-
Uma nova Lei do inqUiLinato: veja o qUe mUdoU
www.condominioetc.com.br
OU
T N
OV
DEZ
201
1
ANO 14
Todo sndico l!
Assim como o corpo humano,
prdios necessitam de avaliao
peridica para manter a sade em dia
51
Quais so os planos para o seu condomnio em 2012?
Edifcio vivo
-
4 www.condominioetc.com.br
NEWTON MENDONAPresidente da CIPA
6
ENTREVISTA
22
mAN
uTENo
Pau
lo R
od
Rig
ues
15
mAN
uTENo
diRetoRia
presidente neWton mendona
Vice-presidente mRio mendona
diretora de condomnio, administrao e Finanas deBoRaH odena
mendona
diretora de locao, seguros e novos negcios
maRia teReSa mendona diaS
Uma publicao:
2011 - 57 anos
Rua Mxico, 41 - 2o andarCEP 20031-905Centro - Rio de
JaneiroTel.: [21] 2196-5000Fax: [21] 2533-2449
06 [cApA] Assim com o corpo humAno, prdios necessitAm de AvAliAo
peridicA pArA mAnter A sAde em diA
Cuidar da sade, ao longo da vida, pode assegurar uma velhice
mais tranquila. Mas no basta solucionar os problemas apenas no
momento em que eles aparecem, fundamental zelar pelo bem-estar
mesmo quando no h sinal aparente de doena. isto vale tambm para o
seu condomnio! leia o texto e entenda mais sobre o assunto.
Neste final de 2011, temos acompa-nhado uma espcie de limpeza
poltica do atual governo. Ministros e outros cargos importantes vm
sendo substitudos gra-as velha conhecida corrupo. Parece que nossa
presidente no est disposta a aceitar certos exageros.
Temos certeza de que realmente a hora de fazer essa limpeza, que
acontece logo no primeiro ano do governo dilma e mostra que ela est
disposta a trabalhar seriamente e a se dedicar totalmente ao
contnuo desenvolvimento do Brasil.
e 2012 pode ser um bom momento para livrar o pas dos perigos da
inflao, da falta de atitude poltica quanto sade e quanto educao.
hora de diminuir os gastos p-blicos e as barreiras para o
desenvolvimento social, econmico e estrutural do pas.
uma nova crise econmica ronda o mundo e faz algumas vtimas. hora
de todos fazermos o dever de casa e sermos sustentveis. e podemos
agir dessa forma em todos os aspectos.
No trabalho, em casa e at no condo-mnio. Rever atitudes que so
danosas para a sustentabilidade essencial para sobre-vivermos nesse
mundo de incertezas. No trabalho, procure sempre agir de maneira
positiva e busque a inovao. em casa, cul-tive o bom relacionamento,
pois a famlia uma ddiva que no deve ser perdida. No condomnio,
busque a boa convivncia, a reduo de custos e a otimizao dos
re-cursos. Pea a ajuda de sua administrado-ra para resolver as
questes do dia a dia condominial, afinal, trabalhamos para seu
bem-estar.
um 2012 de perspectiVas positiVas
-
OUT_NOV_DEZ 2011 5
Pau
lo R
od
Rig
ues
redao e ediovivien BeZeRRa de meLLo (mtb: 18731)
revisoandRea BivaR
FotografiaaRieL SUBiR
marketing e publicidadeSamY GRUBman (marketing@cipa.com.br)
colaboraram neste nmeromiLton de mendona teiXeiRaPaULo
FeRReiRaRaqUeL PinHeiRo LoUReiRoRenata FeRnandeSSteLLa maRiS C.
mendona
Conceitos e opinies em artigos assinados so de inteira
responsabilidade dos autores. A reproduo parcial ou total de
qualquer parte desta publicao permitida desde que seja citada a
fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A
empresa reserva-se ao direito de no aceitar publicidade sem
fundamentar motivao de recusa.
esta publicao est em conformidade com o acordo ortogrfico da
lngua Portuguesa, aprovado pelo decreto legislativo n 54, de 18 de
abril de 1995, e em vigor desde 1 de janeiro de 2009.
para anunciar liGue
2196-5176www.condominioetc.com.brrevista@condominioetc.com.br
18 mil exemplares
a segurana dos moradores est sempre entre as maiores preocupaes
dos sndicos. Por isso, treinamento dos funcionrios de portaria e
aquisio de equipamentos modernos so imprescindveis. Mesmo assim
crescente o nmero de gestores que tm buscado apoio na segurana
terceirizada. leia mais sobre este assunto.
78 [seGurAnA] pAz terceirizAdA
Consideradas apenas um lugar de passagem, as garagens
normalmente no recebem investimentos. No entanto, investir na
manuteno e organizao deste espao valoriza o condomnio e ajuda na
segurana, pois iluminao e sinalizao contribuem para evitar prejuzos
nos veculos, como pequenas batidas e amassos oriundos da movimentao
da garagem.
24 [mAnuteno] A GArAGem dos sonhos
entre outros cargos, Joo Fernandes presidente da Cofix, empresa
que oferece solues em estruturas de concreto para grandes
construtoras do Rio de Janeiro e inova nas reas tecnolgica, de
servios, de gesto e de pessoas. Nesta entrevista revista Condomnio
etc., Joo Fernandes nos ajuda a compreender o porqu dos percalos na
hora de empreender num pas com tantas possibilidades e
contradies.
70 [entrevistA] Aprendendo A empreender com Joo FernAndes
Profissionais movidos pelo af de dar uma vida melhor para a
famlia, muitas pessoas desembarcam no Rio de Janeiro cheias de
sonhos. alguns se realizam, outros, no. leia o texto e entenda o
que acontece com alguns dos milhares de nordestinos que chegam
cidade maravilhosa.
40 [comportAmento] histriAs de portAriA
azulejos que se soltam, moradores que no tomam uma ducha antes
de se banharem, gente que joga de canetinhas a pedra de gelo de
seus apartamentos, infiltraes e vazamentos que se espalham para
outras partes do condomnio. a vida do sndico de um edifcio com
piscina s vsperas do vero no fcil. se voc se identificou com alguma
coisa aqui, no deixe de ler esta matria!
28 [convivnciA] piscinA: horA de se prepArAr pArA o vero
ser sndico de um grande condomnio, enfrentar dificuldades,
responsabilidades e tarefas pode parecer impossvel. Pois saiba que
h sndicos experientes que tiram essas questes de letra e que
criaram estratgias para tornar fcil o que, primeira vista, parece
quase impossvel.
54 [condomnio] os bAstidores de um GrAnde condomnio
QuAis so os plAnos pArA o seu condomnio em 2012?Garanta um ano
novo tranquilo para o seu condomnio.38
-
6 www.condominioetc.com.br
Assim com o corpo humAno, prdios necessitAm de AvAliAo peridicA
pArA mAnter A sAde em diA
Cuidar da sade, ao longo da vida, pode assegurar uma velhice
mais tranquila. Mas no basta solucionar os problemas ape-nas no
momento em que eles aparecem, fundamental zelar pelo bem-estar
mesmo quando no h sinal aparente de doena. O que isso tem a ver com
seu condomnio? Tudo! Um edifcio como um corpo huma-no: necessita de
cuidado e manuteno constantes. Osso, pele, articulao, sistema
circulatrio... Pilar, fachada, viga, sistema hidrulico... Depois de
ler esta matria, voc nunca mais vai enxergar seu prdio como um
amontoado de concreto e ferragem.
sndicos e gestores prediais tm uma responsabilidade tripla: alm
da prpria sade, devem estar atentos sade do prdio e,
consequentemente, dos mo-radores. os pontos primordiais da
manu-teno de qualquer edificao so aqueles que expem a integridade
fsica dos usu-rios. o scio-gerente da QCa Consultoria, elimar de
souza Pereira, aponta: H que se atentar, principalmente, para a
parte es-trutural, as instalaes eltricas e os siste-mas de combate
a incndio. a observao e a correo de condies inseguras devem ser
realizadas com frequncia.
sndica do condomnio Bandeirante Capito domingos Rodrigues, na
Rua do-mingos Freire, Mier, Maria auxiliadora Ca-valcante Patrcio
no descuida da sade dos dois blocos, cada um deles com 15 andares,
num total de 144 apartamentos. inaugura-do h 30 anos, o
Bandeirante, que admi-nistrado pela CiPa, j deu sinais de cansao.
Para os parmetros humanos, pode parecer pouco tempo de vida, mas no
que diz res-peito engenharia, o prdio est entrando na terceira
idade. Quando assumi a funo, em 2009, coloquei como metas a reviso
do para-raios, a troca das bombas hidrulicas e
Edifcio vivoEdifcio vivo
CAPA
-
OUT_NOV_DEZ 2011 7
a sndica do Mier no a nica que se preocupa com o bolso. Contudo,
diferente de muitos gestores, ela no deixou para resolver os
problemas em cima da hora. Quando se fala em manu-teno predial, uma
postura preventiva tudo. at porque o gasto com grandes consertos
emergenciais pode ser muito mais caro do que os pequenos reparos ao
longo do tempo. Mas que itens de-vem ser priorizados? Para que
pontos os sndicos e empregados de condomnios devem dar mais
importncia?
segundo o engenheiro civil orlando sodr, facilitador do curso
Manuten-
o Predial do sindicato da Habitao do Rio (secovi Rio), o cuidado
com os elementos estruturais, que do susten-tao ao prdio, devem vir
em primeiro lugar. Pilares (estruturas verticais), vigas
(horizontais) e lajes so como nossos ossos e articulaes: permitem
ao corpo se manter de p. uma perna quebrada di muito, no mesmo?
acredite: um elemento estrutural deteriorado na edi-ficao ainda
mais grave, porque pe em risco todos os moradores.
depois das estruturas, sodr reco-menda prestar ateno na
alvenaria. Na escala de prioridades, as instalaes el-
a instalao de medidores individuais de gua, afirma a
gestora.
Para ela, manuteno predial coisa sria. alm de antigo, o prdio
bas-tante alto, ento o para-raios sempre esteve mais exposto ao do
tempo. Por isso era uma das prioridades. Com relao s bombas,
fizemos a substi-tuio das trs por duas de um modelo mais moderno, o
que gerou grande re-duo do consumo de energia eltrica, revela. Mas
os problemas do edifcio no estavam 100% resolvidos. as con-tas de
gua, cada vez mais elevadas, ligaram o sinal de alerta. No vero de
2010, a fatura da Cedae veio em R$ 35 mil. alm do desperdcio, o
sistema hi-drulico antigo gerava infiltraes em vrios apartamentos.
Verificamos todas
as unidades para encontrar os focos e fizemos pequenos
consertos. Conse-guimos reduzir um pouco a conta, mas o problema
persistiu, conta a sndica, que, com argumentos mais do que sli-dos,
conseguiu convencer os moradores de que a adaptao da edificao para
receber os hidrmetros individuais era a nica sada.
desde o trmino das obras, que durou um ano, o valor gasto com a
gua vem caindo ms a ms. No foi apenas uma ao de manuteno, mas tambm
um cuidado com relao preservao desse recurso natural to importante
e, claro, com o bolso de todos os moradores, re-fora Maria
auxiliadora.
