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Melhorar Comunicacao

Jul 02, 2015

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Page 1: Melhorar Comunicacao

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Page 2: Melhorar Comunicacao

SUMÁRIO

Introdução.....................................................................................................................1

Capítulo 1 – A Comunicação ........................................................................................2

1.1. A importância da comunicação...........................................................................6

1.2. Os componentes do processo de comunicação .................................................. 11

Capítulo 2 – Como melhorar a sua comunicação oral .................................................. 18

2.1. Treino vocal e respiratório................................................................................ 22

Capítulo 3 – Como melhorar a sua comunicação escrita .............................................. 30

3.1. Distinção entre o que é essencial e o que é acessório ........................................ 30

3.3. Coerência sequencial ........................................................................................ 34

3.4. Importância de aplicar as regras gramaticais ..................................................... 35

3.5. Etiqueta ao escrever cartas e emails .................................................................. 36

Capítulo 4 – Como melhorar a sua comunicação gestual ............................................. 37

4.1. A importância do posicionamento corporal na comunicação ............................. 38

Glossário..................................................................................................................... 43

Exercícios ................................................................................................................... 46

Respostas.................................................................................................................... 49

Referências Bibliográficas .......................................................................................... 50

Page 3: Melhorar Comunicacao

1

Introdução

Em uma sociedade globalizada e regida pela competitividade em todas as áreas,

comunicação é sinônimo de poder.

Quem se comunica de forma clara, objetiva e

correta, tem mais chances de obter sucesso, pois

transmite com mais eficiência a sua mensagem com

vistas a atingir os seus objetivos e também constrói aos

seus interlocutores uma imagem positiva.

Atualmente, as ferramentas surgidas em virtude

das novas tecnologias proporcionam inúmeras

possibilidades para o aprimoramento das relações

pessoais e profissionais a partir desses conceitos de objetividade e transparência na

comunicação.

Nem todos, no entanto, conseguem fazer um uso desses recursos de forma a

melhorar a sua comunicação, pois mesmo quando escrevemos em um site de

relacionamento de forma despretensiosa, estamos construindo ou reforçando uma

imagem perante os interlocutores.

Dependendo da forma como nos comunicamos, essa imagem e a qualidade das

nossas relações poderá ser muito positiva ou totalmente negativa, quer dizer, podemos

abrir ou fechar portas de acordo com aquilo que comunicamos e como o fazemos. São

premissas que valem para o dia a dia, nas relações pessoais ou de trabalho.

Quem procura se comunicar com objetividade, transparência e correção no falar,

escrever e agir, certamente terá melhores resultados nos seus objetivos, removerá com

mais facilidade os obstáculos e bloqueios nas relações e transmitirá a imagem que

deseja de si mesmo.

A comunicação não verbal, que consiste na postura corporal e no gestual que

adotamos perante os outros é outro aspecto importante que iremos abordar, pois quando

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falamos, não falamos apenas com as palavras, mas com as mãos, com os olhos, com o

tom da voz ou por meio da distância em relação ao interlocutor.

Portanto, existem muitos aspectos envolvidos no tema que estamos abordando,

os quais iremos buscar um aprofundamento em cada capítulo desse livro, lançando mão

dos recursos da comunicação que, como veremos, são muitos e nos oferecem infinitas

possibilidades de aprimoramento.

Boa leitura!

Capítulo 1 – A Comunicação

São muitos os autores, das mais diversas áreas, que definiram a comunicação e

as definições nem sempre convergem para o mesmo sentido. O presente trabalho é

fundamentado na análise das teorias da comunicação social e seus conceitos básicos,

dos quais destacamos o mais elementar: a complexidade da comunicação.

A comunicação é um processo constante, intrincado e, por definição, ativo por

seu conteúdo simbólico. Somos capazes de entender, interpretar, elaborar e mudar

signos e símbolos, capacidades que nos diferenciam das outras espécies no que se refere

ao processo de comunicação.

É um processo constante porque ocorre em toda e qualquer atividade. Ainda que

estejamos em silêncio, estaremos participamos de um processo de comunicação, pois

nessa postura estaremos recebendo e emitindo mensagens.

O que é Comunicação

A Comunicação é uma área do conhecimento que estuda a comunicação humana e seus

processos. A Comunicação Social está dividida em disciplinas como a teoria da

informação, comunicação intrapessoal e interpessoal, semiótica, marketing, publicidade,

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3

propaganda, relações públicas, telecomunicações, e jornalismo e suas subdivisões

(telejornalismo, radiojornalismo jornalismo impresso e on line).

Atualmente, com o advento das novas tecnologias e das transformações no

campo das comunicações, a Comunicação Social assumiu novas

dimensões, especialmente no que se refere aos processos de

gestão, dada a importância da comunicação na administração de

empresas.

Com isso, surgiram novos cursos de graduação e pós-graduação em

comunicação e marketing voltados para o ambiente de negócios.

Quando pensamos em comunicação social na atualidade, devemos considerar

também, na perspectiva das novas tecnologias, o surgimento de novos processos de

comunicação representados pelas ferramentas de internet como os sites, os blogs e as

redes de relacionamento.

A comunicação humana se caracteriza por um processo de troca de informações

através de sistemas simbólicos verbais ou não verbais.

Quando a comunicação não ocorre de forma direta entre emissor e receptor, mas

depende de um instrumento técnico como o rádio ou a televisão, essa comunicação se

caracteriza pela mediação, ou seja, é uma comunicação mediada.

Toda atividade humana está centrada na comunicação e podemos afirmar que

nada acontece sem que antes ocorra esse processo de troca de mensagens. Por outro

lado, as falhas na comunicação, que denominamos ruídos, são responsáveis por grande

parte dos problemas em todas as esferas da sociedade, pelos conflitos nas relações e

pelo insucesso profissional.

A boa comunicação não se faz somente pela habilidade em transmitir a

mensagem de maneira clara, objetiva e transparente, mas também em recebê-la,

entender o que o interlocutor está tentando comunicar.

Portanto, Comunicação é entendimento mútuo, o que inclui, além das palavras, a

postura, as emoções e o contexto em que ocorre a troca de informações.

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Vencendo os bloqueios à Comunicação

Na comunicação escrita não é possível recorrer a esses recursos, o que requer

um cuidado redobrado com a clareza e a objetividade da mensagem.

Como não é possível sublinhar partes da nossa mensagem escrita com a inflexão

da voz nem com a gestual, corremos o risco de

comunicar errado, provocar uma interpretação

dúbia ou equivocada no seu receptor.

É evidente que depende do que

queremos comunicar e a quem nos dirigimos.

Mas, ao escrever, decida o que quer comunicar

e transmita com objetividade e formalidade

respeitosa, utilize períodos curtos, na ordem direta, evitando expressões ou palavras

dúbias sem, no entanto, ser coloquial demais.

Na comunicação verbal, podemos recorrer a muitos recursos para reforçar a

mensagem, sublinhar o sentido e o significado de cada palavra ou ideia, empregando o

tom da voz, a expressão facial, os movimentos das mãos e a postura corporal.

Utilize a empatia, ou seja, coloque-se no lugar do outro para comprovar se está

se fazendo entender de fato. Esses recursos, no entanto, não impedem que ocorram

ruídos ou bloqueios do processo de comunicação.

Quem é o interlocutor

Antes de transmitir a mensagem ao nosso interlocutor devemos considerar a sua

capacidade de absorver as informações que queremos transmitir. Essa capacidade está

relacionada com o grau cultural do interlocutor, com os seus interesses e visão de

mundo, com o momento e o ambiente em que se dará o processo de comunicação.

Portanto, tão importante quanto saber o que queremos comunicar é saber a quem

estamos comunicando para que não ocorra perda de informação.

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Distração

Todos os elementos da comunicação (Emissor, Código, Mensagem,

Decodificação, Receptor) estão sujeitos a ruídos que poderão interferir na recepção da

mensagem. Os ruídos são fatores extrínsecos, ou seja, nada têm a ver com o significado

ou com a interpretação do conteúdo da mensagem.

Por exemplo, você está conversando com o seu interlocutor e o telefone toca,

interrompendo a comunicação. A campainha do telefone é um fator alheio à mensagem,

um ruído que interrompe ou dificulta a comunicação.

Vocabulário inadequado

Assim como devemos ter noção de quem seja nosso interlocutor, é necessário

utilizar vocabulário adequado, correto, de fácil

entendimento para não dificultar a comunicação.

Haverá perda de informações se utilizarmos um termo

ou expressão de difícil entendimento para o

interlocutor, que nem sempre terá a predisposição para

acompanhar nosso raciocínio.

Mesmo em situações formais, é possível comunicar utilizando expressões na

ordem direta, com termos que permitam a imediata assimilação da ideia transmitida,

sem recorrer a formalismos ou um vocabulário rebuscado e tampouco cair no coloquial.

Lógica e coerência

Organize a mensagem com lógica e coerência antes de transmiti-la ao receptor

ou receptores de forma que ele ou eles possam formar de imediato uma noção do que

está sendo comunicado.

Se não tiver elementos suficientes já no início do diálogo para formar

internamente uma imagem daquilo que está sendo tratado, o receptor tende a recorrer a

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outras imagens, estranhas ao tema abordado e a comunicação estará seriamente

comprometida, pois o receptor irá rejeitar ou se opor ao teor da mensagem tanto do

ponto de vista afetivo (aceitação) quanto inconsciente.

A imagem afetiva que o receptor irá formar acerca do que está sendo

comunicado também depende, em grande parte, do carisma do orador ou do

comunicador, do seu tom e timbre de voz e da sua postura ao comunicar.

1.1. A importância da comunicação

A comunicação está na origem e no sentido de todas as relações humanas e

consiste no maior problema da humanidade atualmente. Transpor as barreiras da

comunicação é um desafio que enfrentamos diariamente, seja nas nossas relações

pessoais ou no âmbito profissional.

Portanto, não restam dúvidas sobre o quanto a comunicação é fundamental para

todos, pois é a partir dela que estabelecemos quem somos, o que queremos e para onde

vamos.

A má comunicação, ou seja, a emissão de mensagens erradas, de sentido vago ou

de difícil compreensão, determina o fracasso de um primeiro contato com uma pessoa,

seja numa situação social ou em uma entrevista para emprego.

