Mesa-redonda: Nova Visão do Manejo Pesqueiro: Experiências e Perspectivas X Reunião Científica do Instituto de Pesca São Paulo, SP, 7 e 8 de dezembro Pesca no Pantanal: experiências e perspectivas Agostinho Catella
Mesa-redonda:
Nova Visão do Manejo Pesqueiro: Experiências e Perspectivas
X Reunião Científica do Instituto de PescaSão Paulo, SP, 7 e 8 de dezembro
Pesca no Pantanal: experiências e perspectivas
Agostinho Catella
Sumário
Bacia do Prata, Bacia do Alto Paraguai e Pantanal
Rio Paraná
Rio Paraguai
Pantanal
Planalto
SECA
1,60 m – dez/2007
CHEIA
6,64 m – abr/1988
Rio Paraguai
Pulso de inundação
1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020Ano
0
1
2
3
4
5
6
7A
ltura
rio
(m
)
2 0 1 1
Variação inter-anual das inundações
(6º Distrito Naval da Marinha – Ladário, MS)
Piscicultura
Subsistência
Usuários
Indigenas
Setor Turístico Pesqueiro
Amador/esp.
Profissional-artesanal
Isqueiro
Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul - SCPESCA/MS
IMASUL – SEMAC/MS
Impressão/distribuição/digitação/correção/análise
Apoio: CPP - Centro de Pesquisa do Pantanal - MCT
Embrapa Pantanal
Manutenção do sistema /análise de dados / banco de dados / publicação Boletins
Polícia Ambiental/MS
Coleta de dados da pescaGuia de Controle de Pescado
1994
DPI – declaração de pesca individual
Parceria: Sema/MT – Federação Pescadores/MT – Embrapa Pantanal - CPP
SISCOMP/MTSistema de Controle e Monitoramento da Pesca de Mato Grosso
5.899 entrevistas = 55% pescadores;
~70 variáveis;
SINPESQ - MPA
Parceria: MPA - CPP – Ecoa - Embrapa Pantanal – UFMT - Federação Pescadores/MT
Censo Estrutural da Pesca de Mato Grosso do Sul – maio/2011Censo Estrutural da Pesca de Mato Grosso – agosto/2011
ProfissionalAmadorAtores: interesses excludentes em função de condicionantes biológicas
Gestão & Conflitos
• manter exemplares grandes das espécies nobres medidas que reduzem produção em peso e vice-versa.
• Gestão: balancear a distribuição de oportunidades e benefícios
• Setores: diferentes níveis organização, recursos e acesso ao Poder.
1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984Ano
0
500
1000
1500
2000
2500D
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barq
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ton.
)
O peixe mudou de mão
CPUE pesca prof.8 a 15 kg/pescador/dia
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008Ano
0
500
1000
1500
2000
2500
Des
emba
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(to
n.)
P amad.P. prof.
Expansão PAmadoraPerda espaço político/poder pesca PProfissionalProibição redes e tarrafasImpacto social
CPUE pesca prof.121 kg/pescador/dia
(Silva, 1986)
PP
PA
1995 2000 2005 2010Ano
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000N
úmer
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scad
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fissi
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s
Número anual de pescadores profissionais – 1995 a 2008
2002: SuspensãoAut. Amb. Pesca
2003: Preenchimento GCP atestar atividade e pré-
requisito para licenciamento
1995 2000 2005 2010Ano
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Núm
ero
pesc
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1995 2000 2005 2010Ano
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100000
200000
300000
400000
Cap
tura
pes
ca p
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kg)
Captura anual pesca profissional - 1995 a 2008
0 100 200 300 400 500Classes 10 kg
0
50
100
150
200
250
Fre
quen
cia
Desembarque 2003
Desembarque médio 1994/2002
Classes desembarque pesqueiro (10kg)
Número anual de pescadores amadores – 1995 a 2008
1995 2000 2005 2010Ano
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000N
úmer
o pe
scad
ores
am
ador
es• diminuição cota captura e CPUE• concorrência AM, A-T, B. Prata• desvalorização do Real em 1999• má conservação estradas• interrupção vôos Corumbá
Captura anual pesca amadora – 1995 a 2008
1995 2000 2005 2010Ano
0
10000
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30000
40000
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60000
Núm
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mad
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1995 2000 2005 2010Ano
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500000
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1500000C
apt u
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a (k
g)
25kg+
30kg+
15kg+
12kg+
10kg+
2px+5p
10kg+5pPAC45JAU95
DOU60
PIN85DOU65
UHE R. Manso
UHER. Correntes
Origem e freqüência dos pescadores amadores – 1994 a 2008
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008Ano
0
10
20
30
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Por
cent
agem
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SaoPauloParanaOutrosMinasGeraisMatoGrossoSGoias
Estado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Mês
0
4000
8000
12000
Núm
ero
pesc
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mad
ores
Baixa
1/3
Alta 2/3
Pesca concentra-se sobre poucas espécies
(SCPESCA/MS - 1994 a 2008)
Amadora Profissional
PIN 36,2 %
PAC 24,7 %
CAC 16,7 %JAU 6,1 %
BAR 4,2 %
PIR 3,6 %
DOU 3,2 %
OUT 2,0%
PIA 1,5 %
PAC 26,2 %
PIN 14,2 %
OUT 10,9 %
PIA 10,3 %
CAC 8,7 %
DOU 7,6 %BAR 6,7 %
PIR 5,6 %
JAU 3,5 %CUR 3,5 %JUE 1,5 %PIT 1,4 %
grande porte, carnívoras, topo de cadeia
Captura Total x Esforço Pesqueiro - 1994 a 1999
?
