Top Banner
22 de Julho 2013 | nº 94 Durante a reunião da direção do Sindipetro Bahia e FUP com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, no Rio, aproveitamos para fazer vídeos com dirigentes sindicais, parlamentares e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da estatal. Acesse www.sindipetroba.org.br e confira na WEBTV. CARTEL DOS NÍVEIS diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1983-2013 anos Denúncias chegadas ao Sindipetro Bahia apontam incoerências e indícios de irregularidades no processo de Avanço de Nível e Promoção que ocorreu na Usina de Biodiesel de Candeias. A direção do sindicato considera importante que as gerências de O&M e Geral se manifeste sobre este caso. No processo teria havido uma espécie de “cartel dos níveis”, com sérios prejuízos aos trabalhadores da Operação e do Laboratório. Na Operação: os supervisores avaliaram os TOs de seus grupos e dos outros 4 grupos. Aqui aponta-se a falha de um trabalhador ser avaliado por supervisor que não trabalha. Outra situação:supervisores concorrem ao nível junto com os TO. A pergunta que se faz é como o “avaliador” (supervisor) pode concorrera este nível com a mesma verba do TO; seria correto o trabalhador obter algum destaquena atividade concorrendo com um supervisor? No processo, os supervisores terminam por se auto avaliarem e trocam notas entre si. Pergunta: como um supervisor pode decidir se ele mesmo pode ganhar nível?. O resultado desta auto avaliação foi que dos 4 supervisores que concorreram ao nível junto aos TOs, pasmem, todos eles foram contemplados. Além de haver uma legislação condenável em causa própria, houve um grupo em que nenhum de seus técnicos ganhou nível, enquanto em outro grupo,com 6 trabalhadores, 5 ganharam nível. Esta má distribuição causou revolta entre os técnicos que sempre trabalham com total dedicação em unidade com muita demanda de manutenção e nem sempre nas melhores condições. No entanto, no momento de serem avaliados, supervisores manipulam o processo e terminam prejudicando quem realmente trabalha. Uma aberração ocorreu com a devolução da verba que poderia promover Técnico Jr para o Pleno,um total de 3,8 trabalhadores, sendo que só na operação havia 3 técnicos em condições de receber a promoção; no entanto, os “avaliadores” prefeririam devolver a verba a promover os técnicos. A pergunta que não quer calar: supervisores concorrem ao nível junto com os TOs, como o “avaliador” (supervisor) pode concorrer a este nível com a mesma verba do TO? é correto o trabalhador obter algum destaque na atividade concorrendo com um supervisor? Leia mais na página 2 Uma busca incessante do SMS do Sindipetro Bahia, o fim da exposição dos trabalhadores ao benzeno, teve mais um capítulo, na segunda-feira, 15/07, na Rlam. Em consequência das inúmeras denúncias realizadas pelo nosso sindicato, auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram uma inspeção surpresa nas unidades de processo da Rlam. Leia+ na página 2 Leia depoimento na página 3 MTE constata continuidade de exposição ao benzeno na Rlam Denúncias envolvem áreas da UO-BA e PBio SAÚDE Leia o Págs. 3 e 4 Riscos à saúde é recorrente na Rlam; a inspeção dos técnicos continua em agosto WANDAICK COSTA Confira entrevistas na TV SINDIPETRO sobre a reunião com a presidente Graça Foster
4

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA … · diáJORNAL logo JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1 9 8 3 - 2 0 1 3 s Denúncias chegadas ao Sindipetro

Dec 02, 2018

Download

Documents

haphuc
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA … · diáJORNAL logo JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1 9 8 3 - 2 0 1 3 s Denúncias chegadas ao Sindipetro

22 de Julho 2013 | nº 94

Durante a reunião da direção do Sindipetro Bahia e FUP com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, no Rio, aproveitamos para fazer vídeos com dirigentes sindicais, parlamentares e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da estatal. Acesse www.sindipetroba.org.br e confira na WEBTV.

