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N do CadernooN de Inscrioo
ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo
Nome do Candidato
Defensor Pblico do Estado da Paraba
Agosto2014
DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DA PARABA
Concurso Pblico para preenchimento de vagas da carreira de
INSTRUES
VOCDEVE
ATENO
- Verifique se este caderno contm 100 questes, numeradas de 1 a
100.
Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
No sero aceitas reclamaes posteriores.
- Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.
- Voc deve ler cuidadosamente cada uma das questes e escolher a
resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc
recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est
respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da
resposta que voc escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o
exemplo:
- Marque as respostas com caneta esferogrfica de material
transparente de tinta preta ou azul. No ser permitido o
uso de lpis, lapiseira, marca-texto ou borracha.
- Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra
assinalada implicar anulao dessa questo.
- Responda a todas as questes.
-
- Adurao da prova de 5 horas, para responder a todas as questes
e preencher a Folha de Respostas.
- Ao trmino da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o
material recebido.
- Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente
prova. Direitos Reservados.
No ser permitido qualquer tipo de consulta.
A C D E
PROVA OBJETIVAPrimeira Fase
Caderno de Prova A01, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
MODELO1
0000100010001
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2 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
Direito Civil
1. Cludio firmou com seu filho Lucas contrato de doao por
meio do qual lhe transferiria a propriedade de imvel no dia de
seu trigsimo aniversrio. Em caso de conflito de leis no tempo,
considerar-se- que Lucas possui (A) expectativa de direito, pois o
direito somente se
adquire com o implemento da condio suspensiva.
(B) direito adquirido, por se tratar de direito a termo.
(C) direito adquirido, por se tratar de direito sob condi-o
suspensiva.
(D) expectativa de direito, pois o direito somente se adquire
com o advento do termo.
(E) direito adquirido, por se tratar de direito sob condi-o
resolutiva.
_________________________________________________________ 2.
Carlos emprestou R$ 1.000,00 a Pedro, scio da "Constru-
tora Bertolai Ltda.", empresa de grande porte. O contrato foi
formalizado em instrumento subscrito por duas teste-munhas. Na data
em que o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao
pagamento, afirmando insuficincia de recursos. Diante do
inadimplemento, Carlos ajuizou exe-cuo de ttulo executivo
extrajudicial, contra a qual no foram opostos embargos. Na fase de
indicao de bens penhora, constatou-se somente que Pedro no possua
bens penhorveis. Por esta razo, Carlos requereu des-considerao
inversa da personalidade jurdica, a qual de-ver ser (A) indeferida,
pois a mera ausncia de bens penhor-
veis no autoriza o pedido.
(B) deferida, pois a empresa de que Pedro scio pos-sui condies
suficientes para pagar o dbito.
(C) deferida apenas se provado que Pedro ostenta car-go de
gerncia na empresa de que scio.
(D) indeferida, pois no possvel a desconsiderao in-versa da
personalidade jurdica.
(E) deferida, pois se est diante de relao de consumo.
_________________________________________________________ 3. Sob
premente necessidade financeira, Joo vende a Lus
imvel por um tero do valor de mercado. Tal negcio (A) nulo, pelo
vcio denominado coao, no podendo
ser convalidado pela vontade das partes.
(B) nulo, pelo vcio denominado estado de perigo, no podendo ser
convalidado pela vontade das partes.
(C) anulvel, pelo vcio denominado leso, podendo ser
convalidado pela vontade das partes.
(D) anulvel, pelo vcio denominado estado de perigo, podendo ser
convalidado pela vontade das partes.
(E) anulvel, pelo vcio denominado leso, no podendo ser
convalidado pela vontade das partes.
4. Aos 15 anos de idade, Mateus adquiriu pacote turstico para
Porto de Galinhas, declarando-se maior no ato da aquisio. Vendo-se
impossibilitado de realizar o paga-mento, ajuizou ao
desconstitutiva, alegando incapaci-dade quando da celebrao do
negcio. Tal pretenso (A) tem cabimento, devendo ser deduzida no
prazo de-
cadencial de 4 anos, contados da cessao da incapacidade.
(B) no tem cabimento, pois no se exime da obrigao
aquele que, no ato de obrigar-se, declara-se maior. (C) tem
cabimento, devendo ser deduzida no prazo de-
cadencial de 4 anos, contado da celebrao do negcio.
(D) no tem cabimento, pois a execuo voluntria do
negcio pe fim s aes de que dispe o devedor. (E) tem cabimento,
no se sujeitando a prazo deca-
dencial.
_________________________________________________________
5. Snia proprietria de uma pousada. Marina, sua, vizi-nha, cria
codornas. Segundo Snia, o forte cheiro das co-dornas atrapalharia
seu negcio. Por tal razo, com a in-teno de afugentar as codornas,
mas tambm imagi-nando que poderia entreter seus clientes, passou,
com autorizao do rgo ambiental, a criar corujas, as quais acabaram
por dizimar as codornas. Snia cometeu ato (A) ilcito, pois agiu com
dolo direto de matar as co-
dornas, podendo Marina, em razo de tal fato, postular
indenizao.
(B) lcito, pois no obrigada a tolerar atividade danosa
a seus negcios. (C) lcito, pois a criao das corujas foi
autorizada pelo
rgo ambiental, podendo Marina, entretanto, em razo dos prejuzos
que experimentou, postular in-denizao.
(D) ilcito, pois excedeu abusivamente os limites impos-
tos pela boa-f objetiva e pela finalidade social do negcio,
podendo Marina, em razo de tal fato, postular indenizao.
(E) imoral, porm lcito, uma vez que fundado em exer-
ccio regular do direito.
_________________________________________________________
6. Durante partida de futebol, Filipe envolveu-se em uma briga e
passou, abruptamente, a desferir pontaps em todos a seu redor,
atingindo inclusive o rbitro, Mrio, que tentava separar a contenda.
Muito ferido, Mrio ajuizou ao de indenizao contra Filipe. Por sua
vez, este fez prova de que no teve a inteno de acertar Mrio. O
pedido dever ser julgado (A) procedente, pois Filipe agiu com
culpa, devendo ser
responsabilizado subjetivamente. (B) improcedente, pois Filipe
provou no existir um dos
elementos para a responsabilizao civil. (C) procedente, pois
Filipe agiu com culpa, devendo ser
responsabilizado objetivamente. (D) procedente, pois Filipe agiu
em abuso do direito,
devendo ser responsabilizado objetivamente. (E) procedente, pois
Filipe agiu em abuso do direito,
devendo ser responsabilizado subjetivamente.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 3
7. Aos 12 anos, Joo foi violentamente espancado por Regi-naldo,
vizinho de seus pais, o qual lhe desferiu golpes de vara e
chicotadas, que deram causa a danos morais e estticos. Seis anos
depois, ajuizou ao compensatria contra Reginaldo. Este, por sua
vez, alegou prescrio. A alegao de Reginaldo (A) deve ser acolhida,
possuindo Joo ao contra seus
pais ou representantes legais. (B) no deve ser acolhida, pois no
transcorreu o lapso
prescricional. (C) deve ser acolhida, no possuindo Joo ao
contra
seus pais ou representantes legais. (D) no deve ser acolhida,
pois as aes condenatrias
so sujeitas a prazo decadencial. (E) no deve ser acolhida, pois
os direitos da persona-
lidade so imprescritveis.
_________________________________________________________ 8. ngela
firmou contrato com Ana Lcia obrigando-se a
entregar-lhe um vestido. Antes da tradio, porm, utilizou o
vestido em uma festa e derrubou vinho sobre o tecido, causando
manchas no bem. Ana Lcia poder (A) aceitar o vestido, ou o
equivalente em dinheiro, desde
que renuncie s perdas e danos. (B) postular somente o
equivalente em dinheiro, desde
que renuncie ao recebimento do vestido. (C) aceitar o vestido,
ou o equivalente em dinheiro, alm
de postular perdas e danos. (D) apenas postular perdas e danos.
(E) aceitar o vestido, apenas, desde que renuncie s
perdas e danos.
_________________________________________________________ 9.
Arnaldo contratou, por telefone, servio de TV a cabo por
meio do qual recebeu, em comodato, aparelho de re-cepo de sinal.
Passado algum tempo, informou, tambm por telefone, que desejava
realizar distrato, alm de ser indenizado pelo que gastou nas
despesas com o uso da coisa, consistentes em aquisio de televisor
compatvel com a tecnologia do aparelho de recepo de sinal. A
prestadora de servio informou que, para realizao do distrato,
Arnaldo deveria assinar um instrumento escrito. Alm disto,
recusou-se a indenizar Arnaldo e exigiu de volta o aparelho de
recepo de sinal. A prestadora de servio (A) tem razo quanto forma
do distrato, que deve ser
feito por escrito, quanto a no indenizar Arnaldo pelas despesas
com o uso da coisa e pela exigncia na devoluo ao aparelho.
(B) tem razo quanto forma do distrato, que deve ser
feito por escrito, e tambm quanto exigncia da devoluo do
aparelho, obrigando-se, contudo, a indenizar Arnaldo pelas despesas
com o uso da coisa.
(C) no tem razo quanto forma do distrato, que poder
ser feito por telefone, tampouco quanto a no indenizar Arnaldo
pelas despesas com o uso da coisa ou quanto exigncia da devoluo do
aparelho.
(D) no tem razo quanto forma do distrato, que poder
ser feito pelo telefone, nem quanto a no indenizar Arnaldo pelas
despesas com o uso da coisa, mas est correta quanto exigncia da
devoluo do aparelho.
(E) no tem razo quanto forma do distrato, que poder
ser feito por telefone, mas possui quanto a no indenizar Arnaldo
pelas despesas com o uso da coisa e pela exigncia na devoluo do
aparelho.
10. Fernanda viajava de nibus operado pela PPC Transpor-tes
quando um caminho invadiu a pista e abalroou o veculo. A batida
causou danos integridade fsica de Fernanda e sua bagagem. Fernanda
ajuizou ao contra a PPC Transportes, postulando compensao por danos
morais, em razo dos danos fsicos que experimentou, bem como
indenizao por danos materiais, em razo do perecimento de sua
bagagem. Tal ao dever ser julgada (A) procedente, devendo comprovar
a existncia do
contrato de transporte, culpa da PPC Transportes e os danos
descritos na inicial.
(B) improcedente, pois a culpa exclusiva de terceiro
afasta o elemento culpa. (C) improcedente, pois a culpa
exclusiva de terceiro
afasta o nexo de causalidade. (D) procedente, bastando prova do
contrato de trans-
porte e dos danos descritos na inicial. (E) procedente, devendo
comprovar a existncia do con-
trato de transporte e culpa da PPC Transportes, sendo presumidos
os danos descritos na inicial.
