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GESTÃO DO CONHECIMENTO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO NA BASE WEB OF SCIENCE NO PERÍODO DE 1945 A 2018 1 Letícia Lima de Sousa Mestranda em Ciência da Informação – PPGCI - UFPA - Belém – Pará - Brasil [email protected] Thiago Henrique Bragato Barros Professor Adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS - Porto Alegre -Brasil [email protected] Nilzete Ferreira Gomes Mestranda em Ciência da Informação – PPGCI - UFPA - Belém – Pará – Brasil [email protected] Resumo: Realizou-se um estudo bibliométrico sobre os trabalhos publicados na temática Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias no período de 1945 a 2018 na base de dados Web of Science. A metodologia consistiu em pesquisa na base e na aplicação da análise bibliométrica nos trabalhos localizados. Fez-se uma revisão de literatura sobre a temática, constatando- se que não há até o momento estudos específicos da temática sob a perspectiva da análise bibliométrica. Foram recuperados 24 trabalhos, dos quais foram analizados somente 22 por tratarem sobre Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias. Os resultados apontaram a ocorrência da Lei da Dispersão na área. Identifica-se também que a palavra-chave Knowledge management é a mais utilizada aplicando-se a Lei de Zipf. Verificou-se a partir da Lei de Lotka que os autores, em média publicam 1 artigo. A produção dos trabalhos, em sua maioria, ocorre em coautoria. São publicados em periódicos de nacionalidade chinesa (50%) e escritos em língua inglesa (77%). A temática ocorre com mais frequência no campo Information Science Library Science. Conclui-se que os estudos sobre Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias são recentes e estão crescendo devido à percepção da importância do compartilhamento do conhecimento intángivel no contexto destas Instituições. 1 Comunicação aceita no IX Encontro Ibérico da Associação de Educação e Pesquisa em Ciência da Informação da Ibero-América e Caribe (EDICIC) na Facultat de Biblioteconomia i Documentación da Universitat de Barcelona na Espanha que ocorrerá entre 9 e 11 de julho de 2019.
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Jul 03, 2020

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GESTÃO DO CONHECIMENTO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO NA BASE WEB OF SCIENCE NO PERÍODO DE 1945 A 20181

Letícia Lima de SousaMestranda em Ciência da Informação – PPGCI - UFPA - Belém – Pará - Brasil

[email protected]

Thiago Henrique Bragato BarrosProfessor Adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS - Porto Alegre -Brasil

[email protected]

Nilzete Ferreira GomesMestranda em Ciência da Informação – PPGCI - UFPA - Belém – Pará – Brasil

[email protected]

Resumo: Realizou-se um estudo bibliométrico sobre os trabalhos publicados na temática Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias no período de 1945 a 2018 na base de dados Web of Science. A metodologia consistiu em pesquisa na base e na aplicação da análise bibliométrica nos trabalhos localizados. Fez-se uma revisão de literatura sobre a temática, constatando-se que não há até o momento estudos específicos da temática sob a perspectiva da análise bibliométrica. Foram recuperados 24 trabalhos, dos quais foram analizados somente 22 por tratarem sobre Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias. Os resultados apontaram a ocorrência da Lei da Dispersão na área. Identifica-se também que a palavra-chave Knowledge management é a mais utilizada aplicando-se a Lei de Zipf. Verificou-se a partir da Lei de Lotka que os autores, em média publicam 1 artigo. A produção dos trabalhos, em sua maioria, ocorre em coautoria. São publicados em periódicos de nacionalidade chinesa (50%) e escritos em língua inglesa (77%). A temática ocorre com mais frequência no campo Information Science Library Science. Conclui-se que os estudos sobre Gestão do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias são recentes e estão crescendo devido à percepção da importância do compartilhamento do conhecimento intángivel no contexto destas Instituições.

Palavras-chave: bibliometria; leis bibliométricas; knowledge management.

Resumen: Se realizó un estudio bibliométrico sobre los trabajos publicados en la temática Gestión del Conocimiento en Bibliotecas Universitarias en el período de 1945 a 2018 en la base de datos Web of Science. La metodología consistió en investigación en la base y en la aplicación del análisis bibliométrico en los trabajos localizados. Se hizo una revisión de literatura sobre la temática, constatando que no hay hasta el momento estudios específicos sobre la temática desde la perspectiva del análisis bibliométrico. Se recuperaron 24 trabajos, de los cuales fueron analizados sólo 22 por tratar sobre Gestión del Conocimiento en Bibliotecas Universitarias. Los resultados apuntaron la ocurrencia de la Ley de la Dispersión en el área. Identifica también que la palabra clave Knowledge management es la más utilizada aplicando la Ley de Zipf. Se verificó a partir de la Ley de Lotka que los autores, en promedio publican 1 artículo. La producción de los trabajos, en su mayoría, ocurre en coautoría. Se publican en periódicos de nacionalidad china (50%) y escritos en inglés (77%). La temática se produce con más frecuencia en el campo Science Science Library Science. Se concluye que los estudios sobre Gestión del Conocimiento en Bibliotecas Universitarias son recientes y están

1Comunicação aceita no IX Encontro Ibérico da Associação de Educação e Pesquisa em Ciência da Informação da Ibero-América e Caribe (EDICIC) na Facultat de Biblioteconomia i Documentación da Universitat de Barcelona na Espanha que ocorrerá entre 9 e 11 de julho de 2019.

