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Profª Flávia Farias MBA em Gestão da Qualidade e MBA em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos Segurança dos Alimentos
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Epidemio Aula Flavia Farias

Jun 13, 2015

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Aula do Módulo Introdução a Epidemiologia do MBA em Gestão e Qualidade de Alimentos UVA 21/11/09
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Page 1: Epidemio Aula Flavia Farias

Profª Flávia Farias

MBA em Gestão da Qualidade e Segurança MBA em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentosdos Alimentos

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Filmes:

O risco dos alimentos

Alimentos contaminados com coliformes

fecais

Dr Bactéia - DTAs

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Epis => em cima de, sobre; Demos => povo, população; Epis => em cima de, sobre; Demos => povo, população; Logos => estudoLogos => estudo

Ciência que estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas e dos fatores causais

responsáveis por essa distribuição.

População

DoençaSaúde

Cura SequelaÓbito

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SaúdeSaúdeSaúdeSaúde

LazerLazerHabitaçãoHabitação

EducaçãoEducaçãoAlimentaçãoAlimentação

AssistênciaAssistência

RendaRendaFatores genéticosFatores genéticos

SaúdeSaúde

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“Saúde é o completo bem-estar físico, mental bem-estar físico, mental e social e social e não apenas a ausência de doença”

(Organização Mundial da Saúde)

“Direito de todos e dever do EstadoDireito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao

acesso universal e igualitário às ações e serviços, para sua promoção, proteção e recuperação”

(Constituição de 1988)

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“Saúde é um estado de relativo equilíbrio equilíbrio de forma e função do organismo, que resulta de

seu ajustamento dinâmico, satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo. Não é um

inter-relacionamento passivo entre a matéria orgânica e as forças que agem sobre ela, mas

uma resposta ativa do organismo no sentido do reajustamento” (Perkins)

“Saúde é um dos itens de bem-estar socialitens de bem-estar social, o que termo relacionado à possibilidade de vida digna, onde

os indivíduos tenham liberdade de realizar as escolhas que lhes sejam valorozas”

(Amartya Sen)

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Fisiopatologia Processo mental Simbologismo

Séc XVII:“a doença é algo concreto e externo ao

ser humano, mas que pode invadir o corpo causando doenças. Os sintomas são o resultado da briga do corpo com

a doença.” (Machado & Focoault)

sofrimentosofrimento

dordor

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Doenças são levadas aos seres humanos através de uma ‘nuvem’

de sujeiras de odor fétido que pairam sobre um indivíduo (doença) ou sobre uma comunidade (epidemia). Essas sujeiras eram chamadas de miasma.

Hospitais – instituições para escória da sociedade: leprosos, loucos, prostitutas com doenças venéreas, marginais etc.

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Dimensão do cuidado médico: consultas, uso de medicação, cuidados de enfermagem, presença ou não de feridas e outros sinais físicos, necessidade de outros cuidados multiprofissionais (fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, odontologia e outros)

DoençaDoença

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Dimensão religiosa: atrelamento dos eventos negativos na saúde a castigo por conduta não correta (‘pecado’)

Como explicar o adoecimento de padres, madres, freiras, pessoas caridosas...?

Como explicar a sobrevivência de ‘malandros’, bêbados, viúvas (bruxaria?) às epidemias.

DoençaDoença

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Dimensão da culturas, mitos e tabús. Ex.: exposição ao ‘sereno’, frio, calor, sujeiras...

Golpe de ar: resfriados Sorvete: amigdalite Praia: micoses, insolação, verminoses...

