UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Ermelinda Piedade Mathias Oliveira Erika Barbosa de Araújo Glaucia Lima de Magalhães Theophilo Rebeca dos Santos Ivantes TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS PARA UNIVERSITÁRIOS - Foco: Inserção no Mercado de Trabalho -
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Ermelinda Piedade Mathias OliveiraErika Barbosa de Araújo
Glaucia Lima de Magalhães TheophiloRebeca dos Santos Ivantes
TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS PARA UNIVERSITÁRIOS- Foco: Inserção no Mercado de Trabalho -
NOVA IGUAÇU - RJ
2014
Ermelinda Piedade Mathias OliveiraErika Barbosa de Araújo
Glaucia Lima de Magalhães TheophiloRebeca dos Santos Ivantes
TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS PARA UNIVERSITÁRIOS- Foco: Inserção no Mercado de Trabalho -
Projeto de Intervenção Psicológica da disciplina
de Estágio Supervisionado básico II lecionada
pela Prof. Lucyenne Rosas para obtenção de nota
parcial de AV2
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
NOVA IGUAÇU - RJ
2014
SUMÁRIO Pág.
Nome do Projeto ............................................................................................ 03
Apresentação .................................................................................................. 03
Justificativa .................................................................................................... 04
Referencial Teórico ....................................................................................... 04
Objetivos ....................................................................................................... 10
Público Alvo ................................................................................................. 11
Desenvolvimento .......................................................................................... 11
Metodologia ................................................................................................... 11
Recursos ........................................................................................................ 16
Orçamento ..................................................................................................... 16
Cronograma ................................................................................................... 18
Avaliação ....................................................................................................... 18
Considerações Finais .................................................................................... 19
Referências .................................................................................................... 20
Anexos ........................................................................................................... 22
ANEXOS
Roteiro de Entrevista Semiestruturada ............................................................ 22
Descrição Inventário de Habilidades Sociais DEL PRETTE 2001 ................ 23
Folder e Panfleto de Divulgação do Projeto ................................................... 24
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NOME DO PROJETO
TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS PARA UNIVERSITÁRIOS
- Foco: Inserção no Mercado de Trabalho -
APRESENTAÇÃO
As pesquisas e estudos sobre as Habilidades Sociais (HS) tem aumentado
significativamente nos últimos anos, devido a sua importância em diferentes ambientes e ao
grande impacto que uma defasagem em habilidades sociais pode gerar na vida do indivíduo
em diversos níveis, inclusive profissional. Consequentemente, o Treinamento em Habilidades
Sociais (THS) tem se tornado cada vez mais frequente, principalmente em contextos que
buscam se manter atualizado com as inovações, a fim de gerar constante desenvolvimento
tanto nas características relacionadas ao trabalho, quanto nas influências a nível pessoal.
Desta forma, com base nos atuais desafios referentes à inserção e manutenção de
qualquer profissional no mercado de trabalho e a crescente valorização de competências e
habilidades relacionadas as relações interpessoais nesse contexto, como valorização do
trabalho em equipe, criatividade, intuição, autonomia na tomada de decisões, entre outros,
propõe-se um programa de Treinamento de Habilidades Sociais (THS) a ser realizado em um
grupo formado por universitários em fase final de graduação em diversas áreas. O programa
tem uma duração de 14 sessões semanais de aproximadamente 02 (duas) horas cada, sendo
planejado em módulos teórico e prático, que ocorrem em uma mesma sessão. A avaliação da
intervenção final é realizada por meio da aplicação de um teste psicológico, ou seja, um
inventário do tipo auto relato, a ser realizado antes e depois da intervenção, complementado
com a avaliação por pares ao final do programa. Busca-se desenvolver processos e incentivar
resultados que indiquem diferenças significativas entre os escores pré e pós-intervenção para
a maioria dos participantes e avaliações positivas dos colegas com relação a tais mudanças,
gerando modificações significativas no desempenho social dos indivíduos em treinamento,
referente principalmente as habilidades sociais no âmbito profissional, resultando na
formação e desenvolvimento de competências organizacionais tais como flexibilidade,
relacionamentos interpessoais saudáveis, empatia, assertividade, capacidade de inovação,
adaptação e de potencial para assumir maiores riscos.
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JUSTIFICATIVA
Percebe-se que, em certos aspectos, os diversos níveis de formação profissional
(ensino médio e superior, principalmente) não vem acompanhando as demandas do mercado
de trabalho, em especial no que diz respeito às novas formas de relacionamento humano. Na
maioria das vezes, os alunos possuem uma formação ampla em termos de teorias e práticas
relacionadas diretamente ao escopo de habilidades profissionais de sua carreira pretendida,
mas são carentes de habilidades sociais a nível de relacionamento interpessoal, tão
valorizadas no mercado profissional contemporâneo. Além disto, diante do mundo
competitivo atual, o sujeito passa a ser responsável pelo seu emprego, lançando-se
constantemente em busca de capacitação profissional. Assim, o objetivo deste projeto
psicológico de intervenção é o de oferecer Treinamento em Habilidades Sociais (THS) a
universitários de qualquer área, em fase final de graduação, a fim de melhorar suas chances
de absorção pelo setor profissional e, consequentemente, gerando uma atuação laboral mais
adequada as necessidades e exigências do mercado de trabalho, o que permitirá um
crescimento e desenvolvimento em suas carreiras de forma mais completa.
REFERENCIAL TEÓRICO
As Habilidades Sociais são comportamentos que expressam sentimentos, atitudes,
opiniões, ou direito de uma forma adequada e eficaz para com o contexto, respeitando o
comportamento das outras pessoas e resolvendo problemas, diminuindo a probabilidade do
surgimento de adversidades futuras (CABALLO, 2003 apud PUREZA; RUSCH; WAGNER
& OLIVEIRA, 2012). Essas HS podem ser consideradas como uma classe de respostas
aprendidas e que compõem o repertório comportamental do indivíduo que possibilita agir e
lidar de modo adequado nas mais diversas situações. As situações que envolvem relações
interpessoais, bem como as HS, estão presentes no nosso dia-a-dia e perpassam diversos
âmbitos de nossa vida, como a família, a escola, o lazer, o trabalho, entre outros. Para cada
um desses contextos são esperados desempenhos específicos, que irão variar de acordo com o
repertório de HS de cada indivíduo (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001 apud PUREZA;
RUSCH; WAGNER & OLIVEIRA, 2012). Assim, nossa perspectiva de análise, neste estudo,
centra-se nas habilidades sociais profissionais esperadas nos trabalhadores no mundo
profissional atual.
