Top Banner
Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde 21.9.06 Eduino da Veiga Pereira Integração dos Sistemas Operativos Windows e Linux Análise e Descrição dos Mecanismos de Integração
81

Eduino Pereira.pdf

Oct 01, 2015

Download

Documents

Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
  • Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

    Campus Universitrio da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande

    Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde

    21.9.06

    Eduino da Veiga Pereira

    Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux

    Anlise e Descrio dos Mecanismos de Integrao

  • Eduino da Veiga Pereira

    Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux

    Anlise e Descrio dos Mecanismos de Integrao

    Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

    Campus Universitrio da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande

    Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde

    21.9.06

  • Eduino da Veiga Pereira, autor da monografia

    intitulada Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux, declaro que, salvo fontes devidamente citadas e referidas, o presente

    documento fruto do meu trabalho pessoal, individual e original.

    Cidade da Praia aos 22 de Junho de 2005 Eduino da Veiga Pereira

    Memria Monogrfica apresentada Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

    como parte dos requisitos para a obteno do grau de Bacharel em Engenharia de Sistemas

    e Informtica.

  • Sumrio

    A centralizao, partilha, optimizao e sincronizao dos recursos de uma rede de

    computadores, apresentam-se como factores indispensveis para que uma organizao seja

    melhor sucedida na planificao organizao das sua actividades e prossecuo dos seus

    objectivos. Por outro lado, assiste-se actualmente a uma crescente coexistncia de diferentes

    sistemas operativos na mesma rede, com necessidades de um mecanismo nico de

    autenticao e de partilha de recursos. Assim, h cada vez mais a necessidade de integrar

    diferentes sistemas operativos de uma rede.

    O presente trabalho, tem como objectivo analisar e descrever de forma transparente os

    mecanismos de integrao dos sistemas operativos Windows e Linux, permitindo assim

    integrao destas duas plataformas.

  • Agradecimentos

    Agradeo a todos que, directa ou indirectamente, colaboraram na realizao deste trabalho.

    Particularmente, agradeo a minha famlia por tudo que fizeram por mim at hoje, pelo

    incentivo e ajuda que me deram e aos quais dedico esta monografia.

    Ao professor Isaas Barreto da Rosa por todo o apoio e orientao prestadas, no s no que

    concerne execuo deste trabalho, mas tambm durante a frequncia desta primeira etapa do

    curso e nas actividades profissionais.

    A todos aqueles, que pela sua ajuda, apoiaram-me todos esses anos para chegar at este ponto,

    um muito obrigado.

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Contedo Captulo 1: Introduo.........................................................................................................11

    Captulo 2: Breve histria do Windows e do Linux............................................................14 1 Histria do Windows ....................................................................................................14 1.1 Breve discrio das diversas verses do Windows ......................................................15

    1.1.1 Verses anteriores ao 3.x..............................................................................15 1.1.2 Verses 3.x ...................................................................................................16 1.1.3 Windows 95..................................................................................................18 1.1.4 Windows 98..................................................................................................18 1.1.5 Windows 2000..............................................................................................19

    2 Breve historial do Linux...............................................................................................21

    Captulo 3: Linux e Software Livre (Open Source Software) .............................................28 1 O que Software Livre (Open Source Software) .........................................................29 2 Vantagens e desvantagens associadas a utilizao do Linux como software livre ......33 2.1 Vantagens .....................................................................................................................34

    2.1.1 Flexibilidade .................................................................................................34 2.1.2 Custo de licenciamento.................................................................................34 2.1.3 Inexistncia de problemas derivados da licena...........................................35 2.1.4 Escalabilidade...............................................................................................35 2.1.5 Interoperabilidade com os sistemas existentes .............................................36 2.1.6 Segurana .....................................................................................................36 2.1.7 Design a prova de vrus ................................................................................36

    2.2 Desvantagens ................................................................................................................37 2.2.1 Possibilidade de provenincia duvidosa.......................................................37 2.2.2 Risco de fragmentao..................................................................................38 2.2.3 Problemas de documentao ........................................................................38 2.2.4 Problemas de segurana................................................................................39 2.2.5 Problemas de suporte tcnico .......................................................................39

    3 O futuro de Linux .........................................................................................................40

    Captulo 4: Integrao de Windows e Linux.......................................................................42 1 Integrao de sistemas operativos ................................................................................42 1.1 Vantagens de uma rede com sistemas operativos integrado.........................................43 2 Autenticao do sistema ...............................................................................................44 2.1 Identificao e Autenticao ........................................................................................45 3 O servio de directrio .................................................................................................46 3.1 O modelo de informao ..............................................................................................49 4 Os ambientes de integrao e autenticao de sistemas em rede .................................50 4.1 O protocolo LDAP (Lightweight Directory Access Protocol) ....................................52

    4.1.1 LDAP e o pacote OpenLDAP ......................................................................54 4.2 Como integrar Linux e Windows usando o protocolo LDAP ......................................55 4.3 O servidor LDAP..........................................................................................................56

    4.3.1 Configurao do cliente LDAP ....................................................................57 4.3.2 Vantagens de utilizao do protocolo LDAP como mecanismo centralizado de integrao.................................................................................................................58

    4.4 Active Directory (AD) ..................................................................................................59 4.4.1 Integrao de Windows e Linux usando Active Directory..........................60 4.4.2 Autenticando Linux no Active Directory .....................................................62

    7/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    4.4.3 Gesto centralizada.......................................................................................64 4.5 O servio NIS (Network Information Service).............................................................64 4.6 O servio Kerberos .......................................................................................................65 4.7 Servios Samba e o Protocolo SMB (Server Message Block ) ...................................66

    4.7.1 Breve historial do samba ..............................................................................66 4.7.2 Integrao do Linux e Windows usando o protocolo SMB..........................67 4.7.3 Partilha de recursos entre Linux e Windows usando Samba........................69 4.7.4 Configurao do servidor Samba .................................................................70

    5 O caso da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde ....................................................72 5.1 A estrutura actual de rede da Universidade Jean Piaget...............................................72

    5.1.1 A diferentes plataformas existente ...............................................................73 5.2 Objectivos.....................................................................................................................75 5.3 Princpios a considerar .................................................................................................76

    Captulo 5: Concluso .........................................................................................................78

    8/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Tabelas Tabela 1 - Descrio cronolgica das diferentes verses do sistema operativo Windows.......21 Tabela 2 - Descrio cronolgica das diferentes verses do sistema operativo Linux ............27

    9/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Figuras Figura 1 Vista geral do Windows A verso 1.0.....................................................................16 Figura 2 - Dados de um directrio distribudo em trs servidores ...........................................48 Figura 3 Representao de uma entrada no directrio, atributos e valores ...........................50 Figura 4 - Interaco cliente/servidor.......................................................................................53 Figura 5 - Sistema centralizado num servidor usando o openldap..........................................55 Figura 6 Estrutura da diviso de Organizational Units no Active Directory ........................61 Figura 7 Configurao Active Directory no Windows 2000 Server.....................................62 Figura 8 Configurao do cliente Linux para a autenticao no servidor Windows 2000

    Server................................................................................................................................63 Figura 9 Estrutura da funcional de um servidor samba..........................................................68 Figura 10 Configurao global do ficheiro smb.conf.............................................................71 Figura 11 Configurao do ficheiro para a partilha de directorias .........................................71 Figura 12 Estrutura da rede multimdia da Unipiaget............................................................73

    10/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Captulo 1: Introduo

    A utilizao de redes de computador, afigura-se hoje em dia como um aspecto de grande

    importncia no que diz respeito competitividade de mercado. A demanda causada por esta

    competitividade leva procura do aprimoramento dos dispositivos e dos servios utilizados

    em redes de computadores, visando implementar diferentes modelos que visam optimizao

    dos recursos e da gesto de informaes. Portanto, o controle de acesso s informaes

    constitui tambm um factor de extrema relevncia, pois devido a este controlo, os recursos

    utilizados no sistema passaro a ser classificados em conformidade com a segurana e ao

    nvel de acesso dos mesmos.

