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John Locke
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John Locke. John Locke (1632-1704) Principais obras; Cartas sobre a Tolerância; Ensaio sobre o Entendimento Humano; Dois Tratados sobre o Governo Civil;

Apr 17, 2015

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John Locke

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John Locke (1632-1704)

Principais obras;• Cartas sobre a Tolerância;• Ensaio sobre o Entendimento

Humano;• Dois Tratados sobre o

Governo Civil;• Segundo Tratado sobre o

Governo Civil

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• As leis da natureza devem servir de modelo para a constituição do Estado.

• O bom governo é aquele que nasce com limites que não podem ser ultrapassados.

• São as leis naturais que presidem a formação da sociedade política.

• A força do governo consiste exclusivamente em fazer respeitar “as leis positivas da sociedade, determinadas em conformidade com as leis da natureza.”

DIREITO NATURAL

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PRINCIPAIS LEIS DA NATUREZA

• Liberdade:

“liberdade natural do homem consiste em estar livre de qualquer poder superior na terra, de não estar sob a vontade ou autoridade legislativa do homem, tendo somente a lei da natureza como regra” (Cap. II, § 22)

“dispor e ordenar conforme lhe convém sua pessoa, ações, posses e toda a sua propriedade, dentro da sanção das leis, sem ficar sujeito à vontade arbitrária de outrem, seguindo livremente a própria vontade.” (VI, § 27).

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• Igualdade

“todo homem tem todos os direitos e privilégios da lei da natureza”

• Propriedade

“... Embora as coisas naturais sejam dadas em comum, o homem (sendo senhor de si mesmo e proprietário de sua própria pessoa e das ações ou do trabalho) tem ainda em si mesmo a grande fundação da propriedade.” (V, § 44)

PRINCIPAIS LEIS DA NATUREZA

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INCOVENIENTES DO ESTADO DE NATUREZA

• se as naturais podem ser violadas;• se as violações das leis naturais devem ser punidas – e os danos

que essas violações provocam precisam ser reparados;• se o poder de punir e de exigir reparação cabe, neste estado, à

própria pessoa vitimada;• se quem é juiz em causa própria habitualmente não é imparcial

e tende a vingar-se, em vez de punir - • então: o maior inconveniente do estado de natureza é a falta de

um juiz imparcial para julgar os conflitos entre os indivíduos. Portanto, a inconveniência desse estado é a inexistência de uma lei e a falta de um juiz.

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A INSTITUIÇÃO DA SOCIEDADEPOLÍTICA OU CIVIL

• Através do consentimento unânime.

• O governo civil é o remédio apropriado para os inconvenientes do estado de natureza que pode se tornar um estado de guerra.

• No estado civil, o estado de natureza não é negado, mas recuperado nos seus males, através da constituição de um poder comum (lei) e de juiz comum para julgar as desavenças e garantir os direitos naturais.

• A sociedade política de Locke é uma particular political society.

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OS FINS DO PODER POLÍTICO

• O poder soberano não precisa ser temido para ser obedecido.

• Os indivíduos são sócios no empreendimento político.

• O poder deve estar voltado para a garantia dos direitos naturais do indivíduo.

• O estado deve seguir a fórmula da rule of law (a regra da lei) para governar.

• O poder político deve ter limites: respeitar os direitos naturais, a lei.

• Separação do poder executivo do legislativo. O primeiro deve estar subordinado ao segundo.

• Quando o legislativo ou o executivo violam os fins para os quais foram instituídos, tornam-se ilegítimos, conferindo ao povo o direito de resistência à opressão e à tirania.

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CONHECIMENTO• Critica princípios inatos ou noções

comuns.

• Entendimento é uma tábula rasa na qual a experiência vai se escrevendo.

• Devido ao seu empirismo ele se opõe ao inatismo: A teoria segundo a qual já nascemos com certos conhecimentos.

