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23 o Encontro Espírita sobre Mediunidade Tema: “Método” 1 Centro Espírita Léon Denis 23 o Encontro Espírita sobre Mediunidade Tema: “Método” 26 de junho de 2016 Patrono: Ernesto Bozzano
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Nov 13, 2018

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23o Encontro Espírita sobre Mediunidade Tema: “Método”

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Centro Espírita Léon Denis

23o Encontro Espírita sobre Mediunidade

Tema: “Método”

26 de junho de 2016

Patrono: Ernesto Bozzano

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Coordenação Geral: Márcia Cordeiro e Alexandre Lobato Coordenação Imediata: Colegiado Organização de Conteúdo: Equipe de Estudo do Encontro Finalização: Setor Editorial CELD

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Outras Casas Espíritas participantes

CASAS ESPÍRITAS LOCAL

26/6

C.E. Antonio de Aquino Mallet

C.E. Irmão Clarêncio Vila da Penha

N.E. Antonio de Aquino Bangu

2/7 G.E. Fraternidade e Amor Vila Aliança

3/7 Ass. Cristã Espírita Chico Xavier Nova Iguaçu

N.E. Rabi da Galileia Santa Cruz

10/7

C.E. Ismael Mag. Bastos

C.E. Maria de Nazaré Nilópolis

C.E. Inácio Bittencourt Unamar

C. de Est. Esp. Francisco Cândido Xavier São Joaquim

16/7 C.E. Abigail Santa Cruz

17/7 Gr. Est. Esp. Maria de Nazaré Madureira

24/7

C.E. Bezerra de Menezes Duque de Caxias

C.E. Casa do Caminho Taquara

C.E. Léon Denis Cabo Frio

União Kardecista Nilópolis

31/7 C.E. Balthazar Nova Sepetiba

16/8 Várias Cidades Minas Gerais

21/8 G.E. Benef. Dr. Hermann Campos

17/9 G.E. Allan Kardec Bangu/Sen. Camará

16/11 Várias Cidades Minas Gerais

27/11 C.E. Leopoldo Machado Olinda

17/1 Várias Cidades Rio Grande do Sul

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Temas estudados até a presente data 1994 – Mediunidade psicográfica 1995 – Mediunidade de incorporação 1996 – Influência moral do médium 1997 – Da natureza das comunicações 1998 – Da natureza da crença 1999 – Da influência do meio 2000 – Das evocações 2001 – Modos de se distinguirem os bons dos maus espíritos 2002 – Influência do exercício da mediunidade sobre a saúde 2003 – Da influência moral do médium (II) 2004 – Aplicação moral e frutos do Espiritismo: inibições dos médiuns 2005 – Educação e função dos médiuns 2006 – Reencarnação e mediunidade: a mediunidade no pensamento

de André Luiz 2007 – Reencarnação e mediunidade: os bons médiuns 2008 – Reencarnação e mediunidade: da formação do médium 2009 – As leis da comunicação espírita: a construção da Casa Espírita 2010 – A Casa Espírita e os médiuns 2011 – A Casa Espírita e o trabalho em equipe 2012 – A Casa Espírita, o corpo mediúnico e o trabalho assistencial 2013 – A Casa Espírita, o médium e a divulgação doutrinária 2014 – Existem espíritos? 2015 – O maravilhoso e o sobrenatural 2016 – Método

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Indica que uma leitura posterior deverá ser feita para aprofundamento da ideia.

Indica que há material em Anexos para melhor entendimento da ideia.

Indica pausa para reflexões.

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Objetivo Geral: • Identificar os obstáculos que o materialismo antepõe à compreensão do

tríplice aspecto do Espiritismo: Ciência, Filosofia e Religião. Introdução: O conhecimento da verdade sobre Deus, sobre o mundo e a vida é o que

há de mais essencial, de mais necessário, porque é Ele que nos sustenta, nos inspira e nos dirige, mesmo à nossa revelia. E essa verdade não é ina-cessível, como veremos; é simples e clara; está ao alcance de todos. Basta procurá-la, sem preconceitos, sem reservas, ao lado da consciência e da razão.

Não lembraremos aqui as teorias e os sistemas inúmeros que as reli-giões e as escolas filosóficas arquitetaram através dos séculos. Pouco nos importa hoje as controvérsias, as cóleras, as agitações vãs do passado.

Para elucidar tal assunto, temos agora recursos mais elevados que os do pensamento humano; temos o ensino daqueles que deixaram a Terra, a apreciação das Almas que, tendo franqueado o túmulo, nos fazem ouvir, do fundo do mundo invisível, seus conselhos, seus apelos, suas exortações. (...) Que não nos falem de dogmas! O Espiritismo não os comporta. Ele nada impõe; ensina (grifo nosso). Todo ensino tem seus princípios. A ideia de Deus é um dos princípios fundamentais do Espiritismo. (Grifo nosso.)

Léon Denis — O Grande Enigma , capítulo V — “Necessidade da Ideia de Deus”. CELD. Léon Denis nos mostra que a Ideia de Deus é uma necessidade para a

alma humana e que, para chegarmos ao Criador, é preciso procurá-lo sem preconceitos e sem sistemas. Os espíritos nos lembram de que o homem sempre teve horror ao nada e que, por isso, perguntas significativas sempre pairaram sobre as cabeças humanas no que se refere à sua destinação:

— Quem sou eu? — De onde eu vim? — Para onde vou? O materialismo com suas consequências é o principal opositor às ideias

espíritas. Ainda que se mostre crendo no nada, a dúvida quanto ao seu futuro, nos dizem os espíritos, é algo pungente. Para o materialista, a vida cessa ao findar a vitalidade do corpo físico.

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Aqui está uma filosofia de vida que traz sérios prejuízos para as relações

sociais e comprometimento para o futuro da Humanidade; nela encontramos um estímulo para viver somente o agora, mostrando total despreocupação com os laços de fraternidade e de caridade. Estamos diante de uma forma de viver totalmente voltada para a vida presente e com graves consequências para o homem terreno.

Ao Espiritismo foi dada uma missão: abrir os olhos dos homens não só para a existência dos espíritos, mas elucidar questões filosóficas relacionadas às ações da vida presente e responsáveis pelo estado em que a alma se encontrará na vida futura.

