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O EXCESSO DE PESO E A OBESIDADE EM ESCOLARES DA 8ª SÉRIE DO COLÉGIO

VITAL BRASIL DE VERA CRUZ DO OESTE

SIMONI FOGAÇA SOARES FERMINO1, EDSON ANTONIO ALVES DA SILVA2

RESUMO: A necessidade do professor de matemática buscar alternativas

interdisciplinares e contextualizadas para a efetivação da aprendizagem aliada a

uma questão social da atualidade, como a obesidade na adolescência, motivou a

proposta desse Projeto de Intervenção Pedagógica. É fato, o crescimento da

prevalência da obesidade em adolescentes do mundo inteiro. No âmbito escolar, o

fato também é observado, visto que a obesidade tem sido um dos principais motivos

de bulling, traduzindo em atos de violência a discriminação sofrida pelos

adolescentes que estão acima do peso considerado normal. O Tratamento da

Informação mais especificamente a Estatística permite quantificar o excesso de peso

e a obesidade entre os discentes em uma escola. A coleta das medidas

antropométricas (peso e estatura), o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) e, as

informações de questionário a respeito de idade, sexo, alimentos mais consumidos e

prática ou não de atividades físicas, dão condições de quantificar o problema. Neste

trabalho a estatística se encarregou da organização e descrição das informações

coletadas, proporcionando a interpretação e compreensão dos resultados. As

informações obtidas foram apresentadas, na forma de tabelas e gráficos aos alunos

que constituíram o público alvo dessa intervenção pedagógica, propiciando a

conscientização da necessidade da manutenção de um peso saudável com atitudes

relacionadas à alimentação de qualidade e prática de atividades físicas. Constatou-

se que 38% do universo pesquisado apresentavam excesso de peso ou obesidade.

1Professora de Ciências com habilitação em Matemática, com Especialização em Metodologia do

Ensino da Matemática e em Psicopedagogia. Atua como professora na Rede Estadual de Ensino no

Colégio Estadual Vital Brasil do município de Vera Cruz do Oeste – PR. Aluna do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) – 2010. SEED – PR. E-mail: [email protected]

2Professor do Colegiado de Matemática – UNIOESTE. Doutor em Métodos Numéricos pela UFPr . e-

mail: [email protected].

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Palavras- chave: Tratamento da Informação; Estatística descritiva; Obesidade na

adolescência.

1 INTRODUÇÃO

A Matemática se constitui numa das mais importantes ferramentas de

inserção social da sociedade moderna, cujos conhecimentos básicos forma cidadãos

aptos e participativos nas relações de trabalho e nas demais relações sociais e

ainda, traz contribuições políticas e culturais para o meio em que vive.

O conhecimento matemático proporciona capacidade de interação do

indivíduo com o mundo que o cerca, desenvolvendo nele capacidades de tomar

decisões, resolver problemas, criticar, estimar soluções e até a fazer transformações

pertinentes, que podem trazer melhora significativa na vida da sociedade.

A sociedade moderna veicula diariamente nos meios de comunicação,

informações na forma de tabelas e gráficos, que dizem respeito ao cotidiano das

pessoas. Porém muitos não entendem tais notícias em virtude da falta de

conhecimentos de estatística. O conhecimento estatístico tem uma função

facilitadora na comunicação e leitura da informação o que pode proporcionar às

pessoas a capacidade de analisar criticamente o fato comunicado, identificando até

possíveis deformações da informação dada.

Este trabalho é o resultado da aplicação do método estatístico a um grupo

selecionado de alunos das oitavas séries A e B do período matutino do Colégio Vital

Brasil de Vera Cruz do Oeste para que eles investigassem o excesso de peso e a

obesidade nos alunos das 8ª séries A, B, C e D, regularmente matriculados no ano

letivo de 2011.

A obesidade na adolescência se apresenta como um problema de saúde

pública, com prevalência mundial. Para Gewandsznajder (2009), a obesidade se

instala quando a quantidade de calorias consumida por uma pessoa for maior que a

quantidade de calorias que ele gasta. O excesso de nutrientes é armazenado no

corpo sob a forma de gordura, caracterizando a obesidade. A ingestão de alimentos

muito calóricos, ricos em gorduras saturadas e açúcares, aliada a pouca atividade

física, contribuem para a obesidade.