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• Mantém o dualismo:

Mente - reflexão

Dualismo

Corpo - sensações

dois caminhos para o

conhecimento

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IDEIAS• As ideias vêm da experiência e dela deriva a mente. • O conhecimento e os materiais do pensamento

percebidos e refletidos pelo nosso EU são provenientes da observação dirigida para os objetos externos e sensíveis ou para as operações internas da nossa mente

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Evolução das Ideias

• O conhecimento da mente seria através da reflexão – método introspectivo.

• Ideias Simples Ideias Complexas

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MATERIAL DO CONHECIMENTO:

IDEIA = “eu uso para expressar tudo aquilo que pode ser entendido por imagem, noção, espécie ou tudo aquilo em torno do qual o espírito pode ser utilizado para pensar”.

IDEIA = qualquer CONTEÚDO COGNITIVO, que é “aquilo que se encontra na mente enquanto a

pessoa pensa”

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Todas as ideias derivam-se da EXPERIÊNCIA,Que pode ser:

EXTERNA: ideias de sensação, como sons, cores, extensões,

figuras, movimentos...

ouINTERNA: ideias de reflexão,

como da percepção, do querer,do prazer...

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O Poder fora da mente que produz as ideias é chamado por Locke de QUALIDADES

Podem ser de dois tipos:

1) QUALIDADES PRIMÁRIAS dos corpos, que sempre se encontram neles: solidez, extensão, figura, número, movimento

e repouso.

As ideias de qualidades primárias são OBJETIVAS (são tal qual elas mesmas)

1) QUALIDADES SECUNDÁRIAS nada mais são do que poderes de várias combinações das qualidades primárias: cor, sabor,

odor etc.

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Nossa mente não é capaz de produzir ideias simples:

Tudo o que ela é capaz de fazer é combiná-las produzindo ideias compostas e separar ideias de ideias

compostas.

Produtos da imaginação, por exemplo,

o Cíclope,

um unicórnio,

Pégaso,

nada mais são do que combinações de ideias já pré-existentes pela mente!

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As fases do processo cognitivo são as de:INTUIÇÃO, SÍNTESE, ANÁLISE E COMPARAÇÃO.

1) INTUIÇÃO de ideias simples, que reproduzem qualidades primárias e secundárias

2) SÍNTESE, através da qual ideias simples se combinam para formar ideias complexas.

3) ABSTRAÇÃO é a separação de uma ideia de um grupo variável de ideias retirados de exemplares.

4) COMPARAÇÃO é o processo que o intelecto relaciona ideias entre si.

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A isso Locke adiciona uma teoria da linguagem e do significado.

As palavras são MARCAS DE IDÉIAS.

“As palavras significam ideias na mente de quem as usa”.

Significado das palavras = ideias por elas veiculadas.

Palavra (significa)> ideia (se refere à)> coisa...

As palavras se referem às coisas por meio das ideias,

Enquanto as ideias são signos naturais das coisas, as palavras são seus signos CONVENCIONAIS.

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Mas para que serve a linguagem?

R: ela serve para duas coisas

1) Registrar mimemicamente os próprios pensamentos,2) Comunicar ideias

(função organizativa e comunicativa da linguagem)

A linguagem tem grande valor prático,mas é um instrumento perigoso,

pois tende a substituir o pensamento!

Somos facilmente confundidos por palavras mal usadas em discursos retóricos ou sofistas...

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JUIZO = UMA CONEXÃO DE IDÉIAS

“Parece-me que o conhecimento nada mais é do que a percepção da conexão e da concordância ou então da discordância e do contraste entre as nossas ideias”.

CONHECIMENTO = percepção de uma CONCORDÂNCIA ou DISCORDÂNCIA entre ideias.

Esse tipo de concordância-discordância pode ser de quatro espécies:

1) IDENTIDADE E DIVERSIDADE,

2) RELAÇÃO,

3) COEXISTÊNCIA E CONEXÃO NECESSÁRIA

4) EXISTÊNCIA REAL.

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Percepção da relação entre ideias pode ser

1)IMEDIATA, quando a mente percebe a concordância/discordância das ideias

imediatamente.2) MEDIATA, quando a mente percebe a

concordância/discordância entre ideias através de passagens intermediárias,

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