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-PÚBLICO- N-2919 12 / 2011 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 86 páginas, 5 formulário, Índice de Revisões e GT Motores Elétricos Trifásicos de Indução ou Síncronos Especificação Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e enumerações. CONTEC Comissão de Normalização Técnica Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter impositivo. Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. SC - 06 Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. Eletricidade “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
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N-2919 - Motores Elétricos Trifásicos

Dec 05, 2014

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N-2919 12 / 2011

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 86 páginas, 5 formulário, Índice de Revisões e GT

Motores Elétricos Trifásicos de Indução ou Síncronos

Especificação

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e enumerações.

CONTEC Comissão de Normalização

Técnica

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

SC - 06

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

Eletricidade

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho

- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são

comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas

Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as

Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos

representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS

está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a

cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas

sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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Sumário

1 Escopo................................................................................................................................................. 5

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 5

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 9

4 Requisitos Gerais do Motor ............................................................................................................... 10

5 Características Elétricas do Motor .................................................................................................... 11

5.1 Características de Operação ............................................................................................... 11

5.2 Características de Partida, Torque e de Rotor Bloqueado .................................................. 11

5.3 Requisitos de Rendimento e de Eficiência Energética ........................................................ 13

5.4 Requisitos para Motor Acionado por Conversor de Frequência.......................................... 13

6 Características Mecânicas e Térmicas do Motor .............................................................................. 14

6.1 Sistema de Pintura de Proteção para Instalação em Ambientes Industriais e Marítimos ... 14

6.2 Grau de Proteção (Códigos IP) da Carcaça e das Caixas de Terminais ............................ 16

6.3 Métodos de Resfriamento - Códigos IC e Requisitos para Ventiladores............................. 16

6.4 Níveis Aceitáveis de Ruído .................................................................................................. 17

6.5 Caixas de Terminais de Força e de Controle ...................................................................... 18

6.6 Requisitos para Resistores de Aquecimento Anticondensação .......................................... 18

6.7 Terminais e Conectores para Cabos dos Circuitos de Força, Controle e Aterramento ...... 19

6.8 Placas de Dados, de Identificação e de Advertência de Segurança................................... 19

6.9 Níveis Aceitáveis de Vibração.............................................................................................. 20

6.10 Requisitos e Tipos de Mancais .......................................................................................... 21

6.11 Requisitos para Lubrificação dos Mancais ........................................................................ 21

6.12 Requisitos para Trocador de Calor Tubular....................................................................... 22

6.12.1 Requisitos para Trocador de Calor Tubular do Tipo Ar/Ar ......................................... 22

6.12.2 Requisitos para Trocador de Calor Tubular do Tipo Ar/Água.................................... 23

6.13 Requisitos sobre as Características Térmicas do Motor ................................................... 24

6.14 Requisitos para os Instrumentos e Sensores para Monitoração e Medição ..................... 26

6.15 Requisitos sobre Sistemas de Isolamento de Enrolamentos ............................................ 27

6.16 Requisitos Construtivos Gerais do Motor .......................................................................... 27

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7 Seleção do Tipo de Proteção “Ex”, EPL e Requisitos Construtivos e de Desempenho de Motor para Instalação em Áreas Classificadas .................................................................................................. 28

8 Requisitos Específicos para Motores Síncronos e Sistemas Digitais de Excitação ......................... 31

9 Requisitos de Inspeção, Teste de Aceitação de Fábrica (TAF), Teste de Aceitação de Campo (TAC) e PIT ...................................................................................................................................... 37

10 Documentação Técnica a ser Apresentada Pelo Fabricante.......................................................... 46

10.1 Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta ........................ 46

10.2 Documentação a ser Apresentada Após a Colocação do Pedido de Compra.................. 48

10.3 Manuais de Transporte, Preservação, Instalação, Operação, Inspeção, Manutenção e Reparo ............................................................................................................................... 51

10.3.1 Instruções para Transporte, Preservação e Instalação (Seção 1 do Manual) .......... 51

10.3.2 Instruções para Operação (Seção 2 do Manual)....................................................... 51

10.3.3 Instruções para Inspeção, Manutenção, Montagem e Desmontagem (Seção 3 do Manual) ...................................................................................................................... 52

10.3.4 Instruções para Reparos, Revisão e Recuperação (Seção 4 do Manual) ................ 52

10.3.5 Desenhos Dimensionais, Desenhos Eletromecânicos, Diagramas de Conexões e Listas de Componentes em Caráter “Certificado” (Seção 5 do Manual).................. 52

10.3.6 Relatórios de Testes de Rotina, de Tipo e Especiais (Seção 6 do Manual) ............. 52

10.3.7 Certificados de Conformidade e Documentos Diversos (Seção 7 do Manual) ......... 52

10.4 Requisitos sobre os “Data-Books” do Motor, Sistemas Auxiliares e Sistema de Excitação53

11 Listas de Documentos a Serem Apresentados na Proposta e para Aprovação após a Colocação do Pedido de Compra ..................................................................................................................... 53

12 Formulários Padronizados para Folhas de Dados.......................................................................... 54

Figura

Figura 1 - Diagrama de Blocos Ssimplificado do Sistema Digital de Excitação, Indicando os Circuitos Básicos de Força, Medição, Proteção, Controle e de Redes de Comunicação de Dados. 37

Tabelas

Tabela 1 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor com Partida Direta na Rede para Instalação em Áreas Classificadas de Gases Inflamáveis................................ 29

Tabela 2 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor para Instalação em Áreas Classificadas de Poeiras Combustíveis.................................................................... 29

Tabela 3 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor com Controle por Conversor de Frequência para Instalação em Áreas Classificadas de Gases Inflamáveis 30

Tabela 4 - Lista de Testes Aplicáveis a Motores do Tipo de Indução e Síncrono................................ 41

Tabela 5 - Lista de Testes Aplicáveis Somente a Motores do Tipo de Indução ................................... 43

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Tabela 6 - Lista de Testes Aplicáveis Somente a Motores do Tipo Síncrono ...................................... 44

Tabela 7 - Lista de Testes para o Conjunto Motor e Máquina Acionada (“String-test”)........................ 45

Tabela 8 - Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta........................... 46

Tabela 9 - Documentação Adicional a ser Fornecida juntamente com a Proposta para Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação ................................... 47

Tabela 10 - Documentação a ser Fornecida após a Colocação do Pedido de Compra....................... 48

Tabela 11 - Documentação Adicional a ser Fornecida após a Colocação do Pedido de Compra para Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação .................. 50

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1 Escopo 1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos requeridos para a aquisição de motor elétrico trifásico de baixa e de alta tensão, do tipo de indução ou síncrono, para utilização nas instalações da PETROBRAS. 1.2 Esta Norma apresenta em seus Anexos os formulários padronizados para as Folhas de Dados de motores elétricos trifásicos dos tipos de indução e síncronos. 1.3 A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos para os quais os equipamentos, os serviços e as instalações devem satisfazer. Podem ser citadas como exemplos de regulamentos de órgãos públicos as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e as Portarias Ministeriais elaboradas pelo Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (INMETRO), contendo os Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC) para equipamentos elétricos para atmosferas explosivas, nas condições de gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis ou para índices mínimos de rendimento e de eficiência energética de motores elétricos de baixa tensão. 1.4 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua publicação. 1.5 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos. 2 Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

ABNT NBR IEC 60034-5 - Máquinas Elétricas Girantes - Parte 5: Graus de Proteção Proporcionados pelo Projeto Integral de Máquinas Elétricas Girantes (Códigos IP) - Classificação; ABNT NBR IEC 60034-9 - Máquinas Elétricas Girantes - Parte 9: Limites de Ruído; ABNT NBR IEC 60034-14 - Máquinas Elétricas Girantes - Parte 14: Medição, Avaliação e Limites da Severidade de Vibração Mecânica de Máquinas com Altura de Eixo Igual ou Superior a 56 mm; ABNT NBR IEC 60079-0 - Atmosferas Explosivas – Parte 0: Equipamentos - Requisitos Gerais; ABNT NBR IEC 60079-1 - Atmosferas Explosivas - Parte 1: Proteção de Equipamentos por Invólucros à Prova de Explosão “d”; ABNT NBR IEC 60079-2 - Atmosferas Explosivas - Parte 2: Proteção de Equipamento por Invólucro Pressurizado “p”; ABNT NBR IEC 60079-7 - Atmosferas Explosivas - Parte 7: Proteção de Equipamentos por Segurança Aumentada “e”; ABNT NBR IEC 60079-14 - Atmosferas Explosivas - Parte 14: Projeto, Seleção e Montagem de Instalações Elétricas;

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ABNT NBR IEC 60079-15 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas Parte 15: Construção, Ensaio e Marcação de Equipamentos Elétricos com Tipo de Proteção "n"; ABNT NBR IEC 60079-19 - Atmosferas Explosivas - Parte 19: Reparo, Revisão e Recuperação de Equipamentos; ABNT NBR IEC 60079-31 - Atmosferas Explosivas - Parte 31: Proteção de Equipamento Contra Ignição de Poeira por Invólucros “t”; ABNT NBR IEC/TR 60079-13 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Parte 13: Construção e Utilização de Ambientes ou Edificações Protegidas por Pressurização; ABNT NBR IEC 60255-8 - Relés Elétricos - Parte 8: Relés Elétricos para Proteção Térmica; ABNT NBR IEC 60529 - Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos (Códigos IP); ABNT NBR IEC 61241-4 - Equipamentos Elétricos para Utilização em Presença de Poeiras Combustíveis - Parte 4: Tipo de Proteção; IEC 60034-1 - Rotating Electrical Machines - Part 1: Rating and Performance; IEC 60034-2-1 - Rotating Electrical Machines - Part 2-1: Standard Methods for Determining Losses and Efficiency from Tests (Excluding Machines for Traction Vehicles); IEC 60034-4 - Rotating Electrical Machines - Part 4: Methods for Determining Synchronous Machine Quantities from Tests; IEC 60034-6 - Rotating Electrical Machines Part 6: Methods of Cooling (IC Code); IEC 60034-7 - Rotating Electrical Machines - Part 7: Classification of Types of Construction, Mounting Arrangements and Terminal Box Position (IM Code); IEC 60034-8 - Rotating Electrical Machines - Part 8: Terminal Markings and Direction of Rotation; IEC 60034-11 - Rotating Electrical Machines - Part 11: Thermal Protection; IEC 60034-12 - Rotating Electrical Machines - Part 12: Starting Performance of Single-Speed Three-Phase Cage Induction Motors; IEC 60034-15 - Rotating Electrical Machines - Part 15: Impulse Voltage Withstand Levels of Form-Wound Stator Coils for Rotating a.c. Machines; IEC 60034-16-1 - Rotating Electrical Machines - Part 16: Excitation Systems for Synchronous Machines - Definitions; IEC 60034-18-1 - Rotating Electrical Machines - Part 18-1: Functional Evaluation of Insulation Systems - General Guidelines; IEC 60034-26 - Rotating Electrical Machines - Part 26: Effects of Unbalanced Voltages on the Performance of Three-phase Cage Induction Motors; IEC 60034-27 - Rotating Electrical Machines - Part 27: Off-line Partial Discharge Measurements on the Stator Winding Insulation of Rotating Electrical Machines; IEC 60034-29 - Rotating Electrical Machines - Part 29: Equivalent Loading and Superposition Techniques - Indirect Testing to Determine Temperature Rise;

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IEC 60034-30 - Rotating Electrical Machines - Part 30: Efficiency Classes of Single-Speed, Three-Phase, Cage-Induction Motors (IE-Code); IEC 60034-31 - Rotating Electrical Machines - Part 31: Selection of Energy-Efficient Motors Including Variable Speed Applications - Application Guide; IEC 60050-411 - International Electrotechnical Vocabulary - Chapter 411: Rotating Machinery; IEC 60068-2-30 - Environmental Testing, Part 2-30: Tests - Test Db: Damp heat, Cyclic (12 h + 12 h Cycle); IEC 60072-1 - Dimensions and Output Series for Rotating Electrical Machines - Part 1 - Frame Numbers 56 to 400 and Flange Numbers 55 to 1080; IEC 60085 - Electrical Insulation - Thermal Evaluation and Designation; IEC 60270 - High-Voltage Test Techniques - Partial Discharge Measurements; IEC 60664-3 - Insulation Coordination for Equipment Within Low-voltage Systems - Part 3: Use of Coating, Potting or Moulding for Protection Against Pollution; IEC 60751 - Industrial Platinum Resistance Thermometers and Platinum Temperature Sensors; IEC 61086-1 - Coatings for Loaded Printed Wire Boards (Conformal Coatings) - Part 1: Definitions, Classification and General Requirements; IEC 61086-2 - Coatings for Loaded Printed Wire Boards (Conformal Coatings) - Part 2: Methods of Test; IEC 61131-1 - Programmable Controllers - Part 1: General Information; IEC 61131-2 - Programmable Controllers - Part 2: Equipment Requirements and Tests; IEC 61131-3 - Programmable Controllers - Part 3: Programming Languages; IEC 61892-3 - Mobile and Fixed Offshore Units - Electrical Installations - Part 3: Equipment; IEC TR 60034-16-2 - Rotating Electrical Machines - Part 16: Excitation Systems for Synchronous Machines - Chapter 2: Models for Power System Studies; IEC TR 60034-16-3 - Rotating Electrical Machines - Part 16: Excitation Systems for Synchronous Machines - Section 3: Dynamic Performance; IEC TS 60034-17 - Rotating Electrical Machines - Part 17: Cage Induction Motors when Fed from Converters - Application Guide; IEC TS 60034-18-41 - Rotating Electrical Machines - Part 18-41: Qualification and Type Tests for Type I Electrical Insulation Systems used in Rotating Electrical Machines Fed From Voltage Converters; IEC TS 60034-18-42 - Rotating Electrical Machines - Part 18-42: Qualification and Acceptance Tests for Partial Discharge Resistant Electrical Insulation Systems (Type II) Used in Rotating Electrical Machines Fed from Voltage Converters; IEC TS 60034-25 - Rotating Electrical Machines - Part 25: Guidance for the Design and Performance of a.c. Motors Specifically Designed for Converter Supply; IEC TR 60894 - Guide for a Test Procedure for the Measurement of Loss Tangent of Coils and Bars for Machine Windings;

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ISO 281 - Rolling Bearings - Dynamic Load Ratings and Rating Life; ISO 1940-1 - Mechanical Vibration - Balance Quality Requirements for Rotors in a Constant (Rigid) State - Part 1: Specification and Verification of Balance Tolerances; ISO 4624 - Paints and Varnishes - Pull-off Test for Adhesion; ISO 4628-2 - Paints and Varnishes - Evaluation of Degradation of Coatings - Designation of Quantity and Size of Defects, and of Intesity of Uniform Changes in Appearance - Part 2: Assessment of Degree of Blistering; ISO 4628-3 - Paints and Varnishes - Evaluation of Degradation of Coatings - Designation of Quantity and Size of Defects, and of Intesity of Uniform Changes in Appearance - Part 3: Designation of Degree of Rusting; ISO 4628-4 - Paints and Varnishes - Evaluation of Degradation of Coatings - Designation of Quantity and Size of Defects, and of Intesity of Uniform Changes in Appearance - Part 4: Assessment of Degree of Cracking; ISO 4628-5 - Paints and Varnishes - Evaluation of Degradation of Coatings - Designation of Quantity and Size of Defects, and of Intesity of Uniform Changes in Appearance - Part 5: Assessment of Degree of Flaking; ISO 10816-1 - Mechanical Vibration - Evaluation of Machine Vibration by Measurements on Non-Rotating Parts - Part 1: General Guidelines; ISO 12944-1 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 1: General Introduction; ISO 12944-2 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 2: Classification of Environments; ISO 12944-3 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 3: Design Considerations; ISO 12944-4 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 4: Types of Surface and Surface Preparation; ISO 12944-5 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 5: Protective Paint Systems; ISO 12944-6 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 6: Laboratory Performance Test Methods; ISO 12944-7 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective Paint Systems - Part 7: Execution and Supervision of Paint Work; ISO 20340 - Paints and Varnishes - Performance Requirements for Protective Paint Systems for Offshore and Related Structures; AFNOR NF EN 50209 - Test of Insulation of Bars and Coils of High-Voltage Machines; ANSI/ASME B1.20.1 - Pipe Threads, General Purpose; API STD 541 - Form-wound Squirrel-Cage Induction Motors - 500 Horsepower and Larger; ASME B.16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24 Metric/Inch; ASTM B108/B108M - Standard Specification for Aluminum-Alloy Permanent Mold Castings;

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IEEE STD 43 - Recommended Practice for Testing Insulation Resistance of Rotating Machinery; IEEE STD 112 - Standard Test Procedure for Polyphase Induction Motors and Generators; IEEE STD 1434 - Guide to the Measurement of Partial Discharges in Rotating Machinery; NEMA MG-1 - Motors and Generators.