CARTEl DoS níVEiS

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

Grevede 83

1 9 8 3 - 2 0 1 3

a n o s

Denúncias chegadas ao Sindipetro Bahia apontam incoerências e indícios de irregularidades no processo de Avanço de Nível e Promoção que ocorreu na Usina de Biodiesel de Candeias. A direção do sindicato considera importante que as gerências de O&M e Geral se manifeste sobre este caso.

No processo teria havido uma espécie de “cartel dos níveis”, com sérios prejuízos aos trabalhadores da Operação e do Laboratório. Na Operação: os supervisores avaliaram os TOs de seus grupos e dos outros 4 grupos. Aqui aponta-se a falha de um trabalhador ser avaliado por supervisor que não trabalha.

Outra situação:supervisores concorrem ao nível junto com os TO. A pergunta que se faz é como o “avaliador” (supervisor) pode concorrera este nível com a mesma verba do TO; seria correto o trabalhador obter algum destaquena atividade concorrendo com um supervisor?

No processo, os supervisores terminam por se auto avaliarem e trocam notas entre si. Pergunta: como um supervisor pode decidir se ele mesmo pode ganhar nível?. O resultado desta auto avaliação foi que dos 4 supervisores que concorreram ao nível junto aos TOs, pasmem, todos eles foram contemplados.

Além de haver uma legislação condenável em causa própria, houve um grupo em que nenhum de seus técnicos ganhou nível, enquanto em outro grupo,com 6 trabalhadores, 5 ganharam nível. Esta má distribuição causou revolta entre os técnicos que sempre trabalham com total dedicação em unidade com muita demanda de manutenção e nem sempre nas melhores condições.No entanto, no momento de serem avaliados, supervisores manipulam o processo e terminam prejudicando quem realmente trabalha.

Uma aberração ocorreu com a devolução da verba que

poderia promover Técnico Jr para o Pleno,um total de 3,8 trabalhadores, sendo que só na operação havia 3 técnicos em condições de receber a promoção; no entanto, os “avaliadores” prefeririam devolver a verba a promover os técnicos.

A pergunta que não quer calar: supervisores concorrem ao nível junto com os TOs, como o “avaliador” (supervisor) pode concorrer a este nível com a mesma verba do TO? é correto o trabalhador obter algum destaque na atividade concorrendo com um supervisor?

leia mais na página 2

Uma busca incessante do SMS do Sindipetro Bahia, o fim da exposição dos trabalhadores ao benzeno, teve mais um capítulo, na segunda-feira, 15/07, na Rlam. Em consequência das inúmeras denúncias realizadas pelo nosso sindicato, auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram uma inspeção surpresa nas unidades de processo da Rlam. leia+ na página 2

Leia depoimentona página 3

MTE constata continuidade de exposição ao benzeno na Rlam

Denúncias envolvemáreas da UO-BA e PBio

S A Ú D E

leia o

Págs. 3 e 4

Riscos à saúde é recorrente na Rlam; a inspeção dos técnicos continua em agosto

WA

ND

AIC

K C

OST

A

Confira entrevistasna TV SINDIPETRO

sobre a reunião com apresidente Graça Foster

Page 2: JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA … · diáJORNAL logo JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1 9 8 3 - 2 0 1 3 s Denúncias chegadas ao Sindipetro

22 de Julho 2013 | nº 94 diálogoJ O R N A L

2

Boletim Informativodos Trabalhadores

do Sistema Petrobrás

E X P E D I E N T E Ladeira da Independência, nº16A, Nazaré, SSA/BA,CEP 40040-340 – Tel.: 71-3034-9313E-mail: [email protected] Site: www.sindipetroba.org.br

Diretor de Imprensa: Leonardo UrpiaTextos e Edição: Alberto Sobral e Carol de AthaydeEditoração: Márcio Klaudat Tiragem: 5.000 exemplares – Gráfica: Mundo Plano

Pasárgada é aquiCARTEl DoS níVEiS

BEnzEno

TRAnSPARênCiA

No Laboratório, apesar de todo o esforço que os técnicos químicos fazem no turno, sacrificando muitas vezes o período de alimentação - devido ao processo de certificação dos tanques de B100 – dos 9 técnicos somente três ganharam nível; outros 4 nem sequer puderam concorrer, sob a alegação de que não atingiram as 2 competências mínimas exigidas. Em razão

disso, estão fora da conquista do nível por antiguidade de 18 meses, uma conquista da luta sindical.