DoençaDoença

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Integravam a teoria miasmática: doenças que ‘encarnavam’ nas cidades

O saneamento e a limpeza das cidades, o tratamento da água não resolveu as epidemias

Determinaram a separação de doentes e não doentes nos hospitais e a divisão em enfermarias

Marcam a entrada dos médicos nas instituições hospitalares

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Estudantes de medicina observavam e anotavam todos os achados clínicos associados (instituição de formação)

Subdivisão dos doentes por enfermarias

Primeiras classificações de doenças, baseadas na taxonomia vegetal

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Surgimento da anatomo-clínica:

“Não há doença fora do corpo”

Associação dos achados de necropsia

com os sintomas apresentados pelo

paciente em vida

Quebra do mito dos miasmas

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meio ambiente

DOENÇA

agenteHospedeiro

“A doença pode ser resultado da interação entre o hospedeiro, o agente e o meio ambiente. Na prevenção tenta-se quebrar esta

interação de alguma forma.”

“Conjunto de processos interativos (hospedeiro-agente-fatores ambientais) que afetam a origem, o desenvolvimento e o desenlace

das enfermidades.”

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HOSPEDEIROAGENTE CAUSADOR

MEIODOENÇA

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Evolução aguda, por vezes fatal

Evolução aguda, clinicamente evidente e com recuperação rápida

Evolução crônica progressiva, se tornando incompatível com a vida

Evolução crônica com períodos assintomáticos e períodos de agudização

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antecipar, preceder, tornar impossível por meio de uma providência precoce. Exige

uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural, a fim de

tornar improvável o progresso posterior da doença

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utiliza o conhecimento moderno para desenvolver a saúde, evitar a doença e a

invalidez, e prolongar a vida (boa assistência médica para indivíduos e

famílias e bons serviços de saúde pública para as comunidades)

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Prevenção Primária

- Proteção específica

- Promoção da saúde

Prevenção Secundária

- Diagnóstico

-Tratamento precoce

- Limitação da invalidez

Prevenção Terciária

- Reabilitação

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Vacinação populacional, promoção da higiene pessoal, saúde ocupacional, proteção contra

acidentes, proteção contra substâncias carcinogênicas, controle de vetores,

saneamento ambiental, tratamento de águas, esgotos e lixo e a promoção da saúde através

da promoção de moradias adequadas, alimentação saudável, aconselhamento

matrimonial, educação sexual, lazer, educação e cultura.

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2 etapas: diagnóstico e tratamento precoce através de medidas individuais e coletivas para descoberta de casos, pesquisas de

triagem exames seletivos com os objetivos de curar e evitar o processo da doença; e evitar a

propagação de doenças contagiosas; e limitação da invalidez, através de tratamento

adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e

seqüelas; provisão de meios para limitar a invalidez e evitar a morte; evitar complicações

e seqüelas; encurtar o período de invalidez

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Prestação de serviços hospitalares e comunitários para reeducação e treinamento; educação do público e indústria; garantia de

emprego tão completo quanto possível; terapia ocupacional em hospitais; utilização

de asilos.

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-Aumentar a saúde e o bem-estar gerais

- A educação e a motivação sanitária

- Promover saúde inclui bom padrão de

nutrição, ajustado a várias fases do

desenvolvimento

- Estratégia promissora para enfrentar os

múltiplos problemas de saúde que afetam

as populações humanas na época atual.

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Proposta: articulação de saberes técnicos e populares, mobilização de recursos institucionais e comunitários públicos e privados

 “Embora anteriormente tenha sido entendida

como um dos níveis da medicina preventiva, hoje a promoção da saúde é

encarada como um enfoque de abordagem que compreende aspectos políticos e técnicos em torno do processo saúde-

doença-cuidado, podendo ser desenvolvida em qualquer etapa do setor saúde.”

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Definiu a promoção da saúde como “processo de capacitação da comunidade para atuar na

melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle

deste processo”

Refere-se também a uma combinação de estratégias:

- Ações do Estado (políticas públicas saudáveis);

- Da comunidade (reforço da ação comunitária);

- De indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais);

- Do sistema de saúde (reorientação do sistema);

- De parcerias intersetoriais.