Por outro lado, quando comunicamos de forma clara, correta, com convicção

sobre aquilo que queremos transmitir, estabelecemos as bases para uma comunicação

bem sucedida em direção aos nossos objetivos.

E nesse contexto, têm grande importância a

comunicação verbal e não verbal, ou seja, comunicar de

forma eficiente inclui o falar bem, a coerência gestual, a

postura corporal e as emoções que emolduram nossas

palavras.

Se tudo está relacionado à comunicação, então, ser

eficaz significa saber comunicar-se de forma eficaz, seja de

forma oral ou escrita. Como enfatizamos ao longo deste livro,

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no caso da comunicação escrita, em que a gestual e a postura corporal não estão

presentes, é mais eficaz quem comunica com determinação, correção, concisão e

clareza.

Somos seres em busca de compreensão. Todos os aspectos da nossa vida se

relacionam ao desejo de fazermo-nos entender e sermos reconhecidos como sujeitos.

Embora nem sempre isso seja possível, buscamos transmitir nossas mensagens de

maneira a dizer ao outro quem somos, o que queremos, do que gostamos ou não, quais

são nossos objetivos e metas, sinalizando a forma como queremos conduzir nossas

vidas.

Nas relações com amigos, familiares, superiores e colegas de trabalho, nem

sempre conseguimos conduzir essa comunicação de forma inteligível, pois, sendo

humanos, estamos sujeitos às contradições, à insegurança, ao medo do fracasso nas

relações, ao temor de não estar comunicando de forma clara.

São variáveis com as quais uns lidam muito mal e outros conseguem contornar

por meio do autocontrole, da articulação clara das mensagens que deseja transmitir. Em

todo caso, seja você mesmo, não tenha medo de não estar agradando, pois não se trata

de apenas buscar a aprovação, mas comunicar quem

você realmente é, suas potencialidades e sua forma de

encarar a vida.

Atualmente no âmbito profissional, mais vale a

inteligência emocional do que o conhecimento técnico.

Isso quer dizer que um profissional bem resolvido do

ponto de vista emocional, com todas as limitações

inerentes ao ser humano, certamente será bem sucedido

profissionalmente.

E por falar em carreira profissional, lembre-se de que todas as limitações que

enfrentamos na nossa vida pessoal estão presentes na vida profissional, na qual somos

pressionados a nos comunicar de forma eficiente.

Aqui valem as mesmas dicas: comunique-se de forma objetiva, clara, sem deixar

margens para interpretações equivocadas, mostre que você está aberto aos desafios e às

novas ideias, que está interessado na compreensão do seu interlocutor e que também

gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

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Mantenha a coerência entre a sua comunicação e a sua posição na empresa, sem

abrir mão de participar de forma ativa do trabalho.

Mantenha-se focado nas metas e nos objetivos da equipe ou da empresa e

proponha inovações nos métodos e processos que possam potencializar essas metas,

além de mobilizar de forma eficiente o potencial de cada um dos seus colegas.

Se a comunicação é o maior desafio em todos os campos, no ambiente

profissional ela adquire um sentido ainda maior, pois a comunicação pode ser uma

grande aliada na busca de reconhecimento e sucesso que, afinal, dão sentido ao trabalho.

É claro que a qualidade e a eficiência do trabalho vêm em primeiro lugar em

uma avaliação, mas se você tiver facilidade de se comunicar (de transmitir

conhecimentos) tanto com os seus colegas quanto com os seus superiores, isso será

determinante para que você seja um profissional em evidência na empresa.

Por outro lado, a falta de habilidade em transmitir conhecimentos pode

comprometer uma carreira eficiente, ou seja, se você é um especialista em determinada

área e desempenha suas funções com excelentes resultados, poderá não ser notado se

não tiver a habilidade de se comunicar de forma eficiente.

No ambiente corporativo, além de todas as barreiras naturais à boa comunicação,

enfrentamos o desafio de transmitir o que queremos

dizer de forma adequada e compreensível. Isso

porque, na vida profissional, estamos

comprometidos com os objetivos do trabalho e

também ficamos sujeitos às situações de grupo.

Ou seja, temos grandes chances de obter

sucesso na comunicação se focarmos a mensagem

nos objetivos profissionais, na equipe e nas metas a serem atingidas. Claro, isso não

invalida o aspecto da inteligência emocional e o investimento no relacionamento

interpessoal.

É importante falar bem, mas na hora certa, sem agredir nem tornar-se

inconveniente, demonstrar boa estrutura emocional, convicção e conhecimento sobre o

assunto abordado e disposição para vencer as adversidades. Seja flexível, não alimente a

polêmica nem deixe espaço para dúvidas ou frustrações.

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Dependendo da situação, mostre mais disposição para ouvir do que para falar,

ouça seu interlocutor até o fim e depois faça suas colocações de forma ponderada,

imparcial e propositiva.

Como vimos, a comunicação é de grande importância na nossa vida social e

profissional. Se você chegou até aqui acreditando que as pessoas tímidas estão

condenadas ao fracasso nas suas relações, reveja seus pontos de vista.

Falar muito e mostrar-se muito à vontade em qualquer situação nem sempre

representa sucesso no processo de comunicação, pois ser expansivo demais pode

colocar tudo a perder.

Há pessoas que, mesmo sendo introvertidas, conseguem se comunicar de forma

eficiente e também é verdade que o excesso de extroversão pode estar encobrindo

dificuldades em conduzir uma comunicação eficaz.

A seguir, elencamos algumas dicas que são eficazes para que você melhore sua

comunicação de forma natural, sem exageros e sem artificialismos:

Ser espontâneo e agir com naturalidade representa menos investimento de

energia e torna sua comunicação mais eficaz. Ao agir de forma natural, sem recorrer a

artificialismos como palavras rebuscadas, autoelogios ou excessos, estabelecemos um

processo de empatia com o interlocutor.

Despertar o interesse por aquilo que você tem a dizer já é meio caminho para

uma comunicação eficaz.

Os vícios de linguagem bloqueiam o processo de comunicação. Evite cacoetes e

assertivas que possam expressar desinteresse pelo assunto, como gírias, termos

depreciativos e expressões como “né”, “pois é”, “então”, etc.

O gerundismo é outro exemplo de vício capaz de condenar ao fracasso qualquer

processo de comunicação ou ao menos criar barreiras entre você e o interlocutor. Ao

invés de dizer “eu vou estar fazendo” diga “eu farei”.

De outro lado, não tente ser absolutamente técnico e formal, nem dar a

impressão de que se considera um expert no assunto. Exercite o humor e o feedback,

que é a técnica de voltar a um ponto do assunto ou ao início da mensagem para

reafirmar o que disse ou mesmo rever uma afirmativa.

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Faça com que as pessoas com quem se comunica interaja com você, propondo

questões para que elas reflitam por alguns segundos antes que você retome o raciocínio.

Caso esteja apresentando uma palestra, um recurso eficaz para conquistar a

adesão e a cumplicidade da plateia é fazer referência a alguém presente, seja uma

pessoa com quem você conversou antes de iniciar sua fala, seja o palestrante que o

antecedeu. Utilize outros recursos que possam criar uma familiaridade entre a

assistência e o tema a ser abordado.

Fale com convicção, emoldure suas palavras com emoção, entusiasmo e gestos

apropriados, sem barreiras, mas também sem exageros. Se o orador estiver

genuinamente entusiasmado com o tema que está abordando, por que o interlocutor não

irá também se interessar?

Adote uma postura correta, tanto do ponto de

vista corporal quanto em relação às suas ideias, sob o

aspecto moral.

O interlocutor tentará estabelecer alguma

cumplicidade com o orador ao se interessar pela

mensagem. Mas se as ideias contidas nessa

mensagem não apresentarem um mínimo de coerência ou princípios, ele logo se

desinteressará.

Fisicamente, a postura corporal correta inclui os gestos apropriados à mensagem

e ao ambiente e também aqueles que denotam convicção e sinceridade, como o aperto

de mão firme, olhar nos olhos do interlocutor.

Decida o que quer dizer, avalie a reação que a sua mensagem pode provocar no

interlocutor, e comunique da melhor forma possível, de forma direta, clara e objetiva.

Ao falar a um grupo ou ministrar uma palestra, prepare sua apresentação,

comunique o tema que vai abordar, aborde e, para finalizar, faça uma retrospectiva

breve do que foi abordado.

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1.2. Os componentes do processo de comunicação

Os componentes da comunicação são: o emissor, o receptor, a mensagem, o

canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta (feedback) e o ambiente onde o

processo comunicativo se realiza. Com relação ao ambiente, o processo comunicacional

sofre interferência do ruído e a interpretação e compreensão da mensagem está

subordinada ao repertório. Quanto à forma, a Comunicação pode ser comunicação

verbal, não verbal e mediada:

O Emissor – aquele que elabora e transmite a mensagem;

O Receptor – aquele que recebe e interpreta a mensagem;

A mensagem – a informação que é transmitida pelo Emissor para o Receptor;

O meio – suporte físico por meio do qual a mensagem é transmitida;

O código – Sistema referencial através do qual a mensagem é elaborada e interpretada,

ou seja, palavras, gestos, imagens, sinais, etc;

O contexto – Situação em que ocorre a comunicação.

1.3. Funções da comunicação

No processo de interação e de transmissão da(s) mensagem(ns) entre emissor(es)

e receptor(es), a comunicação ocorre por meio de diversas funções, quais sejam:

emoção, referência, apelo, fato, poesia e metalinguagem, que estudaremos a seguir.

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Função Emotiva ou Expressiva

Esta função está centrada no Emissor, ou seja, naquele que

transmite a mensagem. É por meio da função emotiva ou função

expressiva, que o Emissor externa suas emoções, suas opiniões e

ideias. Nesta função, a mensagem é transmitida na primeira pessoa

do singular (Eu sinto, vejo, eu acredito, eu entendo) e também se

destacam as interjeições e as exclamações, muito presentes nos textos e relatos

biográficos, memórias, poesias. Também podemos pensar em uma situação cotidiana

em que o Emissor utiliza a Função Emotiva. Por exemplo: “Eu amo você!”.

