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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TURISMO
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Evolução Histórica Do Turismo

Sep 23, 2015

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Evolução Histórica Do Turismo
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  • EVOLUO HISTRICA DO TURISMO

  • IDADE CLSSICA

    Perodo que vai desde os primrdios das primeiras civilizaes at primeira metade do sculo XVIII

  • Sumrios

    inveno da moedadesenvolvimento do comrcioescrita cuneiformeinveno da roda

    Primeiras condies que possibilitaram a realizao das viagens

  • Romanos e Gregoscriaram maior rede de estradas (100.000 km), alguns dos traados ainda hoje so utilizados;possibilidade de viajar mais de 100 km por dia utilizando mudas de cavalos;Pausanias (gegrafo e viajante grego) escreveu Descrio da Grcia, que pode ser considerado como o primeiro guia turstico, indicando os diversos caminhos, as esttuas, os tmulos, as ruas, os templos, os estdios, os teatros, etc.;Junto dos templos gregos existiam facilidades para pernoitar e diverses como teatros e estdios para eventos atlticos;

  • Romanos e GregosDesenvolveu-se o esprito de hospitalidade, que passou a ser um acto honroso, e institui-se a obrigao de receber com benevolncia os estrangeiros que chegassem a uma cidade;Com os romanos desenvolveram-se os Hospes (estalagens), os Hospitium (Hotis) e os Hospitalia (Estalagens Pblicas);Herdoto, o pai da Histria e o primeiro grande escritor de viagens percorreu toda a Grcia, norte de frica, Siclia, feso na Turquia, Babilnia, Egipto, Lbia e Sria. Os seus livros descrevem os pases que visitou e os seus costumes.

  • CristosA hospitalidade continuou a ser um dever e um direito sagrado que devia ser concedida gratuitamente;No sculo IV foram abertas as primeiras casas de refgio para os viajantes e asilos, as Xenodochia;Uma das exigncias do conclio de Niceia foi que toda a cidade deveria possuir as suas Xenodochias e os seus Hospitia, dos quais o mais clebre foi o Hospice du Grand-Saint-Bernard, estabelecido em 962, nos Alpes;

  • CristosAs viagens tinham como principal razo as peregrinaes sendo clebres as que se dirigiam a Santiago de Compustela, em Espanha, Canterbury, em Inglaterra, Terra Santa, na Palestina e a Meca, na Arbia;No sculo XIV, existiam j guias de viagem que forneciam aos peregrinos informaes detalhadas sobre as regies que tinham de atravessar e os tipos de alojamento que poderiam utilizar;Para apoiar as peregrinaes Terra Santa foram criadas diversas Ordens que construram centros de assistncia aos viajantes;

  • Cristos

    Com as Descobertas iniciadas pelos portugueses e continuadas pelos espanhis, franceses, ingleses e holandeses chegou uma nova era para o mundo das viagens;

  • Atraces tursticas da idade clssicah mais de 500 anos eram organizadas viagens pelo Nilo para visitar vrios templos;romanos e gregos viajavam para visitar os templos e as sete maravilhas do mundo (Pirmides de Gize, Jardins Suspensos da Babilnia, Esttua de Zeus em Olmpia, Mausolu de Halicarnasso, Templo de Artmis em feso, Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria);Jogos Olmpicos, Pticos, stmicos e Nemeus ofereciam grande nmero de atraces (produes teatrais, banhos termais, competies atlticas e festivais);

  • Atraces tursticas da idade clssicaPrognsticos dos Orculos (Dodona e Delfos). Eram oferecidos objectos para agradecimento aos deuses que deram origem aos primeiros museus;Termas, iniciadas por Agripa, verdadeiros centros de turismo (existiam em todo o territrio imperial: Itlia, Frana, Espanha, Portugal, Inglaterra, Romnia, Norte de frica e sia Menor)

  • A idade clssica do turismo, que se prolonga at ao sculo XVIII, caracteriza-se pelo facto das viagens serem individuais e se realizarem, predominantemente, por necessidades fundamentais como o comrcio, as peregrinaes religiosas, a sade ou por razes polticas e de estudo.

  • IDADE MODERNA A partir de meados do sculo XVIII produzem-se grandes mudanas, tanto do ponto de vista tecnolgico, como do ponto de vista econmico, social e cultural, que introduzem alteraes significativas nas viagens.