Ao analisar estas avaliações surgem as dúvidas:

1° – por que 4 técnicos não atingiram as “competências mínimas”, uma vez que assumem os seus turnos, fazem procedimentos, certificam

WA

ND

AIC

K C

OST

A

CNPBz também visitará Rlam em agosto

Assembleia mantém punição a diretores

O foco da inspeção foi a exposição de trabalhadores ao benzeno em algumas das unidades classificadas pelo PPEOB (U-30/31, U-32 e U-39) e naquelas que a gerência geral da refinaria continua resistindo em classificar (U-6 e ETDI), apesar das evidências documentais da presença do benzeno e das cobranças do GTB, CIPA, Sindipetro-Ba, CEBz e CNPBz.

Os auditores queriam saber quais melhorias foram feitas pela refinaria desde a última ação de fiscalização e visita técnica da CNPBz até hoje.

A inspeção foi acompanhada pelo diretor de SMS do Sindipetro, Deyvid Bacelar, e por membros do GTB da Rlam. Foram analisados, entre outros, os sistemas de coleta de amostras e de drenagem; bombas; válvulas; flanges; sinalização; EPI’s, e; EPR’s.

Na área industrial, ficou evidenciado que está se fazendo muito pouco para reduzir as emissões fugitivas e vazamentos de benzeno na atmosfera e para minimizar o risco químico existente nesses locais insalubres.

A categoria petroleira em assembleia realizada na última quarta (17/7) rejeitou os recursos interpostos pelos membros do Plenário do Sistema Diretivo do Sindipetro punidos com suspensão dos mandatos.

Por 86 votos a favor, 3 contra e 19 abstenções, a assembleia manteve a suspensão dos

diretores que fizeram acusações contra a direção da entidade sem apresentar qualquer tipo de prova. A assembleia foi convocada como determina o Estatuto do Sindipetro Bahia, dando aos acusados o mais amplo direito de defesa.

Confira os nomes dos diretores que tiveram o recurso negado

Infelizmente, em unidades inspecionadas, uma série de irregularidades antigas, ainda foram encontradas, a exemplo de sistema de coleta de amostras aberto para atmosfera e válvulas e flanges com vazamento ou emissão fugitiva de produtos contendo benzeno

Das unidades de processo inspecionadas, apenas a U-30/31 conseguiu evoluir um pouco tecnologicamente. Para Deyvid Bacelar “diante do tamanho do problema e das irregularidades, ainda presentes, que continuam

expondo trabalhadores próprios e terceirizados a esse agente químico comprovadamente cancerígeno; essas pequenas mudanças realizadas demonstram uma falta de respeito aos órgãos fiscalizadores do Estado e, principalmente, à vida das pessoas que vendem a forca de trabalho para a Petrobrás.”

o processo de auditoria fiscal do MTE continua até agosto e a CnPBz faz uma nova visita técnica a RlAM no dia 14/08”.

pela categoria: Marcos André dos Santos, Carlos Eugênio Reis Almeida, orlando Santana Santa Rita, luiz Cláudio Costa lacerda, Guilherme Moreira da Silva, Antônio Carlos Freitas

dos Santos, Germino Borges dos Anjos, Jorge Machado Freitas, José da Guia, Jorge Augusto Portela Braga, José Jorge Martins e Jair Figueiredo dos Santos.

tanques, analisam as amostras de rotina e fazem testes?

2° – para ser “agraciado” com um nível, o técnico tem que ser amigo do coordenador? Para ganhar nível, o técnico tem que trabalhar no administrativo do Laboratório para ser visto?