Função Referencial ou Função Denotativa

A Função Referencial ou Denotativa é centrada no Referente, ou seja, ocorre

quando o Emissor busca oferecer ao Interlocutor informações objetivas, reais e de forma

direta. Por ser “denotativa”, ou seja, que denota algo, a informação não deixa margens

para interpretações. Um exemplo dessa função na comunicação é a mensagem de

noticiário. Exemplo: “Nesta mesa temos uma caneta azul, duas folhas de papel em

branco, uma jarra com água e seis copos vazios.”

Função Apelativa ou Função Conativa

É a função utilizada pelo Emissor para influenciar o

comportamento do Receptor. Nela, predomina o imperativo:

“Vá até a sala de reuniões e entregue esse relatório à

secretária”, “Compre agora”, ou “Você precisa mudar sua

postura em relação a esse assunto”.

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Função fática

A função fática ocorre quando o emissor testa o canal de comunicação para

saber se sua mensagem está sendo entendida pelo interlocutor a fim de dar continuidade

ou interromper a mensagem. É muito comum no diálogo ao telefone. Também ocorre

quando perguntamos ao interlocutor: “você está entendendo?”, “compreende?”, “não é

mesmo?”.

Função Poética

Na função Poética, o interlocutor se utiliza de recursos singulares para transmitir

a mensagem. Predominam outras funções como a conativa, as metáforas, analogias,

linguagem figurada, que caracterizam a poesia.

Função Metalinguística

Nesta função, o código da linguagem é utilizado para analisar a própria

linguagem, como os textos de análise literária, os dicionários, a crítica cinematográfica,

entre outros.

1.4. Tipos de comunicação

A comunicação pode ser agrupada em dois grandes grupos distintos, a

Comunicação Verbal e a Comunicação Não Verbal.

A Comunicação Verbal inclui a comunicação escrita e a comunicação oral. É a

forma de comunicação mais utilizada devido à sua capacidade de transmitir ideias de

grande complexidade.

Está presente nas mais diversas situações de convívio social ou nas corporações,

sendo importante ferramenta para todos os tipos de relações que pudermos imaginar. Na

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Comunicação Verbal empregamos a palavras (códigos escritos) e os sons (a voz) para

transmitir mensagens e interagir com os interlocutores.

A Comunicação Verbal ocorre na forma passiva (quando ouvimos alguém

falando ou lemos uma mensagem escrita, ou seja, somos os

receptores) ou na forma ativa, quando falamos ou

escrevemos (quando somos o emissor da mensagem).

Já a Comunicação Não Verbal ocorre por meio de

gestos, sinais, códigos sonoros, expressão facial ou

corporal, imagens ou outros códigos representativos. A

Comunicação Não Verbal pode ser utilizada de forma

isolada, a exemplo dos sinais de trânsito, da mímica ou da

linguagem de Libras.

Também podem complementar a linguagem verbal como acontece nas aeronaves

quando os comissários de bordo interpretam com gestos a mensagem oral sobre os

procedimentos de segurança.

A Comunicação Não Verbal também pode ser utilizada na forma de desenhos,

gráficos ou sinais (sinais de trânsito e signos do zodíaco, por exemplo) de forma isolada

ou como suporte para a Comunicação Escrita.

A) Comunicação escrita:

A comunicação escrita é o código utilizado pelos livros,

pelo jornalismo impresso ou on line e pelas ferramentas de

comunicação virtual. Também está presente na sinalização do

trânsito, de forma isolada ou complementar aos sinais, na

publicidade impressa ou virtual, etc. Nela o receptor está ausente,

o que transforma a comunicação em um constante monólogo do

emissor. Requer o máximo cuidado na ordenação das informações e na correção dos

códigos da linguagem (correção ortográfica e de pontuação). Ainda que sejam possíveis

as retificações, os erros ou os ruídos na Comunicação Escrita comprometem o

entendimento da mensagem pelo receptor.

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15

B) Comunicação Oral

Ao contrário da Comunicação Escrita, a Comunicação Oral é presencial, ou seja,

nela emissor e receptor estão presentes (exceto o caso da televisão, do rádio e das

mensagens gravadas). A Comunicação Oral permite a inversão de papéis, ou seja, o

emissor pode assumir a posição de receptor e vice-versa. Também permite as

considerações, a função fática ou o feedback e a utilização de linguagem não verbal

(gestos, expressão facial e corporal, entonação da voz).

1.5. Etiqueta Geral

As relações sociais ou profissionais são marcadas pelas impressões que

formamos sobre o outro e, dependendo do tempo que vamos conviver com essa pessoa,

nem sempre será possível desfazer uma imagem negativa. As outras pessoas,

igualmente, formam impressões iniciais sobre nós.

A forma como agimos ou nos comunicamos, de forma consciente (deliberada)

ou inconsciente, são códigos que transmitimos para as outras pessoas sobre nós

mesmos.

Quando esses códigos não são transmitidos de forma clara, a mensagem pode ser

recebida pelo interlocutor de forma diversa daquilo que estamos tentando comunicar.

Por isso, devemos desenvolver um comportamento que transmita com clareza o que

queremos comunicar, seja com palavras, seja com atitudes.

Daí a importância de conhecermos as noções de etiqueta não apenas no sentido

de como se comportar para não cometer gafes em festas e eventos sociais, mas em

relação ao que é ou não socialmente aceitável e ao que torna nossa comunicação menos

ou mais eficaz em relação aos nossos objetivos pessoais e profissionais.

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- Como transmitir segurança ao falar

O primeiro contato com pessoas desconhecidas, normalmente é a apresentação,

seja por intermédio de outra pessoa ou por iniciativa própria. A forma como nos

identificamos a essa pessoa determina a

qualidade da nossa comunicação.

O que dizemos, a emoção contida

na voz e a sua entonação, assim como a

intensidade do aperto de mão, nossa

postura corporal e a maneira como

olhamos o outro nesse momento fornecem informações básicas ao interlocutor.

Assim acontece quando nos dirigimos a outras pessoas, seja em uma conversa

informal, seja como palestrantes ou em uma reunião de trabalho. Para transmitir

segurança, apresente-se com objetividade, fale com convicção e segurança, mantendo as

mãos visíveis e o olhar dirigido para o interlocutor.

Boa parte da segurança que você vai transmitir ao falar vem do domínio do

assunto a ser abordado. Concentre-se na essência do que deseja comunicar e evite as

elaborações do tipo relatório, com estatísticas, números e gráficos que talvez não

interessem ao interlocutor nem sejam importantes para a eficácia da sua mensagem.

A menos que a informação seja de fundamental importância para o entendimento

da mensagem faça apenas referência a ela. Caso contrário faça um recorte daquilo que é

imprescindível e cite como exemplo.

Em uma palestra de caráter técnico ou na apresentação de um relatório de

gestão, por exemplo, recorra à projeção de dados ou gráficos durante a sua apresentação

ou no encerramento. No entanto, não permita que a projeção seja mais importante que a

sua explanação direta à plateia.

A menos que se trate de um curso ou uma aula, justifique a complexidade dos

dados e disponibilize o arquivo para aqueles que se interessarem pelos detalhes

técnicos.

Ao falar em público ou mesmo em um diálogo formal com um colega ou

superior, procure sempre ser um aliado de si mesmo, ou seja, evite situações

Page 19: Melhorar Comunicacao

17

embaraçosas, elaborações de teses muito prolongadas, lugares-comuns, erudição ou

expressões em línguas estrangeiras.

Gírias, erros de pronúncia, repetições e o gesto de colocar aspas com os dedos

em determinada palavra ou frase que está sendo pronunciada também desqualificam a

comunicação.

Seja realista sobre o tema que está abordando, não deixe mistérios soltos no ar

nem tente convencer o interlocutor sobre ideias improváveis ou conspirações. Mantenha

o foco no tema proposto, procure ser claro, direto e objetivo, sem prejuízo da boa

postura corporal, da coerência de gestos e da

entonação de voz apropriada à ocasião.

Lembre-se que os primeiros trinta segundos

da sua exposição devem merecer a atenção dos

interlocutores. Se nesse tempo você não conseguir

transmitir com clareza a qualidade e a intensidade

da mensagem todo o processo de comunicação

poderá se perder ou ficar irremediavelmente bloqueado.

Pontue sua fala dirigindo o olhar a cada um dos presentes, sublinhe as frases

com gestos suaves e coerentes com o que está sendo dito. Prefira roupas discretas, de

cores neutras e evite o excesso de acessórios.

Após se apresentar de forma condizente com a situação e o tema, faça um

resumo do que irá abordar, se possível, justificando a importância da mensagem que irá

transmitir. Faça uma introdução, o desenvolvimento e o encerramento da mensagem.

Dependendo da situação e do tempo que durar sua exposição, o processo de

comunicação será mais eficiente se você oferecer uma pequena retrospectiva do tema

abordado, sem ser repetitivo. Ou seja, informe o que vai dizer, diga e depois reforce o

que foi dito, agradecendo a atenção dos interlocutores.

Page 20: Melhorar Comunicacao

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- Como se comportar durante uma reunião

Nas situações cotidianas ou reuniões, a estrutura da mensagem certamente será

mais breve. Seja objetivo e direto, mas não a ponto de desconcertar seu interlocutor ou

causar-lhe desconforto e animosidade.

A cortesia, a gentileza, a educação e o tom conciliador e propositivo, mesmo em

situações adversas, tornam a comunicação

mais eficiente e contam pontos para quem as

exercita.

Tenha clareza sobre o assunto que

está sendo abordado, o contexto desse tema

no âmbito da empresa e o impacto que a sua

discussão representa para as metas e

objetivos da equipe. Ao falar, defenda seu

ponto de vista com convicção.

No entanto, antes de se pronunciar, avalie o ambiente e mantenha-se atento ao

diálogo que está acontecendo para que sua interferência não provoque um impacto

indesejado ou venha a bloquear o processo de comunicação. A menos que seja

realmente importante, evite ser a única voz dissonante em uma situação de consenso.

Às vezes acontece de perdermos o tempo certo para uma colocação pertinente.

Nesse caso, só há duas alternativas e a melhor delas, na maioria das vezes, é deixar para

lá. No entanto, se julgar que sua interferência é realmente importante para os rumos da

reunião ou para a defesa dos interesses da equipe e da empresa, proponha um feedback

sobre essa questão específica e exponha seu ponto de vista.

