Top Banner
SUMÁRIO SUMÁRIO ................................................................................................................................... 9 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 16 2.1 OBESIDADE....................................................................................................................... 24 2.2 DIABETES MELLITUS ..................................................................................................... 29 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 36 APÊNDICE A............................................................................................................................ 39
43

Tabela índice glicêmico tcc leandro una

Jun 14, 2015

Download

Documents

Eric Liberato
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

SUMÁRIO

SUMÁRIO................................................................................................................................... 9

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 10

2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 16

2.1 OBESIDADE....................................................................................................................... 24

2.2 DIABETES MELLITUS ..................................................................................................... 29

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 36

APÊNDICE A............................................................................................................................ 39

Page 2: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

10

1 INTRODUÇÃO

As alterações na prática dietética, somadas à diminuição ou falta da atividade física, são os

maiores responsáveis ambientais para o atual aumento da prevalência da obesidade e diabetes.

Vários têm sido os esforços para reduzir a prevalência dessas doenças. Nas décadas de 1960 e

1970, houve uma tendência de considerar os carboidratos como fator importante para o ganho de

peso, desviando-se a atenção da gordura para o carboidrato, na hipótese de um nutriente atuar

como principal promotor do excesso de ingestão energética e de ganho de peso (SARIS, 2003).

Nas décadas de 1980 e 1990, inúmeros ensaios foram realizados para avaliar a resposta glicêmica

produzida pelas diferentes fontes de carboidratos, principalmente, pelo amido (MENEZES, 2002).

Atualmente, o alvo tem sido o papel do chamado Índice Glicêmico dos alimentos (IG) sobre a

obesidade e as doenças a ela relacionadas.

O IG foi estudado e publicado no ano 1981 por David Jenkins et al. Na Universidade de Toronto,

no Canadá, como uma arma para a satisfação das necessidades nutricionais de diabetes mellitus

tipo 1 (DM 1). Baseado no conceito de que os carboidratos simples (mono e dissacarídeos)

induziam um aumento do nível de açúcar no sangue mais rápido e mais elevado do que os

carboidratos complexos (polissacarídeos) e que os diferentes alimentos, independente de seu

conteúdo total, têm uma proporção diferente de carboidratos complexos e simples. O IG é

definido como o percentual de aumento da área abaixo da curva glicêmica produzida por um

alimento em relação à área correspondente produzida pela ingestão da mesma quantidade de um

alimento referência (pão branco ou glicose - 50g de carboidrato glicêmico). Este índice mostra,

indiretamente, como cada alimento comporta-se em termos de velocidade de digestão e absorção.

Dessa forma, é possível comparar os índices glicêmicos produzidos pelos alimentos quando

consumidos após diferentes tipos de preparo, processamento e armazenamento (SAMPAIO et al.,

2007).

O conceito de CG foi introduzido e pode ser interpretado como uma medida da demanda de

insulina induzida pela dieta. Quanto maior a CG do alimento, maior seu efeito insulinogênico e

maior a elevação esperada nos níveis plasmáticos de glicose (SILVA e MELO, 2006).

Page 3: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

11

Com a redução do IG da dieta, tem-se menor demanda insulínica, melhor manutenção da

glicemia e redução da lipidemia. Estes fatores, claramente, têm importante papel na prevenção e

no tratamento das doenças crônicas como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e até alguns

tipos de cânceres (HALPEN e RODRIGUES, 2008).

O DM (DM) é uma doença de evolução crônica, associada a inúmeras complicações micro e

macrovasculares, e cuja prevalência atual no Brasil, atinge 284.266 mil habitantes (DATASUS,

2008).

Níveis aumentados de glicose pós-prandial e de demanda de insulina estão associados ao

aumento da gravidade do quadro clínico da doença. O controle da glicemia é considerado o

principal objetivo no tratamento do DM, sendo as técnicas dietéticas responsáveis pela prevenção

da hiperglicemia pós-prandial importantes na limitação das complicações (SILVA e MELO,

2006).

O IG tem sido investigado como potencial ferramenta no manejo dietoterápico dos portadores de

DM. Seu papel já está sendo reconhecido por entidades mundiais como a Sociedade Americana

de Diabetes (American Diabetes Society, ADA), European Association for the Study of Diabete,

Canadian Diabetes Association e a World Health Organization. Dietas com baixo IG podem,

teoricamente, beneficiar o controle metabólico do DM por diminuírem a hiperglicemia pós-

prandial precoce e o risco de hipoglicemia no estado pós-absortivo.

A obesidade pode ser definida como o grau de armazenamento de gordura no organismo

associado a riscos para a saúde devido a sua relação com várias complicações metabólicas. A

base da doença é o processo indesejável do balanço energético positivo, resultando no ganho de

peso. No entanto, a obesidade é definida em termos de excesso de peso. O índice de massa

corporal (IMC) é o índice recomendado para a medida da obesidade em nível populacional e na

prática clínica (Ministério da Saúde, 2006).

Alguns autores (JENKINS, 2002) constataram que as dietas de alto IG apresentam menor poder

de saciedade, resultando em excessiva ingestão alimentar, favorecendo o aumento do peso

corporal. Além disso, o consumo de tais dietas pode alterar o perfil lipídico e a secreção

insulínica, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares e de DM. Tem sido sugerido

Page 4: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

12

(PAWLAK, 2001) que tal ingestão aumenta a secreção de insulina, a qual é considerada como

um fator de risco independente para o ganho de peso. O consumo de alimentos de alto IG parece

desencadear uma seqüência de eventos hormonais, o que limita a disponibilidade de combustível

metabólico no período pós-prandial, levando à fome e à ingestão alimentar excessiva (LUDWIG,

2002).

Por outro lado, a ingestão de alimentos de baixo IG pode diminuir a secreção de hormônios

contra-regulatórios proteolíticos, como o cortisol, hormônio do crescimento e glucagon,

estimulando a síntese protéica (LUDWIG, 2002).

Alguns estudiosos vêem o IG como não fidedigno, visto que o mesmo não considera as porções

reais consumidas por um indivíduo, sugerindo, assim, como melhor preditor de risco de doenças

crônicas, entre as quais a obesidade (BELL e SEARS, 2003), que inclui, concomitantemente, o

IG do alimento e a quantidade de carboidratos disponíveis na porção de alimento consumida.

Vários estudos têm sido realizados com o objetivo de identificar o papel do Índice Glicêmico dos

alimentos sobre o apetite, a saciedade, a composição corporal e o controle da glicemia.

Jenkins et al. (1981), ao publicarem a primeira lista com valores de índice glicêmico de 62

alimentos, evidenciaram diferentes IGs produzidos pelos alimentos, e propuseram que os mesmos

eram necessários para suplementar as tabelas de composição dos alimentos utilizadas nos

cálculos de dietas para indivíduos diabéticos, considerando-se que os carboidratos dos alimentos

apresentam diferentes respostas glicêmicas quando testados em condições padronizadas

(Menezes e Lajolo, 2002).

Segundo Ludwig (1999), a hiperinsulinemia e a hipoglucagonemia observadas após a ingestão de

alimentos de alto IG, tendem a acelerar o metabolismo muscular e hepático, reduzindo a

produção de glicose hepática e suprimindo a lipólise. Há, então, aumento dos níveis dos

hormônios contra-regulatórios, provocando aumento da fome e da ingestão em uma tentativa de

restaurar a homeostase energética.

No estudo de Brand-Miller (2002), a resposta glicêmica observada após a ingestão dos alimentos

é afetada tanto pela qualidade quanto pela quantidade de carboidrato ingerido em uma refeição. A

dieta de alto IG apresentou maior teor de carboidratos do que a de baixo IG. Assim, a maior área

Page 5: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

13

abaixo da curva de resposta glicêmica observada após a ingestão dos alimentos de alto IG em

relação aos de baixo IG não pode ser atribuída simplesmente ao efeito do IG.

Bouché e cols. (2002) realizaram um estudo onde o objetivo foi verificar o efeito da ingestão de

alimentos diferindo em IG no metabolismo de glicose e lipídeos. Não foram observadas

diferenças significantes no total de energia ou na composição de macronutrientes das dietas

ingeridas entre os tratamentos, a ingestão da dieta de baixo IG resultou na redução da gordura do

tronco e aumento da massa livre de gordura. Este estudo foi o primeiro que buscou avaliar os

efeitos do IG por um período maior de tempo.

Spieth e cols. (2000) avaliaram o efeito da ingestão de dieta de baixo IG em relação à dieta

reduzida em gordura no tratamento da obesidade infantil. O estudo envolveu 107 crianças com

média de idade de 10 anos. Os participantes receberam aconselhamento dietético e recomendação

para aumentarem a prática de atividades físicas. Tal dieta era composta por 55-60% de

carboidratos, 15-20% de proteínas, 25-30% de gorduras. A dieta de baixo IG foi baseada num

modelo de “Pirâmide Modificada”, cuja base é composta por vegetais e frutas, seguidos de

proteína, grãos, e cujo ápice é composto por açúcares e alimentos refinados. Essa dieta

apresentou 45-50% de carboidratos, 20-25% de proteínas, 30-35% de gorduras. Os resultados

mostraram maior redução nos valores de IMC no grupo de baixo IG. Apesar de a redução do

IMC ser um dado interessante, deve-se ressaltar que o ideal seria que mudanças na composição

corporal das crianças também tivessem sido avaliadas nesse estudo.