A espiritualidade, em nossa Casa, nos convidou a rever as noções prelimi-nares de O Livro dos Médiuns.

No 21o Encontro Espírita sobre Mediunidade, conversando com os espiri-tualistas, Kardec perguntou se há espíritos. Respondemos que sim, existem espíritos (capítulo I). No capítulo II, conversando com os cientistas e sábios, compreendemos que os fenômenos medianímicos estão assentados em leis naturais. Agora, vamos verificar como estão nossa crença e fé, de acordo com a metodologia apresentada por Kardec. (Grifo nosso.)

Que método é esse?

Como buscamos o conhecimento espírita?

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Tema 1: O Livro dos Médiuns ... Para quê? Objetivos Específicos:

• Identificar as etapas para o aprendizado da Doutrina Espírita.

• Reconhecer que O Livro dos Médiuns é o roteiro para os interes-sados em conhecer os fenômenos mediúnicos.

• Compreender os obstáculos ao entendimento da mediunidade, estudando a primeira parte de O Livro dos Médiuns.

“Quem lê, atenda.”

Jesus (Mateus, XXIV:15.)

Todos os dias, a experiência nos confirma a opinião de que as dificulda-des e as decepções, que se encontram na prática do Espiritismo, têm sua origem na ignorância dos princípios desta Ciência.

O Livro dos Médiuns, Introdução. CELD.

Para muitos simpatizantes e mesmo para alguns adeptos (espíritas experimentadores), o Espiritismo é simplesmente uma ciência de observação. Por isso, não se preocupam com as questões relevantes que a Doutrina apre-senta ao Espírito imortal.

O mesmo ocorre com aquele que, do Espiritismo, só conhece o movimen-

to das mesas; nele, apenas vê um divertimento, um passatempo de sociedade e não compreende que esse fenômeno tão simples e tão comum, conhecido da Antiguidade e até dos povos semisselvagens, possa ter ligação com as questões mais graves da ordem social.

O Livro dos Espíritos, Conclusão I. CELD. O que é o Espiritismo? O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma

doutrina filosófica . Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os espíritos; como filosofia, ele compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações. (Grifo nosso.)

Allan Kardec, O Que é o Espiritismo, Preâmbulo. CELD.

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“As pessoas que têm apenas um conhecimento superficial do Espiritismo são naturalmente levadas a manifestar certas dúvidas qu e, por certo, um estudo completo da Doutrina lhes daria a solução; mas falta-lhes o tempo, e muitas vezes a vontade, para se dedicarem a seguidas observações. Muitas desejariam, antes de tentar essa tarefa, pelo menos saber do que se trata e se vale a pena dela se ocuparem.” (Grifo nosso.)

Allan Kardec, O Que é o Espiritismo, Preâmbulo. CELD. Como se aprende o Espiritismo? “ A ciência espírita é uma ciência que se aprende. E, quando se diz apren-

de, se diz que se estuda. Não se pode ser espírita sem estudar. O que vem a ser estudar? Aplicar-se no conhecimento de alguma coisa. Então, quando a gente diz que quer aprender Espirit ismo, nós que-

remos dizer assim: eu quero conhecer a Filosofia Es pírita; eu quero conhecer a prática da mediunidade; eu quero conhece r a evangelização do próprio ser humano e eu quero conhecer também a lei de Causa e Efeito que está muito bem e claramente colocada no livro O Céu e o Inferno .

Quando nós estudamos O Livro dos Médiuns, nós estamos conhecendo uma parte da ciência espírita.

Quando nós estudamos O Livro dos Espíritos, nós conhecemos a filosofia; quando nós estamos estudando O Livro dos Médiuns, nós conhecemos ou procuramos estudar apenas a prática do movimento mediúnico.

Então, não se pode dizer que verdadeiramente se conhece Doutrina Espí-rita, se nós não aprendemos a estudar os livros todos de Kardec ; se nós não conseguimos “fechar” o conhecimento doutrinário dentro dessa leitura am-pla de todos os seus livros. (Grifo nosso.)

Estudo do 5o EEMED – Altivo Pamphiro. CELD.

Vimos acima que a ciência espírita se aprende através de um estudo sério

de todas as obras da Codificação. A partir daí, cabe refletir:

O que é um estudo sério? “Acrescentamos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita,

que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado .” (Grifo nosso.)

O Livro dos Espíritos, Introdução, item VIII. CELD. O que faz a moderna ciência espírita?

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Reúne num corpo o que estava esparso; explica, com termos próprios, o que só era dito em linguagem alegórica; poda o que a superstição e a ignorância criaram, para só deixar o que é real e positivo: eis o seu papel; mas, o de fundadora não lhe pertence; mostra o que existe, coordena, entretanto, nada cria, pois as suas bases são de todos os tempos e de todos os lugares ; (...) (Grifo nosso.)

O Livro dos Espíritos, Conclusão, item VI. CELD.

Àquele que tem o desejo de se instruir, eu direi: “Não se pode fazer um curso de Espiritismo experimental como se faz um curso de Física ou de Química, já que nunca se é senhor de produzir os fenômenos por livre determinação, e porque as inteligências que são os agentes desses fenômenos muitas vezes frustram todas as nossas previsões. (...) Instrua-se primeiro pela teoria ; leia e medite as obras que tratam dessa ciência , nelas aprenderá seus princípios, encontrará a descrição de todos os fenômenos, compreenderá sua possibilidade pela explicação que é dada sobre eles, e pela narração de inúmeros fatos espontâneos, dos quais o senhor pode ter sido testemunha sem se dar conta, e que lhe voltarão à memória. O senhor se esclarecerá sobre todas as dificuldades que podem se apresentar e formará, assim, uma primeira convicção moral . (Grifo nosso.)

O Que é o Espiritismo, Primeira Conversação – “O Crítico”. CELD. Qual é o papel de O Livro dos Médiuns no Espiritismo? É o “guia dos médiuns e dos evocadores”; é o “ensino especial dos Espíri-

tos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comuni-cação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificul-dades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo dando sequência a O Livro dos Espíritos”.

O Livro dos Médiuns, página de rosto. CELD. Esta obra destina-se a aplainar o caminho, fazendo- os tirar proveito

de nossos longos e laboriosos estudos , pois faria uma ideia muito falsa quem pensasse que, para ser perito nesta matéria, bastasse saber colocar os dedos sobre uma mesa para fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, para que ele escrevesse. (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, Introdução. CELD.

