Ficha Catalográfica Produção Didático-Pedagógica · 11°) Pretende-se trabalhar 32 horas/aula no turno vespertino, com os alunos do 6° ano matutino 12°) A avaliação terá

Ficha Catalográfica Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2010

Título Água: Líquido nosso de cada dia.

Autor Léia Maria Balbinot Belan

Escola de Atuação Escola Estadual Cristo Redentor-Ensino Fundamental

Município da escola Nova Prata do Iguaçu

Núcleo Regional de Educação Dois Vizinhos

Orientador Tatiana Peres de Assis Maia

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Área do Conhecimento Ciências

Produção Didático-Pedagógica Unidade didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Alunos do sexto ano do ensino fundamental

Localização Rua Otacílio Rodrigues s/n°.

Apresentação: Essa unidade didática tem como objetivo principal possibilitar a construção do conhecimento científico através da elaboração de atividades experimentais, fazendo com que o aluno, através da confecção do material e realização de experimentos, participe mais ativamente das aulas de Ciências e, a partir disso, passe a compreender melhor as ideias científicas básicas, sobretudo aquelas relacionadas ao cotidiano, e também acompanhar as descobertas científicas divulgadas pelos meios de comunicação. E, por acreditar que a aprendizagem depende de um envolvimento ativo do aluno, pretende-se desenvolver este trabalho, utilizando materiais de baixo custo, com a participação de alunos do sexto ano, os qual serão convidados e até desafiados a interagirem de diferentes maneiras, mas principalmente, participando e ajudando a construir os materiais para as atividades práticas. Esses alunos serão os representantes de cada turma, os quais agirão como monitores em sala de aula, à medida que o conteúdo programático coincidir com os experimentos confeccionados por eles. Para isso, considera-se importante inquietá-los e desafiá-los a refletirem sobre suas ideias do cotidiano, tornando-os questionadores, no sentido de quererem aprender e, a partir disso, conseguirem chegar aos conhecimentos científicos.

Palavras-chave Conhecimento científico; Aprendizagem; Atividades experimentais.

PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA

Apresentação

Esse material didático está vinculado ao tema Encaminhamentos

Metodológico no Ensino de Ciências e parte do princípio de um provérbio chinês que

diz: “Quando vejo, lembro; quando escuto, esqueço; quando faço, aprendo.”; onde

se percebe a importância que os experimentos e demonstrações práticas

desempenham no processo de ensino e aprendizagem, despertado grande interesse

por parte dos alunos, principalmente se os instrumentos necessários forem

confeccionados por eles mesmos, pois quando ajuda a criar o material, participando

da confecção e realização do experimento, é estimulado no sentido da observação,

comparação e discussão dos resultados, pois fez parte de todas as etapas da

construção.

Sabe-se que é através da atividade experimental que se une a teoria com a

prática possibilitando gerar dúvidas e problematizando o conteúdo, superando

obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos e também pode aguçar a

natureza investigativa do aluno. Com isso, além de um melhor aprendizado, o aluno

passa a perceber que não é necessário ter um laboratório sofisticado para realizar

certos experimentos, podendo ser realizados em outros espaços pedagógicos, como

a sala de aula e utilizar materiais alternativos, principalmente em nível de sexto ano

do Ensino Fundamental (PARANÁ, 2008).

Essa produção tem como principal objetivo possibilitar a construção do

conhecimento científico através da elaboração de atividades experimentais, fazendo

com que o aluno do sexto ano do ensino fundamental, através da confecção do

material e realização do experimento, participe mais ativamente das aulas de

Ciências e, a partir disso, passe a compreender melhor as idéias científicas básicas,

sobretudo aquelas relacionadas ao cotidiano, e também acompanhar as descobertas

científicas divulgadas pelos meios de comunicação.

Procedimentos

O ensino de Ciências nas escolas vem tentando modernizar-se já há alguns

anos e uma dessas formas de modernização é desenvolver atividades

experimentais, liberando um pouco o professor do quadro de giz e das aulas

expositivas. Por acreditar que a aprendizagem depende de um envolvimento ativo do

aluno, pretende-se desenvolver este projeto, utilizando materiais de baixo custo, com

a participação de alunos os quais serão convidados e até desafiados a interagirem

de diferentes maneiras, mas principalmente, participando e ajudando a construir os

materiais para as atividades práticas. Esses alunos serão os representantes de cada

turma, os quais agirão como monitores em sala de aula, à medida que o conteúdo

programático coincidir com os experimentos confeccionados por eles. Para isso,

considera-se importante inquietá-los e desafiá-los a refletirem sobre suas ideias do

cotidiano, tornando-os questionadores, no sentido de quererem aprender e, a partir

disso, conseguirem chegar aos conhecimentos científicos.

Os procedimentos para a aplicação do projeto serão os seguintes:

1°) Expor o projeto para os alunos do 6° ano do turno matutino.

2°) Selecionar os alunos que poderão vir em turno contrário.

3°) Conversar com os pais desses alunos e explicar como se desenvolverão as

atividades.

4°) Elaborar a ficha de autorização que será assinada pelos responsáveis dos alunos

participantes, as quais serão arquivadas na pasta de cada aluno.

5°) Verificar com os alunos qual a melhor tarde da semana para virem até à escola.

6°) Selecionar os materiais para os experimentos, listando-os para que os alunos

possam providenciar.

7°) Conversar com a equipe pedagógica da escola sobre o dia da semana e como

será desenvolvido o projeto com os alunos.

8°) Comunicar à equipe do NRE sobre o calendário das atividades.

9°) Os recursos utilizados serão os disponíveis no ambiente pois os materiais são os

de baixo custo.

10°) No primeiro momento será estudado com os alunos a parte teórica da unidade

didática e, a partir disso, far-se-ão os experimentos, onde os próprios alunos

construirão os equipamentos necessários, acompanhados pelo professor.

11°) Pretende-se trabalhar 32 horas/aula no turno vespertino, com os alunos do 6°

ano matutino

12°) A avaliação terá como objetivo maior verificar se houve participação e interesse

dos alunos nas aulas de Ciências.

