YOU ARE DOWNLOADING DOCUMENT

Please tick the box to continue:

Transcript
Page 1: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

1

Page 2: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

2

Crônica das famílias Longhi e Frantz

e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil:

Estórias e História

Ricardo André Longhi Frantz

Volume III

A história dos troncos ancestrais na Europa

Parte 6

2019

Capa: Igreja de São Romédio em dia de festa. Coleção Gilmar Pedron Lorenzi. A igreja teve a família Rossi entre seus fundadores.

Page 3: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

3

Volume III

Parte 6

Devido ao crescimento do material de pesquisa, para facilitar a leitura e o carregamento da página online, o volume III foi dividido em seis partes. Na Parte 1 são apresentados um prefácio, onde são feitas considerações sobre o âmbito e limitações desta pesquisa, seções sobre a história europeia das famílias que emigraram para o Brasil e uma árvore genealógica completa, incluindo os troncos que permaneceram na Europa. Nas outras partes, descrevem-se as famílias que permaneceram na Europa. Esta Parte 6 é dedicada a famílias ancestrais dos Rossi. A principal incerteza sobre elas é a respeito da pertença dos nossos Rossi aos Rossi de Piano, mas como já foi discutido na Parte 1, o parentesco só carece de um testemunho direto, pois as evidências indiretas são muito fortes. Como o fundador do grupo trentino saiu de Parma entre os séculos XV e XVI, uma genealogia pode ser reconstruída com bastante segurança pelo menos até Guglielmo, incluindo as famílias Fieschi-Lavagna, Grillo, De Carrara e Candiano (com seus ramos Maltraversi, De Baone e De Carturo), mas devido ao desconhecimento da identidade do fundador do grupo trentino a incerteza da genealogia depois Guglielmo é considerável, afetando a família Ruggeri. Há indícios que permitem supor que o fundador descenda de Bertrando Rossi, o Jovem, um dos bisnetos de Guglielmo, pois na sua descendência surgem vários homens que têm o nome feminino Maria como segundo nome, inclusive pelo menos dois Giovannis, e um primo (de grau desconhecido) de Giovanni Battista de Fassa vivia em Parma e se chamava Giovanni Maria nesta época. Basear-se apenas na onomástica é bastante arriscado, embora seja uma característica singular que pode ser a verdadeira chave do parentesco para essas últimas gerações. Fieschi (De Lavagna – Obertenghi)................................................................................. 5 Grillo............................................................................................................................. 9 De Carrara..................................................................................................................... 11 De Baone (Maltraversi – Candiano)................................................................................ 14 Ruggeri.......................................................................................................................... 20

As outras Partes poderão ser encontradas neste link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa Na Parte 1 serão descritas as seguintes famílias: Artico (De Articho), Brodt, Cecchini, Dal Piaz, Sartori (Mozzi?), De Nadai (Nadal), Formolo, Frantz, Gassen, Günsch, Longhi (Long), Müller, Panigas, Paternoster (De Gurlano), Pezzi (De Pectis), Rizzi, Rossi, Tomasoni (Tomasi), Vollrath, Weber e Zancaner.

