Transcript
Engenharia de Requisitos
Objetivos
Descrever as principais atividades da engenharia de requisitos
Introduzir técnicas para a elicitação e análise de requisitos
Descrever validação de requisitos
Discutir o gerenciamento de requisitos
O Processo da Engenharia de Requisitos
Estudo de
viabilidade
Relatório de
viabilidade
Elicitação de
requisitos e
análise
Modelos do
sistema
Especificação
de requisitos Validação
de requisitos
Requisitos do
usuário e do
sistema
Documento de
requisitos
Estudo de Viabilidade
O que é um estudo de viabilidade?
O que estudar e concluir?
Benefícios e custos
Análise de custo/benefício
Alternativas de comparação
Estudo de Viabilidade
Estudo que indica se o esforço em desenvolver a idéia vale a pena
Visa tanto a tomada de decisão
Como a sugestão de possíveis alternativas de solução
Estudo de Viabilidade
Deve oferecer informações para ajudar na decisão
Se o projeto pode ou não ser feito
Se o produto final irá ou não beneficiar os usuários interessados
Escolha das alternativas entre as possíveis soluções
Há uma melhor alternativa?
O Que Estudar?
Sistema organizacional apresentado Usuários, políticas, funções, objetivos, etc.
Problemas com o sistema apresentado Inconsistências, funcionalidades
inadequadas, performance, etc.
Objetivos e outros requisitos para o novo sistema O que precisa mudar?
O Que Estudar?
Restrições
Incluindo requisitos não-funcionais do sistema (superficialmente)
Alternativas possíveis
Sistema atual é geralmente uma das alternativas
Vantagens e desvantagens das alternativas
Testes de Viabilidade
Operacional Medida do grau de adequação da solução
para a organização Avaliação de como as pessoas se sentem sobre
o sistema/projeto
Técnica Avaliação da praticidade de uma solução
técnica específica e a disponibilidade dos recursos técnicos e dos especialistas
Testes de Viabilidade
Cronograma
Avaliação de quão razoável está o cronograma do projeto
Econômica
Avaliação de custo-eficiência de um projeto ou solução
Conhecida como análise de custo/benefício
Viabilidade Operacional
Avalia a urgência do problema (visão e fases de estudo) ou a aceitação da solução (definição, seleção, aquisição, e fases do projeto)
Há dois aspectos da viabilidade operacional a serem considerados O problema vale a pena ser resolvido ou a solução
proposta para o problema funcionará?
Como o usuário final e a gerência sentem-se sobre o problema (solução)?
Viabilidade Técnica
A solução ou a tecnologia proposta é prática?
Já possuímos a tecnologia necessária?
Já possuímos o conhecimento técnico necessário?
Viabilidade de Cronograma
Dado nosso conhecimento técnico, os prazos dos projetos são razoáveis?
Alguns projetos são iniciados com prazos específicos
Você precisa determinar se os prazos são obrigatórios ou desejáveis
Se são mais desejáveis que obrigatórios, o analista pode propor outros cronogramas
Viabilidade Econômica
Talvez a mais crítica
Durante as fases iniciais do projeto, a análise da viabilidade econômica consiste em julgar se os possíveis benefícios de solucionar o problema são ou não vantajosos
Tão logo os requisitos específicos e soluções sejam identificados, o analista pode levar em consideração os custos e benefícios de cada alternativa
Isso é chamado de análise de custo-benefício
Tipos de Custos
Custos de desenvolvimento de sistemas
Desenvolvimento e aquisição
Custos de instalação e de conversão
Custos operacionais (contínuo)
Manutenção
Pessoal
Análise Custo-Benefício
Há três técnicas principais
Análise do retorno financeiro (payback analysis)
Retorno do investimento (return on investments)
Valor atual líquido (Net present value)
Análise de Retorno do Investimento
A técnica de análise de retorno do investimento (ROI) compara os benefícios das diferentes soluções ou projetos
O ROI para uma solução ou projeto é a taxa percentual que mede a relação entre a quantia que a empresa obtém de retorno ao seu investimento e a quantia investida
Análise de Retorno do Investimento
O ROI para uma solução ou projeto potencial é calculado como a seguir:
ROI = (Benefícios totais - Custos totais) / Custos totais
ROI = valor atual líquido / Custos totais
Ex: ROI = (22508,64-17321,20)/ 17321,20= 29,95%
EX: ROI = 5187,44/ 17321,20 = 29,95%
A solução que oferecer o ROI mais alto é a melhor alternativa
Matriz de Viabilidade
Como nós comparamos alternativas quando existem vários critérios de seleção e nenhuma das alternativas é superior em todos os aspectos?