O conteúdo de estudo estará dentro da unidade didática Água, onde serão

abordados: os estados físicos bem como suas mudanças (teoria e experimento), o

ciclo hidrológico com a construção do terrário para observação, lençóis subterrâneos

de água com a construção do filtro de pedras, propriedades da água como a

solubilidade, densidade, tensão superficial, empuxo, pressão (teoria e experimentos

práticos) e estudar também algumas doenças transmitidas pela água contaminada.

A produção didático-pedagógica é formada por uma unidade didática intitulada

Água: Líquido nosso de cada dia. O assunto é tratado de forma bem diversificada,

com a parte teórica seguida de exercícios e, quando é possível, de experimentos

usando materiais de baixo custo e ilustrações. Há também sugestão de pesquisas,

leitura e sites de filmes.

UNIDADE DIDÁTICA

ÁGUA: LÍQUIDO NOSSO DE CADA DIA

Planeta Água

Guilherme Arantes

Composição: Guilherme Arantes

“Água que nasce na fonte Serena do mundo E que abre um Profundo grotão Água que faz inocente Riacho e deságua Na corrente do ribeirão... Águas escuras dos rios Que levam A fertilidade ao sertão”

Você já ouviu falar dessa música? Procure no endereço do site a seguir e

copie a letra para responder as questões dessa unidade.

http://letras.terra.com.br/guilherme-arantes/46315/

Antes de qualquer coisa, procure num dicionário o significado das seguintes

palavras:

Grotão:

Cascata:

Iara:

Igarapés:

Depois de ler a letra desta música, feche os olhos e imagine a chuva caindo,

entrando no solo, molhando as plantas... Pense no som, no cheiro de terra

molhada... Pense na sensação de beber água quando você está com sede...

Quando Guilherme Arantes compôs essa música, realmente estava

inspirado. Leia com atenção para analisar a letra.

Agora que você já sabe o significado dessas palavras, fica mais fácil

interpretar a letra dessa música. Então vamos lá e responda essas questões:

1) Onde podemos encontrar água na natureza, de acordo com a música?

2) Por que será que o autor chamou o nosso planeta de “Planeta Água”?

3) Em que parte da letra se percebe que está falando de erosão?

4) Em qual trecho da música fala sobre o ciclo da água?

Caso você não saiba, que tal procurar no dicionário seu significado?

A terra está mergulhada num oceano de ar chamado atmosfera, mas, sua

superfície, entretanto, está coberta, em sua maior parte, pela água: são oceanos,

mares, rios e lagos. Embora o ar, invisível, passe por nós, muitas vezes

despercebido, a água, no entanto, nos acompanha praticamente em todas as horas

do dia. Desde a mais remota antiguidade o homem se agrupa e edifica cidades

junto aos rios e às fontes de água potável, mas o crescimento das cidades muitas

vezes torna essa água insuficiente e imprópria ao consumo. Foram então surgindo

os poços, as bombas, as barragens, os aquedutos e as grandes e modernas

adutoras que hoje transportam a água por dezenas de quilômetros.

Você já ouviu falar em HIDROSFERA?

A água é uma substância que existe em grande quantidade em nosso

planeta. É um líquido indispensável à vida, tanto animal quanto vegetal e é usada

para muitos fins. O planeta Terra é formado por muitas substâncias, as quais

podem ser sólidas, líquidas ou gasosas e todas muito importantes para nós,

especialmente a água. Nosso país, o Brasil é um lugar privilegiado, pois está

localizado numa área abundantemente abastecida desse precioso líquido.

Encontrou o significado de hidrosfera? Então, só para confirmar: significa

esfera de água (hidro: água; sfera: esfera).

Você sabia que a água é formada pela combinação de dois gases? O nome

desses gases são hidrogênio e oxigênio.

Aproveite o dicionário e veja o significado de “combinação”.

Estados Físicos da Água

Quando nos referimos à água, a ideia que nos vem à mente é a de um líquido

fresco e incolor. Quando nos referimos ao ferro, imaginamos um sólido duro. Já o ar

nos lembra a matéria no estado gasoso.

Toda matéria que existe na natureza, se apresenta em uma dessas formas-

líquida, sólida ou gasosa. É o que chamamos de estados físicos da matéria.

Figura 2: Estados Físicos da Água Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias

Quando falamos que a água pode ser encontrada na forma de gelo,

formando os rios ou na forma de vapor, estamos falando dos estados físicos em

que esse líquido pode se apresentar na natureza. Quando está na forma de gelo,

como por exemplo, no congelador da geladeira, nos icebergs, nas geleiras, nos

pólos, etc., dizemos que está no estado sólido. Quando forma os rios, lago,

oceanos, na torneira, está no estado líquido e quando, por exemplo, coloca-se água

para ferver, dela desprendem-se vapores que sobem como fumaça, dizemos que

está no estado gasoso. Na verdade, o vapor de água é transparente. A fumaça que

pode ser observada é um conjunto de gotículas de água.

Você já observou a forma como a água se

apresenta em cada estado físico?

Em casa faça o seguinte experimento: Pegue

água da torneira a coloque numa jarra. A seguir, tire um

pouco de água da jarra e coloque num copo. Você

observou que a água adquiriu a forma do recipiente?

Figura 3: Água líquida Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias

Agora tente fazer a mesma coisa, mas usando gelo que

você vai pegar no congelador da geladeira. As pedrinhas de gelo

ficaram com o formato da jarra e do copo? Se você tentasse

colocar essas pedras de gelo dentro de uma garrafa, será que

conseguiria?

Figura 4: Água sólida Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias

Você viu que quando a água está no estado líquido, sua forma é a mesma

do recipiente que a contém. Mas, o mesmo não acontece quando a água está no

estado sólido.

E no estado gasoso, qual será a forma da água? Faça uma

pesquisa na internet sobre isso e depois compartilhe com seus

colegas.

Figura 5: Água vapor Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias

Professor, você sabe que a água se encontra na forma de vapor quando

está com temperatura igual ou superior a 100°C, possuindo as características de

um gás, por isso chamamos de vapor de água o qual adquire a forma do recipiente

onde se encontra.

O que você acha que acontecerá com o gelo que está dentro da jarra e do

copo se permanecerem fora do congelador? Acertou! É lógico que vai derreter. Com

isso percebemos que a água pode mudar de estado físico, e um dos fatores que

influenciam para que isso ocorra, é a temperatura.

Através desse experimento simples, encontrado em

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/ podemos observar as mudanças de estados

físicos da água.

