida, realidade que durante as
propagandas do governo brasileiro em terras estrangeiras não eram descritas,
somente se destacava uma realidade de vida muito tentadora e ilusória.
“A colônia Rio Claro foi a maior, em extensão, às margens do Rio Iguaçu. Constituída por 1371 lotes, dos quais 79 formavam a sede da Colônia, sendo os demais distribuídos por 9 linhas principais e 18 vicinais. Essa colônia ligava-se à sede de Barra Feia, por uma estrada carroçável, de 13 quilômetros, denominada linha Iguaçu.”(HORBATIUK, p.92, 1989)
Os habitantes daquela comunidade viviam da pecuária e da agricultura,
comercializando os produtos com os tropeiros que por ali passavam, saindo de
Palmas rumo a São Paulo. Com a união do trabalho das duas etnias
destacadas, juntos construíram escolas, clubes recreativos, além de casas que
muitas vezes se destacavam pelo estilo europeu inseridos em sua arquitetura.
FIGURA 02- FOTO DE FAMÍLIA POLONESA FONTE: ARQUIVO FAMILIAR
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Segundo Grenteski e Sieklinski (2002), a 22 de novembro de 1892, foi
criado o Distrito Judiciário de Rio Claro, atual Rio Claro do Sul, por ato do
município de São João do Triunfo, o qual englobava esta área.
Por volta de 1903, a 20 km do Distrito Judiciário Rio Claro, teve início a
construção da estrada de ferro que ligava o Rio Grande do Sul à São Paulo.
Em virtude do fato, foi construída a Estação Ferroviária denominada Marechal
Mallet, homenagem prestada ao engenheiro militar Marechal João
Nepomuceno de Medeiros Mallet, natural de Bagé, Rio Grande do Sul, que
tinha grande carreira gloriosa e tornou-se Ministro da Guerra.
Muitos seriam os benefícios gerados em prol da comunidade que ali se
estabeleceu, devido à inauguração da estação ferroviária, pois com o
crescimento proporcionado pelo acontecimento, o povoado recebeu novos
imigrantes ucranianos e poloneses. Sendo assim, nasce uma pequena Vila,
São Pedro de Mallet, ao redor de uma capela construída em louvor a São
Pedro.
FIGURA 3- ATUAL IGREJA MATRIZ SÃO PEDRO DE MALLET – PR FONTE: FONTE PAROQUIAL
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Foi criado o município de São Pedro de Mallet, pela Lei nº 1.189 de 15
de abril de 1912, e aos 21 dias do mês de setembro do decorrente ano foi
instalado e desmembrado do município de São Mateus do Sul. “A lei nº 2.645,
de 1º de abril de 1929, simplifica a grafia de São Pedro de Mallet, para Mallet.”
(FERREIRA, p. 179).
2.4 A DIVERGÊNCIA ENTRE AS ETNIAS: POLONESAS E
UCRANIANAS
A forma como viviam em seu país de origem, as dificuldades
enfrentadas no início da colônia, a falta de comunicação com a demora na
aprendizagem da nova língua, explicam os motivos pelos quais os poloneses
mantiveram-se em grupos fechados, isolados socialmente. Mantinham assim
um grande e forte elo com as tradições de seu país de origem. Pode-se afirmar
que eram sociedades culturais muito conservadoras e divorciadas da
sociedade que os cercava nesta terra. Da mesma forma, os ucranianos o
fizeram, carregando as mesmas características em questão de etnia e
tradições, criando assim, entre os dois povos, uma grande rivalidade cultural
que já vinha desde as terras européias onde os conflitos geraram-se e se
propagaram por aqui, assim...
“Como esses dois povos tinham suas próprias características mantinham-se afastados um do outro, para que não sofressem influencias e perdessem seus valores. Devemos a este fato a preservação de grande parte dos costumes destes povos.” (TIBES, 2000, p. 27)
Os primeiros imigrantes ucranianos, por ser um número reduzido,
procuraram formar uma vida social com quem pudessem comunicar-se. Por
isso, no início da imigração conviveram com os poloneses, que haviam
chegado anteriormente, deixando de cultivar sua própria cultura. Mas, ao
chegarem os grupos mais numerosos e alguns padres, desenvolveram o
conhecimento da cultura nacional ucraniana e conseqüentemente o abandono
das obrigações com outros imigrantes.
