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MANUAL TWI
INFORMAES TCNICAS SOBRE PNEUS
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Sindipneus Sindicato das Empresas de Revenda e Prestao de Servios deReforma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais
Diretoria
Paulo Csar Pereira BitaresPresidente
Glucio Telles SalgadoSecretrio
Dnis Oliveira
TesoureiroAntnio Augusto Da Silva CostaDiretor de Revendedores
Arilton Silva MachadoDiretor de Reformadores
Wilson Monteiro NavarroConselho Fiscal
Ana Cristina Schuchter Gatti
Conselho FiscalJlio Csar G. LimaConselho Fiscal
Henrique KorothDelegado junto a Federao do Comrcio do Estado de Minas Gerais
Aureliano ZanonDelegado junto a Federao do Comrcio do Estado de Minas Gerais
Elaborao e colaboradores
Autor e consultor tcnico Vanderlei CarvalhoGerente executivo Ader de PduaGerente de comunicao Mariana Conrado
Analista de comunicao Ruleandson do CarmoReviso final Grazielle Ferreira
Arte e editorao In Foco Brasil
A reproduo do todo ou parte deste manual permitida somentecom autorizao prvia da Sindipneus.
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MANUAL TWIINFORMAES TCNICAS SOBRE PNEUS
Apresentao
Este manual direcionado aos agentes de fiscalizao de trnsito do estado deMinas Gerais e todos os demais profissionais envolvidos no setor de pneus, quenecessitem desenvolver conhecimentos sobre este item de segurana. O contedodesse manual trata sobre avaliao correta do ndice de TWI Tread Wear Indi-cators dos pneus, e demais aspectos tcnicos que influenciam na manuteno doproduto. Os profissionais sero capacitados a observar o limite estabelecido pelalegislao vigente de desgaste do pneu. Esse estudo de contribuio significativapara a segurana no trnsito, economia e ao meio ambiente.
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1. COMO TUDO COMEOU
Em 1839, o norte-americano Charles Goodyear fez uma inveno acidental. Em seulaboratrio, por descuido, deixou cair enxofre em uma borracha que estava em alta
temperatura. Goodyear percebeu que essa mistura manteve as propriedades maisvaliosas da borracha: a resistncia e a elasticidade.
Assim surge o processo de vulcanizao da borracha, no qual o enxofre o seuprincipal agente, responsvel pelas ligaes entre as molculas dos polmeros que,no caso da borracha, so compostos que podem ser orgnicos ou qumicos. Essadescoberta uma das mais celebradas da histria, pois, alm de dar forma ao pneu,aumenta a segurana nas freadas e diminui as trepidaes nos carros.
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2. O PNEU
O pneu um dos componentes mais importantes de qualquer veculo automotor. ele quesuporta o seu peso, o da sua carga e que faz o contato com o solo. Ele tambm transformaa fora do motor em trao e responsvel pela estabilidade do veculo e pela eficincia dafrenagem.
Devido a isso, importante entender como um pneu fabricado, conhecer os tipos e as ca-ractersticas de cada modelo, bem como suas aplicaes.2.1 Composio do pneu Matria-prima
Borracha natural
Borracha sinttica Ao Negro de fumo xido de zinco e cido esterico Enxofre (agente vulcanizador) Antidegradantes Aceleradores e retardadores Auxiliares de processo
2.2 Borracha natural
O ltex um polmero extrado de algumas espcies vegetais. Dentre elas, a mais importante a seringueira (Hevea Brasiliensis), rvore nativa da Amaznia, cuja explorao era totalmenteextrativista. Isso dificultou o desenvolvimento e o aproveitamento do seu potencial produtivo.O Brasil foi lder mundial na fabricao e exportao de borracha natural at 1960. Depoisdessa poca, a demanda se tornou mais intensa e, para atender essa necessidade, o mun-do passou a contar com as plantaes dos pases do sudeste Asitico (Malsia, Cingapura,Tailndia e Indonsia). Esses assumem hoje cerca de 70% da produo mundial de borrachanatural.