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Em nosso país, nos dias atuais, vem ocorrendo 2 eventos que geram consequências no
acervo de habilidades sociais de um indivíduo que busca se inserir no mercado de trabalho. O
primeiro deles relaciona-se com o aspecto educacional a nível superior, com uma maior
oferta de vagas onde, muitas vezes, não há acompanhamento da qualidade de ensino
oferecida. E o segundo refere-se as competências e habilidades exigidas aos profissionais no
âmbito organizacional, cada vez mais abrangentes, após as inovações administrativas,
tecnológicas e comunicacionais presentes no mundo profissional que exigem mudanças nas
relações interpessoais.
Em relação ao primeiro ponto, compreende-se que a partir dos anos 90, no Brasil,
ocorreu um incremento do ensino superior em dois níveis e de diferentes formas: no ensino
público e no ensino privado. A democratização do Ensino Superior no Brasil ampliou
significativamente o número de vagas nas universidades públicas através da abertura de
novos cursos em universidades já consolidadas, ou por meio da criação de universidades
novas, além de programas como Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM ou processo
seletivo vestibular vinculado ao sistema de reserva de vagas –política de cotas. Já em relação
ao ensino privado, este crescimento aconteceu a fim de suprir uma necessidade da população
que não conseguia ingresso no ensino universitário público e devido a questões políticas e
econômicas de contenção de gastos pelo Estado. Assim, gradativamente, as universidades
privadas alcançaram uma superação das universidades públicas em quantidade de alunos.
Posteriormente, a criação dos cursos superiores de curta duração ampliou ainda mais a
procura pelas universidades e faculdades particulares. Com essa expansão, a preocupação
com a qualidade do ensino se acentuou e as críticas surgiram apontando essa modalidade de
ensino como uma massificação do ensino superior em nosso país (OLIVEIRA; SOARES &
SOUSA, 2011). Desta forma, a aquisição das habilidades sociais, dentro do contexto
universitário, ocorre às vezes de forma “oculta”, ou seja, ao surgirem as novas demandas, os
indivíduos tentam se adaptar sozinhos, porém, há pessoas que apresentam dificuldades
acentuadas tornando-se desamparadas por não conseguirem aumentar seus repertórios sociais
(PACHECO & RANGÉ, 2006 apud BOLSONI-SILVA; LIMA; COSTA-JÚNIOR;
CORREIA & LEME, 2009). Assim, mesmo quando os graduandos alcançam um nível
teórico e prático satisfatório sobre a carreira pretendida, muitas outras necessidades exigidas
no mercado de trabalho estão ausentes, como é o caso das habilidades sociais profissionais.
Já no que se refere ao segundo ponto levantado, destaca-se que uma série de
mudanças no mundo do trabalho e nas organizações estão afetando de forma notável as
relações interpessoais que ocorrem nesse contexto, sendo o trabalhador pressionado a
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responder de maneira eficaz às diversas demandas de relacionamento proporcionadas pelo
seu ambiente de trabalho. As últimas décadas do século XX marcaram o início de uma nova
era: a sociedade pós-industrial. Nesses novos tempos, o mundo passou a enfrentar problemas
complexos e instabilidade em níveis sem precedentes. Grande parte das organizações passa a
realizar atividades de elevada complexidade, em situações de instabilidade e com poucas
informações acerca das variáveis que podem interferir em seus processos. As organizações
precisam ser mais flexíveis e inovadoras, adaptando-se continuamente às novas exigências. O
mercado de trabalho restrito e competitivo passa a valorizar, além das competências técnicas,
as habilidades de interação. Já não importa apenas o quanto o profissional é inteligente, a sua
formação ou grau de especialização, mas sim a forma como cada um lida consigo mesmo e
com os outros: a capacidade de interagir socialmente torna-se um grande diferencial
(MENKES, 2011). O principal desafio nesse novo contexto refere-se à necessidade de
adaptação das pessoas aos novos processos de trabalho que, mais do que nunca, remetem
diretamente às relações interpessoais, com maior valorização do trabalho em equipe,
criatividade, intuição e autonomia na tomada de decisões (DEL PRETTE & DEL PRETTE,
2001). A fim de traçar as principais características do profissional do futuro, destaca-se
comumente a habilidade de trabalho em equipe. Essa, por sua vez, envolve diretamente a
habilidade de comunicação, pois os modelos de organização mais bem integrados, os quais
compartilham informações, estão obtendo maiores resultados (FLEURY, 2002 apud
FAIFFER; KRUG, 2009). As pessoas dentro de uma organização, através da comunicação,
influenciam diretamente uma a outra, mesmo que aparentemente ambas trabalhem de forma
independente (SPECTOR, 2003 apud FAIFFER; KRUG, 2009). O processo de comunicação
é fundamental para um bom relacionamento interpessoal. Observa-se que, no ambiente de
trabalho, as pessoas necessitam comunicar-se a todo o momento. DEWES (2008, apud
FAIFFER; KRUG, 2009) sugere que um colaborador que não consegue se relacionar bem
socialmente sente-se frustrado e isso causa um bloqueio ainda maior no seu desempenho
social, causando um mau andamento do trabalho coletivo, prejudicando toda equipe e
consequentemente a empresa.
A partir da compreensão sobre a defasagem a nível educacional e a demanda a nível
profissional que estão presentes em nossa sociedade, propõe-se um Treinamento em
Habilidades Sociais (THS), a fim de reduzir este déficit existente no repertório social dos
alunos universitários que estão em fase final de graduação, em qualquer área.
O desempenho socialmente incompetente ocorre porque o indivíduo não aprendeu os
comportamentos sociais adequados. Os THS privilegiam a identificação das classes de
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comportamentos relevantes para o desempenho social e a promoção e aperfeiçoamento dessas
classes. Segundo DEL PRETTE & DEL PRETTE (2001), as falhas na aprendizagem no
comportamento social podem ocorrer devido a diversas categorias: déficit no repertório do
indivíduo, inibição mediada pela ansiedade, inibição cognitivamente mediada, problemas de
percepção social e problemas de processamento de estímulos sociais do ambiente. No que se
refere ao déficit no repertório do indivíduo, as causas mais frequentes são: as restrições de
oportunidades de experiências em diferentes grupos culturais; relações familiares
empobrecidas, com pais agressivos ou pouco empáticos que fornecem modelos inapropriados
de interações; dificuldades para resolver problemas; práticas parentais que premiam
dependência e obediência e que punem ou restringem iniciativas de contato social pela
criança, dentre outras causas. Compreende-se também que a inibição mediada pela ansiedade
pode ser central neste processo, ou seja, considera-se que a ansiedade e as respostas assertivas
são processos que atuam em sentidos opostos: de um lado a ansiedade inibe as iniciativas de
interação, levando à fuga dos contatos sociais; do outro, a aquisição de respostas assertivas
pode reduzir a ansiedade. O THS neste caso focaliza: redução da ansiedade através do
relaxamento e/ou dessenssibilização sistemática; fortalecimento de respostas socialmente
competentes, através de técnicas como ensaio comportamental e treino assertivo. Outro
aspecto relaciona-se a inibição cognitivamente mediada, isto é, supõe-se que a aprendizagem
dos comportamentos sociais seja mediada por processos cognitivos e que, portanto,
problemas nesses processos irão se refletir no desempenho interpessoal, desta forma, o THS é
baseado na reestruturação cognitiva. Outra categoria relevante é que problemas na percepção
social podem influenciar neste processo, ou seja, considera-se que falhas na leitura do
ambiente podem ocasionar as dificuldades interpessoais. Assim, os objetivos de intervenção
em THS serão: promoção do aprimoramento da decodificação dos estímulos do ambiente
físico e da situação social e identificação dos papéis e das regras sociais existentes, cujos
objetivos podem ser implementados através da modelagem, feedback, instruções e treino
assertivo. O último aspecto citado relaciona-se à problemas de processamento de estímulos
sociais do ambiente, isto é, esses problemas incluem: demora no processamento e na
discriminação dos estímulos sociais que pode levar à emissão de comportamentos não
pertinentes para o momento; inabilidade de decodificar os sinais verbais e não-verbais, por
déficits de atenção, levando a comportamentos diferentes dos requeridos para a situação;
decodificação mediada por estereótipos, ocasionando comportamentos sociais inadequados;
falha na avaliação das alternativas disponíveis para responder conforme as demandas da
situação, o que pode levar a comportamentos excessivos e erros de percepção.
