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1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTU SENSU EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO Renatta Simões Nogueira Dança de salão: percepção corporal, equilíbrio e qualidade de vida em idosos. São Paulo 2012
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Jul 20, 2020

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTU SENSU

EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO

Renatta Simões Nogueira

Dança de salão: percepção corporal, equilíbrio e qualidade de vida em

idosos.

São Paulo

2012

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTU SENSU

EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO

Renatta Simões Nogueira

Dança de salão: percepção corporal, equilíbrio e qualidade de vida em

idosos.

São Paulo

2012

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado

em Ciências do Envelhecimento da Universidade São

Judas Tadeu para análise da banca examinadora

como requisito a obtenção do título de Mestre em

Ciências do Envelhecimento.

Área de concentração: Saúde, Educação e

Qualidade de Vida.

Orientador: Profº Dr. Marcelo de Almeida Buriti

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Nogueira, Renatta Simões

N778d Dança de salão : percepção corporal, equilíbrio e qualidade de vida em

idosos / Renatta Simões Nogueira. - São Paulo, 2012.

97 f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Marcelo de Almeida Buriti.

Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São

Paulo, 2012.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da

Universidade São Judas Tadeu

Bibliotecário: Ricardo de Lima - CRB 8/7464

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Dedicatória

Dedico este trabalho a duas pessoas de fundamental importância em

minha vida, pois sem a compreensão, apoio e amor destas, este trabalho não

teria se concretizado:

A você meu marido e a você minha filha linda.

Também dedico esta vitória à grande inspiradora à busca do

conhecimento na área da saúde e sobre o envelhecimento:

A você Vó (in memorian).

E as pessoas que mesmo sem entenderem o real significado deste

trabalho e título, apoiaram-me incondicionalmente:

A vocês mãe e pai.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, que é o caminho, a verdade e a vida, no

qual sem suas mãos misericordiosas e orientadoras, esta conquista não

aconteceria.

Agradeço a uma amiga conquistada neste meio acadêmico, que contribuiu

com sua alegria, força de vontade e conhecimentos diversos, para o andamento

deste trabalho, valeu Emy.

Agradeço à minha colega Tatiana, por todas as impressões, e foram

muitas... muito obrigada Tati.

Agradeço ao presidente da Associação Amigos de Vila Alpina, Oswaldo

Santana, por permitir o desenvolvimento deste trabalho e, aos idosos do grupo

Tijolinhos de Olaria, que participaram com dedicação e alegria na coleta dos dados.

Muito obrigada, sem a colaboração de vocês este trabalho não se concluiria.

Agradeço à minha ex-orientadora Profª Dra. Eliane Florêncio Gama, por toda

paciência, ensinamentos e alegria, que formaram uma base científica rica e sólida,

que me permitiram dar continuidade e concluir este trabalho.

Agradeço a todo corpo docente deste curso pela riqueza de conhecimentos

compartilhada, no qual será levada por mim e transmitida a muitos. Em especial

quero agradecer à Profª Dra. Carla Witter por permitir ingressar neste curso,

realizando meu sonho e, por contribuir imensamente com seus conhecimentos,

paciência e ética, para esta conquista.

Agradeço a Dra. Vera Socci e a Dra. Carla Witter por todas as brilhantes

críticas e sugestões feitas em minha qualificação, para que este trabalho

enriquecesse e fosse digno para que recebesse o título de mestre.

Com muito carinho e grande estima quero agradecer meu orientador Profº

Dr. Marcelo de Almeida Buriti, que me aceitou como sua orientanda e,

brilhantemente, conduziu-me a esta vitória. Muito obrigada.

Muito obrigada a todos, porque fazem parte desta vitória!

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“Posso, tudo posso naquele que me fortalece, nada e ninguém no mundo

vai me fazer desistir.

Quero, tudo quero, sem medo entregar meus projetos, deixar-me guiar nos

caminhos que Deus desejou pra mim e ali estar.

Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim, vou persistir, e

mesmo nas marcas daquela dor do que ficou, vou me lembrar e realizar o

sonho mais lindo que Deus sonhou.

Em meu lugar estar, na espera de um novo que vai chegar, vou persistir,

continuar a esperar e crer...”

Celina Borges

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Nogueira, R. S. (2012). Dança de salão: percepção corporal, equilíbrio e

qualidade de vida em idosos. Dissertação de Mestrado. Programa Ciências

do Envelhecimento. Universidade São Judas Tadeu, 94p.

Resumo

O envelhecimento populacional faz a ciência volver seu olhar para pesquisas com

atividades no âmbito da promoção e/ou manutenção à saúde, entre estas se encontra a

dança de salão, que é uma atividade lúdica e corrobora com a melhora dos aspectos

biopsicossociais por intermédio da musicalidade e de seus movimentos. O objetivo deste

estudo foi avaliar a relação da dança de salão com a percepção corporal, equilíbrio e

qualidade de vida em idosos iniciantes neste tipo de dança. Foram avaliados 15 idosos de

ambos os gêneros, sendo 10 mulheres e 05 homens, na faixa etária de 60 a 77 anos com

média de 68,73±4,71 anos, iniciantes na prática de dança de salão, atividade realizada

duas vezes por semana com duração de1h30minutos, num período de 14 semanas. Foram

aplicados os seguintes instrumentos antes do início da dança de salão: Timed Up and Go

test, que avaliou o tempo de realização de um percurso de três metros; Whoqol bref

contendo 26 questões e Whoqol old com 24 questões, que avaliaram os domínios e

facetas que envolvem a qualidade de vida; Image Marking Procedure, que avaliou a

percepção corporal geral e dos segmentos corporais e, um questionário sociodemográfico,

contendo questões no âmbito pessoal, físico e social. Após o período da prática, foi

aplicado o questionário sobre os efeitos da prática da dança de salão e os instrumentos

citados anteriormente, exceto o questionário sociodemográfico. Quanto aos resultados, na

avaliação do Timed Up and Go test houve melhora significante no tempo (em segundos)

de realização do teste antes e após a prática, com 13,55 ± 2,23 e 11.13 ± 1.72 (p≤0,05).

Em relação ao Whoqol bref houve diferença estatisticamente significante em todos os

domínios avaliados e no Whoqol old não houve diferença, apenas na faceta funcionamento

sensorial. Diante da avaliação da percepção corporal observou-se diferença significante no

índice de percepção corporal geral com 137,78 ± 24,41 antes e 109,09 ± 5,69 após a

prática da dança de salão. Para o índice de percepção corporal dos segmentos corporais

os sujeitos apresentaram melhora significante nas larguras do ombro 134,95 ± 28,52

(antes) e 105,64 ± 14,26 (após), cintura 157,99 ± 45,45 e 117,19 ± 11,82 e quadril, com

154,59 ± 29,66 e 112,04 ± 10,57. Na avaliação sobre os efeitos da prática da dança de

salão, observou-se diferença estatisticamente significante entre as categorias bem estar,

saúde e sociabilidade, para tanto se recorreu ao teste qui-quadrado χ2o=9,87 e o χ2

c=5,99

(n.sig.=0,05 e n.g.l.=2). Diante destes resultados é possível afirmar que a prática da dança

de salão corrobora significativamente com a melhora do equilíbrio, da qualidade de vida e

da percepção corporal, podendo ser considerada como uma via de promoção à saúde.

Palavras chave: movimentos ritmados, dimensão espacial do corpo, atividade física,

queda, bem estar, saúde.

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Nogueira, R. S. (2012). Ballroom dancing: body perception, balance and life

quality in elderly. Master’s degree dissertation. Science Aging Program. São

Judas Tadeu University, 94p.

Abstract

The aging of the population makes the science researches activities whose the

subject is promoting and/ or maintenance the health, between these we can find the

ballroom dancing, which is a playful activity and contributes with the improvement of

bio psychosocial aspects through the musicality and his movements. The objective

of this study was to evaluate the relationship of ballroom dancing with body

perception, balance and quality of life in elderly beginners in this kind of dance.

Were assessed 15 elderly of both genres, being 10 women and men 05, aged 60 to

77 years averaging 68.73 ± 4.71 years, beginners in ballroom dance practice,

activity performed twice a week with 1h30min duration, for 14 weeks. The following

instruments have been applied prior to the start of ballroom dance: Timed Up and

Go test, which evaluated the time of completion of a three meters course; Whoqol

bref containing 26 questions and Whoqol old with 24 questions, who evaluated the

areas and aspects involving quality of life; Image Marking Procedure, which

evaluated the general body perception and corporal segments, a socio

demographic questionnaire, containing personal, physical and social questions.

After the practice period, was applied the questionnaire about the effects of the

practice of ballroom dancing and the instruments mentioned above, except the

socio demographic questionnaire. The results had significant improvement in Timed

Up and Go test evaluation. Had significant improvement in time (in seconds)

performance test before and after the practice, with 13.55 ± 2.23 and 11.13 ± 1.72

(p ≤ 0.05). Related to Whoqol bref there was statistically significant difference in all

areas assessed and Whoqol old there wasn’t difference, only on sensory operation

aspect. In face of corporal perception evaluation noted significant difference in

overall body perception with 137.78 ± 24,41 before and 109,09 ± 5.69 after the

practice of ballroom dancing. For the index of body perception of the body

segments, the subject presented significant improvement in shoulder widths 134.95

± 28.52 (before) and 105.64 ± 14.26 (after), waist 157.99 ± 45.45 and 117.19 ±

11.82 and hip, with 154.59 ± 29,66 and 112.04 ± 10.57. Evaluating the effects of the

practice of ballroom dancing, was observed a statistically significant difference

between the categories well-being, health and sociality, whether resorted to the qui-

square test χ2o=9,87 and the χ2

c=5,99 (n.sig.= 0,05 and n.g.l. =2). Face of these

results it is possible to state that the practice of ballroom dancing contributes

significantly to the balance improvement, quality of life and corporal perception, and

may be regarded as a means of promoting health.

Keywords: rhythm movements, spatial dimension of the body, physical activity,

drop, well-being, health.

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Lista de figuras

Pág.

Figura 1: Representação da disposição das etiquetas para marcação das regiões

corporais avaliadas no teste IMP.............................................................. 31

Figura 2: Representação da distância do avaliado à parede para a realização do

teste do IMP ............................................................................................. 31

Figura 3: Representação da sequência de marcação das regiões corporais no

teste IMP .................................................................................................. 32

Figura 4: Representação da posição para marcação real e fidedigna das regiões

corporais avaliadas no teste IMP.............................................................. 33

Figura 5: Representação do resultado final do teste IMP ......................................... 34

Figura 6: Representação esquemática da dimensão corporal real (em preto) e

percebida (em vermelho) ...................................................................... 34

Figura 7: Representação da sequência de realização do teste TUG ...................... 36

Figura 8: Resultado do teste IMP. Participante apresentando hipoesquematia antes

e percepção corporal adequada após a prática da dança de salão ......... 41

Figura 9: Resultado do teste IMP.Participante apresentando hiperesquematia

antes e percepção corporal adequada após a prática da dança de salão..42

Figura 10:Resultado do teste IMP.Participante apresentando hiperesquematia

antes e percepção corporal adequada após a prática da dança de

salão.. ..................................................................................................... 42

Figura 11:Resultado do teste IMP. Participante apresentando percepção corporal

adequada antes e após a prática da dança de salão ............................. 43

Figura 12:Resultado do teste IMP. Participante apresentando percepção corporal

adequada antes e após a prática da dança de salão ............................. 44

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Lista de tabelas

Pág.

Tabela 1: Descrição dos aspectos avaliados no Whoqol bref e old ......................... 28

Tabela 2: Avaliação do IPC geral e segmentos corporais ....................................... 39

Tabela 3: Avaliação do equilíbrio ............................................................................. 45

Tabela 4: Avaliação dos domínios avaliados pelo Whoqol bref ............................... 47

Tabela 5: Avaliação dos domínios avaliados pelo Whoqol old ................................ 47

Tabela 6: Efeitos da dança de salão ........................................................................ 49

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Lista de abreviaturas

AF- Atividade Física

AIVD- Atividade Instrumental de Vida Diária

AltC- Altura da cabeça

AUT- Autonomia

AVD- Atividade de Vida Diária

COEP- Comitê de Ética e Pesquisa

DANT- Doenças e Agravos Não Transmissíveis

DS- Dança de Salão

EC- Esquema corporal

EF- Exercício Físico

FS- Funcionamento sensorial

GC- Grupo controle

GDS- Grupo dança de salão

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IC- Imagem Corporal

IMP- Image Marking Procedure

INT- Intimidade

IPC- Índice de percepção Corporal

LC- Largura da cintura

LO- Largura do ombro

LQ- Largura do quadril

MEM- Morte e morrer

OMS- Organização Mundial da Saúde

PC- Percepção Corporal

PPF- Passado, presente e futuro

PSO- Participação social

SNC- Sistema Nervoso Central

SPSS- Statistical Package for Social Science

TCLE- Termo de consentimento Livre e Esclarecido

TUG- Timed Up and Go test

IPAQ- International Physical Activity Questionnaire

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SUMÁRIO

Pág.