Page 4: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

4

Na Parte 2 serão descritas as seguintes famílias: Agilolfing, Ahalolfing, Antigos Babenberg, Antigos Welf, Berthels, Betz, Biltz, Botzum, Burgúndios, Canters, Carolíngios, Cerdicing (De Wessex), Cornelissen, Cotta, De Boulogne (De Flandres), De Bruyn, De Eibiswald, De Ferrette, De Hamaland, De Hochstaden, De Laon, De Luxemburgo, De Spoleto, De Thurgau, De Uden (De Cuijk), Dey, Eberharding, Eticônidas, Gerardidas, Gerharding, Geroldônios, Goderts, Herincx, Hermens, Icling, Immeding, Kielmann, Kuntzmann, Lething, Lips, Liudolfing, Merovíngios, Mucel, Muliers, Müller, Nicolai, Nouts (Van den Vlaspoel), Novos Billung, Peeters, Pipínidas, Reigentanz, Reiniers, Rhön, Ros, Rossnagel, Schalbe, Schneider, Spreitzer, Suevos, Toetsteen, Trageser, Van der Beke, Van der Hoelt, Van der Poel, Van Geffen, Van Hal, Van Houbraken, Van Luik, Van Roetven, Van Weesp (Lodewijcx), Vlemincx, Waltriche, Weinmann, Wigeriche e Wiltens. Na Parte 3 serão descritas as seguintes famílias: Baerincx, Bertoluzza, Bluijssens, Busetti (De Rallo), Caret, Chilovi, Conzin de Casez (Thun), De Amervoert, De Boender, De Bont, De Gandis de Porta Oriola, De Greifenstein (De Morit), De Leeuw, De Malgolo (Desiderati – De Pergine), De Pero, De Sanzenone (De Tuenno), De Teylingen, Eelkens (Van Oerle?), Frasnelli, Friedrich, Geenen, Gislondi (Gislont), Goetstouwen, Gosser, Heilmann, Hisse, Hoosmans, Huijberts, Mazui de Cazzuffo (De Tuenno), Michiels, Negri de San Pietro, Omizzolo, Panizza, Pedroni, Persyn, Reboli, Roelofs, Schoenmakers, Schroevers, Spapen, Thijs (Mathijssen), Toffolon, Van Besouw (Wijnsouwen), Van Broechoven (Bac), Van Cranenburgh (De Wassenaer), Van de Sande, Van Dommelen (Van den Berge), Van Steen, Van Valkenburgh, Van Welhuÿsen, Verschueren (Van der Schueren), Weger, Wendel e Wise. Na Parte 4 serão descritas as seguintes famílias: Angeli, Avancini, Cainelli (Aliprandini?), Canestrini, Dal Sasso, De Marchi, Franch (De Cloz), Fugà (De Fugantis), Gembrin, Goris (Gregoris), Jaunici, Manfroni (Dalle Caneve), Mosconi (Fogaroli), Ongher (Unger), Poletti, Poli, Prandel, Puecher, Rauz, Rudelli, Sacchetti, Sartori 2 (De Sartoribus), Scriz (?), Tirindelli (?) Viezzer e Zanon. Na Parte 5 serão descritas as seguintes famílias: Ahalolfing 2, Antigos Welf 2, Aribonen, Beber, Carolíngios 2, Colét, Dalpass, Dal Vit (Rolandini), De Cles, De Delsburg, De Ebersberg (Sighardinger), De Eppenstein, De Flandres 2, De Friesach, De Hamaland 2, De Heunburg (Geronen), De Sonnenburg, De Vornbach, Del Aus, Do Friuli, Engelberting, Esikonen, Eticônidas 2, Ezzonen, Hunfriding, Hupaldiner, Immeding 2, Liudolfing 2, Luitpolding, Macedônios, Maleinos, Marcolla, Novos Billung 2, Phokas, Robertianos, Ruchelli, Skleros e Zanini.

Esta parte foi atualizada em 2 de agosto de 2019

Page 5: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

5

Agradecimentos

Deixo aqui registrada minha gratidão pelo valioso auxílio pessoal recebido dos pesquisadores Allen Rizzi, Barbara Smith, Fabio Bianchetti, Josef IV Frank (Joe), Leonardo Sartorio Rigo, Luciano Borelli, Paolo Basilici, Paolo Inama, Paolo Odorizzi, Ralf-Roland Schmidt-Cotta e Wolfhard Vahl.

Este trabalho também não teria sido possível sem a documentação online disponibilizada pelo Município de Schwäbisch Hall, o portal Trentino Cultura, o Arquivo de Estado de Trento, o Arquivo de Estado de Vicenza, o Ministério para os Bens e Atividades Culturais da Itália, a Comissão para a História de Bassano, o Arquivo Municipal de Breda, a Bossche Encyclopedie, o Centro de Informação Histórica do Brabante, o Arquivo do Castelo Thun, o Arquivo Regional de Tilburg, o Arquivo de Estado da Áustria, o Arquivo de Estado de Veneza, o Arquivo de Estado de Hesse-Darmstadt, o Arquivo de Estado de Marburg, o Arquivo de Estado de Stuttgart e o Arquivo de Estado de Baden-Württemberg, instituições às quais também deixo meu reconhecimento.