Ball e cols. (2003) realizaram um estudo para investigar os efeitos metabólicos, hormonais e o

efeito na saciedade em 16 adolescentes com sobrepeso associado à ingestão de refeição típica de

baixo IG, ou refeição substituta de baixo IG, ou refeição de alto IG. Os participantes ingeriram

dietas de baixo IG no jantar e na ceia. No dia seguinte, o desjejum e o almoço servido

apresentaram o mesmo valor de IG. Após o almoço, os participantes realizaram atividades leves e

foram instruídos a consumirem lanches que possuíssem os mesmos alimentos, tanto para o grupo

de alto quanto o de baixo IG, os quais eram oferecidos até que os participantes ficassem

satisfeitos. No entanto, não houve diferença na sensação de fome entre as refeições. O lanche foi

requisitado mais cedo pelo grupo de alto IG. Porém, uma vez requerido, não houve diferença na

ingestão energética entre os grupos.

Page 6: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

14

Alfenas e Mattes (2005) avaliaram o efeito da ingestão de dietas diferindo em IG no apetite e no

balanço energético. As dietas testadas foram compostas por alimentos apresentando composição

de macronutrientes, densidade calórica, teor de fibras e palatabilidade semelhantes. O apetite, a

glicemia e a insulinemia foram determinados antes e durante duas horas após a ingestão do

desjejum e do almoço. A ingestão energética foi avaliada durante todo o estudo. Os resultados

demonstraram que não houve diferenças na resposta glicêmica e insulinêmica, nos parâmetros

subjetivos de fome e na ingestão energética entre os tratamentos. Esse estudo não sustentou a

hipótese de que a ingestão de alimentos diferindo em IG afeta o apetite de modo distinto. Este

apresenta grande relevância científica, em função da preocupação dos autores em isolar o efeito

do IG na ingestão, controlando os possíveis fatores interferentes (teor de macronutrientes, de

fibras, densidade energética e palatabilidade dos alimentos testados) nas respostas avaliadas.

A ADA, a European Association for the Study of Diabete, a Canadian Diabetes Association e a

World Health Organization, têm recomendado a utilização do IG como ferramenta auxiliar na

escolha dos alimentos, pois o IG é um sensível indicador do impacto que os alimentos causam na

resposta glicêmica e é de fácil aplicação prática. A utilização do IG na seleção de alimentos deve

sempre considerar a metodologia empregada na sua obtenção, não devendo ser utilizado de forma

isolada e, sim, como um parâmetro complementar da composição do alimento (Menezes e Lajolo,

2002).

O consumo de alimentos com elevado IG poderia levar a uma exaustão progressiva das células

beta pancreáticas, levando à hiperglicemia (Ludwig, 2002).

Uma dieta com alimentos com baixa carga glicêmica (produto do IG de um alimento e o total de

carboidratos deste alimento), associada ao elevado consumo de fibras, particularmente dos

cereais integrais, é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de DM (Willett e Schulze, 2002 e

2004).

Segundo a ADA, ainda não existem evidências suficientes para a introdução de recomendações

dietéticas embasadas no IG dos alimentos para o tratamento do DM e sugere, ainda, que tal

conceito é muito complexo e restritivo, o que limitaria a sua importância e utilidade prática

(FRANZ, BANTLE, BEEBE, et al., 2002).

Page 7: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

15

A Food and Agriculture Organization (FAO) / World Health Organization (WHO), a European

Association for the Study of Diabetes e a Canadian Diabetes Association reconhecem a

aplicabilidade clínica do IG em diabéticos e em indivíduos com tolerância diminuída à glicose e

considera que, na escolha dos alimentos, o IG seja utilizado como um indicador útil do impacto

dos mesmos na resposta glicêmica (FAO, 1997).

Uma dieta com baixo IG pode, teoricamente, melhorar o manejo do DM, por diminuir a

hiperglicemia pós-prandial precoce e o risco de hipoglicemia no estado pós-absortivo (Ludwig,

2002)

O Estudo Europeu Prospectivo de Complicações do Diabetes, realizou estudo com pacientes com

DM tipo 1. Foi observado um aumento significativo nos níveis de hemoglobina glicada com o

aumento no IG da dieta (Buyken, Toeller e Heitkamp, 2001).

Diante de tais controvérsias, a presente revisão de literatura objetivou analisar as evidências

científicas apresentadas em artigos publicados, buscando elucidar as reais relações entre o índice

glicêmico dos alimentos, a prevalência da obesidade e o controle da DM e apresentar, através da

adaptação da Tabela Internacional de IG, alguns alimentos e seus respectivos valores de IG e CG

(Apêndice 1).

Entretanto a comunidade científica não chegou ainda a um consenso quanto à realidade da

conexão do índice glicêmico com a obesidade e DM. Dessa forma surgiu o interesse em avaliar o

índice glicêmico e sua representatividade na prevalência da obesidade e no controle do DM.

Page 8: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

16

2 DESENVOLVIMENTO

A composição química é um importante fator na escolha dos alimentos. Guias de alimentação

orientam que 55 a 60% da energia da dieta deve ser proveniente de carboidratos. De acordo com

estes, fontes como cereais, raízes, leguminosas, frutas e vegetais devem ser preferencialmente

escolhidos, frisando que alguns alimentos consumidos em sua forma integral contêm outros

nutrientes que não o carboidrato (MENEZES e LAJOLO, 2002).

Alimentos ricos em carboidratos, particularmente açúcar refinado e deficientes em proteínas,

podem induzir super consumo de alimentos e conseqüentemente obesidade. Isso ocorre,

provavelmente, porque esses alimentos apresentam elevado índice glicêmico (IG), e

recentemente dietas com baixo IG têm sido indicadas no tratamento da obesidade (REID E

HETHERINGTON, 1997).

Em estudo realizado por Ludwig et al.,2002, com adolescentes obesos (% peso ideal >120) que

receberam dietas com diferentes IGs (alto, médio e baixo), foi observado o comportamento de

alguns hormônios (insulina, glucagon, hormônio do crescimento), glicose e ácidos graxos séricos.

Os autores sugeriam que a dieta com elevado IG induz alterações hormonais (hiperinsulinemia e

hipoglucagonemia) e metabólicas (redução da produção hepática de glicose e ácidos graxos por

elevada incorporação de glicose pelas células musculares e hepáticas). Isso pode limitar a

disponibilidade dos combustíveis metabólicos, fazendo com que os obesos, na refeição seguinte,

tenham uma tendência a exceder nas quantidades consumidas, por apresentarem maior fome, por

meio de uma espécie de mecanismo compensatório para manter a homeostase energética. Assim,

seriam contra-indicadas dietas hipocalóricas com elevado IG, por estimularem posterior

hiperfagia, prejudicando tanto a programação de perda de peso, quanto à manutenção de peso

após o emagrecimento.

Os carboidratos da dieta são digeridos ao longo do trato gastrintestinal em diferentes velocidades.

Isto gera diferenciadas produções de resposta glicêmica (MENEZES e LAJOLO, 2002). O nível

da resposta glicêmica modifica-se de acordo com o nível glicêmico dos alimentos ingeridos em

uma refeição. O feijão, por exemplo, por ser uma leguminosa e apresentar em sua composição

aproximadamente 14% de carboidratos, 8,5% de fibras e 4,8% de proteínas, apresenta resposta

glicêmica reduzida, já o arroz apresenta em sua composição aproximadamente 24,2% de

Page 9: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

17

carboidratos, 0,1% de fibra e 2,0% de proteínas, possuindo assim uma resposta glicêmica alta.

Quando ingeridos juntos a resposta glicêmica do arroz aumenta em relação à do feijão

(MENEZES e LAJOLO, 2002).

Durante as décadas de 80 e 90, inúmeros ensaios foram realizados para avaliar a resposta

glicêmica produzida pelas diferentes fontes de amido, em diversos países. Para auxiliar a seleção

de alimentos e possibilitar a comparação de resultados obtidos com diferentes alimentos e por

diferentes pesquisadores foi criado o IG. O IG classifica os alimentos com base no potencial

aumento da glicose sangüínea em relação a um alimento padrão (JENKINS et al., 1981).

Segundo a FAO/WHO (1998), diversos aspectos metodológicos devem ser considerados na

determinação do IG dos alimentos. O teste deve ser realizado em jejum, pela manhã, e uma

bebida padrão (chá, água, café) pode ser oferecida. O pão branco ou a glicose podem ser

utilizados como alimento-referência. A resposta glicêmica é normalmente medida no sangue

capilar, sendo possível converter o IG de um alimento da escala do pão branco para a escala da

glicose, utilizando-se o fator 0,7. O alimento-teste e o alimento-referência devem conter a mesma

quantidade de carboidrato, a qual normalmente é de 50 g, podendo ser de 25 g.

A seguir estão listados alguns aspectos metodológicos para a determinação do IG.

Page 10: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

18

Quadro 1

Aspectos metodológicos para a determinação do IG

Quantidade de alimento: quantidade fixa de carboidrato glicêmico (50g)

Horário: período da manhã (jejum 10-12hs)

Acompanhamento: utilizar sempre mesmo (água, chá)

Número de indivíduos: mínimo=6, ideal=10

Padrão: glicose (glicose=100%) ou pão (Wolever et al., 1985) (pão=100%),

realizar 3x/indivíduo

Intervalos e tempo total: saudáveis: 15-15 min. (1a h), 30-30 min. (2a h), até 120

min.; diabéticos: 30-30 min., até 180 min.

Tipo de sangue: capilar (fácil, < variabilidade) x venoso

Cálculo: regra trapezoidal, excluindo área abaixo do jejum

IG= (área sob curva glicêmica alimento/ área sob curva glicêmica padrão) x 100

Fonte: FAO/WHO (1998)

Segundo Menezes e Lajolo (2002), “O IG é definido como o percentual de aumento da área

abaixo da curva glicêmica produzida por um alimento em relação à área correspondente

produzida pela ingestão da mesma quantidade de um alimento referência”.