3 Termos e Definições Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições Vocabulário Eletrotécnico Internacional (IEV) sobre máquinas elétricas rotativas, apresentado na IEC 60050-411 e os seguintes. 3.1 grau de proteção (Códigos IP) sistema de codificação para a designação de conjunto de requisitos construtivos que a carcaça do motor e seus acessórios devem atender para a proteção contra ingresso de poeira e água, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60034-5 3.2 método de resfriamento (Códigos IC) sistema de codificação para a designação de conjunto de requisitos construtivos do motor, de fluidos refrigerantes e de circuitos primários e secundários de resfriamento, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-6 3.3 forma construtiva (Códigos IM) sistema de codificação para a designação de conjunto de requisitos construtivos da carcaça, flange e pés do motor, com relação às alternativas de formas de fabricação e de montagem, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-7 3.4 índice de rendimento e de eficiência energética (Códigos IE) classes de rendimento e de eficiência energética (IE1, IE2, IE3 ou IE4) para motores de indução trifásicos, com única rotação, para frequência nominal de 50 Hz ou 60 Hz, tensão nominal até 1,0 kV, com 2, 4 ou 6 polos e potência nominal entre 0,75 kW e 375 kW, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-30 3.5 tipos de proteção para atmosferas explosivas (“Ex”) conjunto de medidas específicas de proteção aplicadas a um motor elétrico ou componentes de seus sistemas auxiliares para evitar que cause a ignição de atmosfera explosiva de gás inflamável ou poeira combustível ao seu redor, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 3.6 “Equipment Protection Level” (EPL) nível de proteção proporcionada por equipamento “Ex”, certificados para instalação em áreas classificadas, tal como, por exemplo, Ga, Gb, Gc, Da, Db ou Dc, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 e na ABNT NBR IEC 60079-14

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4 Requisitos Gerais do Motor 4.1 Os motores elétricos especificados nesta Norma devem atender aos requisitos aplicáveis das Normas Técnicas indicadas na Seção 2, complementados pelos requisitos e especificações técnicas indicadas nesta Norma. 4.2 As Folhas de Dados recebem identificação específica para cada motor. São preenchidas parcialmente pela PETROBRAS, devendo o fabricante completar integralmente o seu preenchimento, cujo formulário é padronizado nos Anexos B, C, D e E. 4.3 O fornecedor deve relacionar, na Folha de Dados, as Normas Técnicas aplicadas à fabricação e aos testes do motor, que complementam a relação apresentada na Seção 2 (ver Tabela 8). 4.4 Para motores utilizados em instalações marítimas, caso requerido na Folha de Dados, devem também ser atendidos os requisitos indicados na IEC 61892-3. 4.5 Os campos da Folha de Dados preenchidos pelo fabricante são considerados como “valores garantidos”, admitindo-se unicamente as tolerâncias previstas na IEC 60034-1. 4.6 Quando houver divergência entre a Folha de Dados e esta Norma, prevalecem as informações contidas na Folha de Dados. 4.7 Caso a proposta apresentada pelo fornecedor ou pelo fabricante contenha diferenças ou alternativas em relação aos requisitos indicados nesta Norma, na Folha de Dados ou na Requisição de Material (RM) do motor, estes desvios ou alternativas devem ser indicadas em seção específica intitulada “Lista de Desvios da Proposta”, a ser avaliada no processo de compra. Os requisitos e especificações de compra não indicados nesta “Lista de Desvios da Proposta” pelo fornecedor ou pelo fabricante são considerados atendidos. 4.8 Os valores ou requisitos indicados na Folha de Dados são considerados os requisitos mínimos a serem atendidos. O fornecedor ou fabricante pode indicar, em sua proposta, valores ou requisitos que sejam melhores ou superiores em termos de desempenho que os valores inicialmente indicados na Folha de Dados, tais como o grau de proteção, classe de temperatura ou EPL, desde que sejam relacionados na "Lista de Desvios da Proposta" e sejam aceitos pelo usuário. 4.9 As especificações técnicas a serem consideradas para o início do processo de compra são aquelas que tenham sido apresentadas pelo usuário ou fornecedor na proposta, bem como resultante do processo de parecer técnico e revisões da proposta, realizados durante o processo de cotação e equalização das propostas e aprovados pelo usuário, incluindo a análise da “Lista de Desvios da Proposta”. 4.10 Todos os testes de tipo e especiais solicitados na Folha de Dados devem ser discriminados individualmente na proposta e indicados no respectivo Plano de Inspeção e Testes (PIT), a ser apresentado para aprovação. 4.11 As especificações técnicas finais a serem consideradas na etapa de Testes de Aceitação de Fábrica (TAF) e no PIT são aquelas que tenham sido inicialmente aprovadas no processo de compra, bem como eventuais alterações e acordos realizados entre o fornecedor ou fabricante e o usuário, durante o processo de compra. Estas eventuais alterações e acordos incluem aquelas realizadas durante a etapa de análise de documentação enviada para comentários e aprovação e indicadas na documentação em caráter certificado, as quais devem ser verificadas por ocasião da realização das etapas de inspeção e de testes de aceitação em fábrica ou em campo.

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5 Características Elétricas do Motor 5.1 Características de Operação 5.1.1 O motor deve operar de forma a atender a sua função primária, sob condição de operação em carga nominal, sem redução de vida útil de isolamento elétrico, continuamente dentro das faixas de variação de tensão e de frequência referente à Zona A indicada na IEC 60034-1. O motor deve também ser capaz de operar satisfatoriamente dentro dos limites da Zona B, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-1. 5.1.2 O motor e seus sistemas auxiliares devem ser projetados e fabricados levando em consideração um período mínimo de vida útil de 20 anos. Devem ser considerados também no dimensionamento dos equipamentos, períodos de operação contínua com duração mínima de 3 anos. Nestes períodos de vida útil é considerada a realização dos procedimentos de manutenção recomendados pelo fabricante. 5.1.3 O motor deve ser dimensionado em termos de potência nominal para o acionamento da carga levando em consideração quaisquer eventuais acréscimos de potências requeridas pelo processo em qualquer situação operacional. A potência nominal do motor deve incorporar estes eventuais acréscimos, sem qualquer referência a quaisquer fatores de serviço, os quais não são considerados nesta Norma ou nas normas da série IEC 60034. O fabricante do motor deve assegurar a partida e operação considerando a curva de torque versus rotação da máquina acionada. 5.1.4 Deve ser indicado na Folha de Dados o regime de serviço (Código S), de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-1. Além da indicação do regime de serviço devem ser indicados, sempre que aplicável, os respectivos dados do regime, tais como fator de duração do ciclo (%), momento de inércia do motor (JM) e momento de inércia da carga (JEXT). 5.1.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados ou requerido pela carga acionada, motores com tensão nominal até 1,0 kV, com partida direta na rede e regime de serviço S1, devem possuir categoria N, de acordo com a IEC 60034-12. 5.2 Características de Partida, Torque e de Rotor Bloqueado 5.2.1 O motor deve ser dimensionado para partir, de acordo com as características da máquina acionada, e de suas condições operacionais de processo, com o valor de tensão mínima disponível, indicado na Folha de Dados. 5.2.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o motor deve suportar, no mínimo, duas partidas consecutivas completas, partindo-se da situação “a frio”, com o retorno ao repouso entre partidas, ou uma partida “a quente”, em sua temperatura nominal, após ter operado nas condições nominais. O motor deve, ainda, suportar uma partida suplementar se a temperatura do motor, antes da partida, não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal. 5.2.2.1 O tempo de espera necessário para liberar uma terceira partida a frio ou uma segunda partida direta na rede a quente deve ser indicado pelo fabricante na Folha de Dados. 5.2.2.2 Caso requerido pelo usuário, o tempo de espera máximo deve ser de acordo com o indicado na Folha de Dados.

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NOTA Os cálculos dos tempos de espera devem levar em consideração as características da

máquina acionada, indicados na respectiva Folha de Dados, preenchida pelo seu fabricante. Dentre tais características devem consideradas: curva de torque versus rotação da máquina acionada, inércia do conjunto, tempo de partida, tempo de rotor bloqueado, rotação nominal da máquina acionada (incluindo relação de caixa multiplicadora de rotação, quando aplicável) e temperatura ambiente do motor.

5.2.3 A relação entre a potência aparente absorvida com rotor bloqueado (kVA PARTIDA) e a potência nominal do motor (kW NOMINAL) não deve exceder o valor especificado na Folha de Dados. 5.2.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, os motores com tensão nominal até 1,0 kV, com partida direta na rede, devem apresentar os seguintes valores de relação entre a corrente inicial de partida (IA) e a corrente nominal (IN), à tensão nominal:

— Para motores trifásicos com potência nominal até 55 kW: IA/IN ≤ 8,0; — Para motores trifásicos com potência nominal acima de 55 kW até 150 kW: IA/IN ≤ 7,5; — Para motores trifásicos com potência nominal acima de 150 kW até 375 kW: IA/IN ≤ 7,0.

5.2.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, os motores com tensão nominal igual ou superior a 1,0 kV, com partida direta na rede, devem apresentar, à tensão nominal, relação entre a corrente inicial de partida (IA) e a corrente nominal (IN) igual ou inferior a 6,0. NOTA As tolerâncias dos valores indicados devem estar de acordo com os requisitos indicados na

IEC 60034-1. 5.2.6 Considerando a tensão nominal especificada nos terminais do motor e a curva de torque da carga aplicada ao eixo, o tempo de rotor bloqueado a quente deve ser, no mínimo, maior que 150 % do tempo de partida da máquina acionada (TRB ≥ 1,5 TP) ou 5 s superior a este tempo de partida (TRB ≥ TP + 5 s), prevalecendo o que for maior. 5.2.6.1 Considerando a menor tensão disponível para partida especificada na Folha de Dados e a curva de torque da carga aplicada ao eixo, o tempo de rotor bloqueado a quente deve ser, no mínimo, 2 s superior ao tempo de partida da máquina acionada, nesta condição de tensão: (TRB ≥ TP + 2 s). 5.2.6.2 No caso de motores com tipo de proteção segurança aumentada (Ex “e”), considerando a menor tensão disponível para partida especificada na Folha de Dados e a curva de torque da carga aplicada ao eixo o tempo tE, deve ser, no mínimo, 2 s superior ao tempo de partida da máquina acionada (tE ≥ TP + 2 s). Os valores de tempo tE devem estar de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-7. 5.2.7 Para motores com tensão nominal até 1,0 kV e com regime de serviço S1 (IEC 60034-1) as características de partida (“pull-up” torque e “breakdown” torque), rotor bloqueado e torque de partida, para as categorias N e H devem estar de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-12, inclusive para motores com tipo de proteção Ex “e” (ABNT NBR IEC 60079-7) com classes de temperatura T1 a T3. 5.2.8 Durante o processo de partida do conjunto motor e máquina acionada, para qualquer rotação entre zero e a rotação para o torque máximo do motor (“breakdown torque”), o torque fornecido pelo motor, considerando a tolerância indicada na IEC 60034-1, deve exceder em pelo menos 10 % (tendo o torque nominal do motor como base) o torque requerido pela máquina acionada. Este limite mínimo de excesso de torque durante a partida deve ser verificado no gráfico das curvas de torque do motor e da máquina acionada versus rotação, tanto na tensão nominal do motor como na menor tensão disponível na partida indicada na Folha de Dados.

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5.3 Requisitos de Rendimento e de Eficiência Energética 5.3.1 São aplicáveis os requisitos legais vigentes referentes aos níveis mínimos de rendimento e de eficiência energética, estabelecidos por regulamentos emitidos por órgãos públicos. 5.3.2 As características de rendimento e desempenho para motores elétricos trifásicos devem estar de acordo com os requisitos indicados nas normas aplicáveis da série IEC 60034, tal como na IEC 60034-30 e na IEC 60034-31, para motores com tensão nominal até 1,0 kV e potência nominal até 375 kW. 5.3.3 Para efeito de aplicação dos valores de rendimento indicados nas normas da série IEC 60034, estão incluídos, além dos motores industriais de baixa tensão para instalação em áreas não classificadas, também os motores de baixa tensão com tipo de proteção não acendível (Ex “nA”) e com tipo de proteção de equipamentos contra ignição de poeira por invólucros (Ex "t"). Estes motores devem atender, no mínimo, ao índice de eficiência energética IE3, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-30. NOTA Motores de baixa tensão com tipo de proteção Ex “e” e Ex “de” devem atender, no mínimo,

o índice de eficiência energética IE2, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-30.

5.3.4 Os valores de rendimento estão sujeitos às tolerâncias indicadas na IEC 60034-1. 5.3.5 Para a metodologia dos testes para a determinação do rendimento e do índice de eficiência energética do motor, ver Seção 9, relativa a requisitos de plano de inspeção e testes, testes de fábrica e testes de campo. 5.4 Requisitos para Motor Acionado por Conversor de Frequência 5.4.1 Motor acionado por conversor de frequência deve possuir características construtivas que permitam a sua utilização com o tipo específico de conversor adotado, dentro da faixa de variação de frequência especificada nas Folhas de Dados do motor e do conversor de frequência. 5.4.2 Os motores destinados a serem acionados por conversores de frequência devem atender aos requisitos da IEC TS 60034-17 e IEC TS 60034-25, caso requerido na Folha de Dados. 5.4.3 O fabricante do motor deve fornecer juntamente com a proposta a curva de “torque permissível” versus “frequência de alimentação” que o motor suporta dentro da faixa de rotação indicada na Folha de Dados do motor e do conversor de frequência, levando em consideração os efeitos de aquecimento causados pelas variações de frequência, decréscimo na capacidade de autoventilação e o tipo de conversor de frequência a ser utilizado. 5.4.3.1 A elevação máxima de temperatura do motor, nas condições de operação com o conversor, em toda a faixa de rotação indicada na Folha de Dados, deve atender aos requisitos indicados em 6.13. A temperatura máxima de superfície do motor, nas condições mais desfavoráveis de operação com o conversor, deve atender à classe de temperatura para a qual o motor foi certificado. 5.4.3.2 O valor da potência máxima de saída permissível do motor, a ser indicada na Folha de Dados, deve considerar operação contínua com a faixa de controle de frequência especificada na Folha de Dados, o tipo de conversor e a característica de torque da carga acionada.

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5.4.4 A menos que indicado em contrário na Folha de Dados, motor acionado por conversor de frequência, com potência nominal acima de 37 kW, deve possuir (“Resistance Temperature Detector - RTD”) do tipo PT 100 (100 @ 0 C) nos enrolamentos do estator. Deve ser fornecido, no mínimo um sensor no enrolamento de cada fase ou conforme indicado na Folha de Dados. 5.4.5 Motor acionado por conversor de frequência ou dispositivo de partida suave não deve possuir capacitores e/ou para-raios destinados à proteção contra surtos de tensão ou para correção de fator de potência. 5.4.6 Deve ser previsto a instalação de terminal de aterramento no interior da caixa de terminais do motor, para a conexão de malha ou blindagem dos cabos. 5.4.7 Motores acionados por conversores de frequência com carcaça superior ao tamanho 280 (IEC 60072-1) devem possuir mancal do lado não acoplado do tipo isolado ou possuir um método adequado para o aterramento do eixo, a ser especificado pelo fabricante. 5.4.7.1 Motores acionados por conversor de frequência certificados com tipo de proteção para atmosferas explosivas devem considerar, em seu processo de certificação, o método de aterramento do rotor, caso utilizado. 5.4.8 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, motores acionados por conversores de frequência, com potência nominal até 1 200 kW, com tensão nominal até 6,0 kV e até 6 polos, que acionam cargas com características de torque variável do tipo parabólico ou quadrático, devem ser do tipo autoventilado, com método de resfriamento IC411 (IEC 60034-6). 5.4.9 Para motores com tensão nominal até 1,0 kV, alimentados por conversor de frequência, destinados a acionamento de cargas com torque constante ou linear, a menos que especificado em contrário na Folha de Dados, deve ser especificado um método de resfriamento do tipo autoventilado (IEC 60034-6). NOTA Caso especificado na Folha de Dados motor com método de resfriamento através de

ventilação forçada independente, o fabricante deve apresentar a solução a ser adotada, sem considerar o sobredimensionamento do motor.

6 Características Mecânicas e Térmicas do Motor 6.1 Sistema de Pintura de Proteção para Instalação em Ambientes Industriais e Marítimos 6.1.1 O motor deve possuir sistema de pintura de proteção e características construtivas de forma a serem adequados para instalação em ambientes industriais e agressivos, típicas de instalações da indústria do petróleo e petroquímica, com ataques por gases ácidos contendo compostos de enxofre, incluindo instalações marítimas e instalação em ambientes com corrosão atmosférica por material particulado e com compostos corrosivos. 6.1.2 As características construtivas do motor devem possuir desempenho adequado com relação à resistência à corrosão causada pelas características ambientais e/ou condições especiais de serviço do local onde deve ser instalado, conforme especificado na Folha de Dados.

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6.1.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o sistema de pintura de proteção dos motores deve ser adequado para as seguintes categorias de corrosividade atmosférica (“corrosivity category”), de acordo com os requisitos indicados na ISO 12944-2:

— Categoria C5-I - Corrosividade muito alta (ambiente industrial); — Categoria C5-M - Corrosividade muita alta (ambiente marítimo).

6.1.4 A preparação por jateamento abrasivo das superfícies a serem pintadas, da carcaça, das tampas dos mancais e da tampa de proteção do ventilador (tampa defletora), deve atender ao grau Sa 2 1/2, de acordo com os requisitos da ISO 12944-4. 6.1.5 O sistema de pintura utilizado para o motor, incluindo especificação das tintas e espessuras das películas secas (“Dry Film Thickness” - DFT) das tintas de fundo (“primer”), intermediaria e de acabamento (“topcoat”), deve estar de acordo com os requisitos indicados na ISO 12944-5. 6.1.6 A menos que indicado em contrário na Folha de Dados, a classe de durabilidade (“durability range”) e a avaliação de desempenho do sistema de pintura necessário para atender aos requisitos da categoria de corrosividade C5-I/C5-M indicados na ISO 12944-2, devem atender aos requisitos de durabilidade “M” (“Medium”) indicados na ISO 12944-5, referente a um tempo mínimo de durabilidade entre 5 anos e 15 anos. 6.1.6.1 Este requisito de durabilidade deve ser atendido pelos sistemas de pintura de proteção de motor tanto para a carcaça, quanto para as tampas dos mancais e para a tampa de proteção do ventilador externo (tampa defletora). 6.1.6.2 Para motores para aplicação marítima (“offshore”), com categoria de corrosividade C5-M, devem ser também atendidos os requisitos aplicáveis indicados na ISO 20340. 6.1.7 Os testes de verificação do desempenho do sistema de pintura de proteção dos motores devem ser realizados de acordo com os requisitos indicados na ISO 12944-6. 6.1.7.1 A menos que indicado em contrário na Folha de Dados, os resultados dos testes de desempenho devem demonstrar o atendimento aos requisitos de durabilidade Classe “M”, para as categorias de corrosividade atmosférica C5-I e C5-M. 6.1.7.2 Devem ser apresentados, no mínimo, os resultados dos testes de aderência (ISO 4624), empolamento, oxidação (ferrugem), trincas, descamação e corrosão após risco. 6.1.8 A cor final da pintura de acabamento do motor deve ser conforme indicado na Folha de Dados. Dentre as cores possíveis, podem ser indicadas as seguintes: código Munsell N 6.5 ou RAL 7042 (cinza claro), para os casos gerais de aplicação ou código Munsell 5 R 4/14 ou RAL 3000 (vermelho segurança) para aplicação de motores em sistemas de segurança. 6.1.9 Para requisitos adicionais sobre limitações de espessuras de películas de pintura aplicáveis a motores para áreas classificadas ver 7.5, sobre requisitos para limitação de acúmulo de cargas eletrostáticas em materiais não metálicos.