_________________________________________________________
11. Ronaldo doou um imvel a Renato e resguardou para si usufruto
vitalcio sobre o bem. O contrato foi firmado por escritura pblica e
registrado no Cartrio de Registro de Imveis. Passado algum tempo,
Ronaldo resolveu ceder o exerccio do usufruto a Joo, a ttulo
oneroso, enquanto Renato houve por bem vender o imvel a Daniela.
Esta venda (A) possvel, continuando existente o usufruto, em
nome
de Ronaldo, e podendo Joo exerc-lo, em razo da cesso operada a
seu favor.
(B) possvel, embora extinga o usufruto. (C) possvel, continuando
existente o usufruto, em nome
de Joo, em razo da cesso operada em seu favor. (D) impossvel,
pois feriria o direito de Joo, a quem foi
cedido o exerccio do usufruto. (E) possvel, embora a adquirente
deva respeitar os
direitos de Ronaldo, que continuou no exerccio do usufruto, uma
vez que no possvel a cesso onerosa de seu exerccio.
_________________________________________________________
12. Silvana tem 4 filhos, Rafael, Joaquim, Manoel e Serafim. Em
grave situao financeira, sem sade para trabalhar e j no possuindo
mais ascendentes, pediu que seus filhos a auxiliassem a se manter.
No entanto, seus filhos se negaram, afirmando tratar-se de pessoa
maior de idade e casada em segundas npcias com Gabriel, que vive em
situao semelhante dela. No se conformando, Silvana ajuizou ao
contra o filho mais velho, Rafael, que (A) obrigado a pagar
alimentos a Silvana, solidaria-
mente com Joaquim, Manoel e Serafim, os quais no podero ser
chamados a integrar a lide, mas respondero em ao de regresso caso
Rafael arque com a totalidade da obrigao.
(B) somente ser obrigado a pagar alimentos a Silvana
se Joaquim, Manoel e Serafim tambm o fizerem. (C) obrigado a
pagar alimentos a Silvana, na propor-
o de seus respectivos recursos, podendo chamar Joaquim, Manoel e
Serafim a integrar a lide.
(D) no obrigado a pagar alimentos a Silvana, pois o
casamento extingue o dever de alimentar. (E) obrigado a pagar
alimentos a Silvana, mesmo que
seja privado do necessrio a seu sustento, podendo postular
perdas e danos contra Joaquim, Manoel e Serafim.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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4 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
13. Analise as proposies abaixo. I. A sentena que declara a
interdio produz efeitos
apenas depois do trnsito em julgado. II. O Ministrio Pblico
sempre tem legitimidade para
promover a interdio. III. No se estabelecem limites curatela da
pessoa
sem discernimento para os atos da vida civil. A respeito da
curatela, est correto o que se afirma em
(A) I e III, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II, apenas.
_________________________________________________________ 14.
Francisco faleceu deixando R$ 10.000,00 em dvidas no
Banco Bom Pagador e R$ 8.000,00 em bens. A partilha foi feita,
em partes iguais, a seus 4 filhos. Realizada a par-tilha, o Banco
Bom Pagador ajuizou ao de cobrana contra os filhos de Francisco,
que (A) respondem, solidariamente, at R$ 8.000,00. (B) no respondem
pelas dvidas deixadas pelo pai, cuja
personalidade se extinguiu com o falecimento. (C) respondem,
individualmente, at o montante de
R$ 2.500,00 cada. (D) respondem, solidariamente, at R$
10.000,00. (E) respondem, individualmente, at o montante de
R$ 2.000,00 cada.
_________________________________________________________ 15. Romeu
(locador) e Maurcio (locatrio) celebraram contra-
to de locao residencial com prazo de 30 meses, estipu-lando
multa de 3 alugueres em caso de devoluo anteci-pada do imvel.
Passados 6 meses, Maurcio deixou de ter interesse na locao, pois a
empresa na qual trabalha o transferiu para cidade muito distante.
Maurcio poder devolver o imvel, (A) desde que pague o valor da
multa, com abatimento
proporcional ao perodo de cumprimento do contrato, seja o
empregador privado ou pblico.
(B) independentemente de pagamento de multa ou de
notificao, se o empregador for pblico, ou pagan-do integralmente
a multa pactuada, caso se trate de empregador privado.
(C) desde que pague integralmente o valor da multa,
seja o empregador privado ou pblico. (D) independentemente de
pagamento de multa, desde
que notifique Romeu da transferncia com, no mnimo, 30 dias de
antecedncia, no importando seja o empregador privado ou pblico.
(E) independentemente de pagamento de multa ou de
notificao, se o empregador for pblico, ou pagan-do o valor da
multa, com abatimento proporcional ao perodo de cumprimento do
contrato, caso se trate de empregador privado.
Direito Processual Civil
16. Em relao ao, correto afirmar:
(A) Os elementos da ao so as partes, o pedido e a
causa de pedir, servindo para identific-la e no se confundindo
com suas condies.
(B) Se os elementos da ao forem idnticos, ter-se- a
configurao de continncia ou conexo, conforme a natureza da
demanda.
(C) Se os elementos da ao forem semelhantes, ter-se-
a caracterizao de litispendncia ou coisa julgada. (D) O direito
de ao em sentido estrito incondicio-
nado, por decorrer do direito de acesso justia. (E) As condies
da ao constituem matria de ordem
pblica e, assim, devem ser arguidas pela parte, no podendo ser
reconhecidas de ofcio pelo juiz.
_________________________________________________________
17. "Toda pessoa que se acha no exerccio dos seus direitos tem
capacidade para estar em juzo". Este conceito (A) falso, porque
preciso ser advogado para se ter a
capacidade processual e para se estar em juzo. (B) verdadeiro e
diz respeito capacidade postulatria,
a ser exercida em regra por meio de advogados que representem a
parte.
(C) verdadeiro e diz respeito legitimao processual,
conceito que se confunde com o de capacidade para estar em
juzo.
(D) falso, porque preciso a maioridade civil para se
estar em juzo e poder exercer pessoalmente a capacidade
postulatria nos autos.
(E) verdadeiro e diz respeito capacidade processual,
que no se confunde com a capacidade postulatria.
_________________________________________________________
18. Examine os enunciados seguintes: I. O litisconsrcio
multitudinrio poder ser limitado
pelo juiz, caso se trate de litisconsrcio facultativo e no
necessrio, desde que o nmero de litigantes seja tal que comprometa
a rpida soluo do litgio ou dificulte a defesa da parte adversa.
II. Quando o litisconsrcio for necessrio por fora de
lei, tambm ser sempre unitrio, isto , a sentena ser sempre igual
para os litisconsortes.
III. Na maioria dos casos o litisconsrcio facultativo
simples, ou seja, sua formao ser opcional e a sentena poder ser
diferente para os litisconsor-tes, o que no ocorre com a sentena
proferida no litisconsrcio unitrio.
No tocante ao litisconsrcio, so corretos os enunciados
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II, apenas.
(E) I, apenas.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 5
19. Quanto aos atos processuais, correto afirmar: (A) O prazo
para sua prtica contnuo, seja estabelecido
pela lei ou pelo juiz, mas interrompido nos feriados. (B) Pelo
princpio da publicidade dos atos processuais,
bem como do direito informao, no pode haver atualmente nenhum
processo que corra em segredo de justia.
(C) Acolheu-se entre ns o principio da liberdade das formas,
considerando-se como vlidos os atos pro-cessuais que, realizados de
modo diverso, lhe preen-cham a finalidade essencial, salvo se
dependerem de forma determinada expressamente exigida por lei.
(D) A supervenincia de frias interromper o curso do prazo para a
prtica dos atos processuais.
(E) Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar
prazos processuais de qualquer natureza.
_________________________________________________________ 20.
Quanto formao, suspenso e extino do processo,
correto afirmar: (A) Durante a suspenso do processo pelos
motivos
previstos em lei defeso praticar qualquer ato processual, sem
exceo.
(B) O processo civil comea e se desenvolve por iniciativa da
parte, cabendo ao juiz supervision-lo para que atinja o seu
desfecho com a prestao jurisdicional.
(C) A morte ou perda da capacidade processual do autor conduz
extino do processo, enquanto a morte ou perda da capacidade
processual do ru leva sus-penso do processo para habilitao dos
herdeiros.
(D) Feita a citao, defeso ao autor modificar o pedido ou a causa
de pedir, sem a anuncia do ru, man-tendo-se as mesmas partes, salvo
as substituies permitidas por lei.
(E) A ocorrncia da extino do processo por litispendncia ou coisa
julgada dar-se- com resoluo do mrito.
_________________________________________________________ 21. A
resposta do ru
(A) dada na contestao, implica a apresentao de todas as razes
que possam levar ao desacolhimento do pedido inicial, em obedincia
ao princpio da eventuali-dade, alm de especificar as provas que
pretende produzir.
(B) oferecida sempre em pea nica, que engloba a contestao, a
reconveno e as excees legal-mente previstas.
(C) dada em exceo de incompetncia relativa, implica a prolao de
sentena, da qual caber apelao.
(D) sempre meritria, ainda que diga respeito a mat-rias de ordem
pblica, saIvo se arguidos pressupos-tos de inadmissibilidade da
demanda.
(E) deve conter na contestao todas as alegaes fticas e de
direito possveis, em nenhuma hiptese admitindo-se a deduo de novas
alegaes.
_________________________________________________________ 22. A
confisso
(A) se emanar de erro, dolo ou coao, s poder ser revogada por
meio de ao anulatria do negcio jurdico respectivo.
(B) quando desfavorvel ao confitente, pode beneficiar ou
prejudicar igualmente seus litisconsortes.
(C) s se caracteriza como tal quando espontnea, pois a provocada
diz respeito ao interrogatrio da parte em juzo.
(D) no supre a exigncia da apresentao de instru-mento pblico,
para comprovar a existncia de neg-cio jurdico que o exige como de
sua substncia.
(E) ser sempre expressa, inexistindo confisso ficta ou tcita, em
razo das graves consequncias jurdicas dela advindas.
23. Em relao aos recursos, correto afirmar: (A) O conhecimento
de um recurso pelo rgo ao qual
caiba seu julgamento implica a consequncia jurdi-ca de seu exame
de mrito, para necessariamente prov-lo.
(B) Todos os recursos so interpostos perante o mesmo rgo
julgador da deciso recorrida, isto , ao rgo jurisdicional a
quo.