    Nesta poca popularizam-se as viagens de recreio, entre as camadas sociais mais abastadas, como forma de aumentar os conhecimentos, procurar novos encontros e experincias.

  • IDADE MODERNAEm Frana desenvolve-se a construo de estradas e de redes de comunicao necessrias circulao de toda a espcie de carruagens puxadas a cavalo: diligncias, coches, carroas, etc.

    Os diplomatas, estudantes e membros de famlias ricas inglesas faziam a Grand Tour (viagem de trs anos, pela Europa, com paragens obrigatrias em Paris, Florena, Roma ou Veneza). Pela primeira vez passam a designar-se as pessoas que viajam como turistas;

  • IDADE MODERNAMuitos dos grandes escritores da poca dedicam alguns dos seus livros s viagens (Montesquieu Lettres Persanes, Goethe Viagem em Itlia, Stendhal Mmoires dun Touriste, Victor Hugo Le Rhin);

    Multiplicam-se os guias tursticos que fornecem informaes e conselhos teis (Ebel Manuel ds Voyageurs en Suisse, Hans Ottokar Reichard Guide des Voyageurs en Europe, Conseils aux Touristes, Le Guide dEspagne et Portugal;

  • IDADE MODERNAO movimento dos ingleses para o continente europeu influencia o desenvolvimento dos transportes, da hotelaria e da restaurao;

    No sculo XIX, o progresso da cincia, a revoluo industrial, a multiplicao das trocas, o desenvolvimento dos transportes, em particular do comboio e a transmisso de ideias com a generalizao da publicao de jornais, do um novo impulso s viagens que comeam a encontrar a sua verdadeira identidade: um meio de as pessoas se interessarem pelas particularidades de cada povo, pelas tradies, pelo exotismo e por outros modos de vida e novas culturas;

  • IDADE MODERNASurgem os primeiros hotis alguns de cadeias ainda hoje existentes como a Pullman e a Ritz;

    Thomas Cook inventou o turismo organizado. A primeira viagem organizada foi num comboio alugado por Thomas Cook, entre Leicester e Loughborough, destinada aos participantes de um congresso de mdicos. As viagens organizadas de Thomas Cook, o lanamento de uma nota circular, antecessora dos travellers cheques, marcaram uma das mais importantes etapas na histria do turismo e esto na origem do turismo dos nossos dias;

  • IDADE MODERNAEm 1840 nasce a primeira organizao de viagens em Portugal, a Agncia Abreu;

    A primeira dcada do sculo XX caracterizou-se por transformaes e inovaes que alteraram profundamente os modos de vida: a descoberta do telgrafo e do telefone, o alargamento da rede de caminhos de ferro, a extenso das redes de estradas, o grande desenvolvimento industrial, que todos conduzem a uma maior democratizao das sociedades e a novos conceitos de vida;

  • IDADE MODERNAO tempo de trabalho diminui e alcana-se o direito ao repouso semanal pelo que o conceito de lazer surge como uma nova noo;

    O turismo transforma-se num fenmeno da sociedade, influencia o comportamento das pessoas e comea a alcanar uma dimenso econmica sem precedentes;

  • IDADE MODERNAO reconhecimento da importncia do turismo leva a que quase todos os pases da Europa criem instituies governamentais com o fim de o promover e organizar, sendo a ustria o primeiro pas a faz-lo;

    Em Portugal surge, em 1911, a Repartio de Turismo de Portugal;

    Os grandes destinos tursticos so as estncias termais, as estaes climticas da montanha com o lanamento da helioterapia, as estncias balneares (Biarritz, Deauville, Miami, Riviera francesa e italiana);

  • IDADE MODERNAA Organizao Internacional de Trabalho estabelece o princpio das frias pagas;

    Aps a I Guerra Mundial e as evolues aeronuticas a ela ligadas, surgem as primeiras companhias areas comerciais (1918 Deutsche Lufthansa);

    Esto criadas as condies para o arranque do turismo enquanto actividade econmica, porm a ecloso da II Guerra Mundial faz atrasar o seu avano.

  • Neste perodo o turismo inicia a sua expanso mundial, caracterizando-se pela procura de diverso e descanso e pelas viagens culturais.

  • IDADE CONTEMPORNEA O desenvolvimento dos transportes, o reconhecimento do direito s frias pagas, a criao de organizaes nacionais e internacionais destinadas a promover o turismo e as novas ideias levaram a que, a partir do inicio do sculo XX, o turismo passasse a ser considerado como uma actividade econmica relevante.