Apresentação ........................................................................................................... 13

Introdução ................................................................................................................ 17

Envelhecimento populacional brasileiro ............................................................. 17

Atividade física e o idoso ................................................................................... 19

Percepção corporal e a dança de salão ............................................................. 21

Equilíbrio e risco de queda no envelhecimento .................................................. 22

Qualidade de vida e promoção à saude no envelhecimento ............................. 24

Objetivos ............................................................................................................. 26

Método...................................................................................................................... 27

Participantes ....................................................................................................... 27

Critérios de inclusão ........................................................................................... 27

Critérios de exclusão .......................................................................................... 27

Material .............................................................................................................. 28

Procedimento ..................................................................................................... 30

Análise de dados ................................................................................................ 37

Resultados e Discussão ......................................................................................... 38

Considerações finais .............................................................................................. 52

Referências .............................................................................................................. 54

Anexos ..................................................................................................................... 64

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Apresentação

As pesquisas demográficas revelam que, em 2008, o Brasil tinha 21 milhões

de pessoas com 60 anos ou mais, superando a população idosa de vários países

europeus, como a França, a Inglaterra e a Itália (entre 14 e 16 milhões). De 1998 a

2008, o crescimento relativo da população idosa por grupos de idade foi muito

expressivo. O grupo etário de pessoas com 80 anos ou mais superou aos outros,

chegando a quase 70%, ou cerca de três milhões de pessoas (IBGE, 2009). Diante

desta crescente realidade faz-se necessário volver o foco científico e social para

pesquisas e programas de cunho biopsicossocial para com este público, de modo

se que aprimore e/ou se desenvolva métodos, instrumentos e políticas que auxiliem

os profissionais, familiares, futuros pesquisadores e, os próprios idosos na

compreensão desta fase da vida, repleta de dúvidas e anseios a espera de novas

revelações.

Tendo em vista esses crescentes resultados demográficos e sua experiência

com os idosos, a pesquisadora deparou-se com a necessidade de desenvolver um

estudo no âmbito da promoção à saúde, envolvendo a prática de atividade física,

particularmente a dança de salão, atividade esta praticada e lecionada pela

pesquisadora durante quatro anos. Observando as expressões e as mudanças

relatadas pelo público frequentador ao longo desta prática, fez com que

despertasse o desejo de compreender melhor os efeitos deste dançar e sua

influência positiva no processo de envelhecimento, tendo em vista que os adeptos

desta atividade em sua maioria são pessoas pertencentes à faixa etária composta

por idosos. O número reduzido de estudos voltados a esta temática também foi um

fator preponderante na escolha e no desenvolvimento deste trabalho, colocando

em evidência a importância da pesquisa e do surgimento de novas dentro deste

contexto.

Com o envelhecimento populacional, há um aumento da prevalência de

idosos com doenças crônicas e incapacitantes, interferindo por muitas vezes no

equilíbrio corporal, podendo resultar em um episódio de queda. Esta realidade

eleva a demanda aos serviços públicos de saúde, sendo observada a real

necessidade de uma mudança de paradigma na saúde pública. De acordo com a

Política de Promoção à Saúde, as doenças crônicas bem como suas

incapacidades, não são consequências inevitáveis do envelhecimento. A

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prevenção é efetiva em qualquer nível, portanto, a ênfase na prevenção é a chave

para se mudar o quadro atual e para a contribuição da independência e a

autonomia do indivíduo.

A perda progressiva das aptidões funcionais do organismo no processo de

envelhecimento, destacando-se a do sistema nervoso central (SNC), responsável

pelo controle e manutenção do equilíbrio, é um dos fatores que pode limitar as

capacidades do idoso em realizar suas atividades habituais, pois as alterações do

equilíbrio comprometem a autoconfiança, restringindo a quantidade e a qualidade

na realização de atividades de vida diárias (AVDs). Ademais, uma falha no controle

do equilíbrio pode culminar em queda, comprometendo diretamente a

independência e a saúde do idoso (Carvalho, Pinto & Mota, 2007; Hernadez,

Coelho, Gobbi & Stella, 2010). Por sua vez, as quedas constituem um dos

principais problemas clínicos e de saúde pública no Brasil, devido aos altos custos

assistenciais provenientes do tempo prolongado de hospitalização, além de

induzirem o idoso a uma institucionalização (Beck, Antes, Meurer, Benedetti &

Lopes, 2011). A imagem que se configura a partir disso é de incapacidade, e

muitos adotam a postura de dependência, dando origem a sentimentos de

inutilidade e solidão, que conduzem à perda gradativa das relações afetivas e

sociais.

Contudo faz-se necessário auxiliar o idoso no enfrentamento das

dificuldades advindas do envelhecimento, a fim de resgatar a percepção de suas

potencialidades, por meio do desenvolvimento de programas apropriados para

receber e reintegrar esta parte da população. Um destes programas poderia ser o

preparo específico de profissionais pertencentes à equipe multiprofissional de

saúde, que trabalham diretamente com este público, com práticas de atividades

físicas, em especial a dança de salão, a fim de tentar minimizar os impactos

inerentes a este período da vida, proporcionando um envelhecimento bem

sucedido e com qualidade, bem como uma melhor interação e integração entre os

profissionais e os idosos, facilitando a adesão aos programas de saúde.

O conceito de qualidade de vida para idosos é composto por critérios tanto

subjetivos quanto objetivos, influenciado pelos valores individuais e sociais. Nesta

fase da vida, este conceito associa-se a questões como ter alegria de viver,

amizade, ter saúde, independência, relacionamentos sociais, realização de

atividade física cujos benefícios vão além do físico e sentirem-se capazes.

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Contudo, o conceito de qualidade de vida é um constructo multidimensional

(Irigaray & Trentini, 2009). Para Monteiro et al. (2007), a prática de atividades

físicas pode ser considerada uma estratégia eficaz dentro deste contexto, pois

envolve fatores como bem estar físico, psicológico, emocional e social,

relacionados à manutenção da autonomia e dignidade, sendo considerada um fator

positivo na redução dos riscos de morbimortalidade em várias doenças crônicas,

levando a uma ampliação da qualidade de vida.

Segundo Cross, Hamilton e Grafton (2006), praticar atividades físicas, entre

elas dançar, estimula áreas cerebrais que agregam as informações visuais e

motoras, contribuindo com a melhor interpretação e realização dos movimentos já

armazenados na memória e para as novas situações de movimento. Estas áreas

situam-se no córtex cerebral, também responsável pela percepção corporal, ou

seja, a representação consciente do corpo e de seus segmentos, originária do

somatório de informações visuais, proprioceptivas, motoras e espaciais. Por sua

vez, a percepção corporal é modificável com determinados movimentos (Barros,

Angeli & Barros, 2005) e pode ser proveniente de uma atividade física.

Atualmente, a dança de salão é considerada um agente facilitador para

maior adesão dos indivíduos idosos à prática de atividade física, uma vez que os

programas tradicionais de treinamento físico não são atrativos e não os mantêm

atuantes (Almeida, 2005). Trata-se de uma atividade aeróbica ampla e

diversificada. O grau de impacto nas estruturas corporais (musculares, ósseas e

articulares) varia de acordo com o ritmo e estilo a ser dançado (Bocalini, Santos &

Miranda, 2007). Todavia, os benefícios provenientes da prática da dança de salão

independem do ritmo e estilo musical, no qual os estudos de D’Alencar, Mendes,

Jorge e Guimarães (2008); Maia, Vágula, Souza e Pereira (2007); Oliveira, Pivoto e

Vianna (2009), relatam que dançar resulta numa melhora e/ou auxílio na

manutenção da autoestima, bem estar, capacidade funcional, atividade intelectual,

autocuidado e, consequentemente, em um estilo de vida. A socialização é também

uma característica bastante importante na dança de salão, devido ao indivíduo

inserir-se em um grupo social heterogêneo ao iniciar nesta prática. (Abreu, Pereira

e Kessler, 2008; Almeida, 2005). O processo de aprendizado de dança de salão

integra corpo/mente, razão e emoção por meio dos passos dentro do compasso

musical (Monteiro et al., 2007).

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Todos estes benefícios citados vêm ao encontro do conceito de qualidade de

vida proposto por Vecchia, Ruiz, Bocchi e Corrente (2005) permitindo afirmar que,

com o passar dos anos, torna-se cada vez mais evidente os benefícios da prática

da dança de salão, que podem ser considerados componentes de promoção e

manutenção à saúde e, de qualidade de vida, mostrando a importância de

pesquisas nesta temática. Neste sentido, a prática da dança de salão possui

propriedades para desenvolver as relações interpessoais, as aptidões e os novos

interesses, relacionados ou não às tarefas diárias, proporcionadas pelas atividades

culturais, físicas e de lazer que se fundamentam no interesse dos indivíduos,

aumentando o nível geral do entendimento da realidade física e social (Almeida,

2005). Assim, a dança de salão como uma prática de atividade física, pode

contribuir dentro do âmbito de promoção à saúde, visando a um envelhecimento

ativo e saudável, atuando no processo biopsicossocial e na melhora ou conquista

da qualidade de vida, devendo ser mais bem explorada pelos profissionais que

atuam com os idosos, por intermédio de novas pesquisas que contribuirão com os

avanços sobre o envelhecimento.

Este estudo foi desenvolvido com o intuito de corroborar e acrescer aos

conhecimentos científicos já produzidos sobre o envelhecimento, que por sua vez

são inúmeros, entretanto existe carência em determinadas temáticas como, por

exemplo, a desenvolvida no presente estudo, o que demonstra a necessidade da

continuidade de pesquisas neste ramo com o desígnio de contemplar as vertentes

que envolvem o processo de envelhecimento.

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Introdução

Envelhecimento populacional brasileiro

A pirâmide etária brasileira está adquirindo um novo formato, apresentando

o estreitamento de sua base e o alargamento do ápice: o número de jovens e

adultos ultrapassado pelo número de idosos (indivíduos com 60 anos ou mais).

Este fato ocorre pela diminuição gradativa das taxas de fecundidade e mortalidade

e, consequentemente, gerando o aumento da expectativa de vida (Carvalho &

Garcia, 2003). As alterações demográficas provenientes do envelhecimento são

acompanhadas por mudanças epidemiológicas, demonstrando a real necessidade

de melhorias na atenção à saúde do idoso, uma vez que o aumento do número de

pessoas idosas acarreta em um crescimento no número de doenças e agravos não

transmissíveis (DANT) que podem corroborar para o comprometimento da

capacidade funcional, a começar por atividades instrumentais e de vida diárias

(Alves et al., 2007; Duarte, Lebrão & Lima, 2005).

O envelhecimento populacional pode ser um dos principais focos social,

político, cultural e, como consequência, o científico. Esta última fase do ciclo vital

entrou no âmbito da multidisciplinaridade para que se compreenda com mais

amplitude suas alterações biopsicossociais, as demandas no campo da saúde e as

possíveis intervenções neste contexto (Veras, 2009).

Segundo Veras (2009), Wong e Carvalho (2006), em 2050, o Brasil será o

sexto país com maior número de população idosa, chegando a uma média de 30

milhões. Diante do avanço do envelhecimento e com o intuito de iniciar a

legalização da atenção ao idoso, o Ministério da Saúde criou em 1999 a Política de

Saúde do Idoso, com o intuito de corroborar no enfrentamento dos problemas de

saúde pública. Os incentivos à promoção e à manutenção da saúde e da

capacidade funcional do idoso estão entre os aspectos tratados no documento.

Com o mesmo intuito, em 2003 foi vigorado o Estatuto do Idoso, especificando os

direitos e deveres dos órgãos públicos e privados em relação à essa parcela da

população (Benedetti, Gonçalves & Mota, 2007).

A manutenção da independência e da autonomia na vida dos idosos torna-

se primordial para sua contribuição na sociedade. O inadequado ou ausente

preparo social e econômico corrobora para o aparecimento e crescimento do

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número de idosos com incapacidade funcional e, consequentemente, para o

aumento da demanda aos serviços de saúde, bem como maiores gastos públicos

(Alves & Rodrigues, 2005; Alves et al., 2007).

O envelhecimento é um processo complexo e variável de desgaste

progressivo do organismo, que vai além da trajetória de vida de cada indivíduo,

considerando-se que alterações no estilo de vida realizadas precocemente, tendem

a favorecer um envelhecimento saudável. Ressalta-se que um envelhecimento

saudável não é reflexo exclusivo de ausência de doenças, mas também da não

inclusão nos fatores de risco, que contribuem significativamente para o

aparecimento de morbidades, podendo encaminhá-las até para a cronicidade

(Alves Junior, 2009; Leite, 2009).

A saúde nesta fase não é mais medida pela presença ou não de doenças, e

sim pelo grau de preservação da capacidade funcional, muitas vezes prejudicado

com as consequências naturais e acidentais do processo de envelhecimento. O

bem-estar na velhice, ou saúde num sentido amplo, seria o resultado do equilíbrio

entre as várias dimensões da capacidade funcional do idoso, sem necessariamente

significar ausência de problemas em todas as dimensões (Santos, Andrade &

Bueno, 2009).

Segundo Alves et al. (2007); Fonseca e Rizzotto (2008), manter a

funcionalidade torna-se primordial para a continuidade da vida com qualidade e de

forma saudável. O aparecimento da incapacidade funcional proveniente de DANT

ou meramente do envelhecimento natural, corrobora com a dificuldade na

realização das atividades básicas e instrumentais da vida diária (AVD e AIVD),

encaminhando o idoso à dependência e aos agravos advindos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para se alcançar um

envelhecimento saudável é preciso manter-se potencialmente ativo, físico e

mentalmente, bem como estar inserido nas atividades culturais, sociais e espirituais

durante todo o ciclo da vida. Alguns dos benefícios a serem alcançados com a

realização destas atividades estão na melhora da autoestima e do bem-estar geral.

