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Encantamento Além do Agradecemos a todas as empresas parceiras que têm nos apoiado na edição de nossos livros, por investimento direto ou pela Lei Rouanet. LUDOEDUCAÇÃO
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Livro além do encantamento

Jun 02, 2015

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  • 1. Alm do EncantamentoAgradecemos a todas as empresas parceiras que tm nos apoiado na edio de nossos livros, por investimento direto ou pela Lei Rouanet.LUDOEDUCAO

2. Alm do EncantamentoComo as histrias podem ser uminstrumento de aprendizagemVania Dohme 3. Alm do Encantamento ExpedienteCaro Leitor Este livro da Fundao EDUCAR para voc: pai, professor, voluntrio e todos Autora aqueles que acreditam no poder da leitura. Vania Dohme Coordenao do projetoLer ou estimular a leitura para uma criana como plantar uma semente em Maria Eugenia da Costa Sosa terreno frtil. A leitura o incio de um sonho lindo, no qual as pessoas podero Slnia Nunes Martins Pradodesenvolver seu senso crtico e raciocnio lgico, acreditar mais em si e ter mais imaginao e criatividade para alcanar seus objetivos. isso o que queremos! Colaboradores Ajudar a formar cidados conscientes, sonhadores e, principalmente, realizadores. Ana Maria Marchi Ariane Priscila de Oliveira Agradecemos Vania Dohme por ter nos ajudado neste livro. Uma grande autora Projeto Grfico e uma grande parceira, que estimula a leitura de histrias infantis e a realizao Linea Creativade atividades ludoeducativas. assim que contribuiremos para que nossas crianas sonhem e realizem. Fotografia Guillermo Amorim Boa leitura! Reviso de Texto Patrcia Zahorcsak Fundao EDUCAR DPaschoal Impresso Grfica Editora Modelo Ltda. Realizao Editora Fundao EDUCAR DPaschoal www.educardpaschoal.org.br (19) 3728 8254 Ano de Publicao 2003 Tiragem 50.000 exemplares 4. Alm do Encantamento ndice A mensagem que toda histria transmiteComo a criana observa o mundo A mensagem que toda histria transmite5Muitas vezes no nos damos conta da forma como as crianas esto observando o mundo.Conseqentemente, como elas esto formando os seus conceitos sobre a vida, os adultos, As histrias e a formao de valores6o que certo e o que errado, ou sobre o que produtivo ou improdutivo. As histrias e o processo educacional 7Iludimo-nos achando que ela ir absorver somente aquilo que lhe dado nos momentosformais de educao: na escola, na igreja ou em casa, naqueles momentos que os pais Ficha de anlise do livro 10 elegem para, cuidadosamente, transmitirem conceitos que julgam importantes. Histrias: uma maneira de encantar11 Mas no existe nenhuma garantia de que as coisas so assim, ou melhor, elas no soassim! Ao lado dessas informaes esto concorrendo outras: conversas de outros adultos, Elementos da histria 14 dos amigos, dos meios de comunicao, como a televiso e as revistas, e mesmo aquelasvindas da observao que a criana faz do comportamento dos prprios pais e professores, Ficha de preparao da narrao de uma histria 15 nos momentos em que estes esto mais descontrados, nos quais no se sentem nasituao de estarem passando uma mensagem. Dicas para contar uma histria16Mas ocorre que tudo, absolutamente tudo o que nos rodeia, e no caso rodeia a criana, Como potencializar o efeito de uma histria 17 est passando mensagens. Nesta era de comunicao somos bombardeados pormensagens e os mais capazes comunicadores se empenham em ganhar a ateno, tanto Como fazer um projeto 19 de adultos como de crianas. Bibliografia22O que atrai a ateno da criana Fundao EDUCAR DPaschoal 23Nesta competio pela ateno vencer aquele que falar da forma mais adequada, maisatraente ao pblico para o qual a mensagem se destina.No caso de crianas, atrair mais ateno aquele que usar uma mensagem acessvel eSobre a autorabem humorada, acompanhada de ao, msica, desenhos engraados e de cores vistosas,bichinhos e seres fantsticos.Assim, a criana tende a prestar mais ateno s mensagens apresentadas dessa forma doque aquelas apresentadas formalmente pelos adultos responsveis pela sua educao.Podemos concluir que a formao das crianas uma mescla daquilo que controlamoscom momentos incontrolveis, vindos de diversos meios de comunicao que atraram asua ateno. 