    At ao incio da II Guerra Mundial, o turismo alcanou dimenses significativas para, a partir da, ter praticamente desaparecido. S a partir dos anos 50 e aliado fase de progresso econmico e social que o turismo se desenvolveu e consolidou.

  • IDADE CONTEMPORNEAA anlise das alteraes produzidas, mais do que quaisquer outras consideraes, deixam perceber no s a natureza do turismo e tambm as influncias que nele exercem as alteraes que se produzem nos vrios domnios do saber e do conhecimento, mas tambm que o turismo tem de ter capacidade para dar resposta s necessidades de cada poca que aquelas alteraes determinam.

  • 1945 a 1973Ascenso de um grande nmero de pases independncia;Produo mundial aumentou mdia anual de 5%;Crescimento de rendimento real por habitante de 3%;Trocas internacionais multiplicaram-se por seis;Os crditos internacionais, o capital, a tecnologia e a mo-de-obra registaram uma enorme mobilidade;Emergncia de grandes multinacionais;Constituio de grupos econmicos (CEE);Aumento dos dias de frias pagas dos trabalhadores;Lanamento dos primeiros satlites e primeira viagem Lua;

  • Efeitos produzidos a nvel do turismoA nvel da procura registou-se um aumento do tempo livre, um aumento do rendimento, uma transformao nas motivaes (necessidade de diversificao e diferenciao necessidade de compensar os desequilbrios psicolgicos ligados vida profissional pela evaso ao meio);

    A nvel da oferta as viagens areas conheceram um desenvolvimento rpido e as viaturas individuais tornaram-se mais correntes. Os organizadores de viagens iniciaram a produo em srie de produtos de massa (perodo fordista) tendo por base os transportes por avio fretado e as cadeias de hotis do litoral. Foi a clebre poca dos 3 S: Sun, Sea and Sand.

  • Neste perodo, o turismo interno era ainda um subproduto do turismo internacional nas orientaes das polticas tursticas, estando todas as preocupaes concentradas no desenvolvimento do turismo internacional.

  • 1973 a 1990 Acentua-se a diferena entre o nvel de vida dos pases em vias de desenvolvimento e dos pases industrializados;A crise ou choque do petrleo ocorrida em 1973 ps fim era da energia a baixo preo.;As tenses polticas e o rpido aumento das despesas militares intensificaram os problemas internacionais; Variaes rpidas das taxas de cmbio e crise de confiana no sistema monetrio mundial;

  • 1973 a 1990Afrouxamento do crescimento econmico mundial, diminuio da produo, acompanhados da estagflao e do desemprego;Endividamento externo da generalidade dos pases atingiu um nvel tal que abalou os fundamentos do sistema financeiro internacional;O homem d-se conta de que a sua actividade pe cada vez mais em perigo o ambiente fsico em que vive, originando novas atitudes e novos comportamentos dos consumidores;D-se o colapso do comunismo e do bloco socialista dos pases da Europa de Leste.

  • Efeitos produzidos a nvel do turismoO turismo mundial no se reduziu mas sofreu uma alterao estrutural ao mesmo tempo que reduziu o ritmo de crescimento;A distncia e a durao das viagens encurtaram-se e as frmulas de alojamento a baixo preo passaram a ser as mais procuradas;Do lado da oferta multiplicaram-se os equipamentos desportivos e de animao e surgiram novas frmulas para a utilizao dos meios de alojamento turstico em regime de compropriedade e de utilizao peridica com carcter de permanncia;

  • Efeitos produzidos a nvel do turismoO turismo interno passou a adquirir uma importncia cada vez maior com o consequente desenvolvimento de equipamentos e promoo susceptveis de enquadrarem o turismo dos nacionais no interior do seu prprio pas;Passou a enfatizar-se menos o papel econmico do turismo para atribuir importncia ao seu papel social, poltico, ecolgico, cultural e educativo. Passou a ser encarado como uma das componentes essenciais da vida do homem (identidade, valorizao);

  • Efeitos produzidos a nvel do turismoRelativamente procura, houve uma reduo ainda maior da durao do trabalho dirio e semanal, os rendimentos reais diminuram, porm sem renncia s viagens, que passaram a ser encaradas como um bem de primeira necessidade (em contrapartida frias mais econmicas e destinos mais prximos). No domnio das motivaes destaca-se a procura de programas de frias com a incluso de actividades culturais e desportivas.