TRATAMEnTos PRioRiTRios
A snDICA MArIA AUxIlIADOrA, DO MIer, se PreOCUPA, sObreTUDO, COM
O sIsTeMA hIDrUlICO nO COnDOMnIO, COM DOIs blOCOs e 144
APArTAMenTOs
leOnArDO lOUreIrO, DA CeG, OrIenTA: nAs reAs COMUns, O AbrIGO
DOs MeDIDOres Deve esTAr seMPre lIMPO e DesObsTrUDO
-
8 www.condominioetc.com.br
tricas e os para-raios, seguidos das instala-es hidrulica e de
gs e do equipamento de combate a incndio, vm logo aps. de-pois
disso, importante cuidar dos seguintes itens: elevadores,
revestimento, cobertura, reas impermeabilizveis, ar-condicionado e,
por fim, bombas e outras mquinas.
Pereira, da QCa Consultoria, comple-menta: em um segundo
momento, impor-tante considerar os pontos que podem expor o
condomnio a sanes legais, no s sob o aspecto da estrutura fsica e
suas instalaes, mas tambm no que tange documentao legal (Ria
Relatrio de inspeo anual de elevadores, certificado de
potabilidade, Car-to CNPJ etc.).
Quando se fala em manuteno pre-ventiva, uma postura ecolgica
tambm bem-vinda. sendo assim, no deixe de fora a inspeo dos itens
que possam ser foco de desperdcio e agresso ambiental. No fim da
lista ficam as intervenes relacio-nadas ao conforto e esttica. a
mesma lgica que deveramos utilizar para nosso corpo, no mesmo?
Primeiro a sade, de-pois a maquiagem, o penteado, o botox, a
cirurgia plstica...
ossos, TEndEs E ARTiCUlAEs
os elementos que do sustentao ao corpo podem ser comparados a
vigas, lajes, pilares e fundaes. Fiquem atentos, sndi-cos! orlando
sodr explica que as principais anomalias observadas nos sistemas
estru-turais de uma edificao so as fissuras, trincas, rachaduras e
fendas. elas variam pelo tipo de abertura, que podem ser pe-quenas
fissuras, de forma capilar, ou fendas
(maior abertura), com larguras superiores a 1,5 milmetro,
esclarece o especialista.
at parece osteoporose. assim como a falta de clcio, para os
humanos, nos pr-dios, essas anomalias podem ter diversas causas.
sodr cita algumas delas: acomo-dao da estrutura; ausncia de vergas
e contravergas (elementos estruturais para os vos de portas e
janelas); esmagamento de itens construtivos por diversas causas,
incluindo sobrecarga; rotao de elemen-tos; escorregamento de solo;
eroso e des-calamento de fundaes (recalque); fadi-ga, efeitos
trmicos, presena de vibraes.
Tudo isso parece muito complexo. e . Mas o sndico no precisa
comear a es-tudar engenharia s para lidar com esses problemas. o
ideal contratar, de tempos em tempos, empresas especializadas para
fazer uma anlise criteriosa. Primeiro, a contratada deve verificar
se o elemento es-trutural que est apresentando o problema est
submetido a algum agente externo, como gua, umidade excessiva,
cloretos, sulfatos etc., ou se est sofrendo um pro-cesso de
deteriorao progressiva.
Fundamental tambm observar se h estabilidade ou progresso do
problema. No menos importante identificar a magnitude da abertura
das fissuras ou trin-cas. Recomenda-se que em qualquer caso em que
sejam encontradas aberturas mais largas do que a espessura de uma
unha (0,5 mm), recorra-se a um profissional tcnico habilitado e
qualificado, alerta sodr.
Voc no vai querer procurar um mdi-co s quando seus ossos
estiverem fracos, correto? da mesma forma, o sndico deve ficar
atento preveno. Para edificaes novas (menos de 20 anos),
recomenda-se efetuar a primeira inspeo antes de se completarem os
primeiros cinco anos de
construo e, depois, uma a cada cinco anos. os prdios com tempo
de vida entre 20 e 50 anos devem ser inspecionados a cada trs anos.
Para as edificaes antigas (mais de 50 anos), o ideal que a
periodici-dade das avaliaes seja anual.
CREbRo E ClUlAs nERvosAs
um mundo de impulsos eltricos, o c-rebro humano o responsvel
pelo funcio-namento de todo o corpo. essa qualidade pode ser
atribuda ao sistema eltrico do condomnio, sem o qual nada funciona:
as bombas de gua da cisterna e da piscina, os elevadores, a
portaria e o porto da ga-ragem, as lmpadas das partes comuns e dos
corredores, a sinaleira, os eletrodoms-ticos presentes em cada
apartamento.
Nesse tema, uma das principais ques-tes, na opinio do engenheiro
eltrico Marco antnio da Rocha Torres, da senge-par, a sobrecarga
nos apartamentos. Na maioria dos condomnios, o sndico perde o
controle por no saber o que acontece em
OrlAnDO sODr, DO seCOvI rIO: Os snDICOs DeveM PresTAr ATenO,
PrInCIPAlMenTe, eM qUATrO POnTOs: esTrUTUrA, AlvenArIA, InsTAlAO
elTrICA e sIsTeMA hIDrUlICO
-
OUT_NOV_DEZ 2011 9
cada residncia. a concessionria, por sua vez, tambm no tem como
moni-torar. Nos prdios antigos, no dimen-sionados para a grande
quantidade de eletrodomsticos existente atualmente, o problema mais
latente, afirma Tor-res, que sugere campanhas de esclareci-mento
com cartazes em quadros de avi-so, elevadores e outras reas
comuns.
as pessoas precisam entender que a sobrecarga pode gerar
curtos-circui-tos e incndios, colocando em risco os moradores,
completa. Para esses casos, ele recomenda que o condmino ou
inquilino solicite aumento de carga concessionria (saC
0800-282-0120). orlando sodr ratifica que os problemas mais comuns
identificados nos sistemas eltricos so: falta de aterramento;
au-sncia ou inadequao da proteo de circuitos; surtos de tenso e
corrente nas redes de distribuio de energia.
ele cita ainda as descargas eltricas provocadas por raios e o
ataque de pra-gas e cupins aos quadros eltricos. Mo-dificaes
indevidas das instalaes el-tricas, que provocam acrscimo de carga e
potncia que sobrecarrega o sistema, bem como o uso de condutores
eltricos aparentes sem eletrodutos (condutes), em pequenas extenses
e com muitas emendas, tambm podem ser perigosos, diz o engenheiro
do secovi Rio.
Para manter tudo em ordem, sugere-se aterrar todas as instalaes
eltricas nas reas comuns e nos apartamentos (tomada,
ar-condicionado, micro-ondas, mquina de lavar, chuveiro eltrico
etc.), o que pode ser estimulado com campa-nhas de conscientizao. o
sndico deve contratar prestadores de servio qualifi-cados a fim de
verificar a condutividade dos fios e se o isolamento est sendo
feito dentro dos conformes. importan-te checar o aterramento junto
ao PC e
no utilizar disjuntores com capacidade maior que a do condutor
do circuito, orienta Torres, da sengepar, lembrando que a vistoria
no sistema eltrico precisa ser feita a cada dois anos.
a sndica Josephine Baroudi Verly no dorme no ponto. frente do
con-domnio Bandeirante Pedro lobo, na Rua santa alexandrina, Rio
Comprido, mantm a postos uma equipe de ma-nuteno composta por
funcionrios e profissionais autnomos que verificam mensalmente
todos os equipamentos e instalaes do edifcio de 13 andares e 130
apartamentos administrado pela CiPa. H quatro anos consecutivos no
cargo, Josephine atua diretamente na gesto do condomnio desde o ano
2000, quando exercia a funo de conselheira.
Com 30 anos de vida, o prdio j passou por muitos percalos. Por
isso, considero fundamental acompanhar tudo de perto, ratifica a
sndica, que, diante do recente aumento da conta de gua, resolveu
contratar um enge-nheiro para inspecionar as unidades em busca de
vazamentos. Fizemos todos os consertos necessrios, e o gasto mensal
mdio caiu de R$ 18 mil para R$ 11 mil, mas ainda no o ideal. Por
isso preten-do aprovar a instalao de medidores individuais,
afirma.
uma das obras mais importantes sob sua gesto foi a substituio,
em 2007, de todo o encanamento de fer-ro pelo de PVC, obra que
consumiu vultosos R$ 280 mil. No havia outra alternativa, estvamos
numa situao realmente complicada, garante a ges-tora, que conseguiu
reverter o dficit oramentrio e ainda criou um fundo de reserva para
emergncias.
No ano passado, o conserto das caixas de gordura do Condomnio
Ban-deirante custou mais R$ 32 mil. atual-
JOsePhIne, snDICA nO rIO COMPrIDO, COnTA COM O TrAbAlhO De UMA
eqUIPe De MAnUTenO qUe fIsCAlIzA MensAlMenTe TODO O COnDOMnIO
-
10 www.condominioetc.com.br
sobE E dEsCE ConsTAnTE
se o prdio o corpo humano, os apartamentos so os r-gos. e se os
apartamentos so alimentados diariamente pelos elevadores, ento, por
analogia, esses equipamentos poderiam ser considerados o sistema
digestivo da edificao. Fbio aranha, dire-tor da infolev, empresa da
rea de tecnologia para elevadores, com sede em so Paulo, ratifica
que os aparelhos so imprescindveis para a locomoo das pessoas,
especialmente das que possuem alguma limitao fsica.
da a importncia de mant-los atualizados tecnologicamente. Por se
tratar de transporte coletivo, obrigatrio o contrato de manuteno
com uma empresa cre-denciada pela prefeitura do Rio. essa firma no
precisa ser a fabricante, mas deve estar credenciada gerncia de
engenharia Mecnica (geM), da Rioluz. No caso de equipamento com
mais de 20 anos de uso, deve-se pensar na atualizao tecnolgica ou
em uma possvel modernizao, sem necessidade de troca por um elevador
novo, esclarece aranha.
as inspees preventivas tm que ser realizadas, no mnimo, a cada
30 dias, con-forme a lei municipal n 2.743/1999. Quanto atualizao
dos elevadores antigos, as recomendaes so determinadas pela norma
NBR 15.597, de 2008, da aBNT, completa. e para quem pensa que o
contrato de manuteno basta, ateno. a menos que seja avisado, o
tcnico responsvel pelo servio raramente faz uma verificao completa
nos botes que iluminam, nos gongos que tocam e no nivelamento em
cada piso. Cabe ao administrador fazer sua parte, anotando e
avisando sobre as pos-sveis discrepncias a serem corrigidas na
prxima visita da equipe de manuteno.
mente, a sndica est modernizando todo o sistema eltrico das
partes comuns. ufa! Cansa s de ler. Mas se voc pensa que pa-rou por
a, est enganado. Para 2012, Jose-phine pretende renovar a fachada
de pasti-lha cermica. a ltima interveno foi em 1996, s no mexemos
de novo porque a firma de manuteno confirmou que est tudo em
ordem.
sisTEMA sAngUnEo, CoRAo E PUlMEs
as veias e artrias que nos abastecem de sangue e outros fluidos
imprescindveis para a sobrevivncia bem que poderiam ser com-paradas
ao sistema hidrulico do edifcio, no ? as tubulaes levam a todos os
morado-res aquilo que um dos itens fundamentais: a gua. o sndico
deve olhar com bastante ateno para isso. orlando sodr alerta que h
muitos pontos a serem observados.
as ocorrncias mais comuns so a cor-roso de tubulaes de ferro
galvanizado e vazamentos e rupturas em razo de de-formaes
excessivas em tubulaes de PVC. a recomendao simples: substituir as
tubulaes antigas de ferro por novas, de material mais resistente
corroso. o dinheiro est curto? Pense bem se no vale a pena fazer um
esforo porque, no fim das contas, remendos frequentes podem
representar um custo ainda maior.