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Desta forma, o isolamento dos grupos étnicos provocou a preservação
da cultura européia, por outro lado, desencadeou um longo período de
estagnação econômica dentro do próprio município, fato que até os dias de
hoje traz transtornos a população local, isso pode ser compreendido através de
relatos de pessoas descendentes de tais etnias, onde analisando Antoczecen,
compreende-se que onde houver um grupo de ucranianos a conversa é
animada e as pessoas do grupo encontram-se envolvidos, porém ao chegar um
descendente de polonês e unir-se a conversa, a situação muda, a conversa
torna-se desanimadora. Por mais que depois de um século da chegada dessas
etnias ao Brasil e a colonização do então município, as divergências continuam
vivas, talvez não com tanta rigorosidade, mas ainda em muitas situações do
cotidiano.
3 O SÍMBOLO DO MARCO HISTÓRICO EDUCACIONAL DE
MALETT: COLÉGIO NICOLAU COPÉRNICO
Desde que se instalaram em terras brasileiras, mas especificamente,
nas terras malletenses, o povo polonês jamais esqueceu suas raízes, e uma
característica marcante desse grupo é a língua, pois até hoje a mesma
mantém-se viva diante dos descendentes dessa etnia.
Em muitas colônias do município de Mallet, ainda é possível encontrar
pessoas que falam ou entendem o idioma polonês. A preservação da língua se
deu, como já foi dito anteriormente, através do isolamento ocorrido entre as
colônias ucranianas e polonesas, o que fez com que se preservassem muitas
tradições dessa cultura. Mesmo dentro das escolas municipais a língua
polonesa ainda pode ser ouvida, pois inúmeras são as famílias que preservam
esta tradição, repassando-as para seus filhos.
Logo depois da construção da Igreja em Rio Claro do Sul, o grupo
polonês começou a se preocupar com seu lazer, a diversão de seus filhos e a
instrução escolar para os mesmos, assim construíram várias pequenas escolas
no interior das colônias e como o governo pouco ajudava nas despesas, os
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professores que ministravam as aulas eram pagos com recursos vindos das
próprias famílias que mantinham seus filhos na escola.
“Uma das principais escolas polonesas fundadas pelos colonos foi o “Kolegium Sw. Klary”, na colônia Rio Claro, um dos maiores colégios de língua polonesa no Brasil. Era comandado pelas Irmãs de Caridade de S. Vicente que organizavam cursos diversos, como costura, tricô, crochê, pintura, culinária, entre outros. Funcionava ainda como internato e possuía uma biblioteca com cerca de 2.000 livros.” (DEINA, 1990, p. 21-23,)
Analisando alguns estudos realizados é possível encontrar escritos que
relatam que somente quem era da etnia poderia usufruir da escola, ou seja,
português-polonês e português-ucraniano, cada qual em sua escola. Mas cada
etnia achava de suma importância a instrução escolar dos filhos, pois poucos
daqueles que vieram da Polônia ou Ucrânia sabiam ler e escrever e ainda o
que sabiam era de certa forma inferior, porque o nível de escolaridade era
muito baixo nos países europeus.
No entanto, a construção das escolas no interior da colônia Rio Claro, e
a construção da escola polonesa, na visão dos colonos ainda era pouco, era
preciso que seus filhos entrassem na vida política, econômica, cultural e social
do Brasil, e segundo os pareceres de Rui Barbosa Maria Cristina Gomes
Machado (2004) afirma que os colonos poloneses, apesar de terem pouca
instrução escolar, não estavam sendo nada equivocados em seu pensamento,
pois para eles:
“... A educação popular poderia solucionar um dos problemas que segundo, sua compreensão, comprometia o futuro do Brasil. Para ele, a formação da inteligência popular por meio da educação escolar era fundamental para a reconstituição do caráter nacional; o ensino das ciências mostrava-se imprescindível para o desenvolvimento econômico do país.” (MACHADO, 2004, p. 67)
Em razão disso, aos 28 dias do mês de novembro do ano de 1911,
começou a funcionar em Marechal Mallet, o Colégio Nicolau Copérnico, sendo
o primeiro colégio polonês de segundo grau no Brasil, nacionalizado em 1938.