5 5. Alm do EncantamentoAs histrias e a formao de valoresAs histrias e o processo educacionalPoderemos controlar uma boa alfabetizao, garantir o aprendizado de geografia, falar Para que uma histria possa ser utilizada com xito em um processo educacional ingls, tocar piano. Mas como poderemos controlar a formao do carter? A adoo denecessrio que ela atenda a dois requisitos: qualidade e forma.valores? Uma conduta tica que leve formao de um adulto construtivo em suacomunidade?Histrias: uma maneira de educar...A adoo de um conjunto de valores que norteie a vida de uma pessoa algoabsolutamente ntimo, no se fora e nem se obriga. Este processo encerra uma escolha,Qualidade: Mensagem que a histria transmiteque deve ser livre e fruto do entendimento de que a deciso de adotar determinado valorPara perceber o contedo educacional de uma histria, o primeiro passo estar uma forma de conduta que lhe trar satisfao e poder conduzi-lo a boas realizaes.convencido que elas so um meio eficiente de transmisso de uma mensagemAssim, para possibilitar esta escolha necessrio que lhe sejam apresentados algunseducacional.exemplos de conduta, de modo de vida, de adoo de atitudes e valores que levem aA partir da o educador passa a olhar com outros olhos as histrias que se apresentam aresultados satisfatrios para quem os est vivendo, a sua famlia, a seus amigos e ele como possveis de serem contadas. E mais do que isso, o contador passa a ser umsociedade em geral.vido colecionador de histrias, procurando ver nelas, alm da graa do roteiro, aqualidade da mensagem e como podero impactar os seus ouvintes.Em outras palavras: Existem histrias onde a mensagem evidente, mas h outras onde a mensagem est preciso que lhes contem histrias...mais escondida e preciso esprito de explorador para poder encontr-la... mas vale apena! As recompensas so tesouros, nos do a impresso de pertencerem somente a ns,As histrias ensinam a viver. Elas encerram anseios, desafios, vitrias, derrotas e j que os descobrimos.conquistas. O encadeamento do enredo exemplifica modos de vida e o final, geralmenteEm seguida vem a escolha; ao entendermos o uso de uma histria como um momentofeliz, um alento, uma esperana, uma diretriz que mostra que aquele que agir assimprivilegiado para a transmisso de conceitos, percebemos a importncia da sua escolha.tambm poder obter a felicidade.Na verdade, estaremos decidindo o tipo de conceito que desejamos transmitir. Mais do queAssim, chegamos s concluses:isso, o tipo de ao transformadora que desejamos desencadear!Por isso, muitas vezes, o processo pode acontecer ao contrrio. Aps elegermos umdeterminado valor a ser transmitido, capaz de deflagrar um comportamento necessrio ouSe as crianas esto mais abertas a mensagens alegres,desejvel, que passamos a procurar uma histria que contenha esta mensagem. que falem sua linguagem simples...e Assim, o contador de histrias, que se v primeiramente como um educador, deve ser...se as histrias so capazes de fornecer refernciasconhecedor de inmeras histrias, sobre as quais tem perfeito entendimento do seu para a formao do carter da criana... contedo. E embora este acervo esteja nos livros da biblioteca de sua escola ou nasestantes de sua casa, ficam tambm disponveis em um ba imaginrio prprio e podemos concluir que as histrias soexclusivo, como tesouros a serem usados quando o momento solicitar. uma excelente forma de ensinar! preciso comprometimento para que o contedo educacional de uma histria sejatransmitido de forma fiel.67 6. Alm do EncantamentoAs crianas podero receb-lo atravs da leitura de um livro, mas isto est longe de serAfetividade: As histrias so importantes em um processo educacional primeiramenteum ato unilateral. O educador dever motiv-la, criar expectativa sobre o seu contedo,porque as crianas gostam delas. E todas as vezes que estamos trabalhando comacompanhar como a criana est absorvendo cada uma de suas pginas, dialogar