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A obesidade na adolescência pode desencadear problemas de

discriminação, bulling, depressão dentre outros, que podem afetar o desempenho do

estudante.

O bulling é o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e

colocá-la sob tensão (PEDRA, 2008), deixando-a frágil e psicologicamente abalada.

Compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetitivas ocorridas sem

motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando

dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando

possível a intimidação da vítima. É um fenômeno que se traduz em atos de violência

com implicações nefastas acarretando enorme prejuízo psicológico, emocional e

sócio-educacional ao indivíduo que é vitimado por essa ação.

Segundo Fante (2005), o bulling está presente nas escolas de todo o mundo

e caracteriza-se por humilhações, gozações, ameaças, imputação de apelidos

constrangedores, chantagens, intimidações. Pode trazer consequências à

aprendizagem dos alunos, podendo levar a dispersão, o desinteresse pelo estudo e

pela escola, absentismo, queda de rendimento escolar e evasão. Sabemos que o

aluno que apresenta um quadro de excesso de peso ou obesidade, é vítima

constante de apelidos e gozações que ferem psicologicamente e pode se traduzir

em atos de violência e outras reações que impedem o bom desenvolvimento

escolar.

Noticiários dão conta de casos de violência praticados por vítimas de bulling.

Muitas destas vítimas são adolescentes que estão acima do peso. Nesta

perspectiva, a Matemática possibilita conhecer a realidade desse grupo de alunos,

em se tratando, da presença de excesso de peso ou obesidade entre eles.

A Educação Matemática se constitui na área do conhecimento que se ocupa

em estudar as múltiplas variáveis da aprendizagem e o seu ensino. Essa disciplina

se pauta em princípios que orientam as práticas educativas a serem adotadas no

processo de legitimação da aprendizagem para a consequente formação do

cidadão. Formar cidadãos conscientes implica necessariamente em educar, pois a

educação é uma forma de intervenção no mundo (FREIRE, 2005) e a educação

matemática contribui para a formação cidadã, tornando o indivíduo apto a engajar-se

no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para Dante (2009),

a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, pois

ela habilita o cidadão a exercer plenamente seu papel, emitindo opiniões, se

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posicionando frente aos embates do dia a dia e interferindo direta e positivamente no

meio em que vive. A presença da Matemática é percebida em todas as fases de

nossa vida, em todas as classes sociais, nas mais diversas culturas e das mais

variadas formas, na vida de pessoas que jamais frequentaram os bancos escolares

e até dos mais qualificados. Sua sistematização prepara o indivíduo para constatar

regularidades e desenvolver generalizações que lhe possibilitam ler o mundo com

grande capacidade de discernimento. A leitura de mundo é tanto mais rica quanto

melhor for o conhecimento matemático desenvolvido pelo indivíduo, desde sua mais

tenra idade, dando-lhe condições de expressar idéias, executar atividades para fins

coletivos, fazer pequenas estimativas, organizar, desenhar, pintar, brincar, enfim

comunicar-se. O conhecimento matemático é de relevância social, pois, por ele,

almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões,

conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias, organizando os

conteúdos de tal forma que possibilitem uma articulação entre si e ainda, se

conectem com outras áreas do conhecimento (DCE – PR, 2008). Além da

organização dos conteúdos, é necessária a adoção e uso de recursos didáticos que

auxiliem e motivem o processo ensino aprendizagem. Recursos como o quadro de

giz, livros didáticos, jogos, calculadora, vídeos, computador, entre outros,

maximizam a possibilidade de construção do conhecimento científico.

A prática pedagógica no ensino da Matemática, precisa ser avaliada e

revista sempre que necessário. Não é um processo pronto e acabado. Passa por

constantes transformações, cabendo aos educadores perseverar na busca de

aprimoramento de métodos, seleção de conteúdos e novos recursos didáticos para

alcançar uma educação de qualidade.