Use uma Matriz de Análise de Viabilidade!
Documento de Viabilidade
Após o esforço inicial, discutido anteriormente, deve-se elaborar um relatório de viabilidade
Para cada aspecto apresentado, deve haver seção de avaliação
Deve haver uma seção conclusiva sobre a melhor alternativa ou que o sistema não é viável
Exercício
Determine a viabilidade de (+ROI):
1. Sistema para uma padaria de pequeno porte (Só caixa, no balcão também, etc.);
2. Sistema inteligente de preenchimento do IRPF pela própria pessoa física;
3. Sistema para gerar alocação de docentes, salas, horários, local de forma otimizada.
Documento de Visão do Sistema
O propósito é expor as necessidades e funcionalidades gerais do sistema.
Será desenvolvido após coleta e análise dos requisitos preliminares, que podem estar descritos no Documento de Requisitos e no
Documento de Regras de Negócio.
Seu foco está nas necessidades dos
patrocinadores (stakeholders) e no motivo da existência destas necessidades.
Escopo
Descreve aspectos e funções que devem fazer parte do produto, incluindo projetos associados e qualquer coisa que possa ser afetada por este projeto.
Gestores
Quem vai gerenciar e as funcionalidades que emergem a partir desse gestor.
Levantamento de Necessidades
Problema
O que afeta
Impacto disso
Solução
Classificação das Necessidade por categoria
Crítico
Importante
Útil
Funcionalidade do Produto
Características funcionais levantadas com o objetivo de satisfazer as necessidades identificadas anteriormente.
As funcionalidades devem estar ordenadas por prioridade, conforme os critérios do próprio usuário.
A granularidade destas funcionalidades é maior que a de um caso de uso.
Interligação com outros Sistemas
Descreve de forma simples, ou através de um diagrama, outros sistemas com os quais este sistema se relacione.
Caso não exista, não precisa existir esse tópico.
Restrições
São descritos requisitos, técnicos ou não, sem os quais o sistema será inviável, ou que limitem as alternativas de solução possíveis.
Documentação
Documentação prevista para o sistema:
manuais do usuário;
help online
guia de instalação;
Arquivos;
Readme;
etc
2005 Lozano 31
O que é um projeto ?
Conjunto de atividades inter-relacionadas que podem ser realizadas, num espaço de tempo determinável, por um ou mais departamentos de uma organização ou de várias organizações, com o propósito de alcançar objetivos específicos
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O PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
2005 Lozano 33
OBJETIVOS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PROJETO DE VIABILIDADE
PROJETO FINAL
PLANEJAMENTO TÁTICO
IMPLANTAÇÃO
PRODUÇÃO
AS ETAPAS DE UM PROJETO
1. ESTUDO DE MERCADO a) CARACTERIZAÇÃO
i. DO PRODUTO ii. DEMANDA PROJETADA iii. PREÇO DE VENDA
2. LOCALIZAÇÃO 3. ESCALA 4. FINANCEIRO 5. ADMINISTRATIVO 6. JURÍDICO 7. CONTÁBIL 8. MEIO AMBIENTE
2005 Lozano 34
AS ETAPAS DE UM PROJETO
9. CRONOGRAMA a) DOS DESEMBOLSOS b) PROJEÇÕES DE CUSTOS E RECEITAS
10. AVALIAÇÃO 11. PROJETO FINAL 11. IMPLANTAÇÃO 12. OPERAÇÃO
2005 Lozano 35
MERCADO Pesquisar e analisar as informações sobre a estrutura e
mudanças no mercado ou segmento do empreendimento.