A seringueira leva oito anos, aps o plantio das mudas, para permitir a extrao do ltex. Aproduo pode se estender por, no mnimo, 50 anos.
Porm, a borracha natural possui muitos benefcios. Proporciona baixa gerao de calor, altaresistncia a rupturas, boa resistncia a abraso e tem caractersticas elsticas na construodo pneu.
2.3 Borracha sinttica
Desenvolvida a partir de 1940, a borracha sinttica um elastmero derivado do petrleo. Emgeral, proporciona boas propriedades de trao sem comprometer a resistncia a abraso.
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A reforma de pneus tem um papel fundamental na economia, na sade e no meio am-biente. O Brasil apresenta o 2 mercado mundial, atrs apenas dos Estados Unidos.No pas norte-americano, a reforma de pneus no s atende a populao, mas todaa frota do exrcito, alm dos carros oficiais e dos veculos do sistema de transportepblico.
O processo de reforma praticado no Brasil, h mais de 60 anos, com o nvel tcnicode padro internacional. A tecnologia proveniente dos EUA e dos pases da Europa,o que proporciona baixos ndices de problemas.
Atualmente, existem no Brasil 1.603 reformadoras de pneus e 18 fbricas de borra-
chas para a reforma de pneus. As atividades do setor geram mais de 50.000 empre-gos diretos e, se forem consideradas as demais empresas provenientes desse seg-mento, tais como revendedores, borracharias e fornecedores, esse nmero chega a160.000 postos de trabalho.
O setor de transporte apresenta nmeros importantes sobre a reforma de pneus,pelo fato de o pneu ser o 2 ou o 3 maior custo do transporte rodovirio. O pneureformado possui rendimento quilomtrico semelhante ao novo. No entanto, o valor 75% mais econmico para o consumidor e apresenta uma reduo de 57% no custo/km para o setor de transporte. Observe a significativa economia gerada pelos pneus
reformados.
Se dois teros dos pneus de carga em uso so reformados:
repe-se no mercado mais de 7,6 milhes de pneus da linha caminho/nibus; proporciona-se uma economia ao setor de transportes em torno de 5,6 bilhes de
reais/ano; ocorre uma economia de 57 litros de petrleo por pneu reformado na linha
caminho/nibus, e de 17 litros para a linha automvel, economizando no total500 milhes de litros/ano.
Os nmeros no s confirmam a vantagem econmica ao utilizar um pneu reforma-do, mas tambm a sua relevncia no aspecto ecolgico. Esses dados demonstramum prolongamento da vida til do pneu, material que, se descartado incorretamente, nocivo ao meio ambiente.
Ao contrrio do que muitos dizem, essa prtica no poluidora. E seus resduosslidos so reciclados, gerando outros produtos, como:
tapetes; grama sinttica; persianas; solas para sapatos;
3.O SETOR DE REFORMA DE PNEUS NO BRASIL E NO MUNDO
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tatames; mistura para asfalto, entre outros produtos.
Alm disso, pode-se:
obter fonte de energia para fornos de empresas de cimento; regenerar parte do material e transform-lo em borrachas novamente.
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4. ESTRUTURA DOS PNEUS
Figura 1: Estrutura do pneu de passeioFonte: Brazil Tires, 2009
Segundo informaes do site da empresa Brazil Tires, segue a descrio de cadaparte que compe o pneu.
Carcaa: a parte resistente do pneu construda para receber presso, carga e im-pacto. Retm o ar sobre presso para suportar o peso e a carga do veculo. Pode serfabricada de polister, nylon ou ao. O processo de construo da carcaa respon-svel por aspectos importantes de dirigibilidade, como balanceamento, geometria esimetria.
Tales: so construdos conforme especificaes do dimetro, de modo a garantir asegurana para que o pneu no solte do aro (destalonamento) quando submetido aesforos laterais. Internamente so constitudos de arames de ao de alta resistncia.