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6.1.10 A especificação dos sistemas de pintura de proteção a serem aplicados em todos os componentes do motor, bem como os respectivos relatórios dos resultados dos testes (de acordo com os requisitos das normas da série ISO 12944), deve ser apresentada pelo fabricante juntamente com a proposta, para aprovação da PETROBRAS. Devem ser apresentadas especificações técnicas para a carcaça, as tampas dos mancais e a tampa de proteção do ventilador (tampa defletora), casos existam sistemas de pintura específicos para cada uma destas partes do motor. 6.2 Grau de Proteção (Códigos IP) da Carcaça e das Caixas de Terminais 6.2.1 O motor deve possuir grau de proteção (Código IP) da carcaça e das caixas de terminais de força e controle conforme indicado na Folha de Dados, de acordo com os requisitos da ABNT NBR IEC 60034-5. 6.2.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, para casos de instalação em ambientes externos (ao tempo), o motor deve possuir grau de proteção mínimo IP55 na carcaça e nas caixas de terminais de força e controle, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60034-5. 6.2.3 Para motores com método de resfriamento do tipo aberto (IC01, por exemplo, de acordo com a IEC 60034-6), com livre circulação do ar externo através dos enrolamentos, caso seja especificado um grau de proteção (IP) com a utilização da letra “W” (IP24W, por exemplo), devem ser atendidos os requisitos aplicáveis indicados na ABNT NBR IEC 60034-5. NOTA Mesmo para motores com métodos de resfriamento abertos, as caixas de terminais de força

e de controle devem possuir grau de proteção IP54 para instalação em ambientes internos e IP55 para instalação em ambientes externos.

6.3 Métodos de Resfriamento - Códigos IC e Requisitos para Ventiladores 6.3.1 O motor deve possuir método de resfriamento (Código IC) conforme indicado na Folha de Dados, de acordo com os requisitos da IEC 60034-6. NOTA A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, para motores com potência

nominal até 1 200 kW, com tensão nominal até 6,0 kV e até 6 polos, o método de resfriamento deve ser IC 411 (IEC 60034-6), com carcaça do tipo aletada.

6.3.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, os ventiladores do motor com tensão nominal acima de 1,0 kV devem ser de material metálico resistente à corrosão e não centelhante, como por exemplo, o alumínio. 6.3.3 Em locais de instalação contendo atmosferas salinas, o alumínio utilizado na fabricação dos ventiladores deve atender as especificações indicadas na ASTM B108. O alumínio a ser utilizado deve ser de primeira utilização e do tipo “copper-free”, com teor máximo de cobre de 0,2 %, com certificado de composição química emitido pelo fornecedor do alumínio. 6.3.4 Em casos de motores onde não seja tecnicamente possível a utilização de ventilador fabricado em alumínio, pode ser utilizado um sistema não centelhante e resistente à corrosão, baseado em um ventilador fabricado em aço-carbono revestido com pintura epóxi, desde que este sistema alternativo seja previamente informado na proposta técnica e seja aceito pela PETROBRAS. 6.3.5 Para motor para atmosferas explosivas, devem ser atendidos adicionalmente os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 e nas normas específicas para os tipos de proteção envolvidos na fabricação do motor.

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6.3.6 O conjunto do eixo, pacote do rotor, enrolamentos do rotor, anéis de curto-circuito dos enrolamentos do rotor e ventiladores fixados ao eixo devem ser balanceados dinamicamente para motores com tensão nominal acima de 1,0 kV. NOTA Para motores com tensão nominal até 1,0 kV, os ventiladores devem ser balanceados

estaticamente antes da montagem no rotor. 6.3.7 A menos que especificado em contrário, o grau de balanceamento do conjunto rotativo deve estar de acordo com os requisitos indicados na ISO 1940-1. 6.4 Níveis Aceitáveis de Ruído 6.4.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o valor máximo de potência sonora (ponderado, na escala “A”) produzida pelo motor, deve estar de acordo com os valores indicados na ABNT NBR IEC 60034-9, sendo utilizada a metodologia de teste e de medição indicadas naquela norma. 6.4.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o limite de ruído do motor deve ser considerado sem carga. Para os casos de motores a serem testados com carga, este requisito deve estar indicado na Folha de Dados, devendo ser atendidos, neste caso, os níveis de ruído indicados nesta condição. 6.4.3 Caso requerido na Folha de Dados deve ser realizado o teste de nível de ruído, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60034-9. 6.4.4 Caso o motor, em seu projeto original de linha de fabricação certificada, não atenda aos requisitos de ruído especificados nesta Norma, o motor deve ser fornecido com atenuadores de ruído ou outra solução a ser proposta pelo fabricante e submetida a aprovação pela PETROBRAS. Caso aplicável, a utilização de atenuadores de ruído ou de outra solução proposta pelo fabricante deve ser considerada no respectivo certificado de conformidade para instalação em atmosferas explosivas. 6.4.5 No caso de motor acionado por conversor de frequência e na impossibilidade de atender ao limite máximo de ruído especificado nesta Norma, medido com conversor de frequência, deve ser acordado um novo limite entre a PETROBRAS e o fabricante do motor. 6.4.6 Para motores acionados com conversor de frequência, o nível de ruído deve ser medido nas frequências de 15 Hz e 60 Hz, devendo ser registrado o valor medido mais elevado. 6.4.7 Para motores acionados por conversor de frequência, com tensão nominal até 1,0 kV, o nível de ruído do motor deve ser resultado do teste do conjunto motor e um conversor, realizado nas instalações do fabricante do motor. As características do conversor utilizado no teste devem ser registradas no relatório. 6.4.8 Para motores acionados por conversor de frequência, com tensão nominal acima de 1,0 kV, o nível de ruído do motor deve ser resultado do teste do conjunto motor e conversor, com procedimento a ser proposto pelo fornecedor do motor e submetido à aprovação da PETROBRAS.

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6.5 Caixas de Terminais de Força e de Controle 6.5.1 As caixas de terminais de força e controle devem possuir entradas para cabos por meio de furos roscados para eletrodutos ou por prensa-cabos, em quantidades e dimensões conforme indicado na Folha de Dados. Nos casos de entradas roscadas cônicas do tipo NPT, estas devem estar de acordo com os requisitos da ANSI/ASME B.1.20.1. 6.5.2 A forma construtiva, de montagem e de posição das caixas de terminais do motor (Código IM) deve ser conforme indicado na Folha de Dados, de acordo com os requisitos da IEC 60034-7. 6.5.3 As caixas de terminais devem ser devidamente dimensionadas para acondicionamento dos cabos de força e dos cabos dos dispositivos de controle, monitoração e/ou aquecimento, de acordo com as quantidades e seções nominais especificadas na Folha de Dados. 6.5.4 Devem existir caixas de terminais independentes para cabos de força e cabos de controle para carcaças 160 ou acima.

6.5.5 Os terminais para a conexão dos cabos dos circuitos de RTD para mancais, RTD para enrolamentos, resistência de aquecimento anticondensação e demais acessórios podem estar contidos na mesma caixa de terminais de controle.

6.5.6 A caixa de terminais de força de motor com tensão nominal superior a 1,0 kV deve possuir dimensões adequadas para conter as terminações dos cabos dos circuitos de alimentação de força, incluindo o espaço necessário para acomodar os cones de alívio de alta tensão (“stress cones”). Deve ser prevista também uma placa removível para permitir a retirada do motor para manutenção, sem ser necessário desfazer os cones das terminações dos cabos de alta tensão. 6.5.7 As caixas de terminais de força devem possuir modo de fixação tal que permita que sejam instaladas em qualquer das quatro posições (possibilidade de rotação de 90° em 90°). Este requisito não necessita ser atendido para motores com tipos de proteção Ex “de”. NOTA Este requisito não é aplicável para caixas de terminais de força contendo dispositivos outros

além dos terminais de força, tais como transformadores de corrente para proteção diferencial, para-raios e/ou capacitores destinados à proteção contra surtos de tensão e capacitores para medição de descargas parciais (PD).

6.5.8 As caixas de terminais de força dos motores devem ser fornecidas com isoladores suportes fabricados em materiais não-higroscópicos. 6.5.9 Motores com invólucros Ex “d” devem possuir entradas indiretas de cabos para o interior do invólucro. Devem ser instaladas buchas de passagem seladas Ex “d” nas entradas de cabos para o interior da carcaça. Estes motores devem possuir caixas de terminais de força e controle, bem como bornes terminais do tipo Ex “e”. O motor completo deve possuir marcação Ex “de”. 6.6 Requisitos para Resistores de Aquecimento Anticondensação 6.6.1 Quando solicitados na Folha de Dados, os resistores de aquecimento anticondensação (“space-heaters”) devem operar de maneira que a temperatura interna, em qualquer parte do motor, fique situada acima da temperatura de condensação e abaixo da temperatura referente à classe do sistema de isolamento térmico do motor.

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6.6.2 Os resistores de aquecimento anticondensação devem ser dimensionados e distribuídos no interior do motor de forma que a temperatura interna seja mantida estabilizada com o motor desligado. 6.6.3 O dimensionamento, a quantidade e a localização dos resistores de aquecimento anticondensação no interior do motor devem ser efetuados de forma a assegurar que, com o motor desligado, a sua temperatura interna esteja sempre acima da temperatura do ponto de orvalho (“dew-point”) do local da instalação. Esta condição deve ser atendida, tanto durante o dia como durante a noite, especialmente em instalações com elevados níveis de umidade relativa do ar, tal como instalações próximas do mar e instalações marítimas (“offshore”). 6.7 Terminais e Conectores para Cabos dos Circuitos de Força, Controle e Aterramento 6.7.1 O motor deve ser fornecido com os terminais de aterramento instalados no lado externo da carcaça, apropriados para conexão a cabos de cobre com seção nominal especificada na Folha de Dados. A quantidade de terminais de aterramento no lado externo da carcaça deve ser aquela indicada na Folha de Dados. 6.7.2 Motor com tensão nominal superior a 1,0 kV (ou motor com tensão abaixo ou igual a 1,0 kV, quando especificado na Folha de Dados) deve possuir um conector terminal de aterramento adicional dentro da caixa de terminais de força. 6.7.3 Todos os terminais instalados na caixa de terminais de força devem ser fornecidos com os respectivos conectores, adequados para as seções nominais dos cabos especificados na Folha de Dados. 6.7.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, todo motor com tensão nominal até 1,0 kV deve ser fornecido com três terminais de força adequado para a conexão na tensão nominal especificada do motor. 6.8 Placas de Dados, de Identificação e de Advertência de Segurança 6.8.1 As placas de dados, de identificação e de advertência do motor, tanto as principais como as adicionais, bem como os seus parafusos de fixação, devem ser fabricadas de aço inoxidável da série AISI 300. 6.8.2 Devem conter, adicionalmente às informações exigidas na IEC 60034-1, os seguintes dados:

a) número de identificação ou modelo ou "part-number" dos rolamentos ou mancais hidrodinâmicos;

b) tempo máximo permissível com rotor bloqueado (TRB); c) designação do método de resfriamento (Código IC); d) regime de serviço (Código S - IEC 60034-1); e) categoria de torque de partida, para motores S1 até 1,0 kV (IEC 60034-12); f) relação entre a corrente com rotor bloqueado e a corrente nominal; g) marcação do tipo de proteção e “EPL”, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 e

indicado no respectivo Certificado de Conformidade, tal como Ex “nA”, Ex “e”, Ex “px”, Ex “pz”, Ex “de”, Ex “pD” ou Ex “t”;

h) classe de temperatura (Classe T) de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0; i) temperatura máxima atingida pelo resistor de aquecimento anticondensação; j) no caso de motores com tipo de proteção Ex “e”, o tempo tE, de acordo com a

ABNT NBR IEC 60079-7; k) PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS;

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l) nome da Unidade de Operações (UO) da PETROBRAS; m) número PETROBRAS de identificação do motor (TAG); n) número da RM; o) número do Pedido de Compra (PC) ou do Pedido de Compra de Bens e Serviços (PCS),

(nos casos de processos de compra realizados diretamente pela PETROBRAS). NOTA Os dados indicados nas enumerações acima devem ser incluídos na placa de identificação

principal ou em placas adicionais, as quais devem também ser fabricadas de aço inoxidável da série AISI 300.

6.8.3 As placas de dados, identificação e advertência do motor devem ser fixadas em locais não desmontáveis da carcaça de forma que, durante os trabalhos de manutenção, não possam ocorrer trocas de placas entre motores de carcaças iguais. 6.8.4 No caso de motores para atmosferas explosivas, devem ser instaladas placas de marcação contendo a marcação, o número do certificado de conformidade e as placas de advertência indicadas nas normas da série ABNT NBR IEC 60079 para os respectivos tipos de proteção “Ex” do motor, de seus sistemas auxiliares e de seus componentes. 6.8.5 Para motores que não possuam o número de série marcado ou gravado em baixo relevo na carcaça, deve ser instalada uma placa de dados adicional no interior da caixa de terminais de força, contendo os dados de número de série e, quando aplicável, o número do certificado de conformidade, no caso de motores certificados para atmosferas explosivas. Esta placa de dados adicional deve ser fabricada de material isolante não metálico. 6.8.6 Motores com sentido de rotação unidirecional devem possuir uma plaqueta específica, contendo uma seta indicativa deste sentido. Esta plaqueta deve ser instalada no lado acoplado do motor. Os requisitos desta plaqueta devem atender aos requisitos indicados nesta Norma sobre placas de dados, de identificação e de advertência. 6.8.7 As placas de dados, identificação e advertência do motor devem possuir seus dados gravados em baixo relevo. Estas placas e o sistema de gravação ou marcação dos dados ou figuras utilizados devem resistir a ataques químicos, às características ambientais especificadas e devem permanecer legíveis durante todo o tempo previsto de vida útil do motor. 6.8.8 Quando as placas de dados, identificação e de advertência do motor ficarem em locais inacessíveis à leitura, devido às características do equipamento acionado, o fabricante do motor deve fornecer placas adicionais para serem fixadas no equipamento acionado. 6.8.9 Motores com tensão nominal acima de 1,0 kV devem possuir placa de advertência conforme a seguir: "PERIGO: ALTA TENSÃO. NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO". 6.9 Níveis Aceitáveis de Vibração 6.9.1 Para testes de medição de vibração realizados em fábrica, com motor desacoplado, as amplitudes de vibração do motor não devem exceder os valores estabelecidos na ABNT NBR IEC 60034-14. Os limites de vibração devem estar indicados no PIT, como critérios de aceitação dos testes.

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6.9.2 Para testes de medição de vibração realizados no campo (“in-situ”), com a presença de “um ambiente ativo”, de acordo com os requisitos da ABNT NBR IEC 60034-14, de forma a assegurar a integridade dos motores em regime de operação, os limites de vibração para o motor não acoplado não devem exceder aos valores de 2,8 mm/s para classe I (motores com potência nominal até 15 kW) e 4,5 mm/s para classes II e III, de acordo com os requisitos indicados na ISO 10816-1. 6.9.3 Quando especificado motor com método de resfriamento IC611 (IEC 60034-6), o motor deve ser construído com acessos a ambos os mancais, nas três direções convencionais (horizontal, vertical e axial) permitindo que sejam realizadas, no campo, após a sua instalação, medições de vibração utilizando instrumentos de medição portáteis. 6.10 Requisitos e Tipos de Mancais 6.10.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, podem ser utilizados mancais de rolamentos desde que a utilização de mancais hidrodinâmicos não seja obrigatória, de acordo com os requisitos indicados em 6.10.2. 6.10.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, devem ser utilizados mancais hidrodinâmicos em quaisquer das seguintes condições:

a) quando o produto N x dm para mancais de rolamento exceder 500 000; onde N corresponde à rotação nominal do motor, em rpm, e dm ao diâmetro médio do rolamento [(d + D)/2], expresso em milímetros;

b) quando os mancais de rolamento não conseguirem atingir os requisitos da vida útil teórica L10h;

c) quando o produto da potência nominal do motor (kW) pela sua rotação nominal (rpm) for igual ou maior que 4 000 000.

NOTA O limite da vida útil teórica L10h para mancais de rolamento deve ser de acordo com a

ISO 281 de, no mínimo, 25 000 h de operação contínua nas condições nominais de carga e de, no mínimo, 16 000 h com cargas axial e radial máximas e rotação nominal.

6.10.3 Motor que possua mancais hidrodinâmicos para instalação em áreas não classificadas, a distância de afastamento entre o ventilador e a sua tampa (folga axial) deve ser de, no mínimo, 6,35 mm, em operação com corrente nominal. Para motores certificados para áreas classificadas, devem ser seguidos os requisitos de folgas axiais indicados na ABNT NBR IEC 60079-0. NOTA A folga axial mínima é necessária de modo a absorver dilatações e deslocamentos das

máquinas acionadas e folgas dos acoplamentos, sem causar deslocamentos axiais que levem o rotor e o ventilador do motor a atritar com suas partes estacionárias (tampa do ventilador, por exemplo).

6.10.4 Para facilitar o acoplamento do motor com mancais hidrodinâmicos ao seu equipamento acionado o fabricante do motor deve:

a) marcar o posicionamento do centro magnético do motor no eixo do motor; b) marcar os limites da folga axial no eixo do motor; c) informar nos desenhos dimensionais do motor e na Folha de Dados, o valor do

deslocamento axial do eixo do motor (em mm). 6.11 Requisitos para Lubrificação dos Mancais 6.11.1 Para motor com mancais contendo rolamentos lubrificados a graxa, para carcaças acima do tamanho 160 (IEC 60072-1), os rolamentos devem ser providos de sistema de relubrificação por pinos graxeiros, com antecâmara graxeira ou dispositivo de drenagem natural para saída do excesso de graxa.