com algo que do agrado do pblico, comeamos com vantagem, aumentam asseus personagens, caminhar, e ensinar a criana a caminhar, no local onde a histria estpossibilidades de sucesso. Isto tambm gera um ambiente agradvel e umse desenrolando. ambiente agradvel contribui com um bom relacionamento. Boas relaes permitem o dilogo, que acaba gerando uma maior compreenso do outro, maior respeito,O educador poder optar por contar a histria s suas crianas; para isso, ele deve se conseqentemente uma relao de amor.assegurar que suas palavras e o uso dos recursos auxiliares podero transmitir fielmente amensagem. Raciocnio: medida que a criana vai lendo ou ouvindo uma histria, ela vai mentalmente a acompanhando. Na histria O grande dia2, ela acompanhar comO panorama onde as histrias se desenrolam contm elementos importantes para a sua interesse as estratgias elaboradas por Rodrigo e se perguntar: por que ser quecompreenso; o narrador dever descrev-los com exatido. Por exemplo, na histria A ele no joga futebol tambm? Far conjecturas: ser que ele no gosta? Ser quesemente e a verdade 1, importante deixar claro que o principal objetivo do imperador era os outros jogadores no o querem? Ela procurar antecipar o final, e quando esteencontrar algum digno para poder suced-lo; tambm importante realar o empenho chegar ir compar-lo com aquilo que pensou. O enredo das histrias incita oque o menino teve em cuidar da semente, para que a criana possa entender a estratgia raciocnio e a reflexo.do rei e valorizar a lealdade do menino.Senso crtico: Acompanhar o enredo de uma histria forar uma anlise, umDeve-se tambm tomar cuidado com as circunstncias que envolvem a histria; pode posicionamento. Ainda na histria O grande dia2 o fato de o protagonista ter umaacontecer que o protagonista tenha aes nobres, mas seja pouco corts ou arrogante. necessidade especial, levar reflexo sobre a excluso e sobre como as diversasTudo estar sendo absorvido pela criana e nem sempre podemos controlar a intensidade potencialidades de uma pessoa podem ser exploradas. Este processo podecom que isto est sendo absorvido; assim, devemos estar atentos a todos os tipos de acontecer tanto espontaneamente como suscitado pelo professor, atravs demensagens que estamos transmitindo. discusses em grupo, jogos e outras atividades ldicas.Imaginao: As histrias podem levar aos mais diversos mundos: uma escola ideal, umAspectos do desenvolvimento que as histrias proporcionam bairro alegre, um acampamento... Tambm podem levar a lugares fantsticos: umNa escolha e preparao da histria, o educador deve estar ciente de que ela tambmpalcio real, uma caverna subterrnea, sobre as nuvens e dentro do mar. Nelasestar contribuindo com o desenvolvimento das crianas nos seguintes aspectos: conhecemos duendes, drages, bruxas e fadas, mas tambm conhecemos pessoas comuns, iguais a ns. Atravs das histrias as crianas podem conhecer novos personagens, novas situaes e sentirem novas emoes. AfetividadeCriatividade: Os elementos contidos nas histrias fazem com que as crianas obtenham Raciocnio novas referncias, vindo a formar um repertrio de imagens e situaes. Essas novas referncias misturadas entre si podero formar situaes absolutamente Senso crticonovas, introduzindo as crianas em um processo de criao. Imaginao Criatividade1 2Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.8 9 7. Alm do EncantamentoFicha de anlise do livroHistrias: uma maneira de encantar...A seguir apresentamos uma ficha que auxiliar na classificao da mensagem educacional Formade uma histria. Uma boa mensagem um excelente comeo, o mais importante quando pensamos noNome da histria:objetivo educacional. Mas ela de nada adiantar se no chegar at a criana. Para isso, elaMensagem que a histria passa: precisa ser apresentada de forma alegre, leve, colorida, com jeito de criana.Fato principal para atransmisso da mensagem: A histria lidaFatos preparatrios para acompreenso da mensagem: Muitas vezes a histria est to bem escrita, a mensagem est to clara e as ilustraes transmitem to bem o que se deseja, que imprescindvel