O desenvolvimento de atividades, seja de cunho social, educativo, lúdico,

psicológico ou físico, possui um papel relevante na vida dos idosos, corroborando

na prevenção e/ou diminuição de sintomas depressivos e na promoção e/ou

manutenção à saúde (Irigaray & Schneider, 2008).

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Atividade física e o idoso

Antes de discorrer sobre este assunto, vale ressaltar a diferença entre

atividade física (AF) e exercício físico (EF). A primeira corresponde a qualquer

movimento voluntário que resulta em gasto energético, como exemplo as AVDs,

AIVDs, atividades recreativas e danças. Já o exercício físico é um ramo da AF que

corresponde a uma atividade planejada, estruturada e repetitiva, como exemplo

temos a ginástica, a corrida, as atividades aquáticas, entre outros (Mazo, 2008).

A atividade física é citada na literatura como benéfica para a manutenção da

saúde em qualquer fase da vida (Haskell, et al. 2007). No processo de

envelhecimento, coopera para a manutenção da saúde e prevenção de doenças

(Mendes, Cordeiro & Lopes, 2011). Esta prática é vivenciada e interpretada de

maneira diferente por cada idoso, envolvendo fatores de cunho físico, psicológico e

social para sua inserção (Albuquerque, 2008; Caromano, Ide & Kerbauy, 2006;

Matsudo, 2001; Toscano & Oliveira, 2009).

As vantagens da prática de exercícios físicos para idosos dependem de

como se processa o envelhecimento e da rotina praticada. Segundo Bocalini,

Santos e Miranda (2007), um programa de exercícios deve enfatizar, para

indivíduos idosos, a flexibilidade, resistência aeróbica e força, para a manutenção

da massa muscular. Os benefícios advindos com estas atividades são múltiplos,

entre eles, melhora no equilíbrio, manutenção da força muscular e capacidade

funcional, redução da ocorrência ou recorrência de doenças cardiovasculares,

melhora no padrão do sono e nos aspectos nutricionais, além dos aspectos

psicológicos, como melhora na autoestima, satisfação pessoal e prevenção dos

sintomas depressivos (Albuquerque, 2008; Caromano, Ide & Kerbauy, 2006;

Matsudo, 2001; Toscano & Oliveira, 2009; Vogel et al., 2009).

Segundo Teixeira, Lemos, Lopes, Rossi e Mota (2008), Vogel et al. (2009),

para a independência funcional é necessária a manutenção da força muscular e da

capacidade aeróbica. Para tanto, o incentivo à prática de atividades físicas

regulares vem a ser uma medida eficaz e preventiva para um envelhecimento

saudável.

Entretanto, praticar exercícios físicos regularmente como forma de

condicionamento físico não é um fator atrativo aos idosos, consequentemente, traz

uma irregularidade da prática. Todavia, a dança possui grande aceitação, por ser

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uma atividade física lúdica, com músicas que trazem lembranças positivas da

juventude e incentivam a liberdade para a realização dos movimentos/passos

(Haas & Leal, 2006).

Uma das modalidades da dança e que será descrita neste trabalho é a dança de

salão (DS). Ela é praticada com vários ritmos musicais, entre eles Bolero, Tango,

Salsa, Samba, Merengue, Chá-chá-chá, Lambada, Passodoble, Polka e Valsa, Fox

trot, Rock and Roll, Swing, Forró e Gafieira (Garcia & Haas, 2003; Ried, 2003).

A dança de salão, também conhecida como dança social, é praticada aos

pares, no qual o cavalheiro conduz a dama à realização dos passos ritmados

dentro do compasso musical. Neste ato, ocorre o contato pessoal e a vivência do

espaço interpessoal dos pares, permitindo o conhecimento do corpo e sua

localização no espaço (Almeida, 2005; Oliveira, Volp, Otaguro, Paiva & Deutsch,

2002).

Executar a dança de salão é uma tarefa que requer concentração, agilidade,

leveza, ritmo, postura e flexibilidade entre seus diferentes ritmos, mas não menos

importantes estão a força de vontade e o prazer em realizá-la. Diante do

envelhecimento, muitas destas características tendem a diminuir, entretanto isso

não impede o idoso de praticar a dança de salão, pelo contrário, a dança estimula a

manutenção destas além de outras, tais como autoestima, sociabilização e bem-

estar (Rocha & Almeida, 2007; Yassuda & Silva, 2010). Segundo Sebastião,

Hamanaka, L. T. B. Gobbi e S. Gobbi (2008) a DS e seus ritmos podem ser

considerados como uma atividade física que proporcionam diversos benefícios,

entre eles a manutenção da capacidade funcional e possuem grande aceitação

entre os que se encontram no processo de envelhecimento. Em geral, a dança

trabalha com elementos voltados para melhoria da aptidão funcional e do

desenvolvimento psicomotor. A principal característica da dança de salão,

enquanto atividade física é a mobilidade articular e a coordenação motora, além do

contato com o corpo e o movimento (Bocalini, Santos & Miranda, 2007).

Segundo Abreu, Pereira e Kessler, (2008), Almeida, (2005), Fonseca (2008),

Haboush, Floyd, Caron, LaSota e Alvarez (2006), Hackney e Earhart (2009a,

2009b), Leal e Haas (2006), Lautenschlager et al. (2008), Maia, Vágula, Souza e

Pereira (2007), Oliveira, Volp, Otaguro, Paiva & Deutsch (2002), Rocha e Almeida

(2007), Sebastião, Hamanaka, Gobbi e Gobbi (2008), Volp (2010); Zaniboni e

Carvalho (2007), os benefícios provenientes da prática da dança de salão em seus

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ritmos variados estão no contexto biopsicossocial e os mais relevantes são:

melhora e/ou manutenção na aptidão física, capacidade funcional, autoestima,

sociabilização, função cognitiva e motora, equilíbrio, qualidade de vida,

comunicação, percepção e imagem corporal, inclusão social, bem estar, prazer,

satisfação pessoal. Dessa forma a dança de salão pode oferecer aos idosos uma

oportunidade para explorar uma série de movimentos que combinados com

expressão, ritmo e energia, pode aumentar o sentimento de prazer, alegria,

autoestima, interação social e corporalidade expressiva (Lima & Vieira, 2007).

Percepção corporal e a dança de salão

Segundo Fonseca (2008), Graziano (1999), Holmes, Spence (2004),

Maravita e Iriki (2004), Pereira et al. (2010), Segheto, Pereira, Gama (2010),

Segheto (2010), Thurm (2007), a Percepção corporal (PC) corresponde ao

conjunto de representações neurofisiológicas e espaciais permitindo ao indivíduo

reconhecer conscientemente o corpo e seus segmentos no tempo e no espaço,

com informações vivenciadas e armazenadas no decorrer da vida. Para melhor

compreensão destas representações, a percepção corporal é dividida em dois

segmentos: imagem corporal (IC) e esquema corporal (EC).

A imagem corporal é a projeção do corpo armazenada na mente, sendo um

dos componentes da identidade pessoal. É uma construção multidimensional que

representa mentalmente os contornos e forma do corpo, acrescidos de sentimentos

de satisfação ou insatisfação a estas características, na qual estes sentimentos são

influenciados por experiências vividas, pelo juízo de valores, por estímulos visuais,

que em sua maioria são provenientes da mídia e da cultura no qual está inserido

(Kakeshita & Almeida, 2006; Rech, Araújo & Vanat, 2010).

Com o envelhecimento, surgem os estereótipos provenientes do declínio

físico, que corroboram com o declínio da autoestima e da distorção da imagem

corporal dos idosos (Matsuo, Velardi, Brandão & Miranda, 2007; Pereira, Teixeira,

Borgatto & Daronco, 2009). A adesão dos idosos à prática de atividade física está

relacionada à melhora do aspecto físico, da autoestima, satisfação pessoal e bem-

estar. A consequência desta melhora irá interferir no conceito de imagem corporal

pessoal (Alexandre, Cordeiro & Ramos, 2009; Matsudo, 2001; Mazo, 2008). A

dança, especificamente a dança de salão, é um dos exemplos de práticas de AF

para idosos por agregar convívio social, trabalhando com as relações

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interpessoais, movimentos corporais, espaço intra e peripessoal, levando o

praticante a reconhecer seu corpo, tamanho, forma e imagem, aprendendo a

aceitá-lo e a trabalhar com ele (Leal & Haas, 2006; Rocha & Almeida, 2007; Volp,

2010).

O esquema corporal corresponde à representação dos segmentos corporais

na dimensão espacial, originado por estímulos visuais, proprioceptivos, motores e

táteis, sendo projetado (áreas de projeção) e armazenado no córtex cerebral

(Fonseca, 2008; Holmes & Spence, 2004; Maravita & Iriki, 2004; Segheto, Pereira e

Gama, 2010; Thurm, 2007). O córtex cerebral é dividido em três áreas de projeção:

primárias, secundárias e terciárias. As áreas de projeção primárias relacionam-se à

motricidade e à sensibilidade somática. As secundárias por sua vez interpretam as

sensações baseadas nas informações (memória) existentes e planejam os

movimentos. As áreas terciárias recebem e agregam os dados provenientes das

áreas secundárias e são responsáveis por movimentos mais complexos (Dangelo &

Fattini, 1998). Assim, esta área é responsável pelo esquema corporal denominada

temporoparietal, essencial para a percepção espacial, estabelecendo a relação do

indivíduo com o meio (espaço extrapessoal e peripessoal) e possibilitando a

representação dos segmentos corporais (Holmes & Spence, 2004). O córtex

cerebral possui uma característica denominada plasticidade, permitindo que o EC

seja modificável a qualquer alteração proveniente de um movimento consciente do

corpo (Barros, Angeli & Barros, 2005).

Segundo Tisi (2004) esquema corporal é a consciência do corpo e de suas

partes permitindo a execução das múltiplas ações. É inconsciente e mutável por

meio dos movimentos e posição corporal. De acordo com Holmes e Spence (2004),

o EC agrega uma rede de interação dos centros corticais e subcorticais. Cada

centro recebe e processa informações multisensoriais provenientes das partes do

corpo em um referencial adequado com o qual as respostas sensoriais, motoras,

visuais, proprioceptivas, exterocepetivas devem ser elaboradas.

Equilíbrio e risco de queda no envelhecimento

Para Almeida, Veras e Doimo (2010), Bechara e Santos (2008), Horak

(2006), Ribeiro e Pereira (2005), o sistema nervoso central (SNC) exerce um papel

importante na manutenção do equilíbrio, associando as informações sensoriais

provenientes do estímulo visual, vestibular e proprioceptivo, selecionando uma

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resposta postural adequada para as diversas situações de oscilação do equilíbrio.

Com o processo de envelhecimento, várias mudanças ocorrem no SNC que

enleiam o controle postural, incluindo perda neuronal, diminuição da condução

nervosa e do processamento de informações, promovendo distúrbios na geração

de respostas posturais, provocando o desequilíbrio corporal e culminando em

queda. O desequilíbrio corporal é proveniente da desconexão da integração e

processamento dos estímulos aferentes (visual, vestibular, proprioceptivo) e

eferentes (sistema musculoesquelético), aumentando o tempo de reação (resposta)

às interferências externas, predispondo o idoso a se tornar vulnerável à queda

(Almeida, Veras & Doimo, 2010; Sanglard, Henriques, Ribeiro, Corrêa & Pereira,

2004; Silva et al. 2008; Ruwer, Rossi & Simon, 2005).

Como citado anteriormente, com o envelhecimento, todos os sistemas

corporais sofrem alterações, entre eles o SNC, um dos responsáveis pelo controle

do equilíbrio (Almeida, Veras e Doimo, 2010; Bechara e Santos, 2008; Maciel &

Guerra, 2005). Outro sistema que possui a responsabilidade de controlar o

equilíbrio é o musculoesquelético, que com a sarcopenia, ou seja, a perda

gradativa de força e massa muscular proveniente do envelhecimento contribui com

o desequilíbrio corporal, visto que os músculos assessoram o controle do equilíbrio

(Guimarães & Farinatti, 2005; Pedro & Amorim, 2008; Prado, Teixeira, Langa,

Egydio & Izzo, 2010).

No Brasil, 30% dos idosos caem uma vez ao ano e a probabilidade aumenta

conforme o avanço da idade, passando a sofrerem este episódio a cada seis

meses (Pereira et al., 2001). Por sua vez, a queda traz malefícios à saúde geral do

idoso, comprometendo sua autonomia e qualidade de vida (Beck, Antes, Meurer,

Benedetti & Lopes, 2011; Horak, 2006; Pedro & Amorim, 2008; Sanglard,

Henriques, Ribeiro, Corrêa e Pereira, 2004) constituindo a 6ª causa de óbito entre

os idosos (Pereira et al., 2001). As manifestações de desequilíbrio corporal podem

comprometer a independência dos idosos, gerando insegurança para a realização

das atividades cotidianas, legitimando a gradativa perda funcional e,

consequentemente, a imobilidade (Beck, Antes, Meurer, Benedetti & Lopes, 2011;

Leal et al., 2009; Lopes, Costa, Santos, Castro e Bastone 2009; Mazo, Liposcki,

Ananda & Prevê, 2007; Ruwer, Rossi & Simon, 2005).