O conceito do índice glicêmico pode ser considerado uma extensão da hipótese da fibra dietética,

sugerindo que a absorção lenta dos nutrientes de alguns alimentos seria benéfica à saúde. O

índice glicêmico da dieta habitual é um indicador da qualidade do carboidrato da dieta consumida

(JENKINS et al. 2002).

Page 11: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

19

TABELA 1

Assim, podemos comparar os IGs produzidos pelos alimentos quando consumidos após

diferentes tipos de preparo, processamento e armazenamento (MENEZES e LAJOLO, 2002).

A importância dos estudos sobre IG está vinculada aos possíveis efeitos fisiológicos e

terapêuticos de dietas com baixos índices glicêmicos para indivíduos saudáveis, obesos,

diabéticos e hiperlipidêmicos (FAO/WHO, 1998) (DanoneVitapole/FAO, 2001), podendo ser

observado aumento no controle do diabetes, aumento do nível plasmático de HDL-colesterol,

diminuição dos níveis plasmáticos de triglicérides, melhoria na performance física e aumento da

sensação de saciedade.

Sabe-se que dietas com baixo IG promovem sensação de saciedade, prolongando o período de

reincidência da fome e reduzindo o consumo calórico nas refeições subseqüentes (LUDWIG,

2000).

O que explica as diferentes respostas glicêmicas dos alimentos é a presença de fatores intrínsecos

e extrínsecos que influem na velocidade de digestão e absorção do amido. E são estes fatores que

são de fundamental importância para a manutenção de IG reduzido em certos alimentos

(MENEZES e LAJOLO, 2002).

Fatores intrínsecos de um alimento podem influenciar o seu impacto na glicemia, dentre os quais:

a sua forma física (suco versus fruta inteira), o grau de processamento, o tipo de amido (amilose

versus amilopectina) e a preparação (método e tempo de cocção), bem como o tipo específico ou

variedade do alimento (SHEARD, CLARCK e BRAND-MILLER, et al., 2004).

Page 12: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

20

Alimentos com um baixo grau de gelatinização do amido, como o macarrão, possuem menores

valores de IG. Legumes e arroz parboilizado, exemplos de alimentos com elevada razão

amilose/amilopectina, tendem a ter menores valores de IG. Alimentos ricos em betaglucano,

como o farelo de aveia, também podem proporcionar efeito benéfico na resposta glicêmica.

TAPOLA et al (2005).

Variáveis extrínsecas, como a co-ingestão de proteína e gordura, os níveis de glicose de jejum ou

pré-prandiais e o grau de resistência à insulina também podem alterar o efeito de um determinado

alimento sob a glicemia. A gordura e a proteína podem modificar a resposta glicêmica dos

alimentos e aumentar a secreção de insulina, respectivamente. Entretanto, tem sido demonstrado

que, nas quantidades presentes na maioria dos alimentos, gordura e proteína não alteram

significativamente a resposta glicêmica (WOLEVER et al., 1994).

Na tabela 2, estão listados alguns dos fatores que influenciam o IG dos alimentos.

TABELA 2

Page 13: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

21

Quadro 2 Fatores que influenciam o IG

Fatores que diminuem o índice glicêmico Fatores que aumentam o índice glicêmico

1. Presença de amilopectina / amilose; 1. Ausência de amilopectina /amilose;

2. Frutose; 2. Glicose; 3. Galactose; 3. Batata

4. Fibras viscosas: guar, beta-glucan;

4. Ausência de fibras viscosas: guar, beta-glucan;

5. Arroz integral; 5. Carboidrato em partículas pequenas ou dissolvido em água (refrigerantes);

6. Partículas grandes;

6. Arroz branco completamente desprovido do seu farelo;

7. Presença de inibidores da amilase: lectinas, fitatos;

7. Ausência de inibidores da amilase: lectinas, fitatos;

8. Presença de proteínas e gorduras na refeição;

8. Ausência de proteínas e gorduras nas refeições;

Fonte: Adaptado de Jenkins et al, 2002.

Em relação às recomendações do uso de IG no controle de doenças por órgãos mundiais de saúde

tem-se que:

• A ADA (1994) tem, ao longo destes anos, questionado a utilidade clínica do índice

glicêmico e recomenda que a prioridade nas recomendações nutricionais seja dada à

quantidade e não ao tipo de carboidrato.

• A American Heart Association (Krauss et al., 2000) não reconhece o uso do IG na

prevenção e tratamento de doenças.

• Já para Wolever (1997), a divergência de resultados se deve à não-padronização nos

métodos de obtenção do IG. Nem todos os autores que descreveram sobre o tema

adotaram a mesma metodologia. Também vale a pena ressaltar que o tipo de

processamento a que o alimento é submetido deve ser amplamente descrito.

• A European Association for the Study of Diabetes (1995) recomenda que a porcentagem

do valor energético total de carboidratos e de ácidos graxos monoinsaturados cis esteja de

Page 14: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

22

acordo com a tolerância individual do paciente, e, ainda, que os lipídios totais não devem

ultrapassar 30% da energia. Com relação aos carboidratos, dá preferência aos alimentos

com baixo IG ou ricos em fibras solúveis.

Na determinação do IG, é importante que todas as condições experimentais sejam consideradas e

que a metodologia adotada seja criteriosamente seguida, a fim de garantir a reprodutibilidade e

aplicabilidade dos resultados (MENEZES e LAJOLO, 2002).

A Austrália é o país mais avançado em termos de conhecimento sobre o IG dos alimentos e sobre

programas educacionais voltados ao consumidor. Autoridades de Saúde Pública da Austrália

planejam criar um programa que ajude os consumidores na seleção dos alimentos. Este programa

envolve a inclusão do IG no rótulo dos alimentos (MENEZES e LAJOLO, 2002).

A FAO/WHO (1998) também reconhece, na seleção de alimentos, a validade da aplicação clínica

do IG em diabéticos e indivíduos com intolerância à glicose.

O Workshop Glycemic index and health: the quality of the evidence, realizado pela FAO e pela

empresa Danone Vitapole (Bandol, França), discutiu a utilização de IG e descobriu que o IG

provê bases fisiológicas para classificar os alimentos de acordo com sua glicemia pós prandial.

Os diferentes IGs dos alimentos apresentam implicações na saúde pública.

Em relação ao controle de peso, prevenção e controle de doenças cardiovasculares, diabetes,

câncer, e função cognitiva, são necessários alguns estudos básicos epidemiológicos (MENEZES e

LAJOLO, 2002).

Reconhece-se que a aplicação clínica do IG tem sido questionada por alguns pesquisadores e

órgãos, sendo necessária à realização de pesquisas conjuntas (MENEZES e LAJOLO, 2002).

Existem muitas controvérsias entre clínicos e pesquisadores que questionam a relevância e a

praticidade do IG. As controvérsias persistem, mas em um ponto os participantes concordam.

Este ponto relaciona-se com a necessidade de realização de estudos prospectivos, clínicos de

longa duração com alimentos de baixo IG e de baixa carga glicêmica (Glycemic Load) para

avaliar seus efeitos na prevenção e tratamento de diversas doenças (MENEZES e LAJOLO,

2002).

Page 15: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

23

O conceito de carga glicêmica (CG) foi introduzido em 1997, por pesquisadores da Harvard

University (Salmeron et al., 1997).

Segundo Foster-Powell, Holt e Brand –Miller (2002), a CG visa quantificar o efeito

glicêmico de uma porção de alimento (produto entre a quantidade de carboidrato glicêmico e

o IG do alimento), portanto representa o efeito da qualidade e quantidade de um determinado

carboidrato, enquanto o IG representa somente a qualidade do carboidrato.

A ADA alega que o IG é de difícil utilização na prática clinica. Mas, na última década, alguns

nutricionistas australianos incorporaram o uso do IG no planejamento alimentar (MENEZES e

LAJOLO, 2002).

Brand-Miller e Gilbertson (2001) realizaram um estudo com mais de 100 crianças diabéticas tipo

1 e demonstraram o sucesso da incorporação do controle através de IG nos planejamentos

alimentares. Este trabalho mostra os aspectos práticos para a utilização de alimentos de baixo IG

(MENEZES e LAJOLO, 2002).

As dietas de baixo IG são de fácil aplicação prática, pois consiste na substituição de alimentos de

acordo com seu IG, não restringem a variedade alimentar e não aumentam a ingestão de lipídeos

(MENEZES e LAJOLO, 2002).

Deve-se dar mais importância para os alimentos com elevado teor de carboidratos como pães,

arroz e não se preocupar com alimentos de reduzido teor de carboidratos, como a cenoura, por

exemplo, e não se preocupar com pequenas diferenças entre os valores de IG (de 30 ou 40%).

Substituir, na refeição, metade dos carboidratos totais por alimentos de baixo IG resulta na

redução de 15 unidades no IG total da dieta (MENEZES e LAJOLO, 2002).

Para calcular IG em refeições mistas basta ter o valor do IG e o conteúdo de carboidrato dos

alimentos. Esta estimativa por cálculo é mais precisa quando a refeição não é rica em lipídios, o

elevado conteúdo de lipídios tende a reduzir o impacto dos carboidratos nos níveis de glicose

plasmática (MENEZES e LAJOLO, 2002).