É o elo de ligação entre demanda, oferta e concorrência. Preocupa-se também com os clientes/usuários atuais e potenciais (necessidades não atendidas ou a serem criadas).
São estimadas: a demanda total, a oferta já existente, a demanda não atendida e as projeções de crescimento, bem como os padrões (qualidades ou características) dos bens ou serviços a serem ofertados pelo projeto.
PREÇO DE VENDA (cálculo) Logística do empreendimento(compras-distribuição-
estoques, etc)
Análise do Mercado
• Procura atual e potencial(vol.vendas p/produto); • Segmentação do mercado (que critérios?); • Comportamentos de consumo e de compra; • Motivações(fat.cognitivos/afetivos; riscos; marca); • A Distribuição (intermediários: quem são? quantos? políticas? Estratégias? canais?; • Tendências de evolução do mercado.
As Cinco Forças de Porter
Lozano 38
POTENCIAL DE ENTRADA DE
NOVAS EMPRESAS
RIVALIDADE ENTRE OS
CONCORRENTES ATUAIS
Poder de Negociação dos
FORNECEDORES
Poder de Negociação
dos CLIENTES
PRESSÃO DE
PRODUTOS SUBSTITUTOS FONTE : PORTER(1980)Estratégia Competitiva
MODELO DE PORTER
VANTAGEM
COMPETITIVA
CUSTOS
BAIXOS
DIFEREN-
CIAÇÃO
ÂMBITO
COMPETI-
TIVO
MERCADO
AMPLO
Liderança de
Custos
Diferenciação
MERCADO
RESTRITO
FOCO
c/Custos baixos c/Diferenciação
MODELO DE PORTER – Implicações -
Recursos Requisitos Riscos Competitivos
LIDERANÇA
DE CUSTOS
-Elevados
investimentos e acesso
a capital;
- Engenharia de
processo;
-Distribuição barata.
-Controle rígido
custos;
- Avaliação e
incentivos
quantitativos.
-Mudanças
tecnológicas;
-Cópia pela
competição;
-Menores custos do
foco.
DIFEREN-
CIAÇÃO
-Bom marketing;
-Engenharia do
produto;
-Cooperação com
canais.
-Integração ao longo
da cadeia
Operacional;
-Cópia pela
competição;
-Perca em custos;
-Maior diferenciação
do foco.
FOCO -Combinação dos
recursos e capacidades
da liderança de custos
e diferenciação para os
segmentos-alvo.
-Combinação dos
requisitos
organizacionais da
liderança de custos e
da diferenciação
-Cópia competição;
-Declínio do
segmento;
LOCALIZAÇÃO
LOCAL IDEAL( fatores de localização: água, energia, transporte, mão de obra, infra-estrutura básica)
DEPENDE DE:
○ MERCADO
○ ESCALA
○ LOGÍSTICA
○ CLIMA
○ PROXIMIDADE DE CLIENTES – FORNECEDORES – MATERIAIS E INSUMOS
ESCALA (Tamanho do Empreendimento)
DEPENDE
○ DO MERCADO
○ DA LOCALIZAÇÃO
○ DE ASPECTOS TÉCNICOS DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
○ CAPACIDADE DE PRODUÇÃO a) CAPACIDADE NOMINAL (Cn)
- capacidade teórica – se forem utilizados todos os recursos de forma eficiente
b) CAPACIDADE EFETIVA (Ce)
- capacidade real em função de restrições
c) :NIVEL DE UTILIZAÇÃO (Nu) = Ce / Cn :
CUSTOS EXPLÍCITOS MÃO-DE-OBRA
DEPRECIAÇÃO
DESPESAS
CUSTOS IMPLÍCITOS
CUSTO DE OPORTUNIDADE
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO
(ORÇAMENTOS)
FINANCEIROS COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
OPÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO OPÇÕES DE CAPITAL DE TERCEIROS CUSTO DA REMUNERAÇÃO DO CAPITAL O CUSTO MÉDIO PONDERADO DO CAPITAL DEFINE SE O
PROJETO SERÁ IMPLEMENTADO
FINANCIAMENTOS ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS
○ EMPRÉSTIMOS ○ FINANCIAMENTOS
DEFINIÇÃO DO VOLUME DE CAPTAÇÃO DE TERCEIROS ○ ALAVANCAGEM FINANCEIRA