Capítulo 2 – Como melhorar a sua comunicação oral

Os principais problemas da comunicação verbal estão relacionados à inibição e

aos bloqueios naturais que criamos devido à falta de autocontrole, temor de rejeição ou

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desaprovação, medo de errar, de fazer papel ridículo, etc. Esses problemas podem ser

resolvidos com técnicas e exercícios muito simples, mas que exigem dedicação e

disciplina. A seguir, relacionamos algumas orientações para você exercitar a técnica da

oratória, vencer bloqueios ou aperfeiçoar a sua comunicação oral.

Aja com naturalidade – Ao falar em público, preparar cursos e palestras, organizar ou

presidir reuniões de trabalho ou em qualquer situação em que você esteja no centro das

atenções aja sempre com naturalidade. Leia, estude, pesquise e busque o

aperfeiçoamento nas suas áreas de interesse pessoal e profissional e procure dominar os

assuntos que precisará abordar em público, mas, acima de tudo, seja você mesmo.

Fale corretamente – Amplie seu vocabulário por meio da leitura, exercite a leitura em

voz alta e aperfeiçoe sua pronúncia. Mesmo em situações do dia a dia, evite a omissão

dos “esses” e “erres” das palavras no plural, fique atento à concordância verbal e

nominal e à conjugação dos verbos.

Elimine do seu vocabulário os vícios de linguagem. Exercite a correção

ortográfica ao escrever e falar e faça dela um hábito. Tenha sempre à mão um exemplar

da gramática atualizada. Para aperfeiçoar a pronúncia correta dos fonemas, existem

exercícios simples, como colocar um palito entre os dentes e ler em voz alta, procurando

pronunciar as palavras de forma correta.

Intensidade, velocidade e ritmo – Ao falar em público ou numa reunião encontre a

intensidade adequada da voz, procurando não falar muito alto nem muito baixo, mas de

forma a que todos os presentes possam entender o que está sendo dito. A velocidade da

oratória é outro ponto a ser exercitado.

Utilize um gravador para estudar e conhecer melhor a velocidade de voz. Assim

você encontrará o ritmo adequado, nem muito rápido, nem muito lento. A boa oratória,

que desperta e mantém o interesse do ouvinte também depende do ritmo com que o

orador se expressa, alternando altura e velocidade da fala para tornar a comunicação

interessante e agradável.

Page 22: Melhorar Comunicacao

20

Do que você está falando – Evite não só a linguagem coloquial, os termos pejorativos,

as gírias e os vícios de linguagem como o gerundismo, mas também as palavras difíceis,

que além de complicar a pronúncia dificultam a compreensão das ideias.

Outro cuidado deve ser com os termos excessivamente técnicos, restritos às

áreas de atuação profissional e com os quais o público não está familiarizado. Se for

necessário recorrer ao vocabulário técnico, explique do que se trata para que os leigos

não se sintam excluídos.

Desenvolva um vocabulário de fácil assimilação, universal, que dê agilidade e

objetividade a sua fala. Assim, você não terá dificuldades em comunicar suas ideias,

sem causar estranheza aos seus interlocutores, fazendo com que o processo de

comunicação se desenvolva naturalmente.

Mensagem – Inicie sua palestra de forma a conquistar o público, desfazendo as

resistências naturais dos ouvintes e obtendo seu interesse sobre o que você tem a dizer.

É importante manter a atenção do público, fazendo com que ele tenha sempre a

expectativa de ouvir algo interessante e edificante, que agregue ainda mais sentido ao

fato de estar ali assistindo uma palestra sobre determinado tema de seu interesse. Isso é

possível por meio de estratégias para mobilizar a assistência. Por exemplo:

a) A melhor forma de despertar e manter o interesse do ouvinte é contar uma

pequena história que se encaixe no tema da palestra. Palestrantes mais experientes e que

conseguem criar a expectativa adequada do público normalmente recorrem a algum

episódio engraçado ou inusitado, mas é necessário ter cuidado para não exagerar na

dose, perdendo a credibilidade.

b) Dependendo do tema, utilize frases de impacto ou citações de autores

conhecidos para familiarizar o ouvinte com o assunto.

c) Informe a importância do tema a ser abordado e sinalize que não será uma

palestra interminável. Faça uma previsão de tempo médio da apresentação, dizendo que

esse tempo será suficiente para que todos possam sair gratificados com tudo que

ouviram.

Page 23: Melhorar Comunicacao

21

d) Inicie instigando a reflexão do público sobre o tema. Recorra a um

acontecimento recente que seja de conhecimento de todos, deixe claro que conhece o

assunto sobre o qual vai falar e que além de uma boa base teórica possui experiência.

Evite desculpas e justificativas. Se ocorrer algo inusitado, reaja com naturalidade

para contornar a situação. Se o palestrante perder o controle ou externar insegurança ou

preocupação certamente irá passar isso para a plateia, perdendo sua atenção e

credibilidade.

Evite piadas, comentários depreciativos, chavões ou frases de efeito. Perguntas

para o público somente aquelas que você realmente deseja ouvir as respostas. Mostre-se

objetivo, imparcial e neutro sobre o assunto ao iniciar a palestra e estabeleça uma

ligação entre esse início e o restante da sua apresentação.

Em seguida, inicie a primeira parte do desenvolvimento da palestra, preparando

o tema a ser abordado com uma frase direta: “Agora

vou falar sobre as práticas de sustentabilidade no

ambiente de trabalho.”

A seguir apresente um histórico sobre o

assunto e levante as questões para as quais serão

apresentadas soluções. Encerre a primeira parte do

desenvolvimento dividindo o tema por etapas: como

economizar e evitar o desperdício, como reciclar, como criar uma cultura de práticas

sustentáveis na empresa, etc.

Agora você deverá iniciar a segunda metade da apresentação, desenvolvendo o

tema principal. Essa fase irá cumprir o que prometeu na primeira metade, ou seja, falar

da atualidade em contraponto ao relato histórico, apresentar as soluções para as questões

levantadas, desenvolvendo as etapas nas quais dividiu o assunto.

Este é o momento de aprofundar o tema, elencando exemplos, estatísticas,

estudos de casos, depoimentos que confirmem suas afirmações. Além de consolidar e

reafirmar tudo que propôs, torne sua palestra densa e interessante a ponto de desarmar

eventuais objeções.

Page 24: Melhorar Comunicacao

22

Para finalizar, retome o que acabou de apresentar, resumindo o conteúdo em

algumas frases. Um bom encerramento deve utilizar recursos semelhantes ao do início,

como exaltar uma qualidade do público, utilizar uma citação ou fato inusitado, propor

uma reflexão ou uma mudança de atitude. Evite despedidas longas e frases vazias e sem

objetividade. Opte por um encerramento breve e agradeça a audiência.

2.1. Treino vocal e respiratório

Falar bem requer um condicionamento

psicológico e físico constante. Portanto, além de treinar e

praticar bastante as técnicas de oratória que vimos até

aqui, é muito importante treinar a voz.

O som que produzimos ao falar mobiliza diversos

órgãos do nosso corpo, a começar pelo aparelho

respiratório, as cordas vocais, a laringe, os ressonadores

(nariz, cabeça, tórax) e os articuladores (língua, lábios,

céu da boca, palato mole, dentes e mandíbula).

A voz é produzida pela vibração das “cordas” vocais (a denominação correta é

pregas vocais). Essa vibração é provocada pela passagem do ar expirado. Em seguida,

esse som passa pela articulação através da língua, lábios, céu da boca, palato, dentes,

sendo conduzido aos ressonadores, ou seja, as cavidades nasal, craniana e torácica. Esse

conjunto de órgãos chama-se Aparelho Fonador.

Os cuidados com a voz devem levar em conta as características de cada pessoa,

mas há técnicas de treinamento vocal que ajudam a melhorar o desempenho,

preservando a integridade e o potencial do Aparelho Fonador.

Existem muitas formas de treinar a voz, como a leitura em voz alta, a pronúncia

de palavras complexas e inúmeros exercícios para educar a voz. Mais importante do que

o tipo de exercício que você vai praticar é a forma como fará o treinamento. Evite

exageros e exercite o relaxamento corporal, a higiene e a correta hidratação.

Page 25: Melhorar Comunicacao

23

Escolha os exercícios de sua preferência e treine até 40 minutos diários no

máximo. Exercite-se de pé, após alguns minutos de concentração e relaxamento. Após o

treinamento ou outra situação de uso vocal prolongado, faça repouso físico e o repouso

da voz, ficando em silêncio por alguns minutos.

Antes de falar em público ou em uma reunião, faça repouso vocal. Evite

refrigerantes, bebidas alcoólicas, pastilhas, chicletes, ou

outras substâncias que possam irritar a garganta ou

anestesiar as cordas vocais.

O estado geral da nossa saúde é manifestado

pela voz. Assim, se estamos com sono, resfriados,

deprimidos, estressados pelo excesso de trabalho, nosso

estado de ânimo irá aparecer quando estivermos

falando. A higiene bucal também é fundamental para

manter a qualidade da voz.

A boa hidratação do organismo, além de contribuir com a saúde de uma forma

geral, é fundamental para a expressão oral. Assim, procure ingerir em média oito copos

de água por dia. Utilize roupas leves para garantir a livre movimentação. Evite roupas

fechadas ou abafadas na região do pescoço para não prejudicar a laringe e o diafragma.

Além da ingestão de bebidas com gás, evite alimentos gordurosos ou com muito

condimento, pois favorecem a produção de gases e refluxo gastroesofágico, que

comprometem a saúde e a respiração normal. Variações bruscas na temperatura

ambiente e ingestão de líquidos muito gelados também comprometem o funcionamento

do Aparelho Fonador.

A respiração pela boca deve ser evitada, pois a entrada do ar atinge as pregas

vocais de forma direta, irritando e comprometendo a voz. O melhor exercício é respirar

pelo nariz, pois assim o ar será filtrado e aquecido antes de chegar às “cordas” vocais.

Os exercícios respiratórios são muito eficazes para uma reeducação ou

aprimoramento da voz. Isso porque a respiração é um movimento natural, que fazemos

quase sem perceber. Quando exercitamos a respiração correta de forma regular,

assimilamos os movimentos com muita facilidade e eles passam a ser incorporados

naturalmente à nossa respiração.

Page 26: Melhorar Comunicacao

24

Assim, seguem algumas dicas de exercícios que podem ser praticados e que

certamente darão resultados efetivos se combinados com a postura correta, a boa

alimentação e os cuidados com a saúde da voz:

a) Inspire o ar, expandindo o tórax, até sentir o afastamento das costelas inferiores,

próxima à cintura. Mantenha os ombros relaxados e na posição natural, sem levantá-los.