Quadro 3 Equação para estimativa do Índice Glicêmico

IG = IG x Teor CHO disponível na porção do alimento/ 100

Page 16: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

24

2.1 OBESIDADE

A obesidade integra o grupo de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis (DANTs), traz aos

profissionais desafios para o entendimento de sua determinação, acompanhamento e apoio à

população nas diferentes fases do curso de vida. Ela é um dos fatores de risco mais importantes

para outras doenças não transmissíveis, com destaque especial para as doenças cardiovasculares e

diabetes (Ministério da Saúde, 2006).

Além da pré-diposição genética, o excesso de peso resultante da combinação do baixo consumo

de frutas, legumes e verduras fonte de fibras e substâncias antioxidantes, alto consumo de

gorduras saturadas, de açúcares e de álcool associados a pouca atividade física, podem apresentar

diferentes conseqüências em relação ao desenvolvimento de dislipidemias e doença coronariana

(Ministério da Saúde, 2006).

Os esforços para reduzir a prevalência de obesidade têm enfocado três variáveis em particular,

sendo elas o aumento nos níveis diários de atividade física, a redução na ingestão total de

gorduras e a limitação do consumo de açúcar e carboidratos rapidamente digeridos (SAMPAIO e

cols, 2007).

A obesidade representa um dos principais problemas de saúde mundial. Embora os custos

econômicos da obesidade sejam enormes, não existe atualmente qualquer dieta eficaz para

tratamento deste problema (ALFENAS e PAIVA, 2007).

Do mesmo modo que o DM (DM) tipo II ou a tolerância à glicose diminuída é, hoje, considerado

parte da chamada síndrome metabólica ou de resistência à insulina, que tem ainda os seguintes

componentes: hiperinsulinemia, obesidade central (abdominal), hipertensão arterial, dislipidemia,

microalbuminúria, etc. O quadro de DM se desenvolve em obesos após período de intolerância à

glicose, quando a glicemia se mostra acima dos valores normais, o que conduz, na maioria dos

casos, a um estado de hiperinsulinemia (Ministério da Saúde, 2006).

Assim, mais recentemente, o alvo tem sido o papel do chamado IG dos alimentos sobre a

obesidade e as doenças a ela relacionadas (SAMPAIO e cols, 2007).

Page 17: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

25

Tem-se observado que a ingestão de dietas hipocalóricas resultado da ativação dos mecanismos

homeostáticos, conduzem para um aumento da fome e uma diminuição na taxa metabólica basal

(ALFENAS e PAIVA, 2007).

Foi afirmado que dietas que possuem IG elevado têm uma potência de saciedade inferior

comparada a dietas de baixo IG. Portanto, a ingestão de alimentos de baixo IG pode desempenhar

um papel na prevenção e tratamento diabetes e doenças cardiovasculares afetando o risco para

obesidade. Em um estudo de crossover, após um pernoite rápido, indivíduos receberam refeições

testes de alto, médio ou baixo IG tendo composição semelhante em macronutrientes, fibras e

palatabilidade. Cinco horas depois da ingestão de refeições de alto IG, foi verificado alto nível de

fome e consumo de energia (ALFENAS e PAIVA, 2007).

Sugere-se que as respostas hormonais, associadas às dietas com elevado IG, como a

hiperinsulinemia, promovem ganho de peso excessivo, provavelmente, por diminuir os níveis

circulantes de combustíveis metabólicos, por estimular a fome e por favorecer a estocagem de

gordura (SAMPAIO e cols, 2007, ALFENAS e PAIVA, 2007).

Serviços especializados em atendimento nutricional, normalmente, elaboram dietas

hipoenergéticas para perda de peso, apoiadas no hábito do indivíduo. Assim, caso haja um padrão

de ingestão alimentar de alto IG/CG, existe a possibilidade de o mesmo ser reproduzido na dieta

prescrita (SAMPAIO e cols, 2007).

Nos anos de 2003 e 2004, foi realizado um estudo com 420 indivíduos. Desses, 80 preencheram

os critérios de inclusão: diagnóstico nutricional de obesidade (índice de massa corporal

≥30kg/m2, de acordo com a World Health Organization) e idade igual ou superior a 20

anos.Entre os dados disponíveis nas fichas clínicas dos indivíduos que integraram a amostra,

foram coletados: idade, sexo, índice de massa corporal e recordatório alimentar de ingestão

habitual prévia ao início do acompanhamento nutricional (SAMPAIO e cols, 2007).

Este estudo foi realizado com objetivo de conhecer os alimentos que mais freqüentemente

interferiram no IG das dietas ingeridas, foram listados aqueles consumidos por, pelo menos, 50%

dos indivíduos.

Page 18: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

26

Segundo SAMPAIO e cols, 2007, Foi baixa a variedade de alimentos consumidos por, pelo

menos, 50% dos indivíduos. Do grupo de laticínios, apenas leite de vaca (integral ou

desnatado) e queijo foram citados, respectivamente por 65,0% e 73,8% dos entrevistados.

Dentre frutas e hortaliças foram referidos: alface (61,3%), cenoura (60,0%), batata inglesa

(53,8%), tomate (53,8%), banana (50,0%) e mamão (50,0%). Do grupo de carnes em geral

houve citação apenas de frango (86,3%) e de carne bovina (82,5%). Como cereais e

leguminosas referência a arroz (88,8%), pão francês (78,8%) e feijão (72,5%). Do grupo dos

açúcares houve citação apenas de açúcar refinado (62,5%) e, do grupo de óleos e gorduras,

apenas óleo de soja (100,0%). Entre os diversos, foi citado o café (73,8%) e refrigerante

(50,0%).

Os resultados mostraram que o desjejum em comparação às demais, foi a refeição do dia com

maiores porcentagens de moderado e alto IG. Dentre os alimentos mais freqüentes, os que mais

contribuíram para a elevação desse IG foram o pão e o açúcar refinado. Os produtos lácteos, por

terem baixo IG, ajudaram a diminuir o IG do desjejum (SAMPAIO e cols, 2007).

Quanto ao lanche da manhã, foi observada maior prevalência de baixo IG, provavelmente devido

às frutas que geralmente, são consumidas nessa refeição (SAMPAIO e cols, 2007).

O almoço foi a refeição mais adequada. A presença de hortaliças (apesar de algumas não serem

consumidas por, ao menos, 50% dos indivíduos) nesta refeição, bem como do feijão, ajudou a

reduzir a contribuição dos alimentos de alto IG, como arroz, batata e refrigerante, para o balanço

de IG no final da refeição (SAMPAIO e cols, 2007).

Os lanches da tarde se mostraram inadequados com IGs altos e moderados, provavelmente

devido ao consumo de café adoçado com açúcar refinado e o consumo de pão branco. Porém o

consumo de frutas e produtos lácteos contribuiu para diminuir o IG (SAMPAIO e cols, 2007).

Já o jantar mostrou-se contrariamente ao almoço, pois muitos indivíduos trocaram a refeição

tradicional por lanches contendo pães e bebidas adoçadas com açúcar refinado (SAMPAIO e

cols, 2007).

A ceia foi a refeição com maior percentual de abstinência, não sendo realizada por mais da

metade dos pacientes (52,5%) (SAMPAIO e cols, 2007).

Page 19: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

27

Pode-se afirmar que o IG global das dietas confirma tal inadequação, com apenas pouco mais de

21% dos obesos consumindo dietas de baixo IG e prevalecendo dietas de IG moderado, como

confirmado pela média de índice glicêmico das dietas desta população, que foi 59,23 (SAMPAIO

e cols, 2007).

A carga glicêmica diária, que traduz a quantidade e a qualidade dos carboidratos consumidos,

mostrou-se mais insatisfatória ainda que o índice glicêmico das dietas, pois 91,2% das mesmas

mostraram-se inadequadas (SAMPAIO e cols, 2007).

Em um estudo conduzido por Bouche et al. 2006, homens que foram submetidos a uma dieta de

baixo IG por cinco semanas obtiveram significativa redução do tecido adiposo, em comparação

com aqueles que receberam dieta de alto IG. Essa redução na massa gorda foi acompanhada de

uma redução de leptina, lipase lipoprotéica e lipáse hormônio-sensível (ALFENAS e PAIVA,

2007).

Entretanto, não houve diferença significativa no peso corporal entre as duas dietas, contudo, a

massa magra tendeu a aumentar com a dieta de baixo IG. Vários mecanismos foram propostos

para explicar esse processo: redução de carboidrato e aumento da oxidação lipídica, redução da

lipogênese no tecido adiposo e redução da lipáse lipoprotéica responsável pelo armazenamento

de ácidos graxos no tecido adiposo (ALFENAS e PAIVA, 2007).

Em outro estudo, a ingestão de dieta de baixos ou altos IG por oito dias consecutivos não

obtiveram mudanças significativas no peso corporal, IMC, massa magra ou massa gorda.

Contudo, ingestão de dieta de baixo IG propiciou uma redução de peso, IMC e massa gorda com

diferente de zero (ALFENAS e PAIVA, 2007).

A relativa influência do IG dos alimentos na saciedade e, conseqüentemente, no controle da

obesidade gera muitas controvérsias. Mas alguns pequenos estudos feitos com humanos sugerem

que carboidratos de baixo IG suprimem a fome mais efetivamente que carboidratos de alto IG

(ALFENAS e PAIVA, 2007). Segue abaixo quadro contendo os efeitos da ingestão de dietas de

baixo índice glicêmico sobre a obesidade.

Page 20: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

28

Quadro 4

Efeitos da ingestão de dietas de baixo índice glicêmico sobre a obesidade

São necessários mais estudos específicos com populações para avaliar o quanto dietas de alto e

baixo IG (contendo alimentos de mesmo volume, energia, densidade, composição de

macronutrientes, fibras e palatabilidade) afeta a energia ingerida, composição corporal, e peso

corporal durante um período de tempo biologicamente significante (ALFENAS e PAIVA, 2007).