colocar o livro na mo daAspectos culturais, cientficos criana. O educador tambm poder optar por ler ele mesmo a histria para as crianas ouou sociais presentes na histria: motiv-las a l-la.Afetividade 1 2 3 4 5 Qualquer uma das formas no deve ser mecanicista e o educador precisa se envolver neste processo. A leitura o centro de todo um processo que no comea quando se abre Raciocnio 1 2 3 4 5 a primeira pgina e nem tampouco se encerra no fechamento do livro. A histria um contexto atravs do qual podemos discutir com nossas crianas, umIntensidade em que a histria Senso crticoatinge os objetivos educacionais:1 2 3 4 5 assunto, uma forma de pensar, uma conseqncia... As crianas ficam motivadas a ler uma histria medida que percebem que o educador jImaginao 1 2 3 4 5 leu, a conhece. Existem muitas maneiras criativas de incentivar a leitura:Criatividade Apresentar a sinopse do livro atravs de um jogo. 1 2 3 4 5 Comear a contar a histria com o grupo e, depois disso, pedir que cada um faa a suaAlegria Limpezaleitura individual.Coragem Responsabilidade Pedir que os participantes de uma dupla leiam diferentes histrias e, depois disso, queJustia Confiabilidade cada um conte para o outro a histria que leu.Paz Honestidade Trabalhar quatro ou cinco histrias diferentes com o grupo e depois fazer umaAmorMisericrdia sesso de contos em conjunto, onde cada um tenta adivinhar o que o outro leu.Valores sociais e moraistrabalhados na histria:CortesiaSolicitude O livro poder ser ampliado para ser um livro gigante onde todos possam ler em conjunto,LealdadeCooperao ou ser apresentado em um cineminha. Certamente, estas formas inusitadas de lerRespeitoIgualdadeencantaro as crianas.CompartilhamentoPacinciaO importante ver uma histria como o centro de um processo, onde fazem parte outrasDisciplinaTolerncia maneiras de comunicao, jogos e atividades ldicas que tomam como base o seu enredo.10 11 8. Alm do EncantamentoA histria contada Recursos auxiliares: Existem narradores habilidosos capazes de prender a ateno de uma platia sem usar qualquer recurso. A maioria das pessoas pode chegar a isso comO contador de histria deve ser encantador, ter graa, prender a ateno da platia. E, ao dedicao e treino. Porm, o uso de recursos auxiliares muito til para aumentarcontrrio do que a maioria acha, ser um bom contador de histria muito mais tcnicaa ateno da platia, pois colaboram com a sua graa e colorido. Na verdade, elesdo que dom.no passam de brinquedos manuseados pelos adultos para deleite das crianas, por isso, elas os adoram. So os fantoches, marionetes, boces, maquetes,Uso da voz: A voz a ferramenta maior do contador de histria. Em primeiro lugar, ele teatros de sombras e outros, que nos auxiliam a contar a histria. deve se assegurar de que todas as pessoas o esto entendendo. Sua voz deve serDurante a narrao simples, o educador pode tambm utilizar alguns recursos: clara, com boa dico, pronunciando as palavras devagar e corretamente cada um chapu de fada, um manto real, as crianas podero beber um pouco do mel uma de suas slabas, falando claramente cada encontro voclico ou consonantal,do favo que o ursinho acabou de achar, todos podero cheirar o terrvel gs de pronunciando os finais com as letras R, S e L.hortel que sai das narinas do drago. A receita no difcil: imaginao, um A voz deve ser em bom volume; no pode ser baixa, a ponto de necessitar pouco de irreverncia, descontrao e bom humor. fcil encantar as crianas, esforo para escut-la, e no deve ser muito alta, o que irrita e tira o momento de elas so simples, ingnuas e se divertem muito com estas pequenas coisas. cumplicidade que o narrador e os ouvintes devem ter. A entonao, mais grave ou aguda, permite compor uma srie de personagens. As crianas adoram ouvir a voz estridente da bruxa e a voz grossona do urso. A combinao dos elementos velocidade e volume tambm passam emoes: uma voz ligeiramente mais alta e mais rpida, passa momentos de perigo; uma voz, um pouco mais baixa do que a da narrao normal e um pouco mais devagar, passa um sentimento de segredo, suspense. Usar estes artifcios