Material:

- 10 a 12 cubos de gelo

- 1 copo de sal

- 1 saquinho plástico pequeno

- 1 pinça de madeira ou prendedor de roupas

- 1 lata de refrigerante vazia

- 1 embalagem de alumínio de marmitex

- 2 copos de vidro

- lamparina de álcool ou outra fonte de calor

- água de torneira

Procedimento:

1 - Aquecer alguns cubos de gelo em uma lata ou em uma panela, utilize uma

lamparina de álcool, ou outra fonte de calor para aquecer os cubos de gelo (atenção,

não trabalhe com fogo sozinho, peça auxílio a um adulto). Observar o que acontece.

Vamos fazer esse

experimento?

2 - Ferver um pouco de água em uma lata de

refrigerante ou em uma panela, com o auxílio de uma

lamparina ou outra fonte de calor (atenção, não

trabalhe com fogo sozinho, peça auxílio a um adulto).

Posicionar, em seguida, uma embalagem de marmitex

contendo cubos de gelo sobre o vapor que se

desprende da água (como na figura abaixo). Observar.

3 - Em um copo, colocar gelo triturado misturado com bastante sal

grosso. Ponha um pouquinho de água em um saquinho plástico e

coloque-o dentro do copo com gelo e sal. É importante ficar agitando

o banho de gelo e sal durante alguns minutos. Observar o que

acontece com a água de dentro do saquinho.

Essas experiências ilustram alguns fenômenos

relacionados às Mudanças de Estados Físicos, e têm

como objetivo facilitar o entendimento dos conceitos envolvidos.

É possível mudar de um estado físico para outro, e os fenômenos

correspondentes a estas mudanças recebem denominações específicas, a saber:

Os três estados físicos

da água são: sólido,

líquido e gasoso.

Figura 6: liquefação Fonte:http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/

Figura 7: solidificação Fonte:http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/

Você já viu como num dia quente, um

pedaço de gelo logo derrete depois de

ser tirado do congelador?

Nesse caso, a água em estado sólido passa rapidamente para o estado

líquido. Essa mudança de estado é conhecida como fusão.

Fusão

Passagem, do estado sólido para o estado líquido, provocada por um

aquecimento. O aquecimento provoca a elevação da temperatura da substância até

ao seu ponto de fusão. A temperatura não aumenta enquanto está acontecendo a

fusão, isto é, somente depois que toda a substância passar para o estado líquido é

que a temperatura volta a aumentar.

Figura 6: Mudança de Estado Físico Fonte:http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/fig15mq1.jpg

Figura 7: Fusão Fonte:http://desciclo.pedia.ws/wiki/Ficheiro:GeloDerreter.jpg

Na experiência um, ao aquecermos o gelo ele “derrete”; a esta mudança de

estado dá-se o nome de FUSÃO (passagem do estado sólido para o líquido).

Qual mudança de estado físico está acontecendo quando você está tomando

um sorvete?

Quando a água está sob a forma de gelo, ela está no estado sólido.

A água pode sofrer outra mudança de estado, a

SOLIDIFICAÇÃO, que é a passagem do estado

líquido para o sólido. Ao colocar água no

congelador, o abaixamento correspondente da

temperatura da água faz com que ela se

solidifique. Esta mudança de estado é ilustrada

na experiência três.

Professor comente com seus alunos sobre o

aumento do volume da água quando congela.

A etapa inicial da experiência dois envolve a mudança de estado denominada

VAPORIZAÇÃO, que se trata da passagem da água do estado líquido para o estado

gasoso (vapor) em virtude do aquecimento. A vaporização pode acontecer de formas

diferentes, conforme a velocidade e temperatura envolvidas. Para cada caso, recebe

nome especial, como:

- Evaporação: é a vaporização acontecendo de

forma lenta e natural, como por exemplo, as roupas

secando no varal, calçada secando após uma

chuva, etc.

- Ebulição: é a vaporização que acontece quando

colocamos água para ferver.

Figura 8: Solidificação Fonte:http://www.educacional.com.br

Figura 9: Vaporização por evaporação Fonte:http://cienciaparaavida.blogspot.com/

Figura 10: Fervura Fonte:http://www.macarraoenergia.com.br

- Calefação: é a vaporização que acontece muito rapidamente, como por exemplo,

quando jogamos gotículas de água numa chapa ou numa panela quente.

Você sabia que é através da evaporação da água do mar que o sal é obtido?

Para provar, podemos fazer o seguinte experimento: colocamos, num prato

fundo, água com sal e o deixamos exposto num locar onde há bastante sol. Depois

de algum tempo, percebemos que no prato só há o sal. A água sumiu. (Ainda bem

que o sal não foi junto. Já imaginou se chovesse salgado?) Será que o efeito seria o

mesmo se colocássemos água com sal numa garrafa? Que tal você verificar?

Professor aproveite e fale aos seus alunos sobre as salinas. Questione por

que não existem salinas no sul do país.

Quando o vapor da água entra em contato com

uma região de temperatura inferior (mais fria), ocorre

o processo de CONDENSAÇÃO, ou seja, o vapor

passa para o estado líquido.

Professor, você pode citar também como exemplo de condensação o orvalho

e a geada!

Às vezes, quando está frio, logo de manhã vemos

que muitas folhas, flores, carros, vidraças e outros objetos

que estão ao ar livre ficam cobertos de gotas de água, sem

que tenha chovido: é o orvalho. Ele se forma quando o

vapor de água presente no ar se condensa ao entrar em

contato com superfícies mais frias que o ar.

Figura11: Calefação Fonte:http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/qm1.htm#muda

Figura12: Liquefação ou condensação Fonte:http://newstilepinup.blogspot.com

Figura 13: Orvalho Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dew_on_grass_Luc_Viatour.jpg

Se a temperatura estiver muito baixa, a água pode congelar

sobre essas superfícies, formando uma camada de gelo: é

a geada.

No Brasil, há regiões onde costuma se formar muita geada durante as

estações mais frias, como é o caso das cidades das serras gaúcha e catarinense.

Veja a seguinte notícia divulgada no dia 17 de maio de 2011 em

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/05/inmet-registra-11c-em-cidade-

catarinense.html Acesso em 17/05/2011.

Inmet registra 1,1ºC em cidade catarinense

Segundo o instituto, temperatura foi a mais baixa no Sul do país neste ano.