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Atualmente a promoção da saúde pode ser dividida em dois grandes grupos:

 1) Atividades dirigidas à transformação

do indivíduo, focando no estilo de vida e localizando-o nas famílias;

2) A construção dos determinantes gerais do processo saúde incorporando aspectos relacionados às condições de vida.

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Carta de Ottawa propõe cinco campos centrais de ação:

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ORIGENS: Surge com a consolidação da clínica e da

medicina, se aprimora com a utilização da estatística e da computação.

OBJETIVOS Descrever a distribuição e a magnitude dos

problemas de saúde nas populações humanas; Apresentar dados para o planejamento,

execução e avaliação de ações de prevenção, controle e tratamento de doenças;

Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades;

Identificar grupos populacionais susceptíveis à doenças.

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UTILIDADE PRÁTICA

Permite conhecer adequadamente uma situação de agravo à saúde da população, pode ser utilizada com o propósito de intervir para melhorar condições insatisfatórias, permite

comparações populacionais e pode ser utilizada para fins prognósticos

(prever ocorrências futuras).

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ÁREA TEMÁTICAS

Doenças Infecciosas Carências de micronutrientes Doenças Crônico-degenerativas

(DCD) Utilização dos Serviços de Saúde

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PREMISSAS

Agravos à saúde não acontecem ao acaso na população

A distribuição desigual dos agravos se deve a presença de fatores que se distribuem desigualmente na população

Os fatores responsáveis pela ocorrência de doenças devem ser elucidados

Medidas preventivas e curativas devem tomar como base esses fatores

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DETERMINAÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS  Risco é a probabilidade da ocorrência de um

determinado evento (p. ex doença)  INCIDÊNCIA é o número de casos novos da

doença em um determinado grupo populacional ou área geográfica em determinado período temporal.

  PREVALÊNCIA é a quantidade de casos

existentes de uma doença em uma dada população, em um certo momento.

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RISCO RELATIVO: mostra quantas vezes o risco é maior (ou menor) em um grupo populacional ou área geográfica quando comparado a outro.

  RISCO ATRIBUÍVEL: indica a diferença

na incidência entre dois grupos, atribuída à exposição ao fator de risco.

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PRINCIPAIS TERMOS

ENDEMIA: presença esperada ou “normal” de casos de uma doença ou agravo em determinada área geográfica ou grupo populacional.

SURTO: ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, também excedendo a previsão, porém em um pequeno espaço geográfico (bairro, cidade).

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PRINCIPAIS TERMOS

EPIDEMIA: ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, excedendo a ocorrência prevista em uma região geográfica ou grupo populacional.

PANDEMIA: ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, também excedendo a previsão, com larga distribuição espacial, atingindo várias nações (abrangência global).

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Pandemias

Gripe A H1N1

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ESTUDO DE CASO-CONTROLE: estudo comparativo entre dois grupos, um deles afetado pela doença. Tem a finalidade de investigar os fatores envolvidos com a doença.

  ESTUDO DE COORTE: observação de

grupos comprovadamente expostos a fatores de risco.

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ESTUDO DE PREVALÊNCIA: investigação da prevalência de uma determinada doença em grupos e momentos específicos.

ESTUDO ECOLÓGICO: estudo com área geográfica delimitada com a finalidade de analisar e comparar variáveis de saúde.

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VARIÁVEIS NOMINAIS: elementos de estudo de natureza qualitativa, resultante de um processo de classificação e que se expressa nominalmente (sexo, cor, estado civil, motivo de óbito etc).

VARIÁVEIS ORDINAIS OU CATEGÓRICAS: elementos de estudo de natureza qualitativa, resultante de um processo de ordenação (nível de escolaridade, nível sócio-econômico etc)

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VARIÁVEIS DISCRETAS: elementos de estudo de natureza quantitativa, expressa por números inteiros, resultantes de um processo de contagem (número de filhos, número de desnutridos em uma enfermaria, número de leitos de hospitais etc)

VARIÁVEIS CONTÍNUAS: elementos de estudo de natureza quantitativa, expressa através de escalas que admitem valores fracionados, resultam de um processo de medida.