    Por lado, a tendncia actual do software livre ou Open Source Software (OSS) e o uso do

    Linux tem tido um crescimento considervel, o que tem contribudo de forma significativa no

    desenvolvimento de projectos de grandes dimenses. A sua aplicao em decises de

    projectos internacionais com sucesso, como o caso do Brasil, Alemanha, tem despertado o

    interesse de todos aqueles que usam o sistema proprietrio, mas que procuram solues

    alternativas que permitam racionalizar e optimizar o seu sistema de informao. Esta soluo,

    no deve ser encarada como um substituto do software proprietrio, mas sim como mais uma

    alternativa na implementao de sistemas de informao. Em condies normais, a sua

    utilizao deve ser vista como mais uma valia nas administrao das empresas.

    11/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Devido a essa rpida evoluo do sistema operativo livre ou OSS, h cada vez mais a

    necessidade de ter sistemas integrados numa rede, principalmente para as empresas ou

    instituies que antes dessa corrente utilizavam como sistema preferencial o proprietrio. No

    entanto, ao se consciencializarem das vantagens proporcionadas pelo sistema livre, estas

    instituies comeam a preferi-lo em detrimento do outro, mas as vezes necessrio manter o

    proprietrio. Por exemplo, durante a fase de experincia, necessrio manter ambos os

    sistemas. Por outro lado, uma instituio, pode querer usar ambos os sistemas na sua rede.

    possvel. essencialmente por estes motivos que se torna necessrio ter essas diferentes

    plataformas integrados, de forma a podermos a partir de um, usufruir das potencialidades da

    outra e vice-versa.

    Existe no entanto, alguns mecanismos que permitem essa integrao. Nesse particular, LDAP

    (Lightweight Directory Access Protocol) e Samba merecem destaque especial.

    essencialmente sobre esses servios que vamos falar neste trabalho, procurando analisar e

    descrever de forma transparente cada um deles.

    A implementao desses servios ir permitir um sistema baseado em servios de directrio,

    que seja independente da plataforma em uso, evitando assim a exigncia da replicao de

    base para cada uma das plataformas, permitir ainda a partilha de recursos de forma

    centralizada e facilitando a gesto dos mesmos e evitando tambm a necessidade de haver

    migraes.

    objectivo deste trabalho, analisar e descrever os mecanismos que permitem integrar

    plataformas Windows e Linux de forma que estando a trabalhar numa mquina com sistema

    operativo Windows, podemos autenticar em servidor Linux e vice-versa, usufruindo das

    potencialidades deste, garantido assim maior segurana no acesso a informaes.

    Para possibilitar uma melhor compreenso do trabalho, o mesmo foi dividido em 5 captulos.

    O resumo dos captulos que se segue dever assim permitir uma leitura rpida, facilitando

    12/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    assim a escolha do tema que mais suscite dvidas ao leitor, permitindo-lhe deste modo

    concentrar-se nas questes que considere mais importantes.

    Captulo 1 este captulo tem por objectivo abordar de forma genrica os mecanismos de

    integrao dos sistemas operativos Windows e Linux, descrevendo as razes que originaram a

    elaborao deste documento, bem como os seus objectivos.

    Captulo 2 o segundo captulo, faz uma breve descrio sobre o historial do Windows e das

    sua diversas variante e dos impactos de cada uma delas. De igual modo, tambm ser

    apresentado uma breve histria do Linux e do seu impacto.

    Captulo 3 este por sua vez, pretende de um modo objectivo e realista, analisar os

    argumentos que podero servir de base para a definio da estratgia de sistemas de

    informao de uma instituio. So abordados questo comuns que o OSS suscita tais como:

    flexibilidade, estabilidade, segurana. Ainda nesse captulo, o leitor encontra algumas das

    vantagens de utilizao do Linux em detrimento dos sistemas proprietrios.

    Captulo 4 o captulo central deste trabalho, onde so abordados de forma mais

    aprofundada os mecanismos que permitem integrar Windows e Linux. So explicadas e

    descritas abordagens possveis acerca dos mecanismos de integrao das duas plataformas em

    estudos, bem como algumas das vantagens associados a essa integrao.

    Captulo 5 neste captulo procura-se descrever de forma resumida um pouco tudo daquilo

    que foi abordado na realizao deste trabalho.

    13/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Captulo 2: Breve histria do Windows e do Linux

    1 Histria do Windows

    Em 1970, um centro de pesquisas da Xerox Corporation, localizado em Palo Alto, Califrnia,

    perto da Universidade de Stanford, deu incio a investigao sobre as possveis interfaces que

    os utilizadores viriam a utilizar mais tarde. O PARC, como era conhecido (Palo Alto

    Research Center), tinha entre seus pesquisadores e pioneiros, verdadeiros gnios da

    computao como Alan Kay e Douglas Engelberg. Este ltimo, liderou o desenvolvimento de

    uma estao de trabalho grfica, que ficou conhecida como Xerox Star, cujo o sistema

    operativo e a interface do utilizador eram inteiramente grficos. Assim, esses investigadores,

    desenvolveram o mouse, o sistema de janelas, os menus do tipo drop-down e os cones.

    Este sistema no se afirmou com firmeza. Na base da sua no afirmao estiveram factores

    como: dificuldades de divulgao uma vez que o fabricante era pouco conhecido e o sistema

    era muito revolucionrio. Por no ter-se afirmado, esse projecto foi arquivado e o PARC

    sentiu-se quase obrigado a fechar as portas. Como a equipa que era liderada por Douglas era

    constituda de gnios, o brilho e a genialidade que possuam, fez com que eles virassem mito

    na comunidade informtica.

    14/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Mias tarde, Steve Wosniak e Steven Jobs, decidiram criar uma empresa. Assim, fundaram a

    empresa Apple Computer, cujo objectivo era o desenvolvimento do PC do futuro. Para isso,

    foram buscar inspiraes no PARC. A primeira tentativa da Apple, foi o desenvolvimento de

    um micro-computador que ficou conhecido como LISA (Local Integrated System Architeture)

    com 16 bits e tinha encorporado o primeiro sistema operativo baseado em janelas. Essa

    arquitectura foi lanada mais ou menos na mesma poca que o IBM-PC (1981). Essa tentativa

    da Apple, tambm foi um fracasso. Por descontentamento com o fracasso da LISA, Jobs,

    resolveu liderar um processo de reengenharia radical do produto que levou ao surgimento do

    famoso Macintosh, considerada por muitos a maior revoluo da histria da informtica.

    A Mancintosh penetrou rapidamente no mercado acadmico dos EUA, e em menor extenso

    na automao dos escritrios. Pena que foi imediatamente prejudicado pela poltica aberta

    da IBM em relao ao seu produto que permitiu o surgimento dos clones. Num curto perodo

    de tempo, a sua participao no mercado sofreu um declnio significativo fazendo com que

    houvesse uma decadncia dos 30% aos poucos mais de 8% usado hoje em dia.

    Por ingenuidade, a Apple ignorou a importncia do software do futuro. Esse ingenuidade fez

    com que a Apple no pensasse no desenvolvimento de sistemas operativos para o ambiente da

    IMB PC o que certamente impediria em grande escala o aparecimento do Windows 3.1 e a

    histria da Microsoft provavelmente seria muito diferente.

    Assim, em Setembro de 1981, a Microsoft iniciou o desenvolvimento da Interface Manager

    que mais tarde viria ser conhecido como Windows. Os primeiro prottipos usavam apenas os

    menus do fundo do ecr, mas em 1982 a interface foi modificada para passar a usar menus e

    caixas de dilogos.