A sistematização dos conteúdos matemáticos almeja propiciar aos alunos a

construção e organização do raciocínio lógico e outras competências que os habilite

a compreender e agir diante de situações do seu cotidiano. No que se referem ao

bloco Tratamento da Informação, os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais)

explicitam que seu objetivo de 5ª a 8ª séries é levar o aluno a construir

procedimentos para coleta, organização e comunicação de dados, utilizando tabelas,

gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia-a-dia. Além

disso, permitir calcular algumas medidas estatísticas com o objetivo de interpretar

dados (BRASIL, 1998). No Paraná, segundo as Diretrizes Curriculares do Estado, os

conteúdos matemáticos gerais são chamados de Conteúdos Estruturantes. Eles

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foram elaborados com a participação dos professores da rede estadual por meio de

discussões organizadas nas escolas. Estes conteúdos representam os

conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e

organizam os campos de estudos da referida disciplina. Para a Educação Básica da

Rede Pública Estadual, os conteúdos estruturantes nesta disciplina são formados

por Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções e Tratamento

da Informação (DCE - PR, 2008).

De acordo com Rotunno (2007), os conteúdos de Estatística e Probabilidade

foram incluídos no Ensino Fundamental a nível nacional, a partir de 1997, por meio

dos PCN criando o bloco Tratamento da Informação. Essa inclusão aconteceu após

o recebimento de propostas curriculares de alguns estados, entre eles o Paraná,

tomados como subsídios para a elaboração dos PCN. A inclusão do Tratamento da

Informação no Ensino Fundamental visa desenvolver no aluno a capacidade de

interpretar informações que exigem a leitura e a interpretação dos gráficos e tabelas

que são diariamente veiculados nos meios de comunicação. O assunto é de grande

relevância já que permite a inserção do aluno na sua realidade social com visão

crítica e capacidade de discernimento para a tomada de decisões que possam

melhorar sua condição social e de seus familiares. Neste estudo utilizaremos a

Estatística como ferramenta conceitual na interpretação de dados.

Acredita-se que a Estatística tenha surgido por volta do século XVII, em

estudos sobre as taxas de mortalidade, os quais serviram aos governos para coletar

informações relativas a número de nascimentos, casamentos e dados sobre

migração (DCE - PR, 2008). Já no século XVIII, a partir dos estudos sobre fatos

ocorridos, essa nova ciência foi adquirindo feição verdadeiramente científica

(CRESPO, 1999).

A expressão estatística é definida no dicionário Aurélio como parte da

matemática em que se investigam processos de obtenção, organização e análise de

dados sobre uma população ou uma coleção de seres quaisquer e métodos de tirar

conclusões e fazer predições com base nesses dados. No entanto, vamos

considerar a estatística como a ciência que estuda a organização, descrição, análise

e interpretação dos dados. Para Dante (2009), a divulgação de resultados de

pesquisas por meio de tabelas e gráficos, assim como suas interpretações, faz parte

da estatística.

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Alguns autores, entre eles Gal (apud NAGAMINE, 2010), dizem que a

capacidade de interpretação e avaliação crítica de informações estatísticas confere

ao indivíduo um letramento estatístico, portanto, pressupõe-se que um adulto letrado

em estatística, consiga, além de interpretar e avaliar criticamente informações

estatísticas considere também argumentos e fenômenos relacionados aos dados em

qualquer contexto.

Para Nagamine (2010), desenvolver o letramento estatístico em um aluno

envolve também o desenvolvimento do pensamento estatístico de forma crítica e

reflexiva em todas as fases de uma pesquisa. Ainda, segundo a mesma autora, os

professores do Ensino Fundamental são os responsáveis pela alfabetização

estatística.

A pesquisa está presente em nosso cotidiano em diversas situações.

Exemplo disso é o trabalho do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,

que utiliza as pesquisas para diagnosticar as características da população, identificar

os problemas existentes e fazer projeções para auxiliar na qualidade de vida da

sociedade em geral.

O termo pesquisa social sugere uma investigação minuciosa a respeito de

um determinado fato, sendo que este estudo se traduz em um conjunto de

elementos numéricos capazes de fornecer dados para análise e tomada de

decisões. É natural supor que muitas pessoas já tenham ouvido ou participado de

alguma pesquisa de opinião, respondendo a questões do tipo: “Em quem você vai

votar para prefeito?”, “Para que time você torce?” ou “Qual o gênero musical de sua

preferência?”. Perguntas como estas são pertinentes a pesquisas de opiniões que

procuram respostas para os mais variados assuntos e que atendem a uma gama de

objetivos que são peculiares de quem está fazendo a pesquisa e qual sua intenção

com os resultados encontrados. Uma pesquisa tem início a partir de um

questionamento ou curiosidade do pesquisador que parte para a procura de uma

resposta que venha explicar o fato que gerou essa dúvida. O questionamento que

inspirou este trabalho foi a possibilidade da existência de casos de excesso de peso

e obesidade entre os alunos da 8ª série do Colégio Vital Brasil de Vera Cruz do

Oeste.