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DADO PRIMÁRIO: dado colhido por pesquisadores ou membros treinados da equipe de pesquisa.

DADO SECUNDÁRIO: dado colhido por terceiros e utilizado por pesquisadores.

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Levantamento de informações necessárias para programação e avaliação de medidas de controle de doenças e situações de agravo à saúde. Inclui

procedimentos de coleta, processamento, análise e divulgação de

estatísticas vitais.

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Funções: 

Coleta de dadosProcessamento de dadosAnálise e interpretação de informaçõesDeterminar medidas de controle

apropriadas aos resultados encontrados Implementar ações indicadasAvaliar eficácia das medidas adotadasDivulgação de informações pertinentes

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No Brasil, a FUNASA é responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), que colhe dados das unidades de saúde de qualquer nível de complexidade e das

três esferas de governo (municipal, estadual e federal)

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Nível Federal: MS

Nível Estadual: SES, Conselhos Estaduais de

Saúde

Nível Municipal: SMS, Conselhos Municipais de

Saúde, postos de saúde, centros de saúde,

laboratórios, escolas, igrejas etc. Realizam

diagnóstico e notificação de doenças

investigando novos casos, surtos, tratando ou

encaminhando ao tratamento.

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NOTIFICAÇÃO: comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita à autoridade sanitária por profissionais de

saúde ou não, para fins de adoção de medidas pertinentes.

Disque Saúde 0800 61 1997

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Principal instrumento de coleta de dados sobre agravos considerados prioritários. Mesmo a suspeita destes casos deve ser notificada.

 TIPOS DE VIGILÂNCIA  ATIVA: quando as agências de saúde solicitam

frequentemente notificações da doença PASSIVA: quando agências de saúde esperam o

envio e consolidação das informações pelas fontes notificadoras

EVENTO SENTINELA: tipo especial de vigilância utilizada em hospitais e clínicas onde é comum o atendimento de pacientes com alguns diagnósticos, como HIV, sífilis etc.

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Botulismo carbúnculo (Antraz) Cólera Coqueluche Dengue Difteria Doença de Chagas Doença Meningocócica e outras

meningites Esquistossomose em área não endêmica Febre amarela Febre maculosa Febre tifóide Hanseníase Hantaviroses Hepatite B Hepatite C HIV em gestantes e crianças

• Leishmaniose• Leptospirose• Malária em área não endêmica• Poliomelite• Paralisia flácida aguda• Raiva humana• Rubéola• Síndrome da Rubéola Congênita• SIDA• Tétano• Tularemia• Tuberculose• Varíola

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Epidemiologia populacional => fenômenos demográficos e sociais que tem impacto no perfil de morbimortalidade e repercussões para a assistência médico-sanitária

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↓ mortalidade ↓ fecundidade ↓ crescimento populacional ↑ expectativa de vida ↑ população idosa Urbanização/ industrialização Precarização dos vínculos empregatícios

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Estilo de vida moderno: Exposição à violência Exposição à poluição ambiental Estresse Sedentarismo Alimentação inadequada Ganho de peso Fumo Utilização de álcool e alucinógenos ilícitos Extensão do trabalho até o lar c/ a

virtualização das tarefas Acidentes de trânsito

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alguns destes fenômenos já estavam presentes, o que determinou uma mudança nas principais causas de mortalidade de Doenças Infectoparasitárias (DIP) para Doenças Crônico-degenerativas e causas externas.

Mudança nas demandas por serviços de saúde, principalmente devido a necessidade de pronto-atendimento e serviços de acompanhamento de longa duração.