Ricardo André Longhi Frantz, 2015-2019

Page 6: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

6

Fieschi (De Lavagna – Obertenghi) Linha: [Oberto I > ... > Ansaldo de Lavagna > Tedisio > filho > Rubaldo > Alberto > Ruffino > Ugo Fieschi > Maddalena > Giacomo (Rossi) > Guglielmo > Rolando > Giacomo > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth Geralmente se considera a família dos condes de Lavagna, depois Fieschi, como descendentes dos Obertenghi.1 A linha começa com Oberto I, cujas origens são obscuras e controversas. Aparece em 945 como conde de Luni e Parma, em 951 foi nomeado marquês e em 953 conde palatino, desempenhado nesta função importantes missões para os reis lombardos. Em 960 integrou uma delegação que pediu ao rei da Germânia Oto I para que tomasse para si o Reino da Lombardia a fim de conter os excessos do rei Berengário II, o que veio a ocorrer, e Oberto foi recompensado com extensas terras em Bobbio. Como titular da Marca Obertenga governava um vasto território que incluía vários condados e cidades importantes, como Genova, Luni, Tortona e Milão.2 Sua esposa é mal documentada, alguns historiadores apontam Willa de Spoleto, descendente dos duques de Spoleto e do Friuli e de Carlos Magno. Oberto faleceu entre 972 e 975, sendo o ancestral de muitas dinastias de grande nobreza, como os Malaspina, os Este e os Pallavicini.3 4 5 Seu descendente Ansaldo de Lavagna, morto antes de 1031, tinha terras e feudos na região de Varese como vassalo dos Obertenghi. Foi pai de Tedisio (Theodixe), atestado a partir de 1031 já como conde de Lavagna e cavaleiro, quando recebeu diversos bens do bispo Landolfo.6 Casado com uma filha dos senhores de Vezzano, seus filhos iniciaram o processo de afirmação do poder feudal da família nesta região, tornando-se a mais importante da parte oriental da Ligúria, apoiando a Igreja, controlando rotas de comércio e adquirindo outros feudos e privilégios em várias comunas nas redondezas.7 8

1 Guglielmotti, Paola. “Genova e Liguria”. In: Benes, Carrie (ed.). A Companion to Medieval Genoa. Brill, 2018

2 Provero, Luigi. “Oberto I”. In: Dizionario Biografico degli Italiani, Volume 79. Istituto dell’Enciclopedia Italiana,

2013 3 Santini, Sandro. “Gli Obertenghi, dalla Lunigiana alla Val Taro”. In: Studi Lunigianesi, 2010/2011; vols. XL–XLI

4 Progetto Lo Studiolo di Belfiore. La famiglia Obertenghi. Gallerie Estensi, Pinacoteca Nazionale di Ferrara /

FrameLAB, Dipartimento di Beni Culturali della Università di Bologna. 5 Istria, Daniel. Pouvoirs et fortifications dans le nord de la Corse: XIe-XIVe siècle. Piazzola, 2005

6 Firpo, Marina. “La ricchezza e il potere: le origini patrimoniali dell'ascesa della famiglia Fieschi nella Liguria

Orientale tra XII e XIII secolo”. In: Calcagno, D. (ed.). Atti del convegno I Fieschi tra Papato e Impero. Lavagna, 1997 7 Bernabò, Barbara. “I conti di Lavagna e l'alta Val di Vara (da I Fieschi tra Papato e Impero)”. In: Calcagno, D. (ed.).

Atti del convegno I Fieschi tra Papato e Impero. Lavagna, 1997

O Castelo de Arcola com a Torre Obertenghi, foto Francesca Calamita.

Page 7: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

7

Tedisio foi avô do conde Rubaldo, cujo filho Rubaldo II entre 1158 e 1161 obteve para si e seus parentes a confirmação imperial dos feudos de seus ancestrais, nesta época ameaçados pela expansão da comuna de Genova, mas em 1166 a família foi obrigada a jurar fidelidade aos cônsules comunais. Alberto, irmão de Rubaldo II, foi pai do conde Ruffino, pai do conde Ugo (1178 – 1205), alcunhado Fliscus ou Fiesco, fundador do ramo Fieschi. Ugo casou com Beatrice Grillo, o que lhe assegurou uma posição de prestígio, e com ele a família inicia sua fase dourada.9 10 Ugo foi pai entre outros de Sinibaldo, papa com o nome de Inocêncio IV, e Maddalena,11 casada com Bernardo Rossi e mãe de Giacomo.12