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O THS pode ser realizado no sentido de auxiliar os estudantes a desenvolverem a sua
autonomia, superarem os problemas que se apresentam no contexto da educação superior e no
mundo do trabalho, sejam eles de relações interpessoais, emocionais, acadêmicos ou laborais,
e a exercerem a cidadania e se tornarem atores no processo de transformação social. Desta
forma, o Treinamento das Habilidades Sociais (THS) é considerado importante na medida em
que facilita o acesso aos reforçadores a partir da promoção de habilidades interpessoais
como: falar em público, lidar com críticas, estabelecer relacionamento amistoso, apresentar-
se a outra pessoa, apresentar seminários, produzir textos, participar de conversação, fazer e
receber críticas, desenvoltura social, assim como de enfrentamento e auto exposição com
risco, auto afirmação na expressão de sentimento positivo, auto exposição a desconhecidos e
a situações novas, entre outras. (PONTES; SOUZA, 2011). Desta forma, através das práticas
de treinamento em habilidades sociais, acredita-se que será possível a criação de ambientes
que possibilitem uma melhora nos relacionamentos interpessoais dentro das equipes,
aumentando a qualidade de vida no trabalho.
O treinamento em habilidades sociais (THS) ocorre em fases separadas e distintas: a
de avaliação e a de intervenção. DEL PRETTE & DEL PRETTE (2008 apud FAIFFER;
KRUG, 2009) descrevem o treinamento em habilidades sociais como uma união coordenada
de técnicas e procedimentos de intervenção direcionados à promoção de habilidades sociais
relevantes para os relacionamentos interpessoais. Compreende-se, assim, que é impossível
encontrar um indivíduo dotado de habilidades em todos os sentidos, então, o ideal é que as
organizações encontrem todas as habilidades distribuídas em sua equipe, ou seja, que cada
indivíduo se destaque em alguma situação de alguma forma, e que juntos se sobressaiam
ainda mais, obtendo sucesso nas suas realizações, intensificando tais habilidades com uso dos
treinamentos em habilidades sociais (CHIAVENATO, 2002 apud FAIFFER; KRUG, 2009).
DEL PRETTE & DEL PRETTE (1999 apud BOLSONI-SILVA, 2002) afirmam que a
estrutura de programas individuais e grupais, segue as seguintes etapas: a) informação sobre o
método de tratamento; b) comunicação sobre as dificuldades interpessoais avaliadas; c)
informação sobre a grande incidência de tais dificuldades, como forma de aliviar apreensões;
d) exposição sobre o planejamento geral do programa; e) implementação do programa. Os
autores acima tecem ainda algumas considerações: o tamanho do grupo pode variar, no
entanto, há uma preferência para um número que varie de oito a quinze pessoas; cada sessão
tem objetivos específicos e possui três partes, sendo a primeira de sondagem sobre interesses,
problemas, tarefas de casa; a segunda refere-se à proposta de algum treinamento; e a terceira
diz respeito à avaliação da sessão e atribuição de tarefas para casa. Os mesmos autores
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afirmam que os programas de THS têm sido realizados em dois formatos: individual e grupal.
Porém, o THS vem se direcionando de settings individuais para intervenções em grupo cada
vez com maior frequência, onde o trabalho se mostrou mais efetivo, já que os conhecimentos
de dado membro podem ser compartilhados com os demais, favorecendo trocas de
experiências, opiniões, sentimentos etc.
Seguindo orientações de CABALLO (1996, apud BOLSONI-SILVA, 2002) o
procedimento básico em THS consiste em: a) identificar dificuldades quanto à inadequação
social, ou seja, quais as queixas e problemas; b) realizar análise funcional a fim de identificar
quais déficits impedem o comportar-se de forma socialmente adequada; c) informar o cliente
sobre a terapia; d) iniciar o treinamento de habilidades deficitárias. Assim, o formato básico
no treinamento de Habilidades Sociais consiste em, identificar – com a ajuda do cliente – em
quais situações específicas ele encontra problemas. O psicólogo faz isso por meio de
entrevistas, aplicação de inventários de Habilidades Sociais, observação em campo e auto
informes. A princípio é necessário construir um sistema de crenças com o cliente, em que se
atente a manter o respeito pelos próprios direitos e pelos direitos das outras pessoas. A
premissa subjacente no treinamento de Habilidades Sociais é humanista: não produzir
estresse desnecessário nos demais e apoiar-se na auto realização de cada pessoa. Buscar a
moderação em seus atos. Uma segunda etapa do treinamento de Habilidades Sociais consiste
em ensinar o cliente a diferenciar ações assertivas, não assertivas e agressivas. Os
participantes do treinamento devem entender que o comportamento assertivo é, geralmente,
mais adequado e gera mais reforçadores do que os outros estilos de comportamento. Agindo
assim, aumentam as possibilidades de que o indivíduo se expresse livremente e também há
chances dele conseguir o que se propõe sem prejudicar a si próprio e aos outros. Sendo
agressivo, ele geraria provavelmente aversão nos outros, sendo criticado e rejeitado. No caso
não assertivo, provavelmente ele não conseguiria o que quer e/ou se submeteria
excessivamente à vontade de outros, perdendo assim o respeito pelos próprios direitos. A
próxima etapa aborda a reestruturação do modo de pensar do cliente socialmente inabilidoso.