“Este colégio foi inclusive um dos mais bem equipados estabelecimentos
secundários do Estado do Paraná.”
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Como o povo polonês era um povo que sempre defendeu suas origens e
jamais se esqueceu de sua terra natal, ao fundarem o Colégio, tiveram a
inspiração de nomear o colégio com o nome de uma pessoa de origem
polonesa, homenageando uma pessoa que teve uma representação histórica
como é o caso do Astrônomo Nicolau Copérnico. Polonês, nascido em Torum,
às margens do Vístula, na Ponânia. Em 1491, foi para a Universidade de
Cracóvia, onde estudou Medicina e, sob a orientação de Wojciech Brudzewski,
Astronomia. Em 1497 rumou para a Itália, onde permaneceu nove anos, com
interrupção em 1501, quando voltou à Polônia, para assumir as funções de
cônego em Frauenburgo. Copérnico desenvolveu uma obra sucinta enquanto
observador,destacando-se sobre a obliqüidade da eclíptica, estão registradas
apenas 27 outras observações de eclipses, ocultações e conjunções. Para o
povo polonês ele se tornou importante não somente como astrônomo, mas
também, por ter sido um descendente de polonês e por esses motivos deu-lhe
enfim esta belíssima homenagem.
Este colégio só teve propagação em seu ensino graças ao povo polonês
que investiu seus recursos próprios em prol do mesmo. De início, compraram
um lote de 33.100 m², onde foi construída a sede do colégio, com sete salas de
aula, sala dos professores, biblioteca com um acervo de aproximadamente dois
mil livros, sala de química, física, internato com apartamentos e sala de estar.
Na área externa tinha um campo de futebol, quadra de voleibol e basquetebol e
um estádio para atletismo, contava também com uma grande horta, pomar com
cerca de 100 árvores frutíferas e plantação experimental onde duas vezes por
semana os alunos de terceira a quarta série tinham aulas práticas com o
engenheiro agrônomo Kruszewski, e como a população da comunidade era
pequena, o colégio ao começar a exercer suas funções, tinha apenas 16
alunos, já em 1935 a clientela havia aumentado, contando assim com 116
alunos.
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“Ainda dispunha o colégio Nicolau Copérnico de vinicultura. A sociedade chegou até a iniciar a construção de uma estação meteorológica. Os alunos tinham ainda possibilidade de aprender a tocar diversos instrumentos musicais na banda além de contarem com o balé. Nos cursos de línguas ensinava-se o francês, latim, polonês e o português.” (DEINA, p. 26, 1990)
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FIGURA 05- SALA DOS PROFESSORES- PRIMEIRO COLÉGIO DE MALETT – NICOLAU COPÉRNICO FONTE: ARQUIVOS DO ATUAL COLÉGIO NICOLAU COPÉRNICO
FIGURA 6- BIBLIOTECA DO PRIMEIRO COLÉGIO DE MALETT- NICOLAU COPÉRNICO FONTE: ARQUIVOS DO ATUAL COLÉGIO NICOLAU COPÉRNICO
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Analisando os escritos de Rodrigues (2004), encontram-se ainda outras
características do colégio, tais como: mesmo sendo um colégio de 2º grau,
oferecia jardim de infância, classes de 5ª a 8ª séries e ensino
profissionalizante, sendo que, os alunos que concluíam o ensino médio
passavam a trabalhar como professores das escolas rurais existentes no
município. Além disso, o colégio preparava os jovens para trabalhar no
comércio e também na área de contabilidade. Entre as disciplinas ministradas,
existiam as disciplinas de matemática, geografia, história do Brasil, desenho e
educação física.
Uma das características bastante marcante dessa época, 1930, é que
meninos e meninas estudavam juntos, em uma mesma sala de aula, porém a
exigência dos professores era que sempre as meninas se sentassem nas
primeiras carteiras. Geralmente e na sua maioria os professores que
ministravam as aulas eram professores do sexo masculino. Uma das
exigências da escola é que todos os alunos, indiferente de sexo, durante as
aulas, usassem um guarda-pó branco, pois este era o uniforme da época que
diferenciava o colégio Nicolau Copérnico de outras escolas.