Responsvel por transferir a gua da cisterna para as caixas
superiores, as bom-bas hidrulicas so o corao do prdio. Para
Henrique Marin, da iguatemi equipa-mentos e servios, essa mquina um
das mais importantes da edificao. a inspe-o mensal fundamental para
evitar pre-juzos financeiros maiores, mas, mais que
isso, para evitar o custo humano, que as famlias ficarem sem
gua. imagine cuidar de um idoso ou de uma pessoa doente sem poder
dispor do produto?, enfatiza.
uma bomba hidrulica, se bem cuidada, pode durar de cinco a dez
anos. em 80% dos casos, ela para de funcionar graas a proble-mas
nos perifricos, principalmente na parte eltrica esclarece Marin,
acrescentando que o custo mensal da manuteno depende da quantidade
de bombas instaladas em um edifcio, mas fica na mdia de R$ 80 por
equipamento. agora se o equipamento es-tragar, o custo pode ser
mais salgado: um produto novo chega a custar R$ 2 mil.
se a gua o sangue que corre pelas veias do edifcio, o que dizer
do gs? Bem
que pode ser comparado com o oxignio que respiramos, certo? Por
isso o sistema de gs, pulmo da edificao, de extrema im-portncia. o
chefe do servio de assistncia Tcnica da Ceg, leonardo loureiro,
orienta: Nas reas comuns, o abrigo dos medidores deve estar sempre
limpo e desobstrudo. Para verificar se existem vazamentos, uma dica
simples: colocar sabo nas conexes e obser-var a formao de bolhas.
No utilize o Pi de gs (central e medidores) ou a central de glP
como depsito de material.
No Pi, cada um dos medidores dos apar-tamentos possui uma vlvula
de segurana. as mais antigas podem emperrar, perdendo, portanto, a
funo. preciso ficar ligado e entrar em contato com a Ceg, se for o
caso.
-
OUT_NOV_DEZ 2011 11
-
12 www.condominioetc.com.br
o diretor da Raio Brasil, Francis-co Coelho Cotta, afirma que a
nor-ma tcnica n 5.419/2005, da aBnt, deve nortear a instalao dos
para-raios. eis o primeiro ponto que o sndico deve considerar: um
projeto em conformidade com a norma ga-rante a reduo dos efeitos
nocivos dos raios, protegendo de forma mais eficaz as pessoas e as
edificaes. Recomendamos que a reviso do sistema seja feita
anualmente nos prdios prximos ao mar. Fora isso, pode ser feita a
cada trs anos, en-sina o empresrio que, h uma dca-da, atua no
segmento.
o uso do equipamento obriga-trio para prdios com mais de 30
metros de altura no estado do Rio, conforme o Cdigo de Segurana
contra incndios e Pnico (decreto estadual n 897/1976). nas revises,
o sndico recebe um laudo assinado
pelo responsvel tcnico da prestadora de servio. fundamental
arquivar com cuidado a anotao de Responsabilida-de tcnica (aRt),
para apresent-la s autoridades caso necessrio. o gestor da Raio
Brasil lembra que importante fazer a inspeo da ponteira e do
mas-tro, verificar se o cabo de descida (que liga a ponteira ao
solo, passando pela lateral do prdio) e seus isoladores es-to em
perfeito estado, bem como fa-zer a medio hmica e inspecionar o
aterramento.
o valor mdio dessa avaliao, para um prdio de at dez andares, de
R$ 500. acima dessa altura, cobram-se mais 10% a cada dois andares.
Certas reas da cidade, como Pavuna, Recreio e pontos prximos
avenida Presiden-te dutra, tm maior incidncia de raios, conforme
informao do instituto na-cional de Pesquisas espaciais (inpe),
complementa o diretor da Raio Brasil.
PRoTEo ConTRA RAiosa companhia realiza a troca das vlvulas
nessas condies, sem custo. em muitos edifcios, o duto de exausto
dos aparelhos a gs coletivo. Mas pode acontecer de algum morador
tamp-lo, o que gera acidentes. fundamental que o sndico observe
esse duto regularmente, mantendo-o completamente desobstrudo,
indica loureiro.
os cuidados no param por a. Quando o assunto gs, toda precauo
bem-vin-da. Nos apartamentos, os moradores tm que solicitar a uma
firma credenciada lim-peza e regulao do equipamento a cada dois
anos. sugerimos ao sndico comunicar aos moradores, sempre que
possvel, que os ambientes com aparelhos a gs devem ter ventilao
permanente. o basculante do banheiro, por exemplo, precisa ter um
parafuso que impea seu fechamento. a chamin tambm deve seguir todas
as nor-mas, que podem ser consultadas em nosso portal, orienta o
gestor da Ceg.
Fachada todo mundo v. Quanto mais bem conservada ela estiver,
melhor a im-presso causada nas pessoas. Como nossa pele, essa parte
da edificao requer cuida-dos constantes. expostas ao sol, poluio e
s intempries, as fachadas devem passar, no mximo a cada trs anos,
pelo teste de percusso, que determina se o revestimento da parede
est solto ou deteriorado. Tam-bm importante no esquecer o
ar-condi-cionado: os efeitos da maresia podem pro-vocar ferrugem
nos suportes dos aparelhos.
a defesa Civil alerta: os prdios necessi-tam de vistoria anual e
a manuteno precisa
ser feita a cada cinco por empresa habilita-da pelo Conselho
Regional de engenharia, arquitetura e agronomia (Crea-RJ). Michel
Fiad Jnior, diretor da altenge alternativa engenharia, orienta:
preciso prestar aten-o nos sinais. Para as fachadas revestidas de
pedra, como granito ou mrmore, trincas ou rachaduras sinalizam que
o ferro da estrutu-ra expandiu e est empurrando a pedra. ele lembra
que bastante comum haver infiltra-o dentro dos apartamentos causada
por m conservao de fachada. Normalmente, esse tipo de ocorrncia
indica a existncia de fissu-ras na alvenaria ou deficincia nos
rejuntes (se
o revestimento for de pedra ou pastilha). des-sa forma,
fundamental que o sndico fique atento a possveis reclamaes dos
moradores. importante lembrar que as construes situa-das em cidades
litorneas, principalmente na orla, esto mais vulnerveis.
os principais problemas relacionados maresia so as manchas de
umidade, bolor, fissuras, corroso de armaduras, destaca-mento de
revestimento cermico, tanto na fachada quanto nos ambientes
internos. a notcia boa que j existem recursos tc-nicos capazes de
coibir a degradao das estruturas construdas nesse ambiente.
A PElE do CondoMnio
-
OUT_NOV_DEZ 2011 13
PARA os MAis vElhos, CUidAdo REdobRAdo
AnAlisAndo As EMERgnCiAsse para o profissional tcnico da rea de
manuteno predial j difcil analisar
a criticidade ou a prioridade das providncias a serem tomadas
quanto s anomalias e incorrees construtivas em uma edificao,
imagine para o sndico. Para dar uma mozinha, o engenheiro orlando
sodr, do secovi Rio, criou um quadro que conside-ra trs parmetros
para essa anlise: a gravidade, a urgncia e a tendncia, cada um
deles com um grau e uma nota de classificao. Veja.
Grau nota GraVidade urGncia tendncia
mXimo 10Risco vida dos usurios,colapso da edificao,dano
ambiental grave
evoluo imediata
em ocorrncia
alto 8
Risco de ferimentos aos usurios, avaria no recupervel na
edificao, contaminao localizada
evoluo em curto prazo
a ocorrer
mdio 6insalubridade dos usurios, deteriorao elevada da
edificao,desperdcio dos recursos naturais
evoluo em mdio prazo
Prognstico para breve
BaiXo 3incmodo aos usurios,degradao da edificao, uso no racional
dos recursos naturais
evoluo em longo prazo
Prognstico para adiante
mnimo 1 depreciao imobiliria sem evoluo imprevisto
Servio
altenge (21) 2548-6318 www.altenge.com.br CeG 0800-024-7766
www.ceg.com.briguatemi Bombas (21) 2273-2243
www.iguatemibombas.com.brinfolev (11) 3383-1900
www.infolev.com.brqCa Consultoria (21) 2521-6917
www.qcasindicos.com.brRaio Brasil (21) 2581-5353
www.raiobrasil.com.brSecovi Rio (21) 2272-8000
www.secovirio.com.brSengepar (21) 3259-6246 www.sengepar.com.br
QuAis so os plAnos pArA o seu condomnio em 2012?Garanta um ano
novo tranquilo para o seu condomnio.38
depois de certa idade, o corpo d sinais de can-sao. o mesmo
serve para os edifcios. elimar de souza Pereira, da QCa
Consultoria, afirma que as edificaes com, pelo menos, trs dcadas de
vida podem apresentar cabeamento dos sistemas dete-riorado,
tubulaes hidrulicas de ferro e quadros de distribuio de luz e fora
obsoletos. os qua-dros devem sem ampliados para atender s novas
demandas, mas importante que os servios se-jam sempre realizados
por empresa habilitada pelo Crea-RJ. Todos esses defeitos geram
maior grau de exposio tanto sob a tica da segurana quanto sob a
tica da continuidade de fornecimento de gua, gs e energia eltrica,
orienta.
-
14 www.condominioetc.com.br
PAisAgisMo
Jardim dos sonhos
um bom proJeto pAisAGstico cAbe em QuAlQuer bolso ou espAo
seu prdio est bem. ele, no entanto, pede algo mais, clama por um
charme extra que pode ganhar com algumas plantas ou, quem sabe, um
jardim, que pode ocupar aquele espao do edifcio que anda meio sem
funo. e se voc tem alguma rea verde, mas ela hoje est parecendo um
matagal e a beleza de outrora deu lugar a um monte de mato cheio de
pragas e ervas daninhas? Mas e se seu prdio no tem espao, ainda
cabe pensar em algum projeto verde? e se o oramento do condomnio no
permite um projeto paisagstico de primeira?
algumas empresas especializadas em jardinagem e paisagismo
mostram que possvel criar reas verdes ou re-cuperar aquele cho de
terra batida que um dia j abrigou um reluzente grama-do de forma
criativa e, mais importante, que se adapte a qualquer oramento. alm
de embelezar o condomnio, pro-jetos verdes valorizam os imveis. um
bom motivo para sndicos e moradores pensarem no assunto.
Foi o caso de angelina Tender gui-mares, sndica do Condomnio
edifcio Tirreno, em laranjeiras. o edifcio, com 40 anos de
existncia, tinha amplas re-as comuns que precisavam ser tratadas e
revalorizadas, assim como os cinco canteiros grandes e o
playground. H cerca de trs meses, ela e os moradores decidiram
revitalizar e conservar esses locais, mas o desafio era o oramento.
Para o projeto no ficar muito caro, em conversa com a empresa
contratada, resolveu-se optar pelo uso de compo-sies com galhos,
troncos e bambus. o efeito ficou muito bonito. e o melhor que no
cobramos cota extra dos mora-dores, pois tambm tivemos a opo de
parcelar o pagamento, explica angelina.
outra que investiu no embeleza-
mento das reas verdes do prdio foi a sndica ana lcia andrade, do
Con-domnio edifcio Chartez, tambm em laranjeiras ningum cuidava
dessas reas h 20 anos. ela aproveitou que o prdio tinha reserva
financeira e decidiu recuperar esses locais. Para economi-zar, no
fez todos os jardins ao mesmo tempo. ainda parcelamos o pagamen-to.