    1.1 Breve discrio das diversas verses do Windows

    1.1.1 Verses anteriores ao 3.x

    15/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Segundo Ferreira (2003) as verses inicialmente desenvolvidas, no eram considerados como

    sistema operativo propriamente dito, mas sim eram considerados como uma interface entre o

    DOS (sistema operativo lanado pela Microsoft para ser usada em ambientes da IBM PC) e o

    utilizador. As suas funcionalidades era relativamente limitadas.

    Figura 1 Vista geral do Windows A verso 1.0

    (Ferreira, 2003)

    1.1.2 Verses 3.x

    Os sistemas operativos Windows 3.x da famlia Microsoft Windows, foram lanados entre

    1990 e 1994. O primeiro grande sucesso dessa famlia foi o lanamento da verso 3.0, que

    permitiu a Microsoft concorrer com a Apple e o seu sistema.

    A projeco dos computadores pessoais, tinha como principal objectivo facilitar os seus

    utilizadores nas aplicaes bsicas e na realizao das suas tarefas como: planeamento dos

    compromissos, organizar datas de pagamentos, armazenamento de informaes como

    16/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    telefones, endereos, enfim fazer com que a execuo destas tarefas ficasse mais rpida. Esse

    conceito foi rapidamente quebrado quando se aperceberam da potencialidade desse

    equipamento. Tcnicos de todo lado voltaram-se para o seu aperfeioamento, fazendo com

    que a cada teste realizado, novas aplicaes fossem descobertos. Tal facto, contribui em

    grande escala para que esses computadores pessoais ganhassem rea onde no se imaginava

    sua actuao.

    Se at 1984 os computadores conhecidos eram considerados apenas como ferramentas

    comerciais, a partir de 1985, passaram a ser instrumentos de desenho, entrando em cartaz,

    programas voltados para a construo de diagramas de livros, revistas, jornais e outras

    publicaes que exigissem boa qualidade visual. Porm, os sistemas operativos at ento

    existentes no apresentavam as qualidades necessrias a nova realidade, pois tornava-se

    indispensvel a optimizao de memria, acomodao visual, unificao dos modos de

    entrada e sada e a facilidade de comunicao atravs do mouse.

    O Windows veio resolver este e outros problemas, pois trabalhando com interfaces grficas

    veio possibilitar uma melhor visualizao dos comandos, optimizando assim a utilizao da

    memria RAM, facilitando a integrao do software e os meios de comunicao de entrada e

    sada. Esta verso, trabalhava em modo protegido. Essa particularidade, conferia-a uma

    grande vantagem que prende com o facto de no possuir limitaes de memria, contando

    assim com recursos avanados fornecidos pelo processador. de notar que a verso 3.x do

    Windows o MS-DOS. A Microsoft queria que esse sistema fosse multitarefa. Como o

    processador no podia comandar essa funo, a soluo encontrada foi encarregar o prprio

    aplicativo de desempenha-la, controlando a alternncia para o prximo aplicativo, criando

    assim o termo multitarefa cooperativa. Sentiu-se ento a necessidade de ter um sistema

    operativo decente que funcionasse como multitarefa e que os seus aplicativos fossem

    protegidos em memria. A vantagem que isso conferia ao sistema, que para alm de ser

    multitarefa, um aplicativo ficaria isolado dos demais. No caso de ocorrer um erro qualquer

    com esse aplicativo, o prprio processador seria capaz de alertar o sistema operativo que

    imediatamente, trata de remove-lo da memria.

    17/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    1.1.3 Windows 95

    Lanado em 1995, o Windows 95 veio para ser um sistema operativo de modo protegido, que

    no utilizasse o modo real ou MS-DOS como base. No entanto, esta verso do Windows

    utiliza uma nova verso do MS-DOS designado de MS-DOS7 para o seu processo de boot

    e para algumas sub-rotinas que no existem no ncleo do Windows 95. Esta verso do DOS,

    porem no trabalha em modo real, mas sim modo virtual 8086. Este modo de operao,

    presente no modo protegido dos actuais processadores, permite com que um processador 8086

    com 1 MB seja simulado na memria.

    Entre as enumeras vantagens do Windows 95 sobre o DOS, destaca-se a sua capacidade de

    suportar os perifricos. Para alm de detect-los, o Windows 95 ainda faz a sua gesto, algo

    que no acontece com o MS-DOS. Alm desse suporte que muito importante, h uma outra

    vantagem que a flexibilidade. Outro factor a destacar nesse sistema, tem haver com a

    proteco dos seus aplicativos na memria, o que alm de torn-lo menos propenso a erros,

    permite a utilizao de uma verdadeira multitarefa.

    importante salientar que os aplicativos sero protegidos, se forem exclusivamente

    aplicativos de 32 bits. Se forem de 16 bits por exemplo, o esquema de proteco de memria,

    ficar suspenso e a multitarefa ser igual utilizada pelo Windows 3.x.

    1.1.4 Windows 98

    Na eminncia de oferecer os utilizadores um sistema operativo mais sofisticado do que o

    Windows 95, a Microsoft lana em julho de 1998 o Windows 98. Este contava com alguns

    novos recursos e com uma esttica melhorada em relao ao Windows 95. Praticamente um

    ano mais tarde, a Microsoft lanava um segunda edio, chamada de Windows 98 SE

    (Second Edition). Foi lanada em 1999 e trazia drivers e programas actualizadas em relao

    primeira edio.

    18/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    1.1.5 Windows 2000

    O Windows 2000 a nova verso da linha de sistemas operativos da Microsoft. Lanado em

    1999, o Windows NT 5.0 (comercialmente Windows 2000) possui quatro verses:

    Professional, destinada a estaes de trabalho, Server, destinada a servidores de pouca

    demanda, Advanced Server, a verso para servidores de alta demanda, que pode trabalhar

    com mltiplos processadores, e Data Center Server, utilizada principalmente em aplicaes de

    risco com base de dados, que tambm suporta mltiplos processadores.

    Tecnicamente falando, o Windows 2000 foi o sistema operativo da famlia Microsoft mais

    importante, pois ele introduziu grandes facilidades para os administradores de rede, como o

    Active Directory, constituindo assim um servio de directrios de rede (distribudo e

    orientado a objecto) que contm o registo da software, hardware e utilizadores do sistema.

    Ferreira (2003) . Empresas de todos os portes, escritrios domsticos e utilizadores remotos

    podem beneficiar das novas caractersticas do Windows 2000.

    A tabela abaixo apresenta de forma resumida a lista cronolgica das diferentes verses do

    sistema operativo Windows.

    Ano Verses Caractersticas ou acontecimentos

    1981 Windows beta

    (prottipos

    internos)

    iniciado o projecto Windows e so criados os

    primeiros prottipos

    1983 Sucessivos

    prottipos

    Sob fortes presses comerciais, a Microsoft anuncia

    formalmente o Windows

    1985 Windows 1.0 O Windows 1.0 posto finalmente venda depois de

    sucessivos adiamentos. As vendas so modestas.

    19/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    1987 Windows 2.0,

    mais tarde

    conhecido por

    Windows 286

    Melhorias significativas na usabilidade e na interface

    grfica que permitem que o Windows seja uma

    plataforma vivel para um suporte de aplicao mais

    vasto.

    1987

    (finais)

    Windows 386 Igual ao antecessor, mas com suporte para modo

    protegido. As aplicaes correm ma memria estendida

    paginada, com acesso indirecto ao hardware

    (interrupes) via Windows. Este seria um dos conceitos

    base aplicados no Windows NT.