Mantenha também o peito na posição normal, sem estufar. Os músculos do pescoço

devem ficar numa posição relaxada. Segura o ar por alguns segundos e depois solte

(expire) lentamente, esvaziando os pulmões. Repita algumas vezes esse exercício, sem

perder a concentração e sem exageros.

b) Ao fazer o movimento descrito anteriormente, exercite a voz da seguinte

maneira. Ao soltar o ar, ou seja, ao expirar, faça o som de “S” contínuo, sem forçar a

voz e sem imprimir variações na sua intensidade.

c) Agora, repita o exercício inicial, porém, emitindo sons de “S” curtos ao expirar.

A cada emissão do “S”, vá expandindo o tórax.

d) Combine os três exercícios anteriores em um só, ou seja, inspire, expanda o

tórax e depois solte o ar alternando sons contínuos e curtos (“SSSS” e “S-S-S”).

e) Ainda utilizando o primeiro exercício (letra a) como base, emita os sons “CH” e

“F” ao expirar. Pratique o quanto achar necessário e confortável, sem exagerar.

Substitua o som “S” por outros como “TR”, “BR”, primeiro de forma contínua e curta e

depois alternada.

2.2. Comunicação interpessoal

Comunicação interpessoal é um processo de comunicação no qual está

envolvido o intercâmbio de informações entre duas ou mais pessoas. Nela, cada

interlocutor emite informações com base no seu repertório cultural, na sua formação

Page 27: Melhorar Comunicacao

25

pessoal e educacional, no seu histórico familiar, vivências, emoções, portanto, a partir

da sua bagagem. Por isso, a comunicação interpessoal é um campo da comunicação de

grande interesse para o ambiente corporativo.

O objetivo do aprimoramento da comunicação interpessoal é minimizar os

choques culturais e as falhas de comunicação que podem ocorrer devido às diferenças

de bagagem existentes entre as diferentes pessoas de uma equipe de trabalho.

Assim, convencionaram-se ferramentas e meios para facilitar a

intercomunicação. São mecanismos que buscam o aprimoramento da expressão oral e

da linguagem corporal com vistas a facilitar o processo de comunicação, eliminando

ruídos.

Utilizando a mudança de comportamento, emissores e receptores se envolvem de

maneira mais aberta no processo de comunicação.

Consideramos que o processo de comunicação depende não apenas da forma

como a mensagem é transmitida, mas também da sua compreensão pelo receptor. Por

isso, uma das ferramentas da comunicação interpessoal a que nos referimos

anteriormente é o feedback.

Além da clareza e da objetividade com que devemos nos comunicar, é

necessário levar em conta o universo do outro, ou seja, comunicar de forma a ser

entendido pelo receptor. Depois de transmitir a mensagem, é necessário checar o seu

entendimento pelo interlocutor.

Pesquisas mostram que uma das maiores fontes

de conflito nas organizações são as falhas ou a falta de

eficácia da comunicação. Assim, criar condições para

o aprimoramento das relações interpessoais é

fundamental para melhorar a comunicação e o sucesso

pessoal e profissional.

No ambiente corporativo ou em um grupo de

trabalho, são predominantes quatro funções da comunicação. São elas o controle, a

motivação, a informação e a expressão emocional, todas de grande importância na

qualidade da comunicação interpessoal.

Page 28: Melhorar Comunicacao

26

Nesse processo, são de grande influência as barreiras intrapessoais e

interpessoais, que podem fazer com que a mensagem seja recebida de forma diferente e

nem sempre correta. Essas variáveis podem ser descritas da seguinte forma:

Filtro – A informação deve ser trabalhada pelo emissor de forma a ser melhor recebida

e entendida pelo receptor, ou seja, devemos filtrar a informação antes de comunicar,

para que ela seja eficaz.

Percepção seletiva – No processo de comunicação, recebemos a mensagem de forma

seletiva, de acordo com as nossas expectativas e necessidades, motivações, experiências

e bagagem. Assim como o emissor deve filtrar a informação que transmite, o emissor

deve estar atento ao que está sendo comunicado.

Saturação da informação – Às vezes o excesso de informações sobrecarrega a

capacidade de processamento por parte do receptor. Daí a importância em comunicar

com clareza e objetividade, levando em consideração o universo do receptor.

Defensiva – Tanto quem comunica quanto quem recebe a mensagem deve estar atento a

essa que é uma das maiores barreiras à comunicação eficaz. Quando nos dirigimos a

uma pessoa ou ao grupo de maneira agressiva, sem objetividade ou clareza daquilo que

estamos querendo dizer, provocamos uma reação adversa, que impede a comunicação.

Quando se sente ameaçado, o receptor pode reagir de forma a reduzir sua capacidade de

entendimento, frustrando o processo de comunicação.

Linguagem – Cada um recebe a mensagem de acordo com a sua bagagem pessoal e

cultural, ou seja, as palavras têm significado diferentes para diferentes pessoas.

Portanto, a comunicação de forma transparente, clara e objetiva, acompanhada de

postura corporal e gestos adequados ajuda a minimizar as barreiras semânticas e

contribui para que o significado da mensagem seja captado pelo receptor.

Jargões/linguagem técnica – Termos técnicos ou linguagem especializada servem

tanto para facilitar a comunicação entre pessoas de uma mesma equipe ou grupo quanto

Page 29: Melhorar Comunicacao

27

para criar barreiras às pessoas que não estão familiarizadas com essas expressões. Os

termos técnicos utilizados por especialistas em tecnologia da informação, por exemplo,

favorecem o processo de comunicação entre iguais e dificultam o entendimento para

quem não é da área.

Considerando as barreiras semânticas, a conotação e a entonação das palavras, o

ambiente, o contexto e múltiplas outras variáveis que podem criar barreiras na

comunicação, vamos descrever agora algumas ações para tornar a comunicação entre

pessoas mais eficaz.

Os múltiplos canais que podem ser utilizados para a comunicação, melhoram a

clareza da mensagem e tornam a sua recepção muito mais

eficiente.

A mensagem deve ser adaptada ao receptor, ou seja,

pessoas ou grupos diferentes dentro da organização precisam

que a mensagem se adeque à sua realidade.

Ao comunicar, exercite a empatia, ou seja, coloque-se

no lugar do receptor para aumentar as chances de ser

compreendido por ele.

A comunicação direta (frente a frente) é muito eficaz em um ambiente de

mudanças, assim como a escuta ativa (ouça atentamente e depois proponha soluções) é

de grande eficiência no processo de comunicação interpessoal.

Mantenha a coerência entre o que você diz e a forma como você age, ou seja,

comprometa-se e cumpra. Exercite o feedback.

Por fim, devemos lembrar que comunicação é mais do que troca de informações

entre duas ou mais pessoas, pois envolve múltiplas variáveis e tem a ver com as

emoções, as situações e a troca de entendimento verbal, escrito ou não verbal.

Page 30: Melhorar Comunicacao

28

2.3. Comunicação ao telefone

A comunicação por telefone está sujeita a uma série de ruídos e barreiras que

dificultam a comunicação. Mas esse é um canal interessante para o exercício da

comunicação eficaz.

O telefone alterna as funções entre emissor e

receptor, o que torna muito importante a habilidade de

saber ouvir e saber falar na hora certa. O tempo na

comunicação telefônica é um fator importante, que

impõe objetividade e clareza.

Todas as variáveis da comunicação podem

interferir numa conversa telefônica. A entonação da voz

e as palavras devem ser adequadas para manter o fluxo agradável e correto da conversa

formal ou informal, assim como as pausas para permitir a assimilação do que está sendo

dito.

Outro recurso de grande importância na comunicação por telefone é a função

fática, que estudamos no Capítulo 1 deste livro. É quando testamos o canal de

comunicação para checar com o interlocutor se ele está entendendo o que estamos

tentando transmitir.

A comunicação eficiente ao telefone deve seguir alguns padrões de objetividade,

formalidade, clareza, boa educação, empatia e etiqueta, especialmente no ambiente

corporativo, para evitar o desperdício de tempo e aperfeiçoar o processo de

comunicação.

- Etiqueta

Ao atender ao telefone, ao invés de simplesmente dizer “alô”, identifique o seu

setor, departamento ou empresa e em seguida diga seu nome e/ou a mensagem de

saudação para ligações externas que tenha sido convencionada na sua empresa.

Page 31: Melhorar Comunicacao

29

Mesmo que a sua função não seja o atendimento telefônico, aja de forma a

oferecer uma boa imagem da empresa ao interlocutor, atender à sua demanda ou

encaminhá-lo para o setor certo.

Evite as palavras e expressões informais e as de difícil entendimento. Se a

ligação for interna, mantenha o padrão de formalidade e cortesia, pois esse contato faz

parte das relações interpessoais.

Ao solicitar a identificação do interlocutor, evite ser agressivo ou intimidador.

Pergunte com cortesia seu nome, empresa e função e a natureza da sua demanda e, se

for o caso, com quem gostaria de falar. Em seguida, aja de forma a atendê-lo

prontamente ou transferir a ligação sem deixá-lo esperando na linha.

Ao transferir uma ligação para outro setor, informe o que a pessoa deseja para

que ela não tenha de repetir sua demanda. Prontifique-se a anotar os contatos e o

assunto, caso a pessoa procurada pelo interlocutor não se encontre na empresa. Faça

com que ele receba retorno o mais breve possível.

Mesmo que você esteja com excesso de trabalho, dirija o foco da sua atenção ao

interlocutor quando atender uma ligação. Evite continuar digitando ou remexendo

papeis, o que além de soar como uma descortesia com o interlocutor, poderá interferir

no processo de comunicação.

Peça licença ao interlocutor em caso de incidentes ou para atender outra ligação.

Solucionado o problema, dê prioridade àquele que está esperando.

Ao ligar para um telefone celular, certifique-se de que a pessoa pode falar

naquele momento.

As regras de etiqueta ao telefone devem seguir o bom senso e a realidade de

cada um, tendo sempre como prioridade alcançar os objetivos da boa comunicação.