Recomendo aos condomnios que tiverem alguma reserva em caixa para
investir nesses projetos, pois eles valori-zam o imvel. Tambm
decidimos fazer a manuteno dos jardins com a mes-ma firma que
contratamos, recomenda ana lcia, que aproveitou, ainda, para
modernizar a fachada do prdio.
J o Condomnio atlantis, na Barra da Tijuca, uniu o til ao
agradvel em uma s pessoa: antnio Nabor Fernandes Neto , alm de
sndico do prdio, jardi-neiro profissional. os moradores saram
ganhando. a reforma saiu barata, sem cota extra para os condminos.
alm do paisagismo, cuidei do revestimento do prdio. No d para fazer
um projeto paisagstico sem mexer na conservao do local. Por isso,
aproveitamos para pin-tar o prdio todo e trocar as pastilhas do
totem em frente ao prdio por granito. a fachada do edifcio no pode
estar feia. Para plantas e arranjos aparecerem, eles tm que ter um
fundo bonito para se destacarem, d a dica.
outro que colocou a mo na massa foi o sndico alexandre Martins
Men-des, do Condomnio Vivenda do gabinal. autodidata, resolveu
pesquisar e criar sozinho um projeto de jardinagem para o local
onde mora. Conseguiu, com pes-quisa de preo, criar uma pracinha e
um jardim na frente do prdio, alm de fa-zer a limpeza do excesso de
grama dos fundos, que ganharam um caminho feito
-
OUT_NOV_DEZ 2011 15
de pedras. possvel embelezar e valorizar o prdio sem gastar
muito, com certeza, atesta alexandre, que viveu anos em stio e
trabalha com artesanato.
as empresas especializadas concordam. e apesar de alexandre ter
criado o prprio jardim sem contratao de terceiros, ele poderia ter
recorrido tranquilamente a algumas empresas de paisagismo e
jardi-nagem que atestam: fazer a manuteno de reas verdes ou mesmo
criar um projeto paisagstico do zero no algo inalcan-vel; pode
caber em praticamente qualquer oramento e prdio, mesmo aqueles sem
muitas reas para trabalhar com esse tema. outra vantagem de
recorrer a essas empre-sas a garantia de trabalho feito por
pro-fissionais especializados, como agrnomos, bilogos e
paisagistas.
a paisagista Nanci santos, da Raphia Jardins, diz que faz um
trabalho de cons-cientizao e orientao com potenciais clientes de
que paisagismo no algo caro, segundo ela, um lugar-comum que inibe
a contratao do servio por muitos con-domnios. Nossa funo nos
adequar ao lema dos sndicos bom, bonito e acessvel financeiramente,
brinca Nanci. o clien-te tem que sentir que possvel realizar um
projeto paisagstico sem gastar tanto
assim. Quando me contatam, fao uma primeira visita ao prdio
acompanhada do sndico. ali mesmo, j vou dando algumas sugestes, mas
sempre atenta ao o que os condminos desejam, at porque a maioria no
tem muita ideia do que quer, explica.
Nanci faz uma varredura completa no edifcio. olha plantas, para
ver se precisam de podas, e o estado dos vasos, caso o pr-dio no
tenha tanta rea externa. se hou-ver gramado, ela verifica se h
necessidade de retirar capins e matinhos. a partir da, ela pode
elaborar um projeto paisagstico ou sugerir jardinagem, com a
manuteno do que j existe. a Raphia Jardins faz pro-jetos para
fachadas, muros, grades, cercas, paredes, entradas sociais,
caminhos em que usa elementos como pedras, bolachas de madeira e
seixos rolados e recorre a va-sos de diversos formatos e tamanhos
para embelezar espaos internos e externos. a manuteno, por exemplo,
no cara e acessvel a todos os tipos de jardim. ela pode ser feita
mensalmente ou de 15 em 15 dias. estou presente em todas as etapas
da manuteno, acompanhada por uma equipe de jardineiros experientes,
ao con-trrio de porteiros e outros funcionrios do condomnio, que
podem no ter o conhe-cimento adequado, diz Nanci, cuja em-
presa faz a manuteno por meio de poda, limpeza, adubagem,
extermnio de pragas, correo do nvel do solo e reposio de espcies. a
valorizao de um edifcio comea na apresentao do condomnio. Cuidar da
jardinagem e do paisagismo convidar as pessoas a entrar no prdio,
pois ele se torna mais atraente, conclui.
Quem tambm leva beleza para os pr-dios da cidade a unio ativista
defensora do Meio ambiente (uadema), oNg que se preocupa com a
preservao do meio am-biente e promove a sade e a educao. Fundada em
2000 por um grupo de pro-fessores e estudantes de biologia, uma
associao sem fins lucrativos certificada pelo Ministrio da Justia
como organiza-o da sociedade Civil de interesse Pblico (osCiP). Por
meio de convnios e parcerias, ela atua em projetos de cunho
socioam-biental preocupados com o desenvolvi-mento sustentvel.
Nossos servios de jardinagem tm um perfil voltado para a questo
ambiental, que trabalhamos sem-pre em conjunto com o sndico,
explica leandro Borges, presidente da oNg. a im-plantao de um
projeto paisagstico co-mea pelo solo. H determinadas reas em que
ele precisa ser corrigido. Parece algo custoso, mas no . Com um
solo pobre,
AnA lCIA AnDrADe refOrMOU As reAs verDes DO PrDIO qUe
esTAvAM
seM CUIDADO hAvIA 20 AnOs. e AGOrA vAI InvesTIr nA MAnUTenO
PerIDICA Desses lOCAIs
-
16 www.condominioetc.com.br
nada tem durabilidade. orientamos sempre o sndico para o que
seus olhos desconhecem. No adianta comprar uma bromlia linda em um
quiosque de flores porque, se for plantada em um lugar que no a
favorea, ela vai morrer e o sndico ter feito um mau negcio,
explica.
a uadema realiza manuteno, poda de rvore e arbusto, corte de
grama, apara de borda de canteiro, remoo de ervas daninha (monda),
adubao orgnica, limpeza dos jar-dins, correo de pH do solo e
replan-tio de plantas danificadas sempre que for necessrio. seus
servios utilizam adubos, inseticidas e produtos qui-micamente
biodegradveis. sempre agendamos visitas com a ida de um agrnomo
para conhecer o local. depois, enviamos para o sndico um oramento
detalhado, e ele pode op-tar pelo que precisar no momento.
adaptamos suas necessidades para a realidade financeira do
condomnio. Ressaltamos que importante tra-balhar a parte
paisagstica do prdio, que contribui para a valorizao do condomnio,
inclusive daqueles que
a paisagista Nanci santos d o passo a passo para quem deseja
implantar um servio de paisagismo no condomnio. Primeiro passo:
inicialmente, importante que
os sndicos deixem de ver o paisagismo como uma questo inacessvel
aos cofres do condomnio e que passem a enxerg-lo como um recurso
que pode, sim, com base em um projeto bom, bonito e acessvel
financeiramente, ajud-los a promover qualidade de vida no ambiente
em que vivem.
Segundo passo: estar convencido e convencer o grupo da
necessidade de um trabalho dessa natu-reza no condomnio.
terceiro passo: contatar profissionais da rea ca-pazes de
desenvolver projetos que no s atendam ao desejo de ter um espao
verde no condomnio, mas que garantam a funcionalidade da implanta-o
e esclaream a periodicidade da manuteno.
quarto passo: analisar custos do projeto, formas de pagamento,
execuo do servio, garantias etc.
quinto passo: investir, sem medo, no projeto es-colhido.
diCAs PARA iMPlAnTAR UM PRoJETo PAisAgsTiCo EM sEU PRdio
no tm tanta rea livre assim. uma opo, nesses casos, trabalhar
com jardins de inverno internos usando va-sos. Tudo possvel,
explica leandro.
Como a uadema uma organiza-o sem fins lucrativos, o dinheiro
ob-tido com o trabalho de jardinagem e paisagismo revertido para
fomentar os projetos de cunho social da oNg, como o Pasto apcola,
que consiste na qualificao tcnica de apiculto-res para que suas
prticas colaborem para a preservao do meio ambien-te, orientando-os
para que produzam mais e em melhor qualidade, com vistas ao aumento
da renda fami-liar. Tambm h as oficinas de PeT, em que se criam
vassouras e mveis, entre outros objetos e acessrios, com cer-das de
garrafa PeT. alm de embelezar e valorizar seu prdio, que tal
aprovei-tar para auxiliar uma boa causa?
servio: Raphia Jardins Tel.: 4102-6027
www.raphiajardins.com.brUadema defensores Ambientais Tel.:
3181-7900 | www.uadema.org.br
-
OUT_NOV_DEZ 2011 17
-
18 www.condominioetc.com.br
Preveno em altas doses no espere pArA trAtAr de insetos e prAGAs
QuAndo eles ApArecerem
Baratas, ratos, cupins, formigas. os ani-mais citados, apesar de
fazerem parte da natureza, deixam qualquer um de cabelo em p ao
aparecer em nossa frente. Mas no toa que, instintivamente, entramos
em pnico. Conhecidos como pragas ou insetos, alm do aspecto
repulsivo, podem transmitir doenas (da tambm serem chamados de
vetores), j que costumam viver em esgotos, lixeiras e reas
insalu-bres. No entanto, muita gente acaba cola-borando para sua
proliferao por falta de cuidado com a higiene.
MAnUTEno
em prdios e condomnios, a sujeira atrai e causa o surgimento de
pragas que podem se espalhar chegar aos aparta-mentos. Confuso
armada, a alternativa contratar uma firma especializada. No
entanto, especialistas e sndicos so un-nimes em recomendar que, em
vez de es-perar que o caos se instale no prdio, essencial que se
faam, alm da limpeza das reas comuns, dedetizao e desrati-zao
peridicas.
o que fazemos controlar a praga, pois ela jamais pode ser
exterminada. Ba-
ratas, por exemplo, podem vir transpor-tadas em embalagens de
supermercado. as maiores podem entrar nas residncias voando ou pelo
ralo, oriundas do esgoto. e o veneno no mata os ovos do inseto,
razo pela qual, s vezes, necessria uma segunda aplicao, j
contemplada na ga-rantia do servio, explica Kleber luiz Mi-randa
Tavares, da inset Net. Por isso mes-mo, preciso fazer o controle
peridico. Para baratas, de seis em seis meses; para ratos e
formigas, de trs em trs; j para o cupim, depende do tipo: de
madeira, de
PoR PAUlo FERREiRA
A snDICA MrCIA frAnCez De OlIveIrA, DO COnDOMnIO IGUAPe, MAnTM
As reAs COMUns DO PrDIO seMPre lIMPAs: PrevenO AO sUrGIMenTO De
InseTOs e rATOs
-
OUT_NOV_DEZ 2011 19
FINAN
CIAME
NTO
EM AT
40 M
ESES
Rua Barata Ribeiro, 463 sala 1003 - Copacabana - RJ
www.zaimer.com.br E-mail:: zaimer@zaimer.com.br
CONSTRUES REFORMAS MANUTENO PREDIAL
Restaurao e pintura de fachadas
Pinturas internas e externas
Impermeabilizao
Instalaes eltricas, hidrulicas e gs
Recuperao Estrutural
Telhados
Construes e reformas em geral
Projetos e consultoria
ZAIMERE N G E N H A R I A
(21) 2236-4913 | 7152-9320
CREDENCIADO
cinco em cinco anos; e para o de alvenaria, de dois em dois.
a periodicidade uma preocupao dos administradores do condomnio
Costa del sol, na Barra da Tijuca. o gerente Jai-me alves dos
santos diz que o combate a insetos e outras pragas uma preocupa-o
permanente. H dois anos, fazemos o combate mensal de baratas. e
garantimos que hoje no h reclamaes sobre insetos nos apartamentos,
uma vez que impedi-mos que elas cheguem s unidades ao de-detizar
com frequncia as reas comuns do condomnio, diz.