Excesso de peso e obesidade se apresentam como motivadores de bulling

na escola. Os primeiros registros de estudos sobre o bulling dão conta de que

discussões a respeito deste tema tiveram início na década de 70 na Suécia e

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Dinamarca. Na década de 80, a Noruega desenvolveu uma grande pesquisa sobre o

tema. Segundo Fante (2008), como reflexo desse estudo, o tema chegou ao Brasil

no fim dos anos 90.

Bulling é uma palavra que tem origem no termo inglês bully que significa:

brigão, mandão, valentão. Para Fante e Pedra (2008), esse fenômeno social descrito

por bulling, é um termo que descreve o conjunto de atos de violência física ou

psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de

indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se

defender.

No intuito de levar o aluno a reconhecer que a manutenção de um peso

saudável traz benefícios para o corpo e mente, além de, chamar menos atenção de

colegas de escola para a prática do bulling, optou-se por conhecer a realidade deste

universo de alunos pesquisados, no que diz respeito à compatibilidade entre peso e

altura, conforme critérios adotados pelo sistema de saúde.

Existem muitos indicadores de obesidade, dentre eles o Índice de Massa

Corporal – IMC é o mais conhecido. O IMC é calculado considerando a proporção

entre peso e altura, recomendado pela Organização Mundial da Saúde, como

indicador do peso ideal. O cálculo é feito pela divisão do peso atual (medida em

quilogramas) pela altura (medida em metros) elevada ao quadrado, ou seja,

IMC Massa

Altura2

Para a verificação desse resultado, são utilizadas tabelas, como as de

Conde e Monteiro, que explicitam os critérios de referência para definição de Baixo

Peso, Excesso de Peso e Obesidade, para os sexos: masculino (Tabela 1) e

feminino (Tabela 2).

TABELA 1: Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Peso e

Obesidade para o sexo masculino (CONDE e MONTEIRO, 2006)

Idade BP Normal EP OB

13 anos < 14,02 14,02 – 20,99 20,99 – 26,99 > 26,99 14 anos < 14,49 14,49 – 21,66 21,66 – 27,51 > 27,51 15 anos < 15,01 15,01 – 22,33 22,33 – 27,95 > 27,95 16 anos < 15,58 15,58 – 22,96 22,96 – 28,34 > 28,34 17 anos < 16.15 16,15 – 23,56 23,56 – 28,71 > 28,71 BP= Baixo Peso; EP= Excesso de Peso; OB= Obesidade Fonte: Manual de Aplicação de Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação - JULHO/2007

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TABELA 2: Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Peso e

Obesidade para o sexo feminino (CONDE e MONTEIRO, 2006)

Idade BP Normal EP OB

13 anos < 15,03 15,03 – 21,69 21,69 – 26,25 > 26,25 14 anos < 15,72 15,72 – 22,79 22,79 – 27,50 > 27,50 15 anos < 16,35 16,35 – 23,73 23,73 – 28,51 > 28,51 16 anos < 16,87 16,87 – 24,41 24,41 – 29,20 > 29,20 17 anos < 17,22 17,22 – 24,81 24,81 – 29,56 > 29,56 BP= Baixo Peso; EP= Excesso de Peso; OB= Obesidade Fonte: Manual de Aplicação de Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação - JULHO/2007

O objetivo geral desse trabalho foi quantificar o sobrepeso e a obesidade

entre a população de alunos da 8ª série do Colégio Estadual Vital Brasil, valendo-se

da estatística para um processo de organização e descrição das informações

coletadas. Para alcançar tal resultado, houve a necessidade de:

• Obter as medidas de comprimento e de massa contidos nos dados de

altura e peso, necessários para o cálculo do IMC (índice de massa

corporal), dos alunos pesquisados.

• Traduzir os resultados obtidos no IMC foram traduzidos em tabelas

utilizadas pelo sistema de saúde para verificação de presença ou não de

Excesso de Peso ou Obesidade.

• Organizar os dados em tabelas e gráficos para descrever a distribuição do

IMC e identificar os alunos que se encontram com excesso de peso ou

obesidade.