Page 32: Melhorar Comunicacao

30

Capítulo 3 – Como melhorar a sua comunicação escrita

A comunicação escrita é um processo unilateral, ou seja, a mensagem é

transmitida ao receptor sem a possibilidade da interação proporcionada pela

comunicação oral, na qual o entendimento é possível por meio da inversão dos papeis

entre o emissor e o receptor, por meio do feedback, da expressão facial e corporal.

Portanto, a comunicação escrita exige um alto grau de poder de síntese, clareza e

objetividade para minimizar os ruídos no processo de comunicação. Por ser um

processo de comunicação unilateral, na comunicação escrita as variáveis e barreiras

devem ser eliminadas por quem escreve para que sua mensagem

atinja os objetivos ao chegar ao receptor.

Nesse processo, é necessário, antes de tudo, definir o que é

essencial e o que é acessório na hora de escrever a mensagem. Sua

eficácia dependerá do poder de síntese, da coerência no

ordenamento das informações, da correção ortográfica e da

aplicação das técnicas gramaticais. Também devemos ficar atentos

ao canal utilizado para formatar a mensagem de forma adequada, especialmente na hora

de redigir emails.

Neste capítulo estudaremos técnicas de aprimoramento da comunicação escrita e

suas variáveis com o objetivo de proporcionar a você os meios adequados para tornar a

sua comunicação mais eficaz.

3.1. Distinção entre o que é essencial e o que é acessório

Antes de começar a escrever a mensagem, defina quais são as informações

essenciais para o entendimento da mensagem pelo receptor e o que é acessório, ou seja,

aquilo que queremos comunicar de fato e aquilo que proporcionarão o melhor

entendimento do que está sendo comunicado.

Page 33: Melhorar Comunicacao

31

Os elementos acessórios à mensagem devem ser utilizados com racionalidade e

moderação para que não se sobreponham às informações essenciais, ou seja, é mais

importante fornecer ao receptor as informações que ele precisa para entender o que

estamos querendo dizer do que a forma como dizemos.

Uma boa redação deve deixar de lado o excesso de explicações, saudações e

adjetivos e investir nas informações essenciais para que a comunicação atinja seus

objetivos.

Lembre-se que estão envolvidas no processo de comunicação muitas variáveis e

barreiras, como a bagagem cultural, as barreiras semânticas, o contexto, etc., conforme

estudamos no capítulo anterior. Por isso, selecione as informações que deseja transmitir

e construa sua mensagem de forma clara, objetiva e transparente.

Por exemplo, na redação de um aviso, convocando os integrantes da equipe para

uma reunião, você deve iniciar identificando os destinatários e informando o assunto a

ser tratado e, em seguida, o objetivo da reunião, o local e o horário.

Essas são as informações essenciais que devem ser organizadas no texto, que

vamos redigir agora, primeiro de forma objetiva, priorizando o que é essencial:

Destinatários: Equipe do setor de Tecnologia da Informação.

Assunto: Reunião para definir a reformulação do site da empresa.

Data: 22 de março, às 14h.

Local: Sala de Reuniões.

Nessa mensagem, não precisamos relatar que essa é a terceira reunião, que prazo

para a publicação do site será o tema da reunião seguinte, que houve muitos problemas

com o provedor, etc. Se você for escrever de forma linear, observe que essa objetividade

também é possível, reduzindo a forma de escrever (o que é acessório) e priorizando o

que precisa ser escrito para o efetivo entendimento da mensagem, como mostram as

informações grifadas.

Page 34: Melhorar Comunicacao

32

Prezados colegas,

No próximo dia 22 de dezembro faremos uma reunião da equipe de TI para definir a

reformulação do site da empresa. O encontro será na sala de reuniões, às 14h.

Contamos com a presença de todos. Coordenação do Setor de TI.

De outra forma, podemos escrever a mesma mensagem de uma forma mais

detalhada, correta, mas exagerando nas informações acessórias e detalhes que neste

momento não são essenciais para a transmissão da mensagem. A forma a seguir,

portanto, deve ser evitada:

Prezados colegas,

Como é do conhecimento de todos, estamos reformulando o site da empresa. No

próximo dia 22 de dezembro, estaremos realizando a terceira reunião para definir as

mudanças que desejamos fazer no site da empresa e marcar a reunião seguinte, que irá

definir o prazo em que o novo site entrará no ar. A participação de todos é muito

importante, uma vez que o projeto está atrasado devido a problemas enfrentados com o

nosso provedor. A próxima reunião, portanto, será, como dissemos no início desta

mensagem, no dia 22 de dezembro, às 14h, na sala de reuniões.

Saudações

Coordernação do Setor de TI

Assim, podemos perceber que a separação entre o que queremos escrever e a

forma como escrevemos é essencial para uma boa comunicação escrita, pois ganhamos

com isso mais objetividade e adesão por parte daquele que receberá a mensagem.

Page 35: Melhorar Comunicacao

33

Fique atento a todos os detalhes envolvidos na comunicação escrita para adaptar

a mensagem ao tema abordado, levando em consideração a situação envolvida e as

características dos destinatários.

O bom senso deve predominar sobre as regras, pois às vezes é necessário

oferecer mais detalhes ao redigir a mensagem sem exagerar nas informações acessórias

nem perder o poder de síntese, mantendo o foco nas informações essenciais.

3.2. Poder de síntese

Uma das principais barreiras à comunicação escrita é a prolixidade, ou seja, a

dificuldade que temos em sintetizar o que queremos dizer. Essa barreira faz sentido,

pois na tentativa de sermos entendidos sem deixar margens para interpretações

adversas, muitas vezes escrevemos demais, oferecemos detalhes desnecessários e, com

isso, perdemos a objetividade da mensagem. Existem diversas formas de escrever uma

mesma mensagem, dependendo do seu conteúdo e dos objetivos a serem alcançados,

mas o poder de síntese é essencial para uma comunicação eficaz em qualquer situação.

Escreva na ordem direta, com clareza e objetividade, utilizando construções de

parágrafos curtos. Evite palavras e expressões de pouca força, eufemismos ou termos

que possam ser interpretados de forma equivocada e também palavras de difícil

entendimento.

Evite adjetivos, pois algo “bom”, “maravilhoso” ou

“sensacional” para você pode não sê-lo para quem vai ler a

mensagem. Os estrangeirismos, gerúndios e termos depreciativos

só atrapalham a leitura e o entendimento da mensagem. Prefira

palavras simples, de fácil entendimento, que sejam efetivas na

construção da mensagem.

Um vocabulário limitado dificulta em muito uma boa

redação, assim como quem não tem o hábito da leitura dificilmente dominará técnicas

de construção de textos convincentes e objetivos. Procure ampliar o seu vocabulário

Page 36: Melhorar Comunicacao

34

fazendo palavras cruzadas ou estudando um verbete do dicionário por dia, dedique

algum momento do dia para a leitura de jornais e revistas e pelo menos um bom livro

por mês.

3.3. Coerência sequencial

Assim como o poder de síntese, a coerência no ordenamento das informações

num texto escrito é ainda mais essencial para a comunicação escrita. Nessa forma de

transmissão da mensagem, não existe a interação com o receptor.

Quando conversamos, podemos abrir pequenas janelas na fala para que o

interlocutor coloque suas dúvidas, comentários ou objeções. Essa interação permite

retomar uma informação que não foi assimilada pelo receptor, checar o sentido trechos

da mensagem e confirmar o seu entendimento.

Como não existe o feedback, a menos que o receptor escreva de volta colocando

suas dúvidas, é melhor que o emissor escreva sua mensagem com critérios, de forma a

não deixar dúvidas sobre o que está sendo dito. Um dos critérios essenciais para o

sucesso da comunicação escrita é o ordenamento das informações no texto.

Vamos analisar o exemplo visto anteriormente:

Prezados colegas,

Como é do conhecimento de todos, estamos reformulando o site da empresa. No

próximo dia 22 de dezembro, estaremos realizando a terceira reunião para definir as

mudanças que desejamos fazer no site da empresa e marcar a reunião seguinte, que irá

definir o prazo em que o novo site entrará no ar. A participação de todos é muito

importante, uma vez que o projeto está atrasado devido a problemas enfrentados com o

nosso provedor. A próxima reunião, portanto, será, como dissemos no início desta

mensagem, no dia 22 de dezembro, às 14h, na sala de reuniões.

Saudações

Coordernação do Setor de TI

Page 37: Melhorar Comunicacao

35

Mesmo com certo exagero nos termos acessórios, nessa mensagem há uma

coerência no ordenamento das informações.

Primeiro ela reforça que o site da empresa está em reformulação. Depois informa

sobre a realização da reunião, situando o leitor sobre o fato de esse ser um projeto em

andamento, tanto que essa já é a terceira reunião realizada.

Em seguida, sinaliza para o tema a ser abordado, a sua urgência e a importância

da participação de todos os envolvidos. Ao final, reitera a convocação fornecendo as

informações complementares sobre local e horário.

3.4. Importância de aplicar as regras gramaticais

Escrever de forma objetiva e correta exige um

domínio das regras gramaticais mais elementares. A

acentuação e a pontuação, a concordância verbal e

nominal, o tempo e a conjugação correta dos verbos são

essenciais para a comunicação escrita.

Atualmente, com o advento da conversão digital e

as múltiplas ferramentas virtuais que proporcionam a comunicação escrita, as regras

gramaticais nem sempre são observadas. Embora tolerados em sites e mecanismos de

comunicação interpessoal, são erros e vícios de linguagem que dificultam a

comunicação.

Escrever com correção pode se tornar um hábito sempre possível de

aprimoramento, com vantagens para o sucesso da comunicação escrita e para a imagem

do emissor.

Escrever sem levar em conta a gramática, por outro lado, cristaliza as

dificuldades de redação, compromete a qualidade da comunicação e oferece uma

imagem negativa sobre o autor.

Especialmente no ambiente corporativo, os erros gramaticais podem dificultar

ou comprometer o sucesso profissional. Portanto, é mais fácil e produtivo escrever a

partir de uma boa base gramatical.

Page 38: Melhorar Comunicacao

36

A aplicação das regras gramaticais é importante porque agrega credibilidade à

informação contida na mensagem que desejamos transmitir, o que representa uma boa

parte do sucesso na comunicação.

Assim como os vícios de linguagem, a gíria e o vocabulário rebuscado, os erros

gramaticais provocam ruídos na comunicação, representando uma barreira adicional que

dificilmente será assimilada pelo interlocutor (o leitor).