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6.11.2 Quando especificado na Folha de Dados, motor com mancais lubrificados a óleo com nível constante, o motor deve ser provido de sistema de lubrificação automática (por exemplo, anel pescador), isto é, reservatório de óleo que mantenha nível constante nos mancais. Este reservatório deve permitir observação visual direta do nível de óleo. 6.11.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, motor com mancais lubrificados com óleo deve possuir RTDs para supervisão da temperatura dos mancais. Devem ser previstos duas RTDs por mancal, com poços independentes, quando não houver a necessidade de instalação também de um terceiro sensor, como, por exemplo, um termômetro. NOTA Nos casos específicos de necessidade de instalação de dois sensores de temperatura do

tipo RTD e de um terceiro sensor de temperatura (por exemplo, do tipo termômetro), no casquilho, pode ser utilizado um RTD do tipo “duplex”, a seis fios, em um dos poços, sendo o termômetro instalado no outro poço do casquilho.

6.11.4 Caso especificado na Folha de Dados, motor com tensão nominal acima de 1,0 kV deve possuir provisão para a instalação de dispositivos de conexão para um sistema de lubrificação dos mancais do tipo “oil-mist”. Neste caso, o motor deve possuir dispositivos de conexão para tubulações externas de entrada e de saída de óleo de lubrificação com rosca cônica do tipo NPT, com diâmetro nominal de 1/2 polegada. 6.11.5 Quando for especificada na Folha de Dados a instalação de dispositivos de vedação nas caixas de mancais, estes dispositivos devem ser do tipo labirinto, com vedação estática (motor parado) e dinâmica (motor operando em rotação nominal), assegurando o grau de proteção requerido para o motor (Código IP). 6.11.6 Em motores com tensão nominal superior a 1,0 kV que acionem compressores de gases inflamáveis, o sistema de lubrificação dos mancais do motor não deve utilizar ou compartilhar o mesmo sistema de óleo utilizado para a selagem ou a lubrificação do compressor de gás. 6.11.7 Devem ser atendidos os requisitos de medição de temperatura de mancais indicados na IEC 60034-1. 6.11.8 Caso especificado na Folha de Dados a instalação de pressostato no sistema de lubrificação forçada, para monitoração da pressão do sistema de óleo de lubrificação, em mancais com lubrificação forçada, este deve possuir saída do tipo estado sólido, sem contatos centelhantes. 6.12 Requisitos para Trocador de Calor Tubular 6.12.1 Requisitos para Trocador de Calor Tubular do Tipo Ar/Ar O trocador de calor ar/ar, se requerido, deve atender aos requisitos especificados em 6.12.1.1 a 6.12.1.5.. 6.12.1.1 Os trocadores de calor devem ser construídos ou montados na carcaça do motor de forma a permitir fácil acesso para montagem e deve ser fornecido um dispositivo de fixação de termômetro na saída de ar do trocador. A conexão deste termômetro deve possuir rosca cônica do tipo NPT, com diâmetro de 3/4 de polegada. 6.12.1.2 Para motores com método de resfriamento IC611 (IEC 60034-6) os tubos do trocador ar/ar devem ser fabricados com uma liga de alumínio contendo um teor máximo de 0,2 % de cobre. Caso requerido na Folha de Dados, os tubos do trocador devem ser fabricados em aço inoxidável da Série AISI 300 ou em liga de cobre (latão).

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6.12.1.3 Em motor com trocador de calor tubular do tipo ar/ar, os circuitos de resfriamento devem ser projetados e construídos de forma a não produzirem regiões de alta pressão externa e baixa pressão interna junto aos mancais, a fim de evitar a entrada de gases, poeiras e umidade no interior da carcaça do motor. 6.12.1.4 Para instalações ao tempo, motores com potência nominal acima de 1 200 kW devem possuir trocadores de calor ar/ar de acordo com os métodos de resfriamento IC51X ou IC61X (X pode ser qualquer método de movimentação de 1 a 8), de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-6. 6.12.1.5 Trocador de calor ar/ar com massa acima de 25 kg devem possuir olhais para içamento. 6.12.2 Requisitos para Trocador de Calor Tubular do Tipo Ar/Água O trocador de calor do tipo ar/água, se requerido na Folha de Dados, deve atender aos requisitos especificados em 6.12.2.1 a 6.12.2.17. 6.12.2.1 Deve ser compatível com as especificações do tipo, temperatura e pressão na entrada da água no trocador de calor, indicadas na Folha de Dados, principalmente com relação a requisitos de resistência à corrosão, em função da qualidade da água e do ambiente externo de instalação. 6.12.2.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, os tubos do trocador de calor ar/água devem ser construídos em liga cuproníquel, com composição 90-10 Cu-Ni. 6.12.2.3 Para os casos em que o equipamento operar com água do mar os cabeçotes (tampas) e espelhos devem ser fabricados em materiais não ferrosos, tais como, latão naval liga 465. As aletas devem ser fabricadas em cobre, de modo a não sofrerem processo de corrosão galvânica resultante da dissimilaridade dos materiais (união tubo/aleta). 6.12.2.4 O trocador deve ser construído com características e posição que facilitem o acesso e a manutenção, ou seja, os cabeçotes (tampas) e feixe devem ser do tipo removíveis. Todos os tubos devem ser facilmente acessíveis para limpeza e tubos que eventualmente apresentem vazamentos devem permitir bloqueio por plugues ou bujões de vedação. 6.12.2.5 O trocador deve possuir proteções que impeçam, em caso de vazamento ou ruptura de tubos, que a água derramada entre em contato com os enrolamentos do motor. A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, a proteção contra vazamentos deve ser obtida através da utilização de tubos duplos. 6.12.2.6 O projeto do motor deve prever que o cabeçote de retorno do trocador ar/água seja posicionado para fora da caixa, e uma tampa removível deve ser prevista na caixa para eventual manutenção no trocador. 6.12.2.7 O trocador de calor deve ser provido com detector de vazamentos no circuito de água. No caso de utilização de tubos duplos este sistema de alarme deve detectar o vazamento entre o tubo interno e o externo. 6.12.2.7.1 O detector deve ser adequado para a classificação da área do local de instalação do motor e deve possuir o tipo de proteção “Ex” indicado na Folha de Dados do motor.

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6.12.2.7.2 Em caso de utilização de detector de vazamento com tipo de proteção por segurança intrínseca (Ex “i”), as barreiras de proteção devem ser do tipo intrinsecamente seguras com isolação galvânica. Estas barreiras de proteção devem ser instaladas junto ao motor e devem possuir tipos de proteção “Ex” adequados à classificação de área do local de instalação do motor. As barreiras de proteção não devem ser instaladas no interior de caixas metálicas à prova de explosão que requeiram unidades seladoras ou prensa-cabos com tipo de proteção Ex “d”. 6.12.2.8 O motor com trocador de calor ar/água deve possuir bandejas de coleta sob os espelhos para a drenagem de qualquer eventual vazamento, o qual deve ser canalizado para o detector de vazamento e para um dreno visível no lado externo do motor. 6.12.2.9 Os tubos internos dos tubos duplos do trocador de calor devem possuir um diâmetro externo mínimo de 15 mm e uma espessura de parede mínima de 1,25 mm. Os tubos externos dos tubos duplos devem possuir uma espessura de parede mínima de 1,05 mm. 6.12.2.10 A perda de carga entre o ponto de entrada e o de saída de água do trocador de calor não deve exceder o valor de 0,7 kgf/cm2 (84 kPa). 6.12.2.11 Caso especificado na Folha de Dados, o trocador deve ser fornecido com termômetros para indicação local da temperatura de entrada e saída da água de resfriamento. As conexões destes termômetros devem possuir rosca cônica do tipo NPT, com diâmetro de 3/4 de polegada. 6.12.2.12 Caso especificado na Folha de Dados, o trocador deve ser fornecido com um transmissor de pressão de forma a monitorar a diferença de pressão entre a entrada e a saída de água do trocador de calor. Este transmissor de pressão diferencial deve possuir um tipo de proteção “Ex” adequada à classificação de áreas do local da instalação do motor. A conexão deste transmissor deve ser com rosca cônica do tipo NPT, com diâmetro de 3/4 de polegada. 6.12.2.13 A menos que requerido em contrário na Folha de Dados, os trocadores de calor ar/água devem possuir conexões para respiro (“vent”) e dreno, com rosca cônica do tipo NPT, com diâmetro de 3/4 de polegada. 6.12.2.14 Todas as conexões roscadas devem ser fornecidas com plugues metálicos para tubos, adequados para a temperatura e a pressão de operação. 6.12.2.15 Os parafusos submetidos à pressão devem estar de acordo com as normas aplicáveis para a pressão e a temperatura especificada de operação. A menos que especificado em contrário na Folha de Dados os parafusos devem ser fabricados em aço inoxidável tipo A193-B8M (AISI 316). 6.12.2.16 Devem ser instaladas em lados opostos da carcaça do motor janelas para inspeção visual do trocador de calor. 6.12.2.17 Os flanges de conexão dos tubos externos de entrada e saída de água devem atender os requisitos técnicos, dimensionais, de classe de pressão e de flange, de acordo com os requisitos indicados na ASME B16.5 ou em normas requeridas por entidades classificadoras. 6.13 Requisitos sobre as Características Térmicas do Motor 6.13.1 O sistema de isolamento elétrico do motor deve ser de Classe F ou classe térmica superior, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60085 e na IEC 60034-18-1.

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6.13.1.1 A isolação do motor deve ser de classe F ou classe superior, contudo a elevação de temperatura do motor não deve ultrapassar o limite de temperatura estabelecido para a classe B (IEC 60034-1). Esta elevação de temperatura deve ser considerada com operação do motor nas condições nominais de tensão, corrente e frequência, e uma temperatura ambiente de 40 ºC. 6.13.1.2 Este requisito de elevação de temperatura deve ser observado também na condição de motor acionado por conversor de frequência. Neste caso o valor de elevação de temperatura pode ser determinado através de cálculo apresentado pelo fabricante do motor (utilizando as normas referenciadas na Seção 2 desta Norma) ou através de testes de conjunto. 6.13.1.3 Motores fechados resfriados à água, utilizando método de resfriamento ICW (IEC 60034-6), ou seja, resfriados com ar no circuito primário e com água no circuito secundário, devem ser dimensionados de forma que o ponto de referência para o teste de elevação de temperatura seja a temperatura da água, no ponto de entrada do trocador de calor, de acordo com os requisitos e alternativas indicadas na seção “Fluido refrigerante de referência” da IEC 60034-1. 6.13.2 O motor deve ser projetado e dimensionado para atender os requisitos de proteção térmica indicados na IEC 60034-11. 6.13.3 Devem ser informados pelo fabricante do motor os valores das constantes de tempo térmicas de aquecimento e de resfriamento do motor. 6.13.3.1 Estes valores das constantes de tempo térmicas (τ em minutos) devem ser indicados nos respectivos campos da Folha de Dados. 6.13.3.2 Os valores das constantes de tempo térmicas de aquecimento e de resfriamento do motor devem ser fornecidos pelo fabricante considerando o motor elétrico como um corpo homogêneo, modelado como um sistema térmico de primeira ordem. 6.13.3.3 Estes valores de constantes de tempo térmicas devem proporcionar a adequada parametrização de funções de proteção tais como proteção térmica (Função 49) e inibição de repartida (Função 66) no respectivo “Intelligent Electronic Device” (IED) do motor, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60255-8. 6.13.4 Devem ser apresentadas em um mesmo gráfico, as curvas de limite de nível térmico (“corrente versus tempo”) para danos ao estator (sobrecarga em operação), na faixa de um a três vezes a corrente nominal do motor, e para danos ao rotor (rotor bloqueado), na faixa de três a oito vezes a corrente nominal do motor. 6.13.4.1 As curvas de limite de nível térmico devem ser elaboradas com base no valor da constante de tempo térmica de aquecimento do motor (τ, em minutos), indicada pelo fabricante na Folha de Dados. 6.13.4.2 As curvas de limite de nível térmico devem ser fornecidas para todos os motores com potência nominal superior a 55 kW. 6.13.5 Caso seja requerido na Folha de Dados, o motor deve ser projetado e dimensionado para atender os efeitos de tensões desbalanceadas no desempenho de motores de indução trifásicos com gaiola de esquilo, de acordo com requisitos indicados na IEC 60034-26.

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NOTA Para motores com tensão nominal até 1,0 kV, com desempenho na partida categoria N (IEC 60034-12), o projeto e o dimensionamento do motor devem levar em consideração a existência, nos terminais de alimentação de força do motor, de um desequilíbrio de tensão trifásica de até 1,0 %, sem “derating”, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-26. O motor deve ser dimensionado para suportar, em operação constante em condições nominais, o aquecimento adicional especialmente do rotor, em função da circulação de correntes de sequência negativa e do efeito pelicular (“skin-effect”).

6.14 Requisitos para os Instrumentos e Sensores para Monitoração e Medição 6.14.1 Caso especificado na Folha de Dados a necessidade de instalação de termômetros para a monitoração de temperatura dos mancais ou da temperatura do ar ou da água na entrada/saída do trocador de calor, este deve possuir duplo estágio de atuação (alarme e/ou desligamento), devendo ser do tipo de proximidade indutivo, sem contatos elétricos centelhantes. NOTA Nos casos de motores certificados para instalação em atmosferas explosivas devem ser

utilizados sensores do tipo RTD Pt 100 ou termômetros com sensores de proximidade indutivo intrinsecamente seguros.

6.14.2 Quando especificada na Folha de Dados a necessidade de instalação de sensores de vibração radial, motores com mancais hidrodinâmicos devem possuir dois sensores por mancal (“proximitors”) e motores com mancais com rolamentos devem possuir um sensor por mancal (acelerômetro). As características técnicas do sensor de vibração radial devem ser de acordo com as especificações indicadas na Folha de Dados. NOTA O motor deve possuir sensores de vibração radial sempre que o equipamento acionado

também indicar este requisito. 6.14.3 Qualquer instrumento de leitura fornecido deve possuir sua escala em unidade do Sistema Internacional de Unidades. 6.14.4 Motores com potência nominal igual ou superior a 150 kW devem ser fornecidos com dois sensores de temperatura do tipo RTD Pt 100 por fase, embutidos nos enrolamentos do estator. 6.14.5 Os sensores de temperatura do tipo RTD Pt 100 fornecidos instalados no motor devem atender aos requisitos indicados na IEC 60751 e devem possuir relatório de teste fornecido pelo fabricante do sensor de temperatura ou pelo fabricante do motor. 6.14.6 A menos que requerido em contrário na Folha de Dados, motores com tensão nominal igual ou superior a 6,0 kV devem possuir uma unidade de capacitor de acoplamento de 80 pF por fase, bem como as respectivas caixas de bornes terminais para a medição e monitoração dos sinais de descargas parciais. 6.14.6.1 Caso requerido na Folha de Dados ou na RM, o fabricante do motor deve fornecer o sistema de monitoração de descargas parciais instalado junto ao motor, incluindo todos os componentes e acessórios necessários, conforme especificado na Folha de Dados, tais como resistores, transdutores, equipamentos de interface, processadores de sinais, terminações e fontes de alimentação. 6.14.6.2 A especificação técnica do sistema de monitoração de descargas parciais deve atender aos requisitos indicados ou referenciados em notas gerais na Folha de Dados do motor, incluindo os requisitos dos sinais de saída do sistema de monitoração, tais como sinais não processados (“raw signals”), ou saídas por contatos ou sinais processados.

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6.14.6.3 Nos casos de instalação de motor em áreas classificadas, as caixas de instalação deste sistema, incluindo os seus componentes internos, devem ser certificadas, possuindo tipos de proteção “Ex” e EPL adequados para a classificação de áreas do local de instalação do motor. 6.15 Requisitos sobre Sistemas de Isolamento de Enrolamentos 6.15.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, motores com tensão nominal até 1,0 kV devem ser submetidos a processo de impregnação a vácuo ou por fluxo contínuo. 6.15.2 Motores com tensão nominal acima de 1,0 kV, construídos com bobinas pré-formadas, devem ser submetidos a processo de impregnação indicado na Folha de Dados pelo fabricante. 6.15.3 Para motores destinados a aplicações “offshore”, todos os motores com tensão nominal igual ou superior a 4,0 kV devem possuir sistema de selagem dos enrolamentos do estator de forma a serem submetidos ao teste do tipo “spray-test”, de acordo com os procedimentos indicados na NEMA MG-1. 6.16 Requisitos Construtivos Gerais do Motor 6.16.1 Motores destinados a instalação em ambientes com categoria de corrosividade elevada (ISO 12944-2) devem possuir, no mínimo, as seguintes características construtivas:

a) os elementos de montagem e de fixação devem ser fabricados em aço inoxidável AISI 316 ou zincados ou cadmiados ou bicromatizados. Devem ser utilizados elementos de montagem com uma combinação destes quatro tipos de elementos;

b) sistemas de pintura de proteção para a carcaça do motor, tampas dos mancais e tampa de proteção do ventilador externo (tampa defletora) adequada às características ambientais, conforme requerido nesta Norma e especificadas na Folha de Dados;

c) elementos de vedação ou labirintos entre o eixo e as tampas (inclusive para motores com tipo de proteção Ex “de”, onde as áreas de passagem de chama devem estar de acordo com os requisitos da ABNT NBR IEC 60079-1);

d) sistema ou dispositivo de proteção na área da passagem dos cabos de força e controle pela carcaça, de forma a evitar a penetração de poeira na região dos enrolamentos.

6.16.2 Motor com massa igual ou superior a 25 kg deve possuir olhal de içamento. 6.16.3 Na extremidade da ponta de eixo do motor deve existir um furo axial, roscado internamente, visando facilitar o processo de montagem do acoplamento. 6.16.4 Para motores com tensão nominal igual ou superior a 11,0 kV devem ser fornecidos TCs para proteção diferencial, capacitores para proteção de surto e para-raios. 6.16.5 Quando especificado na Folha de Dados a necessidade de instalação de TCs do tipo “janela” ou “barra” para proteção diferencial, o conjunto (TCs e barras de interligação dos enrolamentos) deve ser totalmente montado na caixa de terminais, em fábrica, de acordo com os diagramas de ligações do motor fornecidos pelo fabricante.