2 METODOLOGIA

Foi selecionado um grupo de alunos das oitavas séries A e B do período

matutino do Colégio Estadual Vital Brasil de Vera Cruz do Oeste - PR para a

investigação do excesso de peso e obesidade entre os alunos das 8ª séries do

colégio. A organização da pesquisa obedeceu a sequência de etapas, que

orientaram o trabalho desenvolvido pelos alunos.

As etapas desenvolvidas foram: motivação; conceito de população, amostra

e informação – variáveis; instrumentalização para a pesquisa; elaboração de

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conclusões sobre os dados encontrados; produção do questionário para a pesquisa

estatística; discussão do questionário produzido e aplicação nas turmas de 8ª série;

organização dos dados coletados; produção de tabelas e gráficos e discussão dos

resultados; elaboração da apresentação dos resultados; avaliação do trabalho de

pesquisa.

O indicador de obesidade utilizado foi o Índice de Massa Corporal – IMC.

A Produção Didático-Pedagógica que teve como título: “A pesquisa

estatística quantificando a obesidade dos alunos de 8ª série do Colégio Vital Brasil, a

partir do IMC”, foi proposta a um grupo de alunos pesquisadores, das oitavas séries

A e B. Em reunião com estes alunos, ficou acordado que as atividades de

implementação ocorreriam nas segundas e quartas-feiras das 13h15 às 15h30 nos

meses de setembro e outubro, nas dependências do Colégio Estadual Vital Brasil.

Eles assumiram o compromisso de realizar as atividades com responsabilidade,

garantindo a frequência e empenho na execução das etapas do trabalho de

pesquisa.

No 1º encontro houve uma motivação para o trabalho de pesquisa, por meio

de uma conversa instigando-os sobre o conhecimento que possuíam sobre

estatística. Em seguida foram feitos alguns questionamentos: “Obesidade é um

problema existente em nosso Colégio?”, “Vocês observam alunos com obesidade

nas turmas de 8ª série?”, “A obesidade é um dos motivos de bulling?”, “Como medir

a obesidade?“; “Vocês conhecem algum indicador de obesidade?”. Todos tiveram a

oportunidade de dar sua contribuição falando sobre o assunto de acordo com a

vivência de cada um. Surgiram questionamentos pertinentes ao tema proposto,

enriquecendo a discussão e promovendo o crescimento de todos. Na sequência foi

dada uma aula sobre Noções de Estatística usando Slides que conceituaram seu

objeto de estudo, população, amostra, variáveis, tabulação de dados, e as formas de

representação dos resultados.

No 2º encontro foi realizado um treino com os alunos, acontecendo assim a

instrumentalização para a pesquisa. Eles se subdividiram em grupos para coletar

dados por meio de entrevista com perguntas elaboradas por eles. Foram formados 3

grupos, sendo que, cada um elaborou quatro perguntas que foram respondidas

pelos alunos presentes nesta aula de implementação do projeto PDE.

Após a entrevista feita por cada grupo a todos os alunos presentes na sala,

os dados foram tabulados. Uma das questões de cada grupo foi escolhida por eles

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para ser representada em tabela e gráfico. Foram elaboradas conclusões sobre os

dados coletados. O tempo previsto para esta etapa era 2 horas aula, porém foram

necessárias 3 h/a para a realização desta atividade.

No 3º encontro aconteceu a apresentação das conclusões sobre os dados

coletados na aula anterior. Cada grupo elegeu uma das perguntas feitas para

registrar os resultados em tabelas e gráficos e apresentar aos demais grupos. Na

sequência, foram feitas algumas análises sobre as perguntas, se deveriam ser

formuladas de outra forma, se atenderam as expectativas dos entrevistadores, enfim

se continham as informações essenciais. Novamente os alunos foram divididos em

grupos para a produção do questionário para a pesquisa estatística. A maioria optou

por usar toda a população de alunos da 8ª série para a pesquisa. Foi solicitado que

cada grupo elaborasse algumas questões para fazer parte do questionário buscando

quantificar a obesidade.

No 4º encontro houve a discussão do questionário produzido. As questões

elaboradas foram debatidas com a participação de todos, orientados pela

professora. Ao final chegou-se a um consenso definindo as questões. Em seguida,

em preparação para responder o questionário, nos aspectos de peso e altura, optou-

se por realizar as medidas antropométricas. Antes de realizar as medições, os

alunos-pesquisadores aprenderam a lidar com a balança, realizando as pesagens e

medições entre eles, para em seguida coletar as medidas nos alunos pesquisados.