    1988 Windows NT beta

    Inicia-se o projecto do Windows New Technology (NT)

    1990 Windows 3.0 Melhorias significativas na interface do utilizador e na

    gesto da memria. Com 10 milhes de cpias vendidas,

    torna-se na mais bem sucedida interface grfica do

    utilizador, at aquela data, na histria da computao

    1993 Windows NT 3.1 A primeira verso do Windows NT a ser lanada

    publicamente. destinada ao mercado profissional de

    servidores e clientes em rede.

    1994 Windows NT 3.5 A Microsoft actualiza o NT com a verso 3.5, que

    melhora a desempenho e diminui os requisitos de

    memria.

    1995 Windows NT

    3.51

    A actualizao da verso 3.5 e a nova verso (3.51),

    apresenta suporte para aplicaes Windows 95.

    1996 Windows NT 4.0 Introduo do Servidor Web Internet Information Server

    (IIS)

    2000 Windows 2000 Orientado a objecto com a Active Directory. Apresenta

    tambm um suporte de rede avanado,

    multiprocessamento simtrico melhorado e com muitas

    funcionalidades de segurana adicionais.

    20/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    2001 Windows XP

    Home Edition e

    Professional

    basicamente o Windows 2000 professional com uma

    interface do utilizador melhorada. A home edition

    apresenta algumas limitaes no que diz respeito ao

    suporte de redes em relao ao professional.

    Tabela 1 - Descrio cronolgica das diferentes verses do sistema operativo Windows

    (Ferreira, 2003)

    2 Breve historial do Linux

    Durante a criao da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), que foi o

    ponto inicial para o aparecimento da Internet , os desenvolvedores dos laboratrios da Bell e

    da AT&T (American Telephone and Telegraf ), sentiram a necessidade de um sistema para

    controlar os seus diversos processos e recursos. [Ascenso e Santos (2003) apud Bacic

    (2003)].

    Nesse sentido a Bell desenvolveu ento o sistema operativo BESYS (Bell Operating System )

    para ser utilizado no seu computador. No entanto, outras pessoas se interessaram pelo sistema

    e ento a Bell decidiu fornecer o software de forma gratuita, mas sem o suporte tcnico. No

    caso de por exemplo houvesse a necessidade de qualquer interveno do domnio de suporte,

    teriam que contactar a Bell para esse efeito.

    Com a adopo da terceira gerao de computadores em 1964, a Bell teve que decidir se

    utilizaria um sistema operativo desenvolvido por terceiros ou se teria que desenvolver o seu

    prprio sistema. Teve mesmo a necessidade de desenvolver internamente o seu sistema ao

    qual designaram de Multics (Multiplexed Information and Computing Service ), unindo foras

    com a General Electric e com o MIT (Massachusetts Institute of Tecnology ).

    21/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Portanto, em 1969 a AT&T resolveu retirar-se do projecto por entender que o

    desenvolvimento do Multics teria um custo excessivo e o tempo de execuo era demasiado

    longo.

    Mais tarde alguns dos participantes no projecto Multics com destaque para Ken Thompson e

    Ritchie, resolveram desenvolver uma verso simplificada desse sistema, usando um

    computador PDP-7 da Digital Equipment Corporation. Implementaram um sistema de

    arquivos e um interpretador de comandos digitados pelo utilizador que foi designado de Shel.

    O tempo ia passando e aos poucos as coisas iam se evoluindo. Em pouco tempo esse sistema

    ganhou o nome de Unics (Uniplexed Information and Computing Service ) e posteriormente

    ganhava o nome de UNIX.

    Foi ento que em 1974, Thompson e Ritchie publicaram um artigo sobre o UNIX,

    incentivando assim vrias entidades, fazendo com que essas solicitassem a AT&T uma cpia

    do software. Como na poca a empresa era um monoplio controlado na rea de

    telecomunicaes, no podia actuar na rea de computao. Da que a AT&T teve que

    fornecer o programa para essas entidades, que puderam contar assim com o cdigo fonte

    completo para estudar e alterar, no sentido de melhorar o programa.

    A partir de ento, realizou-se encontros cientficos em torno do UNIX, onde surgiram novas

    ideias e melhoramentos que forma rapidamente absorvidos pelo sistema. Esse grande

    dinamismo s foi possvel porque na poca a partilha de programas e dos seus respectivos

    cdigos era uma prtica comum, que facilitava em grande plano o estudo e a melhorias nos

    mesmos programas. Por outro lado, esta prtica fez com que surgissem diversos sistemas

    operativos baseados em UNIX.

    Nos princpios da dcada de 80 foi criado um ambiente grfico o X-Windows, que tornava

    padro em todos as distribuies UNIX e o protocolo TCP/IP (Transmission Control

    Protocol/Internet Protocol ), desenvolvido pela DARPA (Defense Advanced Research

    Projects Agency ), foi utilizado pelo departamento de sistemas de Berkeley para a

    22/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    comunicao a distncia entre sistemas UNIX, modelo esse que veria a ser padro da Internet.

    O sistema UNIX passou a ser amplamente usado, pois a sua utilizao de uma mquina para

    outra era cada vez mais fcil. Alm disso, muitas empresas e instituies contriburam para o

    seu melhoramento. Ainda nessa dcada mais concretamente em 1984 a AT&T decidiu dividir

    em vrias companhias independentes, permitindo criar assim uma subsidiria que operasse no

    ramo da informtica, levando o UNIX a ter cdigo fonte fechado e que se passasse a cobrar

    pelo mesmo.

    Nessa altura, ocorreu a popularizao dos computadores pessoais onde, j no existiam mais

    sistemas de cdigo aberto, obrigando assim que as pessoas recorressem ao software

    proprietrios. Ainda nesse mesmo ano, embora mais tarde, Richard Stallman que trabalhava

    no MIT teve a iniciativa de criar um sistema onde qualquer pessoa podia copiar, usar,

    modificar e distribuir. Stallman queria ter uma comunidade de programadores e

    desenvolvedores trabalhando de forma unificada, o que tornava imprescindvel para que o

    sistema possusse cdigo fonte aberto. [Bacic (2003) apud Lotermann (2001)].

    Para Stallman, o desenvolvimento de um software deveria ocorrer de forma revolucionria,

    no qual um programador pudesse, a partir de um programa j existente, adicionar melhorias,

    nova funcionalidades, novos recursos e at mesmo criar novos programas sem a necessidade

    de se comear tudo de princpio. A partir dessa altura, inicia-se o projecto do software livre.

    No ano de 1985, foi criada uma criada uma fundao designada de FSF (Free Software

    Fundation), cujo objectivo era o desenvolvimento e a proteco do software livre. Com isto,

    pretendia-se fazer o renascimento do esprito inicial da comunidade de utilizadores de UNIX,

    que de alguma forma j se encontrava perdido. Como o objectivo desta fundao era proteger

    o software livre, foi criada uma nova licena, intitulada de GPL (General Public Licence),

    autorizando assim a qualquer utilizador a permisso de copiar, redistribuir, modificar e

    melhorar todo o software por ela protegido

    23/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    O modelo escolhido para o desenvolvimento do sistema operativo que a FSF propunha

    desenvolver foi o UNIX. A partir do UNIX, surgiu a palavra GNU, que significa GNU is Not

    Unix. Queriam desenvolver programas e utilitrios apenas com software livre capaz de

    substituir o sistema UNIX

    O tempo ia passando e, embora de forma lenta o nmero de programadores que desenvolviam

    programas livres eram cada vez mais at o final dos anos 80. Com o aparecimento da Internet,

    houve um grande impulso no movimento do software livre, tornado assim cada vem mais

    fcil a troca de ideias, permitindo ainda criar grupos de trabalhos separados e distribudos por

    todo mundo .Pereiara(2003).