muito simples d colorido narrao.Postura facial e corporal: A voz evidentemente no vem sozinha; ela vem acompanhada de todo um corpo e ele precisa falar a mesma linguagem. O contador deve se entregar por inteiro narrao: o corpo deve estar ereto, em uma posio na qual todas as crianas possam v-lo, e errado fazer qualquer ato que no tenha sentido com a narrao que est fazendo (se coar, jogar os cabelos, acenar para quem est passando, etc.). Os gestos devem ser comedidos e utilizados apenas quando a histria permitir, sendo que nestes momentos podem at ser exagerados: abrir os braos para mostrar que algo bem-vindo, pr as mos na cabea em sinal de susto, abraar-se para mostrar aconchego, etc. A expresso facial tambm deve ser cuidada, e para isso deve-se treinar na frente do espelho, pois o fato de estarmos sentindo uma emoo no assegura que a estamos transmitindo.1213 9. Alm do EncantamentoElementos da histriaFicha de preparao da narrao de uma histriaCompreender os elementos da histria importante para dar colorido narrao: Ttulo:Extrado do livro:Personagens: importante distinguir os personagens da histria, saber quais so osAutor: principais, os secundrios e os suprfluos. Dos principais necessitamos conhecer bem suas caractersticas, para poder transmiti-las aos ouvintes de forma que elesSinopse: possam imagin-los e, com isso, compreender melhor a histria. Dos secundrios no precisamos ter tanto conhecimento e os suprfluos geralmente so apenasConflito principal: mencionados.Nome, descrio e funo dospersonagens principais:Cenrio: o local onde se desenrola a histria. interessante conhecer mais sobre ele, indo alm do que est escrito no livro. Isto nos levar a circunstncias que poderemos utilizar durante a narrao ou para criar alguma atividade complementar que reforce o contedo da histria. Nome e funo dos personagenssecundrios:Desafio central: As histrias geralmente tm o seu ncleo em um conflito principal, e o seu Personagens suprfluos: desenrolar vai se ocupar de fazer com que o ouvinte entenda e se envolva comCenrio: este conflito, acompanhando-o atentamente e torcendo por um final feliz, que na maioria das vezes acontece. Muitas vezes, alm desse conflito central existem os Introduo: perifricos que tornam a histria mais empolgante; quando isso acontece preciso ter cuidado para no dar muita nfase a eles e deixar a narrao confusa.Enredo:Ponto culminante:O ritmo de uma narraoDesfecho:Uma narrao uma sucesso de emoes: surpresa, dvida, encantamento, medo, AndocheCineminhaansiedade, alvio, revolta, admirao, alegria e tantas outras. Dramatizao MaquetePara conseguir o envolvimento da platia necessrio suscitar estes momentos dePossibilidade de uso de recursosTeatro de sombraauxiliares:Quadrosemoes de uma forma planejada, onde eles estejam estrategicamente colocados eDedochesalternados.BocoMarionetes Fantoche Teatro de velcroUma boa narrao precisa ter ritmo, e para empreg-lo necessrio entender as partes Radionovelaoutrosque compem uma histria: introduo, enredo, ponto culminante e desfecho.Interaes possveis com ascrianas:Jogos, dinmicas, trabalhosmanuais que podem ser utilizadosaps a narrao:14 15 10. Alm do EncantamentoDicas para contar uma histriaComo potencializar o efeito de uma histria1 Fazer a escolha cuidadosa da sua histria. Escolher aquela que bate com a sua forma O que fica de uma histria? de pensar, que lhe encanta e incita a sua imaginao.Aps a preparao cuidadosa, chegou o momento da narrao. Ela transcorreu com xito,2 Estudar a histria entendendo os seus elementos principais: personagens, cenrio, os olhos das crianas brilhavam, foi ntida a emoo que elas sentiram. E pelos olhos de conflito principal. Refletir sobre a sua mensagem educacional, destacando quais so as indignao, concordncia e alvio que seus rostos transmitiram, elas compreenderam situaes usadas para a sua transmisso. Dividi-la nas quatro partes: introduo,perfeitamente a mensagem que desejvamos transmitir. E agora? enredo, ponto culminante e desfecho. Preencher as fichas, pginas 10 e 15.Ser que estes quinze minutos apenas justificam tanta preparao? Ser