Por o colégio ser situado em Marechal Mallet, tornava-se difícil o acesso
das crianças até o mesmo, pois a maioria morava no interior do município,
devido a esse fato, o colégio dispunha de um internato no qual somente os
meninos podiam se alojar, porém as meninas não eram excluídas, as mesmas
eram destinadas a se hospedarem em um colégio de freiras existente perto do
colégio, assim todos podiam usufruir do ensino do Colégio Nicolau Copérnico.
3.1 O REGIME DO ESTADO NOVO: A NACIONALIZAÇÃO DO
ENSINO
Em meados de 1930, outro obstáculo é encontrado pelos imigrantes
poloneses em terras brasileiras: a campanha de nacionalização. Como já foi
citado anteriormente, uma das raízes do povo tanto polonês como ucraniano,
com suas terras de origem, era a língua que tinha muito valor social e
sentimental, entre eles. Devido aos acontecimentos que antecederam a
Segunda Guerra na Europa, também no Brasil, manifestaram-se os ideais
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nacionalistas dos regimes autoritários europeus. Com esse movimento, todos
os povos imigrados para o Brasil sentiram dificuldades no relacionamento com
as autoridades brasileiras.
“A partir do “Estado Novo”, houve a proibição do uso da língua estrangeira, com isso foram fechados os clubes literários e escolas de língua estrangeira e a continuidade do ensino da língua ficou a cargo da família. Os livros das bibliotecas existentes foram distribuídos entre os seus sócios, para que se mantivessem bem protegidos contra possível confisco, e esse material servia para suas leituras. A partir de 1946, novamente os padres e religiosos puderam orientar os colonos com a língua européia, no sentido de preservar a língua
polonesa e ucraniana.” (GRENTESKI E SIEKLINSKI, 2002 p.09)
Por esse motivo o Colégio Nicolau Copérnico foi fechado e o ensino da
língua estrangeira passou a ser função da família.
Após esse conturbado período da história, em 1946 o benemérito
cidadão Sr. Romão Paul foi a Curitiba em busca de um professor competente
para imcumbí-lo da organização do ginásio. Nesta viagem, encontrou o
professor Zdzislau Zawadzki, licenciado pela faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras do Paraná e ofereceu-lhe o prédio do antigo Colégio Nicolau Copérnico,
conhecido pela comunidade local como Prédio da Sociedade Nicolau
Copérnico, que no início de sua funcionalidade localizava-se na Rua Sete de
Setembro, s/nº em Mallet.
Muitas foram às dificuldades iniciais para que o ginásio começa a
funcionar, dificuldades que se pode destacar: falta de material didático e falta
de professores para lecionar, mas depois de superada essa fase, finalmente
em 17 de fevereiro de 1948 foi autorizado o funcionamento do ginásio que a
partir desse momento não seria mais Colégio Nicolau Copérnico e sem Ginásio
Malletense. Após cinco anos de funcionamento, em 1953, mas especificamente
na data de 15 de janeiro deste ano, durante o Governo de Bento Munhoz da
Rocha, o Ginásio é estadualizado passando a denominar-se Ginásio Estadual
Nicolau Copérnico, sendo o primeiro diretor o Sr. Zdzislau Zawadzki.
Em meados do ano de 1981 o Ginásio Estadual Nicolau Copérnico
passou a se chamar Escola Estadual Nicolau Copérnico – Ensino de 1º grau e
em 1998, Escola Estadual Nicolau Copérnico – Ensino Fundamental.
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Atualmente a denominação da escola é Colégio Estadual Nicolau
Copérnico – Ensino Fundamental, situado na Avenida João Pessoa, Centro –
Mallet – PR, em prédio próprio, tendo como diretora a senhora Eliana Renzzo.
O colégio defende uma filosofia através da qual pretende proporcionar o pleno
desenvolvimento de suas potencialidades e conseqüente auto-realização,
dentro de uma hierarquia de valores, formando consciência critica e de
responsabilidade e ainda conduzir o aluno a descoberta de si mesmo, gerando
condições necessárias ao desenvolvimento de competências.