Assim, os Sistemas de Saúde precisaram se adaptar e implementar algumas tecnologias de ↑ custo

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↑ tempo ou recidiva de internações hospitalares

↑ utilização de serviços médicos ↑ utilização de equipamentos médico-

hospitalares ↑ utilização de fármacos

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Doença Coronariana Aterosclerótica Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Acidente Vascular Cerebral (AVC) Cânceres Diabetes Mellitus Doenças bronco-pulmonares

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Depressão Ansiedade Neurose Doenças Psicossomáticas Abuso de álcool e drogas (dependência) Distúrbios nutricionais Osteoarticulares (coluna)

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↑ ruídos Aglomerações Atividade laborativa insatisfatória Insegurança, medo, solidão

indutores de adoecimento psíquico, isolamento e depressão.

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transição epidemiológica atípica, com rápido surgimento de DCD e incapacitantes, distúrbios sociais etc, com a coexistência das ↑ taxas de natalidade => explosão demográfica

coexistem por um grande período os dois tipos de causas de óbito: DIP e DCD/ causas externas, dificultando a formulação de políticas públicas de combate aos agravos à saúde.

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TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA INCOMPLETA

Grandes diferenças regionais e intraregionais

Longo processo de transição ressurgimento de doenças erradicadas

(malária, tuberculose, dengue, cólera) polarização epidemiológica

(heterogeneidade entre grupos sócio-econômicos)

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Doenças Cardiovasculares Neoplasias Doenças Mentais Causas externas

Principais causas externas: Violência Urbana por armas de fogo,

armas brancas e agressões, o que ↑ demanda por atendimento médico de urgência e emergência

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Sabendo que a epidemiologia estuda os fenômenos relacionados às condições

de saúde da população, a epidemiologia nutricional é um ramo da epidemiologia geral que tem a nutrição como aspecto

de interesse vinculado à saúde ou doença da população. A nutrição é vista

como resultante de processos complexos que se correlacionam de modo diferenciado, de acordo com a situação do indivíduo ou população.

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... pode ser considerada a ciência que estuda os aspectos de nutrição que

ocorrem nas coletividades (integrada a outras ciências), permitindo o estudo

descritivo sobre a análise dos determinantes de nutrição (de risco e

proteção).

Page 65: Epidemio Aula Flavia Farias

O estudo do diagnóstico nutricional de forma descritiva e quantitativa sobre a

distribuição de freqüência dos fenômenos de interesse, a população atingida e o local

de ocorrência se mostra um importante instrumento para identificar desequilíbrios entre suprimento, gasto e necessidade de

nutrientes e energia. Esta afirmação se baseia no entendimento de que o estado

nutricional reflete o grau com que as necessidades fisiológicas de nutrientes e

energia estão sendo atendidas.

Page 66: Epidemio Aula Flavia Farias

Estudos dietéticos: registro alimentar, recordatório de 24 horas, freqüência alimentar*

Estudos antropométricos* Estudos bioquímicos Estudos clínicos

* são os estudos mais utilizados em razão do baixo custo e menor complexidade de execução.

Page 67: Epidemio Aula Flavia Farias

Objetivam identificar a relação (causal) entre exposição nutricional ou

dietética e condições (ou agravos) à saúde. Definem os fatores de risco e

fatores de proteção para determinadas doenças (por exemplo, a influência do consumo de lipídios na

DCV).

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Fator de Risco: atributo ou exposição que aumenta a probabilidade de ocorrência de uma determinada

doença ou resultado específico. É um fator determinante, nem sempre tem

relação causal estabelecida.

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Fator de Risco modificável: determinante que pode ser modificado por intervenção e, como resultado, reduz-se a probabilidade de ocorrência de doença/ agravo.

Marcador de risco: atributo ou exposição que está associado com o aumento da probabilidade de um resultado específico, tal como a ocorrência de doença, mas não é um fator determinante.

Page 70: Epidemio Aula Flavia Farias

“Estudos de exposição dietética buscam identificar padrões alimentares

envolvidos na complexidade da cadeia de determinantes do processo de saúde

e doença. O enfoque está na composição dos alimentos (nutrientes

ou não) e seus efeitos na relação exposição nutricional – desfecho”.