Um estudo, nestas condições, então, requer tempo e grande desen-volvimento da inteligência? Há alguma exigência par a um neófito apren-der o Espiritismo?

Anexo — Lição O Livro dos Médiuns

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É necessária uma inteligência fora do comum para compreendê-la? Não, pois veem-se homens de uma capacidade notória que não a com-

preendem, enquanto que inteligências vulgares , de jovens mesmo, ape-nas saídos da adolescência, aprendem com uma admirável justeza os seus detalhes mais delicados . Isso ocorre porque a parte, de alguma forma, material, da Ciência só requer olhos para observar, enquanto que a parte essencial necessita de um certo grau de sensibilidade, que se pode chamar de maturidade do senso moral , maturidade independente da idade e do grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, em um sentido especial, do espírito encarnado. (Grifo nosso.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4. CELD.

Por que frequentemente veem-se pessoas que de manei ra nenhuma

se convencem diante dos fatos mais patentes? A que se deve isto? O materialismo sistemático, a negação absoluta da existência da alma, é a

base da descrença em fatos patentes observados na história da Humanidade, em diferentes épocas, por diversas pessoas.

Os materialistas por sistema, admitindo que o homem é apenas uma máquina que funciona quando está organizada, que se estraga, e da qual, após a morte, só resta a carcaça, não podem acreditar em espíritos exteriormente a eles porque não creem possuir um em si mesmos.

Os fenômenos espíritas são contestados por algumas pessoas, precisa-

mente porque parecem escapar à lei comum e à compreensão. Dai-lhes uma base racional e a dúvida desaparece.

O Livro dos Médiuns, cap. II, item 17. CELD.

16a) Como um homem pode aperfeiçoar-se através do ensino dos Espí-ritos, quando não possui, nem por si mesmo, nem pelos outros médiuns, os meios de receber, diretamente, este ensinamento?

“Não tem ele os livros, como o cristão possui o Evangelho? Para praticar a moral de Jesus, o cristão não necessita ter ouvido suas palavras saírem de sua boca.”

O Livro dos Médiuns, cap. XVII, item 220. CELD.

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Conclusão:

A ciência espírita compreende duas partes: uma, experimental , sobre as manifestações em geral; a outra, filosófica , sobre as manifestações inteligen-tes. Quem quer que apenas tenha observado a primeira está na posição daquele que só conhecesse a Física pelas experiências recreativas, sem ter penetrado no âmago da Ciência. A verdadeira Doutrina Espírita encontra-se no ensino dado pelos Espíritos e os conhecimento s que este ensino comporta são graves demais para serem adquiridos de outra forma, que não por um estudo sério e contínuo, feito no silênc io e no recolhimento ; pois, apenas nessa condição, pode-se observar um número infinito de fatos e de particularidades que escapam ao observador superficial e permitem firmar uma opinião. (Grifo nosso.)

O Livro dos Espíritos, Introdução, item XVII. CELD.

• O que é o Espiritismo, cap. I, Terceira Conversação – “O Padre” (diálogos finais). CELD.

• O que é o Espiritismo, cap. II, itens 101 a 104. CELD. • O Livro dos Espíritos, Introdução VI, “Resumo da

Doutrina Espírita”. CELD.

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Tema 2: Materialista... Eu?

Objetivos:

• Conhecer a conceituação de materialismo segundo a Doutrina Espírita.

• Identificar as características da incredulidade e do materialismo.

• Reconhecer nos adeptos da Doutrina Espírita as manifestações de materialismo e incredulidade.

Então Jesus disse estas palavras: “Graças vos dou, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra,

porque escondestes essas coisas aos sábios e aos prudentes e as revelastes aos simples e aos pequenos”.

(Mateus, XI:25.)

(...) há pessoas que só veem nos seres orgânicos a ação da matéria e a ela atribuem todos os nossos atos. No corpo humano, apenas viram a má-quina elétrica; apenas pelo funcionamento dos órgãos, estudaram o mecanis-mo da vida; muitas vezes, viram-na extinguir-se pela ruptura de um fio e nada mais viram senão esse fio; procuraram saber se alguma coisa restava e, como só encontraram a matéria que se tornara inerte, como não viram a alma escapar e não puderam retê-la, daí concluíram que tudo estava nas proprie-dades da matéria e que, portanto, após a morte, apenas existe a aniquilação do pensamento (...)

O Livro dos Espíritos, questão 148. Nota de Kardec. CELD.

Por que os anatomistas, os fisiologistas e, em geral, os que se aprofun-

dam nas ciências da Natureza, são, com tanta frequência, levados ao mate-rialismo?

“O fisiologista refere tudo ao que ele vê. Orgulho dos homens que creem

tudo saber e que não admitem que coisa alguma possa ultrapassar o seu en-tendimento. Sua própria ciência dá-lhes a presunção; pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.”

O Livro dos Espíritos, questão 147. CELD.

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Duas grandes correntes de ideias dividem a sociedade atual: o Espiritua-

lismo e o materialismo; embora este último forme uma incontestável minoria, não se pode dissimular que haja tomado uma grande extensão há alguns anos. Um e o outro se fracionam em uma multidão de nuanças que podem se resumir nas principais categorias seguintes (...)

Allan Kardec, Revista Espírita – 1867, “Golpe de vista retrospectivo sobre o movimento do Espiritismo”. FEB.

Kardec, no estudo de O Livro dos Médiuns, item 20, categoriza duas clas-

ses de materialistas: por sistema e por falta de coisa melhor.

(...) os que negam qualquer poder e qualquer princípio inteligente fora da matéria; a maioria deles obstina-se em sua opinião por orgulho e crê que seu amor-próprio os obriga a nela persistir; e eles nela se mantêm, a despeito de todas as provas contrárias, porque não querem ficar por baixo.

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 20. CELD.

A segunda classe de materialistas (...) compreende aqueles que o são por indiferença e, pode-se dizer, por falta de coisa melhor; eles não o são delibe-radamente e o que mais desejariam é crer, pois a incerteza constitui um tormento para eles. (...)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 21. CELD.