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creciendo debido a la percepción de la importancia del compartir el conocimiento intangible en el contexto de estas Instituciones.

Palabras clave: bibliometría; leyes bibliométricas; gestión del conocimiento.

Abstract: A bibliometric study was carried out on the work published in the topic Knowledge Management in University Libraries from 1945 to 2018 in the Web of Science database. The methodology consisted of research on the basis and application of bibliometric analysis in the localized works. A review of the literature on the subject was made, noting that there are so far no specific studies on the subject from the perspective of bibliometric analysis. Twenty-four studies were retrieved, of which only 22 were analyzed for dealing with Knowledge Management in University Libraries. The results pointed to the occurrence of the Law of Dispersion in the area. It also identifies that the keyword Knowledge management is most commonly used by applying Zipf's Law. It has been verified from Lotka's Law that the average author publishes 1 article. The production of the works, for the most part, occurs in co-authorship. They are published in journals of Chinese nationality (50%) and written in English (77%). The topic occurs most often in the field of Information Science Library Science. It is concluded that the studies on Knowledge Management in University Libraries are recent and are growing due to the perception of the importance of the sharing of intangible knowledge in the context of these Institutions.

Keywords: bibliometry; bibliometric laws; knowledge management.

1 INTRODUÇÃO

Compreende-se que a Ciência da Informação (CI) é interdisciplinar por natureza,

relacionando-se com as diversas abordagens teórico-metodológicas, um exemplo disso é a

bibliometria e a Gestão do Conhecimento (GC) aspectos teóricos que estão em íntima relação

com a CI. Neste contexto, surge a importância de ser investigar a produção científica com foco

específico em Bibliotecas Universitárias (BUs). A produção sobre GC em BUs tem ganhado

espaço devido ao reconhecimento de sua importância.

Para Jantz (2001, p. 34) a GC em BUs “envolve organizar e prover acesso a recursos

intangíveis que ajudam os bibliotecários e administradores a desempenhar suas funções de

forma mais eficiente e efetivamente”.

Desta forma, realizou-se um estudo bibliométrico sobre os trabalhos publicados na

temática GC em BUs no período de 1945 a 2018 na base de dados Web of Science. Relacionou-

se e quantificou-se os trabalhos publicados por ano, identificando os anos nos quais houve

maior número de citações, reunindo as palavras-chave mais frequentes, listando os periódicos

científicos que publicam, arrolando os trabalhos mais citados, distinguindo os tipos de

publicações, elencando os países produtores, verificando as línguas em que os autores mais

publicaram, apontando os autores que escrevem sobre a temática, explicitando as áreas do

conhecimento nas quais ocorre a produção científica e mostrando as instituições que se

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dedicam a pesquisar a temática. A problemática proposta e respondida por esta pesquisa foi

verificar como estão sendo desenvolvidas as pesquisas na área de GC em BUs no período de

1945 a 2018.

Buscando demarcar o campo de atuação e a importância da GC, neste contexto,

considerado um dos mais relevantes para a CI, traça-se um panorama aprofundado da

produção cientifica sobre a temática.

2 METODOLOGIAPara a realização da pesquisa utilizou-se a base Web of Science, empregando-se a

análise bibliométrica. Figueiredo (1993, p. 60) considera a bibliometria como uma "análise

estatística dos processos de comunicação escrita, tratamento quantitativo (matemático e

estatístico) das propriedades e do comportamento da informação registrada”; Na visão de

Macias-Chapula (1998, p. 134) analise bibliométrica “é o estudo dos aspectos quantitativos da

produção, disseminação e uso da informação registrada”.

Saes (2005) avalia a bibliometria como uma forma de estudo que visa quantificar o

processo de comunicação registrada, natureza e a evolução dos campos científicos, mediante a

contagem e análise das características do processo comunicativo.

A “Bibliometria é o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e

uso da informação registrada; desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses

processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisão.”

(BERNARDINO; CAVALCANTE, 2011, p. 251); Na visão de Guedes e Borschiver (2005) a

bibliometria propicia a tomada de decisão na gestão da informação e do conhecimento, pois

esta auxilia a organização e sistematização de informações científica.

Boyack, Wylie e Davidson (2002) frisam que os estudos bibliométricos são divididos em

dois planos: O macroplano que trabalha com as unidades estruturais básicas de um

determinado campo do conhecimento científico, evidenciando suas inter-relações e

relacionamentos, em escala ampla, isto é, abrangente. O microplano que procura explicitar os

mapas do conhecimento em um ramo específico de uma determinada área do conhecimento a

fim de mostrar o estado da arte.