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Extremamente complexa => alimentação é componente de vida permeado por valores religiosos, culturais, sociais, de tal forma que dificilmente as pessoas contam, observam e recordam em detalhes do seu padrão alimentar ao longo do tempo

Outros produtos (cigarros, por exemplo) => em geral os indivíduos sabem informar com precisão o consumo diário, marca, início do hábito, tentativas de abandono, etc

Também por isso a relação entre fumo e ocorrência de doenças/ agravos é bem estabelecida

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A dieta representa um complexo conjunto de exposições que estão

correlacionados de forma que, a maioria dos indivíduos consumo carboidratos, lipídios, proteínas, fibras, vitamina A, portanto é necessário caracterizar os

diversos graus de consumo.

Page 73: Epidemio Aula Flavia Farias

Dificultam os estudos de exposição dietética o fato de a maioria dos

indivíduos raramente se lembrarem das mudanças em seus padrões

alimentares e não se preocuparem com a quantidade de alimentos

consumida, a menos que já tenha um processo mórbido estabelecido.

Page 74: Epidemio Aula Flavia Farias

Pesquisas têm estabelecido o envolvimento de fatores nutricionais e a ocorrência de alguns agravos à saúde, principalmente aqueles de

natureza crônico-degenerativa. Sabe-se que o estilo de vida e as atitudes

pessoais contribuem fortemente para o desenvolvimento destas doenças.

Page 75: Epidemio Aula Flavia Farias

Os resultados destas investigações sinalizaram para fatores que funcionam

como protetores e promotores de diferentes condições de saúde, mas cabe ressaltar que

esses achados não são conclusivos, representam fortes possibilidades.

Page 76: Epidemio Aula Flavia Farias

relacionados a cânceres de esôfago e estômago, hipertensão arterial, infarto

“2 CLORO-4METIL-TIOBUTANATO”: substância presente no peixe japonês

salgado e conservado com alto potencial carcinogênico.

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relacionados a cânceres de mama, cólon, reto, próstata, ovário, endométrio e

pâncreas. DCV.

O tipo e a quantidade de gordura são importantes.

Page 78: Epidemio Aula Flavia Farias

Óleos ricos em ácidos graxos monoinsaturados (exemplo oliva e canola)

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proteção contra câncer de cólon e mama

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proteção contra cânceres de esôfago, estômago, fígado, cólon, mama e

próstata

Page 81: Epidemio Aula Flavia Farias

“As orientações para uma dieta saudável e protetora incluem o consumo diário de mais de 2 litros de líquidos, uso de óleos vegetais ricos em AG monoinsaturados,

alimentos ricos em carboidratos complexos, tubérculos, arroz, macarrão, produtos integrais ricos em fibras e 5-10

porções de vegetais.”

Page 82: Epidemio Aula Flavia Farias

Objetivo geral: reduzir a incidência das DTA no Brasil, a partir do

conhecimento do problema e de sua magnitude, com vistas a subsidiar as

medidas de prevenção e controle, contribuindo para melhoria da qualidade

de vida da população.

Page 83: Epidemio Aula Flavia Farias

Objetivos específicos:

conhecer o comportamento das DTA na população; detectar mudanças no comportamento das DTA,

por Unidade Federada; identificar tecnologias ou práticas de produção e

prestação de serviços e locais de maior risco de DTA;

identificar os locais, alimentos e os agentes etiológicos mais envolvidos em surtos de DTA;

detectar, intervir, prevenir e controlar surtos de DTA;

Page 84: Epidemio Aula Flavia Farias

Objetivos específicos:

identificar e disponibilizar subsídios às atividades e condutas relacionadas à assistência médica das DTA;

identificar e disponibilizar subsídios científicos com vistas a definição de

medidas de prevenção e controle de DTA;desenvolver atividades de educação

continuada para profissionais desaúde, produtores de alimentos e

prestadores de serviços de alimentação econsumidores.