NA UO-BAAs denúncias também indicam a mesma gravidade no “cartel dos níveis”na UO-BA. Os trabalhadores reclamamsobre a transparência na distribuição dos

níveis e promoções, com suspeita de só beneficiar “apadrinhados”. Os TOs das estações de Candeias, Taquipe e Água Grande sabem o que é isso, com crescente descontentamento em relação aos supervisores que se intitulam “donos” dos níveis.Diante destes fatos, a direção do Sindipetro Bahia exige transparência e ética nos processos de avanço de níveis e promoções, sem apadrinhamentos ou perseguições, em todas as unidades da Petrobrás e suas Subsidiárias.

Page 3: JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA … · diáJORNAL logo JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1 9 8 3 - 2 0 1 3 s Denúncias chegadas ao Sindipetro

nº 94 | 22 de Julho 2013diálogoJ O R N A L

3

manhã de quinta (18/7), na base Taquipe, para conversar com os trabalhadores. Os diretores Roque Sotero, João Marcos, Climério, André Araújo, Gilson Morotó e Deyvid Bacelar denunciam a intransigência e atitude retrógrada da gerência de Taquipe, que negou a liberação

do auditório para a realização da atividade. Em reação a esse comportamento, os dirigentes sindicais fecharam os portões e garantiram a atividade da assessoria jurídica com expressiva participação dos trabalhadores.

FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESEEdição 1098 19 a 31/07/2013

Edição 1098 19 a 31/07/2013

A entrada da classe trabalhadora de forma organizada nas manifes-tações que têm sacudido o país impulsionou a luta por melhores

condições de vida e deu ao movimento sindical mais condições de pressionar o Congresso e o governo para as principais reivindicações das centrais. Na pauta unifi-cada da classe trabalhadora estão pontos fundamentais como redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas sema-nais, fim do fator previdenciário, política

Assembleias deliberam sobre pauta aprovada na IV PlenafupA FUP enviou aos sindicatos a pauta

de reivindicações aprovada na IV Plena-fup que será negociada com a Petrobrás, suas subsidiárias e empresas do setor privado. As assembléias serão realizadas até o final de julho para que a pauta possa ser protocolada na Petrobrás no dia 06 de agosto, conforme aprovado na Plenafup.

Os delegados que participaram da plenária também deliberaram que a primeira rodada de negociação com a empresa ocorra entre os dias 20 e 23 de agosto, com os trabalha-dores mobilizados na base. Nos dias 01, 02 e 03 de agosto, a direção da FUP realiza junto com o Dieese e assessorias o semi-nário de planejamento da campanha reivin-

dicatória, que esse ano engloba cláusulas econômicas e sociais. Entre as principais reivindicações aprovadas na IV Plenafup estão reposição da inflação pelo ICV/Die-ese, ganho real de 5%, além das cláusu-las referentes às condições de trabalho, saúde e segurança, previdência, benefí-cios, regimes e jornadas, entre outras.

salarial para aposentados, investimentos em saúde, educação e transporte, reforma agrária, combate à terceirização (com reti-rada do PL 4330) e suspensão dos leilões do petróleo.

Para fazer avançar essas reivindicações, novas manifestações conjuntas foram agendadas pelas centrais sindicais. Se não houver avanços por parte do governo e do Congresso Nacional rumo ao atendimen-to da pauta dos trabalhadores, uma nova paralisação nacional será convocada por

todas as centrais sindicais para o dia 30 de agosto.

Antes disso, no dia 6 de agosto, serão rea-lizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais em todas as capi-tais do Brasil e também nas confederações de empresários (CNI, CNC, CNC), em Brasí-lia. O objetivo é pressionar os empresários a retirar da pauta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceiriza-ção da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.