Tavares ressalta que a regularidade no combate a vetores e
pragas no pode ser apenas atrelada simples vontade dos condminos.
existem legislaes munici-pais, estaduais e federais que determinam
a realizao de combate a pragas urbanas por estabelecimentos
comerciais e residen-ciais. e elas devem ser respeitadas.
seguimos recomendaes do instituto estadual do ambiente (inea) e
da Vigilncia sanitria, diz. inclumos tambm em nos-sos servios a
limpeza e a desinfeco dos reservatrios de gua potvel, recomenda-das
por essas instituies.
a sndica Mrcia Francez de oliveira, do Condomnio iguape, em
Copacabana, uma que faz questo de seguir a lei. dire-tora da
associao de Moradores da Rua s Ferreira e adjacncia, ela conta que
sempre que faz dedetizao e desratizao no prdio articula tambm a
dedetizao do entorno com o servio de Controle de Vetores da
prefeitura do Rio. assim, con-
trolamos tambm o dimetro da atuao dos animais, uma vez que
baratas grandes e ratos vivem nos esgotos e podem entrar no prdio
mesmo com a dedetizao e a desratizao no local.
Mas no basta cuidar do combate peri-dico s pragas. Tambm
necessrio que o prdio esteja sempre limpo, com pouco espao para
insetos e ratos se prolifera-rem. Mrcia, por exemplo, mantm todas
as reas comuns do condomnio livres de qualquer lixo ou acmulo que
possa ser convidativo para pragas. evito acmulos, como sobras de
material de construo. sabe aquela reforma da qual sobram ma-deiras
e tijolos? Ratos e baratas adoram porque podem fazer ninhos nesses
locais. o que fazemos doar essas sobras para quem precisa. alm
disso, mantemos sem-pre lavadas a garagem e a lixeira, ensina.
Mesmo com todos esses cuidados, ain-da assim, impossvel
exterminar comple-tamente qualquer praga. Por isso, muito
importante tentar entender a natureza de cada uma delas e escolher
a melhor forma e poca para combat-la.
Baratas esto em todo lugar o ano in-teiro. e como elas so
pecilotrmicas, ou seja, seu organismo funciona de acordo com a
temperatura externa, quanto maior o calor, maior a quantidade.
ento, cuida-do com a chegada do vero. J os ratos frequentam os
condomnios principalmen-te se a circunvizinhana ruim, com muita
sujeira, explica Marcos Pires, da imuniser-vice. os cupins so um
transtorno maior por conta do prejuzo que causam em m-veis e na
prpria estrutura do imvel. ne-cessrio ficar de olho no perodo de
agosto a outubro, poca da revoada do inseto, que
A snDICA MrCIA frAnCez seMPre qUe fAz DeDeTIzAO e DesrATIzAO nO
PrDIO ArTICUlA TAMbM A De-DeTIzAO DO enTOrnO COM O servIO De
COnTrOle De veTOres DA PrefeITUrA DO rIO. AssIM, COnTrOlAMOs TAMbM
O DIMeTrO DA ATUAO DOs AnIMAIs, UMA vez qUe bArATAs GrAnDes e rATOs
vIveM nOs esGOTOs e
PODeM enTrAr nO PrDIO MesMO COM A DeDeTIzAO e A DesrATIzAO nO
lOCAl.
-
20 www.condominioetc.com.br
2502-52522502-5252 2563-93502563-9350||
ORAMENTO GRATUITO, SEM COMPROMISSO.
sac@imuniservice.com.br www.imuniservice.com.br|INE
A: U
N003116/5
5.6
1.2
1
LIGUE
HIGIENIZAO DE
RESERVATRIOS
HIGIENIZAO DE
RESERVATRIOS
ESSA EMPRESA PARTICIPANTE
DO PROGRAMA PROTEO BAYER
-
OUT_NOV_DEZ 2011 21
aproveita para se alojar nas residncias. e quais recursos as
empresas usam
para combater esses vetores? No faz muito tempo, era preciso
praticamente mudar de apartamento durante uma dedetizao. Hoje esse
tipo de movi-mento no mais necessrio. antiga-mente, havia produtos
que eram dilu-dos em querosene, recorda Pires. Hoje no. os produtos
so biodegradveis e muito mais seguros.
as baratas e as formigas, por exem-plo, so combatidas com gel e
p sem cheiro. J para mosquitos, a fumaa uti-lizada no costuma
agredir os humanos. e no necessrio desarrumar armrios e despensas.
insetos alados, como mos-quitos e pernilongos, so repelidos com a
utilizao de mquinas termonebu-lizadoras, que geram uma nvoa que
permanece em suspenso por alguns minutos, eliminando-os do local. e
um p larvicida evita a formao de larva de mosquito. Para eliminar
pulgas tra-zidas da rua na roupa das pessoas ou no pelo dos animais
, usa-se lquido em todo o ambiente com distncia de meio metro da
parede e uma segunda aplica-o 20 dias depois. e ratos so
combati-dos com mtodos variados de iscagens e armadilhas: caixas
porta-iscas, com chave, evitam que animais e crianas tenham contato
com o veneno. Nos ratos, o veneno faz efeito posterior-mente, pois,
como eles so canibais, de-voram o rato envenenado quando este
retorna para o ninho, contaminando todo o grupo, explica
Tavares. mais ou menos o raciocnio utilizado para as formigas, que
passam o alimento enve-nenado de boca em boca.
J combater cupins mais traba-lhoso. ainda h dvidas sobre a
melhor tcnica de exterminar essa praga. Cos-tuma-se fazer um
tratamento estrutu-ral, que contempla todas as unidades do
condomnio, em um contrato de 24 me-ses. as reas crticas so tratadas
para diminuir a quantidade de alimento e eli-minar os pontos de
entrada dos insetos.
Na hora de contratar uma empre-sa de dedetizao, certifique-se de
que ela registrada e segue a legislao ambiental. as boas empresas
do ramo tm uma equipe que inclui bilogos ou entomologistas, que so
os especialistas em inseto. informe-se sobre as tcnicas utilizadas
no combate a cada praga, para que sejam usados produtos corre-tos e
de baixa toxicidade. depois, s ir luta para manter seu condomnio
livre de pragas de qualquer tipo, que tiram a paz e,
principalmente, a sade dos moradores.
nO bAsTA CUIDAr DO COMbATe PerIDICO s PrAGAs. TAMbM neCessrIO
qUe O PrDIO esTeJA seMPre lIMPO, COM POUCO esPAO PArA InseTOs e
rATOs se PrOlIferAreM
-
22 www.condominioetc.com.br
bArAtAs de esGoto: os adultos so ala-dos, de colorao marrom
avermelhada com manchas amarelas no pronoto (placa dorsal do
inseto). o ciclo mdio de vida (do ovo fase adulta, em dias) de 165
a 800, com mdia de 600, sendo a temperatura o prin-cipal fator de
variao: a 29 C, uma fmea vive cerca de 225 dias e um macho, 200
(va-riando ambos de 90 a 700 dias). Costumam ser encontrados em
tubulaes subterrne-as, como fiao eltrica e telefnica, esgoto,
aterramento, painis e pores. geralmente habitam locais midos e
escuros.
bArAtAs de cozinhA: os adultos so de colorao marrom amarelada,
com desta-que para duas manchas longitudinais escu-ras, finas e
paralelas no pronoto (nas fme-as elas so mais escuras). No voam. o
ciclo mdio de vida (do ovo fase adulta, em dias): 54 a 215, com
mdia de 103. longe-
vidade dos adultos (dias): 150. geralmente desenvolvem de trs a
quatro geraes por ano. so encontradas em canaletas de fia-o eltrica
suspensas, motores, painis el-tricos, revestimento de fornos,
equipamento e paredes, forros falsos, frestas, fendas, pon-tos com
vapor. Prefere locais quentes e que apresentem disponibilidade de
gua.
cupins: esses animais vivem em colnias, que podem estar situadas
no solo, em ma-deiras ou suspensas em rvores. Na colnia podem
existir indivduos com e sem asas, e os alados surgem em
determinadas po-cas e recebem o nome popular de siriris ou
aleluias. estes saem da colnia para formar novos cupinzeiros.
Cupins alados podem ser facilmente diferenciados de formigas
ala-das, pois aqueles tm os dois pares de asas iguais e as formigas
apresentam o segundo par claramente menor. Todos os cupins se
alimentam de celulose, que encontrada, principalmente, em madeiras,
mas tambm em papel, papelo etc. os reprodutores tm uma revoada por
ano, normalmente entre agosto e outubro, quando inicia a prima-vera
e aumenta a umidade. entre as mais de 2 mil espcies existentes, trs
so mais comuns: cupim de madeira seca, cupim de subterrneo e cupim
de montculo.
FormiGA-doceirA: as operrias variam de 1,5 a 2 mm de
comprimento. originria das regies tropicais do continente
africano,
essa formiga foi levada acidentalmente para os outros pases pelo
comrcio e, atualmen-te, se encontra largamente disseminada. as
colnias podem ser grandes e com vrias rainhas. alimenta-se de
substncias adoci-cadas, mas atrada por alimentos gorduro-sos. os
insetos tambm fazem parte de sua dieta. Pode ser encontrada dentro
e fora das construes. Habitam frestas de paredes e caladas, atrs de
pias e tanques de lavar roupas, sob rodaps e pisos. seus ninhos
podem ser encontrados em aparelhos ele-trnicos. so muito comuns em
hospitais, principalmente nos pases de clima tem-perado. Podem
carregar vrias espcies de bactrias em seu corpo. Ninhos dessa
esp-cie j foram encontrados dentro de lenis dobrados
recm-esterilizados em hospitais.
Conhea alguns dos principais tipos de praga
alguns animais se adaptaram bem ma-lha urbana e vivem entre os
humanos, nos esgotos, nas lixeiras e, claro, nas re-sidncias e em
lugares onde podem obter alimento. H uma incrvel diversidade de
seres: carrapatos, lacraias, aranhas e at escorpio esto no elenco
daqueles que, vez em quando, tiram a paz dos moradores das cidades.