Os Fieschi foram uma das mais importantes famílias de Gênova na Idade Média, ganhando riqueza como grandes comerciantes e poder como aliados dos papas e da Dinastia Angevina. Depois receberam vários outros títulos, entre eles os de príncipes-bispos de Vercelli, condes palatinos, príncipes de Masserano e marqueses de Savignone, Casella, Frasinello, Chiappe, Senarega e della Croce. Possuíram dezenas de palácios e castelos (a maioria em ruínas), foram patronos de várias igrejas e desta família saíram dois papas (Inocêncio IV e Adriano V, construtores da Basílica de São Salvador em Cogorno, um esplêndido monumento gótico ainda em sua condição original), um patriarca de Antioquia (Opizzo Fieschi) e nada menos que 72 cardeais, além de uma santa, Catarina de Genova, mais diversos generais, almirantes, bispos, embaixadores e centenas de oficiais públicos e prelados menores. Foram uma família ambiciosa, conspiradora e agressiva, desencadearam agitações e lutas constantes contra seus poderosos inimigos, sempre tentando manter uma posição de primeiro plano, e foram expulsos de Genova mais de uma vez. Em 1547, contudo, quando estavam no auge do seu brilho, deram um passo em falso que se revelou fatal, conspirando contra Andrea Doria, um poderoso e enérgico almirante que governou Genova por muitos anos. As propriedades dos Fieschi foram confiscadas e a família, perseguida. Alguns sobreviventes se refugiaram na França. No século XVIII a maioria dos ramos estava extinta, e no século XIX aparecem seus últimos representantes.13 14

8 Balbi, Giovanna Petti. Governare la città: pratiche sociali e linguaggi politici a Genova in età medievale. Firenze

University Press, 2007 9 Battilana, Natale. Genealogie delle famiglie nobili di Genova. Pagano, 1825

10 Cellerino, Flavia. “Strategie di affermazione dal lignaggio al consorzio: i conti di Lavagna e i Fieschi”. In: Calcagno,

D. (ed.). Atti del convegno I Fieschi tra Papato e Impero. Lavagna, 1997 11

Lunani, Eros. “Uno sguardo indiscreto su capitani di ventura dell’Umbria”. In: Lignani, Antonella & Lunani, Eros (eds.). Dalla realtà urbana alla ricostruzione di un quadro di civiltà: percorsi di storia locale. Morlacchi, 2006 12

Litta, Pompeo. Famiglie celebri d'Italia: Rossi di Parma. Torino, 1835 13

Vitale, Vito Antonio. “Fieschi”. In: Enciclopedia Italiana. Treccani, 1932 14

“Fieschi”. In: Encyclopaedia Britannica Online.

Brasão Fieschi

Page 8: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

8

O papa Inocêncio IV enviando missionários para evangelizar os tártaros. Abaixo, a urna com a múmia de santa Catarina de Genova. Foto Sailko/Wikimedia Commons.

Page 9: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

9

Gian Luigi Fieschi, foto G. Benini. Ao lado, tumba do cardeal Luca Fieschi, foto Sailko/Wikimedia Commons.

O antigo Castelo Fieschi em Montoggio. Ao lado, a Basílica Fieschi em Cogorno. Foto Davide Papalini.

Page 10: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

10

Grillo

Linha: [Amico > Beatrice > Maddalena (Fieschi) > Giacomo (Rossi) > Guglielmo > Rolando > Giacomo > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth Amico Grillo foi cônsul de Genova e membro do Conselho Maior.15 Sua filha Beatrice casou com Ugo Fieschi e foi mãe de Maddalena. 16

A tradição diz que a família estava em Genova desde o século VI, quando Argenta teve uma visão da Virgem Maria. Esta história é pouco confiável, mas a família se tornou patrona da igreja construída para comemorar a aparição.17 Segundo Crollalanza vinham da Germânia e se estabeleceram em Genova em 798, quando ali está presente o conde Gianifero. No século XII a família começa a produzir vários cônsules. Mais tarde outros se notabilizaram em postos na Igreja, na política, na diplomacia e nas armas. Produziram quatro cardeais e quatro almirantes e vários ramos para Roma e o sul da Itália. No século XV a família havia estabelecido em Genova uma poderosa consorteria com um grande número de famílias associadas. 18 19 Entre seus muitos títulos estão os de senhores de Robiac, condes de Serravalle e Portula, marqueses de Estoublon, Clarafuente e Santa Cristina, duques de Giugliano, Monterotondo e Mondragone e príncipes de Palo. Podem ser destacados Francesco (1646-1703), alferes-mor do rei da Espanha, conde de Anguillara e primeiro duque de Giuliano; Carlo, general da Armada Espanhola; o conde Carlo (1780-1852), cavaleiro de São Maurício e São Lázaro, presidente do Conselho e prefeito do Tribunal de Chiavari, senador em Genova, advogado do Senado de Nizza e presidente do Senado de Savoia,20

e o conde Carlo (1919 –1990), aviador na II Guerra, recebendo a Medalha de Prata do Valor Militar, louvado e prolífico poeta, contista e romancista, também matemático, autor do tratado Principio di meccanica numerica. 21 22