A bibliometria apresenta um conjunto de leis que a regem, são elas: Lei de Bradford,

também chamada de Lei da dispersão “permite, mediante a medição da produtividade das

revistas, estabelecer o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um

mesmo conjunto de revistas” (VANTI, 2002, p. 153). A Lei de Zipf, também denominada como

Lei do Menor Esforço, consiste na medição de frequência entre as palavras nos textos gerando

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uma relação de termos provenientes de uma determinada disciplina ou temática e a Lei de Zipf

divide-se em:

1. Primeira Lei de Zipf: afirma que o produto da ordem de série de uma palavra multiplicado

pela frequência de ocorrência era aproximadamente constante. Representada pela fórmula: r.

f = c, onde: r = produto; f= frequência; c = constante.

2. Segunda Lei de Zipf: enuncia que, em um determinado texto, várias palavras de baixa

frequência de ocorrência (alta ordem de série) têm a mesma frequência (GUEDES;

BORSCHIVER, 2005, p. 6).

Outra lei que rege a Bibliometria é a de Lotka conhecida também como Lei do

Quadrado Inverso. Esta diz que a quantidade de autores que publicam (n) trabalhos e

inversamente proporcional a . Pode ser entendida como uma função de probabilidade, pois

quanto maior o quantitativo de publicações mais fácil é publicar um novo trabalho. Os

pesquisadores mais produtivos conseguem maior reconhecimento e estes têm acesso a

maiores recursos para o aprimoramento de suas pesquisas (MALTRÁS BARBA, 2003). O Quadro

1 mostra os aspectos das três leis que regulam os estudos bibliométricos.

Quadro 1 – Leis que regem os estudos bibliométricosLEIS MEDIDA CRITÉRIO OBJETIVO PRINCIPAL

Lei de Bradford Grau de atração do periódico

Reputação do periódico Identificar os periódicos mais relevantes e que dão maior vazão a um tema em específico

Lei de Zipf Frequência de palavras-chave

Lista ordenada de temas Estimar os temas mais recorrentes relacionados a um campo de conhecimento

Lei de Lotka Produtividade autor Tamanho-frequência Levantar o impacto da produção de um autor numa área de conhecimento

Fonte: Chueke e Amatucci (2015 p. 3).

Os procedimentos de pesquisa foram divididos em etapas, tais como: revisão de

literatura, coleta de dados, organização dos dados e análise e interpretação dos dados.

Quadro 2 – Etapas dos procedimentos metodológicosETAPAS PROCEDIMENTO METODDOLÓGICO EXECUÇÃO

1 Revisão de literatura Análise bibliométrica em GC

2 Coleta de dados

Base de dados ISI Web of Science. Palavra-chave utilizada: Knowledge management and university libraries. Período da pesquisa de 1945 a 2018. Filtro “Título” para refinamento dos resultados.

3Organização dos dados Software Sitkis, software UCINET e as

ferramentas métricas da ISI Web of Science.4 Análise e interpretação dos dados Análise dos indicadores bibliométricos.

Fonte: Os Autores (2018).

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Foram encontrados 24 trabalhos dos quais analisaram-se 22 destes por tratarem de

fato sobre a temática GC em BUs. Isso significa que foi realizada uma análise de conteúdo e

indentificou-se que dois destes não discutiam o referido assunto, sendo excluidos da etapa

seguinte que consistiu de análise e interpretação à luz da bibliometria.

3 GESTÃO DO CONHECIMENTO: ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS

Alguns estudos bibliométricos no campo da GC já foram realizados, os quais foram

descritos a seguir:

Igarashi et al. (2008) realizou seu estudo sobre GC, aprendizagem e tecnologia da

informação na Scientific Electronic Library Online (SCiELO) no período de 1977 a 2007, os

autores utilizaram o índice de assuntos da SCiELO: “gestão do conhecimento”, “aprendizagem”

e “tecnologia da informação”. Os resultados foram apresentados em três momentos: pesquisa

no sentido macro, elementos de identificação na seleção de artigos e gestão do conhecimento

organizacional. Constataram que a GC nas organizações é um processo de transformação

cultural e a aprendizagem, neste ambiente, é um componente essencial auxiliado pelas

ferramentas de tecnologia de informação. Concluíram que a tecnologia da informação

proporciona o suporte na GC sendo vital fazer com que a tecnologia da informação se adapte

ao contexto institucional.

Paulista, Campos e Turini (2010) realizaram uma análise bibliométrica sobre GC

utilizando a base de dados Web of Science, no período compreendido de 1995 a 2010. Os

resultados mais relevantes da pesquisa foram identificados observando-se que os anos nos

quais houve maior número de publicações e citações foram os anos de 2007, 2008 e 2009. Os

resultados do estudo foram: palavras-chave mais utilizadas: management, knowledge

management e knowledge; periódicos mais citados: Acad. Manage. J., Manage Sci e Strategic

Manage J.; trabalhos clássicos mais citados: Davenport (1998), Nonaka I. (1994) e Alavi M.