Lembrando que o comportamento socialmente hábil é situacionalmente específico para cada
indivíduo, assim como o modo de pensar e a situação na qual o sujeito esteja inserido. Esta
reestruturação do pensamento tem como objetivo ajudar o cliente a reconhecer que o que ele
diz a si mesmo pode influenciar seus sentimentos e seus comportamentos. Alguns
procedimentos utilizados para isto são: autoanálise racional, imagens racional-emotivas ou
diversas variações de treinamento em que o paciente aprende a se auto instruir. A última
etapa – e a mais importante –, é constituída pelo ensaio comportamental das ações
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socialmente adequadas em determinadas situações. O que já foi feito anteriormente, como o
uso de técnicas de relaxamento em situações em que o cliente sinta-se muito nervoso, a
aceitação e reconhecimento dos direitos pessoais e dos outros, a diferenciação de ações
assertivas e não assertivas e a reestruturação do modo de pensar do paciente facilita, e por
vezes possibilita o ensaio comportamental apropriado e sua generalização às situações reais.
Os procedimentos comumente empregados nesta etapa, são: a) Ensaio Comportamental:
representar as maneiras apropriadas e efetivas de enfrentar as situações da vida real que são
problemáticas para o cliente; b) Modelação: a exposição do paciente a um modelo que mostre
corretamente o comportamento-objetivo permitindo que ele aprenda por meio de observação
outras maneiras de lidar com a situação; c) Instruções/ensino: proporciona ao cliente a
informação explícita sobre a natureza e o grau de discrepância entre a sua atuação e o critério;
d) Tarefas para casa: todo terapeuta com experiência sabe que, em grande parte, o sucesso do
que é feito na clínica depende das atividades do cliente quando está fora dela. (REIS; NETO,
2009).
Conclui-se que o THS é bastante útil para a superação e/ou redução de déficits
interpessoais, pois cumpre, pelo menos, dois papéis: a) descreve repertórios comportamentais
sociais, bem como possíveis funções para dificuldades específicas, contribuindo para o
processo de avaliação diagnóstica; b) apresenta diversos procedimentos de intervenção para
objetivos específicos, especialmente para atendimentos em grupos no estabelecimento de tais
habilidades (BOLSONI-SILVA, 2002).
OBJETIVOS
O objetivo geral deste projeto psicológico de intervenção é o de oferecer Treinamento
em Habilidades Sociais (THS) a universitários de qualquer área, em fase final de graduação, a
fim de melhorar suas chances de absorção pelo setor profissional e, consequentemente,
gerando uma atuação laboral mais adequada as necessidades e exigências do mercado de
trabalho, o que permitirá um crescimento e desenvolvimento em suas carreiras de forma mais
completa.
Entre os objetivos específicos do THS relacionados as competências e habilidades
relevantes no contexto de trabalho que se pretende desenvolver, pode-se destacar os seguintes
(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001):
- Manter relações produtivas e satisfatórias no ambiente de trabalho;
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- Resolver conflitos interpessoais e intergrupais;
- Aglutinar pessoas e coordenar tarefas em grupo;
- Expressar sensibilidade e empatia ante as necessidades do interlocutor;
- Lidar adequadamente com as próprias emoções e as emoções dos outros;
- Expressar-se de forma honesta e assertiva em situações interpessoais críticas;
- Demonstrar criatividade, autocontrole e confiança nas próprias
potencialidades;
- Lidar de modo efetivo com o stress e as situações estressantes.
PÚBLICO-ALVO
Universitários em fase final de graduação, de qualquer área, organizados em grupos
de no máximo 15 indivíduos.
DESENVOLVIMENTO
Primeiramente, o projeto será apresentado à Equipe Administrativa de Universidades
diversas, com o intuito de se obter a ciência e concordância das mesmas em realizá-lo, bem
como fazer as adequações pertinentes à realidade específica das organizações educacionais
em questão, buscando um acordo financeiro rentável para ambas as partes.
Em seguida, será realizada uma palestra com os universitários em fase final de
graduação, a fim de mobilizar os estudantes, para que os mesmos tomem conhecimento do
trabalho que será realizado, seus objetivos, vantagens, metodologia, duração e custos.
Com a aceitação e procura de inscrições por parte dos alunos, e posterior organização
dos grupos, através de um processo de seleção baseado nos resultados de uma entrevista semi
estruturada, aplicada individualmente e, do teste psicológico IHS-Del-Prette. A análise de
ambos os instrumentos permitirá elaborar um estudo de caso individualizado que norteará
objetivos para cada participante e para o grupo durante todo o procedimento. Em sequência,
se iniciará as atividades semanais que se propõem a promover as habilidades sociais descritas
abaixo.
METODOLOGIA
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O programa de THS tem uma duração de 14 sessões semanais de aproximadamente
02 (duas) horas cada, sendo planejado em módulos teórico e prático, que ocorrem em uma
mesma sessão. Deve-se trabalhar em salas de aula no próprio ambiente universitário, espaço
físico isolado e espaçoso o suficiente para permitir a movimentação requerida nas vivências,
em horário e dia a ser combinado com os indivíduos de cada grupo e com a instituição
educacional.
O programa será conduzido por dois facilitadores, no mínimo, simultaneamente.
Quando um facilitador coordena, o outro se mantêm atento, observando e intervindo apenas
quando julgar necessário. A divisão de tarefas de coordenação será realizada previamente
conforme a familiaridade dos facilitadores com os vários tipos de atividades a serem
desenvolvidas no grupo.
Inicialmente os participantes passarão por uma entrevista semi-estruturada aplicada
individualmente e, na sequência ocorrerá a aplicação do IHS-Del-Prette (DEL PRETTE &
DEL PRETTE, 2001). A análise de ambos os instrumentos permitirá elaborar um estudo de
caso individualizado que norteará objetivos para cada participante e para o grupo durante
todo o procedimento.
De maneira geral, as sessões terão uma estrutura programada em todos os encontros.
Cada tarefa será discutida no início da sessão, a partir de medidas de auto registro e, em
seguida, explicitado o tema do encontro. Nesse momento será realizada uma exposição
dialogada do tema relacionando com o que o grupo menciona quanto às suas dificuldades.
Tanto no momento da tarefa quanto na exposição do tema, as situações relatadas pelos
participantes serão investigadas pelos terapeutas, os quais buscarão identificar variáveis
envolvidas nas queixas e elaborarão, junto aos participantes, alternativas de resolução para as
suas dificuldades. O passo subsequente consiste no treino da habilidade alvo da sessão,
através de role playing e/ou atividades de discussão, ocasião em que as respostas serão
modeladas a partir da colaboração do grupo, utilizando diversas técnicas comportamentais,
tais como modelagem, instrução e reforçamento diferencial. Ao final de cada sessão, os
participantes realizarão uma avaliação do encontro, feita ora de maneira escrita, ora
verbalmente e recebem uma tarefa de casa. Os participantes receberão uma cartilha que
contêm, para cada encontro, definições das habilidades sociais e exemplos de sua
aplicabilidade para os contextos de vida universitária e profissional. (BOLSONI-SILVA E
COLS., 2009).