Medição foi feita em Urubici, considerada a Sibéria brasileira.

Glauco Araújo Do G1, em São Paulo

As medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registraram

temperatura próxima de 0ºC em algumas cidades de Santa Catarina e do Rio

Grande do Sul, na madrugada desta terça-feira (17). O registro mais baixo foi feito

em Urubici (SC), quando os termômetros apontaram 1,1ºC, considerada pelo

instituto a menor temperatura do ano no país. Em Vacaria (RS), a mínima foi de 3ºC.

• Serra catarinense é opção de férias com neve no Brasil

O instituto também registrou mínima de 4,2ºC em São Mateus do Sul (PR). Em São

Joaquim (SC), os termômetros apontaram 3,2ºC. "As temperaturas foram registradas

no fim da madrugada desta terça-feira", disse o meteorologista Gil Russo, do 8º

Distrito de Meteorologia do Inmet.

Nas três capitais do Sul do país, o Inmet registrou mínima de 9,9ºC em Porto Alegre,

11,3ºC em Florianópolis e 9,3ºC em Curitiba.

Figura 14: Geada Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Geada_Macro_DanielGP.jpg

Apenas no caso de São Mateus do Sul, a mínima mais baixa registrada na cidade

neste ano ocorreu em 3 de maio, onde os termômetros apontaram 3,1ºC.

Urubici é considerada a Sibéria brasileira pela Secretaria Municipal de Turismo. Com

cerca de 11 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), Urubici duplica sua população com turistas durante o inverno.

Urupema

Segundo o Epagri/Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de

Hidrometeorologia de Santa Catarina), foram registrados 2,5ºC negativos em

Urupema (SC), às 6h desta terça-feira. De acordo com o meteorologista Marcelo

Martins, esta foi a menor temperatura registrada pelo centro em 2011. "A partir de

agora começa a temporada de geada, neve e variações de temperaturas, que

podem indicar alguns períodos de calor."

A cidade de Urupema fica na Serra

Catarinense, onde o Inmet não possui

estações meteorológicas, o que impede o

instituto de aferir a temperatura no município.

Carro ficou coberto de gelo na manhã desta

terça-feira em Urupema (SC)

Dizemos que ocorre a SUBLIMAÇÃO, quando passa direto do estado sólido

para o estado gasoso e é chamado de ressublimação quando está no estado gasoso

e volta para o estado sólido. Como exemplo podemos citar a naftalina.

Professor, não se esqueça de comentar sobre a importância do uso da

naftalina para combater as traças, inimiga número um dos tecidos de fibras naturais

como o algodão e a lã. Essa substância mata as traças e suas larvas com os

vapores que exala.

Figura 15: Geada II Fonte: Marília de Oliveira/Prefeitura Municipal de Urupema

Ciclo da água na natureza

Você sabia que a água da chuva nunca cai pela primeira vez? Ou que a

água que hoje está no mar pode, futuramente, formar um iceberg? Ou que o vapor

de água que sai da panela hoje pode, amanhã, cair em forma de chuva? Ou que a

água da chuva que hoje está na enxurrada pode, um dia, ser retirada de um poço?

Tudo isso acontece porque a água circula pela natureza e muda de estado

físico. Ela passa pelos rios, pelos mares, pelo solo, pela atmosfera e pelo corpo dos

seres vivos formando o ciclo da água.

A água no estado líquido ocupa os oceanos, lagos, rios, açudes etc. De modo

contínuo e lentamente, à temperatura ambiente, acontece a evaporação, isto é, a

água passa do estado líquido para o gasoso.

Quanto maior for a superfície de exposição da água,

como por exemplo um oceano, maior será o nível de

evaporação. Quando o vapor de água entra em contato com as

camadas mais frias da atmosfera, a água volta ao estado

líquido, isto é, gotículas de água ou até minúsculos cristais de

Figura 16:

Figura17: Nuvem - Estratos Fonte: http://pt.wikipedia.org

gelo se concentram formando nuvens.

O vapor de água, quando resfriado, pode

também formar a neblina (nevoeiro), também

conhecida como cerração.

Podemos dizer que o ciclo

da água é uma viagem que nunca

termina, pois quando a chuva cai,

parte da água evapora logo que

chega ao solo. O que sobra, pode

ficar na superfície ou penetrar

nela, dependendo do tipo de solo.

Caso esse solo seja poroso, a

água é filtrada até chegar num a

superfície impermeável, podendo formar um lençol subterrâneo ou descer por

alguma encosta e surgir na superfície em forma de uma nascente. Parte da água

absorvida pela terra é usada pelas raízes das plantas, voltando à atmosfera pelas

folhas, com a transpiração.

Professor, no endereço a seguir, você encontra um vídeo sobre o ciclo da

água, muito interessante para passar aos seus alunos.

http://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws&feature=related

Figura18: Neblina Fonte:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=12706

Figura19: Fluxo de Água no Terreno Fonte:http://www.ebanataw.com.br

1) Por que o espelho do banheiro fica embaçado quando tomamos banho muito

quente?

2) Depois de algum tempo que colocamos um pano molhado ao sol notamos que ele

está totalmente seco. O que aconteceu com a água deste pano?

3) Nas primeiras horas da manhã vemos que as folhas dos vegetais aparecem

cobertas de orvalho. O que é este orvalho?

4) Por que, depois de uma chuva, as calçadas secam sozinhas?

5) Volte à letra da música do início da unidade e verifique em que trechos da canção

há referência à passagem da água do estado líquido para o gasoso? E do gasoso

para o líquido? Quais os nomes dessas mudanças de estado?

6) As chuvas representam um benefício e, ao mesmo tempo, um problema para a

população humana. Copie, em seu caderno, os trechos da música que fazem

referência aos benefícios e aos problemas da chuva.

7) Em termos científicos, qual o significado da expressão “Terra, planeta água”?

8) A água que foi bebida por um animal pode, no futuro, fazer parte de um rio? Como

isso pode acontecer?

PARA

REFLETIR...

9) O vapor de água que hoje sai do bico da chaleira pode, amanhã, cair como chuva

sobre sua cabeça? Justifique sua resposta.

Objetivo: observar o ciclo da água na natureza.