(...) há uma terceira classe de incrédulos que, embora espiritualistas, pelo menos de nome, são tão refratários quanto aqueles; são os incrédulos de má vontade . Estes ficariam aborrecidos por acreditar, porque isto pertur-baria sua quietude nos prazeres materiais; temem ver aí a condenação de sua ambição, de seu egoísmo e das vaidades humanas com que se deliciam; fecham os olhos para não ver e tapam os ouvidos para não ouvir. (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 22. CELD.

(...) incrédulos interesseiros ou de má-fé. Estes sabem muito bem em que se apoia o Espiritismo, mas ostensivamente, eles o condenam por moti-vos de interesse pessoal. (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 23. CELD. Além dessas diversas categorias de opositores, há uma infinidade de

matizes de incrédulos por:

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• covardia, • escrúpulos religiosos, • orgulho, • espírito de contradição, • negligência, • leviandade, etc.

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 24. CELD.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VII, item 2.

Os incrédulos por decepções. (O Livro dos Médiuns, cap. III, item 25. CELD.) Desde a Introdução da obra, Kardec já sinalizava a questão das decep-

ções ao escrever: 1o) As dificuldades e as decepções, que se encontram na prática do Espi-

ritismo, têm sua origem na ignorância dos princípios desta Ciência. 2o) A má impressão que produz sobre os novatos ou sobre pessoas de má

vontade a visão de experiências feitas levianamente e sem conhecimento de causa.

3o) A ignorância e a leviandade de certos médiuns causaram mais

enganos do que se possa imaginar, na opinião de muita gente. (Grifo nosso.) (...) incertos ; eles são, geralmente, espiritualistas por princípio; na maio-

ria, há uma vaga intuição das ideias espíritas, uma aspiração em direção a algo que não podem definir; aos seus pensamentos só falta serem coorde-nados e formulados; o Espiritismo é, para eles, como um raio de luz: é a claridade que dissipa o nevoeiro; assim o acolhem, solícitos, porque ele os libera das angústias da incerteza. (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 26. CELD.

Se, daí, lançarmos o olhar sobre as diversas categorias de crentes,

encontraremos, primeiramente, os espíritas sem o saber ; (...) Sem nunca ter ouvido falar da Doutrina Espírita, possuem o sentimento inato dos grandes princípios dela decorrentes (...) (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 27. CELD.

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Dentre os que se convenceram através de um estudo sério podem-se destacar:

• Os que creem pura e simplesmente nas manifestações. O Espiritismo constitui para eles apenas uma ciência de observação, (...) nós os chamaremos de espíritas experimentadores .

• Os que veem no Espiritismo algo além dos fatos; dele compreendem a parte filosófica; admiram a moral dele decorrente, mas não o praticam. (...) para eles, a caridade cristã é apenas uma bela máxima; são os espíritas imperfeitos .

• (...) os espíritas exaltados . (...) O exagero, em tudo, é nocivo; no Espiritismo, ele dá uma confiança cega demais e, geralmente pueril, nas coisas do mundo invisível (...) o pior, é que oferecem, sem o saber, armas aos incrédulos, que procuram muito mais as ocasiões de zombar do que de se convencer e não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns.

• Os que não se contentam em admirar a moral espírita, mas que a praticam, aceitando-lhe todas as consequências. (...) a convicção deles os afasta de qualquer pensamento do mal. A caridade constitui, em todas as coisas, sua regra de conduta, aí estão os verdadeiros espíritas , ou melhor, os espíritas cristãos . (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 28. CELD. Quanto de materialismo há em mim? E de incredulidade? O quanto isto tem me dificultado chegar à condição de espírita

esclarecido e espírita cristão?

Materialista Espírita cristão

• Revista Espírita, 1867, “Golpe de vista retrospectivo sobre o

movimento do Espiritismo”. FEB. • Cinco Casos Excepcionais de Identificação de Espíritos –

Ernesto Bozzano. Lachâtre. • Apostila do 5o Encontro de Mediunidade – www.celd.org.br

(Estudos Espíritas/Download/Apostila de Mediunidade – “Da Natureza da Crença”.) CELD.

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As ideias se modificam, pouco a pouco, conforme os indivíduos, e são ne-

cessárias gerações, para apagar completamente os traços dos velhos hábitos. A transformação, portanto, só pode efetuar-se com o tempo, gradual e pro-gressivamente; a cada geração, uma parte do véu se dissipa; o Espiritismo vem rasgá-lo completamente. (...)

O Livro dos Espíritos, questão 800. CELD.

Não; não é por meio dos prodígios que Deus quer conduzir os homens; na sua bondade, ele quer deixar-lhes o mérito de se convencerem pela razão.

O Livro dos Espíritos, questão 802. CELD.

Conclusão:

“Não procureis os gentios nem entreis nas cidades dos samaritanos, ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.”

(Mateus, X:5 a 7.) Essas mesmas palavras também podem se aplicar aos adeptos do

Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os zombadores obstinados e os adversários interessados são, para eles, o que os gentios eram para os apóstolos. Seguindo o exemplo dos apóstolos, devem procurar adeptos entre as pessoas de boa vontade, aqueles que desejam a luz, nos quais se encontra um germe fecundo e cujo número é grande, sem perder seu tempo com aqueles que se recusam a ver e a ouvir.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXIV, item 10. CELD.

Anexo — Lição “Materialismo”

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Tema 3: A Fé e o Espírita Cristão

Objetivos:

• Compreender que a crença nos Espíritos não é suficiente para fazer do adepto um espírita esclarecido.

• Compreender o conceito de espírita esclarecido. • Compreender o valor do estudo da Doutrina Espírita no desenvolvi-

mento da fé raciocinada.

“(...) mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem.” (Paulo, I Coríntios, XIV:22.)

O Espiritismo é diariamente solicitado por pessoas que, embora possuindo

esta ou aquela religião, não se mostram satisfeitas. A culpa não é dele, nem dos espíritas, mas da evolução. Os homens de hoje já não podem crer ingenuamente. Precisam de princípios racionais, querem ter aquela fé, de que falava Kardec, que pode enfrentar a razão face a face. (Grifo nosso.)

Herculano Pires, O Homem Novo. “Os que têm uma fé religiosa não precisam do Espiritismo”. Ed. Esp. Correio Fraterno.