A diminuição ou a não realização das AVDs e AIVDs, advindas do medo de

cair ou da própria queda, acarretam problemas sociais, principalmente aos serviços

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de saúde, gerando custo elevado para o tratamento e reabilitação do idoso (Beck,

Antes, Meurer, Benedetti & Lopes, 2011; Ruwer, Rossi & Simon, 2005). Para

Lopes, Costa, Santos, Castro e Bastone (2009), imobilidade proveniente da queda

volve o idoso à diminuição da autoconfiança, precipitando uma maior disfunção do

equilíbrio, afirmando a dependência funcional e social, além da baixa da autoestima

precedendo os sintomas depressivos.

Qualidade de vida e promoção à saúde no envelhecimento

A diversificação da população idosa em relação às origens culturais e

socioeconômicas gera uma vulnerabilidade ao declínio da qualidade de vida. Os

estereótipos sociais que por muitas vezes degradam o conceito de envelhecimento

e a aceitação deste processo pelos indivíduos, legitimam a aceleração negativa do

envelhecer em seus aspectos físico, intelectual, emocional e social, promovendo a

diminuição das relações sociais (Lima & Vieira, 2007).

O novo modelo demográfico brasileiro ressalta a importância de assegurar à

população idosa qualidade aos anos vividos, envolvendo variáveis além do âmbito

da saúde, mas também relacionadas ao bem-estar social, cultural, educacional e

psicológico.

O Grupo Whoqol (1995) pertencente à Organização Mundial da Saúde

definiu qualidade de vida como:

Este conceito demonstra que qualidade de vida é um processo

multidimensional e subjetivo, além de possuir caráter individual (Alexandre,

Cordeiro & Ramos, 2009; Irigaray & Trentini, 2009; Seidl & Zannon, 2004; Toscano

& Oliveira, 2009) e não apenas relacionado ao estado de saúde do indivíduo (Fleck

et al., 2000; Toscano & Oliveira, 2009). Qualidade de vida no envelhecimento

compreende a manutenção de autonomia, funcionalidade, desempenho de

comportamentos adaptativos, participação social e relações interpessoais,

motivação para realização de tarefas cotidianas e para novos aprendizados

(Galisteu, Facundim, Ribeiro & Soler, 2006; Chachamovich, Trentini & Fleck, 2007).

A subjetividade existente no conceito da qualidade de vida corresponde às

a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura

e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,

expectativas, padrões e preocupações” (p.1405).

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aspirações pessoais de cada indivíduo, à satisfação nas dimensões da vida, entre

elas, saúde, realização profissional e pessoal, moradia, relações sociais e

familiares, autoestima e autocuidado (Joia, Ruiz & Donalísio, 2007; Neri, 2007;

Salguero, García, Molinero & Márquez, 2011)

Conforme Alves Junior (2009); Catib, Schewartz, Christofoletti, Santiago e

Caparroz (2008), Interdonato e Greguol (2010), Joia, Ruiz e Donalisio (2007), Mazo

(2008), Oliveira, Pivoto e Viana (2009), Yassuda e Silva (2010), para que se

possam alcançar algumas das dimensões que envolvem a qualidade de vida faz-se

necessário a realização de atividades que contribuam com a capacidade funcional

dos idosos. Entre elas encontram-se as atividades físicas voltadas não apenas

para o âmbito da melhora física, mas sim para corroborar com os aspectos

psicossociais. Um exemplo deste tipo de atividade vem a ser a dança de salão,

pois conforme citado anteriormente, os benefícios provenientes desta prática são a

melhora e/ou manutenção nas seguintes áreas: aptidão física, capacidade

funcional, autoestima, sociabilização, função cognitiva e motora, equilíbrio,

comunicação, percepção e imagem corporal, inclusão social, bem-estar, prazer,

satisfação pessoal.

Continuando o contexto da qualidade de vida, é plausível introduzir uma

dimensão que vai além dos componentes individuais, dimensão esta que envolve a

esfera governamental, especificamente o setor público, a esse aspecto fazemos

alusão à promoção à saúde. O conceito de promoção à saúde deve ser

diferenciado do conceito de prevenção de doenças, cuja principal diferença está

nos focos de intervenção. A primeira caracteriza-se por focar sua intervenção na

manutenção do estado de saúde direcionada ao coletivo e a segunda por focar nas

morbidades que acometem os indivíduos. Portanto, a promoção de saúde está

diretamente ligada à prevenção em saúde dentro do nível de atenção primária,

enquanto a prevenção de doenças está ligada à cura dentro da atenção secundária

e terciária à saúde (Restrepo, 2001).

No campo da promoção da saúde, há uma combinação de conceitos, tanto

educacionais quanto ambientais, que visam a atingir e garantir condições de

melhora na saúde geral. A partir disso, as práticas educativas tornam-se prioritárias

na construção de ações de saúde (Candeias, 1997). Educar para o envelhecer

saudável não é um processo fácil, é necessário estimular os indivíduos a refletirem

sobre seu estado de saúde. Para tanto, o resgate da capacidade física e aumento

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da autoestima, valorizando as capacidades individuais, são agentes primordiais

para a educação gerontológica e, a partir desta, é possível prosseguir rumo às

consequências benéficas no processo de envelhecimento (Ribeiro & Yassuda,

2007; Santos & Portella, 2005).

Para Pereira (2003), a educação em saúde é uma das vias que conduz uma

transformação individual, coletiva e social para a promoção de saúde e, como

consequência, um estilo de vida saudável. A partir destas colocações, é perceptível

a relação da promoção à saúde com a qualidade de vida e a responsabilidade do

setor público em prever, prover e promover estas dimensões relacionadas à saúde

dos indivíduos, em particular a dos idosos (Veras & Caldas, 2009).

Objetivos

Objetivo geral

Avaliar a relação da dança de salão com a percepção corporal, equilíbrio e

qualidade de vida em idosos iniciantes na dança de salão.

Objetivos específicos

- Caracterizar os participantes sócio-demograficamente

Avaliar nos idosos praticantes de dança de salão antes do início do módulo e

após o término do módulo (14 semanas) de dança de salão as seguintes variáveis:

- Percepção corporal;

- Equilíbrio;

- Qualidade de vida.

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Método

Participantes

A amostra foi composta por 15 idosos, sendo 66,7% mulheres e 33,3%

homens com idade entre 60 e 77 anos cuja média de idade foi 68.73±4.71 anos,

que praticaram o módulo inicial de dança de salão, consistindo em uma amostra

por conveniência.

Quanto ao grau de escolaridade dos participantes 86% dos indivíduos

possuía o ensino fundamental completo e 14% o ensino médio completo. Em

relação ao estado civil, 62% dos idosos eram casados e 38% eram viúvos e, todos

possuíam filhos. Quanto a composição familiar, 62% moravam apenas com o

cônjuge e 38% dos idosos moravam com a família (filhos e netos) e, 66% dos

idosos (ambos os gêneros) eram aposentados e 34% eram “do lar”

(exclusivamente mulheres).

Entre os idosos, 33% referiram ter alguma morbidade diagnosticada, entre

as mais referidas foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e

hipercolesterolemia (elevação da taxa normal de colesterol). Com relação à prática

de atividade física e/ou exercício físico, três participantes referiram praticar

esporadicamente caminhada e hidroginástica.

Critérios de inclusão

Foram aceitos como participantes desta pesquisa idosos voluntários

iniciantes na dança de salão, dentro da faixa etária estabelecida, não portadores de

nenhuma patologia preexistente que fosse possível alterar os resultados da

avaliação da percepção corporal e do equilíbrio.

Critérios de exclusão

Não foram considerados os voluntários que apresentassem dificuldades de

interpretação dos testes de avaliação e/ou no preenchimento dos instrumentos, que

possuíssem alguma doença que impedisse a realização da atividade e alterasse a

percepção corporal e o equilíbrio. Também foram excluídos os indivíduos que

apresentaram dores importantes em qualquer região do sistema locomotor.

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Material

Os participantes desta pesquisa aceitaram voluntariamente e assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo 1), que continha todas

as informações sobre os procedimentos, benefícios e riscos perante a participação

desta pesquisa.

Os instrumentos aplicados para avaliação das variáveis propostas foram os

seguintes: teste Image Marking Procedure (IMP) para o procedimento de marcação

do esquema corporal proposto por Askevold (1975) e adaptado por Thurm (2007),

o Whoqol bref e old (Anexos 3 e 4) para avaliação da qualidade de vida e o teste

Timed Up and Go (Anexo 5), para avaliação do equilíbrio e risco de queda. Além

destes instrumentos, foram aplicados questionários elaborados pela pesquisadora,

para avaliar o perfil sociodemográfico (Anexo 6) dos idosos participantes desta

pesquisa e um questionário de avaliação após a prática da dança de salão

(Anexo 7).

A qualidade de vida foi avaliada por meio do instrumento Whoqol bref versão

em português, criado pelo grupo Whoqol, da OMS, coordenado pelo Drº.Marcelo

Pio de Almeida Fleck em 1998, composto por 26 questões e com o Whoqol old,

instrumento criado pelo mesmo grupo em 2005 para complementar os dados sobre

a qualidade de vida no público idoso, avaliando os domínios subjetivos de sua vida

por meio de 24 questões. Os aspectos avaliados em ambos os instrumentos estão

descritos na Tabela 1.

Tabela 1: Descrição dos aspectos avaliados no Whoqol bref e old.

Domínios - Whoqol bref Facetas - Whoqol old

Global – duas questões Funcionamento sensorial (FS) – 4 questões

Domínio 1 (Dom.1) - Físico – 7 questões Autonomia (AUT) – 4 questões

Domínio 2 (Dom. 2) - Psicológico - 6 questões Atividades passadas, presentes e futuras (PPF) – 4 questões

Domínio 3 (Dom. 3) – Social - 3 questões Participação social (PSO) – 4 questões

Domínio 4 (Dom. 4) – Ambiental – 8 questões Morte e Morrer (MEM) – 4 questões

Intimidade (INT) – 4 questões

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O esquema corporal foi mensurado por meio do procedimento de marcação

do esquema corporal (Image Marking Procedure-IMP) proposto por Askevold

(1975) e adaptado por Thurm (2007). Este instrumento foi selecionado por sua

praticidade de aplicação e por ser o mais utilizado em pesquisas que avaliam o

esquema corporal. Para o teste de Marcação do Esquema Corporal (IMP) foram

utilizados os seguintes materiais: etiquetas redondas nas cores verde, azul,

vermelha e preta, além de máquina fotográfica digital.

A variável equilíbrio foi avaliada por meio do instrumento proposto por

Podsiadlo e Richardson (1991) denominado Timed Up and Go test, que consiste

em levantar-se de uma cadeira, deambular uma distância de 3m, virar-se, retornar

e sentar-se na cadeira novamente, sendo o tempo de desempenho na realização

desta tarefa cronometrado e classificado em segundos. Os idosos independentes e

sem alterações no equilíbrio e mobilidade realizam o teste em tempo menor ou

igual a 10 segundos, os que são dependentes em transferências básicas realizam

o teste entre 11 a 20 segundos e os que necessitam de mais de 20 segundos para

realizar o teste são dependentes em muitas atividades de vida diária e na

habilidade da mobilidade. Para este teste foram utilizados os seguintes materiais:

uma cadeira com 43 cm de altura, 52 cm de largura, 42 cm de profundidade,

encosto com 42,5 cm de altura e sem apoio de braços, fita adesiva crepe para

marcação no chão da distância a ser percorrida e maquina fotográfica digital.

Os idosos participantes desta pesquisa responderam a um questionário para

a caracterização sociodemográfica elaborado pela pesquisadora, com perguntas

referente à idade, composição familiar, grau de instrução e profissão. Além destas,

foram feitas perguntas sobre seu estado de saúde, relacionadas à dor, problemas

visuais, doenças existentes e episódios de queda e possíveis sequelas.

O histórico de atividade física anterior ou paralelamente à prática da dança

de salão também foi questionado, a fim de considerar influência de outra atividade

além da DS nos resultados obtidos em cada instrumento. Também foi elaborado

um questionário referente aos efeitos percebidos com a prática da DS, juntamente

com questões sobre a presença de dor e de episódio de queda no decorrer do

período de prática.

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Procedimento

Esta pesquisa foi realizada na Associação Amigos de Vila Alpina, com a

autorização da divulgação do nome e demais informações deste estabelecimento

(Anexo 8), entre os meses de dezembro/2010 e março/2011 após a aprovação do

Comitê de Ética e Pesquisa (COEP) da Universidade São Judas Tadeu no dia 15

de setembro de 2010, sob o protocolo de nº 078/10 (Anexo 9). Todos os

participantes leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) antes do início da coleta de dados e, para a aplicação de cada instrumento

houve preparo e orientações específicas e, todos foram aplicados no salão de

aulas da Associação.