(C) O prvio juzo de admissibilidade recursal feito di-retamente
pelo rgo jurisdicional ao qual se tenha recorrido, ou seja, o rgo
jurisdicional ad quem.
(D) Da deciso que recebe ou no o recurso interposto cabe apelao,
por seu carter de definitividade.
(E) Como regra geral, no se podem invocar no recurso matrias que
no tenham sido arguidas e discutidas anteriormente, at a prolao da
sentena.
_________________________________________________________ 24.
Examine os enunciados seguintes, no tocante s medidas
cautelares: I. Se por qualquer motivo cessar a eficcia da
medida
cautelar, poder a parte repetir o pedido, pelo mesmo ou por novo
fundamento.
II. As medidas cautelares conservam a sua eficcia no prazo de
trinta dias, contados da data da efetivao da medida cautelar,
quando esta for concedida em procedimento preparatrio, e na
pendncia ao processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser
revogadas ou modificadas.
III. A medida cautelar poder ser substituda, de ofcio ou a
requerimento de qualquer das partes, pela prestao de cauo ou outra
garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e
suficiente para evitar a leso ou repar-la integralmente.
IV. As medidas cautelares sero requeridas ao juiz da causa e,
quando preparatrias, ao juiz competente para conhecer da ao
principal. Se interposto recurso, a medida cautelar continuar sendo
requerida ao juiz competente para o conhecimento da ao
principal.
Est correto o que se afirma em (A) III e IV, apenas. (B) II e
III, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) II e IV, apenas. (E) I,
II, III e IV.
_________________________________________________________ 25.
Quanto s execues das obrigaes de fazer e de no
fazer, INCORRETO afirmar: (A) Se o contratante no prestar o fato
no prazo, ou se o
praticar de modo incompleto ou defeituoso, poder o credor
requerer ao juiz, no prazo de 10 (dez) dias, que o autorize a
conclu-lo, ou a repar-lo, por conta do contratante.
(B) Quando o objeto da execuo for obrigao de fazer, o devedor
ser citado para satisfaz-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se
outro no estiver determinado no ttulo executivo.
(C) Se o fato puder ser prestado por terceiro, lcito ao juiz, a
requerimento do exequente, decidir que aquele o realize custa do
executado.
(D) Nas obrigaes de fazer, quando for convencionado que o
devedor o faa pessoalmente, o juiz fixar em regra o prazo de trinta
dias para seu cumprimento, podendo aumentar esse prazo de acordo
com a complexidade da obra.
(E) Se o credor quiser executar, ou mandar executar, sob sua
direo e vigilncia, as obras e trabalhos necessrios prestao do fato,
ter preferncia, em igualdade de condies de oferta, ao terceiro.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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6 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
Direito Empresarial
26. Acerca do cheque, correto afirmar:
(A) Admite clusula proibitiva do endosso, enquanto for-
ma de transmisso cambiria. (B) vlida a estipulao de juros
inserida na crtula,
desde que fixados em taxa que no ultrapasse 12% (doze por cento)
ao ano.
(C) Admite aceite, como tal considerada a assinatura
aposta no anverso do ttulo, abaixo do nome do emitente.
(D) O sacado obrigado a verificar a regularidade da
srie de endossos, bem como a autenticidade das assinaturas dos
endossantes.
(E) nulo o endosso do ttulo ao prprio emitente.
_________________________________________________________ 27.
Analise as seguintes proposies acerca do protesto de
ttulos: I. O protesto ser registrado no 5o (quinto) dia til
subsequente data da protocolizao do ttulo. II. Incluem-se entre
os ttulos sujeitos a protesto as
certides de dvida ativa da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municpios e das respectivas autarquias e fundaes
pblicas.
III. O protesto ato no solene. IV. Antes da lavratura do
protesto, o apresentante po-
der retirar o ttulo, desde que pagos os emolu-mentos e demais
despesas.
V. O protesto de cheque, independentemente da sua
finalidade, poder ser lavrado sem prova da apre-sentao do ttulo
ao banco sacado.
Esto corretas APENAS
(A) I e III. (B) I e IV. (C) II e IV. (D) II e V. (E) III e
V.
_________________________________________________________ 28.
Sobre os contratos de seguro, correto afirmar:
(A) No seguro de pessoa, vedado ao proponente con-
tratar mais de um seguro sobre o mesmo interesse. (B) No seguro
de vida ou de acidentes pessoais para o
caso de morte, o capital estipulado no responde pelas dvidas do
segurado, nem se considera herana.
(C) nulo o contrato de seguro para garantia de risco
proveniente de ato doloso do segurado ou do benefi-cirio, mas
ser vlido aquele que vise a garantir risco decorrente de ato doloso
dos seus respectivos representantes.
(D) No seguro de pessoa, vlida a celebrao de tran-
sao para pagamento reduzido do capital segura-do, desde que os
beneficirios sejam todos maiores e capazes.
(E) Durante o contrato de seguro, a diminuio do risco,
em qualquer grau, impe a reduo equitativa do prmio
estipulado.
29. Dois amigos contrataram entre si sociedade limitada tendo
por objeto a comercializao de produtos de limpeza. Mesmo sem jamais
providenciarem a inscrio do contrato social no registro competente,
deram incio s atividades da sociedade, desempenhadas de forma
habitual, organi-zada e profissional, em pequena loja localizada no
centro da cidade. Nesse caso, (A) a sociedade no pode ser
considerada empresria
para nenhum fim legal. (B) terceiros somente podero comprovar a
existncia
da sociedade por escrito. (C) a responsabilidade dos scios pelas
dvidas da
sociedade limitada integralizao do capital social.
(D) a sociedade est sujeita falncia, mas no poder requerer a
falncia de seus devedores.
(E) a sociedade tem personalidade jurdica prpria.
_________________________________________________________
30. Acerca da falncia, correto afirmar: (A) A decretao da
falncia implica a suspenso de
todas as aes propostas contra o devedor, inclusive as que
demandarem quantia ilquida.
(B) Contra o ato judicial que decreta a falncia cabe
apelao, que possui efeitos devolutivo e suspensivo. (C) A
inabilitao imposta ao empresrio falido tem car-
ter perptuo. (D) Com a decretao da falncia, o devedor perde o
di-
reito de dispor dos seus bens, mas no o de admi-nistr-los.
(E) A falncia do locador no resolve o contrato de
locao; falindo o locatrio, o administrador judicial poder
denunciar o contrato a qualquer tempo.
_________________________________________________________
Direito Penal
31. "A terrvel humilhao por que passam familiares de pre- sos ao
visitarem seus parentes encarcerados consiste na obrigao de ficarem
nus, de agacharem diante de espe-lhos e mostrarem seus rgos
genitais para agentes pbli-cos. A maioria que sofre esses
procedimentos de mes, esposas e filhos de presos. At mesmo idosos,
crianas e bebs so submetidos ao vexame. princpio de direito penal
que a pena no ultrapasse a pessoa do condenado". (DIAS, Jos Carlos.
"O fim das revistas vexatrias". In: Folha de So Paulo. So Paulo: 25
de julho de 2014, 1o caderno, seo Tendncias e Debates, p. A-3)
Alm da ideia de dignidade humana, por esse trecho o
in-conformismo do autor, recentemente publicado na impren-sa
brasileira, sustenta-se mais diretamente tambm no postulado
constitucional da (A) individualizao. (B) fragmentariedade. (C)
pessoalidade. (D) presuno de inocncia. (E) legalidade.
_________________________________________________________
32. A sentena criminal condenatria estrangeira eficaz no direito
brasileiro (A) inclusive para fins de reincidncia. (B) somente para
sujeitar o agente medida de segu-
rana. (C) somente para sujeitar o agente reparao do dano,
restituio e outros efeitos civis. (D) somente nos casos
expressos de extraterritorialida-
de incondicionada da lei estrangeira. (E) somente quando se
tratar de crime executado no
Brasil, cujo resultado se produziu no estrangeiro.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
-
DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 7
33. Quanto tipicidade penal, INCORRETO afirmar que, se-gundo a
teoria
(A) causalista, conduta um comportamento humano
voluntrio no mundo exterior que consiste em fazer ou no fazer
alguma coisa.
(B) social, conduta a manifestao externa da vontade
humana que tenha relevncia social. (C) finalista, conduta a
atividade humana consciente-
mente dirigida a uma finalidade. (D) da imputao objetiva,
conduta a atividade que
cria ou incrementa um risco que, permitido ou no, produza
resultado lesivo ou expositivo ao bem jur-dico tutelado.
(E) da equivalncia dos antecedentes, todos os fatores
que concorrem fisicamente para a produo de um resultado
criminoso naturalstico so considerados sua causa.
_________________________________________________________ 34.
Decididamente disposto a matar Tcio, por erro de pontaria
o astuto Caio acerta-lhe de leve raspo um disparo no bra-o.
Porm, assustado com o estrondo do estampido, e te-mendo acordar a
vizinhana que o poderia prender, ao in-vs de descarregar a munio
restante, Caio estrategica-mente decide socorrer o cndido Tcio que,
levado ao hos-pital pelo prprio algoz, acaba logo liberado com
curativo mnimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o
tiro ocorrera por acidente, chegando ardilosamente a in-denizar de
pronto todos os prejuzos materiais e morais de Tcio com o fato, mas
sua trama acaba definitivamente desvendada pela lmpida investigao
policial que se segue. Com esses dados j indiscutveis, mais
precisa-mente pode-se classificar os fatos como
(A) tentativa de homicdio. (B) desistncia voluntria. (C)
arrependimento eficaz. (D) arrependimento posterior. (E) aberratio
ictus.
_________________________________________________________ 35.
Para substituio da pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos impe-se, de acordo com o Cdigo Penal,
que
(A) a pena originria seja de at 4 anos. (B) o ru seja primrio em
crime doloso. (C) a substituio seja socialmente recomendvel. (D) o
ru tenha bons antecedentes. (E) as circunstncias judiciais indiquem
a suficincia da
substituio.
_________________________________________________________ 36.
Tratando-se de crime nico, praticado sob conduta tam-
bm nica, e considerando o valor do salrio mnimo de R$ 724,00, a
pena de multa mxima que pode ser fixada com base nos critrios da
parte geral do Cdigo Penal de
(A) R$ 7.240,00. (B) R$ 260.640,00. (C) R$ 1.303.200,00. (D) R$
3.909.600,00. (E) R$ 39.096.000,00.