1. Menor elevação pós prandial da glicemia; (Jenkins – 990, 1992)

2. Redução da produção diária de insulina; (Bertelsen – 1993 e Jones – 1993)

3. Diminuição da excreção urinária de peptídeo-C; (Jenkins – 1989, 1992)

4. Supressão prolongada de ácidos graxos no plasma; (Jenkins – 1990 e Bertelsen-1993)

5. Redução da produção de catecolaminas; (Jenkins – 1990)

6. Redução do colesterol total e do LDL-colesterol; (Jenkins-1993, Arnold-1993 e Cohn-1964)

7. Redução da síntese hepática de colesterol; (Jones – 1993)

8. Diminuição dos níveis de apolipoproteina B; (Jenkins – 1989)

9. Diminuição dos níveis de ácido úrico; (Jenkins – 1995)

10. Aumento da excreção urinária de ácido úrico; (Jenkins – 1995)

Page 21: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

29

2.2 DIABETES MELLITUS

O mecanismo pelo qual dietas com alto IG poderiam interferir no controle glicêmico não está

totalmente elucidado. Alimentos com alto IG elevam rapidamente as concentrações plasmáticas

de glicose e de insulina, o que altera os mecanismos de regulação da homeostase da glicose e o

efeito da transição do estado pós-prandial para o estado pós-absortivo (AUGUSTIN et al., e

LUDWIG, 2002)

O consumo de refeições com baixo IG diminui a elevação pós-prandial de hormônios intestinais e

de insulina, e a absorção prolongada dos carboidratos mantém a supressão dos ácidos graxos

livres (AGL) e a resposta contra-regulatória. Com a diminuição na concentração dos AGL e com

o aumento do quociente respiratório, decorrente da insulinização tecidual, a glicose é retirada da

circulação mais rapidamente (JENKINS et al., 2002).

Assim, uma dieta com baixo IG pode, teoricamente, melhorar o manejo do DM, por diminuir a

hiperglicemia pós-prandial precoce e o risco de hipoglicemia no estado pós-absortivo (LUDWIG,

2002).

Em relação ao controle metabólico de indivíduos portadores de DM, estudos têm mostrado uma

melhora do controle glicêmico após o seguimento de dietas com baixo IG. Em 10 desses estudos,

foram observadas menores concentrações de glicose pós-prandial nos indivíduos que seguiram

estas dietas. É esperado que, após uma duração média de 10 semanas, uma redução de 0,4 pontos

percentuais nos níveis de Hemoglobina glicada dos pacientes que seguiram dietas com baixo IG

seja obtida. (BRAND-MILLER et al., 2003)

Page 22: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

30

Figura 1. Possíveis mecanismos para a associação de dieta com alto índice glicêmico e risco de

DM.

A hipótese para explicar estes mecanismos se baseia no fato de que o consumo crônico destes

alimentos eleva a glicemia pós-prandial de forma acentuada. Esse efeito pode levar a um estado

de hiperglicemia constante, acarretando aumento da demanda insulínica, aumento permanente da

concentração de hormônios contra regulatórios circulantes, ativação da lípase hormônio sensível

e elevação dos níveis pós-prandiais tardios de ácidos graxos livres circulantes, resultando em

resistência insulínica. Na resistência insulínica, há elevação dos requerimentos de insulina, o que

pode levar à exaustão das células beta pancreática e instauração do diabetes. Desta forma, a

qualidade dos carboidratos consumidos na dieta pode afetar de modo expressivo a resposta

metabólica do organismo (WILLETT e cols, 2002)

Por outro lado, os alimentos de baixo IG são absorvidos mais lentamente que os de alto IG,

resultando em elevações glicêmicas mais lentas, minimizando a elevação insulínica pós-prandial.

Assim, a ingestão de alimentos de baixo IG pode auxiliar na redução da glicemia e insulinemia

em diabéticos do Tipo 1, e do Tipo 2 (GROSS, 2002 e BUYKEN, 2001)

Page 23: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

31

As evidências atuais sugerem que dietas com alto teor de fibras, especialmente fibras solúveis,

interferem positivamente na melhora do metabolismo de lipídeos e glicídeos, possibilitando sua

aplicação clínica no tratamento do DM. Os suplementos nutricionais enriquecidos com fibras,

rotineiramente prescritos aos diabéticos, podem configurar um importante coadjuvante à terapia

farmacológica e ter uma maior aceitação terapêutica. As fibras solúveis podem favorecer o

diabético, uma vez que, diminuem o tempo de esvaziamento gástrico e de trânsito intestinal,

retardam a absorção de glicose, com conseqüente queda da glicemia pós-prandial. (HODGE et

al,2004)

A maioria dos estudos clínicos investigou o efeito hipolipemiante de 4 fibras solúveis: fibra da

aveia, psylium, guar e pectina.A composição nutricional da aveia compreende três grupos de

carboidratos. O primeiro grupo é de fácil digestão. O segundo grupo forma o principal

componente do mingau de aveia, a mucilagem de aveia; e a terceira fração é constituída por

carboidratos semelhantes à frutose que não precisam de insulina para sua decomposição e que são

importantes na alimentação dos diabéticos. A adição de b-glucana, presente em grande

quantidade no farelo de aveia, tem demonstrado reduzir o índice glicêmico (IG) dos alimentos

ingeridos e a absorção de colesterol. Recomenda-se que os alimentos com baixo IG substituam,

sempre que possível, os com alto IG, porque podem ser úteis no controle da glicemia e dos níveis

de lipídeos plasmáticos, independentemente do seu conteúdo em fibras. (HODGE et al,2004)

Embora os alimentos com alto teor de fibras tenham, frequentemente baixo índice glicêmico, o

conteúdo de fibras não é o único fator que contribui para o retardo da digestão dos carboidratos.

Desse modo, existe discrepância entre o conteúdo de fibras e o IG de alguns alimentos, que não

são particularmente ricos em fibras, mas possuem baixo índice glicêmico como: aveia, trigo

integral, arroz parboilizado e integral, feijões, maça, laranja, leite, etc. No tratamento

dietoterápico do diabético, tem-se como prática a utilização de alimentos com baixo IG, com o

objetivo do retardo no aparecimento de complicações como as microangiopatias. A eficiência no

controle glicêmico com o aumento do consumo de fibras solúveis é demonstrada em diversos

estudos. (HODGE et al,2004)

Diferentes estudos têm verificado a associação entre o conteúdo de fibras da dieta e a incidência

de diabetes do tipo. O estudo prospectivo Melbourne Collaborative Cohort study, envolvendo

31.641 indivíduos não diabéticos, entre 40 e 69 anos, investigou esta associação. O consumo

Page 24: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

32

alimentar foi utilizado questionário de freqüência, sendo avaliado o consumo de fibras, o IG e a

CG dos alimentos ingeridos. Ao final de quatro anos, 365 casos de diabetes foram identificados e

os dados referentes ao consumo alimentar, IG e CG foram classificados em quintis. Desta forma,

o consumo de dietas de alto IG foi positivamente associado ao aumento do risco para

desenvolvimento de diabetes do Tipo 2. Tal risco foi menor para o total de carboidrato

consumido, não sendo observada associação entre o consumo de fibras e o diabetes. Além disso,

sugere-se que para que as fibras sejam capazes de favorecer o controle glicêmico, em diabéticos

do Tipo 2, é necessário o consumo acima de 50 g/dia e que a palatabilidade e os efeitos

gastrintestinais desta quantidade podem não ser bem toleradas por todos (HODGE et al,2004 e

CAVALCANTE et al,2004)

Muitos estudos discutem os efeitos do IG dos alimentos no controle glicêmico de diabéticos do

Tipo 2. No entanto, no diabetes do Tipo 1, o aconselhamento dietético adequado também

representa um importante componente do tratamento, por evitar dosagens excessivas de insulina

pré-prandial, com episódios de hipoglicemia, e por favorecer o controle glicêmico a longo prazo.

Neste contexto, poucos estudos relacionam o IG no controle glicêmico de pacientes diabéticos do

Tipo 1(GIACCO et al, 2000)

Para verificar a efetividade do consumo de fibras no controle glicêmico, 63 diabéticos do Tipo 1,

com idade média de 28 ± 9 anos, participaram de um estudo clínico randomizado .Nas primeiras

quatro semanas do estudo, os voluntários consumiram o padrão de dieta que estavam habituados.

Nas 24 semanas seguintes, os mesmos foram aleatoriamente divididos em dois grupos, um

consumindo dieta com alto teor de fibras (50 g/dia, n = 32) e outro com baixo teor de fibras (15

g/dia, n = 31). Os participantes foram instruídos a monitorar suas glicemias e a preencher

diariamente seu recordatório alimentar. Ao final do período teste, as medidas da hemoglobina

glicada e da glicose plasmática de jejum foram significantemente reduzidas no grupo que

consumiu dieta com alto teor de fibras, em relação ao grupo consumindo baixo teor. No entanto,

a dieta com alto conteúdo de fibras continha em média 39,1 ± 8,8 g/dia. Tal dieta contém teor de

fibras elevado que ultrapassa o valor de ingestão adequada (AI – Adequate Intake) para fibra,

estimado em 38 g/dia para homens e 25 g/dia para mulheres. Além disso, os autores não

apresentaram o conteúdo de fibras solúveis das dietas testadas, o que poderia interferir nos

resultados. Alguns participantes deste grupo (44%) relataram desconfortos gastrintestinais, que

Page 25: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

33

certamente foram causados pela grande quantidade de fibras consumida (INSTITUTE OF

MEDICINE, 2002)

O EURODIAB (Estudo Europeu Prospectivo de Complicações do Diabetes), realizado com

pacientes com DM tipo I, com idade média de 32,9 ± 10,2 anos, com registro alimentar de três

dias, examinado a fim de relacionar o IG da dieta e o controle glicêmico desses pacientes. A

análise dos dados coletados indicou que a hemoglobina glicada aumentou significantemente, com

o aumento do IG da dieta. Apesar da associação positiva observada, os autores do estudo não

deixam clara a maneira como foi calculado o IG dos alimentos, o que pode ter influenciado na

classificação dos alimentos como de alto ou baixo IG, dificultando assim a comparação desse

estudo com outros já publicados (BUYKEN et al., 2001).