CAPACIDADE FINANCEIRA DO PROJETO
RECEITAS PREVISTAS DEVEM COBRIR DESPESAS OPERACIONAIS
CAPITAL DE RISCO
CAPITAL DE GIRO
DEFINIÇÃO DAS ORIGENS DE RECURSOS
DEFINIÇÃO DAS APLICAÇÕES DE RECURSOS
ADMINISTRATIVOS
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PARA IMPLANTAÇÃO
PARA OPERAÇÃO
CUSTO DA ESTRUTURA
TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
2005 46
JURÍDICOS E LEGAIS
FORMA SOCIETÁRIA TIPO QUEM SÃO OS SÓCIOS QUAL A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA REGISTROS LEGAIS QUEM FAZ O QUE
CONTRATOS COM CLIENTES COM FORNECEDORES PATENTES COMPRA DE TECNOLOGIA EXIGÊNCIAS LEGAIS
MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL
INCENTIVOS FISCAIS LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO
CONTÁBEIS METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DOS
DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS
METODOLOGIA DE PROJEÇÕES DOS DEMONSTRATIVOS
ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS DEVE REFLETIR O MODELO DE GESTÃO
MENSURAÇÃO DOS ATIVOS
DOS RESULTADOS
SISTEMAS DE CUSTEIO ABSORÇÃO : FISCAL
DIRETO : GERENCIAL
ABC : GERENCIAL
MEIO AMBIENTE
PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL OU RENOVAÇÃO DAS LICENÇAS
EXISTENTES
CRONOGRAMA
DE IMPLANTAÇÃO
DE DESEMBOLSO
FÍSICO-FINANCEIRO
Critérios de Avaliação
BANCOS
Viabilidade do negócio
Fluxo de Caixa positivo para o serviço da dívida, de maneira a cobrir:
Juros e Reembolso do capital
Boa disciplina gerencial e financeira
Plano de Negócios sensato
Informação confiável
Dos Investidores
Equipe de Primeira Classe
Retorno sobre o Investimento (5 a 10 vezes)
Vantagem Competitiva - Unica
Fácil de compreender - Regras de saída: Como recuperar o capital investido?
Influência do investidor na gestão do negócio
AVALIAÇÃO
A. Pay-Back (tempo de retorno);
B. Valor Presente Líquido(VPL);
C. Taxa Interna de Retorno(TIR);
D. Relação de Custo-Benefício(C/B);
E. Risco e Retorno Esperados.
Análise de Investimentos
Aula 18/09/09
Análise de Investimentos
1-) Considerações financeiras
Estas considerações levam em conta a disponibilidade de recursos próprios ou financiamentos. Não faz sentido analisar investimentos para os quais não há recursos disponíveis, sejam próprios ou de terceiros. Por exemplo, não faz sentido analisar a compra de um carro a vista ou financiado se não há dinheiro suficiente para comprá-lo a vista.
4-) Considerações do ambiente empresarial
Estas são considerações políticas, sociais, culturais e de meio ambiente que afetam o investimento e são as mais difíceis de se analisar, pois muitas vezes não podem ser expressas em valores monetários. Contudo são de fundamental importância, já que fazem parte do contexto estratégico da organização.
As três principais considerações devem ser analisadas no contexto da estratégia de longo prazo da organização, uma vez que os investimentos são meios pelos quais a organização operacionaliza a sua estratégia.
Análise de Investimentos
A importância da análise de investimentos
Para obter recursos a organização necessita investir. Contudo o mercado oferece uma ampla variedade de investimentos possíveis e cabe ao administrador analisar quais são os melhores investimentos para a organização.