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7 Seleção do Tipo de Proteção “Ex”, EPL e Requisitos Construtivos e de

Desempenho de Motor para Instalação em Áreas Classificadas 7.1 Motores possuindo tipos de proteção “Ex”, certificados para instalação em áreas classificadas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, devem possuir certificação de conformidade de acordo com os RAC indicados na legislação aplicável vigente no Brasil. 7.1.1 Estes Certificados de Conformidade “Ex” devem ter sido emitidos por Organismo de Certificação de Produto (OCP) acreditado pelo INMETRO, tanto para motores fabricados no país quanto para os motores fabricados no exterior, de acordo com os requisitos indicados na legislação aplicável vigente no Brasil. 7.1.2 Os Certificados de Conformidade “Ex” devem ser fornecidos com seus respectivos anexos. Devem possuir prazo de validade vigente na data de apresentação da proposta. Estes certificados devem ser fornecidos completos, incluindo Folha de rosto, demais folhas e anexos, em arquivos eletrônicos no formato PDF. 7.1.3 Se o motor certificado para instalação em área classificada possuir condições especiais de instalação e de operação segura, o certificado de conformidade deve possuir o símbolo “X”, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0. 7.1.4 Devem ser observados os requisitos e restrições de importação e instalação de equipamentos “Ex” sem certificação nacional, conforme indicado na legislação vigente no Brasil sobre avaliação da conformidade de equipamentos para atmosferas explosivas. 7.1.5 No caso de motores de alta tensão, onde não seja disponível a apresentação de certificados de conformidade de linha de fabricação na fase de proposta, esta certificação deve ser apresentada após o processo de fabricação, testes, avaliação e certificação do motor, componentes e demais sistemas auxiliares. Nestes casos, a aprovação e liberação final do processo de compra motor ficam condicionadas também à aprovação do processo de certificação. 7.2 O tipo de proteção “Ex” e o EPL requerido para motor para instalação em áreas classificadas devem ser selecionados e especificados de acordo com os requisitos gerais indicados na ABNT NBR IEC 60079-14. 7.2.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, a seleção do tipo de proteção “Ex” e do EPL do motor devem estar de acordo com os requisitos indicados nas Tabelas 1 e 2 . 7.2.2 Esta seleção do tipo de proteção “Ex” e do EPL requerido referem-se a motores com partida direta na rede e operação em frequência nominal.

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Tabela 1 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor com

Partida Direta na Rede para Instalação em Áreas Classificadas de Gases Inflamáveis

Classificação da área de gases inflamáveis

Zona 1 Zona 2 Tensão nominal

do motor (UN) (kV)

Tipo de proteção EPL Tipo de proteção EPL

Ex “e” Gb UN ≤ 1,0

Ex “e” ou Ex “de”

(Ver 7.2.3) Gb

Ex “nA” Gc

Ex “e” Gb

Ex “pz” 1,0 < UN 6,0 Ex “e” ou Ex “px”

Gb Ex “nA”

(Ver 7.2.4)

Gc

UN > 6,0 Ex “px” Gb Ex “pz” Gc

7.2.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, para motores com tensão inferior a 1,0 kV, em casos de áreas classificadas do tipo Zona 1 - Grupo IIC, devem ser fornecidos motores com tipo de proteção Ex “e” (ABNT NBR IEC 60079-7). 7.2.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, nos casos gerais de aplicação, em áreas classificadas de gases inflamáveis do tipo Zona 2, que requeiram equipamentos com EPL Gc, para motores com tensão nominal superior a 1,0 kV até 6,0 kV, os motores devem possuir tipo de proteção Ex “nA” (ABNT NBR IEC 60079-15). Tabela 2 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor para

Instalação em Áreas Classificadas de Poeiras Combustíveis

Classificação da área de poeiras combustíveis

Zona 21 Zona 22 Tensão nominal

do motor (UN) (kV)

Tipo de proteção EPL Tipo de proteção EPL

UN ≤ 1,0 Ex “tb” Db Ex “tc” Dc

Ex “pD” Db 1,0 < UN ≤ 6,0

Ex “pD” ou Ex “tb”

Db Ex “tc” (Ver 7.2.5)

Dc

UN > 6,0 Ex “pD” Db Ex “pD” Dc

7.2.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, nos casos gerais de aplicação, em áreas classificadas de poeiras combustíveis do tipo Zona 22, que requeiram equipamentos com EPL Dc, para motores com tensão nominal superior a 1,0 kV até 6,0 kV, os motores devem possuir tipo de proteção Ex “tc” (ABNT NBR IEC 60079-31).

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7.3 Avaliação dos Fatores de Risco de Ignição Devido a Descargas Potenciais nos Enrolamentos do

Estator e Centelhamento no Entreferro na Partida de Motores com Tipos de Proteção Ex “e” e Ex “nA”

7.3.1 Motores com tipo de proteção Ex “e” e Ex “nA” devem ser especificados levando em consideração, os requisitos de “Avaliação de risco potencial de centelhamento no entreferro - Fatores de risco de ignição”, nos casos indicados na ABNT NBR IEC 60079-7 e na ABNT NBR IEC 60079-15. 7.3.2 Para motores com tipo de proteção Ex “e” ou Ex “nA”, com tensão superior a 1,0 kV, deve ser indicado pelo usuário na Folha de Dados o fator de risco de ignição de descarga potencial nos enrolamentos do estator, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-14. 7.3.3 Motor com tipo de proteção Ex “e” (ABNT NBR IEC 60079-7) ou Ex “nA” (ABNT NBR IEC 60079-15) deve ter um protótipo (rotor ou estator representativo ou motor) previamente submetido a testes com gases, correspondentes ao grupo do local da instalação. Este procedimento de teste de protótipo deve ser aplicado para assegurar a utilização do motor sem a necessidade de medidas especiais de proteção na partida, incluindo sistema de pré-purga. 7.4 Requisitos para Motores com Tipos de Proteção “Ex” Acionados por Conversor de Frequência ou

“Soft-Starter” (Dispositivos de Partida Suave) 7.4.1 Os motores “Ex” devem ser fabricados de forma a atender aos requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-14 para operação com conversores de frequência ou “soft-starter”. 7.4.2 Os motores para instalação em áreas classificadas destinados para acionamento por conversores de frequência ou “soft-starter” devem possuir um dos tipos de proteção “Ex” e EPL para atmosferas explosivas de gases inflamáveis indicados na Tabela 3. Tabela 3 - Critérios de Seleção de Tipo de Proteção “Ex” e de EPL de Motor com

Controle por Conversor de Frequência para Instalação em Áreas Classificadas de Gases Inflamáveis

Classificação da área de gases inflamáveis

Zona 1 Zona 2 Tensão nominal

do motor (UN) (kV)

Tipo de proteção EPL Tipo de proteção EPL

UN ≤ 1,0 Ex “de” ou Ex “e” Gb Ex “nA” Gc

1,0 < UN ≤ 6,0 Ex “px” Gb Ex “nA” ou

Ex “pz” Gc

UN > 6,0 Ex “px” Gb Ex “pz” Gc

7.4.3 Motores com potência nominal até 375 kW e tensão nominal até 1,0 kV devem ser certificados em conjunto com um conversor de frequência ou “soft-starter”. As características técnicas do conversor de frequência ou do “soft-starter” utilizados para a certificação do motor devem estar descritas no certificado de conformidade ou na documentação técnica do fabricante, referenciada no certificado do motor.

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7.4.4 A certificação de conformidade do motor deve cobrir as condições reais de operação referente à faixa de variação de rotação, tipo de torque e das características técnicas de conversor de frequência utilizado nos testes de tipo para a certificação do motor, indicada no certificado de conformidade ou documentação do fabricante do motor referenciada no certificado. NOTA O certificado de conformidade ou a documentação do fabricante referenciada no certificado

de motores “Ex” aptos a serem acionados por conversor de frequência ou “soft-stater” deve indicar as especificações técnicas mínimas requeridas para possibilitar a aquisição do conversor ou “soft-starter” separadamente do motor.

7.4.5 Motores com potência nominal acima de 375 kW e tensão nominal até 1,0 kV ou motores com tensão nominal acima de 1,0 kV devem possuir certificado de conformidade evidenciando que estes são adequados para operarem com os mesmos tipos de conversor de frequência ou “soft-starter”. NOTA Deve ser considerado que o conversor de frequência ou “soft-starter” que aciona o motor “Ex”

é instalado em área não classificada ou no interior de edificação ou ambiente protegido por pressurização artificial (ABNT NBR IEC /TR 60079-13).

7.5 Motores para instalação em áreas classificadas devem atender aos requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 sobre limitação de acúmulo de cargas eletrostáticas. Estas limitações se aplicam aos valores máximos normalizados para áreas superficiais das partes não metálicas, velocidades periféricas de ventiladores e para espessuras máximas de película de sistemas de pintura externos aos invólucros, baseadas em materiais não metálicos. 8 Requisitos Específicos para Motores Síncronos e Sistemas Digitais de Excitação São indicados nesta Seção os requisitos específicos aplicáveis a motores síncronos e aos respectivos sistemas digitais de excitação. Os demais requisitos apresentados nesta Norma são válidos para motores de indução e síncronos, quando aplicável ou indicado na respectiva Folha de Dados ou RM. 8.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o motor deve ser projetado para operar com fator de potência 1,0. 8.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, para casos de instalação em ambientes externos (ao tempo), a excitatriz deve possuir grau de proteção mínimo IP55, de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 60034-5. 8.3 O sistema de isolamento elétrico da excitatriz deve ser de Classe F ou classe térmica superior, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60085 e na IEC 60034-18-1. NOTA A isolação da excitatriz deve ser de classe F ou classe superior, contudo a elevação de

temperatura da excitatriz não deve ultrapassar o limite de temperatura estabelecido para a classe B (IEC 60034-1). Esta elevação de temperatura deve ser considerada com operação da excitatriz nas condições nominais de tensão, corrente e frequência, e uma temperatura ambiente de 40 ºC.

8.4 Os motores síncronos devem ser capazes de suportar durante 15 s um excesso de torque de 35 % para motores com rotor cilíndrico e 50 % para motores com polos salientes, sem sair de sincronismo, sob excitação para carga nominal.

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8.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, a excitatriz do motor síncrono deve ser do tipo “Brushless” (rotativa, sem escovas). 8.6 Requisitos para o Sistema Digital de Excitação 8.6.1 O sistema digital de excitação deve estar de acordo com as definições indicadas na IEC 60034-16-1. 8.6.2 O sistema digital de excitação deve atender aos requisitos de modelos para estudos de sistemas de potência, de acordo com os requisitos indicados na IEC TR 60034-16-2. 8.6.3 O sistema digital de excitação deve atender aos requisitos de desempenho dinâmico, de acordo com os requisitos indicados na IEC TS 60034-16-3. 8.6.4 O sistema digital de excitação deve ser provido de um conjunto de dispositivos que executem o controle de tensão, corrente ou controle de potência do motor. 8.6.5 Devem ser fornecidas as informações necessárias relacionadas com o desempenho do conjunto motor e sistema de excitação em carga e a vazio, para fins de estudos de estabilidade. 8.6.6 Requisitos Técnicos do Sistema de Excitação 8.6.6.1 O sistema de excitação deve ser do tipo digital, microprocessado e possuir recursos de programação de funções de controle, comando, monitoração, proteção, alarme e intertravamentos de acordo com os requisitos indicados nas IEC 61131 Partes 1, 2 e 3. 8.6.6.2 Sinalizações locais de alarmes e de falhas do sistema e do motor;

a) saídas digitais programáveis; b) memorização de, no mínimo, 100 últimos eventos; c) menu de programação e parametrização com senha reprogramável; d) data e hora para estampa de tempo de eventos e de falhas (“Real Time Clock”).

8.6.6.3 O sistema de excitação deve possuir contator de campo e dispositivos de supressão associados, proteção para todos os módulos eletrônicos e digitais, bem como meios de identificação dos circuitos e módulos eletrônicos defeituosos. 8.6.6.4 O sistema digital de excitação deve realizar a sincronização de tempo para ajuste contínuo do relógio interno do controlador. Os sinais padronizados para sincronização através de um dispositivo de tempo externo (GPS), implantados no sistema digital de excitação, devem ser indicados na Folha de Dados. 8.6.6.5 O sistema digital de excitação deve permitir ao usuário fechar um laço de controle com o próprio equipamento. Para isso o usuário deve ser capaz de inserir os parâmetros do motor na simulação pela interface gráfica e colocar o sistema em simulação. Esse sistema deve ser adequado para ser utilizado nas etapas de comissionamento, testes e verificações do equipamento e para a realização de treinamento de pessoal das áreas de operação, manutenção e engenharia.

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8.6.6.6 Caso requerido na Folha de Dados, o sistema de excitação deve possuir proteção de defeitos à terra do circuito de excitação, em dois níveis: alarme e desligamento (“trip”). 8.6.6.7 O sistema de excitação deve possuir modos de controle do tipo “automático/manual” e dispor de proteção de tensão proporcional à frequência. 8.6.6.8 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o sistema digital de excitação estático deve possuir circuitos de potência, controle, monitoração e proteção redundantes. O circuito de controle deve ser dotado de microprocessador de alto desempenho, dois sistemas monocanais independentes, transferência automática entre os canais mediante condições de falha ou comando externo, modos de controle “automático” e “manual” em cada canal, com circuito seguidor com equalização automática do valor de referência. Os dois canais devem possuir a capacidade de operar na condição “mestre”. 8.6.6.9 A transferência do local de controle (automático/manual) e do modo de operação (local/remoto) deve ser possível sob qualquer condição de operação, sem que ocorram variações de tensão e de carga. Caso requerido canais de operação redundantes, o mesmo se aplica para a transferência entre os canais de operação. 8.6.6.10 A operação através do canal manual não deve inibir quaisquer das funções e características do canal automático. 8.6.6.11 No caso de ocorrência de qualquer defeito em um canal em operação, a transferência para o outro canal ou para o modo manual deve ocorrer automaticamente, levando este para o mesmo ponto de operação estabelecido anteriormente (“tracking”). 8.6.6.12 Os modos de operação devem ser implantados por canais independentes (sistemas eletrônicos de medição, controle, proteção, monitoração, operação, alarme, sistemas auxiliares e fontes de alimentação), com transferência automática para manual, em casos de falhas do canal automático, sem distúrbios (característica “bumpless” ou “bounceless”). 8.6.6.13 A alimentação de cada monocanal deve ser independente, de forma a evitar falhas de modo comum; 8.6.6.14 O sistema de excitação deve possuir interface com protocolo de comunicação de dados conforme requerido na Folha de Dados. Através desta interface, o sistema de excitação deve ser capaz de disponibilizar as principais variáveis internas do sistema, bem como dados sobre o registro de eventos e diagnósticos, para a monitoração completa do painel. 8.6.6.15 As funções de comando, controle e monitoração do sistema de excitação devem ser disponíveis localmente no painel do sistema de excitação e remotamente no sistema de controle da planta. Todas as entradas e saídas digitais e analógicas (4 mA a 20 mA) para ajuste, partida e controle, alarmes e sinalizações devem estar disponíveis para o interfaceamento com estes sistemas digitais de controle. 8.6.6.16 Os comandos de seleção “automático/manual”, ”local/remoto” e “liga/desliga” devem estar disponíveis também por fio (“hardwired”). 8.6.6.17 As funções de operação do sistema de excitação, incluindo modos de controle “automático/manual” e modos de operação “local/remoto” devem ser realizadas sem a necessidade de abertura do painel.

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8.6.6.18 Caso requerido na Folha de Dados, o sistema digital de excitação deve conter um módulo estabilizador de sistema de potência (PSS) integrado. 8.6.6.19 Os equipamentos, componentes eletrônicos e as placas de circuito impresso utilizados no sistema digital de excitação devem possuir proteção contra ataques por agentes agressivos ou gases corrosivos presentes na indústria do petróleo (tais como H2S, SO2, NO2, CL2, NH3, poeira, salinidade do ar, etc.) e pela presença simultânea de elevados níveis de umidade relativa do ar e de temperatura ambiente. Nestes casos, estes componentes eletrônicos devem possuir tratamento específico do tipo “conformal coating”. As placas de circuito impresso devem atender, nestas aplicações, os requisitos indicados na IEC 60664-3, IEC 60068-2-30, IEC 61086-1 e IEC 61086-2. 8.6.6.20 O sistema digital de excitação deve armazenar os dados de pontos de ajuste (“set-point”), parâmetros de configuração, leituras e medição em memórias do tipo não voláteis. 8.6.6.21 O controlador do fator de potência deve permitir as configurações de limite superior e inferior de corrente no motor e no campo. Os TC e TP para a medição das correntes e tensões de linha do motor são escopo de fornecimento do fabricante do painel de alimentação do motor. O fabricante do painel de excitação deve informar os dados técnicos requeridos destes TC e TP de medição, incluindo a relação de transformação, precisão e carga requerida. 8.6.6.22 O painel de controle de excitação deve possuir “display” frontal para indicação das variáveis analógicas e digitais do sistema, no mínimo alarmes, proteções, medições e sinalizações, de acordo com o requerido nesta Norma. 8.6.6.23 O sistema de excitação deve possuir porta serial dedicada para configuração local, adequada para conexão de computador portátil. 8.6.6.24 Todos os ajustes do sistema devem estar acessíveis ao usuário. Na hipótese dos ajustes serem efetuados através de softwares proprietários, não deve haver nenhum bloqueio que obrigue a PETROBRAS ao pagamento de cessão da licença da utilização do software. Os softwares para configuração devem fazer parte do escopo de fornecimento, estar ativo no processo de fornecimento e possuir a licença válida por prazo indeterminado. Os softwares devem ser compatíveis com os sistemas operacionais homologados pela PETROBRAS. 8.6.6.25 O sistema de excitação deve ser dimensionado de forma a fornecer um valor máximo contínuo de corrente não inferior a 110 % da corrente de excitação requerida pelo motor, quando operando a carga máxima, com 5 % de sobretensão e com fator de potência unitário. 8.6.6.26 O sistema de excitação deve apresentar tensão máxima de excitação não inferior a 160 % (“ceiling voltage”) em relação ao valor nominal, na potência nominal, com tempo de resposta inferior a 0,5 s. 8.6.6.27 O sistema de excitação deve manter a sua tensão de saída dentro da faixa de +/- 1 % do valor ajustado, para variações de temperatura ambiente na faixa de 0o C a 70o C incluindo os efeitos de aquecimento de campo para condições operacionais estabilizadas, desde a condição em vazio até a potência nominal, com fator de potência unitário. 8.6.6.28 A operação do sistema deve ser de ação contínua, sem zona morta, compensado e estabilizado, com ganho suficiente para manter a tensão terminal do motor dentro da faixa de 0,5 % da tensão de referência em regime permanente.

