Saúde Mental Saúde Mental Infanto-Juvenil: Infanto-Juvenil: Reformulação e ações Reformulação e ações do CAPSi de Taboão da do CAPSi de Taboão da Serra/SP – 2º Serra/SP – 2º sem./2009 sem./2009 Psic. Me. Rodrigo Manoel Giovanetti Psic. Me. Rodrigo Manoel Giovanetti Coordenador do CAPSi Coordenador do CAPSi
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Minhas esperanças! Manuel Bandeira – Flores murchas
Ma Thiri Nanda, 7 anos, Myamna
Fonte: WHO (2001). Through children’s eyes. Geneva:WHO.
Simona, 9 anos, Lituânia
Fonte: WHO (2001). Through children’s eyes. Geneva:WHO.
Definição do CAPS infanto-juvenilDefinição do CAPS infanto-juvenil
• Portaria GM 3361 de fev/02– Atenção diária pertencente à rede SUS
• População infanto-juvenil• Transtornos mentais severos e persistentes - TMSP
– Programas públicos - SM infanto-juvenil– Organização da rede de atenção SM infanto-juvenil – Capacitação da atenção básica em SM infanto-juvenil
• Portaria GM 16082 de ago/04– Fórum Nacional sobre Saúde Mental da Infância e Juventude
• Estabelecer diretrizes nacionais para o ordenamento do campo da SM infanto-juvenil
1. Ministério da Saúde (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília:MS.2. Ministério da Saúde (2005). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil. Brasília: MS.
Recomendações do FórumRecomendações do Fórum
• Recomendação 01/20051
– Implantação imediata de ações desistitucionalizantes
– Responsabilidade do CAPSi em desenvolver ações de SM infanto-juvenil territorializadas
– Reestruturação da rede de atenção conforme as recomendações do Fórum
1. Ministério da Saúde (2005). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil. Brasília: MS.
Políticas de SM infanto-juvenilPolíticas de SM infanto-juvenil
• Princípios1
– Acolhimento universal– Encaminhamento implicado– Construção permanente de rede– Territorialização– Intersetorialidade nos cuidados
1. Ministério da Saúde (2005). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil. Brasília: MS.
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização• ParticipaSUS1
– Reafirma a humanização no SUS– Municípios devem apoiar o HumanizaSUS
• HumanizaSUS2
– Gestão participativa – diálogo entre profissionais– Racionalizar/adequar o uso de medicamentos– Eliminar ações intervencionistas desnecessárias– clínica ampliada
• compromisso com o sujeito e seu coletivo• estímulo a diferentes práticas terapêuticas• co-responsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no
processo de produção de saúde• Projetos terapêuticos construído entre técnicos e usuários
1. Ministério da saúde (2009). Política nacional de gestão estratégica e participativa no SUS: participaSUS. Brasília: MS.2. Ministério da Saúde (2004). HumanizaSUS: política nacional de humanização. Brasília: MS.
ReestruturaçãoReestruturação CAPSi - set/09CAPSi - set/09• Acolhimento universal (diário, das 10h às 15h)• Avaliação interdisciplinar com a equipe e o usuário/família• Formulação do diagnóstico e projeto terapêutico singular em
conjunto com o usuário/família• Oficinas terapêuticas interdisciplinares• Sistematização do projeto terapêutico e evolução dos casos• Formalização de terapeutas-referência para cada paciente• Referência municipal infanto-juvenil: matriciamento de serviços• Reestruturação e integração da equipe técnica – equipe gestora
co-responsável pelos processos técnicos do CAPSi• Definição de plano de acolhimento de urgências em saúde mental
• Capacitação em SM infanto-juvenil– Participação em cursos e eventos– Formação continuada: discussão coletiva de artigos
científicos e textos nas reuniões
• Gestão coletiva do CAPSi– Desenvolvimento coletivo do protocolo de
atendimento
• Integração dos saberes• Relações de trabalho horizontais• Participação nas decisões• Transparência nas informações
Protocolo de atendimento Protocolo de atendimento • Primeiro acolhimento• Encaminhamento assistido• Avaliação interdisciplinar• Formulação do projeto terapêutico• Atendimento com enfermagem• Grupos de adesão ao CAPSi• Oficinas terapêuticas interdisciplinares• Atendimentos clínicos diversos• Atendimento em urgências• Reavaliação da evolução clínica e projeto terapêutico• Grupo de alta assistida
– Perda de autonomia para cotidiano– Ausência de redes sociais de apoio– Dependência extrema de outras pessoas
• Reabilitação psicossocial como estratégia fundamental1,2
– Capacidade participativa na comunidade
• Como a equipe se articula frente a questão “PSICOSSOCIAL”?– Reuniões para discussão do papel do CAPSi articulado ao “PSICOSSOCIAL”– Concepções técnicas discutidas coletivamente e fundamentadas1,2,3
• Objetivo das intervenções– Produção de autonomia e ampliar habilidades– Mediação do social, cultural e individual – Fortalecer laços familiares– Participação coletiva– Solidariedade
1. Valladares, ACA et.al. (2003). Reabilitação psicossocial através das oficinas terapêuticas e/ou cooperativas sociais. Rev. El. Enferm., 5(1):4-9.2. Ministério da Saúde (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. BR:MS.3. Campos, RHF (org.) (2001). Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia. RJ: Vozes.