(1999); autores mais recentes: Pasche A. (2005), Jones W. (2005) e Antonacopoulou EP (2008);

E países mais produtivos internacionalmente: EUA, Inglaterra e Taiwan; já no Brasil os estados

mais produtivos foram São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de janeiro.

O estudo de Avelar, Vieira e Santos (2011) analisou artigos publicados no portal de

periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no

período de 2001 a 2010, nos periódicos de administração, contabilidade e turismo. Os

resultados mostraram: redução de estudos publicados em GC no Brasil na metade da primeira

década do século XXI; dispersão entre os autores na temática; identificação de estudos

empíricos (68,75%) e teóricos (31,25%); correlações positivas entre o quantitativo de artigos

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publicados e os indicadores sociométricos; estreito vínculo entre o número de publicações e a

participação dos autores em grupos de pesquisa.

Araújo Júnior, Perucchi e Lopes (2013) verificaram a produção científica sobre

Inteligência Competitiva (IC), GC e Conhecimento Organizacional (CO) no Repositório

Institucional da Universidade da Brasília (RIUnB), dentro das comunidades acervo geral e

Faculdade de Ciência da Informação (FCI), o objetivo foi verificar o crescimento significativo

dos temas na CI e também em outras áreas do conhecimento, como por exemplo:

administração, engenharia elétrica, educação, gestão social e do trabalho, ficando evidente,

deste modo, a interdisciplinaridade ratificando a tendência das temáticas de pesquisa em

outros campos. Constatou-se ainda, maior número de documentos tratando sobre GC, CO e IC

e uma concentração da produção científica em três autores pertencentes à comunidade da

FCI.

Licório, Siena e Almeida (2013; 2014) realizaram sua pesquisa na base SCiELO a fim de

caracterizar a produção científica sobre a GC, no período de 1990 a 2012. Os aspectos

analisados no estudo foram: identificação dos periódicos, anos de maior ocorrência,

quantitativo de autores por publicação e da sua produção científica, filiação dos autores,

concepção filosófica e metodologia de investigação adotada. Concluíram que é pequena a

quantidade de artigos publicados sobre GC apresentando ainda dispersão entre autores, pois a

proporção é de apenas um trabalho por autor. Uma explicação possível para este fato é que o

tema é trabalhado apenas dentro dos programas de pós-graduação para o cumprimento das

formalidades não sendo de fato um estudo de reflexão contínuo.

De Bem e Reinisch (2014) realizaram um estudo bibliométrico utilizando as bases de

dados Scopus, Web of Science, LISTA e ISTA no período de 2007 a 2013. Os resultados

propiciaram a recuperação dos periódicos mais representativos, fator de impacto, quantidade

de publicações por ano, os autores mais produtivos, índice de produtividade dos autores,

países produtores e os termos utilizados. Identificaram que no ano de 2008 houve um maior

número de publicações. Do total de 241 periódicos identificados foram considerados

produtivos somente 17 destes. Os autores que mais publicam são oriundos da Austrália, Reino

Unido, África do Sul e Irã. As palavras-chave mais utilizadas foram bibliotecas, sistemas,

organização, aprendizagem, dentre outras.

A análise sobre GC de Tessecino et al. (2014) foi realizada na base de dados Web of

Science, abragendo os últimos cinco anos (2009 a 2014), sendo analisados os seguintes

aspectos: porcentagem de artigos por ano, número de artigos por ano, o estrato qualis dos

periódicos, títulos de periódicos que publicaram no mínimo dois artigos por ano, autores que

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publicaram no mínimo um artigo por ano e os países que mais publicaram. Concluem frisando

a importância do desenvolvimento de mais investigações brasileiras sobre esta temática com

enfoque na categoria Engenharias III, objetivando um aprofudamento na discussão.

Osinski, Roman e Selig (2015) trabalharam a análise bibliométrica dos artigos das bases

SCiELO e Scopus, no período de 1994 a 2014. Constataram que houve um crescimento das

publicações de 2005 a 2009. Concluíram que GC e o compartilhamento do conhecimento são

temas recentes enfatizando que as publicações começaram a aparecer de forma mais intensiva

a partir de 2009.

Marschner, Ávila, Sommer (2016) analisaram publicações sobre GC e gestão da

inovação na base de dados Web of Science, no período de 1945 a 2016. Constatou-se que os

anos nos quais houve maior número de trabalhos publicados foram 2008 e 2015 nas áreas de:

Business Economics (Economia Empresarial), Operations Research Management Science

(Gestão de Operações), Engineering (Engenharias), Computer Science (Ciência da

Computação), Information Science, Library Science (Ciência da informação/biblioteconomia) e

Social Science (Ciências Sociais). Os proceedings papers são a maioria com 66,6% e grande

parte destes foram publicados no periódico International Journal of Technology Management.

Os países mais produtivos são China e Estados Unidos da América (EUA). O principal idioma é a

língua inglesa. Percebeu-se um crescimento da produção científica com oscilações (ápices e

declínios) nos últimos anos.