Considerando em longo prazo, que um pobre controle glicêmico aumenta a incidência de

complicações macrovasculares nos portadores de DM, observa-se, conforme resultados dos

diversos estudos, que dietas com baixo IG poderiam de fato beneficiar o controle glicêmico e

provavelmente reduzir o risco de complicações do DM. Cabe salientar, também, que a melhora

no controle glicêmico, observada com dietas de baixo IG, pode ser comparada àquela resultante

do uso da insulina lispro e da terapia com arcabose (HELLER et al. e HOLMAN et al., 1999).

Em relação ao efeito dessas dietas sobre o metabolismo dos lipídios em pacientes com DM, os

resultados não são consistentes. Uma melhora nos níveis de colesterol total e de LDL - colesterol

foi observada em alguns estudos, porém em outros não (SILVA e MELLO, 2006).

Page 26: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

34

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as evidências estudadas e apresentadas através dessa revisão, foi possível

entender que o uso de dietas de baixo IG, juntamente com uma diminuição de alimentos de alto

IG, contribui para o controle da obesidade, apesar de a situação ponderal não estar associada ao

IG ou à CG, mas sim, à influência progressiva desses dois fatores sobre o ganho de peso. Foi

possível constatar que as dietas de alto IG influenciam o ganho de peso, a partir do momento que

em estas promovem saciedade em curto prazo e, ainda, fazem com que o indivíduo se alimente

mais vezes para saciar a sua fome. Geralmente, nos hábitos alimentares deste indivíduo, estão

incluídos, em sua maioria, alimentos de alto IG que, quando consumidos repetidamente, são

responsáveis pelo ganho de peso.

Foi observado que os alimentos de alto IG reduzem a produção de glicose hepática e suprimem a

lipólise, pois tendem a acelerar o metabolismo muscular e hepático e promover a

hiperinsulinemia e a hipoglucagonemia.

Já a aplicação do IG para o controle do DM ainda é controversa. Foi possível concluir que há

melhora no controle glicêmico e auxilio na prevenção do risco de morte por doenças

cardiovasculares, quando dietas de baixo IG são consumidas, pois o IG é determinante do

controle glicêmico pós-prandial. IG e CG são utilizados como indicadores qualitativos e

quantitativos dos carboidratos que afetam a glicemia, porém, por não haver comprovação da

eficácia isolada de ambos, vê-se necessária a junção destes com outras estratégias dietéticas para

um melhor acompanhamento dietoterápico do indivíduo portador do DM.

Todavia, ainda são necessários estudos pertinentes e mais fidedignos sobre ambos os assuntos

para melhor embasar e sustentar tais hipóteses.

O consumo de frutas e vegetais, a escolha por produtos integrais e menos processados, bem como

o consumo limitado de batatas e arroz branco, são medidas que contribuem para reduzir o IG da

dieta. A inclusão de leguminosas na alimentação diária também é uma opção.

Apesar de a maioria das frutas apresentarem IG baixo, deve-se ter maior controle da quantidade

de frutas como manga, mamão e abacaxi, as frutas tropicais, pois essas frutas apresentam alto IG.

Page 27: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

35

Preferir produtos de padaria como pães de centeio, cevada ou aveia ao invés de pães de farinha

branca processada, e utilizar habitualmente a adaptação da Tabela Internacional de IG, irá

promover resultados positivos na redução do IG da dieta, pois esta tabela é de capital importância

na elaboração de dietas para aumentar a eficácia da estratégia preventiva na obesidade e no

diabetes mellitus.

Visto que a ingestão de alimentos com baixo IG agrega benefícios ao comensal, a exclusão dos

alimentos de IG elevado não é totalmente necessária, pois o consumo de uma refeição

contemplando altos e baixos IGs tornam o IG final da refeição intermediário.

A escolha alimentar não deve ser baseada somente em um componente isolado do alimento. É

necessário considerar o conteúdo nutricional total de um alimento e o que ele representa dentro

da composição geral da alimentação, sempre levando em consideração as regras básicas da boa

nutrição como porcionamento e fracionamento das refeições para garantir uma adequação

alimentar que auxilie nos controles metabólicos e na melhora da qualidade de vida.

Page 28: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALFENAS RCG, PAIVA E. Effect of glycemic index os satiety and body weight. Rev. Nutr., Campinas, 20(2): 197-202, mar./abr., 2007.

2. Augustin LS, Franceschi S, Jenkins DJ, Kendall CW, La Vecchia C. Glycemic index in chronic disease: a review. Eur J Clin Nutr. 2002; 56(11): 1049-71.

3. BELL SJ, SEARS B. Low-glycemic load diets: impact on obesity and chronic diseases. Crit Rev Food SciNutr. 2003; 43(4):357-77.

4. BOUCHÉ C, RIZKALLA SW, JING L, VIDAL H, VERONESE A, PACHER N, et al. Five-week, low-glycemic index diet decreases total fat mass and improves plasma lipid profile in moderately overweight nondiabetic men. Diabetes Care 2002; 25:822-8.

5. BUYKEN AE, TOELLER M, HEITKAMP G, KARAMANOS B, ROTTIERS R, MUGGEO M, et al. Glycemic index in the diet of European outpatients with type 1 diabetes: relations to glycated hemoglobin and serum lipids. Am J Clin Nutr 2001;73(3):574-81.

6. BRAND-MILLER JC, HOLT SH, PAWLAK DB, MCMILLAN J. Glycemic index and obesity. Am J Clin Nutr 2002;76(BELL e SEARS, 2003):281S-5S.

7. CAVALCANTE AAM, PRIORE SE, FRANCESCHINI SCC. Food consumption studies: general methodological aspects and its use in the evaluation of children and adolescents aged. Rev Bras Saúde Mater Infant 2004;4(3):229-40.

8. CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, DENISE R. Bioquímica ilustrada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 446 p. ISBN 85-7307-098-6.

9. FABRINI, Sabrina Pinheiro; ALFENAS, R. C. G.. Impacto do índice glicêmico no controle glicêmico em diabetes mellitus. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 23, p. 135-140, 2008

10. Food and Agriculture Organization. Carbohydrates in human nutrition: report of a joint FAO/WHO expert consultation. Rome; 1997.

11. GIACCO R, PARILLO M, RIVELLESE A A, LASORELLA G, GIACCO A, D’EPISCOPO L, et al. Long-term dietary treatment with increased amounts of fiber-rich low-glycemic index natural foods improves blood glucose control and reduces the number of hypoglycemic events in type 1 diabetic patients. Diabetes Care 2000;23(10):1461-6.

12. GROSS JL, Silveiro SP, CAMARGO JL, REICHELT AJ, AZEVEDO MJ. DM:

diagnóstico, classificação e avaliação do controle glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46(1):16-25.

Page 29: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

37

13. GUTTIERRES, Ana P.M. and ALFENAS, Rita de Cássia G. Efeitos do índice glicêmico no balanço energético. Arq Bras Endocrinol Metab, Apr. 2007, vol.51, no. 3, p.382-388. ISSN 0004-2730.

14. HELLER SR, AMIEL AS, MANSELL P. Effect of the fastacting insulin analog lispro on the risk of nocturnal hypoglycemia during intensified insulin therapy. U.K. Lispro Study Group. Diabetes Care. 1999;22(10):1607-11.

15. HODGE AM, ENGLISH DR, O’DEA K, GILES GG. Glycemic index and dietary fiber

and the risk of type 2 diabetes. Diabetes Care 2004;27(11):2701-6.

16. HOLMAN RR, CULL CA, TURNER RC. A randomized double-blind trial of acarbose in type 2 diabetes shows improved glycemic control over 3 years (UKPDS 44). Diabetes Care. 1999;22(6):960-4.

17. INSTITUTE OF MEDICINE, Food and Nutrition Board. Dietary reference intakes for

energy, carbohydrates, fiber, fat, protein and amino acids (macronutrients). Washington, DC: National Academy Press; 2002.

18. JENKINS DJ, Kendall CW, AUGUSTIN LS, FRANCESCHI S, Hamidi M, Marchie A, et al. Glycemic index: overview of implications in health and disease. Am J Clin Nutr 2002;76(BELL e SEARS, 2003):266S-73S.

19. LUDWIG DS. Dietary Glycemic index and obesity. J Nutr 2000;130 (suppl. 2):280-3.

20. LUDWIG DS. The glycemic index: physiological mechanisms relating to obesity, diabetes, and cardiovascular disease. JAMA 2002; 287:2414-23.

21. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B.. Bioquímica Básica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 360p. ISBN: 85-277-0462-5.