Centrais sindicais preparam novas mobilizações conjuntas para os dias 06 e 30/08

Na série de entrevistas e depoimentos que a direção do Sindipetro Bahia faz em homenagem à data história da greve de 1983, publicamos nesta edição a “lembrança” do petroleiro Edson Santana (Boquinha) sobre o movimento.Um dos demitidos, Edson fala sobre as perseguições e ressalta a “semente” de mobilização e luta que foi plantada na categoria a partir do movimento paredista. Confira.

“O meu sentimento é que após trinta anos daquela greve existe a certeza de que lutar sempre vai valer a pena. Por mais que traga sofrimentos, os avanços na sociedade, do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores, só serão conquistados se houver embates e luta.

Após a greve, foram demitidos 192 trabalhadores na Bahia e notamos que grande parte dos demitidos tinha estabilidade no emprego, isto é, já possuíam aproximadamente trinta anos de serviços prestados à Petrobrás. Muitos desses trabalhadores tinham saído das usinas e engenhos de açúcar do Recôncavo baiano e não se sentiam aptos a disputar vagas com outros trabalhadores saídos das escolas técnicas.

Além do mais, os mais jovens e teoricamente mais preparados, também não conseguiam empregos (havia uma lista nas empresas dos centros industriais, contrários a quase todos).

As demissões conseguiram desmobilizar temporariamente, mas a semente da mobilização já brotava e logo a categoria retomou o seu ímpeto e, destemida, elegeu novos dirigentes que organizados nos sindicatos voltaram a hegemonizar a luta e novas lideranças surgiram para dar continuidade à batalha em prol dos interesses dos trabalhadores”.

Depo imen to Edson Santana

Jurídico Itinerante em TaquipeO “Jurídico Itinerante” do Sindipetro Bahia esteve nesta

Grevede 83

1 9 8 3 - 2 0 1 3

a n o s

Page 4: JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA … · diáJORNAL logo JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1 9 8 3 - 2 0 1 3 s Denúncias chegadas ao Sindipetro

22 de Julho 2013 | nº 94 diálogoJ O R N A L

4FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE

Edição 1098 – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.brAv. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763

Texto: Alessandra Murteira - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb 20478 Diretoria responsável por esta edição: Anselmo, Caetano, Chicão, Daniel, Dary, Divanilton, Hoffman, Leopoldino, Chico Zé, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Simão, Ubiraney, Zé Maria,

Na segunda-feira, 22, as centrais sindicais realizam um ato unitário em São Paulo para formalizar a atuação do coletivo sindical na Comissão Nacional da Verdade. Nove cen-trais sindicais integram o Grupo de Trabalho “A Verdade e a Memória dos Trabalhadores por Justiça e Reparação”, que está subsidiando as investigações da Comissão em relação aos trabalhadores e sindicalistas que foram perse-guidos, torturados e assassinados durante a Ditadura Militar, bem como as diversas inter-venções que as organizações do campo e da cidade sofreram nesse período.

Petroleiros deram o exemplo O ato unitário das centrais sindicais marcará

também os 30 anos da greve geral que ocorreu

Todo apoio à greve dos eletricitários!

A FUP reuniu-se com a Presidência e a diretoria da Petros no final da tarde de quarta-feira, 17, para exigir a suspensão dos descontos anunciados para serem fei-tos nos benefícios dos aposentados e pen-sionistas a título de “aplicação da IRSM”. Os dirigentes sindicais cobraram explica-

Dirigentes da FUP voltaram a se reunir com a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, para cobrar a manutenção dos inves-timentos da empresa nos campos terrestres. A reunião foi realizada no dia 15, com partici-pação da CUT-BA, do Sindipetro-BA, de parla-mentares baianos e da União dos Prefeitos da Bahia. Os sindicalistas entregaram diretamente à presidente documento onde relatam os im-pactos dos cortes de investimentos da Petro-brás nas relações de trabalho e nas economias dos municípios que dependem diretamente da indústria de petróleo. Segundo levantamento do Sindipetro-BA, 990 postos de trabalho estão sendo extintos pelas empresas prestadoras de serviço. O sindicato também cobrou a perma-

Ato político formaliza atuação dos sindicatos na Comissão da Verdade30 anos da primeira greve geral na ditadura militar

no dia 21 de julho de 1983, quando de forma organizada a classe trabalhadora enfrentou o regime militar. Mais de dois milhões de traba-lhadores cruzaram os braços em plena ditadu-ra, motivados, principalmente, pela histórica greve dos petroleiros da Replan (Paulínia/SP) e da Rlam (Mataripe/BA), que foi violentamente reprimida pelos militares.