Observe na ilustrao as partes que estruturam o pneu:
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Figura 2: Estrutura do pneu de cargaFonte: Brazil Tires, 2009
Paredes laterais: so as laterais (costado) dos pneus desenvolvidas por compostosde borrachas com alto grau de flexibilidade e alta resistncia fadiga.
Cintas (lonas): so feixes de cintas colados sobrepostos, de maneira a suportar as
cargas em movimento. Sua principal finalidade garantir maior rea de contato emenor presso sobre o solo.
Banda de rodagem: a banda de rodagem que est em contato com o solo e quetransmite a fora do motor em trao. Possui blocos (as partes cheias) e sulcos (par-tes vazias). Deve oferecer trao, estabilidade, aderncia e segurana para cada tipode terreno.
Ombros: so as extremidades da banda de rodagem e os apoios necessrios para asegurana em curvas e manobras.
Nervura central: a parte central da banda de rodagem, que tem contato circunfe-rencial do pneu com o solo.
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4.1 Pneu com cmara e sem cmara
Figura 3: Pneu Conjunto com cmaraFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Figura 4: Pneu Conjunto sem cmaraFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
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4.2 Nomenclatura do pneu Leitura da lateral
4.2.1 Exemplo de leitura da lateral de um pneu de passeio
Cdigo dalateral do pneu
Descrio/Significado
175 Largura nominal da seo em mm
70 Aspecto de configurao / Altura da seo em % da largura
R Referncia para construo radial
- Referncia para construo diagonal
13 Dimetro nominal do aro em polegadas
T Smbolo de velocidade mxima (vide tabela 1, pg.18)
82 ndice de carga mxima (vide tabela 2, pg.19)
DOT Matrcula do departamento de trnsito dos EUAXXX Cdigo do fabricante
4308 Data de fabricao do pneu (43 semana do ano de 2008)
TWI Tread Wear Iindicator (Profundidade Limite de Segurana 1,6 mm)
TU Tubeless (sem cmara)
TT Tube Type (com cmara)
Inmetro Selo de conformidade do Inmetro
Quadro 1: Leitura da lateral do pneu de passeioFonte: O autor, 2009
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4.2.2 Exemplo de leitura da lateral de um pneu de carga
Cdigo dalateral do pneu
Descrio/Significado
295 Largura nominal da seo em mm
80 Aspecto de configurao / Altura da seo em % da largura
R Referncia para construo radial
- Referncia para construo diagonal
22.5 Dimetro nominal do aro em polegadas
152 ndice de carga mxima para rodagem simples(vide tabela 2, pg.19)
148 ndice de carga mxima para rodagem dupla
M Smbolo de velocidade mxima (vide tabela 1, pg.18)
DOT Matrcula do departamento de trnsito dos EUA
XXX Cdigo do fabricante
3507 Data de fabricao do pneu (35 semana do ano de 2007)
TWI Tread Wear Iindicator (Profundidade Limite de Segurana 1,6 mm)
TU Tubeless (sem cmara)
TT Tube Type (com cmara)
Inmetro Selo de conformidade do Inmetro
Quadro 2: Leitura da lateral do pneu de cargaFonte: O autor, 2009
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4.2.3 ndices de velocidade
Tabela 1: ndices de velocidadeFonte: Brazil Tires, 2009
Cdigo Descrio Cdigo Descrio Cdigo Descrio
F 80 Km/h N 140 Km/h U 200 Km/h
G 90 Km/h P 150 Km/h H 210 Km/h
J 100 Km/h Q 160 Km/h V 240 Km/h
K 110 Km/h R 170 Km/h W 270 Km/h
L 120 Km/h S 180 Km/h Y 300 Km/h
M 130 Km/h T 190 Km/h ZR +240 Km/h
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4.2.4 ndices de carga
Tabela 2: ndice de cargaFonte: Autor, 2009
ndice decarga Kg
