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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Outubro/2015 - nº 45 Neste mês temos a dupla graça de celebrar o Rosário e o mês de nossa pa- droeira: Nossa Senhora Aparecida. No dia 7 de outubro tem lugar no calendário litúrgico a festa de Nossa Se- nhora do Rosário, celebração instituída em recordação da Batalha de Lepanto, confronto ocorrido em 1571, na oca- sião em que hordas muçulmanas ame- açavam invadir a Europa, pretendendo inclusive chegar a Roma e destruir a Cristandade. Na época, o Vigário de Cristo era São Pio V, eminentíssimo devoto da Virgem Maria que encomen- dou as tropas católicas chefiadas pelo rei da Aústria à sua maternal proteção. Ao meio dia do dia 7 de outubro de 1571, durante a oração do Ângelus, o papa aproximou-se da janela de seu escritório e avisou ao cardeal-secretário que a batalha estava ganha: Nossa Se- nhora havia livrado as tropas católicas e toda Europa da invasão muçulmana. O grande remédio para evitar essa in- vasão foi recomendado aos católicos pelo próprio São Pio V: a reza do Santo Rosário diariamente. Distante a quilô- metros da batalha, por graça de Deus o papa soube da vitória no exato momen- to em que ela se dava, ao que ordenou que os sinos de todas as igrejas da sede da Cristandade tocassem em honra Da- quela que é “temível como exército em ordem de batalha”. No Brasil, em especial os escravos convertidos à fé católica, tomaram Nossa Senhora do Rosário como sua padroeira e em 1717 nossa terra inicia- ria sua devoção à Mãe de Jesus sob o título de “Aparecida”. Sua festa litúrgica se dá no dia 12 de outubro, data apro- ximada da pesca milagrosa que colheu Fundador da Comunidade Pantokra- tor é homenageado p. 2 - André Botelho: cidadão campineiro Pequena Via p. 3 - Bíblia: palavra do nosso Pai do Céu para nós! Especial Jubileu: a vida de oração p. 4 - A familiaridade para falar com Deus no cotidiano o das águas do Rio Paraíba do Sul a pe- quenina imagem de Nossa Senhora. A pesca da pequena imagem foi seguida de diversos milagres que já no ano de 1745 estavam relatados em de- talhes pelo pároco de Guaratinguetá, vila à qual o vilarejo dos pescadores escolhidos de Nossa Senhora pertencia na época. Daí em diante sua devoção espalhou-se por todo canto e muita gente passou a acorrer aos pés de sua pequena imagem para pedir-lhe toda sorte de favores. Como sinal perma- nente, a pequena imagem de rosto sor- ridente e mãos postas continua a nos exortar como no Evangelho de São Lu- cas: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Lc. 2, 5). Luiz Raphael Tonon Consagrado da Comunidade Católica Pantokrator Outubro: mês do Rosário e da Padroeira do Brasil
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PANTOKRATOR · car, abraçar, sentir nossa respiração, ver nosso suor; transpirar conosco, trabalhar conosco, enfim, fazer coisas que pessoas ... to onde meu olhar se cruza com

Nov 21, 2018

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NguyễnKhánh
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Page 1: PANTOKRATOR · car, abraçar, sentir nossa respiração, ver nosso suor; transpirar conosco, trabalhar conosco, enfim, fazer coisas que pessoas ... to onde meu olhar se cruza com

PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Outubro/2015 - nº 45

Neste mês temos a dupla graça de celebrar o Rosário e o mês de nossa pa-droeira: Nossa Senhora Aparecida.

No dia 7 de outubro tem lugar no calendário litúrgico a festa de Nossa Se-nhora do Rosário, celebração instituída em recordação da Batalha de Lepanto, confronto ocorrido em 1571, na oca-sião em que hordas muçulmanas ame-açavam invadir a Europa, pretendendo inclusive chegar a Roma e destruir a Cristandade. Na época, o Vigário de Cristo era São Pio V, eminentíssimo devoto da Virgem Maria que encomen-dou as tropas católicas chefiadas pelo rei da Aústria à sua maternal proteção.

Ao meio dia do dia 7 de outubro de 1571, durante a oração do Ângelus, o papa aproximou-se da janela de seu escritório e avisou ao cardeal-secretário que a batalha estava ganha: Nossa Se-

nhora havia livrado as tropas católicas e toda Europa da invasão muçulmana. O grande remédio para evitar essa in-vasão foi recomendado aos católicos pelo próprio São Pio V: a reza do Santo Rosário diariamente. Distante a quilô-metros da batalha, por graça de Deus o papa soube da vitória no exato momen-to em que ela se dava, ao que ordenou que os sinos de todas as igrejas da sede da Cristandade tocassem em honra Da-quela que é “temível como exército em ordem de batalha”.