    Assim, o Linux surgiu em 1991, por iniciativa de Linus Torvalds, um estudante de Cincias

    de Computao da Universidade de Helsnquia. Tratava-se de um sistema de clone UNIX

    (semelhante norma POSIX) gratuito, derivado de MINIX, um outro sistema gratuito da

    poca, usado essencialmente para fins didcticos e acadmicos. [Mourani (2001) apud

    Ferreira (2003)].

    Embora o Linus ter afirmado aps o lanamento do Linux, que se tratava de uma verso

    experimental e em desenvolvimento, muitos foram os que interessaram pelo sistema e em

    pouco tem o nmero de utilizadores era j considervel. Sendo inicialmente considerado um

    passatempo pessoal (tendo em considerao as limitaes das expectativas do autor), o Linux

    tornou-se gradualmente num projecto corporativo de software que actualmente envolve

    milhes de pessoas espalhadas pelo mundo.

    Em 1992, o ncleo Linux foi incorporado aos programas GNU, gerando um sistema operativo

    livre e completo, ao qual foi designado por GNU/Linux, embora hoje em dia seja mais

    conhecido apenas como Linux.

    24/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Em 1996, Stallman escreveu um artigo sobre a relao do Linux com o projecto GNU no

    sentido de avaliar o software livre. Eis o que ele disse:

    (...)

    O projecto GNU no somente desenvolvimento e distribuio de software livre e

    teis. O corao desse projecto uma ideia: que o software deve ser livre e que a

    liberdade do utilizador vale a pena ser defendida. Se as pessoas tm liberdade,

    no a apreciam conscientemente, no iro mante-la por muito tempo. Se

    quisermos que a liberdade demora, precisamos chamar a ateno das pessoas

    para a liberdade que elas tm em programas livres.

    O mtodo desse projecto que programas livres e a ideia da liberdade dos

    utilizadores se ajudem mutuamente. Ns desenvolvemos software GNU, e

    conforme as pessoas encontrem programas GNU ou sistemas GNU e comecem a

    usa-los, elas tambm pensaram sobre a filosofia GNU. O software mostra que a

    ideia funciona na prtica. Algumas destas pessoas acabam por concordar com a

    ideia e ento escrevem mais programas livres. Ento, o software carrega a ideia,

    dissemina-a e cresce-a

    (...)

    Ns devemos continuar a falar sobre a liberdade de partilhar e modificar

    software e ensinar outros utilizadores o valor desta liberdade. Se ns nos

    beneficiamos por ter um sistemas operativo livre, faz sentido pensar em preservar

    essa liberdade por um logo tempo. Se ns beneficiamos por ter uma variedade de

    software livres, faz sentido tambm pensar em encorajar as pessoas a escreverem

    mais software livre, ao em vez de software proprietrio. [Ferreira(2003) apud

    Stallman (1996)].

    25/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    A nvel comercial, o Linux foi distribudo em conjunto de software por empresas ligadas a

    este tipo de negcio, tais como a RedHat, Suse ou a Debian, que obtiveram respostas bastante

    positivas junto dos utilizadores. Ferreira (2003).

    A nvel de utilizao, o Linux tambm evolui bastante, uma vez que nos primeiros tempos os

    utilizadores apenas disponham de linhas de comando. Nos dias que decorrem, para alm das

    linhas de comando, existem vrios ambientes grficos como Gnome e KDE, que facilita

    bastante a tarefa dos utilizadores.

    A tabela em baixo descreve de uma lista cronolgica da evoluo do sistema operativo

    Linux.

    Ano Verses Caractersticas ou acontecimentos

    1971 Unix A primeira verso do Unix nasce nos Laboratrios da

    Bell. Posteriormente, durante esta dcada, so criadas

    diversas variedades de Unix, por investigadores a quem

    o cdigo fonte foi distribudo em universidades e

    companhias.

    1987 Minix Andrew S. Tenanbaum escreve o Minix, uma cpia

    gratuita do Unix.

    1991 Linux 0.01 Linus Torvalds, cria o Linux, uma alternativa ao Minix ,

    e igualmente gratuita. Essa verso era compatvel

    apenas com o 386 e tinha poucos drivers.

    1994 Red Hat Linux criada uma das mais populares e distribudas verso

    do Linux.

    1994

    (finais)

    Linux 1.0 lanada a primeira verso estvel do Linux.

    26/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    1999 Linux 2.2 Actual verso estvel do ncleo do Linux. Tem centenas

    de drivers que suportam uma enorme variedade de

    hardware e vrias arquitecturas de computador.

    2000 Linux 2.4 actual verso beta do Linux em conjunto com a

    Verso 2.5 que foi lanada posteriormente, mas que

    mais instvel. Possui um suporte de gesto de rede com

    funcionalidades muito avanado com o

    encaminhamento avanado, QoS (Quality of Service) e

    novo sistema de firewall.

    Tabela 2 - Descrio cronolgica das diferentes verses do sistema operativo Linux

    (Ferreira, 2003)

    27/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Captulo 3: Linux e Software Livre (Open Source Software)

    Actualmente, muito se ouve falar sobre Software Livre ou Open Source Software (OSS).

    Para quem se move no domnio das Tecnologias de Informao (TI), seja como utilizador,

    seja como profissional, ser difcil hoje poder ignorar o que se designa por Open Source

    Software. O seu produto porventura mais emblemtico, o Linux, referido frequentemente

    nas publicaes de informtica.

    O Linux um sistema operativo desenvolvido integralmente como software livre, que comea

    a ser difundido e utilizado. Como referido anteriormente, foi criado em 1991 por Linus

    Torvalds e conta actualmente com uma legio de programadores e defensores empenhados. A

    sua aceitao deve-se em muito s suas caractersticas de software aberto e sua prestao a

    nvel de segurana e robustez.

    Este fenmeno merece as atenes das grandes empresas analistas, que referem tendncias de

    crescimento significativas. O interesse nas solues de software livre tornou-se ainda

    inquestionavelmente global. Vrios pases, regies e organismos referem o recurso a este tipo

    28/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    de solues nas suas directivas estratgicas. Tal o caso, a mero ttulo de exemplo, da

    Alemanha, Sua, Espanha, China, Austrlia, Brasil, Comunidade Europeia, Estado do Texas.

    Alguns pases vem no OSS uma oportunidade importante de desenvolvimento local de uma

    indstria de software, tal como se verifica no Brasil, China, Coreia do Sul, Japo, Chile ou

    Malsia.

    Mas de salientar que ainda permanece em muitos casos uma enorme confuso sobre o que

    de facto o Open Source Software, quais as oportunidades para com a sua utilizao, quais as

    vantagens e fraquezas , que critrios objectivos devem comandar sua adopo.

    1 O que Software Livre (Open Source Software)

    O software livre, um tipo de software que satisfaz um determinado nmero de critrios,

    entre eles, o livre acesso ao cdigo fonte, a permisso de efectuar modificaes ao programa

    original, e a distribuio dessas alteraes segundo os termos estabelecidos para o programa

    original, sendo que a licena no pode discriminar pessoas, grupos ou campos de iniciativas.

    Cardoso (2000).

    Certamente que todos ns j ouvimos falar em Linux que como foi referido anteriormente

    sem dvida o maior emblema das solues deste gnero . A adopo deste sistema operativo

    um fenmeno que tem ganho um grande impulso no mundo corporativo nos ltimos anos,

    chegando a desafiar a gigante Microsoft. A pergunta que se coloca : Porqu que o Linux tem

    ganho esse campo?

    simples obter a resposta. que o Linux um sistema desenvolvido sob o modelo Open

    Source, tornando assim num software de utilizao livre, para quem quiser. Esse facto permite

    que todos tenha acesso ao cdigo fonte permitindo assim que todos dem os seus

    29/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    contributos, seja no seu desenvolvimento, seja na correco de erros, seja na documentao,

    desde que a condio de liberdade seja mantida. Este paradigma revolucionou a maneira com

    esses tipos software so desenvolvidos, baixando os custos de desenvolvimento e aumentando

    a agilidade, resultando em software de excelente qualidade e em constante evoluo.