ndice decarga Kg
ndice decarga Kg
77 412 107 975 138 2.360
78 425 108 1.000 139 2.430
79 437 110 1.060 140 2.500
80 450 111 1.090 141 2.575
81 462 112 1.120 142 2.650
82 475 113 1.150 143 2.72583 487 114 1.180 144 2.800
84 500 115 1.215 145 2.900
85 515 116 1.250 146 3.000
86 530 117 1.285 147 3.075
87 545 118 1.320 148 3.150
88 560 119 1.360 149 3.250
89 580 120 1.400 150 3.350
90 600 121 1.450 151 3.450
91 615 122 1.500 152 3.550
92 630 123 1.550 153 3.650
93 650 124 1.600 154 3.750
94 670 125 1.650 155 3.875
95 690 126 1.700 156 4.000
96 710 127 1.750 157 4.125
97 730 128 1.800 158 4.25098 750 129 1.850 159 4.375
99 775 130 1.900 160 4.500
100 800 131 1.950 161 4.625
101 825 132 2.000 162 4.750
102 850 133 2.060 163 4.875
103 875 134 2.120 164 5.000
104 900 135 2.180 165 5.150
105 925 136 2.240 166 5.300
106 950 137 2.300 167 5.450
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4.2.5 Treadwear, Traction e Temperature
De acordo com o material elaborado pelo site Pneus-Online, a autoridade federalnorte-americana Uniform Tire Quality Granding (UTQG) exige que os fabricantes clas-sifiquem os pneus dos veculos de passageiros com base em trs fatores: desgastedo piso, aderncia e resistncia temperatura. Esses itens se encontram na lateraldo pneu, como demonstra a foto.
Desgaste da banda de rolamento (Treadwear): essa classificao corresponde velocidade de desgaste do pneu. O ndice obtido por meio de teste efetuado emcondies controladas, em que:
100 considerado um padro de qualidade baixo;
200 corresponde ao desgaste de duas vezes superior ao ndice de 100.
Ou seja, quanto maior o ndice de Treadwear, maior ser a vida til do pneu.
Aderncia (Traction/Trao): a classificao de trao representa a capacidade dopneu parar em pista molhada. Essa se baseia em teste de travagem em linha reta.Existem os ndices AA (ideal), A, B e C (decrescentes), sendo que o ndice C indicao mnimo aceitvel.
Resistncia ao aquecimento (Temperature/Temperatura): o ndice de temperatu-ra representa a resistncia do pneu gerao de calor e sua dissipao. Devemser observadas as seguintes classificaes: A (ideal), B (intermedirio) e C (mnimoaceitvel).
Foto 1: Treadwear/Traction/TemperatureFonte: Arquivo Amirp, 2009
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5 ORIENTAES SOBRE A VERIFICAO DAS CONDIES DOS PNEUS
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A Alapa Associao Latino Americana de Pneus e Aros , rgo que rege as normase recomendaes sobre pneus e aros na Amrica Latina. A associao criou algumas
recomendaes sobre o uso e a manuteno dos pneus.
5.1 Sulcos dos pneus e retirada de uso
A profundidade do desenho (frisos/sulcos) da banda de rodagem dos pneus deve serverificada regularmente.
Conforme a Resoluo n 558/80, art. 4, do Contran Conselho Nacional de Trnsito fica proibida a circulao de veculo automotor equipado com pneu cujo desgasteda banda de rodagem tenha atingido os indicadores (Tread Wear Indicators TWI) oucuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm. Ouseja, os sulcos no devem ter profundidade restante inferior a 1,6 mm.
Quanto menor for a profundidade restante dos sulcos, maiores sero os riscos deacidentes pela reduo de aderncia em piso molhado.
O momento de retirada dos pneus de uso pode ser visualizado pelos indicadores dedesgaste existentes no fundo dos desenhos: salincias com 1,6 mm de altura emquatro a oito pontos da circunferncia do pneu, o que corresponde a escrita TWI.