Sabadin e Mozzato (2016) realizaram um estudo bibliométrico da produção científica

brasileira de 1999 a 2015 na SCiELO. Identificaram que o crescimento dos trabalhos sobre GC

na área de Ciências Sociais aplicadas alcançou seu nível mais elevado em 2007, diminuindo

entre 2008 e 2014. Constataram que os estudos sobre GC estão mais concentrados nas

empresas de grande porte havendo a necessidade de desenvolver pesquisas também em

pequenas e médias empresas.

Correa, Ziviani e Chinelato (2016) fizeram um estudo para investigar o cenário atual da

GC no Brasil utilizando metabibliometria no período de 1977 a 2010, utilizando 35 publicações

apresentadas nos encontros anuais da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação

em Administração (EnANPAD) e SCIELO e periódicos de Administração. Foram analisados os

seguintes aspectos: distribuição das publicações por ano, número de autores por publicação,

publicações realizadas por pesquisador, principais referências literárias das publicações, tipos

de referências das publicações e periódicos por publicação. Constatou-se que as pesquisas

realizadas em coautoria são mais freqüentes (71,74%). Detectaram ainda, que houve um

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aumento de publicações interdisciplinares, pois os periódicos científicos de outros campos têm

publicado artigos relacionados ao campo da GC.

Kovaleski, Azarias e Campos (2017) investigaram as tendências e perspectivas em

trabalhos de revisão de literatura e revisão sistemática de literatura sobre GC, no período de

2007 a 2017, utilizando a Web of Science. Os autores concluíram afirmando que a GC possui

grande conexão com a área de tecnologia de informação e tem conseguindo o

reconhecimento acadêmico. Verificaram que vem sendo estudada, com mais frequência, nos

países desenvolvidos e as temáticas abordadas foram: performance, inovação e criação.

Constataram que há ausência de estudos inerentes aos fatores humanos ligados à GC.

Santos et al. (2017) verificaram os padrões quanto à autoria das publicações científicas

brasileiras sobre o tema GC. Utilizaram para o estudo o portal de periódicos da CAPES, no

período de 2000 a 2013. Os resultados foram: maior quantitativo de publicações é de autoria

do sexo feminino (54%), sendo o masculino 46%. A média de autoria por artigo foi de 1,68.

Maior concentração de autores na região sudeste (112). Pesquisadores com doutorado são os

que mais publicam (32%). A maioria atua em universidades e obtiveram suas titulações em

instituições públicas brasileiras situadas no sudeste (25,88%). Por fim, constatou-se que 56%

dos pesquisadores não atuam onde obtiveram suas titulações e somente 44% trabalham na

mesma instituição onde realizaram seus cursos de pós-graduação.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A seguir, apresentam-se os resultados obtidos pela análise bibliométrica na base Web

of Science, no período de 1945 a 2018, os quais são expostos através de gráficos e quadros

explicativos. Foram analisados 22 artigos sobre a área de GC em BUs, verificando que nos anos

de 2010 e 2017 houve um grande número de artigos e proceedings papers na temática. Isso

evidencia o crescimento das publicações, conforme o gráfico 1.

Gráfico 1 – Quantidade de trabalhos publicados por ano

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

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Verificou-se que em 2010, 2011 e 2017 apresentou-se o maior quantitativo de

trabalhos publicados. Os demais anos tiveram apenas 1 artigo publicado. Conforme fica

evidente no quadro 3.

Quadro 3 - Quantidade de artigos publicados por ano ANO QUANTIDADE PORCENTAGEM2018 2 9.524 %2017 4 19.048 %2016 1 4.762 %2015 2 9.524 %2014 1 4.762 %2013 1 4.762 %2012 1 4.762 %2011 3 14.286 %2010 4 19.048 %2008 1 4.762 %2006 1 4.762 %

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Quanto ao quantitativo de trabalhos citados por ano, verifica-se que entre 2016 e 2018

houve o crescimento no número de citações das publicações, no campo da GC em BUs,

conforme observa-se no gráfico 2. Este aumento se deve, provavelmente, à valorização do

capital humano nas organizações, fazendo com que os pesquisadores de forma crescente

tenham interesse em desenvolver investigações a fim de melhor gerenciar o conhecimento

produzido no contexto institucional.

Gráfico 2 – Quantitativo de trabalhos citados por ano

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Aplicando-se a Lei de Zipf foram identificadas as palavras-chave empregadas nos

artigos e proceedings papers com maior frequência, tais como, knowledge management,

university libraries, university library, libraries, digitial library, librarian e innovation conforme

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se observa no quadro 4, isso ratifica a pesquisa realizada por Paulista, Campos e Turini (2010)

que também constataram o maior número de ocorrência do termo knowledge management.