No dia em que se realizou o 5º encontro, a atividade realizada foi de coleta de

medidas antropométricas junto aos alunos das 8ª séries A e B. A atividade foi

realizada no período da manhã. A coleta das medidas da 8ª série A foi realizada

pelos alunos pesquisadores da 8ª B. A coleta das medidas da 8ª série B foi realizada

pelos alunos pesquisadores da 8ª A. Os dados de peso e altura colhidos serviram

para subsidiar os alunos no questionário, uma vez que essas variáveis são

imprescindíveis para a realização dessa pesquisa.

Por ocasião do 6º encontro, foi realizada a aplicação do questionário nas

turmas C e D do período vespertino. Após a aplicação os alunos pesquisadores

iniciaram a tabulação dos dados coletados pelo questionário.

No 7º encontro foi aplicado o questionário nas turmas A e B do período

matutino. Na sequência os alunos iniciaram a tabulação dos dados coletados no

período da tarde.

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O 8º encontro teve como atividade a tabulação dos dados coletados no

questionário, para obter:

Porcentagem de alunos do sexo masculino e feminino por turma.

Média de altura e peso por turma.

Porcentagem de alunos com BP (baixo peso), Peso normal, EP (excesso

de peso) e OB (obesidade).

Tabela de frequência do consumo de alguns alimentos.

Tabela de frequência da prática de atividades físicas.

Tabela de frequência do nº de horas diárias que assiste televisão.

Tabela de frequência do número de refeições diárias.

No 9º encontro se deu a tabulação geral dos dados coletados no

questionário.

O 10º encontro foi destinado à produção de tabelas e gráficos e discussão

dos resultados.

No 11º encontro foi feita a elaboração da apresentação dos resultados na

forma de cartazes e slides e, também fizemos a avaliação do trabalho de pesquisa.

Finalmente, no 12º encontro, foram apresentados os resultados da pesquisa

estatística. Os alunos-pesquisadores apresentaram os slides em dois momentos,

sendo, manhã: 8ª A e B e tarde: 8ª C e D, no salão de reuniões do Colégio Vital

Brasil. Após esta apresentação, foi realizada uma palestra sobre Bulling, proferida

pela Professora Justina Inês Dametto Meneguetti.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da tabulação geral dos dados coletados no questionário, foi

observado que do número de alunos pesquisados, 1% apresentou baixo peso, 61%

apresentaram peso normal, 26% estão com excesso de peso e 12% apresentaram

obesidade (Tabela 3).

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TABELA 03: Situação (Baixo Peso, Excesso de Peso ou Obesidade) de acordo com

o IMC.

SITUAÇÃO FREQUÊNCIA PORCENTAGEM

Baixo peso 1 1%

Normal 54 61%

Excesso de peso 23 26%

Obesidade 11 12%

Fonte: Pesquisa em sala de aula, 2011.

A constatação de que uma quantidade significativa do universo pesquisado

apresentou excesso de peso ou obesidade, deixaram a comunidade escolar

apreensiva, uma vez que, tais problemas comprometem a qualidade de vida e o

desenvolvimento cognitivo do adolescente. Quanto ao consumo de alimentos, o

que chamou mais a atenção foi que o consumo de doces e biscoitos é consumido de

5 a 6 vezes por semana por 43% dos pesquisados (Figura 1).

Fonte: Pesquisa em sala de aula, 2011

Figura 1: Consumo de doces e biscoitos (porcentagem de alunos X número de

vezes por semana), onde N.Q.N. - nunca ou quase nunca.

O hábito de consumir doces e biscoitos se apresentaram como uma prática

diária por aproximadamente metade da população pesquisada, o que além de

contribuir para o ganho de peso, ainda pode causar problemas de saúde que

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comprometem o desenvolvimento do indivíduo. A melhora do poder aquisitivo das

famílias e a mídia contribuem para incentivar o consumo deste tipo de alimento entre

os adolescentes.

E ainda, referindo-se ao consumo alimentar, 17% dos alunos pesquisados

nunca ou quase nunca consomem frutas, verduras ou legumes (Figura 2).

Fonte: Pesquisa em sala de aula, 2011.

Figura 2: Consumo alimentar de frutas/verduras/legumes (porcentagem de alunos X

número de vezes por semana), onde N.Q.N. - nunca ou quase nunca.