37. Dispe o Cdigo Penal que, no concurso de crimes, as pe-nas de
multa so aplicadas distinta e integralmente. A res-peito dessa
disposio, instaurou-se srio debate doutri-nrio e jurisprudencial
quanto cumulao das multas
(A) no concurso material homogneo. (B) no concurso material
heterogneo. (C) no concurso formal imprprio. (D) na aberratio ictus
dita de unidade simples. (E) na continuidade delitiva.
_________________________________________________________
38. Mediante promessa de pagamento de cem reais, a intro-metida
vizinha Florisbela participa dolosamente do infanti-cdio executado
pela jovem me Aldegunda que, em de-sespero, se encontrava ento sob
forte influncia do esta-do puerperal. Sobre Florisbela, vista do
entendimento hoje dominante na doutrina, com esses dados em
princ-pio pode-se afirmar que
(A) responderia por homicdio doloso qualificado, caso a
lei brasileira classificasse o infanticdio como modali-dade
privilegiada de homicdio.
(B) responderia por homicdio privilegiado, com Aldegunda,
caso a lei brasileira classificasse o infanticdio como
modalidade privilegiada de homicdio.
(C) responde por homicdio qualificado. (D) responde por
infanticdio qualificado. (E) responde por infanticdio privilegiado,
com Aldegunda.
_________________________________________________________
39. Com relao aos crimes contra a honra regulados pelo Cdigo
Penal,
(A) constitui calnia a imputao dolosamente falsa, for-
mulada em desfavor de vtima j morta, de prtica anterior de vias
de fato contra algum.
(B) admissvel, na calnia, a exceo da verdade, sal-
vo se, constituindo o fato imputado crime de ao privada, o
ofendido no foi condenado por sentena irrecorrvel.
(C) admissvel, na calnia, a exceo da verdade se
do crime imputado, embora de ao pblica, o ofen-dido foi
condenado por sentena irrecorrvel.
(D) h excluso do crime quando se tratar de ofensa
irrogada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seu
procurador.
(E) havendo retratao cabal na calnia e difamao, o
ru fica isento de pena.
_________________________________________________________
40. Considere quatro crimes de furto distintamente praticados
nas seguintes situaes: a) durante o repouso noturno; b) por agente
primrio quanto a coisa de pequeno valor; c) em concurso de agentes;
d) visando a subtrao de ve-culo automotor que venha a ser
transportado para o exte-rior. Respectivamente, a mais exata
classificao dessas situaes normativas
(A) qualificadora; privilgio; causa de aumento; qualifica-
dora. (B) causa de aumento; privilgio ou causa de diminui-
o; qualificadora; qualificadora. (C) qualificadora; privilgio ou
causa de diminuio; qua-
lificadora; qualificadora. (D) causa de aumento; causa de
diminuio; qualifica-
dora; causa de aumento. (E) qualificadora; privilgio;
qualificadora; causa de au-
mento.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
-
8 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
41. De acordo com o Cdigo Penal, correto afirmar: (A) O roubo
imprprio pode, ainda que excepcionalmen-
te, ser cometido sem violncia ou grave ameaa. (B) No latrocnio,
incide a causa de aumento tributvel
ao emprego de arma. (C) Classificam-se como hediondas trs
espcies de cri-
mes patrimoniais distintos, duas das quais consti-tuindo verses
apenas qualificadas e a ltima tam-bm em sua verso simples.
(D) Qualifica-se a extorso mediante sequestro, inclu-sive, se
este durar mais de 48 horas.
(E) Cabe a delao premiada na extorso.
_________________________________________________________ 42.
Segundo a lei brasileira, tratando-se de conduo de ve-
culo automotor, (A) no homicdio culposo, incide causa de
aumento
quando o crime praticado em faixa de pedestre, na calada ou rea
de estacionamento de veculos.
(B) no se aplicam as disposies da Lei no 9.099/95 ao crime de
leso corporal culposa.
(C) constata-se o crime de conduta sob embriaguez com a
concentrao de lcool por litro de sangue igual ou superior a 4
decigramas.
(D) afastar-se do local do acidente para fugir respon-sabilidade
civil ou penal uma faculdade do agente, desde que no haja vtimas
fisicamente lesionadas.
(E) poder haver crime de omisso de socorro ainda que a vtima
tenha sofrido morte instantnea.
_________________________________________________________ 43.
Com relao tortura, cabe afirmar:
(A) Genericamente trata-se de crime prprio. (B) No est
tipificada distintamente a conduta cometida
com finalidade puramente discriminatria. (C) Na verso
especificamente omissiva, trata-se de cri-
me comum. (D) Trata-se de crime insuscetvel de graa, porm no
de anistia. (E) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime
praticado
por brasileiro no estrangeiro.
_________________________________________________________ 44. Em
vista do direito vigente,
(A) o crime de posse de drogas ilcitas para consumo pessoal tem
prazo prescricional ordinrio de dois anos.
(B) o crime de associao para fins de trfico reclama a composio
mnima de 3 agentes.
(C) no trfico de drogas vedada a converso em pe-nas restritivas
de direitos, mesmo se cabvel luz dos critrios da parte geral do
Cdigo Penal.
(D) no trfico de drogas com causa especfica de dimi-nuio , em
tese, vivel a suspenso condicional da pena.
(E) a oferta gratuita de drogas no caracteriza a
traficn-cia.
_________________________________________________________ 45.
Segundo o Superior Tribunal de Justia, tratando-se de ar-
ma de fogo de uso permitido, com numerao ntegra ou raspada, a
chamada abolitio criminis temporria teve seu prazo temporal
respectivamente findo em
(A) 31 de dezembro de 2010 e 23 de junho de 2004. (B) 31 de
dezembro de 2010 e 23 de junho de 2005. (C) 31 de dezembro de 2010
e 23 de junho de 2006. (D) 31 de dezembro de 2009 e 23 de outubro
de 2005. (E) 31 de dezembro de 2009 e 23 de outubro de 2006.
Direito Processual Penal
46. Em relao ao inqurito policial e ao penal, correto
afirmar: (A) Depois de ordenado o arquivamento do inqurito
pela autoridade judiciria, por falta de base para a denncia, a
autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras
tiver notcia.
(B) Nos crimes de ao penal de iniciativa pblica condi-
cionada, a ao penal somente pode ser intentada mediante
representao do ofendido, mas a autori-dade policial pode instaurar
inqurito policial de of-cio.
(C) direito do defensor, no interesse do representado,
ter acesso amplo aos elementos de prova que, j do-cumentados em
procedimento investigatrio realiza-do por rgo com competncia de
polcia judiciria, digam respeito ao exerccio do direito de defesa,
sal-vo quando decretado o sigilo do inqurito policial.
(D) O perdo concedido por um dos querelantes se es-
tender aos demais. (E) No se admite renncia tcita na ao penal de
ini-
ciativa privada.
_________________________________________________________
47. No tocante interceptao das comunicaes telefnicas, (A) nos
termos da legislao pertinente, o prazo para
sua durao deve, regra geral, corresponder a no mximo 10 dias,
com possibilidade de renovao por igual tempo uma vez comprovada a
indispensabili-dade do meio de prova.
(B) no pode ser determinada pelo juiz, de ofcio ou a
requerimento da autoridade policial, na investigao criminal.
(C) no ser admitida quando o fato investigado consti-
tuir infrao punida, no mximo, com pena de deten-o.
(D) a violao do sigilo telefnico admitida constitucio-
nalmente, nas hipteses e na forma que a lei estabe-lecer, como
meio de prova de processo de qualquer natureza.
(E) nos termos da legislao pertinente, o prazo para a
interceptao de comunicaes telefnicas deve, re-gra geral,
corresponder a no mximo 15 dias, sem possibilidade de
prorrogao.
_________________________________________________________
48. Ao oferecer denncia pela prtica de homicdio dupla-mente
qualificado, o Ministrio Pblico requereu a decreta-o da priso
preventiva de Joo, (A) caso Joo seja primrio e tenha bons
antecedentes,
a priso preventiva no poder ser decretada. (B) caso o Juiz
decrete a priso preventiva, poder de-
pois revog-la se, no correr do processo, verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como de no-vo decret-la, se
sobrevierem razes que a justifi-quem.
(C) se Joo responder preso ao sumrio da culpa, no
caso de ele vir a ser pronunciado o Juiz no precisa-r
fundamentar a manuteno de Joo na priso.
(D) como se trata de crime grave, este fundamento su-
ficiente para a decretao da priso. (E) em razo do in dubio pro
reo, a deciso que denegar
a priso preventiva no precisa ser motivada.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 9
49. Em relao priso temporria,
(A) poder ser prorrogada quantas vezes forem ne-cessrias, desde
que a priso temporria seja im-prescindvel para investigao da infrao
penal.
(B) o preso somente pode ser posto em liberdade me-diante alvar
de soltura expedido pelo juiz que de-cretou a priso temporria.
(C) poder ser decretada em caso de crime grave ou he-diondo,
para assegurar a aplicao da lei penal.
(D) poder ser decretada em qualquer fase da investi-gao policial
ou do processo penal.
(E) o Juiz poder, de ofcio, determinar que o preso lhe seja
apresentado.
_________________________________________________________ 50.
Antnio, assistido por Defensor Pblico, foi condenado em
primeiro grau pela prtica do delito de roubo qualificado.
Interposto e arrazoado recurso de apelao contra esta deciso, a
defesa de Antnio no foi intimada da incluso, em pauta de
julgamento, do seu recurso de apelao. Diante disso,
(A) a intimao pessoal do Defensor Pblico era medida
necessria.
(B) apenas a intimao do Ministrio Pblico deveria ter sido
pessoal.
(C) a falta de intimao pela imprensa do Defensor P-blico causa
de nulidade absoluta.
(D) era necessria a intimao do Defensor Pblico por publicao no
rgo incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca.
(E) a intimao do Ministrio Pblico poderia ter sido feita por rgo
incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca.
_________________________________________________________ 51. Em
relao sentena no processo penal,
(A) a sentena conter a exposio sucinta da acusa-o, mas detalhada
da defesa.
(B) apenas no caso de sentena condenatria, a intima-o da sentena
ser feita ao ru, pessoalmente, se estiver preso.
(C) o assistente ser intimado na pessoa de seu advo-gado, mas o
querelante necessariamente ser inti-mado pessoalmente da sentena
condenatria.
(D) o tempo de priso provisria, de priso administra-tiva ou de
internao, no Brasil e no estrangeiro, se-r computado para fins de
determinao do regime inicial de pena privativa de liberdade.
(E) apenas a defesa pode, no prazo de 2 (dois) dias, opor
embargos de declarao, em razo de obscuri-dade, ambiguidade,
contradio ou omisso da sen-tena.