    Entretanto, para que um programa seja Open Source, no significa que basta deixar o seu

    cdigo aberto. Segundo Lautert (2004), para se considerar programa como software livre, os

    termos de distribuio deste devem estar de acordo com os seguintes itens:

    Redistribuio livre a licena1 no deve restringir a ningum vender ou doar o software, enquanto componente agregado de distribuio de software que contenha

    programas provenientes de vrias fontes. O propsito desta condio, o de dissuadir

    pessoas ou empresas de, a partir de software livre, criarem programas que sejam

    registados ao abrigo de licenas nos termos do copyright, tpicas do software

    proprietrio.

    Acesso ao cdigo fonte o programa deve incluir o cdigo fonte e deve permitir a distribuio em forma de mesmo ou compilada. Se de alguma forma o programa for

    distribudo sem o cdigo fonte, deve haver uma forma de explicar como obte-lo sem

    nenhum custo associado. Esse tem que estar numa forma que o programador possa

    modific-lo e no permitido que seja ofuscado. Tendo acesso o cdigo fonte do

    programa, torna-se mais fcil obter o contributo de todos para que o programa possa

    evoluir mais rpido.

    Trabalhos derivados os termos de licenciamento devem permitir as modificaes

    necessrias e trabalhos derivados do programa original e, devendo ainda permitir que

    sejam distribudos nos mesmos moldes da licena do programa base. Est condio tem

    1 A licena do software livre visa garantir a possibilidade de alterao e distribuio do software, definindo as regras de utilizao. Bacic (2003)

    30/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    praticamente o mesmo objectivo que o anterior ou seja, contribuir para que o programa

    tenha uma rpida evoluo.

    Integridade do cdigo fonte do autor a licena pode restringir a distribuio do cdigo fonte numa forma alterada somente no caso de permitir a distribuio patch

    com o cdigo, com o objectivo de alterar o cdigo fonte na hora de compilar o

    programa alterado. Nesse particular, a licena deve explicitamente permitir a

    distribuio do software compilado, do cdigo-fonte modificado e pode requerer

    tambm que o trabalho derivado tenha um outro nome ou nmero de verso diferente

    do original. O propsito desta condio de dar a conhecer aos utilizadores que

    responsvel pelo software que usam.

    No discriminao contra pessoas ou grupos os termos de licenciamento do software livre no permitem qualquer tipo de discriminao contra nenhuma pessoa ou

    grupo de pessoas. O objectivo desta condio prende-se com o facto de muitos pases

    manterem restries de exportao em relao a determinados tipos de software.

    Assim, qualquer programa que se qualifique como software livre, no se encontra

    restringidos por essas leis, embora as vrias licenas faam referncias

    obrigatoriedade dos utilizadores cumprirem as leis dos respectivos pases, a prpria

    licena em si no restringe o uso e distribuio do software livre.

    No discriminao contra campos de estudo/aco os termos de licenciamento do software livre no permitem que sejam discriminados qualquer rea de estudo ou

    aco contra o uso deste tipo de software, estejam esses campos de estudo/aco

    ligados quer a negcios, quer educao ou pesquisas. Prevenir que este tipos de

    soluo no seja impedido de ser utilizado de forma comercial, o principal propsito

    desta condio.

    31/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Distribuio da licena os direitos associados ao programa tem que ser igual para todos a quem o programa for distribudo, sem a necessidade de uma outra licena

    adicional. No entanto, os termos de licenciamento do software livre, obrigam

    incluso explcita da licena original. Impedir que este tipo de software seja tornado

    em proprietrio de forma inadvertida o objectivo principal de condio.

    Restries a outros software no se deve restringir que o programa seja distribudo com qualquer outro software. Que dizer que os termos de licenciamento no pode

    obrigar que outros programas distribudos da mesma forma sejam tambm software

    livre.

    A licena no deve ser exclusiva de um produto o principal objectivo desta condio, restringir que qualquer distribuio de software se aproprie indevidamente

    dos direitos de programas de classe de software livre, como forma de impedir o seu

    uso. Dito outra de forma, os direitos conferido pela licena de um programa no

    podem ser extintos atravs da dependncia de uma distribuio especfica de software.

    Neutralidade sobre tecnologias nenhuma proviso da licena deve esperar alguma tecnologia individual ou estilo de interface.

    Estes so os requisitos necessrios para que um programa seja considerado software livre.

    Sendo assim, estes conceitos procuram garantir que o utilizador possa executar, copiar,

    estudar, modificar o software, visando sempre liberdade de produo ou aperfeioamento e

    utilizao. A liberdade de aperfeioar o programa e liberar os seus aperfeioamentos, de

    modo que toda a comunidade se beneficie, sem gastos adicionais faz com que o programa

    tenha um crescimento mais acelerado, visto que todos estaro contribuindo pela sua evoluo.

    32/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    2 Vantagens e desvantagens associadas a utilizao do Linux como software livre

    Ao longo desta seco, ser apresentado algumas vantagens e desvantagens da utilizao do

    software livre.

    Devido a diferentes formas de desenvolvimento, podem retirar-se muitos benefcios no uso do

    Linux em detrimento do software proprietrio todavia, a sua utilizao tambm implica

    riscos. So vrias e conhecidas as vantagens do Linux. Por ser software livre, recebe

    constantemente o contributo de uma dedicada comunidade de programadores, o que se

    reflecte na sua rpida evoluo e na sua construo slida. Por outro lado, este facto torna-o

    gratuito fazendo dele uma alternativa muito vivel em relao aos sistemas proprietrios cujo

    custo das licenas bastante alta. O Linux partilha vrias caractersticas comuns com o

    sistema Unix , sendo este um sistema com uma reputao elevada. Outro factor que torna o

    Linux uma soluo vivel, a sua prova dada da sua superioridade ao nvel de sistemas em

    rede e Internet fazendo com que actualmente seja um dos sistemas mais seguros e robusto,

    utilizado em larga escala por grandes companhias de prestao de servios nessa rea.

    Estas e outras caractersticas fazem do Linux um sistemas operativo de alta credibilidade e

    altura dos seus concorrentes.

    Tudo isso leva-nos a querer certamente que o Linux tem a seu favor todos os argumentos para

    ser um sistema perfeito, mas na verdade enfrenta ainda algumas dificuldades, a maioria delas

    relacionadas com o seu pouco tem de vida em comparao com os seus concorrentes directo.

    Este factos as vezes leva muitos a questionarem se a tendncia crescente de uso do Linux

    (como software livre) no ser uma moda que passar dentro de poucos anos?

    33/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    2.1 Vantagens

    O Linux tem cada vez mais ganho credibilidade por ser um sistema muito flexvel, seguro e

    sobre tudo muito estvel. por isso que muitas empresas tem vindo a apostar seriamente na

    sua adopo . A IBM por exemplo uma das empresas que mais investimento tem feito no

    uso de Linux, sendo com ajudas financeiras, parcerias e desenvolvimento de programas. A

    INTEL outro exemplo de grandes empresas que tambm tem apostado fortemente no seu

    uso. Para alm disso, vrias outras empresas sejam elas pequenas ou mdias esto cada vez

    mais adoptando o Linux como sistema padro pelo simples facto de ser seguro e por possuir

    mais estabilidade que os outros sistemas, como e o caso do Windows.

    2.1.1 Flexibilidade

    Partindo do princpio de que o Linux pertence a comunidade OSS e que o seu cdigo fonte

    livre, conclui-se que podemos copi-lo, modific-lo de modo a ajustar as reais necessidades

    pessoais ou organizacionais. Assim, a medida que uma pessoa ou uma organizao tenha a

    necessidade de introduzir novas funcionalidades no seu programa pode fazer sem problemas.