Mas imbatveis mesmo so as baratas, as formigas, os ratos e os
cupins. a seguir, obtenha mais informaes sobre eles e a forma de
combat-los.
fonte: Imuniservice
-
OUT_NOV_DEZ 2011 23
rAtos: os roedores so mamferos da ordem Rodentia, da famlia
Muridae. Tem como caracterstica principal a presena de dentes
incisivos fortes, com crescimento contnuo, usados para roer. entre
os tipos urbanos mais conhecidos esto o camun-dongo, o rato de
telhado e a ratazana. Por se tratarem de animais de hbito noturno,
os ratos tm viso pouco especializada, com alta sensibilidade luz.
distinguem formas e movimentos em luz fraca at dez metros de
distncia. No veem em cor e a maioria das cores apresenta
tonalidades de cinza. No entanto, esses animais tm paladar apurado,
de modo que no con-somem alimentos estragados e so capa-zes de
detectar pequenas quantidades de substncias desagradveis na comida.
essa caracterstica responsvel pela no acei-tao de algumas iscas
raticidas. entre as principais doenas transmitidas ao homem pelos
ratos esto o tifo murino, a salmone-lose, a leptospirose, a peste
bubnica e o hantavrus, transmitido atravs da urina e das fezes do
roedor misturadas poeira.
servio: inset net 2233-2626imuniservice 2502-5252
nO COnDOMnIO IGUAPe A snDICA MrCIA fAz qUesTO qUe TODAs As reAs
COMUns esTeJAM lIvres De qUAlqUer lIxO OU ACMUlO qUe POssA ser
COnvIDATIvO PArA PrAGAs
QuAis so os plAnos pArA o seu condomnio em 2012?Garanta um ano
novo tranquilo para o seu condomnio.38
-
24 www.condominioetc.com.br
MAnUTEno
A garagem dos sonhos
como deixAr o pAtinho Feio do prdio mAis seGuro e bonito
Na hora de uma reforma, sndicos e condminos sempre pensam em
valorizar as reas comuns que mais frequentam, como o playground, o
jardim, a quadra de esportes ou o entorno da piscina. Mas em algum
lugar obscuro do prdio, resta ga-ragem a desateno dos moradores.
Con-sideradas apenas um lugar de passagem e guarda de carros e,
afinal, como ningum curte no local, as garagens permanecem, muitas
vezes, desprezadas. No h a me-nor preocupao na manuteno do espa-o,
sequer mo de tinta. No entanto, o que muita gente no sabe que
investir na ma-nuteno e organizao da garagem no
apenas uma maneira de valorizar o condom-nio, mas tambm uma
questo de segurana, pois um espao bem iluminado e sinalizado
contribui para evitar prejuzos nos veculos, como pequenas batidas e
amassos oriundos da movimentao da garagem.
Foi pensando nisso que o condomnio edifcio Novecentos, em so
Conrado, in-vestiu num upgrade da garagem. a refor-ma deu trabalho
e durou cerca de cinco anos envolveu pintura, colocao de piso com
revestimento de epxi (produto fcil de lavar e que aumenta a
durabilidade e a resistncia a impactos), curvas antiderra-pantes,
sinalizao e demarcao de vagas
e iluminao fria. o resultado: a garagem tornou-se motivo de
orgulho dos mora-dores. e mais: a garagem agora nosso carto de
visitas! antes da reforma, ela estava literalmente esfarelando, com
piso e paredes desgastados, explica a supervi-sora do condomnio
Carlota Costa. Hoje, ela est linda, bem mais clara. e o melhor:
quando algum proprietrio quer vender o apartamento aqui, comea a
visita pelo prdio mostrando a garagem logo de cara para o
interessado.
Como mostraram os moradores do edi-fcio Novecentos, tratar a
garagem como qualquer outra rea comum do prdio,
PoR PAUlo FERREiRA
A garagem dos sonhos
-
OUT_NOV_DEZ 2011 25
ou seja, valoriz-la, pode trazer muitas vantagens para o
condomnio. Marcelo leite, diretor da Kle, empresa especiali-zada em
acessrios e equipamento para grandes empreendimentos e para
sinali-zao de trnsito, diz que, alm da valori-zao em si, uma ateno
especial a essa rea do prdio essencial para garantir a segurana dos
moradores e a integridade dos veculos. muito importante atentar
para a reforma de alvenaria, pisos, pare-des e tetos, tornando-a
mais clara para facilitar a circulao. as tintas ajudam, pois o
aproveitamento da luminosidade maior com as paredes brancas. Tambm
se pode optar pelo piso cinza em vez do preto e as marcaes em
amarelo. Bar-ras laterais nas cores cinza e amarelo, na parte
inferior, e branca, na parte de cima, ajudam muito, explica leite,
dando solu-es simples para aumentar a claridade e a sensao de
segurana.
em termos de acessrios, leite in-dica alguns dos mais utilizados
atual-mente, que evitam dor de cabea na hora de manobrar o carro na
garagem, o que, muitas vezes, acaba resultando em amassados e
arranhes no autom-vel: Tm sido usadas cantoneiras de eVa, um
material emborrachado pare-cido com o usado nas sandlias
Havaia-nas. elas evitam choque e pancadas na lataria, funcionando
como amortecedor ao serem instaladas nas colunas. Muitos
prdios j esto sendo construdos com cantoneiras. alm disso, eles
tambm vm com amortecedores de estaciona-mento e manta asfltica
feita de mate-rial impermeabilizante para ser aplicada na entrada
de garagens e na subida de rampa, enumera. o que tem aconte-cido
que as garagens esto cada vez menores e os carros, bem maiores,
au-mentando a possibilidade de acidente. a ideia suprir essa
deficincia de es-pao com uma garagem mais segura.
Como se v, o piso pode ser con-siderado um dos mais importantes
elementos da garagem. o engenheiro Ricardo Barbosa, responsvel pela
rea tcnica e comercial da Piso Plano, em-presa que atende
condomnios e gran-des empreendimentos comerciais, reco-menda que em
uma rea com grande circulao de veculos seja usado piso especial: o
substrato de cimento do piso permevel e permite que fluidos e leos
penetrem em sua porosidade, deixando-o esteticamente feio. ao se
usar um revestimento resinado, o piso fica impermevel, o que impede
o vaza-mento de lquidos para o cimento. esse revestimento tambm
evita a formao de poeira, que acaba entrando nos car-ros, o que uma
vantagem para os pro-prietrios, pois, com o tempo, esse ac-mulo de
p acaba causando prejuzo ao veculo e despesa para o dono.
CArlOTA COsTA, sUPervIsOrA DO eDIfCIO nOvenCenTOs: DePOIs DA
refOrMA, A GArAGeM se TOrnOU CArTO De vIsITAs DO COnDOMnIO
-
26 www.condominioetc.com.br
ainda no quesito economia, Barbosa chama a ateno para outra
vantagem do revestimento resinado. Como o piso se torna impermevel,
fica muito mais fcil e rpido limpar a superfcie. assim, o condomnio
gasta menos com produtos de limpeza, ensina o profissional da Piso
Plano que tem know-how no atendimento de grandes empreendimentos,
como sho-pping centers. Por sinal, procurar empresas que atendem
locais com intensa movimen-tao de veculos uma dica importante para
os condminos que querem ter em seu prdio uma garagem profissional,
com to-das as caractersticas de um bom estaciona-mento de grandes
estabelecimentos.
especialistas tambm chamam a aten-o para a boa organizao da
garagem. Boa disposio gera beleza, e uma sinali-zao eficiente um
excelente indicativo de ordem. bom marcar a rua numa cor e as vagas
em outra, pois facilita a viso do usurio. o uso de faixas e outros
recursos de sinalizao tambm ajuda a otimizar a ocupao dos espaos,
aconselha Bar-bosa. Podem ser utilizados vrios itens para
sinalizao. um deles o elastmero,
outros acessrios que podem tornar a ga-ragem motivo de orgulho
para o morador e trazer um pouco mais de charme para o lo-cal so os
bicicletrios verticais, que tam-bm ajudam a otimizar o espao, e
trava para carrinhos de compras, que, soltos pela garagem, oferecem
um risco extra para o motorista. Bicicletas espalhadas no ficam bem
na garagem. elas podem ser acomodadas nos bicicletrios. No caso do
carrinho de compras, utiliza-se um sistema de carto personalizado,
com o nome do condomnio e o nmero do apartamento e bloco. o carto
introduzido na trava s ser liberado quando o carrinho for devolvido
a seu lugar. assim, fica-se sabendo, inclusive, qual morador est
usando o carrinho naque-le momento, explica leite. e defende:
To-mando essas medidas, que no so to caras quanto se pensa, sua
garagem ficar muito mais organizada, segura e bonita.
um polmero que apresenta propriedades elsticas e serve para
demarcar vagas, pois possui microesferas de vidro em sua com-posio,
que geram um efeito reflexivo. ele funciona bem no lugar da tinta e
delimi-ta, por exemplo, o permetro e o nmero da vaga. Tambm pode
ser aplicado em paredes, explica leite. Para vagas de ca-deirantes,
pode-se lanar mo do elast-mero com desenho em azul. alm disso, h
centenas de tipos de placa, e costumamos fornecer algumas
gratuitamente para in-centivar seu uso nos condomnios.
outro quesito a iluminao. alm das lmpadas frias, utilizar
sensores de presen-a e luz vigia tima opo para economi-zar energia.
os moradores do condomnio Chatau dannet, no leblon, que o digam: No
se pode gastar luz toa em garagens, uma vez que o movimento durante
o dia muito fraco. o entra e sai maior sem-pre pela manh e no final
do dia, depois das cinco horas, quando as pessoas voltam para casa,
conta a sndica leda alencar. Tambm fazemos manuteno peridica, com
pintura, pois a combusto dos esca-pamentos dos carros suja as
paredes.
Servio
Kle 2622-2769Piso Plano 2441-1055
-
OUT_NOV_DEZ 2011 27
GaraGem mais seGura e BonitaConhea alguns acessrios que
proporcionam segurana e beleza para garagens
sensor de presena: ideal para a economia de energia. espeto
antipombos: evita que esses pssaros entrem na garagem e
atrapalhem o motorista. Balizador luminoso: indicado para todo
tipo de acesso. protetor de parede e coluna cilndrica: evita
arranhes e amassados
na lataria dos veculos. limitador de vaga: orienta o usurio na
hora de estabelecer os limites
da vaga. tacha para quebra-molas: auxilia no controle de
velocidade. amortecedor de estacionamento: evita choque de veculos.
cones: auxilia na orientao interna e externa da garagem.
QuAis so os plAnos pArA o seu condomnio em 2012?Garanta um ano
novo tranquilo para o seu condomnio.38
comportamento em garagensa meia luz de muitas garagens o
ambiente perfeito para que muitos
vizinhos se atritem e revelem seu lado B. se no estamos falando
das va-gas sorteadas, certamente estamos falando daqueles que
circulam em alta velocidade ou daqueles que buzinam
desnecessariamente. ou quem sabe daqueles que ouvem seu som s
alturas enquanto limpam seu carro? No poderamos deixar tambm de
mencionar aqueles que param seus carros fora da vaga impedindo que
algum use a vaga ao lado.
enfim, poderamos relacionar uma srie de eventos muito comuns e
pou-co dignos que acontecem rotineiramente em diversos condomnios
cariocas.
agora fica a pergunta que no quer calar: onde se esconde aquela
sim-patia e educao que uma grande maioria diz ter num momento
desses? Para melhorar a vida condominial, h que se abrir mo de
alguns hbitos que podem incomodar os vizinhos.
o bom senso sempre o melhor conselheiro.