O Livro dos Espíritos, Introdução VIII.

Assim como a teologia humana das diversas crenças espiritualistas, nos

dias atuais, não é suficiente para sustentar a fé na Justiça e na Misericórdia Divina, o conhecimento do fenômeno mediúnico não é a base da fé raciocinada preconizada pelo codificador.

A crença nos Espíritos forma-lhe, sem dúvida, a base, mas ela não é mais suficiente para fazer um espírita esclarecido , como a crença em Deus não basta para fazer um teólogo. (Grifo nosso.)

O Livro dos Médiuns, cap. III, item 18. CELD.

Muitas pessoas, ao terem contato com a Doutrina Espírita, formam uma primeira ideia equivocada do Espiritismo e da ação da espiritualidade sobre o mundo corpóreo.

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Por isso, Kardec, em O Livro dos Espíritos, Conclusão V, apresenta três

períodos distintos do contato do homem com as ideias espíritas: “o primeiro é o da curiosidade, provocada pela estranheza dos fenômenos que se produziram; o segundo, o do raciocínio e da filosofia; o terceiro, o da aplicação e das conse-quências”.

1o) Da curiosidade: passa rapidamente. 2o) Da filosofia: é mais extenso, pois se dirige à meditação e ao raciocínio.

Requer um estudo sério, perseverante e sem ideias preconcebidas da filosofia espírita. É o período de maturação das ideias.

3o) Da aplicação e das consequências: a pessoa passa à aplicação dos preceitos doutrinários, visto que vai compreendendo a essência íntima do Espi-ritismo, percebendo-lhe o alcance.

R. 7 – Nós estamos caminhando com lentidão para esse 3o período. Nós ainda estamos em pleno desenvolvimento do 3o período. R. 8 – Neste 3o período é que nós vamos encontrar os espíritas esclarecidos . (Grifo nosso.)

Estudo do 5o EEMED – Altivo Pamphiro. CELD.

Mas o que vem a ser o “espírita esclarecido”? O que o caracteriza? Eu creio na existência dos espíritos e na possibili dade da comunicação. Já sou espírita esclarecido?

Conhecimento da Doutrina. Aplicação da Caridade, que é a Evangelização

da criatura e também a capacidade de fazer da Doutrina um elemento, uma alavanca para cultura acerca do mundo invisível.

Nós temos uma tarefa de alavancar a cultura do mundo invisível que a maioria das pessoas ainda não percebe.

Estudo do 5o EEMED – Altivo Pamphiro. CELD.

• Léon Denis, No Invisível, cap. XI. CELD,

• O Livro dos Espíritos, questão 886. CELD.

• O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XX, item 4. CELD.

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(...) que ninguém se engane: o estudo do Espiritismo é imenso; ele tem relação com todas as questões da metafísica e da or dem social ; é todo um mundo que se abre diante de nós. É de admirar que se precise de tempo, de muito tempo para adquiri-lo? (Grifo nosso.)

O Livro dos Espíritos, Introdução XIII. CELD. Como o estudo do Espiritismo poderá conduzir o homem a esse

resultado?

Ora, eu sou visitado todos os dias por pessoas que nada têm visto e que creem tão firmemente quanto eu, somente pelo estudo que fizeram da parte filosófica . Para essas pessoas, o fenômeno das manifestações é acessório, a essência é a doutrina, é a ciência ; elas a veem tão grande, tão racional, que nela encontram tudo o que pode satisfazer suas aspirações interiores, à parte a ocorrência das manifestações, de onde elas concluem que, supondo-se que as manifestações não existissem, a doutrina não deixaria de ser aquela que melhor resolve uma multidão de problemas considerados insolúveis . (Grifo nosso.)

Allan Kardec, Viagem Espírita em 1862. FEB.

Eu já havia tido a prova de que o Espiritismo conta, nesta cidade, nume-rosos adeptos sérios, devotados e esclarecidos, compreendendo perfeitamente o objetivo moral e filosófico da Doutrina (...) Entre estes últimos, devem colocar-se em posição de destaque todos os que militam pela causa com coragem, perseverança, abnegação e desinteresse, sem segunda intenção pessoal, que buscam o triunfo da doutrina pela doutrina, e n ão pela satisfação de seu amor-próprio; enfim, aqueles que, por seu exemp lo, provam que a moral espírita não é uma palavra vã , e se esforçam por justificar esta notável afirmação de um incrédulo: Com uma tal doutrina, não se pode ser espírita sem ser homem de bem. (Grifo nosso.)

Allan Kardec, Revista Espírita de 1864. “O Espiritismo é uma Ciência Positiva”. Alocução de Allan Kardec aos espíritas de Bruxelas e Antuérpia.FEB.

Temos um método pessoal de estudo das obras espíritas? Como estamos realizando nossos estudos? Estamos meditando sobre os temas estudados? Estamos avaliando a sua aplicabilidade na vida diária?

Anexo — Lição “Pregações”

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A verdadeira Doutrina Espírita encontra-se no ensino dado pelos Espíritos e os conhecimentos que este ensino comporta são graves demais para serem adquiridos de outra forma, que não por um estudo sério e contínuo (...)

Tendo este livro (O Livro dos Espíritos), como resultado, apenas o de mostrar o lado sério da questão e provocar estudos nesse sentido, já seria muito. (...) Esperamos que dê um outro resultado, o de guiar os homens desejo-sos de se esclarecer, mostrando-lhes, nestes estudos, um grande e sublime objetivo: o do progresso individual e social e o de indicar-l hes o caminho a seguir para atingi-lo. (Grifo nosso.)

O Livro dos Espíritos, Introdução XVII. CELD.

Agora, sabendo que Kardec nos apresenta um método de estudo do Espiritismo, qual o papel de cada Obra do Pentateuco na consolidação da crença espírita?

Meditemos nas palavras do Espírito Luís, orientador dos estudos em

nossa Casa, diante da ordem que deve ser seguida no estudo da Doutrina Espírita, realizado sob a forma de cursos patrocinados pela Casa Espírita.