MSY
f
Y
Esforço (n. pescadores x dias pesca)
Cap
tura
(kg
)
1994 a 1999
Relação: Captura Total x Esforço Pesqueiro – Pesca Profissional
2000 a 2008
(n. pescadores x dias pesca)
Agua
Qualidade Quantidade Fluxo
(Welcomme, 2001)
Ecossistemas águas interiores
• barramento dos rios / construção de represas hidrelétricas;
• 116 projetos de PCHs entre atuais (40) e previstos
Impactos na Bacia do Alto Paraguai nas 2 últimas décadas
• erosão dos solos / assoreamento dos rios - Taquari;
• descarga dejetos domésticos / industriais / remoção matas ciliares;
• contaminações dos rios por herbicidas / inseticidas / mercúrio;
• introdução de espécies exóticas de peixes e moluscos;
• tráfego barcaças / diques marginais /matas ciliares.
população
estoqueprodução
Fatores Externos ao Manejo
Reduzem capacidade suporte Mimetizam sobrepesca
Quem leva a culpa?
Usuários
Quais?
Por que?
Sobrevivência da pesca - adoção modelo de desenvolvimento:
- conservação dos ambientes aquáticos
- manutenção dos processos ecológicos
Considerações
Gestão participativa:
• contemple os interesses dos diferentes setores
• melhor retorno econômico, social e ecológico do uso dos recursos
Pesca profissional – sair da informalidade:
• desenvolver a cadeia produtiva do pescado / couro de peixe
• programa certificação “pescado do Pantanal”
Distribuir esforço de pesca / utilizar estoques subexplorados
Extras
Pesca profissional - informalidade – BAP/MS
30,0100,02162Total
1,040outros
1,737feira livre
1,838restaurante
3,93,984colônia6,96,9150atravessador
8,6186no local de captura
19,219,2416comércio local
27,7598consumidor direto
28,4613em casa
Formal%%BAP/MSForma de Venda
20 30 40 50 60 70 80
01
020
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Idade
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an
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10 20 30 40 50 60 70 80 90Idade
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nos
Recrutamento de pescadores profissionais
BAP/MT BAP/MS
Fatores que influenciam nos estoques e no rendimento da pesca
Fatores externos ao manejo
Naturais Antrópicos
Fatores da pesca: decisões do manejo
Renovação estoques: número e biomassa
Disponibilidade de peixes e
rendimento da pesca
Questão ética
Recursos pesqueiros
utilizados sem prejuízos ambientais,
respeitando-se a capacidade natural de reposição dos estoques
decidir sobre o uso e acesso,
pois a sociedade não investiu em sua produção
recursos naturais renováveis
Cooperação entre os Setores-3
Projeto: Turismo cultural de pesca
• Cinco passeios, 5 adultos (27-74 anos; renda 3-20 sm) e 2 crianças
• Início 5 - 6h, duração média 8h20
• Custo passeio R$ 160 = R$ 75 combust + R$ 35 aliment + R$ 50 honor.
Cooperação entre os Setores-4
Atividades
Avaliação
Muito Ruim Ruim Regular Bom Muito Bom
Ad. Cr. Ad. Cr. Ad. Cr. Ad. Cr. Ad. Cr.
1. Viagem de barco (40 minutos) 2 1 3 1
2. Captura de ximburé / iscas 2 2
3. Pescaria com linhada de mão 2 4 1
4. Interação com pescador prof. 1 1 4 1
5. Almoço à moda local 1 2 4
6. Acampamento: sesta e mate-tereré 2 2 3
7. Avaliação geral do passeio 1 5 1
Total 2 (4%) 3 (6%) 18 (40%) 23 (50%)
Avaliação
• Os convidados estariam dispostos a pagar:
R$70 /125 /150 /160 /160, média = R$ 133
• Todos recomendariam esse passeio para outras pessoas.
PopulaçãoPesca
AquaculturaKg pescado /pe
ssoa
6,5
(FAO, 2010)