Indicadores EpidemiológicosIndicadores Epidemiológicos• População zero-19 anos
– Estimativa para TS (2009) n=80.0001
– Índice de transtornos mentais2 (ITM)= 10% a 12%• Est. ITM=8.000
– Índice de TMSP2 n=1% a 3% sobre ITM • Est. TMSP=240 casos
• Gestão de casos no CAPSi nov/09– Est. n= (intensivos/semi/ não intensivos)
1. Ministério da Saúde (2009). Demografia: município Taboão da Serra/SP. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/tabfusion/tabfusion.cfm [acessado 27/10/2009]
2. Ministério da Saúde (2004). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil. BR: MS.
Abrangência atual do CAPSiAbrangência atual do CAPSi• Média de pac/CAPSi BRA (2008)1 n=208• Média de pac/ CAPSi de TS out/09 n=230• Média de regimes/CAPSi BRA (2008) 1
– Intensivo n=10%– Semi-intensivo n=40%– Não intensivo n=50%
• Regimes CAPSi de TS nov/09– Intensivo n= 10%– Semi-intensivo n= 70%– Não intensivo n= 20%
1. Couto, MCV et al. (2008). A saúde mental infantil na saúde pública brasileira. Rev. Bra. Psiq. 30(4): 390-8.2. Ministério da Saúde (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. BR:MS.
Critérios para Transtornos Mentais Critérios para Transtornos Mentais Severos e PersistentesSeveros e Persistentes
• Quais casos são atendidos pelo CAPSi?• TMSP1
• Indicadores qualitativos nacionais e internacionais2
1. Evolução sintomatológica2. Prognóstico3. Rede de apoio social4. Autonomia
1. Ministério da Saúde (2004). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil . BR: MS.2. Cavalcanti, MT et al. (2009). Critérios de admissão e continuidade de cuidados em Centros de Atenção Psicossocial. Rev.
Saúde Pública, 43(supl.1):23-28.
Formulação coletiva da equipe sobre TMSPFormulação coletiva da equipe sobre TMSP
• Reuniões para discussão de TMSP• Apresentação de definição científica de TMSP• Articulação individual da definição• Formulação de painel de indicadores de TMSP• Organização e sistematização• Construção de artigo com os critérios de TMSP
• Portaria MS 1892 de novembro/1991– “Atividades grupais de socialização, expressão e inserção
social”
• Não é entretenimento, mas empowerment2
– Valorização do poder contratual nas instituições a que pertence– Valorização do poder relacional nos contatos interpessoais
• Construção das oficinas no CAPSi– Discussões de textos científicos– Reuniões para definição das OTI– Construção coletiva da equipe – saberes inter-relacionados– Engloba o trabalho com diversas habilidades e recursos psicossociais– Base para a formulação do projeto terapêutico singular
1. Ministério da Saúde (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília:MS.2. Valladares, ACA et.al. (2003). Reabilitação psicossocial através da oficinas terapêuticas e/ou cooperativas sociais. Ver.
El. Enferm., 5(1):4-9.
Características das OTICaracterísticas das OTI• Eixo terapêutico definido conforme idade• Duração: 2hs de atividades variadas2
• Três técnicos/oficina3 – 2 Nível superior + 1 auxiliar de enfermagem
• Grupais e abertas (5 a 15 usuários)• Não delimitadas por psicopatologias específicas• Pré-requisitos
– Idade– Habilidades específicas mínimas
1. Rappaport, C. R. et al. (1981). Psicologia do desenvolvimento. Sâo Paulo: EPU.2. Ministério da Saúde (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília:MS.3. Zimmermann. D. E. (2000). Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artmed.
Estrutura das OTIEstrutura das OTI• Oficinas de AVD e convivência
– Objetivos• Desenvolver recursos psicossociais de cuidados diários• Estimular consciência de si e corporal• Estimular contato afetivo e físico entre pais/filhos
– Diárias (seg. a sex. - 8h30 às 9h30 e 14h30 às 15h30)– Atividades físicas (alongamento/relaxamento)– Café da manhã/tarde– Higiene e cuidados maternos– Intervenções diretas na interação mães-crianças-técnicos– Micro-equipe