    2.1.2 Custo de licenciamento

    Este, afigura-se como uma das grandes vantagens em relao ao software proprietrio, tendo

    em considerao que o Linux pode ser obtido gratuitamente ou a um custo relativamente

    baixo. Desta forma, quando se compara o custo de licenciamento para vrios utilizadores e

    computadores, entre o software livre e software proprietrio, as vantagens do primeiro em

    relao ao segundo , tornam-se aparentes.

    de notar, que o custo de licenciamento no o nico factor de peso a ser analisado no Custo

    Total de Propriedade (TOC). O TOC tem por objectivo, identificar os custos exactos da

    34/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    manuteno de uma aplicao ou de um sistema, ponderando factores como manuteno,

    custo de licenas entre outros.

    De acordo com Bacic(2003), um servidor Windows 2000 totalmente configurado com

    servidor de Web, e-mail, ferramentas de desenvolvimento de base de dados, apresenta um

    custo cerca de 60 ou mais vezes superior ao seu equivalente em Linux, com todas as

    funcionalidades descritas. de salientar ainda, que o custo do desenvolvimento do software

    livre menor que o custo do software proprietrio.

    2.1.3 Inexistncia de problemas derivados da licena

    Outro dos grandes benefcios do Linux, facto de poder ser instalado o nmero de vezes que

    se quiser, sem ter a preocupao de correr o risco de transgredir a lei. Esta constitui uma

    grande chance para que as organizaes deixassem de disponibilizar partes importantes dos

    seus recursos financeiros para a aquisio de mais licena (claro, para as que ainda no

    deixaram de pagar). Uma outra vantagem que isto traz, o facto de poderem tambm deixar

    de estar sujeitos s alteraes das formas de licenciamento que por vezes acontece com o

    software proprietrio. Por ltimo, mas no menos importante, isso far com que as

    organizaes evitem os custos com o prprio controlo de licena, j que nas de grande

    dimenses esse constitui um problema de difcil controlo.

    2.1.4 Escalabilidade

    Normalmente, as organizaes comeam com sistema moderado, mas esperando sempre que

    este cresa medida das sua necessidades e que esse crescimento no tenha um custo muito

    elevado. Neste particular, o Linux extremamente vivel uma vez que o seu cdigo aberto o

    que permite uma grande facilidade para a optimizao do trabalho tanto nas grandes como nas

    pequenas plataformas. Assim, qualquer empresa que usa o Linux, pode implementar um

    sistema em software livre e aument-la medida das suas necessidades.

    35/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    2.1.5 Interoperabilidade com os sistemas existentes

    Para a maioria das organizaes, o aspecto mais importante e relevante do Linux, prende-se

    com a sua capacidade de coexistncia com outros sistemas no caso, os proprietrios da

    Microsoft. de notar portanto que o Linux promove interoperabilidade em dois sentidos.

    Primeiramente porque o seu cdigo fonte disponibilizado abertamente, o que facilita

    bastante outras aplicaes no processo de interaco, analisar o cdigo para saber como em

    que formato os dados devem entrar ou sair. Outro aspecto a destacar que o Linux para alm

    dessa capacidade de coexistir com sistemas proprietrios, reconhece ainda os seus protocolos

    de comunicao como por exemplo o TCP/IP, Appletalk, IPX, etc.

    2.1.6 Segurana

    Pelo facto do seu cdigo se encontrar disponvel, permite que as falhas e vulnerabilidades

    sejam detectadas de forma rpida, tornando o software mais seguro. Estudos demonstram que

    a maioria dos servidores violados por ataques remotos, so baseados em software proprietrio.

    Um estudo realizado pela organizao Attrition2, constatou que 73% dos servidores

    adulterados tinham sistema operativo proprietrio, 21% Linux e 6% com diferentes verses de

    BSD. Ainda nesse particular, refira-se que a primeira empresa seguradora a fornecer aplices

    de seguro contra ataques a servidores, a J.S Wurzler Underwriting Manager, cobra entre 5 a

    15% a mais nas aplices dos clientes cujos servidores sejam baseados em sistemas

    proprietrios.

    Portanto, os prmios de seguro mais baratos que esta seguradora oferece so para os

    servidores baseados em Linux.

    2.1.7 Design a prova de vrus

    2 Disponvel em http://attrition.org/mirron/attrition/os-graphhs.html

    36/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    O sistema operativo Linux, apresenta dois nveis bem demarcados de privilgio de utilizador e

    se sistema. Isto, prende-se com o facto de um utilizador normal ou uma aplicao desse

    mesmo tipo de utilizador no dispem de privilgios necessrios para apagar ficheiros de

    sistemas ou ficheiros de outro utilizador. Nesse caso, o administrador que tambm

    conhecido como super utilizador ou ainda simplesmente root , nico que realmente tem

    essas permisses.

    Estas, so algumas das vantagens que o Linux apresenta e que devemos levar em sempre em

    considerao. Seguidamente sero apresentadas algumas desvantagens associadas a sua

    utilizao.

    2.2 Desvantagens

    Mesmo com todas as vantagens descritos nos pontos anterior, o Linux apresenta tambm

    algumas desvantagens . Como acima referido, este sistema operativo enfrenta algumas

    fantasmas, a maioria deles relacionados com a sua curta durao de vida em comparao com

    os sistemas proprietrios.

    2.2.1 Possibilidade de provenincia duvidosa

    Quando se faz o uso de Linux ou qualquer outro software livre, existe a possibilidade de

    certas aplicaes poderem ser provenientes de crculos de desenvolvimento pequenos que no

    tenha captado o interesse dos programadores experientes, dando assim origem em aplicaes

    concebidas e, consequentemente, pouco fiveis, que os gestores dos sistemas informticos

    devem certificar-se previamente da provenincia do software. Todavia, para que um projecto

    deste tipo seja bem sucedida, necessrio que desperte o interesse de uma vasta comunidade

    de programadores. Portanto, o Linux tem melhorado bastante nesse aspecto, dando provas que

    leva os seus utilizadores a no duvidarem da sua provenincia.

    37/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    2.2.2 Risco de fragmentao

    Um outro aspecto que constitui um factor de risco para a comunidade do software livre e

    Linux tem haver com possibilidade de incompatibilidade de verses. Dado que o Linux

    tambm se trata software livre e o seu cdigo fonte sempre disponibilizado, existe essa

    possibilidade de surgir fragmentao de projectos, o que acabaria por resultar em verses

    incompatveis.

    Segundo Lautert (2004),o ncleo do sistema operativo Linux ainda no fragmentou . Isso,

    talvez devido aceitao da estrutura de liderana do projecto, permanncia no projecto dos

    mesmos programadores e forma de licenciamento GPL que elimina as motivaes

    econmicas pela fragmentao.

    2.2.3 Problemas de documentao

    Esta uma das outras grandes desvantagens apontadas ao Linux e ao software livre em geral.

    Para muitos, este surge, regra geral de meios altamente tcnicos em que a documentao

    mnima requerida.

    Tem em considerao que este factor tido como um inconveniente na adopo deste tipos de

    software, por parte de pessoa e organizaes que no possuem grandes conhecimento

    tcnicos, tm levado a cabo um grande esforo no sentido de melhor documentar o software

    livre na sua generalidade. Contudo, em alguns casos como o do Linux, a realidade no a

    falta de documento, mas sim a superabundncia da mesma, o que dificulta a sua procura em

    termos de especificidade.