E como missão visa garantir os princípios universais de igualdade de
acesso e permanência na escola, garantindo o direito de socialização do
conhecimento, assim proporcionando condições ao desenvolvimento social e
profissional de toda a comunidade escolar.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme as discussões propostas neste estudo, evidencia-se que a
etnia polonesa passou por períodos muitos difíceis em sua história, isso, desde
a vivência em terras polonesas, bem como durante a adaptação e colonização
em terras brasileiras. A situação econômica, política e social em que se
encontravam na Europa, ainda eram muito precárias e com intuito de melhorar
as condições de vida e iludidos com as promessas do governo brasileiro, a
opção que melhor tiveram no momento era sair do país e buscar nova vida em
novas terras.
Atravessando o oceano, aportaram em portos brasileiros, e com
pequenas ajudas do governo, conseguiram se estabelecer na colônia Rio
Claro. Muitas foram às dificuldades encontradas no inicio: o desconhecimento
de técnicas agrícolas; a falta de utensílios para trabalhar, enxadas, foices,
animais, entre outros, a mata densa que deveria ser derrubada para que se
pudesse ocupar o lugar, enfim inúmeras foram as controvérsias encontradas
nessa terra. Porém, o imigrante polonês foi capaz de superar todas as
dificuldades do passado, tendo um valor muito especial na história local,
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levando-se em conta que adquiriu liberdade espiritual e cultural, fixou suas
raízes no Brasil, no Paraná e em pequenas colônias como é o caso do
município de Mallet.
Mesmo diante da rivalidade que se propagou até os dias atuais entre as
etnias polonesas e ucranianas, algo de bom ainda se resultou, como é o caso
das tradições e culturas desses povos que ainda podem ser encontradas em
nosso meio.
Para reafirmar a língua de origem a etnia se empenhou, através da
educação, e construíram inúmeras escolas, que além de resgatar a língua de
origem elevou o grau de conhecimento, erradicando o grau de analfabetismo,
pois estes eram privados de educação. Diante desse fato surgiu o Colégio
Nicolau Copérnico que pode ser considerado o maior marco cultural polonês no
município de Mallet, pois mesmo diante das dificuldades, o povo polonês não
desistiu e procurou manter um laço forte de união perante a sociedade sendo
fonte de motivação para a organização da educação não só dos descendentes
poloneses, mas de toda a população local, permanecendo até os dias de hoje.
O presente estudo desvelou a relevância da constituição histórica do
Colégio Nicolau Copérnico, com base na cultura polonesa. Ao considerarmos a
história local como ponto de partida de nosso estudo articulamos o processo
pedagógico, histórico-social, evidenciando sua relação com a sociedade.
REFERÊNCIAS
ANTOCZECEN, Inês Valéria. Fronteiras Étnicas Entre Poloneses e Ucranianos em Mallet: Conflitos em Torno da Religião, Língua e Casamentos – (1930- 1950). Irati, 2009 f.29. Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso de História). Setor de Ciências Humanas Letras e Artes da Universidade do Centro-Oeste do Paraná
COLABORADORES. Saga – A Grande História do Brasil Império: 1808 – 1870. V. 3. São Paulo: Abril Cultural, 1981
DEINA, Mario. Colônia Rio Claro: esta Terra tem História. Curitiba. S/E, 1990
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FERREIRA, João Carlos Vicente. Municípios Paranaenses: origens e significados de seus nomes. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 2006
HORBATIUK, Paulo. Imigração Ucraniana no Paraná. Uniporto. 1ª edição. União da Vitória, 1989 KOZLINSKI, Pe. Daniel. Centenário – Sagrado Coração de Jesus – 1906/2006. 2007 LOMBARDI, José Claudinei; NASCIMENTO Maria Isabel. (Orgs.) Fontes Históricas e Historiografia da Educação. Campinas. São Paulo. 2004 RODRIGUES, Cléia Sheliga. A Escola Estadual Nicolau Copérnico: Um Marco Na Educação de Mallet. União da Vitória, 2004.
TIBES, Elisangela. O Legado Cultural e Religioso do Imigrante Polonês em Mallet. Mallet. 2000
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