52. Em relao aos processos em espcie, de acordo com o Cdigo de
Processo Penal,
(A) na resposta, o acusado poder arguir preliminares e
alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e
justificaes. Deve, porm, em mo-mento posterior especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas.
(B) o procedimento comum ser sumrio, quando tiver
por objeto crime cuja sano mxima cominada seja igual ou inferior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
(C) nos procedimentos comum e sumrio, no caso de ci-
tao por edital, o prazo para o acusado responder acusao comea a
fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor
constitudo.
(D) o Juiz dever absolver sumariamente o acusado
quando verificar que a denncia manifestamente inepta.
(E) a denncia ou queixa apenas ser rejeitada quando
faltar pressuposto processual ou condio para o exerccio da ao
penal.
_________________________________________________________
53. De acordo com a Lei no 9.099/95,
(A) no se admitir proposta de suspenso condicional do processo
se ficar comprovado ter sido o agente beneficiado anteriormente, no
prazo de 5 (cinco) anos, por outra suspenso condicional do
processo.
(B) aceita a transao penal, caber apelao da deci-
so judicial que aplicar a pena restritiva de direitos ou
multa.
(C) no procedimento sumarssimo, caber recurso em
sentido estrito da deciso de rejeio da denncia ou queixa.
(D) em caso de infrao de menor potencial ofensivo, a
composio dos danos civis ser reduzida a escrito e, homologada
pelo juiz mediante sentena irrecorr-vel, ter eficcia de ttulo a ser
executado no prprio Juizado Especial Criminal.
(E) a competncia do Juizado ser determinada, em re-
gra, pelo local de residncia do ofendido.
_________________________________________________________
54. Em relao aos recursos no processo penal, correto
afirmar:
(A) O recurso poder ser interposto pelo Ministrio P-
blico, ou pelo querelante, ou pelo ru, seu procura-dor ou seu
defensor.
(B) Caber recurso em sentido estrito da deciso que
impronunciar o ru. (C) Caber recurso em sentido estrito da
deciso que
deferir pedido de priso preventiva. (D) Convencido pelas
contrarrazes da defesa, o Minis-
trio Pblico poder desistir do recurso que haja in-terposto.
(E) Caber recurso em sentido estrito da deciso que
conceder, mas no da que negar fiana.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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10 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
55. Jos, preso preventivamente pela prtica do delito de tr-fico
de entorpecentes, impetrou habeas corpus em causa prpria no
Tribunal local. Segundo o Cdigo de Processo Penal,
(A) se o Tribunal verificar que j cessou a violncia ou
coao ilegal, julgar o mrito do pedido da impetra-o.
(B) o pedido somente pode ser conhecido depois de a Defensoria
Pblica devidamente arrazo-lo.
(C) caso o habeas corpus seja concedido em virtude de nulidade
do processo, este no pode ser renovado, em razo da proibio de bis
in idem.
(D) havendo empate na votao, se o presidente no ti-ver tomado
parte na votao, proferir voto de de-sempate, ou, no caso contrrio,
prevalecer a deci-so mais favorvel ao paciente.
(E) o Ministrio Pblico no poderia ter impetrado habeas corpus em
favor de Jos.
_________________________________________________________ 56.
Segundo a Lei de Execuo Penal, so rgos da execu-
o penal:
(A) o Conselho da Comunidade e a direo do estabele-cimento
prisional.
(B) a Defensoria Pblica e o Patronato, mas no o Mi-nistrio
Pblico.
(C) o Juzo da Execuo Penal e o Conselho Peniten-cirio.
(D) o Conselho Nacional de Poltica Criminal e Peniten-ciria, mas
no o Patronato.
(E) a direo do estabelecimento prisional e os Departa-mentos
Penitencirios, mas no a Defensoria Pbli-ca.
_________________________________________________________ 57. Em
relao s disposies constitucionais aplicveis ao
direito processual penal,
(A) em caso de crimes processados mediante ao pe-nal de
iniciativa pblica, o oferecimento da ao pe-nal de competncia
privativa e exclusiva do Minis-trio Pblico.
(B) a pena ser cumprida em estabelecimentos distin-tos, de
acordo com a natureza do delito, o sexo e tambm a idade do
apenado.
(C) a defesa tcnica no processo penal, como garantia exclusiva
do acusado, renuncivel, desde que a renncia seja homologada pelo
juiz constitucional-mente competente.
(D) a garantia constitucional da durao razovel do pro-cesso
somente se aplica segunda fase da perse-cuo penal, consubstanciada
na ao penal de co-nhecimento de natureza condenatria.
(E) a regra, no processo penal, a publicidade restrita, em razo
do carter infamante do processo penal.
Direito Constitucional
58. O princpio constitucional da reserva de jurisdio incide
sobre os seguintes direitos fundamentais:
(A) liberdade de conscincia e de crena e liberdade de manifestao
do pensamento.
(B) inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas e liberdade de ma-nifestao do
pensamento.
(C) inviolabilidade de domiclio e inviolabilidade do sigilo
das comunicaes telefnicas. (D) liberdade de conscincia e de
crena e inviolabili-
dade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das
pessoas.
(E) inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas e inviolabilidade de domiclio.
_________________________________________________________
59. A disciplina constitucional que rege o estado de stio e o
estado de defesa autoriza expressamente a imposio de restries a
determinados direitos e garantias fundamen-tais. Em ambos os casos
(estado de stio e estado de de-fesa), admite-se, segundo o texto
constitucional, que se-jam restringidos:
(A) o direito inviolabilidade do domiclio e o direito de
propriedade. (B) o direito de reunio e o direito ao sigilo de
corres-
pondncia. (C) o direito inviolabilidade do domiclio e o direito
ao
sigilo de comunicao telegrfica e telefnica. (D) o direito de
reunio e o direito de propriedade. (E) o direito de propriedade e o
direito ao sigilo de co-
municao telegrfica e telefnica.
_________________________________________________________
60. Segundo a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, correto
afirmar que as medidas provisrias
(A) no podem ser objeto de controle abstrato de cons-
titucionalidade, uma vez que no possuem a nature-za jurdica de
lei.
(B) podem ser objeto de controle abstrato de constitu-
cionalidade no que tange aos seus aspectos formais, mas no em
relao aos seus aspectos materiais e aos requisitos de urgncia e
relevncia para a sua edio, os quais se submetem discricionariedade
do Presidente da Repblica.
(C) podem ser objeto de controle abstrato de constitucio-
nalidade no que tange aos seus aspectos formais e materiais, mas
no em relao aos requisitos de ur-gncia e relevncia para a sua edio,
os quais se submetem discricionariedade do Presidente da
Re-pblica.
(D) podem ser objeto de controle abstrato de constitucio-
nalidade no que tange aos seus aspectos formais e materiais, bem
como, excepcionalmente, em relao aos requisitos de urgncia e
relevncia para a sua edio.
(E) podem ser objeto de controle abstrato de constitu-
cionalidade somente depois de convertidas em lei.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 11
61. Segundo a Smula Vinculante nmero 21 do Supremo Tri-bunal
Federal, a exigncia de depsito ou arrolamento prvios de dinheiro ou
bens para admissibilidade de re-curso administrativo
(A) constitucional, na medida em que tambm se exige
o pagamento de taxas para a interposio de recur-sos na esfera
judicial.
(B) inconstitucional, por violar o direito de amplo acesso
ao Poder Judicirio. (C) constitucional, ressalvados os casos que
importem
nus manifestamente abusivo e desproporcional. (D)
constitucional, vez que no impede o exerccio do di-
reito de amplo acesso ao Poder Judicirio. (E) inconstitucional,
por violar o direito de petio e
ampla defesa.
_________________________________________________________ 62.
Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, as
Comisses Parlamentares de Inqurito, em razo dos po-deres de
investigao prprios das autoridades judiciais que lhes so conferidos
pelo artigo 58, 3o da Constitui-o Federal, esto autorizadas a
decretar, por ato devida-mente fundamentado e em relao s pessoas
por elas in-vestigadas, a
(A) aplicao de multas e quebra do sigilo bancrio. (B)
indisponibilidade de bens e quebra de sigilo
bancrio. (C) priso e aplicao de multa. (D) quebra de sigilos
bancrio, fiscal e de registros tele-
fnicos. (E) indisponibilidade de bens e quebra de sigilo
fiscal.
_________________________________________________________ 63.
Acerca da disciplina da Defensoria Pblica na Constituio
Federal e do entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a
matria, correto afirmar que
(A) inconstitucional a norma estadual que atribua
Defensoria Pblica do Estado a defesa judicial de servidores
pblicos estaduais processados civil ou criminalmente em razo do
regular exerccio do cargo.
(B) a vedao ao exerccio, pelo Defensor Pblico, da
advocacia fora de suas atribuies institucionais inci-de somente
aps a fixao dos subsdios aplicveis s carreiras tpicas de
Estado.
(C) constitucional a norma estadual que imponha
Defensoria Pblica do Estado a obrigatoriedade de assinatura de
convnio exclusivo com a OAB ou com qualquer outra entidade para a
prestao de servio jurdico integral e gratuito aos necessitados.
(D) constitucional a norma estadual que estabelea a
vinculao da Defensoria Pblica Secretaria de Justia do respectivo
estado-membro.
(E) constitucional a norma estadual que disponha so-
bre a contratao temporria de advogados para o exerccio da funo
de defensor pblico no mbito da Defensoria Pblica do estado-membro
corres-pondente.
64. Em relao aos eventos pblicos de defesa da legalizao ou
descriminalizao do uso de drogas, o Supremo Tribunal Federal
decidiu que so
(A) vedados, pois configuram o crime de apologia de fa-to
criminoso.
(B) admitidos, uma vez que correspondem ao exerccio dos direitos
de reunio e de manifestao de pen-samento.
(C) vedados, pois configuram o crime de induzir, instigar ou
auxiliar algum ao uso indevido de droga.
(D) admitidos, uma vez que correspondem ao exerccio dos direitos
de associao e de manifestao de pensamento.
(E) admitidos, uma vez que correspondem ao exerccio dos direitos
de associao e de resistncia.
_________________________________________________________
Direito Administrativo
65. A Defensoria Pblica do Estado da Paraba adquiriu
equi-pamentos de informtica por meio de licitao, na modalidade
concorrncia a que se refere o artigo 22 da Lei no 8.666/93, os
quais deveriam ser entregues no prazo de 30 dias aps a assinatura
do contrato. Transcorrido o prazo definido no ajuste para execuo do
objeto, a contratada no adimpliu a obrigao. Nessa situao, a
Administrao est autorizada a
(A) iniciar procedimento para aplicao de multa, sano que, pela
natureza, prescinde, para sua incidncia, de estar prevista no
instrumento convocatrio ou no contrato.