5. ORIENTAES SOBRE A VERIFICAO DAS CONDIES DOS PNEUS
Figura 5: Indicador de profundidade (TWI)
Fonte: Dum, 2009
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Em certas utilizaes, porm, em que os veculos rodam em estradas de terra ouem ms condies, aconselhvel retirar os pneus antes de atingirem o limite esta-
belecido. Isso porque a maior vulnerabilidade a cortes na banda de rodagem podedanificar a carcaa do pneu.
Alguns pneus para caminhes e nibus so concebidos de maneira a oferecer apossibilidade de ressulcagem. Nas laterais desses pneus so gravadas as palavrasressulcvel ou regroovable. Nesses pneus possvel o aprofundamento dossulcos originais, o que propicia uma maior quilometragem, alm de melhorar o nvelde aderncia do pneu usado. Essa operao s pode ser efetuada por um pro fis-sional apto a seguir rigorosamente as orientaes do fabricante do pneu. Para maisdetalhes, consulte os fabricantes de pneus.
5.2 Principais fatores que afetam a durabilidade dos pneus
O principal fator para o desgaste dos pneus o calor gerado pelas seguintes situaes:
baixa presso; velocidade alta do veculo; sobrecarga; uso excessivo dos freios.
Outros fatores que contribuem para o desgaste anormal do pneu:
manuteno inadequada do veculo; condies ruins e perfis das estradas; modo de dirigir imprudente; tipo de segmento do transporte, que pode influenciar na performance do pneu.
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Em seguida, so apontadas as consequncias causadas por manter o pneu com onvel de presso abaixo do especificado pelo fabricante:
influncia na segurana; perda de aderncia e estabilidade; aumento de resistncia ao rolamento; aumento do consumo de combustvel; comprometimento do conforto;
aumento da flexibilidade e rudo; acelerao do desgaste, pois gera mais aquecimento; aumento do desgaste nos ombros, o que provoca deslocamento da carcaa; direo pesada; possibilidade de aparecimento de rachadura, quebra de carcaa e laterais; aumento da flexo e do calor.
Figura 6: Efeitos da baixa pressoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
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O que acontece se desrespeitados os ndices de velocidade mxima especificadospara cada tipo de pneu:
separao por calor;
estouro por corte; desgaste acelerado.
Alm do ndice de velocidade mxima especificado para cada pneu (vide tabela 1 -pg.18), existe tambm a tabela de ndices de carga mxima (vide tabela 2 - pg.19).Essa tabela deve ser seguida para evitar os seguintes problemas:
separao por calor; ruptura dos cordonis e danos no talo; estouro por corte;
quebra por impacto; comprometimento da segurana; aumento do consumo de combustvel.
O uso excessivo dos freios um fator que deve ser levado em conta, pois a tempe-ratura muito elevada das lonas de freio (acima de 250 Co) reduz sua eficincia. Ocalor irradia para as rodas, os pneus, as cmaras de ar, os protetores e o ncleo devlvulas, o que ocasiona os seguintes danos:
trinca na regio dos tales;
derretimento das cmaras de ar e protetores; quebra dos tales durante a desmontagem; exploso dos pneus (temperaturas acima de 140 Co); separao em algum componente do pneu.
Grfico 1: Efeitos da baixa pressoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
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Outra questo importante a ser considerada o excesso de presso, que tambmprejudica a durabilidade dos pneus, e provoca as seguintes consequncias:
acelera o desgaste no centro da rodagem; aumenta a possibilidade de estouro por impacto; facilita a entrada de objetos penetrantes (rodagem sob forte tenso); reduz a estabilidade em curva (menor rea de contato); provoca rachaduras na base dos sulcos (esticamento excessivo); piora o nvel de conforto (veculo mais duro/menor flexo); diminui o amortecimento.