Quadro 4 - Palavras-chave empregadas nos artigos científicos e proceedings papersQUANTIDADE PALAVRAS-CHAVE MAIS UTILIZADAS

19 Knowledge management5 University libraries5 University library3 Libraries3 Knowledge2 Digitial library2 Librarian2 Innovation

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

No gráfico 3 é possível verificar que 47% dos artigos e Proceedings papers empregaram

a palavra-chave knowledge management. As demais palavras-chave apresentaram a seguinte

porcentagem: university libraries (12%), university library (12%), libraries (7%), knowledge

(7%), digital library (5%), librarian (5%) e innovation (5%).

Gráfico 3 – Porcentagem das palavras-chave empregadas nos artigos científicos e proceedings papers

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Os periódicos nos quais foram publicados os artigos científicos e os eventos nos quais

foram apresentados os proceedings papers encontram-se listados no quadro 5 por ondem de

citação. Percebe-se assim a ocorrência da Lei de Bradford, pois existem vários periódicos que

publicam sobre a temática ocorrendo dispersão.

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Quadros 5 – Periódicos científicos e eventosNº CITAÇÕES PERIÓDICOS CIENTÍFICOS E EVENTOS1 98 Global Knowledge Memory and Communication2 69 Information Discovery and Delivery3 55 Evidence Based Library and Information Practice4 36 Library Management5 35 Journal of Information & Knowledge Management6 32 4th International Conference on Intellectual Capital, Knowledge Management and

Organisational Learning (ICICKM)7 32 Proceedings of the 14th international conference on intellectual capital, knowledge

management & organisational learning (ICICKM 2017)8 31 Informacão & Sociedade-Estudos9 24 South African Journal of Libraries and Information Science

10 18 3RD IEEE International Conference on Computer Science and Information Technology11 16 Desidoc Journal of Library & Information Technology12 10 International Conference on Materials Science and Information Technology (MSIT 2011)13 8 International Conference on Future Computers in Education (ICFCE 2011)14 8 The 12th International Conference on Innovation and Management15 6 Journal of The Medical Library Association16 6 Proceedings of the Thirteenth International Symposium - Management Science &

Engineering 17 5 2nd International Conference on Computer and Automation Engineering (ICCAE)18 5 International Conference on Management Science and Engineering (MSE 2010)19 5 International Seminar on Education Management and Engineering20 4 2nd International Conference on Engineering and Business Management (EBM 2011)21 4 2nd International Conference on Measurement, Instrumentation and Automation (ICMIA

2013)22 4 Second International Conference on Information, Communication and Education

Application (ICEA 2011)Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Observa-se no quadro 6, que os cinco artigos e proceedings papers mais citados foram:

Global Knowledge Memory and Communication, Information Discovery and Delivery, Evidence

Based Library and Information Practice, Library Management e Journal of Information &

Knowledge Management. Conforme quadro 6, o trabalho mais citado foi o artigo publicado

por Persily e Butter, em 2010, que teve 6 citações. Já o artigo de De Bem, Coelho e Dandolini

(2016) e Ali e Khan (2017) foram citados 2 vezes cada um.

Quadro 6 – Artigos científicos e proceedings papers mais citadosAUTORES TÍTULO E TIPO DE DOCUMENTO CITAÇÕES

Persily, Gail L.; Butter, Karen A.Reinvisioning and redesigning "a library for the fifteenth through twenty-first centuries": a case study on loss of space from the library and center for knowledge management, university of California, San Francisco. Tipo de documento: artigo

6

Ali, P. M. Naushad; Khan, Daud investigating knowledge management strategies in central university libraries in India. Tipo: artigo 2

De Bem, Roberta Moraes; de Souza Reinisch Coelho, Christianne Coelho;

Dandolini, Gertrudes Aparecida

Knowledge management framework to the university libraries. Tipo de documento: artigo 2

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

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Quanto ao tipo de documento publicado foram identificados 9 artigos e 13 proceedings

papers. O que se observou é que a maioria é do segundo tipo mencionado, proceedings

papers, corroborando com a pesquisa de Marschner, Ávila, Sommer (2016) que também

constataram número maior de trabalhos apresentados em eventos. No quadro 7 e gráfico 4

são mostrados os quantitativos e percentuais.

Quadro 7 – Tipos de documentosTIPOS DE DOCUMENTOS QUANTIDADE PORCENTAGEM

Artigos 9 41%Proceedings papers 13 59%

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Gráfico 4 – Porcentagem de artigos e procedings paper

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Assim como Avelar, Vieira e Santos (2011) e Licório, Siena e Almeida (2013; 2014) que

constataram em suas pesquisas a dispersão entre os autores, ficou evidente também uma

tendência à aplicação da Lei de Lotka no caso da GC em BUs, pois os autores publicaram

apenas uma vez, como fica claro no quadro 8 que relaciona os autores e a quantidade de

artigos publicados.

Verificou-se também, que boa parte das publicações são realizadas em coautoria de 2

ou mais autores (quadro 8), confirmando os resultados das pesquisas Avelar, Vieira e Santos

(2011), Licório, Siena e Almeida (2013; 2014) e Correa, Ziviani e Chinelato (2016), os quais

verificaram também que de fato existe uma tendência ao estabelecimento de parcerias para a

publicação. Analisando-se a partir da Lei de Lotka verificou-se que a proporção de produção

dos autores em média é de um 1 artigo para cada.