(B) iniciar procedimento para rescindir unilateralmente o
contrato, hiptese em que ficar impedida de aplicar multa e demais
sanes previstas em lei; no entanto, permitir que a Administrao
contrate diretamente o mesmo objeto, por meio de dispensa de
licitao fundamentada na situao de emergncia.
(C) iniciar procedimento sancionatrio para aplicao de multa, na
forma prevista no contrato, o que no a impedir de rescindir
unilateralmente o ajuste e aplicar outras sanes previstas em
lei.
(D) realizar nova contratao do mesmo objeto, situao em que no h
exigncia de que o contrato vigente seja rescindido.
(E) aplicar ao contratado, garantida a defesa prvia, a sano de
suspenso temporria de participao em licitao e impedimento de
contratar com a Adminis-trao, por prazo de 5 anos.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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12 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
66. Considerando a natureza jurdica dos convnios
administra-tivos, correto afirmar que referidos ajustes (A) podem
ser firmados entre pessoas administrativas,
hiptese em que no h obrigatoriedade de autori-zao legislativa,
requisito de validade exigido nos casos em que so firmados entre
pessoas de direito pblico e entidades privadas, porquanto, nesse
ltimo caso, os interesses no so paralelos e comuns e h repasse de
recursos pblicos entidade de direito privado.
(B) so firmados entre pessoas administrativas, hiptese em que h
obrigatoriedade de autorizao legislativa, sob pena de nulidade de
pleno direito, porquanto so instrumentos utilizados para realizao
de transfe-rncias voluntrias.
(C) podem ser firmados entre pessoas administrativas, hiptese em
que poder haver necessidade de autorizao legislativa, como
requisito de validade do ajuste, e entre pessoas de direito pblico
e entidades privadas, desde que, nessa ltima hiptese, no haja
repasse de recursos pblicos.
(D) podem ser firmados entre pessoas administrativas, ou entre
estas e entidades privadas, havendo, neste ltimo caso, interesses
contrapostos, razo pela qual h necessidade de autorizao legislativa
e, no primeiro, interesses paralelos e comuns necessrios para
desenvolvimento de atividades de competncia co-mum definidas no
artigo 23 da Constituio Federal.
(E) podem ser firmados entre pessoas administrativas, ou entre
estas e entidades privadas, para realizao de objetivos de interesse
comum, mediante mtua colabo-rao, independentemente de autorizao
legislativa.
_________________________________________________________
67. A Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar no
101/2000, traz o conceito de transferncia voluntria e estabelece os
requisitos para que ela se realize. A partir da definio legal,
correto afirmar que (A) as transferncias voluntrias
consubstanciam-se na
entrega de recursos correntes ou de capital de um ente da
federao para outro em cumprimento de expressa determinao
constitucional ou legal.
(B) a entrega de recursos de capital a outro ente da federao no
considerada, pela lei, como transfe-rncia voluntria, mesmo quando
seja feita a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia
financeira.
(C) as transferncias voluntrias so necessariamente formalizadas
por meio de convnios, sob pena de nulidade de pleno direito.
(D) a entrega de recursos correntes ou de capital de um ente da
federao para outro a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia
financeira considerada, pela lei, como transferncia voluntria,
desde que no decorra do cumprimento de determinao constitucional ou
legal ou se destine ao Sistema nico de Sade.
(E) a realizao de transferncias voluntrias independe da
existncia de dotao oramentria especfica e da observncia do disposto
no artigo 167, X, da Constituio Federal.
Direito da Criana e do Adolescente
68. Tomando por base as disposies trazidas pelo Estatuto da
Criana e do Adolescente com relao apurao de ato infracional
praticado por adolescente, pode-se afirmar: (A) Se a autoridade
policial que receber a ocorrncia en-
tender no ser caso de apreenso do adolescente em flagrante, mas
ainda houver indcios de sua parti-cipao na prtica de ato
infracional, far ela o enca-minhamento de relatrio de investigao e
demais documentos ao representante do Ministrio Pblico.
(B) Em caso de no liberao do adolescente acusado da prtica de
ato infracional, a autoridade policial o encaminhar ao
representante do Ministrio Pblico e, em no sendo possvel a
apresentao imediata e no houver entidade de atendimento na regio a
re-ceb-lo, o mesmo permanecer na repartio policial em local
apropriado e separado dos demais, no pe-rodo mximo de uma
semana.
(C) Em caso de flagrante por ato infracional no cometi-do com
violncia ou grave ameaa pessoa, a auto-ridade policial dever lavrar
auto de apreenso em flagrante, no podendo substitu-lo por registro
de boletim de ocorrncia circunstanciado, remetendo-o autoridade
competente.
(D) Em caso de apreenso em flagrante envolvendo co-autoria entre
adolescente e maior, mesmo onde hou-ver repartio policial
especializada para atendi-mento do primeiro, prevalecer a repartio
policial comum, haja vista que, nesse caso, dever ser la-vrado o
auto de priso em flagrante delito.
(E) Apresentado o adolescente ao representante do Mi-nistrio
Pblico, este proceder sua oitiva informal, sempre que estiver
acompanhado de seus pais ou responsvel e, em caso de ausncia destes
no ato, proceder redesignao de data.
_________________________________________________________
69. uma das atribuies do Conselho Tutelar, segundo o
Estatuto da Criana e do Adolescente: (A) Oferecer em sua sede
reforo escolar, a fim de ga-
rantir aes de complementao de contraturno es-colar.
(B) Representar autoridade judiciria em caso de aes de suspenso
ou perda do poder familiar.
(C) Expedir notificaes. (D) Assessorar o Poder Legislativo na
elaborao de leis
que assegure direitos e garantias criana e ao adolescente.
(E) Manter em sua sede um profissional da psicologia, a fim de
garantir o atendimento psicolgico s famlias.
_________________________________________________________
70. A respeito da suspenso e perda do poder familiar,
correto afirmar: (A) Se o requerido estiver preso, poder ser
citado na
pessoa de seu advogado ou por edital. (B) Sero decretadas
somente por autoridade policial,
em procedimento verificatrio, no primeiro caso, e contraditrio,
no segundo.
(C) A suspenso no pode ser determinada liminarmen-te ou de forma
incidental, pela autoridade judiciria, mas somente aps a finalizao
do procedimento verificatrio.
(D) O prazo mximo para concluso do procedimento de 120 (cento e
vinte) dias, segundo o Estatuto da Criana e do Adolescente ECA.
(E) Somente a deciso judicial sobre perda, e no a sus-penso do
poder familiar, dever ser averbada margem do registro de nascimento
da criana e do adolescente, independentemente do trnsito em
jul-gado da deciso.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
-
DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 13
71. So linhas de ao da poltica de atendimento criana e ao
adolescente, segundo o Estatuto da Criana e do Ado-lescente:
(A) retomar prticas referentes doutrina da situao
irregular, protegendo crianas e adolescentes de sua condio de
vulnerabilidade social.
(B) realizar campanha de estmulo ao acompanhamento
sob forma de guarda e adoo de crianas ou ado-lescentes com
deficincia, afastados do convvio fa-miliar.
(C) adotar prticas higienistas, cuidando para que crian-
as e adolescentes no fiquem expostos a riscos, re-colhendo-os da
situao de rua, caso nessa condi-o se encontrem.
(D) produzir cursos e organizar eventos que indiquem
opinio pblica que o sistema de responsabilizao do adolescente
pela prtica de ato infracional se coaduna com a doutrina da
indiferena penal.
(E) estimular o recrudescimento no trato com as famlias
que foram includas em programas de transferncia de renda, mas
que no reverteram tal benefcio em prol da educao de suas crianas e
adolescentes.
_________________________________________________________ 72.
Com relao medida socioeducativa aplicada a adoles-
cente autor de ato infracional, correto afirmar:
(A) No caso de ser ela a medida de advertncia, esta ser sempre
na modalidade verbal, sem necessida-de de reduo de seu teor a
termo.
(B) No ser levada em conta a gravidade da infrao
praticada. (C) Em algumas hipteses, poder ser determinada a
imposio de trabalho forado, se o adolescente j tiver completado
dezesseis anos de idade.
(D) A imposio do cumprimento de medida de semili-
berdade se dar sempre como forma derivada de in-sero em regime
mais brando, no podendo o ado-lescente iniciar seu acompanhamento
nessa moda-lidade.
(E) Levar-se- em conta, para sua aplicao, a capaci-
dade de o adolescente cumpri-la.
_________________________________________________________
Direito do Idoso
73. Quanto ao direito sade do idoso, correto afirmar:
(A) Compete Unio, aos Estados e aos Municpios, subsidiariamente,
o fornecimento de medicamentos e tratamentos mdicos necessrios ao
idoso.
(B) A clusula que prev a possibilidade de aumento de
valores em razo da idade em contratos de planos de sade vlida
desde que acompanhada de estu-do que comprove o equilbrio
econmico-financeiro do contrato.
(C) O tratamento domiciliar, seja oferecido pelo SUS ou
pelo plano de sade, garantido ao idoso como for-ma de preveno e
manuteno de sua sade.
(D) Caber ao idoso e seus familiares decidir qual o tra-
tamento mdico que se lhe reputa mais favorvel. (E) No caso de o
estabelecimento hospitalar no manter
instalaes adequadas, pode-se permitir que o idoso tenha um
acompanhante, preferencialmente de sua famlia.
74. Quanto aos direitos dos idosos, correto afirmar:
(A) As transaes relativas a alimentos podero ser ce-lebradas
perante o Defensor Pblico, que as referen-dar, e passaro a ter
efeito de ttulo executivo ex-trajudicial nos termos da lei
processual civil.
(B) Lei local pode instituir desconto de 50% (cinquenta
por cento) nos ingresso para eventos artsticos, cul-turais,
esportivos e de lazer.
(C) A todos idosos que no possuam meios para prover
sua subsistncia, nem de t-la provida por sua fa-mlia, assegurado
o benefcio mensal de 1 (um) salrio-mnimo.
(D) A todos idosos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos pblicos urbanos e semi-urba-nos, exceto
nos servios seletivos e especiais, quan-do prestados paralelamente
aos servios regulares.
(E) No sistema de transporte coletivo interestadual obser-
var-se- a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veculo para
todos idosos e o desconto de 50% (cin-quenta por cento), no mnimo,
no valor das passa-gens, para os idosos que excederem as vagas
gratui-tas.