O terrário permite simular um ambiente como o nosso planeta, mas em uma

escala menor. Além disso, permite explorar os passos de uma investigação

científica: observação, registro, questionamento, experimentação e conclusão. Os

alunos poderão testar e comprovar seus questionamentos/hipóteses. Perguntas

freqüentes são “as plantas e os animais vão sobreviver em um lugar fechado, sem ar

e sem água?”, “de onde vem a água que molha o terrário?”.

As crianças deverão registrar todas as etapas do experimento, através de

desenhos e/ou texto escrito: como foi a montagem do terrário, quais as

dúvidas/questionamentos que tinham, quais hipóteses seriam testadas e o registro

das observações no decorrer do estudo.

Algumas hipóteses:

“A água do terrário (fechado) vai acabar, pois não vai ter ninguém regando”

“Os bichos vão morrer por falta de ar e de água”

VAMOS

CONSTRUIR UM

TERRÁRIO?

Fontes: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/atividades_experimentais/ciclo_agua.pdf http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7978

Para atender às dúvidas das crianças, podemos montar também um terrário

aberto (experimento controle), pois muitos podem questionar que as plantas e

animais morrerão se ficarem sem ar. Assim, a turma terá dois experimentos para

analisar e perceber suas diferenças. Com o terrário aberto o solo irá secar e,

consequentemente, as plantas irão murchar. Os animais vão fugir ou morrer. É

importante que os dois terrários - aberto e fechado - sejam submetidos às mesmas

condições, e, portanto, devem ficar lado a lado, não sendo permitido regá-los.

Então mãos à obra, pois vamos precisar de:

- garrafas PET (preferencialmente as transparentes de 2 litros ou mais; pode ser

garrafões de água também);

- na escola, coletar alguns animais como minhocas, joaninhas, grilos, formigas,

caracóis, etc. e plantas pequenas, com raiz; podem ser usadas sementes também,

como feijão e milho. Plantas e animais serão os habitantes do terrário.

Como fazer:

• Corte a parte de cima da garrafa com uma faca ou tesoura.

• Coloque no fundo do terrário pedrinhas, até atingir aproximadamente 2 a 3 cm.

• Coloque aproximadamente 3 cm de areia.

• Coloque terra até o meio da garrafa (de preferência adubada).

• Coloque as plantas no terrário.

• Coloque sobre a última camada do terrário a tampinha do PET com água dentro.

• Umedeça o terrário com cuidado, para que a água não fique em excesso. Se ele

ficar muito molhado terá que ficar aberto por alguns dias para que o excesso de

água evapore.

• Coloque os pequenos animais que serão os habitantes do terrário.

• Limpe as laterais da garrafa caso estejam sujas de terra. Feche o terrário com um

plástico transparente, use fita larga para vedar bem as laterais.

• Deixe em um local com luminosidade, mas não com o Sol batendo diretamente

por muito tempo, senão ele poderá ficar com uma temperatura muito elevada,

prejudicando a vida.

• Deixe um terrário aberto para comparar.

Após dois ou três dias, o terrário fechado já terá gotículas na superfície do

plástico e as laterais da garrafa também estarão úmidas. O terrário aberto estará

seco

O que poderá acontecer:

Poderá haver espanto das crianças ao perceber que o terrário fechado está

mais vistoso que o terrário aberto, que estará seco e com as plantas murchas.

1)De onde vem a água que se formou no plástico?

2)Como tem água no plástico se nós não molhamos a terra?

3)Ilustre o que aconteceu no terrário com desenhos.

VAMOS PENSAR

UM POUCO?

Figura 20: Terrário Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7978

4) Identifique as etapas do ciclo da água que ocorrem no terrário e explique como

elas ocorrem.

Conclusão: O ciclo da água aconteceu dentro do terrário. O Sol evaporou parte da

água do solo, as plantas transpiraram, o vapor se condensou no plástico, formando

as gotas. Com o acúmulo de água, as gotas ficam grandes e caem de volta na

superfície do terrário. Esse processo é semelhante ao ciclo da água na natureza.

As plantas estão vivas e aparentemente bem no terrário fechado, onde a água que

evaporou não se perdeu no ambiente, ficou no plástico e depois voltou para o solo

do terrário. O terrário é um pequeno mundo e o ciclo que aconteceu dentro dele

acontece no nosso planeta.

Registro

Nome do experimento: Terrário

Data da montagem:

Montagem do experimento

• Materiais utilizados: pedrinhas, areia, terra, plantas, animais (pode descrever

quais animais), garrafa pet, plástico, fita transparente.

• Desenho

Hipóteses testadas: vocês deverão escrever o que vão testar. Caso sinta muita

dificuldade em formular hipóteses, vocês podem fazer previsões, ou seja, anotar o

que acham que vai acontecer.

Observações (repita esta parte cada vez que fizer uma observação com as crianças,

ou estipulem um padrão – dois em dois dias, semanalmente, etc)

• Data da observação:

• O que aconteceu? Os alunos deverão relatar brevemente o que elas

observaram no terrário, quais suas impressões.

• Desenho da observação – elas deverão desenhar como está o terrário

Hipóteses/previsões – após algum tempo, voltem às hipóteses/previsões feitas e

comparem com o que aconteceu para a confirmação ou não das hipóteses.

A água que o ser humano usa para suas

atividades diárias, como preparar alimentos e

matar a sede, deve ser potável, isto é, não

pode ter substancias tóxica ou

microrganismos causadores de doenças.

As principais fontes de suprimento de água para os seres humanos podem ser

encontradas em rios, riachos e lagos. Essas são as fontes superficiais. Quando são

encontradas no subsolo, formam os lençóis subterrâneos.

Nem sempre a água doce existente no planeta pode ser utilizada diretamente

pelo ser humano em suas atividades diárias. Assim, para se tornar própria para o

consumo, ela deve passar por um sistema de tratamento.

Mas e as fontes de água que saem dos poços artesianos, como ela pode

brotar limpa do solo, se passam por várias camadas de pedra e terra (que é escura),

até chegar ao lençol freático?

Para demonstrar como acontece, vamos simular, através de um experimento

simples, como funciona a filtragem da água na natureza.

FONTES DE ÁGUA

Figura 21: Rio Iguaçu Fonte: http://www.acemprol.com

Você vai precisar de:

- uma garrafa plástica descartável (PET) vazia;

- uma tesoura ou faca (cuidado ao manusear):

- terra;

- areia fina;

- areia grossa;

- cascalho grosso;

- cascalho fino;

- um chumaço de algodão ou a tampinha da garrafa

- água suja de terra

Obs.: as pedras devem ser lavadas antes do experimento.