As sessões serão planejadas tendo os objetivos distribuídos ao longo do programa em
uma sequência de menor para maior complexidade. Nas sessões iniciais serão incluídas,
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como objetivos do treinamento, habilidades tais como as de observar, registrar, interpretar,
relacionar comportamentos a eventos antecedentes e consequentes, identificar articulações
entre comportamento, sentimento e pensamento etc., consideradas componentes de outras
mais amplas em situação de trabalho. As sessões intermediárias envolverão as habilidades de
expressar sentimentos e empatia, prover feedback, elogiar e aceitar elogios, iniciar e manter
conversação, abordar pessoas de autoridade, etc. As sessões finais do programa objetivarão a
aprendizagem de habilidades de aceitar, fazer e rebater críticas, coordenar grupos de trabalho,
falar em público defendendo projetos, expor e defender as próprias ideias em reuniões de
equipe e com diretores, etc. Em todas as sessões serão enfatizadas as habilidades de
identificar comportamentos verbais e não-verbais, prover feedback e expressar opiniões e
sentimentos, consideradas como parte das habilidades de processo (DEL PRETTE & DEL
PRETTE, 2001).
O Treinamento das Habilidades Sociais proposto se desenvolverá em 4 etapas
distintas:
- Estabelecimento pelo indivíduo, com auxílio dos psicólogos, dos objetivos de
desenvolvimento de habilidades sociais, com base na comparação entre sua situação desejada
e a atual;
- Identificação, por parte do indivíduo, de forma realista, sobre seu repertório de
habilidades sociais, seus pontos fortes, talentos e recursos disponíveis, e quais as novas
habilidades sociais que poderá desenvolver no decorrer do processo de THS, a fim de atingir
seus objetivos.
- Desenvolvimento das habilidades sociais almejadas, através de um conjunto
articulado de técnicas e procedimentos de intervenção; sendo que essas técnicas podem ser
resumidas em: reavaliação cognitiva (dos padrões mentais e de crenças do cliente), a
reprogramação de crenças restritivas, a redução de ansiedade social, o enfrentamento gradual
e assistido de situações temidas, a modelagem de comportamentos bem-sucedidos, e os
ensaios de novos comportamentos tanto em situações simuladas quanto na vida real.
- Avaliação de todo o processo de aprendizado social, com aplicação de
instrumentos psicológicos nos momentos pré e pós intervenção, em que o cliente pode
constatar o grau de atingimento de seus objetivos e o desenvolvimento das habilidades sociais
almejadas, para seu sucesso pessoal e profissional, de forma duradoura.
As habilidades sociais dividem-se em categorias, a seguir. Elas serão trabalhadas
conforme o diagnóstico das necessidades levantadas no processo inicial do THS, centrando-
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se, principalmente, nas diretamente relacionadas ao desenvolvimento interpessoal no
ambiente de trabalho, e tendo as demais como coadjuvantes e auxiliadoras durante todo o
processo:
- HS de Comunicação - Referem-se ao processo mediador do contato entre as
pessoas. Dá-se tanto de forma verbal como não-verbal. Algumas das principais
habilidades de comunicação são: fazer e responder perguntas, pedir e dar
feedback, gratificar/elogiar, iniciar, manter e encerrar conversação.
- HS de Civilidade - Podem se diferenciar nas diversas culturas existentes,
porém alguns critérios de cortesia se fazem necessários em qualquer que seja a
cultura como: dizer por favor, agradecer, apresentar-se, cumprimentar,
despedir-se.
- HS Assertivas, Direito e Cidadania - Referem-se ao equilíbrio na defesa dos
próprios direitos e a não violação do direito do outro. Entre as principais
habilidades requeridas nesta classe estão: manifestar opinião, concordar,
discordar, fazer, aceitar e recusar pedidos, desculpar-se, admitir falhas,
interagir com autoridade, estabelecer relacionamento afetivo e/ou sexual,
encerrar relacionamento, expressar raiva/desagrado, pedir mudança de
comportamento e lidar com críticas.
- HS Empáticas - Exercitadas como a capacidade de se solidarizar com as
situações afetivas vividas pelo outro, as habilidades sociais empáticas incluem
em seu contexto a capacidade de ouvir, de validar sentimentos, de partilhar, de
expressar apoio bem como se colocar na posição do outro.
- HS de Trabalho - Atendem às diferentes demandas interpessoais do ambiente
do trabalho objetivando o cumprimento de metas, a preservação do bem-estar
da equipe e o respeito aos direitos de cada um. Incluem: coordenar grupo, falar
em público, resolver problemas, tomar decisões e mediar conflitos, habilidades
sociais educativas.
- HS de Expressão de Sentimento Positivo - Fazer amizade, expressar a
solidariedade, cultivar o amor.
Os temas principais dos encontros serão organizados da seguinte forma:
- Sessão 01 – Apresentação,
- Sessão 02 - Comunicação,
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- Sessão 03 - Direitos Humanos e Empatia,
- Sessão 04 - Comportamento Habilidoso e Não Habilidoso,
- Sessão 05 – Expressão de sentimentos positivos e elogiar,
- Sessão 06 - Feedback positivo e agradecer,
- Sessão 07 – Expressão de opiniões de forma assertiva,
- Sessão 08 – Expressão de sentimento negativo e feedback negativo,
- Sessão 09 - Lidar com crítica,
- Sessão 10 - Relacionamento amoroso e profissional,
- Sessão 11 – Resolução de Problemas e Conflitos,
- Sessão 12 – Interação no Grupo,
- Sessão 13 - Falar em público,
- Sessão 14 – Avaliação Final do THS realizado, quando o participante pode
constatar o grau de atingimento de seus objetivos e o desenvolvimento das
habilidades sociais almejadas.
As principais técnicas a serem utilizadas serão:
- Ensaio comportamental - Ensaios de comportamentos-alvo em situação
análoga àquelas vivenciadas pelo cliente. À medida em que o indivíduo
corresponde ao padrão desejado, os comportamentos vão sendo reforçados em
um processo de modelagem.
- Reforçamento - Está presente em todo o processo de THS. Reforço positivo:
qualquer consequência que apresentada em seguida a um comportamento
fortalece esse comportamento.
- Modelagem - Consiste no uso do reforçamento diferencial para desempenhos
progressivamente mais semelhantes ao desempenho final desejado.
- Modelação - Consiste na observação de alguém desempenhando
adequadamente os comportamentos alvo. É utilizada juntamente com
instruções, feedback e reforçamento.
- Feedback - Funciona como regulagem de comportamento, à medida que o
indivíduo percebe como está se comportando e como esse comportamento
afeta o interlocutor.
16
- Relaxamento – Tem como objetivo, além do relaxamento em si, ensinar o
cliente a perceber seus estados de tensão e conseguir, por si mesmo, relaxar ou
controlar a ansiedade de modo a melhorar seu desempenho social.