O módulo inicial de dança de salão consistiu em aulas envolvendo ritmos

variados realizadas duas vezes por semana em dias alternados, com duração de 1

hora e 30 minutos cada por um período de 14 semanas. Todos os voluntários

frequentaram pelo menos 75% das aulas. As aulas foram ministradas e os ritmos

escolhidos por um professor pertencente à instituição escolhida. A pesquisadora

participou de todas as aulas para melhor descrevê-las e avaliá-las (Anexo 2).

O questionário com as perguntas de cunho sociodemográfico foi aplicado

individualmente com o intuito de manter o sigilo das informações pessoais. Em

relação ao instrumento Whoqol bref e old, as orientações e sua aplicação foram

simultâneas. Os idosos permaneceram distantes entre si para responderem

individualmente às questões contidas nestes instrumentos, ocorrendo intervenção

por parte da pesquisadora apenas nos momentos em que apresentassem alguma

dúvida quanto às questões.

Para aplicação do teste Image Marking Procedure os idosos foram

orientados coletivamente a também se apresentarem com roupas esportivas justas

a fim de facilitar a marcação das regiões corporais. O teste foi realizado

individualmente diante de uma parede e o participante ficava com os olhos

vendados.

Os participantes foram marcados com uma etiqueta nas seguintes regiões

corporais: alto da cabeça, articulação do ombro direito e esquerdo, curva da cintura

direita e esquerda, trocânter maior do fêmur direito e esquerdo. Para realização do

teste e a marcação dos pontos, o avaliado estava usando roupa justa para facilitar

a palpação exata das proeminências ósseas por parte do avaliador (Figura 1).

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O avaliado permaneceu em posição ortostática diante de uma parede e, em

ambiente privado, para seu conforto. A distância do avaliado até a parede foi

determinada pelo comprimento de seus membros superiores semi fletidos de forma

que sua mão atingisse a parede (Figura 2).

O teste foi realizado com o avaliado de olhos vendados e este recebeu as

orientações de forma verbal. Foram tocadas as regiões corporais marcadas e os

indivíduos projetaram na parede diante de si o ponto tocado. O mesmo

procedimento foi realizado para todas as regiões corporais marcadas por três

vezes consecutivas, sem que o avaliado percebesse as marcações anteriores,

sendo que cada medida recebeu uma etiqueta de cor diferente na seguinte ordem:

etiqueta de cor vermelha para a primeira projeção, verde para a segunda e azul

para a terceira projeção na parede. Para cada região, foi calculada a média

aritmética das três medidas percebidas (Figura 3).

Figura 2: Representação da distância

do avaliado à parede para a realização

do teste do IMP.

Figura 1: Representação da disposição

das etiquetas para marcação das regiões

corporais avaliadas no teste IMP.

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Figura 3: Representação da sequência de marcação das regiões corporais no teste IMP.

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A marcação real dos pontos das regiões corporais citadas e marcadas foi

realizada pela avaliadora com um esquadro, para a comparação fidedigna das

medidas, com uma etiqueta de cor diferente das demais utilizadas, para evitar a

interpretação errônea dos dados (Figura 4).

Figura 4: Representação da posição para marcação real e fidedigna das regiões corporais

avaliadas no teste IMP pela pesquisadora com o auxílio do esquadro.

Ao término do teste, as marcações de cada avaliado foram identificadas e

fotografadas, para a sua análise qualitativa. Obtém-se, finalmente, o resultado do

teste, determinado pela formação de quatro figuras de cores distintas formadas

pela união dos pontos percebidos apontados pelos sujeitos e da figura que

corresponde à percepção real, marcada pela avaliadora (Figura 5). Após a

formação destas figuras, foi medida a largura entre os pontos projetados referentes

ao ombro, cintura e quadril, representando a largura corporal, além da altura do

solo ao ponto projetado, referente à cabeça, representando a altura corporal. Estas

medidas foram verificadas em todas as projeções (percebida e real), sendo

calculada a média entre as três projeções percebidas (Figura 6).

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Figura 5: Representação do resultado final do teste IMP.

Figura 6: Representação esquemática da dimensão corporal percebida (em vermelho) e real (em

preto).

B C

C

A

C

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Para análise das medidas obtidas foi aplicado o Índice de Percepção

Corporal (IPC), que consiste em utilização da fórmula: IPC = DP / DR x 100%.

O IPC consiste na divisão entre dimensão real (DR) mensurada pela

avaliadora e a dimensão percebida (DP) (média das três projeções realizadas pelo

sujeito) cujo resultado é multiplicado por 100(%).

O resultado é expresso em porcentagem representando a diferenciação do

IPC dos segmentos corporais avaliados de cada sujeito. Além destes resultados, foi

realizado o cálculo para o IPC geral de cada sujeito, que consiste na média do IPC

da altura da cabeça, da largura do ombro, da cintura e do quadril.

Para a categorização da percepção corporal geral dos indivíduos, foi

utilizado o estudo de Pereira et al. (2010), que avaliou o esquema corporal do

adolescente ao do idoso e classificou o IPC geral da seguinte forma:

hipoesquematia (percepção corporal menor do que a real) para valores menores

que 102,28%, percepção corporal adequada entre 102,28% a 123,58% e

hiperesquematia (percepção corporal maior do que a real) para valores acima de

123,58%.

Na aplicação do teste Timed Up and Go os idosos foram orientados

coletivamente a apresentarem-se com roupas esportivas a fim de facilitar os

movimentos. O teste foi realizado em superfície plana e todos foram submetidos

individualmente ao teste e o tempo gasto foi cronometrado e anotado pela

pesquisadora.

O voluntário permaneceu sentado com a coluna ereta e apoiada no encosto

da cadeira, as mãos apoiadas e com os membros inferiores em ângulo de 90°.

Após o comando verbal “iniciar” o voluntário levantou-se da cadeira, andou a

distância de 3m (demarcados no chão com uma fita autoadesiva), retornou

(virando-se para o lado de sua escolha) e sentou-se novamente na cadeira, na

posição inicial. O cronômetro foi disparado ao primeiro movimento do tronco e

cessado no momento em que o tronco tocou novamente o encosto da cadeira. Os

voluntários foram instruídos a andar em uma velocidade confortável e segura, e

não houve acompanhamento físico (Figura 7).

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Figura 7: Representação da sequência de realização do teste TUG.

Todos os instrumentos descritos acima (questionário sociodemográfico,

Whoqol bref e old, IMP e TUG) foram aplicados antes do início do módulo inicial da

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dança de salão prorrogando-se para o primeiro dia de aula e, nesta data encerrou-

se a coleta dos dados iniciais.

Após o término do módulo da dança de salão cuja duração foi de 14

semanas, os testes Timed Up and Go, Image Marking Procedure e Whoqol bref e

old foram aplicados, novamente, seguindo os mesmos procedimentos já descritos e

também, o questionário sobre os efeitos da dança de salão que foi aplicado

individualmente para manutenção do sigilo das informações.

Análise de dados

Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva de delineamento

correlacional e, o nível de significância adotado para interpretação dos resultados

foi p≤0,05, seguindo a margem de erro utilizada pela área das ciências da saúde.

Os dados passaram pelo teste de normalidade Kolmogorov-Smirno seguindo uma

distribuição normal.

A análise dos resultados do esquema corporal foi realizada com o uso do

software estatístico Instat, com o qual a pesquisadora possuía melhor domínio.

Para análise do IMP foi utilizado o teste t Student pareado a fim de realizar a

comparação de cada avaliado no momento inicial e após o término da prática de

dança de salão. Os aspectos avaliados na percepção corporal por meio do IMP

foram: altura da cabeça (AltC), largura do ombro (LO), largura da cintura (LC) e

largura do quadril (LQ).

As imagens da mensuração do esquema corporal também foram avaliadas

qualitativamente observando os desenhos formados a partir da união dos pontos

projetados. Para isso foi feita uma comparação visual entre a dimensão real e

percebida da altura da cabeça, largura do ombro, largura da cintura e largura do

quadril de cada participante. Foi realizada uma comparação do desenho real e

percebido apresentado no início do módulo ao desenho das medidas real e

percebida no final do módulo da DS. A linha do contorno percebido deve estar mais

próxima da linha do contorno real, para que seja considerado indicativo de melhora

na percepção corporal.

A análise dos resultados obtidos com os instrumentos Whoqol bref e

old foi realizada com o uso do software estatístico SPSS (Statistical Package for

Social Science) versão 12.0. Foram aplicados testes estatísticos não paramétricos

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devido à amostra não pertencer à curva normal, entre eles o Mann-Whitney Test

com o desígnio de comparar intragrupo às variáveis independentes (antes e após

as 14 semanas). Quanto aos resultados do Timed Up and Go Test (TUG), foi

utilizado para sua análise o teste t Student pareado, com o intuito de comparar

cada sujeito no momento inicial e após o término da prática da DS.

Os dados obtidos por intermédio do questionário socioeconômico foram

agrupados de acordo com os parâmetros de idade, sexo, composição familiar, grau

de instrução. Os resultados referentes à saúde geral foram selecionados e

organizados em presença de dor, problemas visuais, morbidades e episódio de

queda.

Os dados provenientes do histórico de atividade física foram separados em

prática de AF antes da participação do módulo inicial da dança de salão. Quanto ao

questionário de avaliação pós-prática da DS, as respostas foram separadas por

conteúdo referentes aos efeitos desta prática. Os demais dados seguiram os

parâmetros de prática de AF, presença de dor e episódio de queda durante a

prática de DS.

Resultados e Discussão

Percepção corporal

A análise do IPC dos segmentos corporais para a altura da cabeça mostrou-

se bem próxima de 100%, não se observando diferença estatisticamente

significante. Entretanto, para os demais segmentos corporais, notou-se diferença

estatisticamente significante, no qual o segmento largura do ombro ( LO) passou de

134,95±28,52 para 105,64±14,26, a largura da cintura (LC) de 157,99±45,45 para

117,19±11,82 e, o segmento largura do quadril (LQ) de 154,59±29,66 para

112,04±10,57 antes e após a prática respectivamente, conforme mostra a Tabela 2.

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Antes (n=15) Após (n=15)

md ± dp md ± dp

103,62 ± 3,39 101,47 ± 3,30

134,95 ± 28,52 105,64 ± 14,26 ⃰

157,99 ± 45,45 117,19 ± 11,82 *

154,59 ± 29,66 112,04 ± 10,57 *

137,78 ± 24,41 109,09 ± 5,69 *IPC geral

IPC geral e dos

segmentos corporais

Altura da cabeça

Largura do ombro

Largura da cintura

Largura do quadril

Tabela 2: Avaliação do IPC geral e segmentos corporais.

* Antes vs Após - p≤0,05

A Tabela 2 mostra que em relação ao IPC geral, os participantes

antes da prática apresentaram-se hiperesquemáticos (percepção corporal maior do

que a real) com média de 137,78±24,41 e, após a prática de DS mostraram-se com

o índice de percepção corporal adequado, cuja média foi de 109,09±5,69,

observando-se diferença estatisticamente significante, baseando-se na

classificação proposta por Pereira et al. (2010).

No estudo de Fonseca (2008), que avaliou o esquema corporal, a imagem

corporal e os aspectos motivacionais da dança de salão em 21 participantes do

módulo inicial da DS, observou-se diferença estatisticamente significante nos

segmentos corporais referente à altura da cabeça e largura do ombro após a

prática de três meses de DS. Em relação à largura do ombro, o resultado

encontrado 103,87±27,38 e 102,33±22,66 referindo-se ao período antes e após a

prática respectivamente, corrobora com os obtidos em nosso estudo, mostrando

que a dança de salão influencia na melhora da percepção dos segmentos

corporais, especificamente nos ombros.

Os resultados do estudo de Pereira, Segheto, Thurm e Gama (2010), que

avaliaram 24 mulheres com idade entre 18 e 45 anos divididas em três grupos

(praticantes de body combat, yoga e inativas) mostram que as praticantes de

atividade física apresentaram modificações na percepção dos segmentos

corporais, no qual o grupo de body combat apresentou hipoesquematia, notando-se

diferença estatisticamente significante na largura da cintura comparada aos demais

grupos. Para as praticantes de yoga observou-se hipoesquematia exceto na largura

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da cintura, sugerindo que estes resultados são provenientes dos movimentos

executados na prática de body combat e yoga. Todas as participantes

apresentaram-se com bom índice de percepção corporal aproximando-se de 100%.

Entretanto, as participantes inativas, apresentaram a percepção dos segmentos

corporal aumentada (hiperesquematia) seguindo o sugerido pela literatura, no qual

socialmente as mulheres tendem e perceberem suas dimensões corporais maiores

do que realmente são (Molinari, 1995 apud Pereira, Segheto, Thurm e Gama,

2010). Tais resultados corroboram com os demais estudos (Thurm, 2007; Fonseca,

2008; Pereira et al., 2010; Segheto, 2010), sendo a percepção corporal modificada

por intermédio da atividade física e/ou exercício físico.

Segheto (2010), em seu estudo avaliou 34 mulheres com idade entre 30 e

65 anos o efeito de estímulos proprioceptivos na percepção corporal. Em seus

resultados, no que se refere às larguras dos segmentos corporais não obteve

diferença estatisticamente significante para os grupos avaliados (grupo

experimental e controle). Entretanto, na avaliação do IPC geral, notou-se diferença

estatística antes e após a intervenção para o grupo experimental e, este resultado,

vem ao encontro com o obtido em nosso estudo, no qual o IPC geral apresentou

diferença estatisticamente significante após o período de 14 semanas de prática de

dança de salão.