O administrador deve analisar os investimentos de forma racional objetivando escolher as melhores opções para a organização. Para tanto o administrador deve levar em consideração três fatores que influenciam a decisão:
1-) Considerações econômicas
Estas considerações levam em conta principalmente a rentabilidade e risco dos investimentos. Assim o administrador deve escolher os investimentos de maior retorno e de menor risco para a organização. Estes estudos também são conhecidos como Engenharia Econômica.
Todas as análises profissionais de investimento levam em consideração o custo de oportunidade, também conhecido como custo de capital. Os recursos investidos poderiam estar sendo direcionados a outras atividades e assim é necessário levar este fator em consideração.
Os investimentos devem ser considerados em valores monetários, normalmente em reais, para serem comparados. Não é possível, por exemplo, comparar kw/h com metros cúbicos de água.
Análise de Investimentos - Fluxo de Caixa Relevante
Os investimentos são a forma de perpetuação futura da empresa e sua própria lógica. Os investimentos contudo não são fins em si mesmos, são uma forma de possibilitar a empresa atingir seu objetivo de maximizar o valor dos acionistas.
Os investimentos devem ser representados na forma de fluxos de caixa. Os conceitos contábeis não são utilizados e sim os conceitos de entrada e saída de valores. Tal premissa é utilizada, de forma a permitir uma justa comparação com outras opções de investimentos, tais como ações, renda fixa, outros projetos.
Fluxos de Caixa Relevantes: os fluxos de caixa de projetos normalmente contém as seguintes características:
Investimento inicial ou nos períodos iniciais. Estes investimentos podem ser tanto na forma de bens físicos (prédios, equipamentos, ferramentas), quanto na forma de investimento em capital de giro para suportar o projeto. Estes investimentos são saída de caixa e portanto devem ter o sinal negativo no fluxo de caixa.
Retornos de caixa do investimento. Normalmente após alguns períodos o projeto se torna rentável, gerando fluxos de caixa positivos para a empresa / investidor.
Valores residuais ou não operacionais. Estes fluxos de caixa normalmente são positivos e ocorrem no final do investimento, seja pela venda de algum ativo após sua utilização ou por alguma vantagem tributária adquirida.
0
1 2 3
Análise de Investimentos - Fluxo de Caixa Relevante
Exemplo de Fluxo de Caixa:
Suponha que uma empresa irá adquirir um robô para sua linha de produção. O investimento inicial no robô é de R$ 800 mil. No primeiro ano o robô proporcionará um fluxo positivo de R$ 200 mil e do segundo ao quinto ano um fluxo positivo de 300 mil. No quinto ano o robô é revendido como sucata por R$ 50 mil (valor residual do projeto).
800 mil
4 5
200 mil
300 mil 300 mil 300 mil
350 mil
0
1 2 3
Análise de Investimentos - Método do Payback
O método do payback tem como pressuposto avaliar o tempo que o projeto demorará para retornar o total do investimento inicial. Quanto mais rápido o retorno, menor o payback e melhor o projeto. Exemplo:
500 mil
4 5
100 mil
200 mil 200 mil 200 mil
300 mil
Projeto A Acumulado
Investimento Inicial (500.000) (500.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 100.000 100.000
2 200.000 300.000
3 200.000 500.000
4 200.000 700.000
5 300.000 1.000.000
O payback do projeto é de 3 anos, pois é o tempo necessário para retornar o valor do investimento inicial de R$ 500 mil.
Análise de Investimentos - Método do Payback
O método do payback pode ser resolvido analiticamente, como no exemplo:
Projeto A Acumulado
Investimento Inicial (500.000) (500.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 100.000 100.000
2 200.000 300.000
3 200.000 500.000
4 200.000 700.000
5 300.000 1.000.000
O payback do projeto é de 3 anos, pois é o tempo necessário para retornar o valor do investimento inicial de R$ 500 mil.
Alternativamente pode ser calculado com a fórmula, somente nos casos em que o retorno anual é constante:
Payback = Investimento / Retorno Anual
Exemplo:
O investimento inicial de um projeto é de R$ 500.000 e o retorno anual esperado é de R$ 100.000.