que eles sero3 Decidir se na narrao sero usados recursos auxiliares e, neste caso, quais. capazes de infiltrar na mente das crianas os valores que desejamos passar? Ser que elestero fora suficiente para orientar ou transformar comportamentos?4 Fazer uma adaptao da histria visando a adequao aos recursos auxiliares e narrao com as suas prprias palavras. Providenciar os recursos auxiliares, como uma resposta difcil. Como na parbola do semeador, haver sementes que cairo em fantoches, adereos, etc.solo frtil: germinaro. Haver aquelas que cairo no deserto: permanecero esquecidas.E haver aquelas que necessitaro de calor e sol para germinar, demoraro mais, mas se5 Contar a histria para si mesmo, em voz alta, para detectar os pontos de maiortornaro plantas e daro frutos. dificuldade e os que podem ser aproveitados para dar maior nfase. Preferencialmente fazer diante do espelho. O que preciso oferecer as mais diversas possibilidades s crianas. Histrias variadas,que possibilitem suscitar inmeras emoes, sentimentos variados, exemplos distintos.6 Minutos antes da narrao, reler a histria, ou a sua adaptao. Isto relembrarEssas experincias se juntaro com aquilo que ouviram de seus pais, professores, que elementos da histria e permitir entrar no clima. viveram, experimentaram, e que formaro um conjunto de experincias capazes depossibilitar as suas prprias escolhas, que nortearo as suas vidas e sero um esteio nas7 A histria dever ser contada sempre aps as crianas estarem ambientadas e teremhoras mais difceis. satisfeito suas principais expectativas com o ambiente e umas com as outras. Preferencialmente aps uma atividade agitada.Atividades ldicas que potencializam as histrias8 Sentar as crianas em crculo com o narrador fazendo parte dele.Porm, ns podemos potencializar o efeito de uma histria promovendo atividades queusem os seus diversos elementos:9 Iniciar comentando alguns de seus aspectos principais, para que as crianas coloquem suas experincias sobre eles, minimizando as possibilidades de interrupes durante aDramatizao: histria. As crianas podem dramatizar a histria, de forma tradicional, em mmica,cantada, em quadros parados, em radionovela. Podem fazer o cenrio, o figurino em10 Entregar-se histria, de forma confiante e calma, valorizando todos os esforospapel crepom ou jornal.empregados para a sua escolha e estudo. As crianas podem dramatizar a histria com fantoches fornecidos ou criados por11 No permitir interrupes; caso alguma criana queira interromper, fazer um sinal comelas. Podem fazer um teatro de sombra ou uma maquete.a mo mostrando que depois da narrao a criana ser atendida. Pode-se solicitar que esta dramatizao use os elementos da histria em umenredo criado por elas: como esta histria continuou?; como esta histria seria se12 Aps a narrao, o dilogo poder ser incentivado, nunca, porm, concludo pelas faltasse ou se acrescesse determinado elemento?crianas. Atender queles que quiseram se manifestar. Apresentar uma cano da terra do Hiroshi. Um almoo tpico 3. 3 Bem-vindo, Hiroshi. Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.16 17 11. Alm do EncantamentoComo fazer um projetoAdaptando jogos:1 Identificar uma histria que apresente uma mensagem capaz de transmitir valores eOs jogos comuns permitem adaptaes para que as crianas vivenciem a histria.estimular a cidadania. Em um jogo de pegar o pegador pode ser o drago. 2 Selecionar uma forma de apresentar esta histria para as crianas por meio da sua A organizao pregada no livro Ordem progresso pode ser vivenciada em 4leitura e/ou da sua narrao.um revezamento.3 Fazer um planejamento de atividades que possam potencializar esta histria, Em um jogo de bola, onde esta pode ser as diversas espcies de lixo e os seusharmonizando os elementos do enredo com a mensagem educacional que ela encerra.arremessos s valero pontos quando carem no cesto certo 5.4 Estabelecer uma forma de avaliao da absoro da mensagem atravs das prprias A estratgia de um jogo pode estar montada em zonas que representam guasatividades.paradas que precisam ser eliminadas para evitar a proliferao da dengue 6. Um jogo de mmica pode ter como desafio representar tipos de trabalho voluntrio 7.5 Fazer o registro do planejamento e da aplicao por meio de relatrios, fotos, Em um jogo de perguntas e respostas o desafio pode ser a seqncia e a depoimentos e outros de modo a permitir a sua aplicao em outras oportunidades. 