OpinioPoR viviEn bEzERRA dE MEllo
-
28 www.condominioetc.com.br
ConvivnCiAPoR RAqUEl PinhEiRo loUREiRo
hora de se preparar para o veroreFormA, limpezA e orGAnizAo
deixAm A disputAdA reA de lAzer prontA pArA os meses mAis Quentes
do Ano
azulejos que se soltam. Moradores que insistem em no tomar uma
ducha antes de se banharem. gente que joga de canetinhas a pedra de
gelo de seus apartamentos, mirando com preciso guas at ento
lim-pas. infiltraes e vazamentos que se espalham para outras partes
do condomnio. Mveis que precisam de reparo. a vida do sndico de um
edifcio com piscina s vsperas do vero no fcil. alm de ter de
cui-dar para que a parte fsica esteja em ordem para a chegada dos
dias mais quentes, eles ainda tm de administrar a convivncia entre
os moradores nessa rea de lazer to disputada. Mas se preciso fazer
mudanas, que elas ocorram antes que os problemas se agravem.
Piscinast
ock.
XCH
Ng
-
OUT_NOV_DEZ 2011 29
sndica do edifcio Masaccio, que faz parte do Condomnio Novo
leblon, um dos maiores da amrica latina, Maria luza Rohrer no teve
dvidas: em dezembro de 2010, comeou a obra de impermeabiliza-o do
playground, uma rea com mais de 4 mil metros quadrados que abrange
o par-que aqutico, com duas piscinas, o play-ground propriamente
dito, churrasqueira e salo de festas. a rea do play foi
inte-gralmente modernizada, com impermea-bilizao, troca do
revestimento de pedra portuguesa por porcelanato, tratamento das
juntas de dilatao, substituio de toda a parte hidrulica e eltrica.
No caso das piscinas, a estrutura delas apresentava problemas, como
o revestimento imper-meabilizante deteriorado, o que ocasiona-va
azulejos soltos e quebrados, queda de rejunte e substancial perda
diria de gua. Todo o encanamento estava obsoleto e solto em muitos
lugares, e o tnel lateral que d acesso ao complexo hidrulico teve
que ser reaberto. at o muro que circunda a rea teve que ser
reforado e cintas de sustentao foram construdas.
Reformas podem ser uma boa oportu-nidade de modernizar o visual
da piscina, investir em equipamentos melhores e fazer as mudanas
necessrias para atender legislao. No Masaccio, a piscina ganhou
azulejos modernos e apropriados ao local, a antiga escada foi
substituda por uma de concreto e granito, com corrimo, segundo as
normas da aBNT, e o gradil de ferro que separa a rea da piscina do
play foi troca-do por um de alumnio. alm disso, foram feitos
investimentos em maquinrio melhor e que atenda s normas de segurana
vi-gentes. obra sempre assusta os moradores
MArIA lUzA rOhrer, DO eDIfCIO MAsACCIO: PIsCInA feChADA POr
Meses PArA refOrMA
Piscina
por causa das cotas extras, mas as pessoas acabam entendendo
que, alm de evitar complicaes mais graves, a reforma va-loriza o
patrimnio, diz a sndica de 160 apartamentos distribudos em dois
blocos, lembrando que, em razo do vazamento da piscina, ocorria uma
perda de dois a trs dedos de altura de gua por dia. Trata-se de um
servio caro e desgastante, mas, em nosso caso, tnhamos problemas
que preci-savam de conserto. as administraes ante-riores j tinham
feito estudos de mudanas nas reas de lazer. Foram realizados vrios
reparos ao longo dos anos, mas era preciso uma reforma mais ampla,
j que o prdio dos anos 1970, explica Maria luza.
Fundador e diretor da Piscinas Jo, Clvis Rgo Monteiro Filho
lembra que a vistoria constante, feita por empresas
es-pecializadas, pode evitar despesas extras para os moradores. um
filtro que funciona direito, uma bomba em ordem, o profissio-nal
treinado para medir o PH da gua so fundamentais para evitar custos
inespera-
dos. Pequenos problemas podem ser iden-tificados facilmente,
evitando-se que vi-rem grandes transtornos, diz Clvis. Com a
bagagem de quem est h mais de 40 anos no mercado, ele aconselha
sndicos a estocarem azulejos e pastilhas usadas na reforma de suas
piscinas. isso porque, com o tempo, os modelos saem de circulao e
pode ser necessrio recorrer a cemitrios de azulejos para encontrar
itens iguais aos originais. uma pea ou duas so fceis de achar, mas,
s vezes, precisamos de 300 para trocar os azulejos que esto soltos,
exemplifica Clvis, lembrando que mesmo quando se trata dos
tradicionais azulejos brancos, h diferenas entre os antigos e os
novos. antigamente, eles eram mesmo 15 por 15 centmetros exatos.
Hoje, so 15,2 ou 15,3. essa variao atrapalha o que poderia ser um
servio simples, j que azu-lejos soltos, mesmo no fundo da piscina,
podem ser trocados por mergulhadores, sem que haja necessidade de
esvaziar o local, diz.
-
30 www.condominioetc.com.br
convivnciAZonas sul, Norte, oeste: em todos os
cantos da cidade, a briga mais antiga en-tre moradores e sndicos
quanto ao uso do filtro solar. o produto, que hoje usado ainda com
mais frequncia graas rela-o entre cncer de pele e sol, gorduroso e
acaba grudando na borda da piscina, for-mando uma espcie de nata,
que tambm pode ir para os filtros. a recomendao uma boa ducha antes
de entrar na piscina, o que tambm nem sempre cumprido. Nesse caso,
uma plaquinha na entrada da piscina e uma circular para reforar a
ne-cessidade da chuveirada podem ajudar.
outro probleminha que os sndicos cos-tumam enfrentar a questo
dos visitan-tes e convidados. Muitas vezes, o nmero de pessoas de
fora que pode frequentar
e AGorA, sr. sndico?Canetinhas, pedras de gelo, brinque-
dos. No h limites para o que condminos irresponsveis jogam do
alto de seus apar-tamentos nas piscinas dos edifcios. Na melhor das
hipteses, o resultado sujeira, a interdio do local at que seja
limpo e, dependendo do produto arremessado, a necessidade de at
trocar a gua. Mas o pior cenrio inclui pessoas machucadas e a
possibilidade de o condomnio ser respon-sabilizado por leso
corporal. o que fazer quando est difcil controlar a situao?
segundo Marcus Malta, assessor de condomnio da CiPa, registrar o
ocorrido no livro de reclamaes do edifcio o pri-meiro passo. Muitas
vezes, as pessoas no querem se envolver com medo de criar um clima
chato com outros moradores, mas aqueles que conseguem identificar
de qual unidade foi jogado o objeto na piscina ou at mesmo quem foi
o responsvel pelo ato devem comunicar isso, diz Malta. Com essa
informao, o sndico pode conver-sar e tentar resolver o problema,
sempre levando em conta o que o regulamento
A leGislAoPara que a administrao dessa rea
to disputada ocorra da forma mais tran-quila possvel, o sndico
deve estar ciente da legislao que regula o uso das piscinas. o
decreto estadual 4.447/1981 e a lei es-tadual 3.728/2001 regulam a
presena do guardio de piscina (que deve ser habili-tado pelo
grupamento Martimo do Corpo de Bombeiros e obrigatrio em piscinas
com mais de 36 metros quadrados) e o controle das condies da gua e
manu-teno do equipamento. J a lei estadual 5.837/2010, que entrou
em vigor em no-vembro ltimo, determinou a colocao de dispositivos
para interromper o processo de suco em piscinas, alm de estipular
que as piscinas novas devero ter, alm do dis-positivo proposto,
bombas de suco que interrompam o processo automaticamente sempre
que o ralo se encontrar obstrudo. Vale lembrar que o no cumprimento
das
normas passvel de sanes, j que elas so obrigatrias e
fiscalizadas.
a piscina determinado nos estatutos do condomnio, em conveno,
mas o bom senso tambm um guia quando se trata de convivncia. No
Masaccio, familiares e convidados eventuais dos condminos fazem uso
da piscina, desde que estejam em pequeno nmero. J os convidados de
um churrasco ou festa no tm o acesso permitido. Foi uma deciso
tomada em as-sembleia, diz Maria luza Rohrer.
stoc
k.XC
HN
g
-
OUT_NOV_DEZ 2011 31
do condomnio determina. o guardio da piscina e os demais
funcionrios tambm devem ficar atentos, e o sndico pode, e deve,
fazer uma circular na qual solicite que os condminos fiquem alertas
e de-nunciem irregularidades. uma conversa na assembleia de
condomnio tambm ajuda a conscientizar todos dos perigos a que ficam
sujeitos em razo de atos de vanda-lismo praticado por alguns.
importante lembrar que, por exem-plo, se uma pedra de gelo
acerta uma pes-soa que estava tomando sol na piscina, isso leso
corporal. a vtima pode fazer um exame de corpo de delito e
processar o con-domnio, que quem vai arcar com a res-ponsabilidade,
em um primeiro momento, at o agressor ser identificado, diz Marcus,
ressaltando que uma ideia simples instalar uma cmera voltada para a
face do prdio de onde os objetos so jogados. Por uma questo de
privacidade dos que esto to-mando sol em trajes de banho, melhor no
colocar o circuito interno de TV direcionado para a rea da piscina,
alerta.
Por uma questo de privacidade dos que esto tomando sol em trajes
de banho, melhor no colocar o circuito interno de TV direcionado
para a rea da piscina.
Marcus MaltaAssessor de Condomnios Cipa
stoc
k.XC
HN
g
-
32 www.condominioetc.com.br
CJ -
137
2/RJ
ImveisVendas
ESPECIALISTAS EM NEGCIOS IMOBILIRIOS
O bom corretor garante um negcio tranquilo
o mercado imobilirio do Rio de Janei-ro cresceu bastante nos
ltimos tempos. Tudo bem, isso no chega a ser novidade. a questo
que, como consequncia, houve um grande aumento no nmero de
corre-tores de imveis no mercado. s que nem sempre eles esto
munidos de tica e de vontade real de satisfazer o cliente
plena-mente. alis, essa postura no exclusivi-dade desse setor, em
muitos segmentos do mercado h bons e maus profissionais.
Todo mundo quer fazer um bom negcio e, de preferncia, ser bem
assessorado por um corretor competente, tambm chamado de assessor
imobilirio. Por essas e outras sempre bom procurar empresas e/ou
profis-sionais srios e que tenham registro no Creci.
ao escolher um bom assessor, decidi-mos tambm como queremos que
o ne-gcio seja conduzido. importante haver entrosamento entre
cliente e assessor para que o profissional consiga ajudar a
contento. o bom assessor imobilirio tem compromisso total com a
satisfao do cliente, e no apenas com sua remunera-
o. Responda a algumas perguntas ela-boradas pela CiPa para
identificar se voc est sendo bem atendido:
Voc informou seu corretor sobre suas preferncias e ele lhe
oferece imveis de acordo com o que voc deseja?
seu corretor lhe informa sempre sobre o valor de condomnio, iPTu
e taxas ex-tras dos imveis visitados?
seu corretor lhe contata apenas quan-do tem algo que realmente
interessa a voc e de forma educada?
seu corretor o pressiona a fechar o ne-gcio rapidamente?
seu corretor demonstra pleno conheci-mento do condomnio em
questo?
seu corretor demonstra conhecer to-dos os trmites legais para a
aquisio de um imvel?
stoc
k.XC
HN
g
-
OUT_NOV_DEZ 2011 33
CiPA inFoRMA
CIPA oferece descontos em site de vendasVaNTagENs EspEciais para
cliENTEs cipa
a CiPa, sempre em busca de solues eficientes para seus clientes,
firmou uma parceria com o portal de vendas on-line comprafacil.com,
pertencente ao grupo Hermes, que tem mais de 65 anos de tra-dio,
experincia e sucesso em canais de vendas a distncia.
o resultado dessa parceria que agora os clientes da CiPa, alm de
poderem fazer compras sem sair de casa usufruindo as vantagens do
e-commerce, tambm obtm descontos especiais, que podem ser
conferi-dos na pgina do compra Fcil.
o grupo Hermes iniciou as vendas pela internet em 2003 e, desde
ento, o Comprafacil.com vem se superando anual-mente em relao s
taxas de crescimento
do mercado, o que demonstra sua conso-lidao como um dos
principais sites de e-commerce brasileiro.