15

Bardazza, Anna M. Serralunga. Clelia Grillo Borromeo Arese: vicende private e pubbliche virtù di una celebre nobildonna nell'Italia del Settecento. Eventi & Progetti, 2005 16

Lunani, op. cit. 17

G. Parodi. Collegiata di Santa Maria delle Vigne. Genova, 1980 18

Crollalanza, Giambattista. Dizionario storico blasonico. Pisa, 1886 19

Ferrari, G.F. de. “Storia della nobiltà di Genova”. In: Giornale araldico genealogico diplomatico. Bari, 1897 20

Fondo Presidenza del Consiglio dei Ministri, Archivio Centrale dello Stato, Roma 21

L'Eco della Stampa, 08/04/1958 22

Limongelli, Luigi. L'Italia nel Libro. Servizio Informazioni e Proprietà Intellettuale, 1958

O conde Carlo Grillo

Page 11: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

11

Palácio Grillo em Roma, foto Archeologo/Wikimedia Commons.

Page 12: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

12

De Carrara

Linha: [Gumberto > Gumberto > Luitolfo > Artiuccio > Milone > Marsilio > Marsilio > Iacopino > Iacopino > Iacopo > Marsilio > Pietro > Donella > Rolando (Rossi) > Giacomo > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth Os Carrara foram uma família de origem germânica que se tornou conhecida como senhores de Padova e condes de Carrara, Anguillara e Saccisica. Floresceram sob a especial proteção dos imperadores, que os cobriram de privilégios, e entre os séculos XII e XV foram uma das mais poderosas famílias do norte da Itália, com uma importância comparável aos Scala de Verona e aos Visconti de Milão. Também se notabilizaram como donos de um vasto patrimônio, como guerreiros e como patronos das artes. Seu sobrenome deriva de um castelo que possuíam em Carrara, perto de Padova.23 24 25 O fundador da família é Gumberto, um guerreiro lombardo morto antes de 970. Seu filho Gumberto aparece como testemunha em 970 investido de um feudo em Agna, onde sua família mais tarde construiu um castelo. Casado com Rogentrud, faleceu antes de 1027, deixando o filho Luitolfo, primeiro senhor de Carrara, onde em 1027 fundou uma abadia posta sob a proteção de Santo Estêvão, dotando-a com extenso patrimônio de bens em Carrara, Buvolenta, Pernumia, Arquà e Montegrotto. Foi a primeira abadia beneditina da província de Padova, mas acabou sendo destruída, restando hoje a igreja. Em 1068 Luitofo já estava morto.26 Seu filho Artiuccio doou de terrenos para a abadia em 1068. Foi pai de Milone, morto em torno de 1106 numa batalha. Casou com Richelda, sendo pai de Marsilio, senhor do feudo de Pernumia, doou terrenos à abadia em 1109, em 1149 recebeu um feudo em Carrara do bispo de Padova e faleceu em torno de 1163. 27

23

Norman, Diana. Siena, Florence, and Padua: Art, Society and Religion, 1280-1400. Yale University Press, 1995 24

Comune di Due Carrare. Storia. 25

Cessi, Roberto. “Da Carrara”. In: Enciclopedia Italiana. Treccani, 1931 26

Pompeo. “Carraresi di Padova”. In: Famiglie celebri italiane, 1831 27

Litta, op. cit.

Brasão de Iacopo I, o Grande, primeiro senhor de Padova desta família. O escudo é sempre o mesmo, mas os

ornamentos externos variam bastante entre os vários ramos.