No Brasil, em especial os escravos convertidos à fé católica, tomaram Nossa Senhora do Rosário como sua padroeira e em 1717 nossa terra inicia-ria sua devoção à Mãe de Jesus sob o título de “Aparecida”. Sua festa litúrgica se dá no dia 12 de outubro, data apro-ximada da pesca milagrosa que colheu

Fundador da Comunidade Pantokra-tor é homenageado p. 2- André Botelho: cidadão campineiro

Pequena Via p. 3- Bíblia: palavra do nosso Pai do Céu para nós!

Especial Jubileu: a vida de oração p. 4- A familiaridade para falar com Deus no cotidiano

o

das águas do Rio Paraíba do Sul a pe-quenina imagem de Nossa Senhora.

A pesca da pequena imagem foi seguida de diversos milagres que já no ano de 1745 estavam relatados em de-talhes pelo pároco de Guaratinguetá, vila à qual o vilarejo dos pescadores escolhidos de Nossa Senhora pertencia na época. Daí em diante sua devoção espalhou-se por todo canto e muita gente passou a acorrer aos pés de sua pequena imagem para pedir-lhe toda sorte de favores. Como sinal perma-nente, a pequena imagem de rosto sor-ridente e mãos postas continua a nos exortar como no Evangelho de São Lu-cas: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Lc. 2, 5).

Luiz Raphael TononConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

Outubro: mês do Rosário e da Padroeira do Brasil

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O Pantokrator . 2

EXPEDIENTE

O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Bruno Guimarães, Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin e Renata Tonon | Jornalista Responsável: Renata Tonon MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comunidade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

No último dia 11 de setembro, André Luís Botelho de Andrade, fun-dador da Comunidade Católica Pan-tokrator, recebeu o título de Cidadão Campineiro. O título visa homenage-ar personalidades nascidas em outras cidades, mas que se instalaram em Campinas e prestaram relevantes tra-balhos à comunidade, auxiliando no seu desenvolvimento social e humano.

André nasceu em Assis (SP) em 1971 e ainda muito jovem passou a morar em Campinas, quando seus pais transferiram a residência para essa cidade. Em 1990, fundou a Co-munidade Católica Pantokrator, e desde então, tem promovido iniciati-vas evangelizadoras dos mais diversos modos. A iniciativa de conceder o tí-tulo ao nosso fundador partiu do ve-

reador Jorge Schneider, e foi aprovada pelos parlamentares municipais, pelos relevantes serviços por ele prestados ao Município de Campinas, por meio das obras de evangelização e promo-ção humana que impulsionou através da Comunidade Católica Pantokrator.

A solenidade de entrega da honra-ria, um pergaminho contendo o Decre-to Legislativo de concessão do título, aconteceu no Plenário da Câmara de Vereadores de Campinas, às 19h. Para nós, membros da Comunidade, é uma alegria ver nosso fundador contempla-do com essa homenagem, mas, mais que isso, nós a acolhemos como um incentivo por parte do Poder Legis-lativo de nossa cidade, para que pros-sigamos com mais empenho e ardor missionário, na promoção do bem e

dos valores cristãos em favor de to-dos os que habitam nossa Campinas.

Além do título de cidadão campi-nairo para nosso fundador, também a comunidade recebeu uma men-ção honrosa e o diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados e desenvolvidos no âmbito municipal.

Nossa alegria é dupla, pois nosso fundador e nós mesmos, enquanto co-munidade, recebemos esse importante reconhecimento, porém é importante frisar que só de Deus esperamos receber misericórdia e nunca desenvolvemos ne-nhum trabalho visando esse tipo de reco-nhecimento, porém, tendo vindo espon-taneamente o acolhemos com alegria.

Kátia Maria Bouez AzziConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

Fundador da Comunidade Pantokrator é homenageado pela Câmara Municipal de Campinas

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O Pantokrator .3

Oi amigui-nhos!

Nesse mês vamos falar de as-

sunto que muitos de nós já ouvi-mos: a Bíblia.