Nos estudos citados anteriormente, observou–se que a altura da cabeça foi

o segmento corporal com melhor índice perceptivo, apresentando-se mais próximo

da dimensão real e, notando-se diferença estatisticamente significante na avaliação

após as intervenções cujo resultado deste estudo legitima os resultados anteriores.

O resultado final do teste de marcação do esquema corporal (IMP) será

mostrado da seguinte forma: em preto simbolizando o contorno real das dimensões

corporais medido pela pesquisadora e em verde o contorno percebido pelo sujeito

(escolhido a medida mais próxima do contorno real pela pesquisadora). Entre os

participantes, 73% mostraram-se hiperesquemáticos, composto por quatro homens

e sete mulheres, apenas uma participante apresentou hipoesquematia e três

mostraram-se com percepção corporal adequada, sendo duas mulheres e um

homem. Estes resultados referem-se a antes da prática da dança de salão.

Após o término do módulo da dança de salão, todos os participantes que se

apresentaram hipo e hiperesquemáticos passaram na classificação de percepção

corporal adequado. Os participantes que antes da prática de dança de salão

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encontravam-se na classificação de percepção corporal adequado, mantiveram-se

nesta classificação.

Os traçados mostrados a seguir foram escolhidos pela pesquisadora como

sendo os que melhor representam os resultados de hipoesquematia,

hiperesquematia e percepção corporal adequada (Figuras 8, 9, 10, 11 e 12 ). Os

traçados dos demais participantes encontram-se no Anexo 10.

Figura 8: Resultado do teste IMP. Participante apresentando hipoesquematia antes e percepção

corporal adequada após a prática da dança de salão.

A Figura 8 mostra o resultado final do teste IMP da participante (D.C.S.),

gênero feminino, 74 anos, no qual antes da prática da dança de salão apresentava

hipoesquematia, ou seja, percepção corporal menor do que a real, baseando-se na

classificação de Pereira et al. (2010). Após a prática das 14 semanas de dança de

salão, a percepção corporal apresentou-se adequada, ou seja, aproximou-se da

percepção corporal real mensurada pela avaliadora.

Antes Após

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Figura 9: Resultado do teste IMP. Participante apresentando hiperesquematia antes e percepção

corporal adequada após a prática da dança de salão.

A Figura 9 mostra o resultado final do teste IMP do participante (R.F.S.),

gênero masculino, 71 anos, o qual antes da prática da dança de salão apresentava

hiperesquematia, ou seja, percepção corporal maior do que a real, baseando-se na

classificação de Pereira et al. (2010). Após a prática das 14 semanas de dança de

salão, a percepção corporal apresentou-se adequada, ou seja, aproximou-se da

percepção corporal real mensurada pela avaliadora.

Figura 10: Resultado do teste IMP. Participante apresentando hiperesquematia antes e percepção

corporal adequada após a prática da dança de salão.

Antes Após

Antes Após

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A Figura 10 mostra o resultado final do teste IMP da participante (D.J.G.),

gênero feminino, 69 anos, a qual antes da prática da dança de salão apresentava

hiperesquematia, ou seja, percepção corporal maior do que a real. Após a prática

das 14 semanas de dança de salão, a percepção corporal apresentou-se

adequada, ou seja, aproximou-se da percepção corporal real mensurada pela

avaliadora.

Figura 11: Resultado do teste IMP. Participante apresentando a percepção corporal adequada

antes e após a prática da dança de salão.

A Figura 11 mostra o resultado final do teste IMP do participante (A.M.G.),

gênero masculino, 74 anos, o qual antes da prática da dança de salão já

apresentava sua percepção corporal adequada. Após a prática das 14 semanas de

dança de salão, a percepção corporal manteve-se adequada, cuja percepção

corporal percebida pelo participante aproximou-se da percepção corporal real

mensurada pela avaliadora.

Antes Antes Após

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Figura 12: Resultado do teste IMP. Participante apresentando a percepção corporal adequada

antes e após a prática da dança de salão.

A Figura 12 mostra o resultado final do teste IMP da participante E.M.P.,

gênero feminino, 64 anos, que antes da prática da dança de salão já apresentava

sua percepção corporal adequada. Após a prática das 14 semanas de dança de

salão, a percepção corporal se manteve adequada, ou seja, próxima da percepção

corporal real mensurada pela avaliadora.

No estudo de Fonseca (2008), observaram-se resultados similares,

apontando que após a prática de dança de salão, os participantes apresentaram o

contorno corporal mais simétrico e próximo do real, corroborando com nossos

resultados, no qual todos os participantes obtiveram melhora e/ou manutenção na

simetria corporal, apresentando-se com a percepção corporal adequada após a

prática da DS.

Quanto aos resultados da variável equilíbrio, é possível observar diferença

significante no tempo de realização do teste, sendo 13,55±2,23 antes e 11,13±1,72

após a prática da dança de salão, conforme mostra a Tabela 3.

Antes Após

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Antes (n=15) Após (n=15)

md ± dp md ± dp

Tempo em segundos para

a realização do teste

TUG test

13,55 ± 2,23 11.13 ± 1.72 *

Tabela 3: Avaliação do equilíbrio.

* Antes vs Após - p≤0,05

Os resultados acima mostram que antes da prática da dança de salão os

participantes se encontravam na classificação de dependentes em transferências

básicas na mobilidade, segundo a classificação de Podsiadlo e Richardson (1991)

descrita anteriormente, obtendo a média de 13,55±2,23. Após as 14 semanas de

prática de dança de salão, houve redução no tempo de realização do teste, no qual

a média do grupo foi de 11,13±1,72, entretanto os participantes permaneceram na

mesma classificação.

No estudo de Silva et al. (2008) que avaliou o equilíbrio, coordenação e

agilidade de idosos submetidos à prática de exercícios físicos resistidos, cuja

amostra foi composta por 61 idosos entre 60 e 75 anos divididos em grupo

experimental (n=39) submetidos a exercícios físicos resistidos com carga

progressiva e, grupo controle (n=22) submetidos a exercícios físicos resistidos sem

carga, verificou-se diferença estatisticamente significante em relação ao grupo

experimental no tempo de realização do TUG test com média de 7,95±1,31 e para

o grupo controle a média foi de 8,58±1,03. Estes resultados vem ao encontro com

os do presente estudo, que apresentou melhora significante no tempo de

realização do teste após a pratica da DS.

Os resultados observados no estudo de Padoin, Gonçalves, Comaru e Silva

(2010) que realizou uma análise comparativa entre idosos praticantes de exercícios

físicos e sedentários quanto ao risco de quedas, ratificam nossos resultados, no

qual o grupo ativo, composto por idosos pertencentes ao Núcleo Integrado de

Apoio à Terceira Idade da Universidade Federal de Santa Maria, obteve média no

TUG test de 9,1±2,2 e, o grupo sedentário composto por moradores cadastrados

no posto de saúde da família do bairro de São José, Santa Maria a média

observada foi de 21,6±9,7.

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Prado, Teixeira, Langa, Egydio e Izzo (2010) estudaram quatro idosas

saudáveis encaminhadas do Centro de Convivência da Terceira Idade Ipiranga

com o intuito de demonstrar a influência dos exercícios resistidos no equilíbrio,

mobilidade funcional e na qualidade de vida de idosas. Antes da intervenção, a

média do tempo de realização do TUG test foi de 7,29±5,09 e após a intervenção,

que consistiu em um treinamento de resistência muscular localizada por meio de

exercícios dinâmicos com pesos livres, a média foi de 6,73±5,61. Tais resultados

legitimam os encontrados em nosso estudo, no qual houve redução no tempo de

realização do teste após a prática da DS.

No estudo de Hernandez, Coelho, Gobbi e Stella (2010), que avaliou os

efeitos de um programa de atividade física nas funções cognitivas, equilíbrio e risco

de quedas em 16 idosos com demência de Alzheimer, mostrou resultados que

corroboram com o presente estudo. Antes do protocolo de exercícios a média do

TUG test para o grupo intervenção foi de 9,8±2,5 e após, foi de 9,5±3,3, não

demonstrando diferença estatisticamente significante antes e após a intervenção,

entretanto houve redução no tempo de realização do teste, conforme nossos

resultados.

Krampe, Rantz, Dowel, Schamp, Skubic e Abbott (2010), em seu estudo

avaliaram 11 idosos entre eles sete mulheres e quatro homens recrutados do

Program of All-inclusive Care for the Elderly (PACE), de St Louis, Missouri, cujo

objetivo foi demonstrar o método Lebed (tipo específico de dança terapêutica)

como um dos agentes determinantes para o equilíbrio de idosos frágeis. A

intervenção proporcionou melhora em relação ao equilíbrio, no qual houve redução

do tempo de realização do TUG test, vindo ao encontro dos nossos resultados que

demonstraram esta redução após a prática de DS.

Diante dos resultados da qualidade de vida, podemos observar na Tabela 4

que houve diferença estatisticamente significante em todos os domínios avaliados

pelo instrumento Whoqol bref para o grupo dança de salão, que apresentaram uma

pior qualidade de vida (médias menores) antes da prática e, um avanço na

qualidade de vida (médias maiores) após a prática da dança de salão.

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Tabela 4: Avaliação dos domínios avaliados pelo Whoqol bref.

Nas facetas avaliadas no Whoqol old observou-se em quase todas,

diferença estatisticamente significante (médias maiores), exceto no FS, mostrando

melhora na qualidade de vida após a prática, conforme mostra a Tabela 5.

Tabela 5: Avaliação das facetas avaliadas pelo Whoqol old

Global Antes 71,43 60,71 78,57

Global Após 78,57 57,14 82,14

Dom. 1- Físico Antes 62,50 54,2 75

Dom. 1- Físico Após 83,3 70,8 91,7

Dom. 2- Psicológico Antes 66,67 41,7 83,3

Dom. 2- Psicológico Após 75 58,3 100

Dom. 3- Social Antes 59,37 50 75

Dom. 3- Social Após 62,5 59,4 81,3

Dom. 4- Ambiental Antes 62,50 37,5 75

Dom. 4- Ambiental Após 75 75 100

63,89 ± 12,860,02

75,56 ± 11,98

60 ± 6,810,01

65,20 ± 5,77

70,71 ± 5,430,03

75,95 ± 6,54

64,44 ± 7,020,01

83,06 ± 6,39

59,17 ± 12,910,01

80 ± 7,91

Domínios Whoqol bref mediana mínimo máximo pmd ± dp

n=15

FS Antes 75 75 93,75

FS Após 75 62,5 93,75

AUT Antes 50 43,8 81,3

AUT Após 75 68,8 100

PPF Antes 62,50 50 81,3

PPF Após 87,5 68,8 100

PSO Antes 56,25 43,8 68,8

PSO Após 75 68,8 33,13

MEM Antes 37,5 18,8 56,3

MEM Após 62,5 50 81,3

INT Antes 62,50 50 93,8

INT Após 81,25 75 100

37,92 ± 13,250,01

63,75 ± 8,25

67,5 ± 12,540,01

84,17 ± 8,47

65 ± 13,110,01

85,42 ± 9,64

54,17 ± 6,10,01

92,5 ± 66,19

p

83,75 ± 9,681,02

80,83 ± 11,68

58,75 ± 13,110,01

80,41 ± 12,01

máximomd ± dp

n=15

Facetas

Whoqol oldmediana mínimo

Legenda: FS- Funcionamento sensorial; AUT- Autonomia; PPF- Presente, Passado e Futuro;

PSO- Participação social; MEM- Morte e Morrer e INT- Intimidade.

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No estudo de Prado, Teixeira, Langa, Egydio e Izzo (2010), observou-se

resultados que afirmam os do nosso estudo. Antes da intervenção a média do

domínio físico foi de 117±19,42, do psicológico foi 79,75±23,55, do social foi de

46±6,92 e do ambiental 117±23,63. Após a intervenção, a média do domínio físico

foi de 120±19,32, do psicológico 98±17,54, do social foi de 43±10,51 e do

ambiental 120±33,14, mostrando melhora em todos os domínios, exceto o social.

Gordia et al. (2007) em seu estudo comparou a qualidade de vida de idosas

praticantes e não praticantes de exercício físico cuja amostra foi composta 30

mulheres com idade superior a 60 anos praticantes de exercício físico e, por 30

mulheres não praticantes de atividade física regular moradoras de um asilo, obteve

resultados semelhantes com o do presente estudo, verificando-se melhora em

todos os domínios avaliados no Whoqol bref no grupo de idosas praticantes de

exercício físico corroborando com nossos achados, no qual também obtivemos

melhora nos domínios avaliados neste instrumento (global, físico, psicológico,

social e ambiental) após a prática da DS.

No estudo de Leal et al. (2009), que avaliou os efeitos de um treinamento

funcional na autonomia funcional, equilíbrio e qualidade de vida em idosas, cuja

amostra foi composta por 70 idosas praticantes de atividades físicas divididas em

dois grupos e 42 realizaram o treinamento funcional controlado proposto pelos

autores e 28 idosas continuaram a realizar suas atividades físicas, podemos

observar resultados que corroboram com os do presente estudo, que após um

treinamento funcional com duração de duas semanas, houve melhora significativa

de todas as facetas avaliadas no Whoqol old em relação à avaliação antes deste

período.