Page 13: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

13

Casado com Galearra, foi pai de Iacopino, conde de Carrara, casado primeiro com Speranella Delesmanini, e depois com Maria de Baone, mãe de seus filhos. Sua primeira mulher fora raptada pelo conde Pagano, vigário imperial, Iacopino suportou a ofensa calado e aceitou o divórcio que lhe foi imposto, mas seu cunhado Delesmanino jurou vingança e desencadeou uma guerra envolvendo outras cidades, que aproveitaram a oportunidade para se rebelar contra o poder imperial. Iacopino foi o mais notável personagem até sua geração, agregando um grande patrimônio à fortuna da família, mas perdeu o Castelo de Carrara, cedido para a comuna de Carrara, sendo pouco depois destruído. Em 1174 foi podestà de Treviso e em 1180 era um dos gastaldi de Padova, falecendo em 1190. 28 Seus filhos viveram num período de intensas lutas entre o império e a comuna que se tornava independente. Perderam várias terras, sendo forçados a viver em Padova. Contudo, em 1318 Iacopo I o Grande se tornou senhor da cidade, iniciando sua fase de apogeu, conquistando Verona, Vicenza, Treviso, Feltre, Belluno, Bassano, Udine e Aquileia, controlando até 1405 grande parte do Veneto e parte do Friuli. 29 Iacopino foi pai de Iacopino, testemunha em 1216 um tratado de paz entre Padova e Veneza, e falecido antes de 1262. Aparentemente todos os seus filhos foram ilegítimos. Seu filho Iacopo foi pai de Marsilio, casado com uma filha de Uguccione de Carturo, pai de Iacopo I o Grande e de Pietro, alcunhado Perenzano, reitor de Belluno em 1288 e morto antes de 1334. Casado com Emilia (Fieschi ?), foi pai de Donella, casada com Guglielmo Rossi e mãe de Rolando. 30

28

Litta, op. cit. 29

Cessi, op. cit. 30

Litta, op. cit.

Igreja da abadia fundada por Luitolfo de Carrara, foto Threecharlie/Wikimedia Commons.

Page 14: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

14

Fac-símile de selos de Francesco o Jovem, Albertino e Francesco, desenho de Litta.

Os muros do Castelo Carrara, foto Alessandro Vecchi.

Page 15: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

15

De Baone (Maltraversi - Candiano) Linha 1: [Pietro I Candiano > Pietro II > Pietro III > Vitalis, dito Ugone Maltraversi > Manfredo > Ugo de Baone > Alberto > Manfredo > Albertino > Maria > Iacopino (de Carrara) > Iacopo > Marsilio > Pietro > Donella > Rolando (Rossi) > Giacomo > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth O mais antigo ancestral desta linha é Pietro Candiano, de uma família oriunda da região de Padova que migrou para Veneza no século V fugindo das invasões bárbaras, que possivelmente fez parte do primitivo governo como tribunos e depois produziria cinco doges. O sobrenome se extinguiu em 1018, mas a linha masculina sobreviveu através dos Maltraversi.31 Nascido em torno de 845, Pietro foi aclamado doge em 17 de abril de 887, mas faleceu precocemente em 18 de setembro em uma batalha contra os eslavos. Não pôde realizar muito, mas seu governo foi significativo por ser o primeiro doge aclamado pelo povo.32 Foi pai de Pietro II, doge a partir de 932, que governou preocupado em assegurar o domínio veneziano na Ístria e no Adriático. Estabelecendo relações com o Império Bizantino, recebeu em caráter honorário o título de protospatarios, comandante da Guarda Imperial. Faleceu em 939. 33

31

Litta, Pompeo. “Candiani di Venezia”. In: Famiglie celebri italiane, 1831 32

Bertolini, Margherita Giuliana. “Candiano, Pietro (I)”. In: Dizionario Biografico degli Italiani, Volume 17. Istituto dell’Enciclopedia Italiana, 1974 33

Bertolini, Margherita Giuliana. “Candiano, Pietro (II)”. In: Dizionario Biografico degli Italiani, Volume 17. Istituto dell’Enciclopedia Italiana, 1974

Um dos dois brasões da família Candiano. O outro traz uma banda azul sobre campo branco. Ao lado, a presumida lápide de Pietro I, foto Silverije/Wikimedia Commons.

Page 16: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

16

Pietro I Candiano, coleção Fondazione Terra d'Otranto.

Page 17: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

17

Seu filho Pietro III em sua juventude foi embaixador em Bizâncio e foi aclamado doge em 942. Deu continuidade à política externa estabelecida pelo pai mas se interessou também em fomentar o comércio, combater a pirataria e firmar o poderio da sua família, adquirindo diversos bens na região de Padova. No fim da vida enfrentou uma rebelião do filho Pietro IV, que havia sido associado ao trono. Foi casado com Richilde (Archielda), provavelmente uma princesa lombarda. 34 Seu outro filho, Vitalis, alcunhado Ugone, foi citado em 1001 como conde e regente de Padova e Vicenza, morrendo antes de 1015, sendo o fundador da família Maltraversi. Casado com Imilia, deixou o filho Manfredo Maltraversi, conde de Padova.35 36

34

Bertolini, Margherita Giuliana. “Candiano, Pietro (III)”. In: Dizionario Biografico degli Italiani, Volume 17. Istituto dell’Enciclopedia Italiana, 1974 35

Zorzi, Elda. Il territorio padovano nel periodo di trapasso da Comitato a Comune. (Studio storico con documenti inediti). Regia Deputazione Editrice, 1930 36

Quarena, Maickol. Insediamenti e paesaggi agrari storici di Baone, Calaone e Valle San Giorgio. Università degli Studi di Padova, 2014

Pietro II Candiano.