8interpretao das frases do Hino Nacional .Artesanato: Projetos feitos com histrias Apresentar em forma de histria em quadrinhos.Aps ter-se estudado uma histria para narr-la cuidadosamente, ter-se trabalhado com as Reproduzir cenas da histria em argila.crianas com determinado livro, ter-se aplicado algumas atividades, houve tanto interesse, Fazer um quadro para ser o cenrio do teatro de fantoches. as crianas aproveitaram tanto a mensagem que a histria encerrou e ficou a vontade de Fazer a maquete de uma cidade para que o prof. Bris ensine as regras de fazer algo mais. Este algo mais um projeto.trnsito9.Um projeto vem a ser um planejamento de diversas atividades que tem como objetivo Fazer um castelo em papelo, madeira, tecido e argila. Uma floresta de jornalprincipal transmitir uma mensagem educacional contida em uma histria, aproveitando ospintado.seus elementos. Fazer os bonecos em papier mch, desenhar um figurino para a princesa,para o ratinho Felcio, etc.Para fazer isto basta que destaquemos com muita preciso o ncleo onde a histria se Outras manifestaes artsticas e ldicas. desenvolve, por exemplo, usando a histria de Pinochio, cujo valor trabalhado avulnerabilidade do mentiroso. Podemos fazer um projeto que usa os elementos da histriaao mesmo tempo em que refora a importncia da verdade. Em resumo, estaremosO enredo e as mensagens educacionais de uma histria tambm podem ser trabalhando a verdade em oposio mentira, e o enredo do Pinochio apenas o atrativousados como tema para reflexo em diversas dinmicas de grupo.para as crianas.4Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.5Papel e casca s se pem no lixo. Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.6Dengue, nunca mais! Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.7Voluntrio Fazendo Acontecer. Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.8Juca Brasileiro e o Hino Nacional. Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.9Prof. Bris em Educao no Trnsito. Luciana de Almeida e Cssia Isabel Costa Mendes. Editora Fundao EDUCARDPaschoal.18 19 12. Alm do Encantamento Projeto Vale PinochioProjeto Tudo Organizado10 1 semana (1h) Baseado no livro Tudo Organizado Contar a histria. 1 dia - Leitura do livro.As crianas so divididas em pequenas equipes, cada qual com um nome. So Deflagrar a Campanha Vale Pinochio.relacionadas tarefas de organizao da classe: limpar o cho, recolher o lixo, arrumar As crianas recebem um talo com 10 vales, cada um deles vale uma verdade e deve as carteiras, apagar o quadro-negro, guardar os livros de classe, etc. Faz-se um ser preenchido pela criana todas as vezes que ela vencer um impulso de mentir.quadro de escala das tarefas das equipes para o mutiro Tudo organizado. Cada criana recebe tambm um desenho do Pinochio feito em branco e preto e aPode-se fazer o mutiro com as outras turmas que ocupam a mesma classe, e disso trao. A cada vale preenchido entregue ao educador (significando que venceu osurgem tarefas de comunicao entre as turmas: fazer um quadro de avisos, mandar impulso de mentir) ela recebe uma pea colorida para ser colada sobre o desenho do mensagens, etc. Pinochio. Estas peas devem ser em nmero de 10 e preencher por completo a2 dia - Execuo das tarefas do mutiro. figura. No final do perodo, aps as 4 semanas, as crianas, independentemente de terem preenchido o quadro colorido ou no, que desejarem continuar se esforando As crianas criam formas de organizao da fila de alunos utilizada para a entrada e para falar a verdade declaram isto e recebem o Diploma da Verdade. Todos ossada da sala de acordo com outros parmetros de organizao: pela ordem julgamentos so feitos pelas crianas sem interferncia de qualquer adulto, pois o alfabtica do nome, dia do nascimento, tamanho do p, etc. Estas formas de objetivo fazer a criana refletir. organizao so utilizadas nos dias seguintes do projeto.3 dia - Execuo das tarefas do mutiro. 