22. MENEZES, Elizabete Wenzel de, LAJOLO, Franco. Índice glicêmico: critério de seleção de alimentos. In: SEMINÁRIO ÍNDICE GLICÉMICO EN SALUD Y ALIMENTACIÓN HUMANA, 2002, Inciensa.

23. Pawlak DB, Bryson JM, Denyer GS, Brand-Miller JC. High glycemic index starch romotes hypersecretion of insulin and higher body fat in rats without affecting insulin sensitivity.J Nutr 2001;131:99-104.

24. PIMAZONI Netto, A. et al. Proposta Básica para a Assistência ao Paciente Diabético no Município - Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Rio de Janeiro: Edição 1999.

25. POWELL, KF. HOLT, SHA. MILLER, JCB. International table of glycemic index and

glycemic load values: 2002. Am J Clin Nutr, 76: 5-56, 2002.

Page 30: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

38

26. REID, M, HETHERINGTON, M. Relative effects of carbohydrates and protein on satiety – Review of Methodology. Neurosci Biobehav Rev 1997;21(3):295-308.

27. RODRIGUES MDB, HALPERN ZSC. Índice Glicêmico [on line]. Revista ABESO

(Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. Ano V - Nº 18 - Fev/2004.

Disponível em URL:http://www.abeso.org.br/revista/revista18/indice_glicemico.htm [28

Out 2008 ].

28. SAMPAIO, Helena Alves de Carvalho, SILVA, Bruna Yhang da Costa, SABRY, Maria

Olganê Dantas et al. Índice glicêmico e carga glicêmica de dietas consumidas por

indivíduos obesos. Rev. Nutr., nov./dez. 2007, vol.20, no. 6, p.615-624. ISSN 1415-5273.

29. SARIS WHM. Glycemic carbohydrate and body weight regulation. Nutr Rev. 2003; 61(FAO,1997):10-6.

30. SCHULZE MB, Liu S, RIMM EB, MANSON JE, WILLETT WC, HU FB. Glycemic index, glycemic load, and dietary fiber intake and incidence of type 2 diabetes in younger and middle-aged women. Am J Clin Nutr 2004;80:348-56.

31. SHEARD NF, CLARK NG, BRAND-MILLER JC, et al. Dietary carbohydrate (amount and type) in the prevention and management of diabetes: a statement by the american diabetes association. Diabetes Care. 2004;27(9):2266-71.

32. SILVA FM, MELLO VDF. Índice glicêmico e carga glicêmica no manejo do DM. Revista HCPA 2006, 26 (2): 73-81.

33. TAPOLA N, KARVONEN H, NISKANEN L, MIKOLA M, SARKKINEN E. Glycemic responses of oat bran products in type 2 diabetic patients. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2005;15(4):255-61.

34. WILLETT W, MANSON J, LIU S. Glycemic index, glycemic load, and risk of type 2 diabetes. Am J Clin Nutr 2002;76(suppl):274S-80.

35. WOLEVER TMS, KATZMAN-RELLE L, JENKINS AL, VUKSAN V, JOSSE RG, JENKINS DJA. Glycaemic index of 102 complex carbohydrate foods in patients with diabetes. Nutr Res. 1994;14:651-69.

Page 31: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

39

APÊNDICE A

TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO

INTERNATIONAL TABLE OF GLYCEMIC INDEX AND GLYCEMIC LOAD VALUES: 2002

Kaye Foster-Powell, Susanna HA Holt, and Janette C Brand-Miller.

Adaptada e traduzida por Leandro Martinho Tarabal e Natália Soares Figueiredo.