_________________________________________________________
75. O Estatuto do Idoso define o idoso como aquele com ida-de
igual ou superior a
(A) 60 (sessenta) anos, garantindo a ele todos os direi-
tos previstos no respectivo diploma legal.
(B) 65 (sessenta e cinco) anos, garantindo a ele todos os
direitos previstos no respectivo diploma legal.
(C) 70 (setenta) anos, garantindo a ele todos os direitos
previstos no respectivo diploma legal.
(D) 60 (sessenta) anos, mas estabelecendo idades e
cir-cunstncias diferenciadas para o exerccio pleno de todos os
direitos previstos no respectivo diploma le-gal.
(E) 65 (sessenta e cinco) anos, mas estabelecendo ida-des e
circunstncias diferenciadas para o exerccio pleno de todos os
direitos previstos no respectivo di-ploma legal.
_________________________________________________________
76. Constituem obrigaes das entidades de atendimento ao idoso,
pblicas ou privadas, todas as abaixo, EXCETO:
(A) proporcionar cuidados sade, conforme a necessi-
dade do idoso.
(B) fornecer vesturio adequado e alimentao sufi-ciente.
(C) propiciar assistncia religiosa queles que deseja-rem, de
acordo com suas crenas.
(D) diligenciar no sentido da preservao dos vnculos
familiares.
(E) comunicar autoridade competente de sade toda ocorrncia de
idoso portador de doenas infecto-contagiosas.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
-
14 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
77. Acerca da defesa do idoso em juzo, correto afirmar: (A) O
Ministrio Pblico tem legitimidade para atuar na
defesa de qualquer direito individual previsto no Es-tatuto do
Idoso.
(B) O Ministrio Pblico dever atuar como custus legis apenas nos
casos de aes que tenham por objeto direitos difusos, coletivos e
individuais homogneos.
(C) A Unio, os Estados e os Municpios tm legitimi-dade para
atuar na defesa dos direitos individuais in-disponveis do
idoso.
(D) A Defensoria Pblica no tem legitimidade para a tutela
coletiva do idoso.
(E) O juiz poder impor multa diria ao ru para garantir o
cumprimento da sentena ou da deciso liminar, que ser exigvel assim
que expirado o prazo estabelecido na deciso para o seu cumprimento,
revertendo em benefcio do idoso.
_________________________________________________________
Direito do Consumidor 78. De acordo com a jurisprudncia do STJ
sobre direito do
consumidor, (A) nos contratos bancrios, possvel ao julgador
co-
nhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas. (B) da anotao
irregular em cadastro de proteo ao
crdito, cabe indenizao por dano moral, ainda quando preexistente
legtima inscrio.
(C) a Defensoria Pblica, na tutela coletiva dos consumi-dores, s
tem legitimidade para atuar quando tratar de direitos individuais
homogneos.
(D) no se aplica o Cdigo de Defesa do Consumidor quando o servio
prestado pelo banco tratar de po-ltica governamental, desfigurando
a relao de con-sumo, como no caso de financiamento estudantil.
(E) as instituies financeiras respondem subjetivamen-te pelos
danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
praticados por terceiros no mbito de operaes bancrias.
_________________________________________________________ 79.
Quanto legislao aplicvel s relaes de consumo,
correto afirmar: (A) Pelo princpio da especialidade, a regra
geral a
adoo do Cdigo de Defesa do Consumidor CDC, aplicando-se
subsidiariamente o Cdigo Civil ou ou-tra legislao especfica apenas
quando omisso o CDC e no que com ele no conflitar.
(B) Pelo princpio da especialidade, nas aes coletivas que tm por
objeto relaes de consumo, aplica-se preferencialmente o Cdigo de
Defesa do Consumi-dor e, apenas em caso de omisso,
subsidiaria-mente deve ser aplicado o Cdigo de Processo Civil e a
Lei de Ao Civil Pblica.
(C) No mbito penal, configurada a relao jurdica de
consumo, apenas as condutas tipificadas no Cdigo de Defesa do
Consumidor so punveis, restando a aplicao do Cdigo Penal apenas
quanto sua par-te geral.
(D) Ante o exaustivo regime contratual estabelecido pelo Cdigo
de Defesa do Consumidor, entende-se que no se aplicam s relaes de
consumo os defeitos do negcio jurdico previstos no Cdigo Civil.
(E) Pela teoria do dilogo das fontes, deve-se buscar a aplicao,
tanto quanto possvel, de todas as nor-mas que tratam do tema,
gerais ou especiais, de modo a garantir a tutela mais efetiva ao
grupo vul-nervel protegido pela lei, o que pode levar, por exemplo,
aplicao do Cdigo Civil em detrimento do Cdigo de Defesa do
Consumidor quando o pri-meiro for mais favorvel.
80. Acerca da responsabilidade civil nas relaes de consu-mo,
correto afirmar: (A) A vtima de atropelamento de um nibus
comercial
que transportava passageiros tambm considera-da como consumidora
para os fins de responsabili-zao civil, ainda que no tenha nenhum
vnculo contratual com a empresa prestadora do servio.
(B) cabvel a responsabilizao do fabricante de faca pelo fato do
produto em razo de o consumidor ter se cortado ao manuse-la durante
o preparo de uma refeio.
(C) Como regra, por se tratar de obrigao de meio, a
responsabilidade civil dos mdicos, profissionais li-berais que so,
subjetiva, enquanto que a dos hos-pitais, qualificados como
fornecedores de servios, nas mesmas circunstncias, objetiva.
(D) O consumidor que adquire um produto com defeito pode, a seu
critrio, exigir imediatamente do comer-ciante a substituio do
produto, a restituio da quantia paga ou o abatimento proporcional
do preo.
(E) O comerciante, o fabricante, o produtor e o importa-dor
respondem objetiva e solidariamente pelos da-nos causados ao
consumidor pelo fato do produto.
_________________________________________________________
81. Sobre a proteo contratual do consumidor, correto
afirmar: (A) nula a clusula de eleio de foro, devendo o juiz
decret-la de ofcio quando o consumidor ajuizar a ao no foro
eleito que seja diferente do seu foro de domiclio.
(B) possvel a estipulao de clusula de opo de no renovao de
contrato de seguro de vida em grupo, desde que haja idntica previso
em benef-cio do consumidor, quando houver desequilbrio
eco-nmico-financeiro no contrato.
(C) possvel a estipulao de clusula de ressarci-mento do
fornecedor pelas despesas de envio e de-voluo decorrentes do
arrependimento do consu-midor quando a aquisio do produto d-se fora
do estabelecimento comercial.
(D) No caso de reconhecimento da abusividade de uma clusula,
cabe ao juiz decretar a nulidade de todo o negcio jurdico, de modo
a garantir a boa-f nas re-laes de consumo.
(E) A nulidade de clusulas consideradas abusivas s pode ser
decretada nos contratos de adeso, j que nos contratos nos quais as
clusulas foram discuti-das pelas partes deve prevalecer a
manifestao e a autonomia da vontade.
_________________________________________________________
82. Quanto tutela extrajudicial das relaes de consumo,
individual ou coletiva, correto afirmar: (A) A conveno coletiva
de consumo pode ser firmada,
de um lado, pelos legitimados para a ao civil pbli-ca, e, de
outro lado, pelas associaes ou sindicatos de fornecedores.
(B) A conveno coletiva de consumo obriga todos os fornecedores
de determinada categoria ou classe, desde que sediados ou atuantes
na rea de atribui-o territorial da associao ou sindicato
signatrio.
(C) O termo de ajustamento de conduta, no mbito das relaes de
consumo, pode ser firmado por quais-quer dos legitimados para a ao
civil pblica.
(D) Um termo de ajustamento de conduta firmado por um dos
integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor no impede
que outro, desde que mais vantajoso para o consumidor, seja
lavrado.
(E) A Defensoria Pblica no compe o Sistema Nacio-nal de Defesa
do Consumidor, seja em razo de sua autonomia constitucional, seja
porque sua atuao nessa seara eminentemente judicial.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 15
Direitos Humanos
83. Com a promulgao da Lei no 12.847, de 02 de agosto de 2013, o
Brasil cumpriu a obrigao assumida no Protocolo Facultativo da
Conveno contra a Tortura e Outros Trata-mentos ou Penas Cruis,
Desumanos ou Degradantes da ONU de criar o Mecanismo Preventivo
Nacional. De acor-do com a citada lei e com a Lei Complementar no
80/1994, alterada pela Lei Complementar no 132/2009, que
estabe-lece a prevalncia e efetividade dos direitos humanos como um
dos objetivos da Defensoria Pblica, correto afirmar: (A) Os
representantes da Defensoria Pblica participa-
ro do Mecanismo Nacional de Preveno e Comba-te Tortura na condio
de convidados em carter permanente e com direito a voz.
(B) As Defensorias Pblicas podero integrar o Sistema Nacional de
Preveno e Combate Tortura, que possui atribuies de realizar o
monitoramento, a superviso e o controle de estabelecimentos e
uni-dades onde se encontrem pessoas privadas de liberdade, ou de
promover a defesa dos direitos e interesses dessas pessoas.
(C) Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios pode-ro criar
mecanismos preventivos de combate tortura, em consonncia com o
Protocolo Facultativo Conveno das Naes Unidas contra a Tortura e
Outros Tratamentos ou Penas Cruis, Desumanos ou Degradantes, com o
estmulo das Defensorias Pblicas dos Estados e do Distrito
Federal.
(D) O Comit Nacional de Preveno e Combate Tortura ser composto
por onze peritos, escolhidos pelo Mecanismo Nacional de Preveno e
Combate Tortura entre pessoas com notrio conhecimento e formao de
nvel superior, atuao e experincia na rea de preveno e combate
tortura e a outros tratamentos ou penas cruis, desumanos ou
degra-dantes, e nomeados pelo Presidente da Repblica para mandato
fixo de trs anos, permitida uma re-conduo, e trabalhar de forma
articulada com as Defensorias Pblicas.
(E) As visitas peridicas e regulares dos defensores p-blicos a
pessoas privadas de liberdade, em estabele-cimentos penais, locais
de internao, centros de deteno, instituies socioeducativas para
adoles-centes e aqueles destinados custdia ou ao acolhimento, para
verificao das condies de fato e de direito a que se encontram
submetidas, bem como para comunicao com tais pessoas, depen-dero de
prvia articulao com os rgos legais de preveno e combate tortura
para a fixao das estratgias de atuao.
84. A respeito da dignidade humana, considere as seguintes
afirmaes:
I. Na jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal
possvel identificar usos habituais da dignidade hu-mana na
fundamentao da criao jurisprudencial de novos direitos, na formatao
da interpretao adequada das caractersticas de um determinado
direito, na criao de limites ao do Estado e na fundamentao do juzo
de ponderao e escolha da prevalncia de um direito em prejuzo de
outro.