Grfico 2: Efeitos do excesso de pressoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
5.2.1 Dicas para evitar o aquecimento anormal dos pneus
Nas descidas de serra, no exagere no uso dos freios de servio, pois isso podeprovocar superaquecimento dos pneus.
No pare o veculo de forma brusca, permitindo a ventilao do conjunto. Issoevita que a temperatura aumente ainda mais pela irradiao de calor dos tambo-res de freio.
Respeite os limites de velocidade e de carga estabelecidos.
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6.GEOMETRIA VEICULAR
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6.1 Camber
o ngulo formado pela inclinao do terminal da roda com o plano horizontal. Teminfluncia direta no desgaste irregular dos ombros do pneu se no observada a suacorreo necessria.
Os veculos de transporte vm com camber positivo. Sua irregularidade causa des-gaste cnico liso de um ombro para o outro e pode exercer influncia na dirigibilida-de, gerando um sentido direcional.
6.2 Cster o ngulo formado pelo pino mestre em relao ao plano vertical da lateral do vecu-lo. Quando positivo, proporciona a dirigibilidade do veculo de forma mais adequadae com menos esforo.
Os veculos s tero o sentido direcional correto se a regulagem do cster for feitaconforme a figura 8A.
A dirigibilidade e o consumo do pneu no estaro comprometidos com esse tipo deregulagem do ngulo.
Figura 7: ngulo de inclinao do CamberFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Figura 8: ngulo de inclinao do csterFonte: Manual tcnico da Bridgestone, 2008
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Entretanto, com a regulagem conforme mostra a figura 8B, o veculo ter problemade perda de estabilidade direcional, alm de gerar um desgaste multiescavado. As-
sim, a vida til dos pneus diminuir consideravelmente.
6.3 KPI King Pin Inclination
o ngulo formado pela Inclinao do Pino Mestre (King Pin Inclination) em relao linha vertical. Fora das especificaes, esse ngulo pode comprometer o pneuquanto ao desgaste irregular dos ombros.
6.4 Convergncia / Divergncia
ngulo formado pelos pneus em relao Linha Central de Referncia (LCR) do ve-culo. Na convergncia positiva, o ngulo se encontra na frente do eixo dianteiro doveculo. J na convergncia negativa ou divergncia, o ngulo se encontra na traseirado eixo dianteiro do veculo.
Figura 9: ngulo de inclinao do KPIFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Figura 10: ngulo de convergncia e divergnciaFonte: O autor, 2009
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8.CONSIDERAES IMPORTANTES
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8.1 Emparelhamento
Para veculos de carga, admite-se a utilizao da tcnica de emparelhar pneus com ointuito de distribuir o peso homogeneamente por toda a extenso do veculo.
Nesse caso, necessrio observar, entre outras regras, a diferena entre os doispneus a serem emparelhados, que no pode ultrapassar 7 mm de um pneu para ooutro em seu dimetro total ou 21 mm em seu permetro.
8.2 Rodas8.2.1 Manuteno
Verificar a oxidao dos aros. Trocar anel de vedao quando necessrio. Observar a centralizao das rodas. Analisar o estado geral dos parafusos e porcas. Certificar-se do espaamento entre pneus e partes dos veculos. Verificar rodas duplas e pneus desemparelhados.
Localizar rapidamente pneus avariados. Evitar dirigir sobre leo e graxas.
8.2.2 Montagem
Montar os pneus com a pasta apropriada (nunca usar leo mineral). Ser realizada por pessoal treinado e capacitado. Verificar a vedao do ncleo de vlvula. Posicionar corretamente o pneu/aro. No montar o pneu/aro com avaria.
Manter-se afastado durante a inflao. Fazer uso de gaiola protetora.
Figura 13: EmparelhamentoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
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Foto 3: Incio da montagem do pneu de cargaFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Foto 2: Gaiola de proteoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
A gaiola deve ser utilizada para evitar acidentes ocasionados por falhas na montagemde rodas em pneus de carga. A no utilizao desse equipamento de segurana co-
loca em risco todos que participam do trabalho de montagem.