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Quadro 8 – Autores que publicam sobre GC em BUs

AUTORES QUANT. TRAB. PORCENTAGEM

Ugwu, CI (Ugwu, Cyprian. I.); Ezema, IJ (Ezema, I. J.) 1 4.76%

Ugwu, CI (Ugwu, Cyprian Ifeanyi); Ekere, JN (Ekere, Justina Ngozi) 1 4.76%

Ahmed, S (Ahmed, Shamshad); Sheikh, A (Sheikh, Arslan); Akram, M (Akram, Muhammad) 1 4.76%

Ugwu, CI (Ugwu, Cyprian, I) 1 4.76%

Ahmad, K (Ahmad, Khurshid) 1 4.76%

Ferreira, LJA (Azevedo Ferreira, Liliane Juvencia); Alvares, LMAD (Araujo de Rezende Alvares, Lillian Maria); Martins, DL (Martins, Dalton Lopes) 1 4.76%

Ali, PMN (Ali, P. M. Naushad); Khan, D (Khan, Daud) 1 4.76%

Gichuhi, Z (Gichuhi, Zipporah); Kamau-Kang'ethe, R (Kamau-Kang'ethe, Rachel); Mwathi, P (Mwathi, Peter) 1 4.76%

de Bem, RM (de Bem, Roberta Moraes); Coelho, CCDR (de Souza Reinisch Coelho, Christianne Coelho); Dandolini, GA (Dandolini, Gertrudes Aparecida) 1 4.76%

Shao, R (Shao Rui); Fu, XH (Fu Xianhua) 1 4.76%

Thomas, D (Thomas, David); Underwood, PG (Underwood, Peter G.) 1 4.7%

Wang, X (Wang Xu) 1 4.76 %

Du, J (Du Jing); Gao, XR (Gao XiangRong); Yuan, YC (Yuan YongCui) 1 4.76%

Xia, R (Xia, Rong) 1 4.76%

Qu, YX (Qu, Yongxin); Zhou, L (Zhou, Li); Tao, Y (Tao, Ying); Huang, CW (Huang, Changwei); Ji, MK (Ji, Mingkui); Zhao, WB (Zhao, Wenbin) 1 4.76%

Li, TT (Li, Tingting); Peng, H (Peng, Hui) 1 4.76%

Qui, YX (Qui, Yongxin); Guan, SY (Guan, Shaoyun) 1 4.76%

Kataria, S (Kataria, Sanjay); Pachouri, A (Pachouri, Anshul); Sharma, M (Sharma, Mohit) 1 4.76%

Zhou, XM (Zhou, Xiaomei); Zhang, Y (Zhang, Yan) 1 4.76%

Guo, LH (Guo, Linghui) 1 4.76%

Persily, GL (Persily, Gail L.); Butter, KA (Butter, Karen A.) 1 4.76%

Liu, J (Liu Jun'e); Lu, RR (Lu Rongrong) 1 4.76%

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Marschner, Ávila, Sommer (2016) identificaram a China como o país mais produtivo. O

mesmo resultado foi identificado nesta pesquisa, onde os artigos e proceedings papers são

produzidos por autores de nacionalidade chinesa. Os demais países que produtores foram o

Brasil, Índia, Paquistão, África do Sul, Chile, Quênia e EUA. Um detalhe importante que merece

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ser destacado e que os EUA que apareceu na pesquisa destes autores como o segundo país

mais produtivo, figurando no ranking da presente pesquisa como um dos menos produtivos,

conforme quadro 9.

Quadro 9 – Países que produzem sobre GC em BUs

PAÍSES QUANTIDADE PORCENTAGEM

China 11 50%

Brasil 2 9%

Índia 2 9%

Paquistão 2 9%

África do Sul 2 9%

Chile 1 4%

Quênia 1 5%

EUA 1 5%

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

No gráfico 5 fica evidente que o país com maior produtividade é a China com 50%. Os

demais países foram o Brasil (9%), Índia (9%) e Paquistão (9%). Os países que apresentaram

menor quantitativo foram o Chile (4%), EUA (5%) e Quênia (5%).

Gráfico 5 – Países produtores de artigos e proceedings paper

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Em relação à língua de publicação a maior parte é publicada em língua inglesa,

apresentando uma porcentagem de 77%, o que ratifica a pesquisa de Ávila, Sommer (2016)

sobre a incidência deste idioma nas publicações feitas em periódicos científicos. Isso deixa

evidente que esta tem sido a língua preferida para publicação, pois apresenta maior

comunicação universal no campo da ciência. Também foram identificados trabalhos publicados

em chinês (18%) e português (5%) como se observa no gráfico 6.