Os resultados do estudo de Valadares, Carvalho, Costa-Paiva, Morais e

Pinto-Neto (2011) mostraram melhora nas facetas passado, presente e futuro e

participação social avaliadas no Whoqol old quando associadas ao IPAQ,

relacionando-se ao objetivo do estudo que foi o de avaliar a associação dos

diferentes tipos de atividade física e a qualidade de vida por meio de entrevistas

com 271 mulheres com 60 anos ou mais e praticantes de atividades físicas. Tais

resultados legitimam os nossos achados, no qual houve melhora em todas as

facetas avaliadas no Whoqol old exceto na faceta funcionamento sensorial, após a

pratica de14 semanas da dança de salão.

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Como último instrumento a ser analisado, está o questionário sobre os

efeitos da dança de salão. Foi solicitado aos participantes que respondessem quais

os efeitos percebidos após a prática das 14 semanas da dança de salão. As

respostas tiveram muitas variáveis e foram classificadas em três grandes

categorias, sendo representadas em: Bem estar, envolvendo as variáveis alegria,

bem estar e prazer, Saúde, relacionando-se as variáveis vitalidade e saúde e

Sociabilidade, referindo-se as variáveis companheirismo, liberdade, amizade e

aceitação de si mesmo. Os resultados aparecem na Tabela 6.

Tabela 6: Efeitos da dança de salão.

Para melhor explicar a categorização das variáveis, exemplificaremos as

respostas de alguns participantes. A participante (E.M.P.), gênero feminino, 64

anos, respondeu que os efeitos da prática de dança de salão foram “alegria,

companheirismo, prazer e saúde”. O participante (B.M.), gênero masculino, 73

anos, respondeu “alegria, amizade e saúde”. Todavia, a participante (B.B.), gênero

feminino, 65 anos, afirmou que os efeitos observados após a prática da dança de

salão foram “bem estar, aceitação de si mesma e amizade” e, para o participante

R.F.S., gênero masculino, 71 anos foram “bem estar, liberdade e alegria”.

Conforme mostra a Tabela 6, a categoria bem estar foi a maior,

representada com 54,16%, seguida da categoria sociabilidade com 27,09% e

saúde com 18,75%. Para verificar se existia diferença significante entre as

categorias aplicou-se o teste de qui-quadrado, no qual o χ2o=9,87 e o χ2c=5,99

(n.sig.=0,05 e n.g.l.=2) o que mostra a existência de diferença estatisticamente

significante entre as variáveis estudadas.

Categorias F %

Bem estar 26 54,16

Sociabilidade

Saúde

13 9

27,09

18,75

Total 48 100

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Segundo Mazo, Lopes e Benedetti (2004), em sua obra intitulada “Atividade

física e o idoso”, relata que a prática de dança, entre elas a dança de salão, traz

diversos benefícios tais como melhora na autoestima e autoimagem, na

capacidade motora e muscular, diminuição do estresse diário, sociabilização,

conhecimento do corpo, entre outros. Os idosos participantes do nosso estudo

responderam por meio de uma pergunta aberta os efeitos percebidos após a

prática da dança de salão e, os citados foram alegria, bem estar, prazer, saúde,

liberdade, aceitação de si mesmo, companheirismo e amizade, vindo ao encontro

dos resultados da obra citada.

O estudo de D’Alencar (2005), que avaliou o significado da Biodança para

oito idosos pertencentes ao grupo de Biodança do SESC Fortaleza-CE, mostrou

que esta atividade acarreta melhoras na autonomia, nas condições de saúde,

estimula a liberdade, sociabilização e vontade de viver, incentivando a mudanças

de atitudes e comportamentos diante dos acontecimentos diários da vida. Tais

resultados legitimam os nossos achados, no qual após a prática da dança de salão

os efeitos mais citados encontraram-se na categoria bem estar, seguida da

categoria sociabilidade e saúde respectivamente, mostrando que praticar atividade

física, em particular a dança, gera benefícios no contexto biopsicossocial.

Para Lima e Vieira (2007), a prática de dança de salão proporciona alegria,

melhora da saúde, resgata boas lembranças e contribui diretamente para a

sociabilização, conforme os resultados encontrados em seu estudo de análise

qualitativa com idosos, entre eles 54 mulheres e seis homens que participaram

durante um ano de aulas de dança de salão. Podemos dizer que estes resultados

fundamentam os encontrados no presente estudo, no qual após a prática da dança

de salão os efeitos mais citados encontraram-se na categoria bem estar, seguida

da categoria sociabilidade e saúde respectivamente, mostrando que esta prática

gera benefícios no contexto biopsicossocial.

Segundo Mazo (2008), em sua obra intitulada “Atividade física, qualidade de

vida e envelhecimento”, relata que a prática de atividade física acarreta inúmeros

benefícios biopsicossociais, entre eles melhora na autoestima e autoconceito,

diminuição dos sintomas depressivos e das morbidades cardiovasculares, aumento

da alegria e prazer e sociabilização. Tais benefícios vêm ao encontro dos efeitos

relatados pelos idosos após a prática da dança de salão, corroborando com nossos

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resultados, quando os idosos afirmam que saúde, bem estar, prazer, amizade,

aceitação de si mesmo são alguns dos efeitos percebidos com a DS.

Para Oliveira (2009), em seu estudo qualitativo sobre a representação social

da atividade física para idosas que avaliou 93 idosas pertencentes à Universidade

Aberta da Terceira Idade em Volta Redonda-RJ, obteve resultados que corroboram

com os nossos cujas enunciações mais citadas foram satisfação pessoal, saúde e

sociabilização respectivamente, vindo ao encontro das categorias formadas com as

respostas dos nossos participantes e afirmando que bem estar, saúde e

sociabilização são os motivos e os efeitos para a prática de atividade física.

No estudo de Santana e Maia (2009), que avaliou 62 idosos pertencentes a

um projeto para terceira Idade em Natal-RN quanto à atividade física e o bem estar

na velhice, cuja análise foi qualitativa orientada pela Teoria das Representações

Sociais, mostraram resultados que legitimam os nossos achados, cujos principais

elementos relacionados às representações sociais da atividade física atribuídos

pelos idosos foram felicidade, bem estar, dança e saúde, mostrando uma relação

benéfica entre a prática de atividade física e a interação social e o bem estar geral.

Segundo Yassuda e Silva (2010), em seu estudo que avaliou 29 idosos

pertencentes a programas para a terceira idade, observou que a prática de

atividade física proporciona benefícios cognitivos, físicos e sociais e, sua

realização, é um fator significante para a manutenção e/ou alcance do bem estar

geral e satisfação com a vida e, como consequência, da qualidade de vida. Estes

achados ratificam os nossos resultados no qual bem estar, sociabilidade e saúde

foram as categorias formadas por meio das respostas dos idosos participantes

sobre os efeitos da prática da dança de salão.

Conforme os estudos já descritos referente aos resultados encontrados para

as variáveis avaliadas no presente estudo, observamos que nossos achados vem

ao encontro da literatura produzida para a temática dança de salão, equilíbrio,

percepção corporal e qualidade de vida em idosos, permitindo-nos afirmar que esta

pesquisa vem á acrescentar dentro da linha de pesquisa da atividade física e seus

benefícios para os idosos.

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Considerações finais

As características sociodemográficas dos participantes deste estudo

enquadram-se nas características gerais encontradas na literatura sobre o público

idoso, que estavam na faixa etária de 60 e 77 anos, em sua maioria casados e

residindo apenas com o cônjuge, possuindo o ensino fundamental completo,

aposentados, não praticantes de atividades físicas regulares e apresentando

morbidades diagnosticadas comuns para esta fase da vida, como diabetes mellitus,

hipertensão arterial sistêmica e hipercolesterolemia.

Os resultados obtidos na avaliação da percepção corporal mostraram

que em sua maioria os idosos avaliados apresentaram distorção na percepção

corporal antes do início das aulas de dança de salão, ou seja, hipoesquematia

(percepção corporal menor do que a real) ou hiperesquematia (percepção corporal

maior do que a real). Contudo, após a prática das 14 semanas de dança de salão,

os índices de percepção corporal geral e dos segmentos corporais mostraram-se

adequados, corroborando para o melhor reconhecimento do corpo e do espaço

ocupados por eles.

O equilíbrio, avaliado pelo Timed Up and Go test obteve resultados

satisfatórios após a prática de dança de salão. Foi observado um decréscimo no

tempo de realização do teste, entretanto não alterando a classificação inicial de

dependentes em transferências básicas, no qual o tempo de realização da

caminhada no percurso de três metros foi entre 11 e 20 segundos. Contudo

podemos dizer que, por intermédio desta atividade, houve melhora na agilidade e

equilíbrio dinâmico dos idosos.

Na avaliação da qualidade de vida, observamos melhora em todos os

domínios avaliados no instrumento Whoqol bref, em que o aspecto global, o

domínio psicológico e ambiental foram os que obtiveram os melhores resultados,

após a prática de dança de salão. Nas facetas avaliadas no Whoqol old, também

foram encontrados resultados satisfatórios após a prática em comparação com os

resultados iniciais em todas as facetas, exceto na faceta funcionamento sensorial,

que corresponde aos nossos sentidos que são visão, olfato, paladar, tato e

audição, no qual a dança de salão intervêm de maneira indireta nestes aspectos.

Tais resultados nos permitem dizer que a prática de dança de salão contribui para

a melhora da qualidade de vida.

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Os resultados sobre os efeitos da prática da dança de salão, no qual o bem

estar foi a categoria com maior porcentagem, permitindo-nos afirmar que esta

prática é uma via para a promoção e/ou manutenção do bem estar. As variáveis

encontradas nas respostas dos idosos aludem aos aspectos que envolvem a

qualidade de vida, como companheirismo, liberdade, saúde, aceitação de si

mesmo, alegria entre outros, corroborando com a manutenção da qualidade de

vida.

Diante dos objetivos deste estudo, os resultados encontrados foram

satisfatórios, permitindo seu alcance e comprovação. Os resultados obtidos e

descritos no decorrer deste trabalho, permite-nos ressaltar a importância da prática

de atividades físicas, em particular a dança de salão, por contribuir

significativamente para uma percepção corporal adequada, para a manutenção do

equilíbrio e para a manutenção e/ou alcance da qualidade de vida, sendo

considerada como uma forma de promoção e manutenção à saúde, em especial, a

do idoso, foco deste trabalho. Entretanto faz-se necessário o desenvolvimento de

novas pesquisas neste contexto, a fim de ratificar nossos resultados e continuar a

contribuir com os achados científicos sobre este processo tão complexo, inevitável

e repleto de anseios e questionamentos, chamado envelhecimento.

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Anexo 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Eu, _______________________________________________________ portador

de RG ________________________________, abaixo assinado, dou meu

consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de

pesquisa supracitado, sob responsabilidade do pesquisador Dra. Eliane Florêncio

Gama e da discente Renatta Simões Nogueira da Universidade São Judas Tadeu.

Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que:

1) O objetivo da pesquisa é avaliar se existe influência da dança de salão no

esquema corporal, no equilíbrio e marcha, no risco de queda e na qualidade de

vida;

2) Durante o estudo será realizada avaliação do esquema corporal dos alunos

iniciantes na prática da dança e desses mesmos indivíduos após conclusão do

módulo inicial. Para avaliação do esquema corporal os sujeitos devem estar trajados

com roupa justa, estar com os olhos vendados e de frente para uma parede. O

examinador tocará em determinados pontos (cabeça, ombros, cintura e quadril) do

corpo do indivíduo e esse deverá apontar na parede onde está sentindo cada ponto.

A medida (largura entre os pontos) obtida será, então, comparada com a real

dimensão do indivíduo;

3) A avaliação do equilíbrio será realizada por meio de aplicação de exercícios

como: manter o equilíbrio sentado na cadeira, levantando-se da cadeira, em pé,

equilíbrio com os olhos fechados, ao girar (360º), equilíbrio com uma pressão leve e

uniforme no esterno, ao virar o pescoço com olhos para cima, em apoio unipodal, ao

inclinar o tronco para traz, equilíbrio na ponta dos pés, ao inclinar o corpo para

frente, ao sentar;

4) A avaliação da marcha será realizada por meio do exercício da caminhada em

local plano e livre de irregularidades no solo, onde serão observadas a altura e

comprimento do passo, simetria do passo, continuidade do passo, estabilidade e

sustentação do tronco durante a marcha;

5) A avaliação da qualidade de vida será realizada por meio de questionário

contento perguntas sobre aspectos físicos, psicológicos, relações sociais, nível de

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independência e ambiente social e pensamentos, sentimentos e ações sobre

certos aspectos da vida;

6) A presente pesquisa apresenta riscos mínimos para os participantes quanto a

avaliação do esquema corporal, estando especificamente relacionado ao resultado

da avaliação, onde o indivíduo pode se sentir inadequado em relação ao padrão de

percepção corporal;

7) A presente pesquisa apresenta risco mínimo de queda para os participantes

quanto a avaliação do equilíbrio e marcha, porém serão tomadas todas as medidas

de precaução cabíveis afim de manter a integridade física dos participantes;

8) Os participantes serão beneficiados com todos os esclarecimentos

9) Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente

sobre a minha participação na referida pesquisa;

10) Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na

pesquisa;

11) Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos

por meio da pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do

trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica

especializada;

12) Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa Universidade São Judas

Tadeu para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa por meio

do telefone (11) 2799-1944.