- Tarefas de Casa – Tem como objetivo aperfeiçoar as habilidades treinadas e
generalização das habilidades para outros contextos.
- Dessenssibilização Sistemática – Tem como objetivo eliminar o medo e a
ansiedade nas relações interpessoais.
- Resolução de Problemas - A solução de problemas pode ser definida como um
processo cognitivo pelo qual os indivíduos compreendem a natureza do
problema e dirigem seus objetivos para a modificação do caráter problemático
da situação ou mesmo de suas reações a ela.
- Instruções - Explicações dadas de forma clara e objetiva, sobre como o cliente
deve se comportar em uma situação interpessoal.
- Aplicação de Instrumentos Psicológicos – Nos momentos pré e pós
intervenção a fim de haver comparação dos escores atingidos e demonstração
da eficácia do trabalho realizado. Um desses instrumentos é o Inventário de
Habilidades Sociais (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001), aprovado pelo
Conselho Federal de Psicologia.
Em resumo, a metodologia se baseia em atividades e vivências de grupo, com
intensiva troca de experiências e crescimento pessoal e profissional. Todos os módulos são
conduzidos por meio de atividades que articulam a exposição informativa (dialogada) com as
práticas de vivências, role-playing e discussão em pequenos grupos. A efetividade do
programa é cuidadosamente monitorada por meio de avaliações antes-depois.
RECURSOS
HUMANOS: Equipe formada por 04 Psicólogos.
MATERIAIS:
- De consumo (do grupo): Cartuchos de Tinta Preta de Impressora (03
unidades), Cartuchos de Tinta Colorida de Impressora (02 unidades), Papel A4
(03 pacotes com 500 folhas), Cartolina Branca (05 folhas), Canetas / Hidrocor,
Testes Psicológicos (02 Kits), IHS – Bloco de Folha de Aplicação/Resposta c/
17
25 Folhas (2 unidades), IHS – Bloco de Apuração/Avaliação Masculino c/ 25
Folhas (2 unidades), IHS – Bloco de Apuração/Avaliação Feminino c/ 25
Folhas (2 unidades), etc.
- Permanentes:
o Da Instituição: salas de aula com mesas, cadeiras, quadros, etc.
o Do Grupo: 01Computador (Notebook), 01impressora, 01projetor,
01conjunto de autofalantes (pequenos).
ORÇAMENTO
Projeção de Créditos:
Valor do THS por aluno: R$ 450,00 dividido em 03 parcelas mensais.
R$ 150,00 por aluno X 15 alunos por grupo = R$ 2.250,00 mensal.
R$ 2.250,00 X 03 meses de duração do curso: R$ 6.750,00 trimestral.
Projeção de Custos (3 primeiros meses):Especificação Valor Total (Trimestral)REMUNERAÇÃOParticipação da Equipe de Psicólogos 736,00CUSTO DAS INSTALAÇÕESParticipação da Universidade (20%) 1.350,00MATERIAL PERMANENTE01 Computador (Notebook) 1.200,0001 Impressora 360,0001 Projetor 1.650,0001 Conjunto de Auto Falantes (pequenos) 150,00MATERIAL DE CONSUMOCartuchos de Tinta Preta de Impressora (03 unidades) 180,00
Cartuchos de Tinta Colorida de Impressora (02 unidades) 300,00
Papel A4 (03 pacotes com 500 folhas) 180,00Cartolina Branca (05 folhas) 15,00Canetas / Hidrocor 90,00Testes Psicológicos (02 Kits) 322,00IHS – Bloco de Folha de Aplicação/Resposta c/ 25 Folhas (2 unidades) 59,00
HS – Bloco de Apuração/Avaliação Masculino c/ 25 Folhas (2 unidades) 79,00
IHS – Bloco de Apuração/Avaliação Feminino c/ 25 Folhas (2 unidades) 79,00
TOTAL GERAL: R$ 6.750,00
Projeção de Custos (após 3 primeiros meses):Especificação Valor Total (Trimestral)REMUNERAÇÃO
18
Participação da Equipe de Psicólogos 3.743,00CUSTO DAS INSTALAÇÕESParticipação da Universidade (30%) 2.025,00MATERIAL PERMANENTE01 Computador (Notebook) Pago01 Impressora Pago01 Projetor Pago01 Conjunto de Auto Falantes (pequenos) PagoMATERIAL DE CONSUMOCartuchos de Tinta Preta de Impressora (03 unidades) 180,00
Cartuchos de Tinta Colorida de Impressora (02 unidades) 300,00
Papel A4 (03 pacotes com 500 folhas) 180,00Cartolina Branca (05 folhas) 15,00Canetas / Hidrocor 90,00Testes Psicológicos (02 Kits) PagoIHS – Bloco de Folha de Aplicação/Resposta c/ 25 Folhas (2 unidades) 59,00
HS – Bloco de Apuração/Avaliação Masculino c/ 25 Folhas (2 unidades) 79,00
IHS – Bloco de Apuração/Avaliação Feminino c/ 25 Folhas (2 unidades) 79,00
TOTAL GERAL: R$ 6.750,00Observações:
Valores calculados sobre 01grupo, com 01 encontro semanal.
Quanto maior o número de grupos formados, maior a remuneração, tanto para
a instituição quanto para a equipe de psicólogos.
Quantas mais universidades aceitarem participar do projeto, maior o lucro a
ser gerado.
CRONOGRAMA
Este espaço destina-se ao planejamento de tempo a ser gasto em cada etapa do
projeto.
ETAPA/MÊS 1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês 5º Mês
Apresentação da Proposta a Universidade X
Negociação de Condições e Participações
FinanceirasX
Mobilização do Corpo Discente
(Apresentação do THS em palestras)X
Inscrições dos Alunos e Organização dos
GruposX
19
Realização de Entrevista Semi-Estruturada e
do Teste IHS-DEL PRETTEX
Identificação individual e realista, com
auxílio do psicólogo, sobre o repertório de
HS já existente e quais as novas que poderá
desenvolver no decorrer do processo de THS,
a fim de atingir seus objetivos.
X X
Sessão 01- Apresentação X
Sessões 02 a 04 X X
Sessões 05 a 08 X
Sessões 09 a 13 X X
Sessão 14- Encerramento das Atividades X
AVALIAÇÃO
A avaliação da intervenção final é realizada por meio da aplicação de um teste
psicológico, ou seja, um inventário do tipo auto relato - Inventário de Habilidades Sociais
(Del PRETTE & DEL PRETTE, 2001), aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia - a ser
realizado antes e depois da intervenção, complementado com a avaliação por pares ao final
do programa.