II. Segundo o iluminista John Locke, a dignidade hu-
mana consiste que cada indivduo um fim em si mesmo, com
autonomia para se comportar de acor-do com seu arbtrio, nunca um
meio ou instrumento para a consecuo de resultados, no possuindo
preo por ser insubstituvel. Assim, o ser humano tem o direito de
ser respeitado pelos demais e tambm deve reciprocamente
respeit-los.
III. O imperativo categrico de So Toms de Aquino
reconhece a dignidade como qualidade inerente ao ser humano que
nos separa dos demais seres e objetos, na medida em que a pessoa
uma subs-tncia individual de natureza racional e centro da criao
pelo fato de ser imagem e semelhana de Deus.
IV. A dignidade da pessoa no deve ser considerada
exclusivamente como algo inerente natureza hu-mana, na medida em
que possui tambm um senti-do cultural fruto do trabalho de diversas
geraes e da humanidade em seu todo, de modo que as dimenses natural
e cultural se complementam e interagem.
V. Hannah Arendt, ao refletir sobre a trgica experin-
cia dos totalitarismos do sculo XX, verificou que a poltica de
supresso de nacionalidade alem a grupos minoritrios exclua as
vtimas de toda a proteo jurdica com a privao das qualidades
concretas do ser humano, reduzindo a dignidade humana a puro
conceito. Arendt concluiu que a essncia dos direitos humanos o
direito a ter direitos.
Esto corretas APENAS as afirmaes:
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) II e IV.
(D) I, IV e V.
(E) I, III e V.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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16 DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva
85. Sobre os Programas Nacionais de Direitos Humanos, correto
afirmar: (A) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos pos-
suem fora vinculante para as aes dos rgos dos Poderes Executivo,
Legislativo, Judicirio e Minist-rio Pblico, bem como s aes
estratgicas da Defensoria Pblica de concretizao das polticas
pblicas de promoo dos direitos humanos.
(B) O II Programa Nacional de Direitos Humanos
(PNDH-2) lanou aes especficas referentes ao combate impunidade e
violncia policial, tendo obtido avanos, como a adoo de leis sobre o
re-conhecimento do prprio Estado da responsabilidade das mortes de
pessoas desaparecidas em razo de participao poltica, transferncia
da justia militar para a justia comum dos crimes dolosos contra a
vi-da praticados por policiais militares e a tipificao do crime de
tortura.
(C) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos con-
tam com a articulao do governo federal com a so-ciedade civil
para a elaborao da redao comum, reconhecendo-se, porm, o carter
governamental desses Programas, j que a sociedade civil cola-bora,
mas no decide.
(D) O III Programa Nacional de Direitos Humanos
(PNDH-3) causou ampla repercusso na mdia e em grupos de
interesses contrrios a determinadas ideias defendidas, gerando
alteraes no texto original, como, por exemplo, a posterior incluso
da mediao nos conflitos agrrios como medida preliminar avaliao da
concesso de medidas liminares.
(E) No Brasil, a competncia administrativa de realizar pol-
ticas pblicas de implementao de direitos humanos exclusiva da
Unio, j que as obrigaes de reparar os danos e prevenir condenaes
internacionais confir-mam o interesse deste ente federativo para
agir e estabelecer as aes estratgicas no plano interno.
_________________________________________________________ 86. No
tocante interpretao e aplicao dos tratados inter-
nacionais de direitos humanos, INCORRETO afirmar: (A) As
reservas Conveno Americana de Direitos
Humanos devem ser interpretadas restritivamente como diretriz
hermenutica do princpio da inter-pretao pro homine.
(B) O princpio da primazia da norma mais favorvel ao
indivduo insuficiente nos hard cases, nos quais dois direitos de
indivduos distintos entram em con-flito aparente, em decorrncia da
relatividade e coexistncia dos direitos humanos.
(C) O Supremo Tribunal Federal e a Corte Interamericana
de Direitos Humanos, com o intuito de tornar a in-terpretao dos
direitos humanos mais aberta e plural, podem admitir a participao
de amicus curiae.
(D) Nenhuma disposio do Pacto de San Jos da Costa
Rica pode ser interpretada no sentido de excluir outros direitos
e garantias inerentes ao ser humano ou que decorrem da forma
democrtica representativa de governo, como o direito de resistncia
e o direito de oposio a um governo injusto.
(E) A teoria da margem da apreciao baseada na
subsidiariedade da jurisdio internacional e ponderada pelo
princpio da proporcionalidade, sendo esse instru-mento de
interpretao adotado frequentemente pela Corte Interamericana de
Direitos Humanos.
87. Sobre a previso na Constituio Federal dos direitos humanos e
dos tratados internacionais de direitos humanos, correto afirmar:
(A) A Constituio Federal estabelece que as propriedades
urbanas e rurais de qualquer regio do pas onde for localizada a
explorao de trabalho escravo na forma da lei sero expropriadas e
destinadas reforma agrria e a programas de habitao popular, sem
qualquer indenizao ao proprietrio e sem prejuzo de outras sanes
previstas em lei.
(B) Nas hipteses de grave violao de direitos humanos,
o Procurador-Geral da Repblica e o Defensor Pblico-Geral
Federal, com a finalidade de assegurar o cum-primento de obrigaes
decorrentes de tratados inter-nacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, podero suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justia, em qualquer fase do inqurito ou processo,
incidente de deslocamento de competncia para a Justia Federal.
(C) A Constituio Federal dispe expressamente que a
Repblica Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrtico
de Direito e tem como fundamento a prevalncia dos direitos
humanos.
(D) Os tratados e convenes internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros,
sero equiva-lentes s emendas constitucionais, como ocorreu
recentemente com a Conveno Internacional sobre a proteo de direitos
de todos os migrantes traba-lhadores e membros de sua famlia.
(E) A Constituio Federal prev que o Brasil propugnar
pela formao de um tribunal internacional dos direitos humanos,
mas veda a submisso jurisdio do Tribunal Penal Internacional por
permitir a extradio de brasileiros.
_________________________________________________________
Direitos Difusos e Coletivos
88. Ao se deparar com a notcia de que os 1.000 veculos de um
especfico modelo produzidos por uma famosa marca italiana, vendidos
por US$1.000.000,00 cada, apresenta-vam um pequeno defeito no motor
que comprometia seu rendimento em alta velocidade, um indivduo
encaminhou pedido Defensoria Pblica da Paraba para que fossem
tomadas providncias para que se verificasse quantos desses veculos
foram importados para o Brasil e, em ca-so positivo, que fosse
intentada alguma medida para ga-rantir o recall. Nessa situao, a
melhor medida a ser ado-tada (A) a instaurao de inqurito civil para
averiguar os fa-
tos, pelo Defensor Pblico natural. (B) o ajuizamento de ao civil
pblica na defesa do di-
reito coletivo stricto sensu da coletividade dos con-sumidores
que adquiriram o veculo.
(C) o arquivamento do pedido com encaminhamento das
informaes para os rgos de proteo ao consu-midor, para que possam
adotar as providncias ca-bveis dentro de suas atribuies.
(D) o encaminhamento do pedido Defensoria Pblica
da Unio, j que se trata de competncia da Justia Federal por
envolver empresa sediada no exterior.
(E) o ajuizamento de ao cautelar preparatria da
principal, requerendo informaes sobre a efetiva importao de
algum desses veculos para o Brasil, antes de qualquer outra
providncia.
Caderno de Prova A01, Tipo 001
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DPEPB-Defensor Pblico-Primeira Fase Objetiva 17
89. Quanto sentena, coisa julgada e execuo nas aes coletivas
correto afirmar:
(A) A sentena coletiva de procedncia prolatada em processo
ajuizado pela Defensoria Pblica s pode ser executada
individualmente pela Defensoria P-blica, em favor dos necessitados,
para indivduos que no sejam necessitados no se beneficiem
inde-vidamente de sua atuao.
(B) Em razo da limitao territorial imposta pela Lei de Ao Civil
Pblica coisa julgada, a sentena coleti-va s produzir efeitos na
comarca em que foi prola-tada.
(C) A sentena que tratar de direitos difusos ou de direi-tos
coletivos pode ser executada apenas coletiva-mente, enquanto que a
sentena que tratar de direi-tos individuais homogneos pode ser
executada apenas individualmente, sem prejuzo, contudo, que uma
mesma sentena cuide de direitos difusos, cole-tivos ou individuais
homogneos.
(D) A execuo individual da sentena coletiva pode ser intentada
tanto no juzo sentenciante quanto no juzo do domiclio do
exequente.
(E) A sentena coletiva nas aes que versam sobre di-reitos
difusos ou coletivos deve ser genrica, en-quanto que a sentena que
tratar de direitos indivi-duais homogneos deve especificar o
quantum inde-nizatrio para cada vtima.
_________________________________________________________ 90. um
exemplo concreto de direito coletivo stricto sensu:
(A) Contaminao da orla de Joo Pessoa por vaza-mento de leo de
navio petroleiro.
(B) Suspenso do fornecimento de merenda em deter-minada escola
estadual, por ato do Governador do Estado, por falta de recursos
financeiros para nova licitao, prejudicando as crianas j
matriculadas.
(C) Suspenso dos festejos de So Joo em Campina Grande por
determinao do Prefeito do Municpio em razo do lixo que se acumula
em decorrncia da festa.
(D) Indenizao das vtimas de acidente rodovirio em razo de
abalroamento de nibus de passageiro com veculo de passeio
ocasionado pelas pssimas condies de manuteno de rodovia
federal.
(E) Suspenso da coleta de lixo no municpio de Bayeux, em razo do
trmino do contrato com a em-presa responsvel.
Princpios Institucionais de Defensoria Pblica
91. Priso em flagrante delito de Defensor Pblico do Estado
da Paraba
(A) ilegal, porque o Defensor Pblico possui imunidade, s sendo
admitida sua priso aps condenao transitada em julgado.
(B) legal, devendo ocorrer a comunicao imediata do
fato ao Defensor Pblico-Geral e o Defensor Pblico recolhido
priso especial.
(C) ilegal, porque a imunidade do Defensor Pblico cede
somente a partir da primeira deciso penal condena-tria,
prescindindo do trnsito em julgado.
(D) legal nos crimes dolosos contra a vida, porque no
Tribunal do Jri a soberania dos vereditos torna a priso em
flagrante vlida.
(E) ilegal tambm nos crimes dolosos contra a vida, por-
que somente o Tribunal de Ju