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8.6.6.29 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o sistema de excitação deve incorporar, no mínimo, as seguintes funções de monitoração, alarme, controle e proteção:

a) proteção contra sobreexcitação (Função 24); b) proteção por subtensão (Função 27); c) funções de monitoração e alarme (Funções 30/74); d) proteção de perda de campo ou de excitação (Função 40); e) proteção de sequência incompleta (Função 48); f) proteção contra sobrecarga térmica (Função 49); g) proteção contra falta a terra do sistema de corrente contínua para alimentação da

excitatriz “Brushless” (Função 50 GS); h) proteção de sobrecorrente de tempo inverso (Função 51); i) proteção de verificação de excitação (Função 53); j) função de proteção por fator de potência (Função 55); k) função de supervisão de falha de aplicação de campo (“Field Application Relay” - FAR)

(Função 56); l) monitoração de falha dos diodos rotativos (Função 58); m) proteção por sobretensão (Função 59).

8.6.7 Requisitos de Pré-Excitação e Desexcitação do Campo

a) o sistema de desexcitação deve assegurar a descarga de toda a energia armazenada quando da abertura do contator de campo na condição mais crítica. As sobretensões que ocorram não devem causar danos a qualquer parte do equipamento;

b) o contator de campo deve ser capaz de interromper a corrente de campo durante anormalidades transitórias, suportando os valores máximos de tensão e energia decorrente do arco resultante;

c) o contator de campo deve possuir contatos auxiliares disponíveis para intertravamento com o sistema de proteção e controle do motor síncrono;

d) caso ocorra falha no processo de pré-excitação, deve haver sinalização correspondente a este defeito.

8.6.8 Sinais de Comando, Controle e Supervisão a serem Enviados ou Recebidos Através de

Interface Serial:

a) indicação do modo de controle automático/manual; b) indicação do modo de operação local/remoto; c) indicação de corrente e tensão de campo; d) seleção do modo de controle automático/manual; e) indicação do “status” do contator de campo (aberto/fechado); f) ajuste do fator de potência; g) indicação de falha de tiristor; h) alarme de sumário de defeitos; i) habilitação do controlador automático de fator de potência (“Automatic Power Factor

Regulator” - APFR); j) controle automático/manual e local/remoto; k) temporizador do tipo cão de guarda (“Watch dog timer”); l) sequência incompleta de partida; m) subexcitação de corrente; n) sobrexcitação de corrente; o) falha dos diodos rotativos; p) alarme de falha do rotor à terra; q) falha de sincronismo; r) sobrecarga do sistema de excitação; s) subtensão do sistema de excitação; t) falha geral da proteção; u) falha dos fusíveis; v) falha de realimentação do controlador; w) falha no controlador de fator de potência;

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x) desbloqueio (“reset”) da proteção, com possibilidade de desbloqueio somente local; y) medição da tensão de excitação; z) medição da corrente de excitação.

8.6.9 Requisitos para os Painéis do Sistema de Excitação e de Controle Automático de Fator de

Potência (APFR) 8.6.9.1 Os painéis devem possuir grau de proteção (Código IP, de acordo a ABNT NBR IEC 60529), de acordo com o requerido na Folha de Dados. 8.6.9.2 A menos que requerido em contrário na Folha de Dados, os painéis do sistema digital de excitação devem ser adequados para instalação em área abrigada, não classificada. 8.6.9.3 Caso seja requerido na Folha de Dados que os painéis do sistema digital de excitação sejam instalados em áreas classificadas, estes devem possuir tipo de proteção Ex “pz” Gc (ABNT NBR IEC 60079-2) para instalação em áreas do tipo Zona 2 ou Ex “px” Gb (ABNT NBR IEC 60079-2), para instalação em áreas do tipo Zona 1 ou Ex “pD” Db (ABNT NBR IEC 61241-4) para instalação em áreas dos tipos Zona 22 ou Zona 21. 8.6.9.4 Os painéis devem possuir sistema de pintura de proteção de acordo com os requisitos indicados nas normas da série ISO 12944, com relação à corrosividade do meio ambiente típicas de instalações na indústria do petróleo e ao respectivo desempenho requerido para este nível de corrosividade. 8.6.9.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, a cor de acabamento dos painéis do sistema do sistema de excitação deve ser cinza claro, código Munsell N 6.5 ou RAL 7042. 8.6.10 Escopo de Fornecimento de Sobressalentes para o Sistema Digital de Excitação e Diodos

Rotativos do Rotor

a) faz parte do escopo do fornecimento os materiais e componentes necessários para reposição durante a fase de comissionamento do sistema;

b) a proposta técnica e comercial deve apresentar uma lista de componentes sobressalentes de operação para o painel do sistema digital de excitação, incluindo os componentes e dispositivos elétricos, eletrônicos e digitais instalados no painel;

c) a proposta técnica e comercial deve incluir uma lista de sobressalentes elétricos para os motores, incluindo dos componentes eletrônicos fixados ao rotor e respectivos dispositivos de fixação, tais como os diodos, tiristores e resistores de descarga de campo rotativos instalados no eixo do motor síncrono;

d) devem ser apresentados na proposta comercial os preços unitários discriminados de cada item, parte, peça, dispositivo ou componente. Fica a critério da PETROBRAS a aquisição ou não, total ou parcial, dos materiais sobressalentes de operação indicados na lista apresentada na proposta.

8.6.11 Na Figura 1 é representado um diagrama de blocos simplificado representativo de um sistema digital de excitação, indicando os circuitos básicos de força, medição, proteção, controle e de redes de comunicação de dados. Nesta Figura simplificada é apresentado um sistema com arquitetura e configuração redundante de sistemas eletrônicos de controle e de potência.

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de excitaçãoTransformador

motor

motor

em diodos rotativosSupervisor de falhas

Excitatriz"Brushless"

proteção contraDesexcitação e

sobretensão

APFR,limitadores

valores reais,Detecção dos

circuito dedisparo, canal

limitadoresvalores reais,Detecção dos

APFR 1

Painel deproteção

Interfacehomen-máquina

Link interno

comunicaçãoLink de

auto / manual auto / manual

APFR,circuito de

disparo, canal

Motorsíncrono

Painel de força

e Controle deSistema de Excitação

Fator de Potência

Corrente do

Tensão do

PLC / SDCD

Figura 1 - Diagrama de Blocos Simplificado do Sistema Digital de Excitação,

Indicando os Circuitos Básicos de Força, Medição, Proteção, Controle e de Redes de Comunicação de Dados

9 Requisitos de Inspeção, Teste de Aceitação de Fábrica (TAF), Teste de Aceitação de

Campo (TAC) e PIT As atividades de inspeção, TAF e TAC do motor devem verificar, no mínimo, os pontos especificados nesta Seção. Para o caso de motores para instalação marítima, os testes requeridos pela respectiva Sociedade Classificadora devem também ser realizados. 9.1 A existência da documentação técnica, referente a este fornecimento, certificada pelo fabricante e aprovada pelo órgão de projeto da PETROBRAS ou pela projetista responsável (desenhos, diagramas, manuais, certificados e catálogos de acessórios). 9.2 A existência dos certificados de calibração dos instrumentos a serem utilizados nos testes, emitidos por órgãos competentes, tais como Rede Brasileira de Calibração (RBC) no Brasil ou equivalente no exterior e dentro dos seus prazos de validade. 9.3 As características dimensionais do equipamento. 9.4 Os espaços internos das caixas de terminais bem como seus componentes internos (isoladores, conectores terminais, conectores de aterramento, TCs, para-raios, capacitores para medição de descargas parciais e barras de interligação).

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9.5 Os acessórios, componentes e dispositivos auxiliares do motor. 9.6 Os testes de rotina, de tipo e especiais aplicáveis, a serem realizados no motor ou evidenciados por relatórios de testes, especificados na Folha de Dados, devem ser executados de acordo com os procedimentos indicados na IEC 60034-1, IEC 60034-2-1, IEC 60034-15, IEC TS 60034-17, IEC TS 60034-18-42, IEC 60034-27, IEC 60034-29, IEC 60270, IEC TR 60894 e AFNOR NR EN 50209, complementados pelos requisitos indicados nesta Norma. 9.7 Os testes dos sistemas de pintura de proteção do motor (carcaça, tampas dos mancais e tampa de proteção do ventilador/defletora), de acordo com o procedimento indicado nesta Norma. Esta verificação do procedimento de pintura deve ser realizada na inspeção de fabricação com base na análise dos relatórios de testes de pintura, emitidos por inspetor de pintura qualificado, durante o processo de fabricação e as etapas prévias de pintura do motor. 9.8 As tolerâncias aceitáveis para a aceitação dos resultados dos testes em geral são indicadas nas IEC 60034-1. Casos específicos sobre requisitos de tolerâncias devem ser indicados no campo “Notas Gerais” na Folha de Dados. 9.9 O teste para determinação do rendimento nominal deve ser realizado de acordo com os requisitos dos métodos diretos ou indiretos de medição indicados na IEC 60034-2-1. Nos casos de métodos diretos de medição, o rendimento nominal deve ser determinado nas condições de tensão nominal, frequência nominal e potência de saída nominal no eixo do motor. 9.9.1 Para motores com potência nominal acima de 1 500 kW é permitida a utilização do procedimento de teste de superposição de frequência (dupla frequência), para a realização de testes de elevação de temperatura, de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-29. 9.10 Motores “Ex” com tensão nominal até 1,0 kV, pertencentes a uma linha de fabricação já certificada, destinados a serem acionados por conversores de frequência devem ter sido testados em fábrica com um conversor de frequência com as características especificadas na certificação de conformidade, possuindo os seguintes testes de protótipo:

a) teste de elevação de temperatura em pelo menos dois pontos de carga/rotação (rotação máxima e mínima) em caso de aplicação com carga com torque constante. Em casos de aplicação com carga do tipo com torque quadrático, somente um teste de elevação de temperatura deve ser realizado, no ponto de rotação / carga máxima;

b) teste de nível sonoro. Em caso de aplicação com carga com torque constante, nos pontos de rotação mínima e máxima. Em caso de aplicação com carga com torque do tipo quadrático, somente deve ser realizada no ponto de rotação / carga máxima.

9.11 Testes e medições de Descargas Parciais (DP) 9.11.1 Para motores com tensão nominal igual ou superior a 6,0 kV, devem ser realizados testes e medições de descargas parciais, de acordo com os requisitos aplicáveis indicados na IEC TS 60034-18-42, IEC 60034-27 e na IEC 60270. 9.11.2 A execução dos testes de descargas parciais deve fazer parte do PIT e do TAF. 9.11.3 Caso requerido na Folha de Dados, os relatórios de testes de descargas parciais devem conter as informações indicadas na IEC 60034-27, incluindo:

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a) informações do motor sob teste; b) informações do usuário do motor; c) informações sobre operação do motor; d) informações sobre o circuito e equipamentos de teste; e) informações sobre as condições do teste; f) informações sobre os resultados dos testes; g) análise dos resultados das medições de descargas parciais e avaliação quanto aos

possíveis problemas; h) diagnósticos e recomendações, baseados nos resultados das medições.

9.12 Os trocadores de calor tubular do tipo ar/água devem ser submetidos a testes hidrostáticos, realizados pelo fabricante do trocador de calor. A pressão do teste hidrostático deve ser, no mínimo, 1,5 vez a pressão de projeto. O teste hidrostático deve ser considerado satisfatório quando nenhum vazamento for verificado durante um período de 30 min. 9.13 O fabricante do motor deve apresentar, após a colocação do PC, juntamente com a documentação para aprovação, o PIT, relacionando todos os testes de rotina, de tipo e especiais que serão realizados em fábrica (TAF) e, se requerido, também os testes a serem realizados em campo (TAC), atendendo aos requisitos indicados nesta Norma e na Folha de Dados do motor. NOTA O PIT deve indicar, juntamente com cada teste de rotina, de tipo ou especial, as respectivas

Normas Técnicas aplicáveis, bem como os respectivos critérios e as faixas máximas e mínimas de aceitação de cada medição a ser realizada durante os testes.

9.14 Resultados de teste de imersão ou pulverização do estator com água (“spray-test”) de acordo com o requerido nesta Norma ou indicado na Folha de Dados. O procedimento de teste e o critério de aceitação para o “spray-test” devem estar de acordo com os requisitos indicados na NEMA MG-1. 9.15 Caso requerido na Folha de Dados, para motores com tensão nominal acima de 1,0 kV e potência nominal acima de 375 kW, deve ser realizado o teste de detecção de pontos quentes no pacote magnético do estator (“stator core-test”, “flux-test”, “loop-test” ou “hot spot test”). 9.16 Para estator fabricado com bobinas do tipo pré-formadas (“form wound stator coils”), devem ser realizados testes de impulso (“surge-test”) de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-15. NOTA O procedimento de teste e o critério de aceitação para este “loop-test” devem estar de

acordo com os requisitos indicados no API STD 541. 9.17 Caso requerido na Folha de Dados, para motores com tensão nominal acima 6,0 kV, em relação à quantidade total de bobinas fabricadas para o motor, devem ser fabricadas duas bobinas (“sample coils” ou “sacrificial coils”) adicionais idênticas, selecionadas aleatoriamente, para a aplicação do teste suportabilidade de impulso de tensão (“surge test”), de acordo com os requisitos indicados na IEC 60034-15. 9.17.1 Estas duas bobinas devem ser impregnadas e processadas nas mesmas condições das demais bobinas. 9.17.2 Se uma bobina falhar, o teste deve ser repetido em um conjunto adicional de duas bobinas. Se as duas bobinas falharem, o conjunto total de bobinas deve ser rejeitado. 9.17.3 Este teste deve ser testemunhado pela PETROBRAS ou por empresa designada, durante o processo de fabricação das espiras dos enrolamentos do estator.

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9.18 Motores fechados resfriados a água, utilizando método de resfriamento do tipo ICW (IEC 60034-6) devem ter sido dimensionados de forma que o ponto de referência para o teste de elevação de temperatura seja a temperatura da água, no ponto de entrada do trocador de calor, de acordo com os requisitos e alternativas indicadas na Seção “Fluido refrigerante de referência” indicada na IEC 60034-1. O teste de elevação de temperatura deve ser realizado, nestes casos, tomando-se como base de referência este valor de temperatura da água. 9.19 Testes Aplicáveis a Motores de Indução e Síncronos São relacionados na Tabela 4 os testes aplicáveis tanto a motores do tipo de indução como a motores síncronos, com a indicação das respectivas Normas que determinam os procedimentos de testes e os critérios de aceitação. É indicada na Folha de Dados a relação dos testes de tipo e especiais que devem ser efetivamente realizados no motor a ser fornecido. Os testes de rotina devem ser realizados em todos os motores a serem fornecidos. São também indicados na Folha de Dados a relação dos testes de tipo e especiais que podem ser evidenciados através da apresentação de relatórios efetuados em protótipos, para os quais não existe a necessidade de realização do teste.