13) Este Termo de Consentimento é feito em duas vias que uma permanecerá em

meu poder e outra com o pesquisador responsável.

São Paulo, __________de _______________ de 2010. __________________________________________________________________ Nome do voluntário e assinatura __________________________________________________________________ Dra. Eliane Florêncio Gama _________________________________________________________________ Renatta Simões Nogueira

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Anexo 2

1- Estrutura do local da pesquisa

A Associação Amigos de Vila Alpina é uma entidade filantrópica com apoio

da Subprefeitura Vila Prudente / Sapopemba, direcionada a promover atividades

aos moradores destas regiões, no qual os mesmos associam-se a esta e adquirem

o direito de usufruir de todos os programas oferecidos. Dentro desta Associação

existe o grupo Tijolinhos de Olaria composto por idosos, que a dez anos vem

promovendo e desenvolvendo programas com atividades variadas para os idosos.

Entre as atividades oferecidas estão as aulas de dança de salão, objeto de

estudado nesta pesquisa. É enviado quadrimestralmente um professor pela

Subprefeitura, entretanto este período não é cumprido firmemente, espaçando este

intervalo.

No período de atividade, o professor ensina os passos básicos e alguns

movimentos mais aprimorados dos diversos ritmos da dança de salão. Contudo, ele

aprimora os ritmos que os idosos mais se identificam e possuem mais habilidade

para desenvolvê-lo. Os ritmos ensinados no período desta pesquisa foram: Forró,

Samba de Gafieira, Bolero, Salsa, Merengue e Rock (soltinho), nesta respectiva

ordem.

Não existem níveis para o aprendizado da dança de salão, em média a cada

quatro meses outro professor inicia a prática, ensinando os ritmos e seus passos

desde o princípio, pelo fato de sempre existirem novos idosos no grupo. Diante

disto, muitos idosos não continuam a frequentar as aulas após o cumprimento do

período. Entretanto, alguns fazem questão de continuar frequentando, a fim de

aprimorar a realização dos passos. Estes idosos por sua vez, auxiliam o professor

durante as aulas dentro de suas possibilidades e habilidades, estimulando e

corroborando com a manutenção de sua autoestima.

Com o intuito de arrecadar fundos para melhorias na Associação e aquisição

de novos materiais para o próprio grupo, quinzenalmente era realizado um baile no

local, aberto ao público em geral e com um custo simbólico para a entrada. Este

baile, é o grande momento dos idosos praticantes da dança de salão mostrar o que

aprenderam e, socializarem-se.

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Em todos os bailes, existiam duas pessoas do grupo Tijolinhos de Olaria

(leigos no assunto) que elegiam o melhor casal dançarino e o casal mais elegante

da noite. Os ganhadores recebiam uma faixa escrito o título da premiação, que

exibiam com orgulho durante o remanescer da noite.

Devido a esta premiação, a grande maioria dos idosos praticantes da dança

de salão empenhavam-se no aprendizado e na escolha do vestuário para o baile,

no qual o mesmo por algumas vezes parecia um desfile de moda, bem como um

campeonato de dança de salão. Entretanto, era perceptível a alegria dos idosos em

estar ali, bem vestidos e prontos para mostrar o que aprenderam no decorrer das

aulas.

2- Estrutura das aulas

Nos primeiros e nos últimos 10 minutos de cada aula o professor realizava

um alongamento superficial de todo o corpo e, atividades com músicas de diversos

ritmos que não pertenciam a dança de salão a fim de entrosar os alunos.

A ordem dos ritmos a serem aprendidos era decidida pelos alunos, sendo

que cada ritmo tinha duração de duas semanas (4 aulas). Os passos de cada ritmo

era ensinado individualmente e sem música, no primeiro momento, após a

observação do aprendizado pelo professor, realizava-se os passos com a música.

Esta metodologia de aula foi utilizada para que o aluno percebesse o seu espaço

interpessoal e realizasse com segurança os passos.

No segundo momento, os idosos escolhiam um par e dançavam juntos. A

primeira música era para as adaptações dos espaços interpessoais, da posição

correta dos membros superiores e dos pés (dama e cavalheiro) e, para conhecer

melhor o parceiro. A partir da segunda música, o ritmo a ser dançado começava a

se mostrar através dos passos.

A metodologia utilizada para o ensinamento dos passos foi a seguinte:

primeiro o professor distribuía os alunos no salão e ensinava os passos básicos de

cada ritmo e, após a observação da realização correta destes, iniciava o ensino dos

passos com um grau maior de complexidade e os giros, sempre observando a

evolução do aluno em cada etapa, para então acrescentar novos passos.

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3- Conteúdo das aulas

1ª e 2ª aulas: nestas aulas os alunos e o professor iniciaram o processo de

interação. Houve realização de dinâmicas com músicas e de danças individuais e

em duplas, com o intuito de experienciar os próprios movimentos e uni-los ao do

par escolhido.

3ª á 6ª aulas: O ritmo escolhido pelos idosos como o primeiro a ser

aprendido foi o Forró. Conforme descrito anteriormente, cada ritmo teve duração de

quatro aulas e os passos eram ensinados de acordo com a capacidade de

aprendizado e execução correta, para dar continuidade na evolução do ritmo.

7ª á 10ª aulas: O segundo ritmo ensinado foi o Samba de Gafieira. Este

ritmo exige um pouco mais de agilidade, mostrando-se árduo o aprendizado pelos

alunos. Neste ritmo, não houve o acrescentar de muitos passos complexos,

entretanto os ensinados foram muito bem desenvolvidos pelos alunos.

11ª á 14ª aulas: o Bolero foi o terceiro ritmo aprendido. Por se tratar de um

ritmo lento, suave e com músicas românticas, trazia recordações joviais para

alguns e melancólicas para outros. Todavia, foi um dos ritmos eleito pelos alunos

como um dos mais prazerosos para dançar, seguido do Forró e do Rock.

15ª á 18ª aulas: nestas aulas o ritmo ensinado foi a Salsa, que requer um

pouco mais de gingado corporal. Todavia, não houve grandes dificuldades para seu

aprendizado, que acabava sendo motivo de risos entre os próprios alunos, pelo fato

de não conseguirem “soltar” o corpo como deveriam. Contudo, o professor

conseguiu avançar neste ritmo com bom desenvolvimento dos alunos.

19ª á 22ª aulas: o ritmo ensinado foi o Merengue, desenvolvido sem

embaraço, pelo fato do ritmo anterior ter sido a Salsa. Este ritmo também gerou

risos entre os alunos, pois achavam-se “estranhos” e/ou “engraçados” dançando-o.

Da mesma forma que o ritmo anterior, o professor conseguiu ensinar passos com

um nível de complexidade maior obtendo boa resposta dos alunas.

23ª á 26ª aulas: O último ritmo ensinado foi o Rock (conhecido no Brasil

como “soltinho”), que renovou o entusiasmo entre os alunos, além de desencadear

boas recordações passadas. Após o aprendizado de vários ritmos com seus

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passos complexos, este foi aprendido com facilidade, também pelo fato de terem

aperfeiçoado a capacidade de compreensão e realização dos movimentos

corporais.

27ª e 28ª aula: Nas duas últimas aulas foi realizado um recordatório dos

ritmos aprendidos. O professor desenvolveu uma dinâmica de aula diferente, que

ocorreu da seguinte maneira: dois casais por vez se colocavam no centro do salão

para dançar todos os ritmos aprendidos com seus respectivos passos, desde o

básico até os mais complexos, enquanto os demais alunos ficavam sentados como

espectadores. A princípio, esta dinâmica amedrontou os alunos, pois eles

encararam como uma avaliação, mas após a explicação do seu propósito, que era

demonstrar o quanto eles haviam evoluído na dança, todos aceitaram e encararam

como uma apresentação artística.

As músicas foram colocadas de acordo com os ritmos aprendidos e eram

trocadas sem prévio aviso, de modo que os casais demonstrassem o que

verdadeiramente absorveram no decorrer das aulas.

Ao término de cada apresentação, uma gama de aplausos surgiam elevando

a autoestima de cada aluno. Para surpresa do professor, da pesquisadora e dos

próprios casais, todos demonstraram a grande maioria dos passos ensinados,

suscitando uma sensação de conquista e de alegria.

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Anexo 3

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Anexo 4

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Anexo 5

Descrição do Teste Timed Up and Go

Para a realização do teste foi utilizada uma cadeira com as seguintes

medidas 43 cm de altura, 52 cm de largura, 42 cm de profundidade, encosto com

42,5 cm de altura e sem apoio de braços. O voluntário deverá estar sentado com a

coluna ereta e apoiada no encosto da cadeira e, com as mão apoiadas sobre as

coxas. Após o comando verbal “vai” o voluntário se levanta da cadeira, anda a

distância de 3m (demarcados no chão), retorna (podendo virar-se para o lado de

sua escolha) e senta-se novamente na cadeira. O cronômetro será disparado ao

primeiro movimento do tronco e cessado no momento em que o tronco tocou

novamente o encosto da cadeira. O voluntário foi instruído a andar em uma

velocidade confortável e segura, não havendo apoio físico.

1º teste - Antes do início do módulo de dança de salão

Tempo de realização do teste em segundos:

2º teste - Após o término do módulo de dança de salão

Tempo de realização do teste em segundos:

____________________________________________________________

Assinatura do voluntário

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Anexo 6

Ficha de identificação pessoal

Nome: ____________________________________________________________

Idade: ____________________________

Data de Nascimento: ______________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Profissão: __________________________________________________________

Composição Familiar:

( ) Solteiro ( ) Separado

( ) Vive como casado ( ) Divorciado

( ) Casado ( ) Viúvo

Filhos: ( ) Sim ( ) Não

Reside: ( ) Sozinho ( ) Família ( ) Cônjuge

Grau de instrução:

( ) 1º grau incompleto ( ) 3º grau incompleto

( ) 1º grau completo ( ) 3º grau completo

( ) 2º grau incompleto ( ) Pós-Graduação incompleto

( ) 2º grau completo ( ) Pós-Graduação completo

Sente dor em alguma parte do corpo?

( ) Sim Qual(s) parte:____________________________________

( ) Não

Possui algum problema visual?

( ) Sim Qual(s): _________________________________________

( ) Não

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Faz uso de óculos

( ) Sim ( ) Não

Tem alguma doença?

( ) Sim Qual(s): _______________________________________

( ) Não

Prática alguma atividade física?

( ) Sim ( ) Não

Qual(s): ___________________________________________________________

Frequência: ( ) 1x ( ) 2x ( )3x ( ) 4x ( ) 5x

Quanto tempo: ( ) 30 min ( ) 60 min ( ) 90min ( ) 120 min

Já praticou alguma atividade física?

( ) Sim Qual(s) : _______________________________________

( ) Não

Sofreu algum episódio de queda?

( ) Sim Quando ? ______________________________________

( ) Não

Houve seqüela?

( ) Sim Qual(s)? _______________________________________

( ) Não

____________________________________________________________

Assinatura do voluntário

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Anexo 7

Ficha para avaliação pessoal após o módulo da dança de salão

1- Quais os efeitos da prática da dança de salão?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2- Quantas aulas praticou?

___________________________________________________________________

1- Praticou alguma atividade física juntamente com as aulas de dança de salão?

( ) Sim Qual? ___________________________________

( ) Não Frequência: ______________________________

3- Sentiu dor em alguma parte do sistema locomotor?

( ) Sim Qual parte? ______________________________

( ) Não

4- Sofreu alguma queda no período da prática da dança?

( ) Sim ( ) Não

____________________________________________________

Assinatura do voluntário

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Anexo 8

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Anexo 9

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Anexo 10

Resultados finais do teste IMP dos participantes antes e após a prática das 14

semanas de dança de salão.

Participante 1: H.A.M., gênero feminino, 71 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Participante 2: D.S.R., gênero feminino, 68 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 3: M.N., gênero feminino, 61 anos, antes apresentou hiperesquematia

e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a percepção

corporal adequada.

Participante 4: B.B., gênero feminino, 65 anos, antes apresentou hiperesquematia

e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a percepção

corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 5: I.A.C.U., gênero feminino, 61 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Participante 6: L.P.G., gênero feminino, 73 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 7: F.M.S., gênero masculino, 75 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Participante 8: B.M., gênero masculino, 73 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 9: J.A.S., gênero masculino, 73 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Participante 10: R.F.S., gênero masculino, 71 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 11: D.J.G., gênero feminino, 69 anos, antes apresentou

hiperesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Participante 12: D.C.S., gênero feminino, 74 anos, antes apresentou

hipoesquematia e após a prática das 14 semanas de dança de salão apresentou a

percepção corporal adequada.

Antes Após

Antes Após

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Participante 13: A.M.G., gênero masculino, 74 anos, antes e após a prática das 14

semanas de dança de salão apresentou a percepção corporal adequada.

Participante 14: E.M.P., gênero feminino, 64 anos, antes e após a prática das 14

semanas de dança de salão apresentou a percepção corporal adequada.

Antes Após

Após Antes

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Participante 15: I.C.S., gênero feminino, 64 anos, antes e após a prática das 14

semanas de dança de salão apresentou a percepção corporal adequada.

Antes Após