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Foto 4: Falha na montagem da rodaFonte: Manual tcnico da Bridgestone, 2008
Foto 5: Exploso ocasionada pela falha na montagem da rodaFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
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8.3 Rodzio
recomendado a cada 10.000 Km ou antes, se necessrio. O rodzio proporciona acorreo de eventuais desgastes por trao, desnvel de pistas e desgaste por rola-mento em todos os eixos.
8.4 Estocagem
8.4.1 Verificao de local
O local que armazena os pneus deve ser seco, sem umidade, com pouca luminosida-de, com a temperatura em torno de 25 Co e longe de agentes qumicos e de oznio.
8.5 Principais causas da retirada de pneu do uso
So vrias as causas que levam a retirada dos pneus (carga ou passeio) de circu-lao. Os principais motivos que podem influenciar no desempenho do veculo, nasegurana dos condutores e passageiros so:
corpo estranho/penetrao; cortes e avarias acidentais; desgastes irregulares; no observao do indicador de desgaste do pneu (TWI); separao em algum componente do pneu; pedra entre rodas duplas; freio e excesso de calor; produtos qumicos; desagregao da carcaa por baixa presso ou sobrecarga; quebra por choque; fadiga.
A seguir, um quadro que mostra as causas e consequncias da falta de observaodos ndices de velocidade e carga, dos ndices de segurana do TWI, alm da faltade manuteno adequada nos pneus e nas partes mecnicas do veculo que estoligadas diretamente dirigibilidade.
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Quadro 3: Sintomas e causas da retirada de usoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Sintomas Causas
Desgaste nos ombros Baixa pressoQuebra ou estouro da carcaa com
ponta dos cordonis queimadosBaixa presso ou sobrecarga
Desgaste no centro da rodagem Excesso de presso
Degenerao do taloUso de lubrificao inadequada na mon-tagem ou vazamento de leo pelo cubo
de roda
Queima do taloAquecimento pelo tambor de freio preso
ou pelo seu uso excessivo
Quebra do taloPancadas e lascamento na desmontagem
/ montagem
Bolhas nos flancosPancadas violentas nas laterais, principal-
mente nos radiais
Cortes nos flancos internos Lmina do feixe de molas corrida
Desgaste tipo escamado a partir de umdos ombros, sendo os dois na dianteira
Convergncia positiva em excesso oudivergncia
Desgaste sinuoso na rodagem Roda empenada
Desgaste no conjunto de rodas duplas Ponta de eixo torta
Desgaste multiescavadoRolamento do cubo gasto ou desregulado
/ cster irregular
TrepidaoRoda desbalanceada, roda excntrica,
tambor de freio e amortecedor ovalizados
Veculo puxando para um ladoDesemparelhamento na dianteira ecamber, cster e presso desiguais
Volante duro
Baixa presso, direo hidrulica com
defeitoVeculo puxando para o lado quando se
aplicam os freioFreio desregulado ou defeituoso, cster e
presso desiguais e tambor ovalizado
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8.6 Anlise da sucata
A maior incidncia da retirada dos pneus de uso ocorre pela quebra por choque, pelasobrecarga ou pela baixa presso, como demonstrado na foto abaixo.
Foto 6: Exemplos de sucateamentoFonte: Manual tcnico Bridgestone, 2008
Agora que voc aprendeu a avaliar o ndice TWI, retire ospneus de uso no momento certo e garanta mais seguranae melhor reaproveitamento para reforma.
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Referncias
ALAPA ASSOCIAO LATINO AMERICANA DE PNEUS E AROS. Manuais. 2009.Disponvel em: . Acesso em: jan/2009.
BRAZIL TIRES. Tudo sobre pneus. So Paulo, 2009. Disponvel em: . Acesso em: jan/2009.
MANUAL TCNICO BRIDGESTONE. Centro de Treinamento. So Paulo: 2008.