Faça assim:

- Corte a garrafa de plástico um pouco acima do meio;

- pegue a parte de cima da garrafa e, se tiver a tampa, faça diversos furinhos nela;

caso não tenha, coloque o algodão, mas sem apertar muito;

- coloque essa parte da garrafa dentro da outra parte, como se fosse um funil;

- agora vá montando camadas com: cascalho grosso, cascalho fino, areia grossa e

areia fina;

- dê uma mexida na água suja de terra e derrame-a dentro desse filtro. Faça isso

com cuidado e devagar para não desmanchar as camadas do filtro.

- passe a água várias vezes pelo filtro.

O filtro ficará com essa cara!

Agora que você já observou, responda essas

questões:

EXPERIMENTO!

OBA!!!!

Figura 22: Filtro de Pedras Fonte: http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/ parte-04.asp

1) Quando você misturou terra no copo com água, com que aspecto ela ficou?

2) Você observou como ficou o aspecto da água ao deixar o copo parado durante

algum tempo? Descreva o que aconteceu.

3) Como ficou a água depois de passar pelo filtro? Mudou a aparência dela na

medida em que foi passada várias vezes pelo filtro?

4) Essa água poderia ser bebida? Justifique sua resposta.

Já que estamos falando de fontes de água, você já

deve ter ouvido falar do Aqüífero Guarani,

principalmente na TV, a qual mostra exatamente,

através de um esquema, como funciona a

captação da água por esse aqüífero. Aproveite

essa sua curiosidade natural e pesquise, na

internet, sobre esse assunto. Verifique quais

países, estados, municípios são beneficiados por

suas águas e depois compartilhe com seus

colegas o que você descobriu.

Professor no endereço a seguir há uma reportagem sobre os tipos de

aqüíferos e os principais aqüíferos brasileiros.

http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/parte-03.asp

Propriedades da água

Na natureza é muito difícil encontrar água pura, por causa da facilidade que

ela tem de se misturar com outras substâncias. Mesmo a água da chuva (que parece

limpa), por exemplo, ao cair, traz impurezas do ar nela dissolvidas.

Figura 23: Aquífero Guarani Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Aquífero_Guarani

Uma das mais importantes propriedades da água é a capacidade de

dissolver outras substâncias e por isso é chamada de solvente universal.

Professor comente com os alunos sobre o provérbio que diz: “Água mole em

pedra dura tanto bate até que fura”.

Se percebermos na água cor, cheiro ou sabor, isso se deve a substâncias

(líquidos, sólidos ou gases) nela presentes, dissolvidas ou não.

As substâncias que se dissolvem em outras são chamadas de soluto. A

substância que é capaz de dissolver outras, é chamada de solvente. A associação

do soluto com o solvente é uma solução.

Professor faça o seguinte experimento com seus alunos: pegue um pouco de

água e coloque em um copo acrescentando um pouco de sal e mexa com uma

colher. Os alunos deverão anotar as suas observações. Explique a eles que o sal se

dissolveu na água graças a uma característica muito importante: água como um

solvente. Essa propriedade faz com que a água possa ser utilizada para tomar

banho, para lavar roupa, lavar louças, etc. e também é fundamental para que exista

vida na Terra. Se não fosse assim, como as plantas conseguiriam absorver os sais

minerais pelas raízes? No sangue, por exemplo, várias substâncias - como sais

minerais, vitaminas, açucares, entre outras - são transportadas dissolvidas na água.

Nos animais, todas as substâncias nutritivas e as que devem ser eliminadas estão

dissolvidas em água.

Substâncias hidrossolúveis são aquelas que se dissolvem em água.

Quando não se dissolve, é chamada de insolúvel em água. A temperatura é um

fator importante na solubilidade das substâncias. A água quente dissolve maior

quantidade de soluto do que a água fria.

Já que aprendemos o que é uma solução, vamos aproveitar e fazer uma?

Receita de soro caseiro

Você irá precisar de:

- 1 litro de água fervida e resfriada;

- 1 colher (de café) rasa de sal de cozinha;

- 1 colher (de sopa) de açúcar branco comum.

- Dissolva o sal e o açúcar na água e o soro está pronto. Ele deve ser guardado na

geladeira e usado dentro de 24 horas.

-Prove um pouco. Que gosto ele tem?

Importante: O soro caseiro é usado para combater a desidratação em casos de

intoxicação alimentar, insolação, ou diarréia ou vômito. Por isso é importante seguir a

receita do soro à risca, pois um erro nas medidas pode ocasionar convulsão em uma

criança desidratada.

Flutuar ou afundar?

Você já se perguntou por que alguns objetos afundam na água? Por que um

prego afunda e um navio flutua na água? O que faz com que a água sustente alguns

objetos, de forma que eles consigam flutuar nela? Por que uma pedra afunda na

água, mas se a colocarmos sobre uma tábua ela flutua?

Entender porque alguns objetos afundam na água enquanto outros flutuam é

muito importante na construção de navios, submarinos etc. Se na água um prego

afunda e um navio flutua, está claro que isso não tem nada a ver com o fato de o

objeto ser leve ou pesado, já que um prego tem alguns gramas e um navio pesa

toneladas.

Seria interessante fazer alguns questionamentos com os

alunos, tais como: Nosso “peso” é alterado quando

mergulhamos em algum líquido? Por exemplo, quando

estamos dentro de uma piscina, nosso “peso” se altera?

Na água podemos erguer uma pessoa fazendo pouco esforço, enquanto

fora da água não conseguiríamos nem movê-la do chão. Isso acontece porque a

Figura 24: Afundar e Flutuar Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/qm1.htm#identifica

Figura 25: Empuxo Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br /fichaTecnicaAula.html?aula=20905 Como? Ficamos mais leves ou mais “pesados”?

água empurra o corpo de uma pessoa para cima. A força que a água exerce nos

corpos mergulhados de baixo para cima (como um "empurrão"), é denominada

empuxo.

Professor, no endereço eletrônico:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=2047> há um vídeo sobre

empuxo, muito interessante por sinal.