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Gráfico 6 – Língua de publicação dos artigos e proceedings paper

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

No quadro 10 estão relacionados os campos do conhecimento nos quais os artigos

estão inseridos. As áreas localizadas foram Information Science Library Science, Computer

Science, Engineering, Business Economics, Automation Control Systems, Education Educational

Research, Instruments Instrumentation, Materials Science, Operations Research Management

Science e Psychology.

Quadro 10 - Áreas de pesquisa que estão relacionadas com a GC em BUsÁREAS QUANTIDADE PORCENTAGEM

Information Science Library Science 12 47.619 %Computer Science 5 23.810 %

Engineering 5 23.810 %Business Economics 4 19.048 %

Automation Control Systems 2 9.524 %Education Educational Research 2 9.524 %

Instruments Instrumentation 1 4.762 %Materials Science 1 4.762 %

Operations Research Management Science 1 4.762 %Psychology 1 4.762 %

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Assim como Araújo Júnior, Perucchi e Lopes (2013) confirmaram a interdisciplinaridade

da GC, constatou-se nesta pesquisa também que o campo da GC em BUs é interdisciplinar. O

gráfico 9 mostra as múltiplas áreas com as quais há relacionamento como, por exemplo, o

campo da Information Science Library Science (12 atigos), Computer Science e Engineering (5

atigos, cada uma). Houve também produção em outras áreas, tais como, Business Economics

(4 artigos), Automation Control Systems (2 artigos), Education Educational Research (2 artigos),

Instruments Instrumentation, Materials Science, Operations Research Management Science e

Psychology (cada um apresentou apenas 1 artigo).

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Gráfico 7 - Áreas de pesquisa dos artigos e proceedings paper

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

As instituições que produzem artigos e proceedings papers estão listadas no quadro

11. Observa-se a presença de três instituições brasileiras como a Universidade de Brasília

(UnB), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Quadro 11 – Instituições que produzem sobre GC em BUsN° INSTITUIÇÕES1 Aligarh Muslim University1 Beijing Wuzi University1 China Agricultural University1 Chongqing Normal University1 Comsats Univ Islamabad1 Enugu State Univ ScI Technol2 Harbin University of Commerce1 Hebei Agricultural University1 Hebei University of Engineering1 Hubei University of Science Technology1 Islamia Univ Bahawalpur1 Jaypee University of Information Technology1 Kenyatta University1 Nanyang Institute of Technology1 National University of Sciences Technology Pakistan1 Pontificia Universidad Catolica de Valparaiso1 Qingdao University1 Qingdao University of Science Technology1 Universidade de Brasília1 Universidade Federal de Goiás1 Universidade Federal de Santa Catarina1 University of California San Francisco1 University of California System1 University of Nigeria1 University of Pretoria1 University of Sargodha3 University of South Africa1 Wuhan University1 Wuhan University of Technology1 Xi an University of Technology

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

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Apenas duas instituições apresentaram número maior de produção sobre GC em BUs,

University of South Africa e Harbin University of Commerce, conforme mostra o quadro 12.

Quadro 12 – Instituições que mais produzem sobre GC em BUsINSTITUIÇÕES DOCUMENTOS

University of South Africa 3Harbin University of Commerce 2

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web of Science (2018)

Diante dos resultados evidencia-se que a GC em BUs tem sido pouco trabalhado no

campo científico, isso reflete que a preocupação em implantar a GC especificamente em BUs é

recente, mas ao longo do tempo vem crescendo gradativamente.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo bibliométrico no campo da GC em BUs que mapeou a produção científica

sobre o tema, de 1945 a 2018, na base de dados Web of Science, identificou as características

das publicações e investigou as tendências da produção científica na temática. Infere-se que o

cenário da GC em BUs é relativamente recente, pois como mostrou a pesquisa os estudos

iniciaram aproximadamente por volta de 2006.

A pesquisa constatou que o país que mais tem produzido sobre o assunto é a China.

Contudo, o Brasil também apresentou produção sobre a temática, que vem crescendo

gradativamente devido ao reconhecimento da importância da GC aplicado ao ambiente das

BUs.

Na sociedade da informação e do conhecimento aquelas bibliotecas que gerenciam o

conhecimento produzido são mais competitivas e por consequência contribuem de forma mais

efetiva para o cumprimento da missão das universidades das quais fazem parte. O

conhecimento intangível é essencial para o crescimento e fortalecimento da organização

levando assim, ao aparecimento de trabalhos que tratam sobre a temática de modo cada vez

mais crecente.

Verificou-se que não existem estudos bibliométricos sobre GC em BUs sendo algo

percebido na revisão de literatura na qual foram encontrados apenas trabalhos que aplicam a

bibliometria a estudos voltados à GC em geral. Constatou-se que a produção científica sobre a

temática está mais concentrada na área da CI e Biblioteconomia evidenciando que o tema vem

sendo abordado com mais frequência dentro destas áreas. Recomenda-se para pesquisas

futuras um estudo mais amplo com a adoção de duas ou mais bases de dados a fim de

propiciar uma visão maior do estado atual da produção científica no campo da GC relacionada

às BUs.

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