“O que é o Espiritismo é um curso que consideramos dos mais impor-tantes. É o curso que recebe as pessoas [desejosas de saber a que se refere a Doutrina Espírita]. [É o curso que provoca] A 1a impressão,[realiza] a destruição de mitos, a destruição de conceitos, de preconceitos, a destruição de ideias [que] precisam ser feitas [reformuladas] e, como se pode entender, com muito cuidado. (...) O Que é o Espiritismo tem outra função importante também, que é ( a função de ) mostrar ao aluno as perspectivas que ele tem ou terá, diante dos próximos cursos; o valor do aprendizado, do ensino, a necessidade de se saber alguma coisa, o porquê do ensino. Tudo isso é atribuição do 1o curso.” (Grifo nosso.)

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

Comparemos a visão da direção espiritual do Centro Espírita Léon Denis

com a apresentação das obras doutrinárias, realizada por Kardec, na Revista Espírita. FEB.

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Sobre O Livro dos Espíritos : Consideramos o 2o curso de maior importância, uma vez que o próprio

aluno deverá perceber a essência filosófica da doutrina, em si mesma. Sem esta essência, sem este entendimento, sem a visão objetiva do que dizem os espíritos, sobre as regras do comportamento das pessoas do mundo espiritual, [e como repercutem] os resultados das ações do homem na Terra. Enfim, sem o conhecimento da doutrina, a pessoa não será nada. (...) o curso do L.E. deveria ser repetido para todos os alunos, após eles terem terminado toda a série dos livros de Kardec. Ele teria outra visão de o L.E.

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

Esta obra, como o indica seu título, não é uma doutrina pessoal: é o resul-

tado do ensino direto dos próprios Espíritos sobre os mistérios do mundo onde estaremos um dia, e sobre todas as questões que interessam à Humanidade; eles nos dão, de algum modo, o código da vida, ao nos traçarem a rota da felicidade futura.

Allan Kardec, Revista Espírita, janeiro de 1858. FEB.

Sobre O Livro dos Médiuns : (...) Ele está no mesmo nível de importância do anterior, mas, inegavel-

mente, ele é um livro destinado aos que querem tratar com a mediunidade, quer na condição de médium, quer na condição de lidador com a mediunidade. Ele trata e deverá ser tratado como o livro de estudo do mecanismo dos fenômenos mediúnicos; deve ser estudado assim: como o livro que estuda o mecanismo da mediunidade. Não pode ser estudado por outro lado.

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

Representa o complemento de O Livro dos Espíritos e encerra a parte experimental do Espiritismo, assim como este último contém a parte filosófica.

(...) De acordo com os Espíritos, contém a explicação teórica dos diversos fenômenos, bem como das condições em que os mesmos se podem reproduzir.

Allan Kardec, Revista Espírita, janeiro de 1861. FEB.

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Sobre O Evangelho Segundo o Espiritismo : (...) é um curso que precisa ser dado não como um livro religioso, mas

como norma de comportamento da maior personalidade que passou pela Terra. (...) É um livro ético, mas é um livro que chama ao amor, à prática do amor, ao comportamento amoroso. (...) Em nenhum momento o Cristo fala para seres extra-humanos; ele fala para a necessidade do homem . Então, quem vive, quem busca, quem quer saber como agir precisará ter , diante da vida, no Evangelho, o livro de conduta. (Grifo nosso.)

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda parte se originaram das questões dogmáticas. (...) É finalmente e acima de tudo, o rotei-ro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. Essa parte é a que será objeto exclusivo desta obra.

Allan Kardec, Revista Espírita, abril de 1864. FEB.

Sobre O Céu e o Inferno : (...) é um livro que prepara o homem para sua emancipação espiritual. As

suas dificuldades — porque você ainda não está emancipado de dogmas, de conceitos arraigados…

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

O título desta obra indica claramente o seu objetivo. Aí reunimos todos os elementos próprios para esclarecer o homem sobre o seu destino. Como nos nossos outros escritos sobre a Doutrina Espírita, aí nada introduzimos que seja produto de um sistema preconcebido, ou de uma concepção pessoal, que não teria nenhuma autoridade: tudo aí é deduzido da observação e da concordância dos fatos.

Allan Kardec, Revista Espírita, setembro de 1865. FEB.

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Sobre A Gênese : (...) deve ser o corolário de todo o embasamento doutrinário; ele tem que

ser o livro que coroa todo o ensino. Ali, o L.E. está mais claro, o L.M. mais com-preensivo, as noções de o C.I. mais precisas. É um livro cujo estudo precisa ser feito com critério; é o livro que enfeixa todo o conhecimento.

Reunião 16, “A Educação dentro da Casa Espírita”. Espírito Luís. CELD. (A publicar.)

Esta obra vem na hora certa, na medida em que a doutrina está hoje bem estabelecida do ponto de vista moral e religioso. Seja qual for a direção que tome de agora em diante, tem precedentes muito arraigados no coração dos adeptos, para que ninguém possa temer que ela se desvie de seu caminho.

O que importava satisfazer antes de tudo, eram as aspirações da alma; era suprir o vazio deixado pela dúvida nas almas vacilantes em sua fé. Esta pri-meira missão hoje está cumprida. O Espiritismo entra atualmente em uma nova fase; ao atributo de Consolador, alia o de instrutor e diretor do espírito, em ciên-cia e em filosofia, como em moralidade.

Allan Kardec, Revista Espírita, fevereiro de 1868 – Mensagem de São Luís. CELD. Após o desencarne de Kardec, o Espiritismo contou com continuadores

extremamente fiéis. São eles: Léon Denis, Ernesto Bozzano e Gabriel Delanne. É de notar, porém, que, com tantos livros excelentes, existentes na biblio-

grafia espírita, como os livros assinados por um Allan Kardec, um Léon Denis, um Ernesto Bozzano, um Gabriel Delanne, um Conan Doyle, um Alexandre Aksakof e tantos outros de idêntico renome, há quem se embrenhe em dúvidas incomodativas sobre pontos que, comumente, acarretam erros de interpretação que o impedem de distinguir o verdadeiro do falso. Está-nos a parecer, pois, que determinados leitores desprezam o verdadeiro estudo doutrinário, prefe-rindo aceitar o Espiritismo por ouvirem dele falar. Depreende-se, então, que as obras de base, dos variados autores citados, nunca foram consultadas, ou o foram superficialmente, o que é lamentável e quiçá prejudicial ao prestígio da própria Doutrina.

Yvonne do A. Pereira, À Luz do Consolador. “Os Segredos do Túmulo”. FEB.