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Tabela 4 - Lista de Testes Aplicáveis a Motores do Tipo de Indução e Síncrono

Descrição do teste Método de teste /

Critério de aceitação

Verificação da documentação técnica certificada do fabricante (ver NOTA 1) PETROBRAS N-2919

Verificação da calibração e dos certificados de calibração dos instrumentos utilizados nos testes (ver Nota 1)

Conforme organismo de calibração (RBC ou equivalente no exterior)

Inspeção visual e verificação dos dados de placa (ver NOTA 1) IEC 60034-1

Pintura (cor, espessura, adesão e demais requisitos indicados na ISO 12944-6) ISO 12944-6, ISO 4624 e ISO 4628 - Partes 2-3-4-5

Inspeção dimensional Conforme documentação certificada do fabricante

Verificação do grau de proteção dos invólucros (Código IP) ABNT NBR IEC 60034-5

Verificação do centro magnético no caso de motores mancais hidrodinâmicos sem escora (“thrust bearing”)

A ser definido pelo fabricante do motor

Verificação do processo de isolamento das bobinas do estator PETROBRAS N-2919

Medição da resistência de isolamento e índices de polarização IEC 60034-1 e IEEE STD 43

Medição de tangente de perdas (tan e ∆ tan ) do isolamento IEC TR 60894

Medição das resistências ôhmica dos enrolamentos (a frio) IEC 60034-1

Teste de detecção de pontos quentes no pacote magnético do estator (“Stator core test”)

API STD 541

Medição do entreferro e da excentricidade para motores acima de 375 kW API STD 541

Medição de descargas parciais (PD) para motores com tensão nominal UN ≥ 6,0 kV

IEC 60034-27 e IEC 60270

Testes em vazio IEC 60034-2-1

Medição da corrente e perdas em vazio com tensão e frequência nominais IEC 60034-1

Medição do rendimento IEC 60034-2-1 e PETROBRAS N-2919

Medição do nível ruído ABNT NBR IEC 60034-9

Medição da corrente e torque com rotor bloqueado com tensão e frequência nominais

PETROBRAS N-2919

Levantamento das curvas de torque e corrente versus escorregamento, incluindo a verificação dos valores de torque mínimo (“Pull-up torque”) e máximo (“Breakdown torque”)

IEC 60034-1

Levantamento das curvas de torque e corrente versus escorregamento, incluindo a verificação dos valores de torque mínimo (“Pull-up torque”) e máximo (“Breakdown torque”) para motores até 1,0 kV

IEC 60034-12

Medição de tensão e corrente no eixo para motores com mancais isolados IEEE STD 112

Medição de tensão no eixo para motores acima de 1,0 kV alimentados por conversor de frequência

IEC TS 60034-17

Medição de vibração ABNT NBR IEC 60034-14

Teste de avaliação de enrolamentos selados (“Spray-test”) NEMA MG-1

Teste de suportabilidade de tensão (tensão aplicada à frequência industrial - “Hi-Pot”) (ver NOTA 2)

IEC 60034-1

Teste de suportabilidade de impulso de tensão para isolação entre espiras de bobinas pré-formadas (“Turn insulation test”)

IEC 60034-15

Teste de efeito corona em câmara escura (“Black-out test”) IEEE STD 1434

Teste de isolação dos mancais (se aplicável) A ser definido pelo fabricante do mancal

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Tabela 4 - Lista de Testes Aplicáveis a Motores do Tipo de Indução e Síncrono

(Continuação)

Descrição do teste Método de teste /

Critério de aceitação

Sentido de rotação e marcação dos terminais IEC 60034-8

Sobrevelocidade IEC-60034-1

Inspeção nos detectores de temperatura e resistências de aquecimento A ser definido pelo fabricante do motor

Verificação do espaço interno e dos componentes da caixa de terminais (ver NOTA 1)

A ser definido pelo fabricante do motor

Teste de elevação de temperatura do motor

IEC 60034-1 / IEC 60034 29. Para instalações “offshore” são aplicáveis os requisitos da IEC 61892-3

Teste de elevação de temperatura dos mancais hidrodinâmicos IEC 60034-1

Teste hidrostático para trocadores de calor ar/água PETROBRAS N-2919

Teste de excesso de corrente ocasional para motores com potência nominal até 375 kW

IEC 60034-1

Teste de excesso de torque momentâneo IEC 60034-1

Descargas parciais em motores alimentados por conversores de frequência – Sistema de isolamento tipo I

IEC TS 60034-18-41

Descargas parciais em motores alimentados por conversores de frequência – Sistema de isolamento tipo II (acima de 700 V)

IEC TS 60034-18-42

Verificação dos relatórios e dos certificados de conformidade para motores “Ex” Série ABNT NBR IEC 60079 e legislação vigente

Teste de elevação de temperatura à plena carga para verificação da classe de temperatura para atmosferas explosivas

ABNT NBR IEC 60079-0

Teste de máxima sobrepressão para motores Ex “px”, Ex “pz” ou Ex “pD” ABNT NBR IEC 60079-2 e NBR IEC 61241-4

Teste de mínima sobrepressão para motores Ex “px”, Ex “pz” ou Ex “pD” ABNT NBR IEC 60079-2 e NBR IEC 61241-4

Teste de vazamento para motores Ex ”px”, Ex “pz” ou Ex “pD” ABNT NBR IEC 60079-2 e NBR IEC 61241-4

Teste de purga para motores Ex “px”, Ex “pz” ou “pD” ABNT NBR IEC 60079-2 e NBR IEC 61241-4

Verificação da limitação de pressão interna para motores Ex “px”, Ex “pz” ou “pD” ABNT NBR IEC 60079-2 e NBR IEC 61241-4

Testes adicionais indicados na ABNT NBR IEC 60079-7 para motores Ex “e” acima de 1,0 kV

ABNT NBR IEC 60079-7

Testes adicionais indicados na ABNT NBR IEC 60079-15 para motores Ex “nA” acima de 1,0 kV

ABNT NBR IEC 60079-15

Verificação dos relatórios para o conjunto motor / conversor de frequência (se aplicável)

Série ABNT NBR IEC 60079 e legislação vigente

NOTA 1 Para todos os testes testemunhados. NOTA 2 Quando o teste de elevação de temperatura for realizado, o teste de tensão suportável deve ser

realizado imediatamente após o mesmo. O teste de tensão suportável à plena tensão, na aceitação, não deve ser repetido em nenhum enrolamento. Testes adicionais, quando necessários, devem seguir os requisitos da IEC 60034-1. Reparos nas terminações dos enrolamentos, no caso de até duas falhas durante os testes são aceitáveis. No caso de mais de duas falhas nas terminações dos enrolamentos ou falha na parte da bobina a ser inserida nas ranhuras, a bobina deve ser rejeitada e substituída por uma nova bobina.

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9.20 Relação de Testes Aplicáveis Somente a Motores de Indução São relacionados na Tabela 5 os testes aplicáveis especificamente a motores do tipo de indução, com a indicação das respectivas normas que determinam os procedimentos de teste e os critérios de aceitação. A relação dos testes que devem ser efetivamente realizados ou evidenciados para cada caso específico de fornecimento é indicada na respectiva Folha de Dados do motor a ser comprado. Todos os testes de rotina devem ser realizados em todos os motores a serem fornecidos.

Tabela 5 - Lista de Testes Aplicáveis Somente a Motores do Tipo de Indução

Descrição dos testes Método de teste / Critério de aceitação

Levantamento dos valores de corrente e torque de rotor bloqueado (“locked rotor”) IEC 60034-1

Levantamento das curvas de torque e corrente versus escorregamento, incluindo a verificação dos valores de torque mínimo (“pull-up torque”) e torque máximo (“breakdown torque”)

IEC 60034-1

Medição do fator de potência com tensão e frequência nominais para cargas de 100 %, 75 %, 50 % e 25 % da potência nominal

IEEE STD 112

9.21 Relação de Testes Aplicáveis Somente a Motores Síncronos São relacionados na Tabela 6 os testes aplicáveis especificamente a motores do tipo síncrono, com a indicação das respectivas normas que determinam os procedimentos de teste e os critérios de aceitação. A relação dos testes que devem ser efetivamente realizados ou evidenciados para cada caso específico de fornecimento é indicada na respectiva Folha de Dados do motor a ser comprado. Todos os testes de rotina devem ser realizados em todos os motores a serem fornecidos.

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Tabela 6 - Lista de Testes Aplicáveis Somente a Motores do Tipo Síncrono

Descrição dos testes Método de teste /

Critério de aceitação

Corrente de excitação em vazio com tensão nominal através do teste de circuito aberto

IEC 60034-1

Perdas em vazio com fator de potência unitário IEC 60034-1

Torque máximo em sincronismo (“Pull-out torque of synchronous motor”) IEC 60034-1

Medição da corrente de excitação com tensão, corrente e fator de potência nominais

IEC 60034-4

Medição de desbalanço de tensão e distorções na forma de onda IEC 60034-4

Teste de polaridade para os polos do campo IEC 60034-4

Verificação das bobinas curto-circuitadas do enrolamento de excitação IEC 60034-4

Testes com o sistema de excitação IEC 60034-4

Testes nos alarmes, medição, controles, sinalização, chaves e relés do sistema de excitação

IEC 60034-4

Testes de funcionabilidade completos para aceitação IEC 60034-4

Medição das características de tensão de circuito aberto (curva em vazio - curva “V”)

IEC 60034-4

Medição das características de tensão de curto-circuito (curva de curto-circuito) IEC 60034-4

Rotação versus correntes de armadura e torques durante a partida IEC 60034-4

São adicionalmente aplicáveis a motores síncronos demais testes indicados na IEC 60034-4. 9.22 Relação de Testes do Conjunto Envolvendo Motor e Máquina Acionada (“String Test”) São relacionados na Tabela 7 os testes do conjunto motor e máquina acionada, com a indicação das respectivas normas que determinam os procedimentos de teste e os critérios de aceitação. A relação dos testes que devem ser efetivamente realizados para cada caso específico de fornecimento é indicada na respectiva Folha de Dados do motor, bem como da máquina acionada a ser comprada. Os testes de conjunto motor e máquina acionada (“String-tests”) devem ser realizados na fábrica da máquina acionada.

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Tabela 7 - Lista de Testes para o Conjunto Motor e Máquina Acionada (“String-test”)

Descrição dos testes Método de teste /

Critério de aceitação

Verificação da documentação técnica PETROBRAS N-2919

Certificado de calibração de instrumentos de medição utilizados nos testes Conforme organismo de calibração (RBC ou equivalente)

Vibração e balanceamento, incluindo operação do sistema de lubrificação A ser definido pelo responsável pelo fornecimento do conjunto

Teste de elevação de temperatura à plena carga IEC 60034-1

Medição do fator de potência IEC 60034-1. Para instalações “offshore” são aplicáveis os requisitos da IEC 61892-3

Medição do nível de ruído ABNT NBR IEC 60034-9 e PETROBRAS N-2919

Teste de elevação de temperatura para mancais hidrodinâmicos IEC 60034-1

Teste de elevação de temperatura à plena carga para verificação da classe de temperatura para atmosferas explosivas

ABNT NBR IEC 60079-0

Medição de tensão no eixo IEC TS 60034-17

Teste de 4 horas de operação contínua a plena carga IEC 60034-1. Para instalações “offshore” são aplicáveis os requisitos da IEC 61892-3

Medições a plena carga e tensão e frequência nominais A ser definido pelo responsável do conjunto

9.23 TAF e TAC para o Sistema de Excitação de Motores Síncronos 9.23.1 Os testes devem determinar o desempenho, capacidade, eficiência, regulação e adequação de todas as condições operacionais dos equipamentos e componentes dos sistemas, bem como possibilitar a comparação destes resultados com os valores e condições garantidos pelo fabricante do sistema. 9.23.2 O fabricante do sistema deve apresentar no PIT, para aprovação, a relação de todos os TAF e TAC a serem executados, de modo a verificar e evidenciar o atendimento dos requisitos técnicos, dinâmicos e de desempenho especificados nesta Norma. 9.23.3 Estes testes devem incluir, além daqueles normalmente realizados em equipamentos elétricos, tais como resistência de isolamento, continuidade e calibração da proteção, no mínimo os seguintes itens:

a) verificação da taxa de resposta do sistema (“response ratio”); b) verificação da operação de transferência entre controladores principal e reserva, se

requerido; c) comutação entre modos de controle “automático/manual”; d) níveis de subtensão e de sobretensão do motor para aplicação e rejeição súbita de

carga; e) calibração de todos os limites e parâmetros configurados no sistema de excitação.

9.23.4 Devem ser considerados os testes aplicáveis indicados nas IEC 60034-4, IEC TR 60034-16-2 e IEC TS 60034-16-3.

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10 Documentação Técnica a ser Apresentada Pelo Fabricante As listas de documentos indicadas nas Tabelas 8 a 11 têm por finalidade representar um guia de seleção de documentação a ser apresentada pelo fabricante ou fornecedor do motor e dos sistemas auxiliares aplicáveis, de forma a facilitar a definição da documentação técnica a ser apresentada. A indicação da documentação técnica a ser apresentada depende das características técnicas específicas, do tipo, porte e nível de complexidade do motor e dos sistemas auxiliares a serem adquiridos. Nestas Tabelas é indicada a aplicabilidade da documentação para motores de indução (BT, MT ou AT) e para motores síncronos (MS). NOTA Legenda para a aplicabilidade de documentação a ser apresentada pelo fabricante ou

fornecedor do motor e dos sistemas auxiliares aplicáveis:

BT: Motor de indução trifásico com tensão nominal até 1,0 kV; MT: Motor de indução trifásico com tensão nominal acima de 1,0 kV até 6,0 kV; AT: Motor de indução trifásico com tensão nominal acima de 6,0 kV; MS: Motor síncrono trifásico, com tensão nominal acima de 1,0 kV.

São indicados no formulário do Anexo A, a lista geral os documentos e informações a serem apresentados pelo fabricante ou fornecedor do motor e dos sistemas auxiliares aplicáveis, na fase de proposta técnica, bem como aqueles a serem apresentados após a colocação do PC. Esta lista deve ser preenchida pelo usuário, projetista ou requisitante do motor, quando da elaboração da documentação técnica para compra. 10.1 Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta Documentação a ser anexada à proposta pelo fornecedor ou pelo fabricante dos equipamentos ou sistemas, contendo, no mínimo, as informações descritas na Tabela 8 (Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta) e na Tabela 9 (Documentação Adicional a ser Apresentada para Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação).

Tabela 8 - Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta

1 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem fornecidos pelo fabricante BT MT AT MS

1.1 Desenhos dimensionais preliminares, informações técnicas sobre mancais, informações técnicas sobre sistema de pressurização (quando aplicável) e informação de massas, tanto do motor como de eventuais acessórios e conjuntos necessários ao seu funcionamento, tais como: instrumentos, painel de instrumentos e console de lubrificação.

1.2 Catálogos contendo informações e características técnicas do motor e de seus sistemas auxiliares

1.3 Relação de normas técnicas aplicáveis aos respectivos fornecimentos, que complementem a relação de normas indicadas na Seção 2 desta Norma.

1.4 Folha de Dados, de acordo com o formulário padronizado nesta Norma, devidamente preenchida e autenticada, com nome e assinatura do responsável técnico pelo preenchimento (fabricante do motor), de acordo com a Seção 4 desta Norma.

1.5 Relação de testes de rotina, de tipo e especiais, a serem aplicados ao motor ou aos seus sistemas auxiliares, de acordo com o requerido na Seção 4 desta Norma.

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Tabela 8 - Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta (Continuação)

1 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem fornecidos pelo fabricante BT MT AT MS

1.6 Especificação completa dos sistemas de pintura a serem aplicados no motor. A especificação e os respectivos relatórios dos resultados dos testes, de acordo com os requisitos das normas da Série ISO 12944, devem ser apresentados pelo fabricante juntamente com a proposta, para aprovação da PETROBRAS.

1.7 Certificados de conformidade para instalação em atmosferas explosivas, tanto para o motor como seus acessórios, instrumentos e sistemas auxiliares, indicando os tipos de proteção “Ex” e EPL, de acordo com 3.7 e 7.1 desta Norma.

1.8 Curva de “torque permissível versus frequência de alimentação” que o motor suporta levando-se em conta os efeitos de aquecimento causado pelas variações de frequência, no caso de motor acionado por conversor de frequência, de acordo com 5.4.3 desta Norma.

1.9 Informação sobre o “tempo de aceleração” ou “tempo de partida”, com as respectivas curvas de “torque do motor versus rotação” e “torque resistente da carga versus rotação”, desenhadas no mesmo gráfico, para motor com potência nominal acima de 55 kW. Devem ser calculados os tempos de aceleração nas condições de motor alimentado com “tensão nominal” e com “tensão mínima disponível para partida” indicado na Folha de Dados.

1.10 Desenho preliminar contendo as dimensões e informações sobre as características básicas do conjunto do trocador de calor tubular do tipo “ar/água”, quando for especificado na Folha de Dados este método de resfriamento.

1.11 Lista de peças sobressalentes requeridas para um período de operação, caso tenha sido solicitado na RM. Esta lista deve indicar as codificações adotadas pelo fabricante do motor (“part-number”) bem como seus respectivos preços unitários.

1.12 Lista de sobressalentes para comissionamento, caso tenha sido solicitado na RM. Esta lista deve indicar as codificações adotadas pelo fabricante do motor (“part-number”).

1.13 Lista de desvios, relacionando os desvios entre a proposta e os requisitos técnicos indicados na documentação de compra, incluindo Folha de Dados, Especificação Técnica e RM.

Tabela 9 - Documentação Adicional a ser Fornecida Juntamente com a Proposta para

Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação

1.1 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem fornecidos pelo fabricante BT MT AT MS

1.1.1 Lista de referência contendo a relação de outros motores síncronos e sistemas de excitação similares já fornecidos, operando satisfatoriamente, em aplicações equivalentes ao tipo de máquina acionada.

1.1.2 Relação de fornecimentos de sistemas de excitação utilizando o tipo de controlador digital proposto, em aplicações de porte semelhante.

1.1.3 Descrição geral do sistema de aplicação de campo, dos circuitos de força, controle e automação e dos dispositivos de sincronização.

1.1.4 Diagrama de blocos geral e função de transferência típicas do sistema de excitação, indicando as constantes de tempo e ganhos normalmente utilizados para aplicações similares de motores síncronos para a indústria do petróleo.

1.1.5 Catálogos contendo características técnicas gerais do sistema digital de excitação, evidenciando o atendimento dos requisitos técnicos indicados nesta Norma.

1.1.6 Descrição geral do sistema de excitação a ser fornecido, mostrando a arquitetura dos módulos de eletrônica de potência e módulos de proteção, controle e comunicação, evidenciando o atendimento dos requisitos, arquitetura e redundâncias requeridos na Folha de Dados.

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10.2 Documentação a ser Apresentada Após a Colocação do PC Documentação técnica que deve ser apresentada pelo fabricante ou fornecedor do motor e dos sistemas auxiliares aplicáveis, para aprovação, após ter sido colocado o PC, contendo, no mínimo, as informações descritas Tabela 10. A documentação deve considerar as informações da proposta acrescidas dos esclarecimentos técnicos fornecidos pelo fabricante, durante o parecer técnico.

Tabela 10 - Documentação a ser Fornecida após a Colocação do PC

2 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem apresentados pelo fornecedor ou fabricante

BT MT AT MS

2.1 Desenhos dimensionais do motor, vistas e locações, incluindo, no mínimo, as informações relacionadas a seguir, quando aplicável:

a) Dimensões, posição e características técnicas de todas as conexões elétricas, incluindo eletrodutos e dutos

b) Posições de conexões para instrumentos

c) Dimensões e localização das aberturas para chumbadores de fixação, bem como, a espessura das seções por onde passam os chumbadores

d) Massa do equipamento completo (motor, trocador de calor, caixas de terminais de força e equipamentos auxiliares), diagramas de carga, massa da maior peça, centro de gravidade e indicação das partes componentes do motor

e) Esforços transmitidos à base

f) Dimensões externas bem como os espaços vertical e horizontal necessários para os trabalhos de desmontagem e a posição aproximada dos olhais ou pontos de içamento

g) Altura da linha de centro do eixo

h) Dimensões da ponta de eixo e tolerâncias para o acoplamento

i) Sentido de rotação, olhando o motor pelo lado acoplado (“Drive-End”)

j) Posição de caixas e acessórios

k) Indicação da posição dos instrumentos

l) Posição dos terminais de aterramento

m) Vistas, cortes e detalhes dos mancais hidrodinâmicos (quando aplicável), indicando os intervalos da folga axial mínima e das folgas diametrais, nominal e máxima

2.2 Lista de materiais, partes, peças, acessórios, dispositivos e componentes integrantes do motor e de seus sistemas auxiliares.