Page 32: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

40

Bolos e Muffins

Alimentos Índice Glicêmico

em Relação a glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da porção

Produtos de Padaria a a a

Bolos a a a

Bolo de Banana feito com açúcar 58,75 22,5 100

Bolo de banana feito sem açúcar 68,75 20 100

Bolo de chocolate 34,23 18,01 100

Pão de Ló Plano 73,01 26,98 100

Bolo de Baunilha 37,83 26,62 100

Croissant 117,54 29,82 100

Folhado 103,50 26,31 100

Broinha Simples 368 32 100

Panquecas tipo Waffle 217,14 45,71 100

Muffins a a a

Maçã feito com açúcar 73,33 21,66 100

Maçã feito sem açúcar 80 15 100

Maçã, aveia 108 28 100

Coco e mel 120 32 100

Banana, aveia e mel 130 34 100

Cenoura 108,77 35,08 100

Chocolate 106 30 100

Panqueca 83,75 48,75 80

Page 33: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

41

Bebidas

Alimento Índice Glicêmico em

Relação à glicose = 100 Carga Glicêmica

por porção Tamanho da

Porção Bebidas a a a

Coca-Cola a a a

Coca-Cola 53 14 250 ml

Fanta 68 23 250 ml

Bebida de soja e banana 30 7 250 ml

Bebida de soja e chocolate 34 8 250 ml

Sucos a a a

Suco de Maçã 44 13 250 ml

Suco de cenoura 43 10 250 ml

Suco de Laranja 50 13 250 ml

Suco de abacaxi sem açúcar 46 16 250 ml

Yakult, leite fermentado com Lactobacilus casei 46 6 65 ml

Bebidas para Esportes a a a

Gatorade 78 12 250 ml

Sports Plus 74 13 250 ml

Sustagen 43 21 250 ml

Bebidas feitas à base de energéticos

a a a

Build-Up baunilha com fibras 41 14 250 ml

Chocolate quente feito com água quente 51 11 250 ml

Leite de vaca 45 12 250 ml

Quick chocolate 41 5 250 ml

Quick morango dissolvido em água 64 5 250 ml

Quick morango dissolvido em 1,5% de leite 35 4 250 ml

Page 34: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

42

Pães

Alimento Índice Glicêmico em

Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por

porção

Tamanho da Porção

Pães a a a

Baguete 316,66 50 100

Pão de Leite 315 33,33 100

Pães feitos à base de cevada a a a

100% farinha de cevada 223,33 30 100

Pão de trigo-sarraceno a a a

Pão de trigo- com 50% de Trigo branco 156,66 33,33 100

Pão de Frutas a a a

Pão doce de frutas 146,66 20 100

Pão de hambúrguer 203,33 30 100

Pães sem Glúten a a a

Pão sem glúten com grãos 263,33 33,33 100

Pão branco sem glúten 236,66 36,66 100

Pão sem glúten com fibras 230 30 100

Pão de Aveia a a a

Pão com semente de aveia 216,66 40 100

Pão de farelo de aveia a a a

Pão de aveia com 50% de sabor 166,66 30 100

Pão de Centeio a a a

Pão de semente de centeio 193,33 26,66 100

Pães de centeio especiais a a a

Pão preto de centeio 253,33 33,33 100

Pão de centeio light 226,66 33,33 100

Pão de Trigo a a a

Pão com semente de trigo 173,33 33,33 100

Pão branco de trigo 236,66 -- 100

Pão branco com fibras solúveis a a a

Pão branco + 15 mg de fibra psyllium 136,66 23,33 100

Pão branco enriquecido com fibras a a a

Pão branco com alta quantidade de fibras 67 96 a

Pão branco enriquecido com amido a a a

Fibra branca 256,66 36,66 100

Pão com sabor trigo 173,33 20 100

Pães especiais de trigo a a a

Pão com grãos de trigo 113,33 -- 100

Page 35: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

43

Cereais I

Alimento Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da Porção

Cereais do café da manhã a a a

All Bran (Kellogg’s) 100 13,33 100

All Bran Aveia e frutas 130 23,33 100

All Bran fibras e soja 110 13,33 100

Mingau de Cevada 256,66 66,66 100

Farelo de aveia 500 20 100

Mingau 42 9 250 ml

Mingau tradicional de aveia 51 11 250 ml

Mingau Instantâneo a a a

Aveia (Quacker) 66 17 250 ml

Barras de Cereal Matinal a a a

Kellogg's 240 56,66 100

Cereal e Milho a a a

Milho 39,33 11,33 100

Trigo 36 10,66 100

Mingau de milho 109 -- 250 ml

Espiga de Milho a a a

Espiga de milho fervida com sal por dois minutos 32 9,33 100

Centeio, grãos integrais 68 26 100

Cereais II

Alimento Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da

Porção Arroz branco a a a

Risoto 46 24 100

Arroz branco fervido 46 20 100

Arroz branco fervido com sal e congelado de 16 a 20 horas 35,33 13,33 100

Arroz branco fervido por 13 minutos e depois cozido por dez minutos

69,33 20,66 100

Arroz parboilizado 48 17,33 100

Trigo a a a

Page 36: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

44

Semente de trigo cozida 60 22 100

Semolina a a a

Semolina assada 36,66 -- 100

Biscoitos a a a

Cream Cracker 260 44 100

Biscoito de água e sal 284 52 100

Produtos lácteos e alternativas

Alimentos Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da

Porção Produtos lácteos e alternativas a a a

Cremes a a a

Creme feito em casa com leite e açúcar 43 61 100

Sorvete 122 16 100

Sorvete metade baunilha, metade chocolate 114 -- 100

Sorvete sabor chocolate 136 16 100

Sorvetes com baixa taxa de gordura

a a a

Baunilha 100 6 100

Leite 11 15 a

Leite de vaca fresco 31 3 250 ml

Leite de vaca fermentado 11 3 250 ml

Leite condensado 122 34 100

Leite sem gordura com chocolate e adoçante 24 3 250 ml

Leite sem gordura com açúcar 34 49 250

Mousse preparado com água a a a

Chocolate 2% de gordura 62 6 100

Manga 1,8% de gordura 66 8 100

Morango 2,3% de gordura 64 6 100

Pudim a a a

Pudim de chocolate feito com leite 47 7 100

Pudim de baunilha feito com leite 40 6 100

Iogurte a a a

Iogurte de frutas com baixas calorias 7 1 100

Page 37: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

45

Iogurte de frutas com açúcar 16,5 5 100

Iogurte de morango com baixas calorias 15,5 4,5 100

Iogurte desnatado de manga 11,5 1,5 100

Iogurte desnatado de morango 11,5 1,5 100

Dieta diária de produtos alternativos com base na soja

a a a

Leite de soja 0 mg Ca 44 8 250 ml

Leite de soja 120 mg Ca 36 6 250 ml

Bebida de soja com banana 30 7 250 ml

Bebida de soja com chocolate 34 8 250 ml

Iogurte de soja, pêssego e manga, 2% de gordura, açúcar 62,5 16,25

250 ml

Page 38: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

46

Frutas/Legumes/Vegetais

Alimento Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da

Porção Maçã 33,3 47,57 100

Maçã, seca (Austrália) 17,4 ± 5 0,6 100

Suco de maçã sem açúcar 16 4,8 100

Damasco 47,5 4,2 100 Damascos secos (Austrália) 50 ± 7 13,3 100

Xarope de damasco 53,3 75,8 100

Banana madura amarela 42,5 10,8 100

Banana levemente não amadurecida

35 9,17

100

Banana muito madura 40 10 100

Cerejas cruas 18,3 2,5 100

Fruta-do-conde crua 45 ± 2 8,3 100

Tâmaras secas 217 ± 21 70 100

Pão de frutas 56,6 97 100

Uva 41 7,5 100

Suco de uva sem açúcar 48 69 250 ml

Laranjas, não especificadas (Canadá)

42,5 5 100

Suco de laranja concentrado sem açúcar 53

76 250 ml

Pêssego 23,3 3,3 100

Pêssego enlatado em calda 43,3 7,5 100

Pêra 27,5 3,3 100

Abacaxi 55 ± 7 5 100

Suco de abacaxi sem açúcar 18,4 6 100

Ameixa 20 2,5 100

Ameixas secas, descaroçadas 48,3 ± 4 16,7 100

Uvas passa 107± 11 47 100

Melão 54 ± 9 3,3 100

Morangos frescos 33,3 ± 7 0,83 100

Geléia de morango 170 ± 10 33,3 100

Barras de frutas processadas – morango

300 ± 12 77 100

Suco de tomate sem açúcar 15,2 ± 4 1,6 100

Melancia 60 ± 13 3,3 100

Page 39: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

47

Infasoy TM, à base de soja, sem leite

55 ± 6 4 100 mL

Karicare TM comida de iniciação 35 ± 5 2 100 mL

Nan-1 TM comida para bebês, com ferro

30 ± 6 2 100 mL

S-26 TM comida para bebês 36 ± 6 3 100 mL

Cereal de maçã, damasco e banana 75 ± 8 9,3 100

Mingau cremoso 79 ± 8 7 100

Pudim de arroz 79 ± 6 8 100

Frango e talharim com vegetais, coado

56 ± 11 4,2 100

Milho verde e arroz 54,2 ± 13 8,3 100

Vegetais

Abóbora 93,7 133,7 100

Milho doce com mel 46,25 66,25 100

Vegetais com raízes

Beterraba 80 113,7 100

Mandioca cozida 46 12 100

Nabos 121,25 15 100

Cenoura 20 28,75 100

Batatas

Batatas fritas no microondas 50 71,3 100

Batata cozida em água fervente 67,3 11,3 100

Batatas fritas 50 14,6 100

Batata doce 29,3 42 100

Bolinho de batata 34,6 16 100

Tapioca

Tapioca fervida com leite 32,4 46 100

Legumes e nozes

Feijões secos, tipo não especificado

24 7,3 100

Feijões-fava 18,7 ± 7 3,3 100

Feijões-brancos, secos, cozidos em água fervente

20 6 100

Feijões comuns (EUA) 5 15,3 4 100

Feijão preto de molho durante a noite, cozidos por 45 min

13,3 3,3 100

Lentilhas, tipo não especificado 19,3 3,3 100

Ervilha verde fervida 15 1,3 100

Soja, seca, cozida em água fervente

10 ± 5 0,6 100

Page 40: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

48

Alimentos para recém-nascidos e produtos de suporte nutricional

Alimento Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da

Porção Infasoy TM, à base de soja, sem leite

55 ± 6 4 100 mL

Karicare TM comida de iniciação 35 ± 5 2 100 mL

Nan-1 TM comida para bebês, com ferro

30 ± 6 2 100 mL

S-26 TM comida para bebês 36 ± 6 3 100 mL

Cereal de maçã 75 ± 8 9,3 100

Mingau cremoso 79 ± 8 7 100

Pudim de arroz 79 ± 6 8 100

Frango e talharim com vegetais, coado

56 ± 11 4,2 100

Milho verde e arroz 54,2 ± 13 8,3 100

Produtos de Suporte Nutricional

Baunilha 10 ± 4 2,5 100mL

Enercal Plus 27 ± 13 10,1 100mL

Ensure 21,1 ± 8 8 100mL

Ensure baunilha 19,2 ± 3 6,4 100mL Barra Ensure TM, brownie de calda de chocolate

113,2 ± 3 21 100

Resource Diabetic TM, baunilha francesa

14,3 ± 3 3,4 100mL

Resource Diabetic TM, chocolate suíço

7 ± 4 3 100mL

Suco de laranja engrossado Resource TM, com consistência de mel

20 ± 9 7,5 100mL

Suco de laranja engrossado Resource TM, com consistência de néctar

22,7 ± 7 8 100mL

Bebida de fruta Resource TM, sabor pêssego

16,8 ± 8 6,7 100mL

Sustagen de chocolate 12,4 ± 4 5,2 100mL

Sustagen com fibras extras 13,2 ± 4 6 100mL

Ultracal TM com fibra 17 5,1 100 mL

Pudim de sustagen de baunilha 10,8 ± 3 5,2 100

Page 41: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

49

Massas/Açúcares/Outros

Alimento Índice Glicêmico

em Relação à Glicose = 100

Carga Glicêmica por porção

Tamanho da

Porção

Massa e macarrão

Macarrão cabelo de anjo 25 11,1 100

Pasta de milho sem glúten 4,4 ± 10 17,8 100

Fettucine, ovo 17,8 ± 4 8,3 100

Macarrão instantâneo 25,5 ± 5 25,5 ± 5 100

Linguine grosso 23,8 11,6 100

Ravióli, farinha de trigo, recheado de carne, cozido em água fervente

21,6 ± 1 8,3 100

Talharim de arroz, fresco 22,2 ± 4 8,3 100

Espaguete com proteínas fervido por 7 minutos

15 7,7 100

Espaguete branco fervido por 5 minutos

17,8 8,3 100

Pizzas

Queijo 60 86 100

Queijo Parmesão e tomates 80 114 100

Pão branco com toppings

Pão branco com manteiga, queijo e leite de vaca 27,5 37,5

100

Pão branco com manteiga 59 84 100

Lanches e Doces

Burger Rings TM, sabor churrasco 180 ± 16 56 100

Chocolate ao leite simples com sacarose

68 ± 5 14 100

Chocolate ao leite simples, baixo teor de açúcar com maltitol

70 ± 16 16 100

Chocolate branco Milky Bar 88 ± 6 26 100

Salgadinhos de milho, simples, temperados com sal

84 ± 4 22 100

Barra de fruta recheada de damasco

100 ± 8 34 100

Life Savers ® , bala de hortelã 233,3 ± 6 70 100

M & M's ® , amendoim 110 ± 3 20 100

Nutella ® , pasta de chocolate e avelã

165 ± 4 20 100

Castanhas de caju, salgadas 44 ± 5 6 100

Amendoins 26 ± 6 2 100

Page 42: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

50

Pipocas

Pipoca, simples, cozida em microondas

275 ± 7 30 100

Batatas chips, simples, temperadas com sal

114 20 100

Lanche, Apple Cinnamon – maçã e canela

80 ± 8 24 100

Açúcar

Glicose porção 50 g (dextrose) 85

Glicose porção 25 g com aveia 92

Glicose consumida com Ginseng 780 80 100

46 g de glicose + 15 g de extratos de fibra de maçã e laranja

790 ± 3 60 100

50 g de glicose + 14,5 g de goma guar

620 60 100

50 g de glicose + 14,5 g de goma de aveia

570 60 100

100 g de glicose + 20 g de goma arábica

850 90 100

Glicose consumida com

refeições

Com bife grelhado, queijo e manteiga 55

Mel 128 28 100

50 g de maltose 1050 ± 12 110 100

100 g de sacarose 65

Lactose 86 100

Produtos com menor índice de carboidratos

Chocolate sem açúcar 14 20 100

Barras de proteína 30 43 100

Mini bolo de morango 43 61 100

Mousse de chocolate branco 40 57 100

Cappucino 47 67 100

Sopas 100

Feijão preto 64 92 100

Ervilha verde 66 94 100

Lentilhas 44 63 100

Refeições mistas 100

Nuggets de frango 46 66 100

Peixe 38 54 100

Tortas e bifes 45 64 100

Page 43: Tabela índice glicêmico tcc leandro una

51

Sushi, salmão 48 69 100

Sushi com algas, vinagre e arroz 55 79 100

Alimentos tradicionais da América do Sul 100

Bolo de milho 72 102 100

Feijão Preto 30 43 100

Tortilha de milho 52 74 100

Tortilha de milho com purê de batata, tomate 78 111 100

Tortilha de trigo 30 43 100