A greve dos petroleiros foi deflagrada em 05 julho na Replan e logo em seguida teve adesão dos trabalhadores da Rlam. Foram sete dias de enfretamento. Os militares ocuparam as refina-rias, intervieram nos sindicatos, cassaram as di-reções sindicais e demitiram 358 trabalhadores. Mesmo após a anistia, 55 petroleiros baianos ainda lutam pela reparação total dessa injustiça.

O ato unitário das centrais nesta segunda-

-feira, 22, lembrará que durante os anos de chumbo diversas empresas contribuíram com a ditadura militar e apoiaram a perseguição de seus funcionários pelos órgãos de repres-são, inclusive fornecendo listas com nomes de trabalhadores que poderiam ser considerados “perigosos” para o governo. “Esse evento vai colaborar para sensibilizar as bases, cada enti-dade, cada dirigente sindical, a buscar informa-ções sobre o período da repressão, ajudando na reconstituição da história para que possa-mos ao final apresentar um completo e consis-tente relatório que colabore na reparação polí-tica e material a todos os dirigentes sindicais, trabalhadores e familiares de trabalhadores vítimas do golpe”, ressalta Expedito Solaney, secretário nacional de Políticas Sociais da CUT.

Trabalhadores da Eletrobrás entraram em greve por tempo indeterminado no último dia 15. A categoria está em campanha salarial des-de maio e reivindica 3% de aumento real, revi-são e melhoria do plano de cargos e salários, fortalecimento do setor elétrico estatal, entre outras reivindicações. Foram realizadas quatro rodadas de negociação com a Eletrobrás, mas a empresa, além de se limitar à reposição da in-flação, sem ganho real, ainda tenta acabar com conquistas históricas da categoria, propondo,

por exemplo, congelar o adicional por tempo de serviço. Além disso, a estatal quer reduzir cinco mil postos de trabalho, através de um programa de demissão voluntária.

No último dia 17, a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacio-nal dos Eletricitários (CNE) tiveram uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Édson Lobão, que se comprometeu a enca-minhar a pauta econômica da categoria para o Ministério do Planejamento. A Eletrobrás é

responsável por 35,5% da geração de ener-gia do país e por 55% da distribuição, com cerca de 30 mil trabalhadores próprios em 37 usinas hidrelétricas, 120 termelétricas, três eólicas e duas termonucleares. A FUP e seus sindicatos são solidários com todos os trabalhadores da estatal e apoiam integral-mente a greve da categoria, que tem atuado conjuntamente com os petroleiros nas lutas contra a terceirização e os leilões de privati-zação da energia.

FUP exige que Petros suspenda descontos nos benefícios referentes a “IRSM”ções sobre as razões e os critérios desses descontos, ressaltando que os documentos enviados pela Petros aos assistidos estão gerando uma série de questionamentos em todo o país.

Nem a FUP, nem seus sindicatos foram pre-viamente informados ou esclarecidos sobre

o teor dos “débitos de benefícios Petros de-correntes de aplicação da IRSM”. Na reunião com a diretoria da Fundação, a FUP deixou claro que não aceitará qualquer tipo de preju-ízo imposto aos aposentados e pensionistas. A Federação aguarda o posicionamento da Petros sobre a suspensão dos descontos.

FUP e Sindipetro-BA cobram de Graça Foster manutenção de investimentos nos campos terrestres

nência em Salvador dos 430 petroleiros do Co-fip, que está em processo de transferência para o Rio de Janeiro.