Page 18: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

18

Dele descende Ugo, que em 1077 foi investido do feudo de Baone, onde este ramo construiu um castelo e adotou novo sobrenome. Ugo mandou cortar uma floresta para criar um vasto vinhedo com estirpes finas, que foram a origem da tradição da vinicultura na região.37 Foi pai ou avô de Alberto, conde de Baone, casado com Elica, pais de Manfredo, conde de Baone, cônsul de Padova em 1148, casado com India, filha de Alberico, senhor de Rossano, pais de Alberto (Albertino), patrício de Padova e conde de Baone, juiz imperial, cônsul de Padova em 1164 e 1175, chamado de poderoso e ilustríssimo, co-fundador de um mosteiro em Salarola em 1179, fez uma peregrinação à Terra Santa, e faleceu antes de 1184. Casado com Bertolina, foi pai de Maria, casada com Iacopino de Carrara e mãe de Iacopino.38 39 Os Maltraversi tiveram um extenso patrimônio, em sua maioria herdado pelos De Baone, com feudos, terras e benefícios em Tramonte, Torreglia, Arquà, Praglia, Baone, Salarola, Galzignano, Luvigliano, Cortelà, Zovon, Boccon, Lissaro, Mestrino, Montegalda, Cornegliana, Marendole, Monselice, Solesino, Tribano, Terrazza, Cartura, Bagnoli, Agna, Cona, Pontecasale, Pontelongo, Correzzola, Casteldibrenta, Calcinara, Concadalbero, Arzer dei Cavalli, Villa del Bosco, Tombiole, Camponogara e San Giorgio in Brenta. 40 Destaca-se na família Niccolò Maltraversi, morto em 1243, bispo de Reggio, administrador apostólico da Diocese de Vicenza, assistente do Capítulo de Mantova, construtor de várias igrejas, ampliador do palácio episcopal, reformador da administração dos bens eclesiásticos e grande diplomata do papado, enviado em numerosas missões, recebendo muitos privilégios, entre eles o direito de cunhar moeda.41 No século XII o ramo de Baone entrou em rápida decadência, empenhando o Castelo de Baone e todos os bens da família em 1183 a Obizzo d’Este. Hoje sobrevivem ruínas do castelo.42

37

Quarena (2014), op. cit. 38

Verci, Giambatista. Storia degli Eccelini, Tomo I. Piccoti, 1841 39

Marchi, Alessandro de. Cenni storici sulle famiglie di Padova e sui monumenti dell'Università premesso un breve trattato sull'arte araldica. Minerva, 1842 40

Quarena, Maickol. “Castelli, monasteri e paesaggi agrari tra Baone, Calaone e Valle San Giorgio”. In: Brogiolo, Gian Pietro (ed.). Este, l'Adige e i Colli Euganei. Storie di paesaggi. Società Archeologica, 2017 41

Marchetti, Elisabetta. “Maltraversi, Niccolò”. In: Dizionario biografico degli italiani, vol. 68. Istituto dell'Enciclopedia Italiana, 2007 42

Quarena (2017), op. cit.

Castelo Maltraversi em Valbona, foto Padova Medievale. Ao lado o brasão da família.

Page 19: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

19

Alberto II de Baone, retrato do século XVI de pintor anônimo.