Após a morte de Allan Kardec, o Espiritismo que ele havia codificado só teve como defensores sérios apenas raros discípulos, cujos tímidos esforços

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foram embaraçados, em muitas circunstâncias, por uma ciência oficial apegada às velhas fórmulas.

Além disso, uma multidão ignorante, presunçosa, não lhes poupou as zombarias que eram atiçadas pelos sofistas religiosos, sempre ocupados em fazer sombra nos cérebros humanos, a fim de melhor dominá-los. No meio desse caos, surgiram dois homens que, muito simplesmente, sem es-tardalhaço, sem vã publicidade, empreenderam dar ao Espiritismo desprezado a base moral indispensável para sua difusão. Esses dois homens foram Léon Denis e Gabriel Delanne.

Gabriel Delanne, Vida e Obra. Prefácio de Paul Bodier. CELD.

Léon Denis , trabalhador com várias facetas, foi, principalmente, um gran-de divulgador, que utilizava a oratória e também o livro na sua tarefa de divulga-ção. Convocou inúmeras pessoas para o estudo e práticas doutrinárias ; consolidou o conhecimento de muitos que iam ouvir , por simples prazer, uma voz consagrada ao bem, conforme os ditames da Doutrina Espírita. (Grifo nosso.)

Gaston Luce, Léon Denis. O Apóstolo do Espiritismo, sua Vida, sua Obra. Prefácio de Altivo Carissimi Pamphiro. CELD.

Ernesto Bozzano é um escritor italiano que tem dedicado ultimamen-te a sua atividade ao estudo dos problemas psíquicos. E essa sua atividade tem sido prodigiosa. (...) Bozzano é infatigável e inimitável em sua produtivi-dade. (...) O seu valor não consiste unicamente na sua extraordinária fecundi-dade literária, senão também no interesse, na utilidade e na beleza de seus escritos. (...) A sua pena nunca se maculou na agressão. Por vezes, nas obras em que revida à crítica materialista, nota-se-lhe o calor daqueles que nasceram sob o céu do sul da Europa e têm n’alma os arroubos do talento. Mas a sere-nidade do hermeneuta não se turba e a sua argumentação segue, impertur-bável, até deixar completamente arrasada, aniquilada a construção adversa.

A Morte e seus Mistérios. Prefácio de Klörs Werneck. FEB.

As decepções daqueles que chegaram a observar falhas na mediunidade em geral provêm, portanto, do prejuízo de consideraram os médiuns instrumen-tos infalíveis sob a ação dos Espíritos, seres privilegiados incapazes de produ-ções menos excelentes. Provêm ainda da falta de estudo da Doutrina, pois as

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obras da Codificação espírita, como as demais que realizam a estrutura doutrinária espírita, previnem contra todos esses contratempos, explicam-nos e ensinam-nos a compreendê-los e contorná-los, a fim de corrigi-los, evitando males maiores.

Yvonne do A. Pereira, À Luz do Consolador. “Lição Mediunidade e Doutrina”. FEB.

É preciso que o adepto do Espiritismo conheça a sua Doutrina normal-mente, ao menos, se não a fundo, que a aprenda na sua verdadeira essência, a fim de que não passe pelo humilhante vexame de não se saber conduzir diante de possíveis ataques de adversários, não apenas da sua crença, mas mesmo da ideia de Deus. Com o estudo sério, metodizado, bem orientado, a par dos serviços da beneficência para com o próximo e a convivência com os fatos mediúnicos, chegaremos a interpretar e até praticar muitos ângulos da Doutrina que esposamos. Então seremos invulneráveis àqueles ataques, aptos a auxiliar com acerto os que a nós se dirigem, necessitados de esclarecimentos, sem nos chocarmos diante de quaisquer argumentos que acharem por bem nos antepor.

Yvonne do A. Pereira, À Luz do Consolador. “Lição Blasfêmia”. FEB.

Conclusão:

Para se ter fé necessita-se de uma base, e essa base é a compreensão perfeita daquilo em que se deve crer; para crer não basta ver, é preciso principalmente compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisa-mente o dogma da fé cega que causa, atualmente, o maior número de incré-dulos, porque ela quer se impor, porque ela exige a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É contra essa fé, sobretudo, que se revolta o incrédulo, o que confirma a afirmativa de que a fé não se impõe. Não admitindo provas, ela deixa no espírito um vazio de onde nasce a dúvida. A fé raciocinada, que se apoia sobre os fatos e a lógica, não deixa nenhuma obscuridade; a pessoa crê, porque tem a certeza, e só tem a certeza porque compreendeu. Eis por que essa fé não se dobra: visto que não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade. É a esse resultado que o Espiritismo conduz, triunfando também sobre a incredulidade, todas as vezes em que não encontra a oposição sistemática e interessada.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 7. Comentário de Kardec. CELD.

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Anexos:

O Livro dos Médiuns

M – Introdução

Muitos referiam-se à justiça. Mas apenas Moisés logrou expressá-la junto aos homens. Muitos sentiam a necessidade do amor por único recurso de sustentação

da concórdia e da fraternidade entre as criaturas. Entretanto, somente Jesus conseguiu exemplificá-la na Terra. Qual ocorre no plano moral, assim tem acontecido sempre em todos os

distritos do progresso humano. Muitos registravam o impositivo de mais ampla divulgação da cultura. Contudo, só Guttemberg pôde articular os alicerces da imprensa. Muitos observavam que o mundo químico devia ter por base um elemento

extremamente simples. Todavia, somente Cavendish chegou a descobrir o hidrogênio. Muitos reconheciam a possibilidade de isolar-se a faísca elétrica. No entanto, só Franklin levantou o para-raios. Muitos pensavam na criação do transporte rápido. Mas apenas Stephenson desvelou a locomotiva. Muitos pressentiam a existência da gravitação. Entretanto, somente Newton granjeou enunciá-la. Muitos falavam em arquivo da voz. Contudo, só Edison corporificou o fonógrafo. Muitos suspeitavam da influência maléfica dos bacilos. Todavia, somente Pasteur instituiu a imunização. Muitos estudavam as ondas eletromagnéticas. No entanto só Marconi estabeleceu as comunicações sem fio. Através de séculos, muitos admitiam o intercâmbio entre os homens na

carne e os espíritos no Espaço. Contudo, somente Allan Kardec definiu a prática mediúnica inaugurando

nova era para a vida mental da Humanidade. Glória, pois, a O Livro dos Médiuns que consubstancia o pensamento puro

e original do codificador sobre a mediunidade com Jesus. Estudemo-lo.