Você sabe o que é a Bíblia? A palavra “Biblia” significa “biblio-

teca”, ou seja, um conjunto de livros

COMUNIDADE CATÓLICA PANTOKRATOR - (19) 3232.4400 - www.pantokrator.org.brRua Culto à Ciência, 238 - Botafogo - Campinas/SP

Missas Dominicais às 11h00 - Grupos de Oração (para todas as idades) às quintas-feiras às 20h00 Grupo Sempre Fiel (dependentes químicos) segundas-feiras às 20h00

Atendimento de Oração (com agendamento) - Cursos e Formações - Visita a casas (com agendamento)

Bíblia: palavra do nosso Pai do céu para nós!

organizados todos juntos. Dentro da Bíblia temos duas partes bem impor-tantes: o Antigo Testamernto e o Novo Testamento.

A diferença entre essas duas partes é a seguinte: o Antigo Testamento narra des-de a criação do mundo e do homem por Deus até a história dos patriarcas e pro-fetas que eram amigos com quem Deus

falava e pedia para transmitir sua mensa-gem. O Antigo Testamento também con-ta a história do povo escolhido por Deus.

Já o Novo Testamento conta a história de Jesus, o Filho de Deus, dos seus após-tolos e de sua Igreja. Juntando essas duas partes temos a Bíblia, uma grande coleção com 73 livros ao todo, nos contando o quanto Deus nos ama!

Ilustração: Bruno Guim

arães

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Quando se fala em Vida de Oração logo surgem algumas perguntas, tais como: de que modo eu posso rezar? Como ouvir Deus? Não sinto Deus, o que eu faço? Para isso precisamos enten-der o que é Oração, o que é uma Vida de Oração e quem é Deus.

Deus, por vezes, é entendido como um idoso, distante, que está assentado em um Trono acima de tudo e de todos e que, quando vamos rezar nossa ora-ção sobe até o alto do céu para que Ele escute. O problema é que, acreditamos que este “alto” seja, muito alto. Tão alto que não acreditamos que nossa oração realmente chegue até Ele. Deus é uma pessoa. E como pessoa Ele quer se re-lacionar conosco. Quer falar, ouvir, to-car, abraçar, sentir nossa respiração, ver nosso suor; transpirar conosco, trabalhar conosco, enfim, fazer coisas que pessoas “normais” fazem. Quando vemos Deus como Pessoa, tudo muda de figura. E aí não fico mais na “neura”: “Deus não fala comigo”... “Não ouço Deus”... “Deus não me atende!”, pois me relaciono com uma pessoa que tem Vontade, Querer e que quer que eu me aproxime dEle.

“Eu olho para Ele e Ele olha para mim”2. A partir desse relacionamen-to onde meu olhar se cruza com o do Senhor, meu coração palpita com o de Deus surge a oração: diálogo de amor onde apenas os amantes entendem o que dizem. Saio de um desejo mercan-tilista, egoísta e mesquinho para atender a necessidade de uma Pessoa que em Sua vontade, por amor ciumento a mim, atenderá meus desejos e até mesmo o que nem desejei, pois é sempre atento .

Mas a Vida de Oração não se resu-me aos momentos de oração “parada”, a sós com Deus3 . Ela se estende a todos os momentos de nossas vidas. Lemos o Evangelho e meditamos com a Palavra pela manhã. Vamos ao trabalho meditan-do no texto sagrado. Conversamos com Deus em meio aos afazeres; vemos os si-nais que Ele nos dá: um dia ensolarado, um ônibus que perdemos, uma irritação no trabalho, ser causa de conversão na paciência; escutar uma música que nos lembre a Palavra lida pela manhã, enfim, tudo nos faz contemplar Deus. Tudo nos leva à Deus e nada nos afasta da presença dessa Pessoa que não se afasta de nós.

Assim como o fez a Virgem Maria, a resposta de santidade em cada gesto seu era para Deus. Imagine ela lavando a roupa para José usar em seu trabalho! Como era a dedicação dela? Como se fosse para Deus! E a comida que fazia a seu pai quando morava com ele? Como se fosse para Deus. E nós, se atendermos nosso cliente, trocarmos a gaze de nosso paciente, ouvirmos a reclamação no tele-marketing como se fosse para Deus não faríamos nós também, o mesmo gesto de estar com Deus?

A Vida se torna de Oração não quan-do rezamos 24h, mas quando levamos Deus ao nosso quotidiano; quando dei-xamos Deus guiar nosso quotidiano; quando temos um relacionamento com Deus como pessoa. Deus nos ama como Pai, convive conosco como irmão, é nos-so Deus e Senhor, mas nos ama como o esposo cuida de sua esposa.

___________________1. Santa Teresa de Jesus.

2. (São João Maria Vianney3. cf Mt 6,6

Leonardo PataroConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

Especial Jubileu: Vida de Oração“A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo”1