Payback = 500.000 / 100.000 = 5 anos
Payback - Critérios de Decisão
Projeto Único: Deve-se definir um tempo máximo aceitável de payback. Se o projeto tiver um payback inferior ao máximo aceitável, aceita-se o projeto, se não rejeita o projeto.
Exemplo: No exemplo anterior o payback foi de 3 anos. Suponha que o payback máximo aceitável fosse estipulado em 2 anos. Teríamos:
Payback máximo aceitável = 2 anos
Payback do projeto = 3 anos, portanto rejeita o projeto.
Projetos Concorrentes: Projetos que são excludentes, deve-se escolher apenas um dos dois. Deve-se escolher o que tem menor payback.
Exemplo: A Ambev deseja construir uma nova fábrica de refrigerantes que pode ser de guaraná (projeto A) ou de soda limonada (projeto B). Os projetos são excludentes. Qual deve ser o projeto escolhido?
Projeto A Acumulado
Investimento Inicial (7.000.000) (7.000.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 3.000.000 3.000.000
2 4.000.000 7.000.000
3 3.000.000 10.000.000
4 2.000.000 12.000.000
5 2.500.000 14.500.000
Projeto B Acumulado
Investimento Inicial (6.000.000) (6.000.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 1.500.000 1.500.000
2 1.500.000 3.000.000
3 1.500.000 4.500.000
4 1.500.000 6.000.000
5 2.000.000 8.000.000
O projeto A tem payback de 2 anos enquanto o projeto B tem payback de 4 anos. Desta forma, pelo método do payback devemos escolher o projeto A (guaraná).
Payback - Críticas
O método do payback já foi muito utilizado por ser o mais simples dos métodos de avaliação de investimentos, e ainda hoje é utilizado como uma primeira referência. Contudo este método apresenta três graves problemas:
1-) Não leva em conta o valor do dinheiro no tempo (custo de oportunidade);
2-) Não considera os riscos de cada projeto, que podem ser muito diferentes;
2-) Não considera os fluxos de caixa após o período de payback. Exemplo:
Projeto A Acumulado
Investimento Inicial (6.000.000) (6.000.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 3.000.000 3.000.000
2 3.000.000 6.000.000
3 500.000 6.500.000
4 500.000 7.000.000
5 500.000 7.500.000
Projeto B Acumulado
Investimento Inicial (6.000.000) (6.000.000)
Ano Entradas de Caixa Acumulado
1 2.000.000 2.000.000
2 2.000.000 4.000.000
3 2.000.000 6.000.000
4 3.000.000 9.000.000
5 6.000.000 15.000.000
O projeto A tem payback de 2 anos enquanto o projeto B tem payback de 3 anos. Desta forma, pelo método do payback devemos escolher o projeto A.
Contudo, o projeto B apresenta um retorno acumulado de 15 milhões em cinco anos, o dobro do retorno do projeto A, de 7,5 milhões. Ocorre uma distorção no método do payback por não se considerar os anos 4 e 5 na análise.
Exercícios
1-) Explique a lógica do método do payback para a análise de investimentos.
2-) Considere um projeto de 6 anos com investimento inicial de R$ 800.000. O retorno anual esperado é constante de R$ 200.000. Qual é o payback deste projeto? Se o payback máximo aceitável for de 3 anos, devemos aceitar o projeto?
3-) Considere o seguinte projeto de cinco anos: investimento inicial de 150 mil, retorno nos três primeiros anos de 50 mil e no quarto e quinto de 100 mil. Se o payback máximo aceitável for de 2 anos devemos aceitar o projeto? E se for de 4 anos?
4-) Considere dois projetos concorrentes de 4 anos:
Projeto X: Investimento inicial de 300 mil, retorno nos três primeiros anos de 100 mil e no quarto ano de 400 mil.
Projeto Y: Investimento inicial de 500 mil, retorno nos dois primeiros anos de 250 mil e nos dois anos seguintes de 50 mil.
Qual deve ser aceito pelo método do payback?
5-) Quais são as principais críticas ao método do payback?
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