Opinião Espírita – Espírito André Luiz. FEB.

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Materialismo

Reunião pública de 28/9/1959. Questão no 148.

Para dissipar a sombra do materialismo a espessar-se no espírito huma-

no, é forçoso evitemos a atitude daquelas autoridades da antiga Bizâncio, que discutiam bagatelas, enquanto os inimigos lhes cercavam as portas.

Reconhecendo a impossibilidade de vincular essa anomalia às raízes da ignorância, de vez que o epicurista é, invariavelmente, alguém que se prevalece da cultura intelectual para extrair da existência o máximo de prazer com esque-cimento da responsabilidade, interpretemos o materialismo como sendo enfer-midade obscura, espécie de neoplasma da mente, a degenerar-lhe os mecanis-mos. Da tumoração invisível surge a violência e a crueldade, a desumanidade e o orgulho por metástases perigosas, suscetíveis de criar as piores deformida-des do mundo íntimo.

E tanto quanto a ciência médica ainda encontra dificuldades para definir a etiologia do câncer, surpreendemos, de nossa parte, os maiores entraves para explicar a causa de semelhante calamidade, porquanto, sendo a ideia de Deus imanente em todas as leis do Universo, não é compreensível se isole, volunta-riamente, a razão da sua origem divina.

Convençamo-nos, porém, de que todo desequilíbrio do espírito pede, por remédio justo, a educação do espírito.

Veiculemos, assim, o livro nobre. Estendamos a mensagem edificante. Acendamos a luz dos nossos princípios nas colunas da imprensa. Utilizemos a onda radiofônica, auxiliando o povo a pensar em termos de

vida eterna. Relatemos as nossas experiências pessoais, no caminho da fé, com o

desassombro de quem se coloca acima dos preconceitos. Amparemos a infância e a juventude para que não desfaleçam à míngua

de assistência espiritual. Instruamos a mediunidade. Aperfeiçoemos nossos próprios conhecimentos, através da leitura constru-

tiva e meditada. Instituamos cursos de estudo do Evangelho de Jesus e da obra de Allan

Kardec, em nossas organizações, preparando o futuro. Ofereçamos pão ao estômago faminto e alfabeto ao raciocínio embotado. Plantemos no culto da caridade o culto da escola. E, sobretudo, considerando o materialismo como chaga oculta, não nos

afastemos da terapia do exemplo, porque, em todos os climas da Humanidade, se a palavra esclarece, o exemplo arrasta sempre.

Religião dos Espíritos – Espírito Emmanuel. FEB.

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Pregações

“E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas para que eu ali também pregue;

porque para isso vim.” (Marcos, I:38.)

Neste versículo de Marcos, Jesus declara ter vindo ao mundo para a pregação. Todavia, como a significação do conceito tem sido erroneamente interpretada, é razoável recordar que, com semelhante assertiva, o Mestre incluía no ato de pregar todos os gestos sacrificiais de sua vida.

Geralmente, vemos na Terra a missão de ensinar muito desmoralizada.

A ciência oficial dispõe de cátedras, a política possui tribunas, a religião fala de púlpitos.

Contudo, os que ensinam, com exceções louváveis, quase sempre se caracterizam por dois modos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam e adotam outras quando em atividade diária. Daí resulta a perturbação geral, porque os ouvintes se sentem à vontade para mudar a “roupa do caráter”.

Toda dissertação moldada no bem é útil. Jesus veio ao mundo para isso, pregou a verdade em todos os lugares, fez discursos de renovação, comentou a necessidade do amor para a solução de nossos problemas. No entanto, misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira manifestação de seu apostolado sublime até à cruz. Por pregação, portanto, o Mestre entendia igualmente os sacrifícios da vida. Enviando-nos divino ensinamento, nesse sentido, conta-nos o Evangelho que o Mestre vestia uma túnica sem costura na hora suprema do Calvário.

Caminho, Verdade e Vida – Espírito Emmanuel, lição 38. FEB.

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Referências Bibliográficas: Obras de Kardec

• O Livro dos Espíritos – 1857 • O Livro dos Médiuns – 1861 • O Evangelho Segundo o Espiritismo – 1864 • O Céu e o Inferno – 1865 • A Gênese – 1868 • Obras Póstumas – 1890 • Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas – 1858 • O que é o Espiritismo – 1859 • Viagem Espírita em 1862 – 1862 • O Espiritismo em sua mais Simples Expressão – 1862

Obras de Léon Denis

• Depois da Morte • Espíritos e Médiuns • Joana d’Arc, Médium • No Invisível • O Além e a Sobrevivência do Ser • O Espiritismo e o Clero Católico • O Espiritismo na Arte • O Gênio Céltico e o Mundo Invisível • O Grande Enigma • O Mundo Invisível e a Guerra • O Porquê da Vida • O Problema do Ser e do Destino • O Progresso • Cristianismo e Espiritismo • Provas Experimentais da Sobrevivência • Socialismo e Espiritismo

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Obras de Ernesto Bozzano

• A Alma nos Animais • A Crise da Morte • Animismo ou Espiritismo? • Aparições de Defuntos no Leito de Morte • Breve História dos “raps” • Cérebro e Pensamento • Cinco Casos de Identificação de Espíritos • Comunicações Mediúnicas entre Vivos • Em Defesa da Alma • Experiências Espíritas de um Ministro da Igreja Anglicana • Fenômenos de Bilocação/Desdobramento • Fenômenos Premonitórios • Metapsíquica Humana • O Objeto da Vida • Os Enigmas da Psicometria • Pensamento e Vontade • Povos Primitivos e Manifestações Supranormais • Remontando as Origens • Xenoglossia

Obras de Gabriel Delanne

• Pesquisas sobre a Mediunidade • A Alma é Imortal • O Espiritismo perante a Ciência • O Fenômeno Espírita • A Evolução Anímica • As Aparições Materializadas de Vivos e Mortos • Documentos para o Estudo da Reencarnação • A Reencarnação

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