Busca-se desenvolver processos e incentivar resultados que indiquem diferenças
significativas entre os escores pré e pós-intervenção para a maioria dos participantes e
avaliações positivas dos colegas com relação a tais mudanças, gerando modificações
significativas no desempenho social dos indivíduos em treinamento, a fim de permitir
constante reciclagem do presente projeto e validação das técnicas e instrumentos utilizados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se dizer que o THS busca fortalecer uma compreensão básica dos conceitos e de
aspectos teóricos da área das Habilidades Sociais, assim como, através de vivências,
desenvolver o aprimoramento de habilidades de processo, tais como observação e descrição
de comportamentos, a leitura do ambiente social e a auto monitoria do desempenho em
situações que exigem criatividade e autocontrole. Tem como objetivo, também, a aquisição
das habilidades de dar e receber feedback, elogiar desempenhos, expressar-se de forma
assertiva e empática e lidar com críticas (aceitar, rejeitar, fazer). Uma questão que parece
20
bastante pertinente consiste na avaliação do formato do programa teórico-prático versus
prático. O mais usual, na tradição da área do THS, consiste na utilização de procedimentos
dirigidos para a aquisição de habilidades deficitárias no repertório de desempenhos sociais
não se incluindo considerações teóricas, a não ser aquelas exclusivamente pertinentes às
habilidades cognitivas. No entanto, o formato utilizado neste projeto tem como base a
suposição de que: a) a população não-clínica, em particular a universitária, requer um maior
detalhamento teórico (entender os fundamentos para aplicá-los); b) algumas das explicações
teóricas, por exemplo, sobre os mecanismos de aprendizagem, auxiliam na aquisição de
habilidades sociais. Além dessas considerações, o presente programa de THS mostra a
importância do desenvolvimento de habilidades sociais, em especial aquelas que respondem
às demandas da transição entre o ambiente universitário e o mercado de trabalho. De um
modo geral, o ensino, no contexto educacional brasileiro, enfatiza a capacitação analítica e
instrumental, deixando a desejar com relação ao desenvolvimento interpessoal do aluno. O
mercado de trabalho restrito, porém ávido por profissionais bem formados, poderá se
constituir em foco de pressão sobre os cursos de graduação no país. Pode-se pensar, portanto,
em dois focos de pressão, a interna, provinda dos próprios alunos e a externa, diretamente
aplicada na seleção dos profissionais socialmente mais competentes, que pode impor
demandas de ampliação dos objetivos curriculares de formação acadêmica. Aquelas
universidades que mais prontamente responderem a tais pressões certamente estarão dando
um passo importante em direção a um processo de educação integral, evitando deixar seus
alunos entregues a si mesmos, nessa difícil travessia para o mundo de trabalho (DEL
PRETTE & DEL PRETTE, 2003).
REFERÊNCIAS
BOLSONI-SILVA, A.T.; LIMA, A.M.A.; COSTA-JÚNIOR, F.M.; CORREIA,
M.R.G. & LEME, V.B.R. Avaliação de um Treinamento de Habilidades sociais (THS)
com universitários e recém-formados. Interação em Psicologia, Curitiba, jul./dez. 2009,
(13)2, p. 241-251. Disponível em: < http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/psicologia/article/
viewFile/13597/11370>. Acesso em: 21 de Abril de 2014.
BOLSONI-SILVA, A.T. Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática à
luz da análise do comportamento. Interação em Psicologia, jul./dez. 2002, (6)2, p. 233-242.
Disponível em:< http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/psicologia/article/view/3311>. Acesso
em: 18 de Abril de 2014.
21
CABALLO, V. Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. 2006.
São Paulo: Santos Livraria e Editora.
DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais:
Vivências para o trabalho em grupo. 2001. Petrópolis, RJ: Vozes.
DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. No contexto da travessia para o
ambiente de trabalho: treinamento de habilidades sociais com universitários. Estudos de
Psicologia 2003, 8(3), 413-420. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/epsic/
v8n3/19963.pdf >. Acesso em: 24 de Abril de 2014.
FAIFFER, Q.P.; KRUG, J.S. Treinamento de Habilidades de Conversação e
Desenvoltura Social em Trabalhadores de Setor Administrativo. 2009. Faculdades
Integradas de Taquara. Porto Alegre, RS. Disponível em: <
https://psicologia.faccat.br/moodle/pluginfile.php/197/course/section/99/queli.pdf>. Acesso
em: 23 de Abril de 2014.
MENKES, Camila. Novas Demandas do Contexto Profissional: as Habilidades
Sociais Profissionais. Revista Psicologia: Em Destaque. Ano 01, Número 01, 2011. Pág. 71
a 74. Disponível em: < http://www.mar.mil.br/sspm/pdf/artigo18.pdf>. Acesso em: 21 de
Abril de 2014.
OLIVEIRA, J. E. P.L.; SOARES, J. G. S.; SOUSA, R. N. As representações sociais
sobre a qualidade da educação das faculdades particulares: uma abordagem política,
social e histórica. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2011. Disponível em:
<http://educere.bruc.com.br/CD2011 /pdf/5502_3544.pdf>. Acesso em: 10 de Setembro de
2013.
PONTES, M.G.F.C.; SOUZA, M.A. Treino de Habilidades Sociais em Estudantes
da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia: uma possibilidade de atuação do
psicólogo escolar educacional no ensino superior. Entrelaçando - Revista Eletrônica de
Culturas e Educação. Caderno Temático: Educação e Africanidades. N. 4 p. 116-126, Ano 2
(Novembro/2011). Disponível em: < http://www.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/edicoes-
entrelacando/20-educacao-e-africanidades-04>. Acesso em: 22 de Abril de 2014.
PUREZA, J.R.; RUSCH, S.G.S.; WAGNER, M.; OLIVEIRA, M.S. Treinamento de
Habilidades Sociais em Universitários: uma proposta de intervenção Social. Revista
Brasileira de Terapias Cognitivas. VOL. 8 Nº 1 - JAN. / JUN. DE 2012. Pág. 2 a 9.
Disponível em: <http://www.rbtc.org.br/ detalhe_artigo.asp?id=152>. Acesso em: 19 de Abril
de 2014.
22
REIS, A.V.; NETO, E.C.A. Habilidades Sociais. Revista Psique. Ed. 32, São Paulo;
2009. Disponível em: < http://psiquecienciaevida. uol.com.br /ESPS /Edicoes /41/ problemas-
de-grupo-procurar-analise-apenaspara-sanar-problemas-141904-1.asp>. Acesso em: 19 de
Abril de 2014.
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23
Anexo 01:
ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA.
O objetivo da realização dessa entrevista é o de receber os estudantes, informar sobre
o atendimento em grupo e coletar dados sobre as queixas e variáveis relacionadas. A
entrevista é composta das seguintes questões norteadoras:
• Como soube do grupo?
• O que te fez pensar em procurar o grupo?
Se esta pergunta levar à descrição da queixa:
• Quantas vezes esse comportamento acontece? Desde quando acontece? Em
que situações? Onde você estava? O que estava fazendo anteriormente? Quando isso
ocorre o que você faz? O que acontece depois?