2 semana (3 hs) As crianas fazem uma atividade ldica utilizando um meio concreto (desenho, grosem uma garrafa, fios de l) para visualizarem como gastam o seu tempo e como Jogos sobre Pinochio e a verdade.podero se organizar de forma diferente.4 dia - Execuo das tarefas do mutiro. 3 semana (2 hs)Atividade: O Rei da mochila. As crianas do nota de 1 a 5 para todos os objetos Artesanato: Construir um boneco de madeira.que trazem na sua mochila de acordo com a utilidade dos mesmos, tentando eleger oRei da mochila. Podem fazer o mesmo na sala de aula, ou com o seu quarto, como 4 semana (3 hs) lio de casa.A tarefa seguinte ser tornar os objetos inteis em teis levando para outros lugares Festival da Verdade: Os diversos talentos so apresentados usando a histria e oem que possam ser aproveitados. tema verdade como fundo. Podem ser apresentadas: canes, versos, esquetes ou feita uma exposio sobre quadros, esculturas e outras manifestaes artsticas. 5 dia - Execuo das tarefas do mutiro.Para o encerramento do mutiro pode-se fazer uma confraternizao com todas as Entrega do Diploma da Verdade.turmas que ocupam (e cuidam) da mesma sala.Pode-se fazer tambm um mutiro de organizao da biblioteca, da despensa dacozinha, do armrio de material de escritrio na escola ou em uma organizaosocial.10 Patrcia Secco. Editora Fundao EDUCAR DPaschoal, Campinas, SP.20 21 13. Alm do Encantamento Bibliografia Fundao EDUCAR DPaschoalBELINK, T et al. A produo cultural para a criana. 3 ed. Porto Alegre, RS: Mercado Aberto, 1986.A EDUCAR desenvolve programas que incentivam a tica, cidadania, leitura, reconstruo social, medidas socioeducativas, voluntariado eBETTELHEIM, B. A Psicanlise dos contos de fada. 12 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1998. protagonismo juvenil.CRAXI, A., CRAXI, S. Os valores humanos. So Paulo: Meca, 1995.DOHME, V. Tcnicas de contar histrias. 4 ed. So Paulo: Editora Informal, 2001. Em 1999, foi criada a Editora EDUCAR que publica livros para estimulara leitura e transmitir valores. Os principais temas so meio ambiente, cidadania,DOHME, V. Tcnicas de contar histrias para pais. Um guia para os pais contarem histrias para seusfilhos. So Paulo: Editora Informal, 2003.voluntariado e tica. Nestes anos foram doados para escolas e instituiesquase 14 milhes de livros.GARDENER, H. Inteligncias mltiplas. A teoria na prtica. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1995.GILLIG, J. M. O conto na psicopedagogia. Porto Alegre: Artes Mdicas Sul, 1999.Este novo projeto uma forma de nos aliarmos aos mediadores de leiturae conseguirmos cada vez mais formar leitores e despertar cidadosMAGEE, T. Raising a happy, confident, sucefull child. Philadelphia, USA: Trish Magee, 1996.que leiam, sonhem e realizem.MARTINELLI, M. Aulas de transformao. So Paulo: Peirpolis, 1996.MARTINELLI, M. Conversando sobre Educao em valores humanos. So Paulo: Peirpolis, 1999.MIGLIORI, R. F. et al. tica, valores humanos e transformao. So Paulo: Peirpolis, 1998.Visite o site www.eraumavez.org.br , cadastre seu projeto e compartilhe conosco sua experincia.MORIN, E. Os sete saberes necessrios educao do futuro. So Paulo: Cortez, 2000.NUNES. T. (Org.) Aprender a pensar. 12 ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 1986.Voc pode solicitar os livros infantis pelo sitewww.educardpaschoal.org.br ou pelo e-mailPEARCE, J. C. A criana mgica. 3 ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1987.fundacao@educar.com.br.PIAGET, J. O juzo moral da criana. 2 ed. So Paulo: Summus, 1994.RATHS, L. E. et al. Ensinar a pensar. 2 ed. So Paulo: EPU, 1977.RODARI, G. Gramtica da fantasia. So Paulo: Summus, 1982.SHELDOCK, M. L. The art of the story-teller. U.S.A.: Dover Publication inc., 1951.TAHAN, M. A arte de ler e de contar histrias. Rio de Janeiro: Conquista, 1957.UNIVERSIDADE Espiritual Mundial Brahma Kumaris. Vivendo valores - um manual. So Paulo:UEMBK, 1995.2223