Por isso, o estudo de uma gramática atualizada pelas novas regras ortográficas é

de fundamental importância para o sucesso da comunicação escrita, bem como o hábito

da leitura e da ampliação do vocabulário.

3.5. Etiqueta ao escrever cartas e emails

O objetivo da mensagem é comunicar algo. Decida o que quer comunicar e

organize as informações de acordo com os princípios estudados nos itens anteriores, ou

seja, escreva de forma que o acessório não se sobreponha ao essencial, exercite o poder

de síntese, mantenha a coerência na sequência das informações e escreva com correção

gramatical.

Evite escrever em maiúsculas. Se alguma informação

ou palavra precisa ser ressaltada, opte por sublinhá-la ou grafar

(negrito).

Nada mais eficiente para tirar o sentido e a força de

uma palavra do que as aspas. Esse recurso deve ser utilizado

somente para reproduzir trechos de obras, músicas ou para

marcar a fala de alguém. Se for imprescindível para a

mensagem, opte pelo itálico.

Seja objetivo. Especialmente ao redigir um e-mail,

sintetize sua mensagem para que caiba tudo em um parágrafo. Se for necessário, no

máximo, dois ou três parágrafos, pois essa é uma ferramenta dinâmica. Depois de

alguns períodos, se a mensagem não cumprir o seu papel dificilmente o destinatário lerá

o resto.

Page 39: Melhorar Comunicacao

37

Mantenha um mínimo de formalidade e cortesia, evitando expressões coloquiais

e também termos rebuscados ou excesso de formalismo. Assine o e-mail de forma

padronizada, com o nome completo, cargo e telefones para contato.

Evite planos de fundo decorado ou com figuras em movimento, que só servem

para criar ruídos à comunicação, a começar pelo tempo de download da mensagem.

Ao enviar um arquivo em anexo, certifique-se de que a mensagem contenha a

informação explícita sobre o que está sendo enviado, pois, do contrário, o destinatário

poderá deletar sua mensagem ou não abrir o anexo por não saber do que se trata.

Responda a todos os e-mails recebidos que tenham alguma relevância ou tenham

sido enviados de clientes, colegas ou fornecedores, exceto spam, email-marketing e

mensagens indesejadas.

No ambiente corporativo, utilize a correspondência virtual com racionalidade,

evitando o envio de correntes, mensagens de autoajuda, arquivos pesados e montagens

de fotos. Se for o caso, comunique que seu endereço de e-mail é para uso exclusivo do

trabalho e informe um endereço alternativo para conteúdos de caráter pessoal.

Capítulo 4 – Como melhorar a sua comunicação gestual

Os sinais que emitimos enquanto falamos são recursos de grande influência na

nossa comunicação oral.

A comunicação não verbal compreende os

sinais que transmitimos para reforçar ou mesmo

para reduzir o impacto ou negar o que estamos

dizendo. Esses sinais são emitidos pela postura

corporal, expressão facial e movimentos de mãos.

Nesse processo, as mãos têm um papel essencial,

pois são o recurso não verbal mais utilizado.

Quando falamos, nossas mãos se

movimentam de forma voluntária ou involuntária, consciente ou não, para reforçar

nossas ideias e pensamentos de maneira negativa ou positiva.

Page 40: Melhorar Comunicacao

38

Quem consegue aliar esse recurso para reforçar e potencializar o que está

expressando por meio da linguagem oral, transmite segurança, expressividade,

compreensão e uma grande carga de emoção à mensagem.

A comunicação é um processo no qual estão envolvidos aspectos conscientes e

inconscientes. Esses aspectos têm a capacidade de transmitir (significar) a imagem

pessoal e profissional que a pessoa faz de si própria e que pode ser aprimorada de forma

consciente.

Quando nos comunicamos, transmitimos sinais que informam quem somos,

quais as nossas expectativas e frustrações, nossos objetivos. Aprimorar a comunicação

representa resignificar as relações sociais, ou seja, a forma como nos comunicamos, de

forma consciente ou não, estabelecem a nossa interação com o outro, ou seja, as nossas

relações sociais. Assim, quanto mais aprimorarmos as nossas técnicas de comunicação,

mais chances de sucesso teremos nos nossos objetivos pessoais e profissionais.

4.1. A importância do posicionamento corporal na comunicação

Existem pesquisas que ressaltam uma crença já consolidada de que a expressão

corporal, os gestos e a expressão facial representam uma parcela

de mais de 50% do impacto que a nossa mensagem provoca

sobre os ouvintes, sendo que outros cerca de 40% são atribuídos

ao tom de voz e a inflexão e apenas cerca de 10% da força da

mensagem está nas palavras.

A postura corporal do palestrante pode determinar o

sucesso ou o fracasso da comunicação, pois assim como os

gestos, emitimos sinais a partir do nosso posicionamento e movimentos ao falar.

Nosso corpo fala e é observado pelo interlocutor. Assim, é importante ter

autocontrole para não passar nervosismo, impaciência ou insegurança, agindo com

desenvoltura e naturalidade.

Page 41: Melhorar Comunicacao

39

A postura corporal é um importante instrumento para acentuar determinados

trechos da fala, reforçar o que está sendo dito ou aumentar o envolvimento e a adesão da

assistência à nossa mensagem.

Coloque-se de frente para o público ou para os interlocutores e, enquanto fala,

gire suavemente para a esquerda e a direita a fim de se dirigir a todos os ouvintes. No

caso de uma palestra ou conferência dirija-se a todos os locais do auditório,

movimentando-se lentamente para os lados e para frente, mas sem exageros.

Enquanto fala, distribua o peso do corpo de forma equilibrada sobre ambas as

pernas, evitando posturas inadequadas. Os braços devem ficar ao lado do corpo ou em

ângulo acima da cintura. Gesticule de forma moderada.

Sublinhe as palavras mais importantes com gestos suaves e naturais, mas que

ressaltem o sentido do que está sendo dito. Andar lentamente em direção à plateia nos

momentos mais importantes da oratória também ajuda a aumentar a ênfase, mas evite

movimentar-se o tempo todo. Mantenha a coerência entre o que está sendo dito e a sua

expressão facial e corporal.

4.2. Gestos que podem ser interpretados de maneira positiva

A comunicação não verbal é um campo extremamente abrangente para o

aprimoramento do processo de comunicação, pois apresenta recursos de grande

importância para o êxito da mensagem se utilizados de forma correta.

Entre os recursos que utilizamos para acentuar e dar diferentes entonações ao

que estamos dizendo, os movimentos das mãos são muito mais percebidos pelos nossos

interlocutores do que imaginamos e podem determinar o sucesso da nossa comunicação.

Os gestos têm significados bem definidos, como veremos a seguir:

Falar contando nos dedos expressa lógica e sensatez, ou seja, a pessoa que se

expressa com esse gesto ao falar está separando as informações na sua cabeça antes de

transmiti-las ao ouvinte.

Page 42: Melhorar Comunicacao

40

Aquele que conta a partir do dedo mínimo está sinalizando tranquilidade ao

expor suas ideias ao passo que a pessoa que conta a partir do polegar denota que está

pouco à vontade para falar, que sua explanação está sendo forçada.

O gesto que demonstra determinação e objetividade é expresso pela mão aberta

enquanto a pessoa conta os dedos para pontuar o que está sendo dito. As mãos postas

sobre a mesa indicam disposição para negociar, objetivar a conversa.

Ao apontar o dedo para o interlocutor, estamos reafirmando

nossa autoridade ou chamando a atenção para um fato importante.

Quando apontamos e abanamos o dedo, isso representa uma ameaça,

repreensão ou demonstração de hostilidade para com o ouvinte.

Os gestos de mãos que se utilizam dos polegares para

expressar positividade, negatividade ou apontar indicam a força de

caráter da pessoa e traços da personalidade do orador.

Com os polegares demonstramos humildade, superioridade, desejo de dominar

ou agredir. Quando cruzamos os braços com os polegares para cima, podemos estar

sinalizando uma atitude negativa ou defensiva (expressa pelos braços) e ao mesmo

tempo de superioridade ou autoconfiança (representada pela posição dos polegares). As

mãos postas sobre o estômago ou o colo sinalizam um gesto de proteção.

As mãos nos quadris indicam provocação, firmeza, desafio ou mesmo

contrariedade. As mãos nos bolsos é um gesto que comunica a necessidade da pessoa

estar em contato com o próprio corpo enquanto fala. Ela busca um ponto de conforto e

equilíbrio para vencer a insegurança. É um gesto interpretado com negatividade, pois

pode ser interpretado também como uma denúncia de que o orador está tentando

esconder ou sonegar alguma informação.

Quando cumprimentamos outra pessoa, o aperto de mão pode definir os papéis

que cada um vai assumir na relação, de forma inconsciente ou não. Assim, quando

mantemos a palma da mão virada para baixo ou inclinada, obrigando o interlocutor a

estender a sua com a palma para cima, estamos indicando que queremos assumir o

controle. Para desarmar o aperto de mão daquele que indica querer dominar a relação,

utiliza-se o gesto de segurar as costas da própria mão nas imediações do pulso.

De maneira oposta, aquele que toma a iniciativa de cumprimentar com a palma

da mão para cima está concedendo o controle ou o comando da situação ou da relação.

Page 43: Melhorar Comunicacao

41

O aperto de mão firme na vertical sinaliza respeito e harmonia de forma mútua.

Algumas pessoas indicam o desejo de invadir o território do outro ao cumprimentar,

utilizando a mão esquerda para segurar o ombro do interlocutor.

Existem muitos outros gestos que fazemos de maneira consciente ou não, que

fornecem informações adicionais às nossas palavras para melhorar a nossa

comunicação.

Assim, encontre a gestual mais adequada e natural ou aprimore sua forma de

expressão corporal sem artificialismos e deixe seu corpo trabalhar a seu favor nas

situações de comunicação interpessoal, quando falar a um grupo de pessoas ou

apresentar uma palestra.

4.3. Gestos que podem ser interpretados de maneira negativa

Assim como os gestos podem ser um grande aliado no processo de comunicação,

muitos sinais representam ou induzem bloqueios à mensagem e desconfiança ao

interlocutor.

Ao falar, evite tocar o rosto, o nariz, as sobrancelhas ou orelhas com as mãos.