Se esta pergunta não levar à descrição da queixa:
• Fale um pouco sobre seu relacionamento com seus amigos na faculdade?
Você encontra dificuldades para se relacionar com eles? Porque você acha que estas
dificuldades ocorrem? Você poderia me dar alguns exemplos?
Como a entrevista é semi-estruturada funciona como um roteiro para o entrevistador
e, portanto, é permitida a inclusão de outras perguntas. O terapeuta deve fazer outras
perguntas de forma a operacionalizar a queixa e colher dados acerca de variáveis
relacionadas.
As entrevistas serão realizadas com cada participante anteriormente ao início dos
grupos terapêuticos, seguidas da aplicação de teste IHS-DEL PRETTE.
24
Anexo 02:
INVENTÁRIO DE HABILIDADE SOCIAL
IHS-DEL PRETTE (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001).
Preço do Kit: R$161,00
Descrição do Produto:
- Editora Casa do Psicólogo- Ano de publicação: 2009- INSTRUMENTO RESTRITO A PSICÓLOGOS- - CORREÇÃO INFORMATIZADA GRATUITA -- 4ª Edição- Autor: ALMIR DEL PRETTE E ZILDA A. P. DEL PRETTE- ISBN: 85-7396-137-6- 54 páginas
Kit composto por: 1 Manual, 2 Cadernos de Aplicação (reutilizável), 1 Bloco de
Folhas de Respostas (25 fls.), 1 Bloco de Folhas de Apuração Feminino, 1 Bloco de Folhas
de Apuração Masculino e 1 Crivo de Pontuação
Especificações: Caracteriza o desempenho social em situações cotidianas. O
instrumento é composto por 38 itens que apresentam ações e sentimentos frente a
determinadas situações, diante das quais o participante deve avaliar a frequência com que age
ou sente: nunca ou raramente (escore 0); com pouca frequência (escore 1); com regular
frequência (escore 2); muito frequentemente (escore 3); sempre ou quase sempre (escore 4).
Entre os fatores estão: Fator 1: enfrentamento e auto-afirmação com risco; Fator 2: auto-
afirmação na expressão de sentimento positivo; Fator 3: conversação e desenvoltura social;
Fator 4: auto-exposição a desconhecidos e situações novas; Fator 5: autocontrole da
agressividade; adicionalmente o IHS-Del-Prette conta com um conjunto de itens
denominados de “itens que não entraram em nenhum fator” (Outros), os quais são: negociar
uso de preservativo, pedir mudança de conduta, lidar com críticas justas, expressar desagrado
a amigos, recusar pedido abusivo, interromper a fala do outro.
O IHS-Del-Prette possui dados normativos para os escores fatoriais e o escore total,
em percentis, para a amostra feminina e a masculina, que permitem interpretar os resultados
em: a) repertório bastante elaborado de habilidades sociais (80% a 100%); bom repertório de
habilidades sociais – acima da média (55% a 75%); repertório médio (50%); bom repertório
de habilidades sociais – abaixo da média (30% a 45%); indicação para treinamento em
habilidades sociais (1% a 25%). O instrumento possui validação para a população
universitária apresentando valores de referência para a classificação diagnóstica.
25
Anexo 03: FOLDER e PANFLETO
TREINAMENTO EM HABILIDADES
SOCIAISFOCO NA INSERÇÃO NO
MERCADO DE TRABALHOO que é THS?É um conjunto de procedimentos e técnicas que ensina como trabalhar de forma construtiva e estabelecer relações mais satisfatórias, desenvolvendo habilidades cognitivas e emocionais.O que será desenvolvido no THS?
Comunicação, Empatia, Comportamento Habilidoso e Não Habilidoso, Expressão de sentimentos positivos e elogiar, Feedback positivo e agradecer, Expressão de opiniões de forma assertiva, Expressão de sentimento negativo e feedback negativo, Lidar com crítica, Relacionamento amistoso e profissional, Resolução de Problemas e Conflitos, Interação no Grupo, Falar em público.Qual a metodologia utilizada?
O Treinamento de Habilidades Sociais (THS) é um programa baseado no diálogo, na reflexão e na ação – em que um facilitador especializado dá suporte ao processo de autodesenvolvimento de uma pessoa a partir de vivências. Para isso, o THS propõe-se um programa a ser realizado em um grupo, tendo a duração de 14 sessões semanais de aproximadamente 02 (duas) horas cada, sendo planejado em módulos teórico e prático, que ocorrem em uma mesma sessão, com avaliação pré e pós intervenção, através de teste psicológico, a fim de demonstrar concretamente a eficácia do presente programa.
Todos nós, podemos desenvolver habilidades que nossas histórias de vida não modelaram
adequadamente. A maior parte das HS relevantes no contexto do trabalho podem ser
adquiridas por meio do THS.SEU CONCORRENTE JÁ ESTÁ INVESTINDO EM
SUA CARREIRA, E VOCÊ? VAI FICAR FORA DESTA?
Fale ConoscoProjeto de Intervenção em Treinamento de Habilidades
SociaisPsicólogos Responsáveis:
- Ermelinda Piedade Mathias Oliveira- Erika Barbosa de Araújo- Glaucia Lima de Magalhães Theophilo
VOCÊ SE SENTE DESPREPARADO PARA
INGRESSAR NO MERCADO DE TRABALHO?
Percebe-se que, em certos aspectos, a formação profissional de ensino superior não vem acompanhando as demandas do mercado de trabalho, em especial no que diz respeito às novas formas de relacionamento humano. Na maioria das vezes, os alunos possuem uma formação ampla em termos de teorias e práticas relacionadas diretamente ao escopo de habilidades profissionais de sua carreira pretendida, mas são carentes de habilidades sociais a nível de relacionamento interpessoal, tão valorizadas no mercado profissional da atualidade. Além disto, diante do mundo competitivo atual, o sujeito passa a ser responsável pela sua carreira e formação, lançando-se constantemente em busca de capacitação profissional.
Assim, o objetivo deste projeto psicológico de intervenção é o de oferecer Treinamento em Habilidades Sociais (THS) a universitários de qualquer área, em fase final de graduação, a fim de melhorar suas chances de absorção pelo setor profissional e, consequentemente, gerando uma atuação laboral mais adequada as necessidades e exigências do mercado de trabalho, o que permitirá um crescimento e desenvolvimento em suas carreiras de forma mais completa.
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- Rebeca dos Santos IvantesTelefone: (21) 981810045
E-mail: [email protected]
TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAISFOCO: INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
- PALESTRA EXPOSITIVA -
06/06/2014UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁCampus: Nova Iguaçu
Rua Oscar Soares (antiga Plínio Casado), 1.466.
Tel:(21) 98181-0045
E-mail: [email protected]
27
EVENTO GRATUITO