A quantidade de água deslocada pelos corpos é um importante fator para a

flutuação ou afundamento dos objetos. O prego, por ter pouco volume, desloca um

mínimo de água quando mergulhado. Já o navio por ser muito volumoso, desloca

uma grande quantidade de água. Então seu "peso" fica equilibrado pela força com

que a água o "empurra", ou seja, pelo empuxo.

É importante ressaltar que: Quando o empuxo (E) é igual ao peso (P) o

objeto flutua, porém quando o peso é maior que o empuxo o objeto afunda. Quando

o submarino quer afundar aumenta seu peso enchendo seus tanques de água do

mar.

Professor faça a seguinte brincadeira com seus alunos:

Pegue um balde ou uma bacia transparente e coloque água até atingir mais

de metade do seu espaço. Em seguida, separe vários objetos que possam ser

molhados, como borracha, lápis, clipes, frutas, etc. Peque cada um dos objetos e,

antes de colocá-los na água, pergunte aos seus alunos se os mesmos afundarão,

flutuarão ou se podem ficar mais ou menos no meio da água. Essa atividade

também pode ser usada para trabalhar a densidade das substâncias.

A água exerce pressão

Você já tentou segurar com o dedo o jato de água que sai de uma

mangueira? O que aconteceu? A água impedida pelo dedo de fluir, exerce pressão e

sai com mais força.

Todos os líquidos em geral exercem pressão. Uma maneira de demonstrar a

pressão exercida por uma coluna de "líquido" é fazer alguns buracos, numa garrafa

plástica de 2 litros (destas de refrigerante) e enchê-la de água. Para que o efeito seja

mais interessante e possa ser observado por um tempo maior, faça furos iguais e

finos, todos na mesma vertical e separados por distâncias iguais entre si, medidas de

baixo para cima. Coloque o recipiente num nível mais alto de onde os esguichos

cairão, para observar que os esguichos mais baixos saem com maior velocidade e

tendem a cair mais longe.

A experiência indica que a pressão exercida por um líquido aumenta com a

profundidade, pois a vazão do primeiro furo é menor que a vazão dos outros dois.

Pode-se verificar que quanto maior a profundidade ou altura de líquido, o filete de

água atinge uma maior distância. Diz-se que a pressão é maior e depende da

profundidade do orifício considerado.

Você já observou que as caixas d’água são colocadas em lugares altos? Por

que será que é feito assim?

Outra propriedade da água é sua densidade que relaciona a massa da

substância e o volume ocupado por ela. Para entender melhor essa duas

propriedades, veja o seguinte experimento, encontrado no endereço eletrônico:

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/atividades_experimentais/cada_um_

na_sua.pdf

A sequência de figuras de 26 à 43 referem-se ao experimento a seguir e

possuem a fonte descrita acima.

CADA UM NA SUA

Você vai precisar de: - Um vidro de maionese vazio e com tampa Materiais líquidos: - um pouco de óleo de cozinha;

- álcool;

- mel (ou xarope de milho);

- e corantes alimentícios

Figura 26

Figura 27

Materiais sólidos: - bolinhas de gude;

- clipes de metal;

- pedacinhos de cera de vela;

- pedacinhos de cortiça (rolha)

Juntou tudo? Agora, mão na massa:

1. Despeje uns dois dedos de mel (ou xarope de milho)

no fundo do vidro.

2. Separe um pouco de água e pingue nela

algumas gotas de corante (para diferenciar

do álcool, que vai ser marcado com outra cor).

3. Incline o vidro e despeje cuidadosamente a água sobre o

mel.

4. Já temos então duas fases (camadas) de líquidos.

5. Faça o mesmo com o óleo. Não têm problema se surgirem

algumas bolhas.

Figura 28

Figura 29

Figura 30

Figura 31

Figura 32

Figura 33

6. Pingue corante no álcool separadamente

(para identificá-lo)

7. Despeje por último o álcool.

8. Temos então quatro camadas separadas,

na ordem em que foram colocadas. Bonito,

não? Mas por que elas não se misturaram?????

A explicação envolve duas propriedades das substâncias, a densidade e a

solubilidade. Para entender melhor, que tal antes experimentar mais um pouco?

Vamos jogar os pedacinhos sólidos e ver o que acontece!

Adicionando os sólidos

Vamos continuar nossa experiência sobre densidade, agora com os pedacinhos de

materiais sólidos:

1. Coloque algumas bolinhas de gude.

2. Acrescente pedacinhos de cera de vela...

3. pedacinhos de cortiça..

Figura 34

Figura 35

Figura 36

Figura 37

Figura 38

Figura 39

4. e, por fim, alguns clipes de metal.

Densidade e solubilidade

Observe:

O experimento é bonito, e colorido, mas agora

nos deixou cheios de perguntas. Por que as

camadas se formaram? Por que a rolha bóia

enquanto as bolas de gude e o clipe afundam?

E a cera, por que fica entre as camadas de

óleo e álcool???

Esse experimento envolve duas propriedades

das substâncias: a densidade e a

solubilidade.

Vamos chamar de mais densos os

objetos que afundaram nos líquidos e menos

densos os que flutuaram.

Densidade é a propriedade da matéria

que relaciona a massa da substância e o volume ocupado por ela.

É a partir dessa propriedade que se explica, nesse experimento, porque a

rolha boia, enquanto a bola de gude e o clipe afundam. A rolha é menos densa do

que todos os líquidos, enquanto que a bola e o clipe são mais densos. Já a cera de

vela flutua porque é menos densa do que o óleo e mais densa do que o álcool, por

isso ela fica entre eles.

Essa propriedade independe da quantidade.

Figura 40

Figura 41

Mesmo que a quantidade de mel fosse bem pequena, apenas algumas

gotas,

ele ficaria no fundo de qualquer maneira.

A outra propriedade envolvida nesse experimento é a solubilidade, que é a

capacidade que uma substância tem de se dissolver em um líquido.

O óleo e a água não se misturam. Isso porque as interações entre as

moléculas - unidades que constituem as substâncias - que formam cada um dos dois

líquidos são mais fortes do que a interação que haveria na mistura. Por isso, a

mistura não ocorre. Além disso, a água é mais densa do que o óleo, que logo toma

seu lugar acima dela.