Graça Foster se comprometeu a avaliar al-ternativas para o atual modelo de contratação da Petrobras, que tem precarizado as relações de trabalho, e de imediato determinou a prorro-gação por 30 dias do contrato com a Lupatech, que demitiria cerca de 300 trabalhadores nesta terça-feira, 23. Em relação à transferência do Cofip, o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, negou qualquer intenção nesse sentido. Também participaram da reunião os diretores da Petrobrás Jose Formigli (E&P), José Carlos Consenza (ABAST), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Figueiredo

(Serviços), além de Mauro Mendes, gerente executivo de E&P Norte\Nordeste.

A FUP foi representada pelo seu coordena-dor, João Antônio de Moraes, e os diretores José Maria Rangel (representante eleito pelos trabalhadores para o CA da Petrobrás), Paulo César Martin (coordenador do Sindipetro-BA), Ubiraney Porto e Henrique Crispim (que são também diretores do Sindipetro-BA). O presi-dente da CUT-BA, Cedro Costa, também par-ticipou da reunião, assim como os deputados federais Luiz Alberto (PT/BA), Daniel Almeida (PCdoB/BA), a senadora Lídice da Mata (PSB/BA), o deputado estadual pela Bahia, Rosem-berg Pinto (PT) e a presidente da União dos Prefeitos da Bahia, Maria Quitéria (PSB).

FUP não terá expediente durante a JMJO Rio de Janeiro decretou feriado municipal durante toda a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho. As instituições públicas e privadas não funcionarão entre as 15 horas do dia 23/07 e o meio dia de 29/07. Em função disso, FUP, que está localizada na principal avenida do centro do Rio, não terá expediente durante esse período.

Assistidos não devem assinar documento da Petros O advogado Cleriston Bulhões, que integra assessoria jurídica do Sindipetro Bahia, em reunião com os aposentados e pensionistas, nesta quarta, 17/07, explicou que não tem nenhuma validade jurídica a cobrança que a Petros está fazendo, através de carta aos assistidos. A orientação é para que ninguém assine nada.

O Conselheiro Deliberativo da Petros Paulo Cesar, que também participou da reunião, afirmou que essa cobrança, que a Direção da Petros estava fazendo, é um grande equivoco, pois os valores cobrados já poderiam estar prescritos, além de inibir os assistidos, a ingressarem com novas ações de revisão do beneficio, junto ao INSS, o que beneficia muito mais a Petros, pois, quando a parcela paga pelo Instituto aumenta, a parcela paga pela Petros é reduzida.

Nessa mesma data, as 17 horas, a FUP e a Direção da Petros, se reuniram no Rio, para discutir o mesmo problema. O Conselheiro Deliberativo e diretor da FUP, Paulo Cesar também esteve presente.

A Federação exigiu a suspensão dos descontos nos benefícios dos aposentados e pensionistas, a título de “aplicação da IRSM”.

No encontro, os dirigentes sindicais cobraram explicações sobre as razões e critérios de tais descontos, ressaltando que os documentos enviados pela Petros aos assistidos estão gerando uma série de questionamentos em todo o país.

Na reunião com a diretoria da Fundação, a FUP deixou claro que não aceitará qualquer tipo de prejuízo imposto aos aposentados e pensionistas.

A Federação aguarda o posicionamento da Petros sobre a cobrança da suspensão dos descontos.

Comissão da Verdade apura crimes contra sindicalistas e trabalhadoresCentrais Sindicais, militantes dos direitos humanos e Comissão Nacional da Verdade (CNV) organizam o Ato Sindical Unitário, que será realizado dia 22 em São Paulo. O evento marcará o início das atividades públicas

do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical na CNV. Rosa Cardoso, coordenadora nacional da Comissão, pede ao movimento sindical que reúna documentos, depoimentos e material que

comprovem abusos cometidos pelo regime ou por empresas em conluio com órgãos da repressão. Indenização – Durante os debates, surgiu a ideia de se buscar indenização a trabalhadores. leia+ em www.sindipetroba.org.br

JURíDiCo