Esses gestos normalmente são feitos de forma inconsciente e atrapalham a

comunicação, pois sinalizam ou denunciam sentimentos ou sensações subjacentes ao

que está sendo dito e serão interpretados de maneira negativa por quem está

ouvindo/assistindo à mensagem oral.

O gesto de colocar uma ou as duas mãos sobre o rosto,

ainda que por alguns segundos, significa que o orador teve a

mente invadida por uma ideia ou pensamento negativo, que

está com dúvidas, que sua mensagem é falsa ou exagerada.

Levar a mão ou um dedo à boca enquanto fala indica tentativa

inconsciente de reprimir uma palavra ou frase falsa que estão

sendo pronunciadas.

Pesquisas afirmam que quando uma pessoa está mentindo, reduz a circulação

sanguínea nas extremidades, o que provoca um aumento da sensibilidade nos terminais

Page 44: Melhorar Comunicacao

42

nervosos da face. Isso explicaria por que o gesto de tocar rapidamente ou esfregar o

nariz enquanto fala denuncia uma mentira ou um pensamento negativo.

Outro gesto que pode ser interpretado como uma tentativa de bloquear uma

dúvida, uma informação falsa ou mesmo uma mentira que está sendo contada é tocar o

olho ou esfregá-lo. Nesse caso, estamos nos referindo a um gesto do interlocutor, que

também poderá desviar o olhar em outra direção para não encarar quem está mentindo.

O ouvinte também pode esfregar uma das orelhas, colocar a mão por cima do

ouvido ou dobrar o lóbulo da orelha, gestos que indicam uma tentativa de bloquear as

palavras que estão sendo pronunciadas, nas quais ele não está mais interessado ou soam

mentirosas.

Portanto, ao falar, preste atenção no seu ouvinte. Se ele apoiar o rosto com uma

das mãos pode estar informando que perdeu o interesse ou está entediado. Se ele

mantiver a mão fechada sobre o lado da face e com o dedo indicador estendido, nem

tudo está perdido, pois esse gesto indica que o ouvinte está fazendo uma avaliação do

que está ouvindo, está interessado.

Ao falar, evite segurar o próprio pulso com a outra mão, pois isso indica

frustração e um gesto de busca de autocontrole.

Ao cruzar os braços, emitimos uma infinidade de sinais defensivos que variam

desde busca de proteção ao medo, a timidez, a demonstração de força e poder, frieza.

Combinado com as mãos fechadas, representa hostilidade. Se além dos braços cruzados,

as mãos estiverem segurando os braços, a atitude será de resistência, de autocontrole.

Cruzar pernas ao falar também denotam atitudes negativas. Normalmente

indicam nervosismo, defensiva ou reserva, competição. Aquele que prende a perna

cruzada demonstra obstinação, esperteza, mostra que está atento e seguro durante o

debate ou a conversa. Ao segurar os tornozelos, pode estar indicando a tentativa de

reprimir sentimentos.

De uma forma geral, todos os gestos cruzados de mãos, pernas e dedos

entrelaçados indicam autoproteção e bloqueio à comunicação. Já os gestos lentos

representam concentração e planejamento das ideias com vistas a um ataque a

determinado ponto do debate ou da oratória.

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43

Encerramento

Ao concluir o presente livro, temos a certeza de que apresentamos a você uma

análise ampla e aprofundada dos conceitos envolvidos no processo de comunicação para

o aprimoramento da sua expressão verbal, não verbal/corporal e escrita.

Esperamos que os conteúdos aqui desenvolvidos tenham proporcionado a você

uma base sólida de conceitos, informações e dicas para serem aplicados na sua vida

pessoal e profissional e que também sirvam de estímulo ao seu aperfeiçoamento

constante na arte de comunicar.

Como afirmamos no início deste trabalho, em um mundo repleto de novas

ferramentas e de ofertas cada vez mais diversificadas de informação, quem domina a

comunicação tem mais chances de obter sucesso profissional.

Assim, buscamos oferecer a você as ferramentas essenciais para o

desenvolvimento e o avanço da sua comunicação nas mais diversas áreas.

Sucesso e boa sorte!

Page 46: Melhorar Comunicacao

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Glossário

Abordar – Referir, analisar, falar sobre determinado assunto, interpelar outra pessoa.

Adverso – Que apresenta dificuldades ou obstáculos, resistente, hostil.

Animosidade – Agressividade.

Aprimorar – Aperfeiçoar, treinar, especializar-se.

Bloqueio – Barreira, impedimento, empecilho, trava.

Código – Sistema referencial através do qual a mensagem é elaborada e interpretada, ou

seja, palavras, gestos, imagens, sinais.

Conciliador – Aquele que atua para apaziguar uma situação de conflito ou

antagonismo, pacificador, intermediador.

Contexto – Situação em que ocorre a comunicação.

Complexo – Oposto a simples, complicado, intrincado, formado por múltiplas partes ou

significados.

Credibilidade – Passível se crença, crédito, verdade ou legitimidade.

Dimensão – Importância, medida, plano, significado.

Emissor – Aquele que elabora e transmite a mensagem.

Equívoco – Engano, erro, falha.

Expert – Especialista, perito, aquele que detém alto conhecimento técnico

especializado.

Flexível – Maleável, dobrável, mole. No sentido comportamental, uma pessoa flexível é

capaz ceder, adaptar-se, dar razão a quem tem, mudar de opinião para atingir um

objetivo.

Feedback – Retorno, resposta, a ação de rever o que já passou para checar sentimentos

e informações. Na comunicação, feedback é o recurso utilizado para reforçar a

mensagem ou checar se ela foi entendida pelo receptor.

Gerundismo – Vício de linguagem que emprega sem critérios o verbo no gerúndio

(fazendo, indo, falando, correndo).

Interlocutor – O mesmo que receptor. Aquele que recebe ou intermedia a mensagem.

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Intrincado – Complexo, formado por múltiplas partes, processos ou significados,

complicado, completo.

Jargão – Termo ou expressão restrito a um grupo e setor, linguagem específica, técnica,

clichê, estigma.

Linguagem de Libras – A linguagem dos surdos, código de comunicação não verbal.

Meio – Suporte físico por meio do qual a mensagem é transmitida.

Mensagem – A informação que é transmitida pelo Emissor ao Receptor.

Premissa – Diretrizes, princípios, ponto de partida, base.

Postura – Posição corporal, opinião, conduta.

Propositivo – Pessoa que age no sentido de apresentar propostas em uma situação

adversa. Aquele que propõe.

Receptor – Aquele que recebe e interpreta a mensagem.

Ruído – Barulho, sujeira. Na comunicação, representa aquilo que atrapalha a emissão, a

transmissão ou a recepção da mensagem.

Semiótica – É o campo da comunicação que estuda os signos, os sinais, os códigos.

Síntese – Resumo, extrato, objetividade. Aquele que escreve ou fala com poder de

síntese é uma pessoa que diz ou escreve o essencial com poucas palavras.

Signo – Aquilo que significa alguma coisa, sinal, código.

Símbolo – Aquilo que simboliza, sinal, representação.

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Exercícios

1) São funções da comunicação:

a. Informativa, Opinativa, Assertiva, Subtexto, Referencial.

b. Emotiva, Poética, Metalinguística, Denotativa, Conativa, Fática.

c. Apelativa, Publicitária, Interativa, Moderadora, Intermediária.

d. Emissão, Recepção, Meio, Mensagem.

2) Comunicação é:

a. O processo de troca de mensagens orais e corporais que ocorre quando falamos

em público.

b. A troca de códigos entre indivíduos com a intermediação de tecnologia da

informação.

c. Uma área do conhecimento que estuda a comunicação humana e seus processos.

d. Nenhuma das alternativas está correta.

3) São componentes do processo de comunicação:

a. Rádio, Televisão, Internet, Telefone, Tecnologia da Informação.

b. Emissor, Receptor, Ruídos, Barreira Semântica.

c. Postura corporal, Gestual, Mensagem Oral, Mensagem Escrita.

d. Mensagem, Meio, Código, Contexto, Emissor, Receptor.

4) Assinale V para Verdadeiro e F para Falso:

I. O meio é a parte intermediária da comunicação.

II. O contexto é a situação na qual ocorre a comunicação.

III. A mensagem é a informação transmitida pelo Emissor para o Receptor.

IV. O código é o suporte técnico através do qual a mensagem é transmitida.

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5) A comunicação pode ser dividida em dois grupos, que são:

a. Comunicação verbal e Comunicação não verbal.

b. Comunicação escrita e Comunicação Oral.

c. Comunicação interpessoal e Comunicação corporativa.

d. Comunicação direta e Comunicação indireta.

6) São características da comunicação não verbal:

a. Signos, música, cinema, palavra escrita.

b. Expressão facial, gestos, postura corporal, sinais.

c. Linguagem de libras, sinais de trânsito, voz.

d. Comunicação corporativa, Comunicação dirigida.

7) Na comunicação interpessoal, cada interlocutor recebe a mensagem de

acordo com:

a. Suas convicções políticas e religiosas.

b. Sua posição na empresa.

c. Sua expectativa de participar do processo de comunicação.

d. Suas vivências pessoais e profissionais, sua bagagem cultural e história de vida.

8) Entre as barreiras interpessoais e intrapessoais que podem ocorrer na

comunicação interpessoal podemos citar:

a. Percepção seletiva, Postura defensiva, Saturação de informações, Barreiras

semânticas.

b. Dificuldades de leitura e de escrita, Falta de concentração, Indisposição ao

diálogo.

c. Hierarquia, Dificuldade de comunicação entre os setores da empresa,

Competição.

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d. Diferenças culturais, Falta de qualificação profissional, Dificuldade de expressão

oral.

9) Em comunicação, feedback é:

a. Resumir a mensagem.

b. Retornar ao início.

c. Repetir a mensagem.

d. Checar se o receptor entendeu a mensagem.

10) A melhor forma de obter sucesso na comunicação escrita é redigir a

mensagem observando:

a. O perfil do destinatário.

b. O meio de transmissão da mensagem.

c. Correção ortográfica, poder de síntese, coerência sequencial.

d. Nenhuma das alternativas está correta.

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Respostas

1. b

2. c

3. d

4. I e IV (falsas) / II e III (verdadeiras)

5. a

6. b

7. d

8. a

9. d

10. c

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Referências Bibliográficas

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