Por meio do site os consumidores tm acesso a uma variedade de
mais de 60 mil produtos diferentes e que tm em comum a boa
qualidade, atestada pelos clientes.
as vendas atendem ao Brasil todo gra-as a uma sofisticada
estrutura logstica. so processados diariamente mais de 70 mil
pedidos, o que contabiliza uma mdia de venda diria de 500 mil
peas.
e voc, o que est esperando para usu-fruir mais essa facilidade
que a CiPa ofe-rece? entre no site www.comprafacil.com/revistacipa,
no deixe de conferir as ofertas do dia e boas compras!
-
34 www.condominioetc.com.br
ConsERvAoPoR RAqUEl PinhEiRo loUREiRo
Quem cuida temManuteno e restaurao de pedras auMentaM sua vida
til e valorizaM reas coMuns de edifcios
Mrmore, granito, pedra so tom, ardsia. No h sndico que no tenha
de lidar com, pelo menos, um desses itens ou ainda uma das dezenas
de outras pedras comumente usadas em pisos e revesti-mentos, tanto
de reas externas quanto internas. da fachada ao local de lazer,
elas embelezam e valorizam edifcios, mas, para que tenham uma vida
til longa, a manu-teno fundamental. Feita corretamente, a conservao
de pedras fcil e poupa fu-turos problemas e despesas para os
condo-
mnios, j que uma limpeza malfeita pode comprometer o
material.
a primeira regra da manuteno de pedras seguir a orientao do
fabri-cante e da firma que instalou o mate-rial, observando a
garantia que cada um oferece. a recomendao, para a grande maioria
de pedras, usar apenas gua e sabo neutro na hora de limpar.
Qualquer outro produto pode corroer a pedra, au-mentando sua
porosidade, o que acaba aumentando a absoro de sujeira e at
mesmo manchando-a. ou seja, nada de alvejante, sabo do tipo
saplio ou cidos. cido muritico no a oitava maravilha do mundo,
afirma, enftico, Rafael Viei-ra, diretor comercial da Perfoxx,
empresa de manuteno predial, sobre o produ-to adorado por muita
gente. Na hora, parece que uma beleza, deixa a pedra portuguesa
branquinha, tira as manchas. Mas, na verdade, o cido muritico est
estragando a pedra, o granito, o mrmore, retirando sua proteo
natural, explica.
-
OUT_NOV_DEZ 2011 35
de posse dessa informao, alguns sndicos j baniram o uso de
produtos pesados em seus prdios. luiz eduardo Coimbra Marques de
oliveira, do condo-mnio do edifcio Romero estellita, na la-goa, faz
questo de cuidar do patrimnio comum aos 36 apartamentos. a portaria
da construo de 12 andares, a primeira desse porte na lagoa, passou
por uma reforma e ganhou granito, e a fachada de porcelanato. o
hall social de cada andar tem mrmore, enquanto o de ser-vio de
pastilhas brancas oitavadas e as escadas, de marmorite. Pano mido
lim-po, com algumas gotas de essncia para criar um ambiente mais
agradvel, resol-ve quase todos os problemas de limpeza. Temos uma
mquina de gua de alta presso para as escadas, em que as bor-das de
cada degrau tm uma faixa de lixa para evitar acidentes. H uma
preocupa-o muito grande em utilizar os produtos certos para
preservar as pedras, assim, s usamos cera e outros produtos se
forem indicados por especialistas, explica luiz eduardo,
acrescentando que a maior dor de cabea em termos de limpeza so os
rejuntes das pastilhas dos halls de servi-o. as pastilhas ficam
branquinhas, mas os rejuntes no ficam limpos de jeito nenhum.
estamos pensando em subs-tituir por algo mais prtico, conta ele,
que acredita no treinamento dos funcio-
nrios. preciso orientar para que no tenhamos problemas no
futuro, diz.
No edifcio Rio grande, no Flamen-go, o mrmore do piso e do
batente de algumas portas das duas portarias tratado com carinho.
Por muitos anos, um grosso carpete, fruto do modismo dos anos 1960
e 1970, cobriu a pedra bege. o mrmore estava muito sujo e foi
preciso chamar uma empresa para limpar e polir. Fomos orientados a
no usar produtos abrasivos, justamen-te para o mrmore no ficar
rugoso, e tomamos muito cuidado com as reco-mendaes. o mrmore um
material que valoriza o condomnio, explica o subsndico giduvaldo de
souto lima. Mas no prdio de 42 apartamentos, as escadas de granito
so limpas com gua e um pouco de saplio, e o trecho en-tre a garagem
e o primeiro andar, que de mrmore, ganha um pouquinho de cloro. uma
rea com trfego pesado
O snDICO lUIz eDUArDO COIMbrA MArqUes De OlIveIrA ACreDITA qUe O
TreInAMenTO DOs fUn-CIOnrIOs fUnDAMenTAl PArA A PreservAO
DAs PeDrAs: PreCIsO OrIenT-lOs PArA qUe nO TenhAMOs PrObleMAs nO
fUTUrO
-
36 www.condominioetc.com.br
como cuidar
Com as precaues necessrias, as pe-dras usadas em revestimentos e
pisos po-dem ter uma vida bem longa. o primeiro passo seguir as
instrues da empresa que vendeu ou instalou o material, atentando
para a garantia e as recomendaes feitas na hora da transao. o
segundo evitar produtos remotamente abrasivos que, aos poucos, vo
aumentando a porosidade do material, o que acumula cada vez mais
sujeira, em um ciclo de desgaste da pedra utilizada. gua e sabo
neutro, no mximo, formam a melhor dupla para a limpeza no dia a
dia, e alguns itens, como mrmore e nix, pedem apenas um pano mido.
Para retirar manchas e aquela sujeira que entra-nhou na pedra, nada
de solues caseiras: so as empresas especializadas que tm condies de
fazer o servio e ainda polir e selar, se for o caso.
ardsia nas cores verde, preta e cinza, uma pedra muito utilizada
pelo preo mais em conta. alm de esquentar muito, a ar-dsia muito
lisa e bastante escorregadia quando molhada, razo pela qual deve
ser evitada em reas externas, sujeitas chu-va, e usada em detalhes
decorativos. Trata-
de pessoas, todos passam por ali para sair da garagem e pegar o
elevador. ento fica muito sujo, conta giduvaldo.
Mas o cloro tambm no indicado pelas mesmas razes pelas quais
outros produtos pesados so vetados. impor-tante lembrar que cada
pedra, cada super-fcie, reage de uma maneira ao sol, chu-va,
poluio. o certo , aps a instalao, chamar uma empresa para saber se
ne-cessrio uma selagem ou um polimento, explica Rafael Vieira,
lembrando que servi-os como jateamento so feitos, hoje, com gua, e
no com areia, o que est proibido por lei. s o profissional pode
indicar de que tipo de tratamento a pedra precisa. um granito
apicuado, mais natural, mais poroso que um polido, logo, tem outras
demandas, diz o profissional.
outro problema que inferniza a vida de sndicos em toda a cidade
so as picha-es. smbolo de falta de educao, elas arrunam at mesmo a
fachada mais impe-cvel, que fica suja com rabiscos, desenhos e, s
vezes, at mesmo expresses ofensi-vas. Mas at para isso, que
costumava ser uma dor de cabea, j h soluo. a em-presa Roma Qumica,
por exemplo, oferece
tinta e verniz antipichao, que protegem todo tipo de superfcie
contra a sanha des-truidora dos vndalos. o produto pode ser
aplicado em mrmore, pedra-sabo, mira-cema e outros tipos de pedra,
removendo completamente o grafite.
o processo feito em trs etapas, explica diego aleixo, da Roma
Qumica. Primeiro, aplicamos o produto, que um removedor prprio
desenvolvido pela em-presa, sobre a parte grafitada. depois, com um
jato de gua de alta presso, a tinta removida. Por fim, aplicado um
verniz que proteger o material, acrescenta. uma vez feita a
limpeza, a manuteno fcil, j que com gua, sabo e uma escovinha
pos-svel retirar futuras pichaes da superfcie j tratada. o
tratamento dado ao material sobrevive a 2.500 ciclos de limpeza,
afirma diego, lembrando que comum os picha-dores desistirem de
atacar o mesmo local quando descobrem que ele vai ser limpo com
facilidade. o preo depende da loca-lizao da pichao, como se est em
local que precisar de andaime para a limpeza e proteo, mas o metro
quadrado pode ficar entre R$ 60 e R$ 70 para o servio de remo-o do
grafite e proteo. H ainda outra vantagem: depois que o local da
primeira pichao limpo e protegido, no existe prazo para o sndico
remover uma nova pi-chao. Tudo sem sacrificar o material a ser
trabalhado, que, depois de tratado, ganha maior longevidade, pois
evita o desgaste das tentativas de limpeza com produtos que podem
prejudicar a pedra.
Para quem quiser contratar uma firma especializada na manuteno
de superf-cies de pedra, vale a antiga recomenda-
o de pedir referncias sobre os servios realizados pela empresa.
ou, pelo CNPJ, possvel consultar certides negativas e o
recolhimento do FgTs e do iNss, lembran-do que sade fiscal, em
geral, um bom sinal sobre a empresa e sua capacidade de honrar
compromissos no futuro.
-
OUT_NOV_DEZ 2011 37
servio: Roma qumica 2005-6433Perfoxx 2284-6915
Granito verstil e de grande durabili-dade, o granito pode ser
usado tanto em reas externas quanto internas, inclusive naquelas
com grande trnsito de pessoas. Bruto ou polido e encontrado nas
mais diversas cores, do cinza ao azul, o granito deve ser limpo da
mesma forma que as outras pedras, com gua e sabo neutro.
mrmore com dezenas de tonalidades e desenhos, durvel e
resistente a im-pacto, desde que conservado da maneira correta. o
mrmore pode manchar com facilidade e jamais pode ser limpo com gua
sanitria, cloro e produtos corrosi-vos, como cidos. o mrmore claro
e isso vale tambm para o granito em tons suaves sensvel a produtos
cidos, como urina e sumo de laranja e limo. Por isso, nada de
limpar mrmore com Coca--Cola, o que um verdadeiro crime contra a
pedra. outra dica: se o mrmore parece sem brilho, o primeiro passo
procurar uma firma para saber o que pode ser fei-to, j que alguns
tipos so, naturalmente, mais foscos. em hiptese alguma deve-se
tentar limpar mais profundamente, selar ou polir o mrmore por conta
prpria. J a limpeza do dia a dia feita apenas com um pano mido.
pedra portuguesa amado e odiado em igual medida as mulheres
geral-mente no so fs das pedrinhas, em razo das irregularidades que
acabam com os saltos mais fininhos , o piso de pedra portuguesa
oferece uma grande vantagem sobre o cimento ou o as-falto: permite
a absoro da gua de chuva. a dupla gua e sabo neutro a melhor forma
de limpar as pedras, mas, com o tempo, elas ten