Líquidos que não se misturam entre si, como água e óleo, são chamados

imiscíveis. Dos líquidos usados nesse experimento, apenas o óleo vegetal é

imiscível com a água. Como pusemos o mel primeiro e ele é o mais denso de todos,

ele fica no fundo, e assim a ordem em que adicionamos os líquidos é importante

para o resultado que vimos. Eventualmente, o mel irá se dissolver na água, porém o

processo é muito lento. Já o álcool não se mistura com a água no pote, pois a

camada de óleo separa os dois líquidos.

Um desafio para você:

Tente esse experimento em casa ou na escola, depois vire o vidro tampado de

cabeça para baixo. O que acontece?

Figura 42

Figura 43

Você já viu mosquito parado sobre a

superfície água? Sabia que essa é

mais uma propriedade da água

conhecida como tensão superficial?

Faça uma pesquisa sobre esse assunto e depois compartilhe com seus colegas.

Agora, que tal fazer um experimento para observar o efeito da tensão

superficial? Sobre uma superfície plástica seca, espirre um pouco de água. Você vai

ver que vão se formar umas gotinhas. Agora seque a superfície e espalhe um pouco

de detergente, de modo a formar uma fina camada. Espirre sobre essa camada um

pouco de água. Você vai ver que não vão se formar mais gotas e que o líquido vai se

espalhar pela superfície. Compare!

Doenças relacionadas à água

Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=833&sid=9

Como estamos falando da água, não podemos deixar de comentar sobre as

doenças que, quando ela está contaminada, pode transmitir. Atualmente andam

acontecendo muitas enchentes no Brasil e, os maiores casos de doenças começam

a surgir depois que as águas baixam, principalmente nas grandes cidades. Você

sabe por quê?

Quando vemos na TV notícias sobre esses desastres naturais, observamos

uma grande quantidade de lixo espalhados pelas ruas. Sabemos que os mesmos

são levados pela água corrente e entopem os bueiros, cuja utilidade é para

escoamento da água e não do lixo. Com isso, a água invade casas, levando

destruição e doenças, como a leptospirose, doença causada pela urina dos ratos

que, com as chuvas, se mistura com a água de valetas, lagoas, cavas e até mesmo

das enchentes. A bactéria penetra no corpo humano através de pequenos ferimentos

na pele ou por meio de um contato longo com a água contaminada.

Figura 44: Tensão Superficial Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3466

A falta de tratamento da água e do esgoto á uma das principais causas de

doenças infecciosas relacionadas à água. Veja mais alguns exemplos:

- CÓLERA: É uma infecção intestinal transmitida pela ingestão de água ou alimentos

contaminados pelo vibrião colérico. Essa bactéria se multiplica muito rapidamente no

intestino, provocando diarréia intensa, dores abdominais, vômitos e mal-estar. Pode

levar o organismo a um grave estado de desidratação, podendo acarretar até a

morte. A pessoa com cólera precisa de tratamento médico.

Figura 45:

Figura 46: Cólera Fonte: http://pt.wikipedia.org

- ESQUISTOSSOMOSE: è também conhecida como barriga-d’água. Ela é

transmitida por meio do contato com a água contaminada pelas larvas desse verme,

que penetra no corpo do ser humano através da pele.

- DENGUE: Essa doença está no auge da fama. Todo dia ela é notícia na TV: ou

através de alertas ou de casos confirmados da doença. É uma doença infecciosa

causada por um vírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti

contaminado.

Existem duas formas principais de dengue: a clássica e a hemorrágica.

Os principais sintomas da dengue clássica são febres altas, tonturas,

manchas avermelhadas na pele, náuseas, vômitos, além de dores no corpo, nos

ossos e nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça. Não é à toa que, em algumas

regiões, ela é conhecida como “quebra-ossos”. Em geral, a dengue clássica não

oferece risco de vida.

A dengue hemorrágica é a forma mais grave da doença, pois, além dos

sintomas da clássica, pode causar hemorragias, dores abdominais fortes e contínuas

e vômito persistente. Caso não seja tratada adequadamente, pode levar à morte.

A manifestação de uma ou outra forma de dengue vai depender do tipo de

vírus que contaminou a pessoa, alem das características próprias de cada indivíduo.

Em geral, o risco de ocorrer a forma hemorrágica é maior na segunda infecção.

Figura 46:

Figura 47:

Figura 48:

Figura 49:

Agora é com você:

1) Pesquise e faça uma lista de alguns cuidados que devemos ter para prevenir a

dengue.

2) Procure no dicionário o significado da palavra hemorragia.

3) Que conseqüências as enchentes podem trazer ao ser humano?

4) Em sua opinião, o que deve ser feito para evitar a contaminação de pessoas pela

água das enchentes? Justifique sua resposta.

Figura 50:

Figura 51:

5) Somente a água das enchentes pode transmitir doenças aos seres humanos?

Justifique.

6) Em sua opinião, qual a principal medida de saneamento básico para prevenir a

cólera?

7) Faça uma pesquisa na internet e descubra quais outras doenças podem ser

transmitidas pela água contaminada e compartilhe com seus colegas as informações

coletadas.

8) Que tal você fazer uma história em quadrinhos sobre uma das doenças estudadas

nesta unidade?

REFERÊNCIAS

CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. 3ed. São Paulo: Moderna, 2009. FAVALLI, Leonel Delvai. Projeto Radix: Ciências. São Paulo: Scipione, 2009. GASPAR, Alberto. Experiências de ciências. São Paulo: Ática, 2005. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: o Planeta Terra. 4ed. São Paulo: Ática, 2009. GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências Natureza e Vida. São Paulo: FTD, 1996. JAKIEVICIUS, Mônica; HERMANSON, Ana Paula. Investigando a Natureza. São Paulo: IBEP, 2006. LUZ, Maria de La; SANTOS, Magaly Terezinha dos. Vivendo Ciências. São Paulo: FTD, 2002. SITES UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/atividades_experimentais/cada_um_na_sua.pdf http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/atividades_experimentais/ciclo_agua.pdf http://portaldoprofessor.mec.gov.br http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/parte-04.asp http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Geada_Macro_DanielGP.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dew_on_grass_Luc_Viatour.jpg http://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws&feature=related pt.wikipedia.org/wiki/Aquífero_Guarani http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=833&sid=9 http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/qm1.htm#identifica http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/05/inmet-registra-11c-em-cidade-catarinense.html