2.3 Desenhos eletromecânicos e Folhas de Dados de acessórios ou sistemas auxiliares do motor principal, tais como:

a) Instrumentos;

b) Sensores e transmissores;

c) Painel de instrumentos e de controle;

d) Sistema de óleo de lubrificação ou macaco hidráulico (“jack-oil pump system”);

e) Conjunto do trocador de calor para motores com resfriamento do tipo ar/ar ou ar/água;

f) Sistema de pressurização, para motores com tipos de proteção Ex “px”, Ex “pz” ou Ex “pD”;

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Tabela 10 - Documentação a ser Fornecida após a Colocação do PC (Continuação)

2 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem apresentados pelo fornecedor ou fabricante

BT MT AT MS

g) Dimensões, posição e características técnicas de todas as conexões mecânicas, incluindo tubulações de sistemas de água de resfriamento, de pressurização de ar e de óleo de lubrificação forçada. Devem ser indicadas as normas técnicas aplicáveis para a especificação dos flanges;

h) Sistema de monitoração de descargas parciais (PD), caso requerido;

i) Listas de materiais indicando, para cada item, o fabricante, modelo, número de catálogo e suas características técnicas.

2.4 Diagramas de interligação de força e controle do motor, dos instrumentos, dos sensores, acessórios e sistemas auxiliares. Os diagramas de interligação devem detalhar os circuitos de força, controle e automação sob escopo de responsabilidade do fabricante do motor e de seus sistemas auxiliares.

2.5 Desenhos dimensionais, folha de informações e curvas de saturação dos transformadores de corrente, quando aplicável.

2.6 Desenhos de arranjo interno e de detalhes das caixas de terminais de força e de controle, com as cotas indicativas da posição dos pontos de conexão das entradas dos eletrodutos ou prensa-cabos.

2.7 Desenhos das placas de dados principais, de identificação complementar e de advertência de segurança, contendo as informações indicadas na Seção 6.8 desta Norma.

2.8 Atualização da Folha de Dados, de acordo com os formulários padronizados nos Anexos desta Norma, com todos os campos devidamente preenchidos, de acordo com a Seção 4 (Requisitos Gerais do Motor) desta Norma e determinações do parecer técnico.

2.9 Curvas de “torque versus rotação”, “corrente versus rotação” e limite de nível térmico para tensão nominal e tensão mínima, especificadas na Folha de Dados, para motores de qualquer potência nominal (ver Nota 1).

2.10 Curvas de “torque versus rotação” da máquina acionada referente à condição operacional de processo prevista para a partida da máquina (por exemplo, válvula de descarga aberta ou fechada).

2.11 Curvas de “corrente versus rotação” para tensão nominal e tensão mínima, especificadas na Folha de Dados, para motores de potência nominal superior a 55 kW.

2.12 Curvas de limite térmico do estator e do rotor, em função de múltiplos da corrente nominal do motor, de acordo com 6.13.4 desta Norma.

2.13 Curva de “torque suportado pelo motor versus frequência de alimentação do motor”, levando-se em consideração o limite térmico para motor acionado por conversor de frequência (IEC TS 60034-25).

2.14 Vazões e pressões de ar requeridas pelos sistemas de purga e pressurização (motor Ex “pz”, Ex “px” ou Ex “pD”), bem como os tempos envolvidos.

2.15 PIT, indicando todos os testes a serem realizados ou evidenciados por meio de relatório de protótipos. Este PIT deve conter, no mínimo, os testes de rotina, de tipo, especiais e “string-tests”, de acordo com o requerido na Folha de Dados, na RM e em outros documentos do processo de compra do motor, sistemas auxiliares e da máquina acionada.

2.16 Informações completas e necessárias, que sejam suficientes para possibilitar a realização de serviços de reparo e de reenrolamento do estator e do rotor. Devem incluir desenhos dimensionais e de cortes das bobinas e fios, quantidade de bobinas, número de espiras por bobina, dados de isolamento e de espessura entre espiras, isolamento da bobina e massa total de cobre.

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Tabela 10 - Documentação a ser Fornecida após a Colocação do PC (Continuação)

2 - Descrição dos documentos e/ou informações a serem apresentados pelo fornecedor ou fabricante

BT MT AT MS

2.17 Para motores com tensão nominal acima de 1,0 kV, devem ser informados os valores dos seguintes parâmetros elétricos e mecânicos:

a) Torque de rotor bloqueado (“locked-rotor”), torque mínimo (“pull-up torque”) e torque máximo (“breakdown torque”);

b) Momento de inércia do rotor; c) Momento de inércia da máquina acionada (relativo à rotação do rotor e incluindo

redutor, acoplamento, máquina acionada e todos os outros equipamentos conectados, menos o motor);

d) Constantes de tempo do rotor; Fator de potência na condição de rotor bloqueado e nominal.

2.18 Para motores com tensão nominal acima de 1,0 kV devem ser informados os parâmetros do modelo equivalente do motor, considerando a potência e a tensão nominal como valores base. Devem ser informados os seguintes parâmetros, para as condições de escorregamento nominal e unitário (ver Nota 2):

a) Resistência do estator (r1); b) Reatância do estator (X1); c) Resistência do rotor, relativa ao estator (r2); d) Reatância do rotor, relativa ao estator (X2) e) Resistência de magnetização (rc) (perdas no ferro); f) Reatância de magnetização (Xm).

NOTA 1 Para motores com tensão nominal acima de 1,0 kV, os valores a serem apresentados para as variáveis de torque, corrente e limites de nível térmico devem estar em forma de gráfico e também de tabela, contendo no mínimo 30 pontos (30 pares de dados). Os dados indicados nestas tabelas devem possibilitar a sua aplicação, por parte do usuário ou projetista, em estudos eletromecânicos e em simulações de sistemas elétricos.

NOTA 2 A resistência suplementar deve ser considerada relativa aos efeitos do atrito, ruído, ventilação e perdas suplementares.

Tabela 11 - Documentação Adicional a ser Fornecida após a Colocação do PC para

Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação

2.1 - Descrição do documento e/ou informação a ser apresentada pelo fabricante AT MT BT MS

2.1.1 Diagramas de blocos e função de transferência do sistema de excitação do motor, incluindo valores de ganhos, constantes e pontos de ajuste (“set-points”) do sistema. Devem ser fornecidas todas as informações necessárias para permitir o modelamento do sistema de excitação em programas de simulação de comportamento dinâmico do sistema de potência, proteção, controle e automação, tanto em sistemas “off-line” como em sistemas digitais de simulação em tempo real.

2.1.2 Manuais descritivos do sistema digital de excitação, evidenciando o atendimento dos requisitos técnicos indicados nesta Norma.

2.1.3 Descrição específica do sistema a ser fornecido, mostrando a arquitetura dos módulos de eletrônica de potência e módulos de proteção, controle e comunicação, evidenciando o atendimento dos requisitos, arquitetura e redundâncias requeridos na Folha de Dados.

2.1.4 Desenhos eletromecânicos do painel de excitação, incluindo desenhos dimensionais, vista frontal (porta aberta e porta fechada), dimensões da base de fixação, área requerida no piso para a passagem de cabos de força, controle e comunicação de dados.

2.1.5 Diagramas unifilar, trifilar, funcionais e de interligação do sistema digital de excitação, indicando todos os componentes internos do sistema (circuitos de força, de controle, de comando, de proteção e de alarmes). Devem ser indicados também os pontos de interface com sistemas externos, tanto para circuitos discretos como para circuitos de comunicação de dados.

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Tabela 11 - Documentação Adicional a ser Fornecida após a Colocação do PC para Motores Síncronos, Excitatriz “Brushless” e Sistemas Digitais de Excitação (Continuação)

2.1 - Descrição do documento e/ou informação a ser apresentada pelo fabricante AT MT BT MS

2.1.6 Lista de componentes do sistema digital de excitação, incluindo lista de materiais com identificação de modelo, fabricante e “part-number” dos módulos de eletrônica de potência, controle, proteção e comunicação.

2.1.7 Lista de “softwares” necessários para as funções de configuração, parametrização, monitoração e controle do sistema digital, a serem fornecidos pelo fabricante do sistema.

2.1.8 Lista de pontos de ajuste, parâmetros, constantes, ganhos, “set-points” e demais dados de configuração, programação e parametrização do sistema digital de excitação e da função de transferência do sistema.

2.1.9 Lista de peças sobressalentes para comissionamento e para operação, recomendados para os módulos de eletrônica de potência e módulos eletrônicos para os sistemas digitais de controle, monitoração, proteção e comunicação serial.

10.3 Manuais de Transporte, Preservação, Instalação, Operação, Inspeção, Manutenção e

Reparo Após a aprovação final de toda a documentação técnica especificada na seção anterior, devem ser fornecidos manuais de transporte, preservação, instalação, operação, inspeção, manutenção e reparos do motor, contendo, no mínimo, as informações descritas nas seções dos manuais indicados nos 10.3.1 a 10.3.7, quando aplicável. Estes manuais devem ser fornecidos em idioma Português do Brasil. Caso seja requerido na RM, estes manuais devem ser fornecidos também em outro idioma, tal como o espanhol ou o inglês. 10.3.1 Instruções para Transporte, Preservação e Instalação (Seção 1 do Manual) Esta seção do manual do motor deve conter instruções abrangendo as seguintes atividades:

a) armazenamento e preservação; b) fixação (montagem) do motor, procedimentos de elevação (“rigging”), massas dos

componentes e diagrama de elevação (“rigging”), quando aplicável; c) recomendações referentes a eletrodutos, prensa-cabos e tubos para conexões

mecânicas dos sistemas auxiliares; d) desenhos dimensionais do motor incluindo os orifícios de passagem dos chumbadores,

quando aplicável; e) espaços para desmontagem, quando aplicável; f) procedimentos de instalação recomendados pelo fabricante.

10.3.2 Instruções para Operação (Seção 2 do Manual) Esta seção do manual do motor deve conter instruções abrangendo as seguintes atividades:

a) instruções para a partida incluindo as verificações necessárias a serem realizadas anteriormente à partida;

b) parada (desligamento) normal; c) limites de operação incluindo número de partidas sucessivas; d) recomendações de lubrificação; e) procedimentos de ajuste, parametrização e operação de sistemas digitais de excitação.

NOTA Deve ser indicado o número esperado de horas de funcionamento, sem relubrificação caso

o motor utilize rolamentos lubrificados a graxa.

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10.3.3 Instruções para Inspeção, Manutenção, Montagem e Desmontagem (Seção 3 do Manual) Esta seção deve conter, além dos procedimentos e intervalos de tempo para as atividades de inspeção periódicas, atividades de manutenção preditiva de rotina, instruções para manutenção preventiva, instruções de desmontagem e montagem das seguintes partes, quando aplicável:

a) rotor no motor; b) mancais; c) selos e labirintos; d) sistemas auxiliares; e) sistema de excitação para motores síncronos.

10.3.4 Instruções para Reparos, Revisão e Recuperação (Seção 4 do Manual) Esta seção deve conter os procedimentos e intervalos de tempo para as atividades de inspeção periódicas, atividades de manutenção preditiva de rotina, instruções para manutenção preventiva e instruções de desmontagem e montagem do motor, sistema de excitação e sistemas auxiliares. Esta seção do manual do motor deve conter, no mínimo, informações e instruções de segurança, sobre as seguintes atividades e serviços:

a) instalação; b) partida e colocação em serviço; c) operação; d) ajustes; e) montagem e desmontagem; f) inspeção, manutenção preditiva e preventiva; g) reparos, revisão e recuperação.

Para motores “Ex”, esta seção deve conter adicionalmente as informações e documentos requeridos nas ABNT NBR IEC 60079-0 e ABNT NBR IEC 60079-19. 10.3.5 Desenhos Dimensionais, Desenhos Eletromecânicos, Diagramas de Conexões e Listas

de Componentes em Caráter “Certificado” (Seção 5 do Manual) Devem ser incluídos, no mínimo, todos os documentos fornecidos, relacionados em 10.2 desta Norma, bem como outros documentos que o fabricante julgar pertinentes. 10.3.6 Relatórios de Testes de Rotina, de Tipo e Especiais (Seção 6 do Manual) Devem ser incluídos todos os resultados e relatórios dos testes de rotina, de tipo e especiais, aos quais o motor, seus sistemas auxiliares e componentes tenham sido submetidos após a fabricação, conforme indicado na Folha de Dados. Devem ser incluídos também os relatórios de testes de tipo e especiais executados em protótipo, conforme indicado na Folha de Dados. 10.3.7 Certificados de Conformidade e Documentos Diversos (Seção 7 do Manual) Devem ser incluídos, no mínimo, os seguintes documentos:

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a) certificados de conformidade de equipamentos para instalação em atmosferas

explosivas, de acordo com a legislação vigente no Brasil; b) certificado de composição química do alumínio utilizado na fabricação do ventilador,

emitido pelo fornecedor do alumínio; c) catálogos técnicos com todos os dados característicos dos acessórios especificados,

“conforme fornecido”. 10.4 Requisitos sobre os “Data-Books” do Motor, Sistemas Auxiliares e Sistema de Excitação O fornecedor deve fornecer os “Data-Books” do motor e dos demais sistemas auxiliares fornecidos, contendo no mínimo a seguinte documentação:

a) documentação certificada do motor; b) documentação certificada do sistema digital de excitação (para motores síncronos); c) documentação certificada dos sistemas auxiliares (sistema de lubrificação, sistema de

água de resfriamento, sistema de pressurização, sistema de macaco hidráulico “jack-oil system”, etc.);

d) Folha de Dados certificadas do motor, em formulário padronizado por esta Norma; e) manuais de preservação, instalação, operação, inspeção, manutenção e reparos; f) catálogos técnicos do motor, dos sistemas auxiliares e dos componentes; g) certificados de conformidade dos motores e equipamentos auxiliares para instalação em

atmosferas explosivas; h) relatórios dos testes realizados; i) listas de sobressalentes para comissionamento e operação; j) listas de “part-numbers”.

Estes “Data-Books” devem ser fornecidos em meio eletrônico. Devem ser fornecidas adicionalmente cópias impressas em papel, quando requerido na RM. 11 Listas de Documentos a Serem Apresentados na Proposta e para Aprovação após

a Colocação do PC O Anexo A desta Norma contém as Listas de Documentos a serem apresentados pelo fabricante ou fornecedor do motor, equipamentos ou sistemas auxiliares durante o processo de compra, na fase de proposta técnica, e para aprovação, após a colocação do PC. O Anexo A tem por finalidade representar um guia de seleção de documentação a ser apresentada, de forma a facilitar a definição, por parte do usuário, projetista ou requisitante do motor, quando da elaboração da documentação para compra, dos documentos técnicos a serem apresentados pelo fabricante ou fornecedor do motor. O Anexo A deve ser preenchido pelo usuário, projetista ou solicitante da compra do motor, de acordo com as características técnicas específicas, porte, complexidade e tipo do motor e sistemas auxiliares especificados, a serem fornecidos. A documentação técnica, a ser anexada à proposta pelo fornecedor ou fabricante, dos equipamentos ou sistemas a serem fornecidos deve conter, no mínimo, as informações indicadas na Seção 1 do formulário do Anexo A (Documentação a ser Apresentada na Proposta Técnica e após a Colocação do PC).

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A documentação técnica, a ser enviada pelo fornecedor ou fabricante para aprovação, após ter sido colocado o PC, deve conter no mínimo, as informações contidas na Seção 2 do formulário do Anexo A (Documentação a ser Apresentada na Proposta Técnica e após a Colocação do Pedido de Compra). 12 Formulários Padronizados para Folhas de Dados São indicados nos Anexos B, C, D e E desta Norma, os formulários padronizados para as Folhas de Dados de motores trifásicos de indução e síncronos.

— O Anexo B é aplicável a motores de indução trifásicos com tensão nominal acima de 6,0 kV;

— O Anexo C é aplicável a motores de indução trifásicos com tensão nominal acima de 1,0 kV até 6,0 kV;

— O Anexo D é aplicável a motores de indução trifásicos com tensão nominal até 1,0 kV; — O Anexo E é aplicável a motores síncronos trifásicos com tensão nominal acima de

1,0 kV.

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GRUPO DE TRABALHO - GT-06-41

Membros

Nome Lotação Telefone Chave

André Levy ENGENHARIA/IEABAST/IERB/PS 854-3067 SGCK

Carlos Andre Carreiro Cavaliere

CENPES/EB-E&P/FP 812-4992 CLT0

Fábio Papa Salles ENGENHARIA/IETEG/ETEG/EN 819-3162 CSFV

Geraldo Bieler AB-RE/ES/TAIE 814-6073 DPBD

Giovane Arriel Barbosa REVAP/EM 855-6886 CTL5

Jaime Mourente Miguel RH/UP/ECTG&E 801-3173 BXP4

Marcos Leonardo Ramos ENGENHARIA/SL/SEQUI/ATFCM 819-3603 EOPI

Renato Barros Coelho de Souza

E&P-ENGP/IPP/EISA 704-7975 BSIY

Ricardo de Alcântara Carvalho UO-RIO/ENGP/EGMSE 816-3525 EDGW

Rodrigo de Moraes Pereira da Rosa

ENGENHARIA/IEEPT/EEPTM/EIP 819-2826 CTLX

Roberval Bulgarelli RPBC/EN 754-4484 RBBS

Rogério Nicolau dos Santos UO-RIO/ENGP/EGMSE 816-7479 QN01

Rubens Paes Gomes E&P-SERV/US-AP/OM 761-3772 KJWP

Secretário Técnico

Flávio Miceli ENGENHARIA/AG/NORTEC-GC 719-3078 ERQE