Page 20: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

20

Linha 2: [Pietro I Candiano > Pietro II > Pietro III > Vitalis, dito Ugone Maltraversi > ... > Artuso de Carturo > ... > Traversino > Uberto > Uguccione > filha > Pietro (de Carrara) > Donella > Rolando (Rossi) > Giacomo > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth Dos Maltraversi de Treviso saiu Artuso, o primeiro senhor de Carturo, onde a família construiu um castelo, sendo atestado a partir de 1105. Em 1117 e 1123 foi cônsul de Padova.43 Dele descende Traversino de Carturo, conde de Montebello e cônsul de Padova, morto antes de 1232, foi pai de Uberto, cônsul de Padova, pai de Uguccione, nomeado herdeiro do conde Pietro de Montebello em 1259, 44 e pai de uma filha casada com Marsilio de Carrara, gerando Pietro.45 A família de Carturo deixou uma significativa marca em Padova, onde teve palácio, além de vários feudos e castelos na região, exercendo um grande poder especialmente no século XIII, e produziram capitães, cônsules e outros dignitários. Deram origem a diversas outras famílias.46 47 Destacam-se em tempos antigos Benvenuto, construtor da cidade murada de Citadella em 1220-21, recebida em feudo, em função do que adotou o sobrenome Citadella;48 e Pietro, “valorosíssimo capitão” da República Padovana na década de 1260, célebre sobretudo como estrategista.49

43

Marchi, Alessandro de. Cenni storici sulle famiglie di Padova e sui monumenti dell'Università premesso un breve trattato sull'arte araldica. Minerva, 1842 44

Archivio veneto, vols. 199-200. Regia Deputazione, 2005 45

Marchi, op. cit. 46

Marchi, op. cit. 47

Kleinhenz, Christopher. Medieval Italy: An Encyclopedia, Volume 2. Routlege, 2004 48

Minich, Serafino. Della vita di Andrea Cittadella Vigodarzere. Antonelli, 1870 49

Cittadella, Andrea. Descrittione di Padoa e suo territorio: con l'inuentario ecclesiastico : brevemente fatta l'anno salutifero MDCV et in noue trattati compartita. Veneta, 1993

Vista dos muros de Citadella, construídos por Benvenuto de Carturo. Foto Kromatika/Wikimedia Commons.

Page 21: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

21

Ruggeri Linha: [Guido > ... > Bonaccorso > Agnese > Giacomo (Rossi) > Bertrando o Jovem] > ... > Giuseppe > Ermenegildo > Giovanni Battista Ermenegildo > Catharina > Victorio (Longhi) > Alcides > Elisabeth A família é registrada desde 1186, quando Guido de Ruggeri foi investido do feudo e castelo de Felino.50 Sua genealogia é mal conhecida. Bonaccorso Ruggeri, último conde de Felino, participou de uma conspiração que levou Giberto de Correggio ao exílio. Ele próprio acabou sendo exilado, retornando em 1314. Depois foi podestà de Padova em 1326 e reitor de Reggio em 1328, falecendo depois de 1346. 51 52 53 Foi pai de Agnese, casada com Rolando Rossi e mãe de Giacomo.54

50

“L’inespugnabile Castello di Felino”. Il Parmese, 18/12/2015 51

Giornale araldico-storico-genealogico. Istituto araldico armerista italiano, 1912 52

Affò, Ireneo. Storia della città di Parma, Volume 4. Carmignani, 1795 53

Pagnoni, Fabrizio. “Rossi, Guglielmo”. In: Dizionario Biografico degli Italiani, Volume 88. Istituto dell’Enciclopedia Italiana, 2017 54

Capacchi, Guglielmo. Castelli parmigiani. Silva, 1979

Entrada do Castelo de Felino, foto Evia M. / Foursquare.

Page 22: Crônica das famílias Longhi e Frantztetraktys.wdfiles.com/local--files/cronica-longhi-e... · 2019-08-02 · 2 Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do

22

Meus websites:

Artes visuais: http://ricardoandrefrantz.webnode.com.br/ Música: http://www.soundclick.com/bands/default.cfm?bandID=544908

Se quiser conhecer mais sobre minha carreira, veja:

Ensaio autobiográfico https://www.academia.edu/7177029/Na_terceira_pessoa_ensaio_autobiogr%C3%A1fico

Curriculum completo https://independent.academia.edu/RicardoAndr%C3%A9Frantz/CurriculumVitae

Este trabalho tem uma versão online que tem sido revisada e ampliada periodicamente e não

tem prazo para acabar. Se você achou a pesquisa interessante, visite a página em Academia.edu para obter uma versão online atualizada.

https://independent.academia.edu/RicardoAndr%C3%A9Frantz

Se você tem comentários ou quer corrigir eventuais erros deste estudo, envie um e-mail para

[email protected]

As fotos não creditadas pertencem à coleção da família do autor.

© Ricardo André Longhi Frantz, 2019 Todos os direitos reservados


Related Documents