A constatação de que uma parcela considerável dos alunos pesquisados

nunca ou quase nunca consome frutas, verduras e legumes, trouxe certa

inquietação à comunidade escolar. Acredita-se que o hábito em consumir este tipo

de alimento possa ser recomendado por pais, professores e nutricionistas,

introduzindo-os na merenda escolar. Campanhas realizadas nas escolas e junto às

famílias podem ampliar o consumo de frutas, verduras e legumes pelos

adolescentes.

Quando se trata da prática de atividades físicas, foi constatado que 55%

dos adolescentes pesquisados não participam de nenhum tipo de treino esportivo

(Figura 3).

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Fonte: Pesquisa em sala de aula, 2011

Figura 3: Prática de atividades físicas – treinos esportivos (porcentagem de alunos X

número de vezes por semana), onde N.Q.N. - nunca ou quase nunca.

Quanto à prática de atividades físicas, no que tange à participação em

treinos esportivos, os dados são assustadores. Mais da metade do universo

pesquisado não participam regularmente de nenhum tipo de prática de atividade

física. Uma possibilidade de aquisição de conhecimento da importância desta prática

é a disciplina de Educação Física que relaciona atividades corporais diretamente

com a saúde dos praticantes. Projetos de contra turno escolar que oferecem treinos

esportivos, nas mais diversas modalidades, danças, etc, podem conscientizar

adolescentes sobre a importância da prática de atividades desta natureza e para a

manutenção da saúde como um todo.

Pesquisamos também o número de horas que os pesquisados ficam à frente

da televisão e vimos que 39% deles permanecem de 5 a 7 horas diárias assistindo e

outros 24% chegam a ficar 8 horas ou mais (Figura 4).

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Fonte: Pesquisa em sala de aula, 2011.

Figura 4: Assiste televisão (porcentagem de alunos X horas por dia).

Assistir televisão de 5 a 7 horas por dia é o que foi declarado por

aproximadamente 40% dos alunos. Muitos adolescentes permanecem sozinhos em

casa no contra turno escolar e diante dos perigos oferecidos na rua, são confinados

em seus lares permanecendo grande parte do tempo em frente à televisão. Sabe-se

que isto pode comprometer a qualidade de vida do adolescente. Algumas atitudes

devem ser adotadas para que estes adolescentes diminuam o tempo de

permanência em frente à televisão.

Estes resultados encontrados e questionamentos realizados podem servir de

subsídios que orientem o poder público a adotar medidas que possam contribuir

para garantir aos nossos adolescentes um acompanhamento que possibilite um

desenvolvimento saudável e uma vida adulta com qualidade.

4 CONCLUSÃO

A pesquisa realizada possibilitou conhecer a realidade desse grupo de

alunos, no que diz respeito à presença de excesso de peso ou obesidade entre eles.

As medidas antropométricas (altura e peso) forneceram dados para o cálculo do IMC

(índice de massa corporal). A distribuição do IMC dos alunos pesquisados foi

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traduzida em tabelas utilizadas pelo sistema de saúde e, o que era apenas uma

hipótese, foi confirmado, a presença de sobrepeso e obesidade entre os alunos da

8ª série do Colégio Vital Brasil de Vera Cruz do Oeste - PR.

Os dados, organizados em tabelas e gráficos, forneceram uma visão do

problema pesquisado, constatando, além da presença de sobrepeso e obesidade, a

confirmação de hábitos alimentares que não contribuem para a manutenção de um

peso saudável, assim como, a prática de atividades muito aquém do que se espera

para a faixa etária pesquisada.

A matemática, mais especificamente a estatística contribuiu no sentido de

possibilitar uma visão concreta do problema em questão e despertar a comunidade

escolar para o enfrentamento do mesmo. A realização desta pesquisa estatística

teve a duração de aproximadamente 32 horas aula e, possibilitou ao aluno um

entendimento real da aplicabilidade da estatística na sua vida cotidiana.

A constatação de que 38% do universo pesquisado apresentavam excesso

de peso ou obesidade, surpreendeu a todos. O Sistema de Saúde municipal foi

comunicado destes resultados, e o mesmo se comprometeu em aprofundar as

pesquisas sobre o assunto e verificar a possibilidade de que uma nutricionista

acompanhe os alunos que apresentaram sobrepeso ou obesidade.

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