Page 85: Epidemio Aula Flavia Farias

Vigilância da Saúde – modelo assistencial voltado para a superação da dicotomia entre

as chamadas práticas coletivas (vigilância epidemiológica e sanitária) e as práticas individuais (assistência ambulatorial e

hospitalar), pela incorporação das contribuições da nova geografia, do

planejamento urbano, da epidemiologia, da administração estratégica e das ciências

sociais, tendo como suporte político-institucional o processo de descentralização e reorganização dos serviços e das práticas

de saúde do nível local.

Page 86: Epidemio Aula Flavia Farias

Vigilância Sanitária – conjunto de ações capaz de eliminar,diminuir ou prevenir

riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente,da

produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da

saúde abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente,

relacionem-se com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos da produção ao consumo e o controle da prestação de

serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

Page 87: Epidemio Aula Flavia Farias

Vigilância Epidemiológica – conjunto de ações que proporcionam o conhecimento a

detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores

determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva com a finalidade de

recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.

Page 88: Epidemio Aula Flavia Farias

Doença Transmitida por Alimentos – DTA : Síndrome originada pela ingestão de

alimentos e/ou de água que contenham agentes etiológicos ( biológicos, toxinas,

físicos ou substâncias químicas) em quantidades tais que afetem a saúde do

consumidor em nível individual ou grupo de população; as intolerâncias e alergias de

hipersensibilidade individual a determinados alimentos não são consideradas DTA.

Page 89: Epidemio Aula Flavia Farias

Caso de DTA: episódio em que uma pessoa apresenta sinais e sintomas após

ingerir alimento considerado contaminado por evidência clínica-epidemiológica e/ou

laboratorial;

Page 90: Epidemio Aula Flavia Farias

Surto de DTA: episódio no qual duas ou mais pessoas apresentam, num

determinado período de tempo, sinais e sintomas após ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado por evidência clínica-epidemiológica e/ou laboratorial. Quando se tratar de caso

não usual, um caso constitui surto.

Page 91: Epidemio Aula Flavia Farias

Investigação epidemiológica: atividade a ser realizada a partir de ações integradas, devendo-se dispor de meios para:

I – coletar informações básicas necessárias ao

controle do surto de DTA;

II – analisar a distribuição da DTA na população

sob risco;

III – identificar os fatores de risco associados ao

surto;

Page 92: Epidemio Aula Flavia Farias

IV- diagnosticar a doença e identificar os agentes

etiológicos relacionados ao surto;

V – propor medidas de intervenção, prevenção e

controle pertinentes;

VI – divulgar os resultados da investigação

epidemiológica às áreas envolvidas e à

comunidade.

Page 93: Epidemio Aula Flavia Farias

Atividade de campo: Ação, imediata à notificação, integrante da investigação

epidemiológica do surto de DTA, caracteriza-se pelo deslocamento de

uma equipe ao(s) local (ais) envolvido (s) com a ocorrência, com a finalidade de

obtenção de informações epidemiológicas e intervenção, se

necessário, em pontos críticos a partir da introdução de medidas sanitárias de

controle.

Page 94: Epidemio Aula Flavia Farias

Integrantes da equipe de atividade de campo: Integram em caráter permanente a

equipe de atividade de campo, os profissionais das áreas das vigilâncias

epidemiológica e sanitária. Os profissionais das áreas de laboratório, assistência à saúde e educação em saúde irão compor a equipe sempre que possível e/ou necessário. Em função da natureza do surto, poderão ser

convocadas as áreas de vigilância ambiental e saneamento e de inspeção defesa e

vigilâncias zoo e fitossanitária.

Page 95: Epidemio Aula Flavia Farias

Nível federal: caberá ao Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – CENEPI - FNS/MS

Nível estadual e Distrito Federal: caberá às Secretarias de Estado da Saúde e do Distrito Federal

Nível municipal: caberá às Secretarias Municipais de Saúde, ou aos órgãos municipais que respondam por suas obrigações