PNEUS ONLINE. Treadwear/Traction/Temperature. Suia, 2009. Disponvel em:
. Acesso em: fev/2009.
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LEGISLAO
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LEGISLAO APLICAVEL AO SETOR DE PNEUS PONTOS PRINCIPAIS
CONTRAN Conselho Nacional de Trnsito
Resoluo n 558, de 15 de abril de 1980
[...]
Art. 1 - Os veculos automotores s podero circular em vias pblicas do territrionacional quando equipados com rodas, aros e pneus novos ou reformados que sa-tisfaam as exigncias estabelecidas pela Norma EB 932 - Partes I, II e III de 1978, daAssociao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT.
[...]
Art. 4 - Fica proibida a circulao de veculo automotor equipado com pneu cujodesgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidaderemanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm.
Resoluo n 316, 08 de maio de 2009
[...]
Art. 11 Fica proibida a utilizao de pneus reformados, quer seja pelo processo derecapagem, recauchutagem ou remoldagem, no eixo dianteiro, bem como rodas queapresentem quebras, trincas, deformaes ou consertos, em qualquer dos eixos doveculo de transporte coletivo de passageiros acima de oito lugares.
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Resoluo n 416, 30 de setembro de 2009
[...]
Art. 1o Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitrio su-perior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinao adequadaaos pneus inservveis existentes no territrio nacional, na proporo definida nestaResoluo.
1o Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais depneus e o Poder Pblico devero, em articulao com os fabricantes e importadores,implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservveis existentes noPas, previstos nesta Resoluo.
[...]
Art. 5o Os fabricantes e importadores de pneus novos devero declarar ao IBAMA,numa periodicidade mxima de 01 (um) ano, por meio do CTF, a destinao adequa-da dos pneus inservveis estabelecida no art. 3o desta Resoluo.
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IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
Instruo Normativa n 1, de 18 de maro de 2010
[...]
Art. 1 Instituir, no mbito do IBAMA, os procedimentos necessrios ao cumprimen-to da Resoluo CONAMA n 416, de 30 de setembro de 2009, pelos fabricantes eimportadores de pneus novos, sobre coleta e destinao final de pneus inservveis.
[...]
Art. 6 A comprovao da destinao de pneumticos inservveis ser efetuada pe-los fabricantes e importadores de pneus no ato do preenchimento do Relatrio deComprovao de Destinao de Pneus Inservveis disponvel no CTF, contendo asseguintes informaes:
a) quantidade destinada, em peso;b) tipo de destinao;c) empresas responsveis pela destinao;d) quantidade de pneus inservveis, armazenados temporariamente, em lascas oupicados, quando couber;e) endereo da empresa responsvel pelo armazenamento;f) pontos de coleta.
[...]
Art. 11. No primeiro ano de vigncia desta instruo normativa, a periodicidade daprestao das informaes requeridas nos artigos 4, 5, 6 e 10 ser trimestral, como incio a partir do dia 31 de maro de 2010.
Pargrafo nico. As empresas tero at 30 (trinta) dias aps finalizao do perodopara prestar as informaes referidas no caput deste artigo.
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normatizao e Qualidade Industrial
Portaria n. 144, de 26 de maio de 2009*
OBJETIVO:
Estabelecer os critrios do Programa de Avaliao da Conformidade para o serviode reforma de pneus para automveis, camionetas, caminhonetes veculos comer-ciais, comerciais leves e seus rebocados, com foco na segurana, atravs do me-canismo de Declarao da Conformidade do Fornecedor, atendendo aos requisitosdo RTQ anexo a Portaria Inmetro n 227/2006 e RTQ anexo a Portaria Inmetro n272/2008, visando propiciar maior confiabilidade ao servio de reforma.
*A portaria 144 do INMETRO, ainda no publicada, dessa forma transcrevemos paraeste documento o OBJETIVO, que ele prev para a regulamentao da reforma depneus no Brasil.
ANOTAES
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