    Existe alguns projectos que tem feito um esforo no sentido de proporcionar o acesso

    centralizado documentao deste tipo de software. Ainda que esses projectos disponibilizam

    38/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    informaes on-line, esta de facto, constitui a forma mais flexvel e dinmica de

    disponibilizar servios desta natureza. Assim sendo, a maior possibilidade de procura de

    informaes atravs da minerao de dados, algo que certamente um conjunto de documentos

    na sua forma fsica no permite fazer com a mesma facilidade. Existe tambm dados fsicos

    sobre o Linux, havendo portanto editores que se especializam na oferta de documentos

    referentes este tipos de software. Neste particular, a empresa Publishers OReilly Associates

    merece um destaque especial por proporcionar uma impressionante nmero de manuais sobre

    o Linux e software livre.

    2.2.4 Problemas de segurana

    Se para muitos o Linux apresenta um esquema de segurana muito forte, alguns ainda no

    acreditam tanto nesse factor. O facto do seu cdigo ser livre leva muitos a acreditarem que

    isso, pode conduzir a que as suas falhas se tornem mais aparentes, da que alguns consultores

    de segurana de redes informticas, enter eles algumas empresas especializadas, se

    manifestem contra o seu uso, advogando portanto, que a melhor poltica de segurana em

    relao ao software a segurana pelo seguro. Contrariamente a estes, outros profissionais

    ligados a rea defendem que a segurana de um sistema no depende do segredo do seu

    cdigo fonte.

    Aparentemente, existem muitas vantagens relacionadas com um sistema de cdigo fonte livre,

    uma vez que este constantemente aperfeioado atravs da exposio, reviso e anlise do

    mesmo e at de ataques contra ele penetrados pois, desta forma todas as falhas detectadas,

    rapidamente so colmatadas, deixando a cada dia o sistema mais seguro.

    2.2.5 Problemas de suporte tcnico

    At relativamente pouco tempo, as possibilidades para obteno se suporte tcnico para o

    Linux e para toda a comunidade se software livre eram escassos. Ou as organizaes

    dispunham de pessoas versados no seu uso e configurao, ou ento a outra forma de

    39/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    obteno desses recursos era atravs da Internet e atravs de listas de correio electrnico.

    Ainda que essa ltima forma parece ser algo ingnua, refira-se no entanto, que atravs dela

    que vrias pessoas e organizaes tm recebidos sugestes rpidas e de qualidade nesse

    domnio.

    3 O futuro de Linux

    Como foi referido anteriormente, o sistema operativo Linux e a comunidade de software livre

    tem ganho terreno medida que os utilizadores descobrem as suas capacidades. Mesmo

    assim, importante termos uma noo, mesmo que for pequena, sobre o que nos guarda o

    futuro deste sistema operativo.

    A manter-se esta evoluo, no futuro o Linux poder vir a competir directamente com

    produtos j estabelecidos no mercado, podendo mesmo, como j acontece actualmente em

    algumas reas, vir a ganhar essa luta. Tudo depende de como sero solucionadas as suas

    limitaes actuais e da evoluo do mercado que depende essencialmente dos grandes

    fabricantes e suas opes.

    Certamente que o seu futuro ir depender de vrios factores. A falta de mo de obra qualidade

    constitui um dos factores que afigura-se como um grandes entraves que ir impedir o avano

    do Linux para linha da frente. As organizaes vem no Linux uma soluo gratuita e

    eficiente, como muitas vantagens face as solues dos sistemas proprietrio e de custo

    avultado, mas nenhuma organizao certamente vai querer arriscar uma mudana para um

    novo sistema sem garantias de suporte e pessoal especializada, alm da hiptese de que tal

    mudana poder requerer aquisio de novas pessoas.

    Segundo Antunes (2004), o elevado custo das licenas de software proprietrio numa altura

    de crise econmica global, contribura para precipitar um pouco uma mudana por parte das

    40/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    pequenas e mdias empresas, que procuram solues mais econmicas e alternativas menos

    limitadas.

    Por outro lado, as grandes empresas como IBM e HP comeam j a adopo de solues

    baseadas em Linux, em grande parte devido ao elevado custo das solues proprietrios. Este

    interesse por parte dos grandes fabricantes, ir contribuir para a ascenso do Linux e a sua

    adopo no mundo empresarial. Uma vez satisfeita as necessidades do mundo empresarial, a

    passagem ao pblico em geral no ser difcil, tendo em considerao que as pessoas

    comearo a usar esse tipo soluo nos postos de trabalho, o que tambm ira contribuir para

    que o hbito da sua utilizao passasse tambm com facilidade para as suas casas. Essa

    evoluo trar alguma maturidade ao Linux e certamente permitir resolver muitas das suas

    limitaes actuais.

    41/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Captulo 4: Integrao de Windows e Linux

    1 Integrao de sistemas operativos

    A interoperabilidade de sistemas hoje em dia um dos elementos cruciais no cenrio de redes

    de computadores. Esse facto, deve-se crescente heterogeneidade de ambientes onde a

    integrao de mquinas com diferentes sistemas operativos como Unix/Linux e Windows

    encontram-se cada vez mais pressentes.

    Como o objecto de estudo na realizao deste trabalho a integrao das plataformas Linux e

    Windows, o caminho a percorrer ser nesse sentido. Integrar Windows e Linux constitui ento

    o nosso objecto de estudo, por isso sobre essas duas plataformas que vamos debruar.

    Portanto, essa integrao pode ser feita tanto com mquinas Windows em redes onde o

    sistema operativo predominante Linux, assim como tambm em redes onde o S.O

    predominante o Windows. Essa coexistncia, geralmente resulta das necessidades dos

    utilizadores e/ou das polticas das organizaes.

    42/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Na perspectiva de Figueiredo (1999), por razes histricas e pragmticas, a maioria das

    organizaes utilizam mltiplas tecnologias nos seus ambientes para atender as suas

    necessidades. Essa integrao constitui um estratgia chave. Um dos grandes objectivos da

    integrao de plataformas Linux e Windows a possibilidade de termos Servidores Windows

    a autenticarem e a definirem polticas para mquinas Linux e para utilizadores que utilizam

    esse sistema operativo e vice-versa. Outro objectivo de extrema importncia, a partilha de

    ficheiro e outros recursos entre utilizadores e mquinas independentemente dos sistemas

    operativos que estejam a utilizar.

    1.1 Vantagens de uma rede com sistemas operativos integrado

    Mais uma vez, importante termos a conscincia que a disponibilidade constante dos recurso

    de uma rede constitui um factor importante no caminhar de qualquer organizao para a

    consecuo dos seus objectivo. Por isso, nesta seco ser apresentada algumas das principais

    vantagens da integrao de sistemas operativos. Na perspectiva de Figueiredo (1999), as

    principais vantagens nesse contexto so:

    Acesso fcil informao na rede;

    Consistncia e confiabilidade a aplicaes, dados e servios;

    Melhor estabelecimento de integrao de servios, servidores e clientes na rede;

    Proteco dos investimentos realizados em sistemas e pessoas;

    Introduo e integrao contnua de novas tecnologias

    A experincia realizada na Universidade Jean Piaget, leva-nos a crer que para alm das

    vantagens mencionadas por Figueiredo, existe ainda mais duas vantagens importantssimas no

    quadro de integrao de sistemas operativos.

    Partilhas de informaes;

    43/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Maior facilidade na administrao e controlo dos recursos da rede;

    A partilha de informao constitui uma mais valia para qualquer organizao, na medida em

    que, tendo os gestores a sua disposio a informao certa na hora certa, estar mais

    habilitado a tomar uma deciso acertada. Por outro lado quando numa rede as informaes se

    encontra armazenadas de forma centralizada, o administrador ter grandes facilidade na sua

    gesto a partir de um ponto centralizado, nesse caso um servidor onde estar implementado as

    polticas e mecanismos de controlo para ambas as plataformas a partir dum nico servidor. Se

    por exemplo, onde existe plataformas diferentes, existe tambm vrios servidores para

    disponibilizar servios para essas vrias plataformas, o administrador nesse casso teria que

    implementar mecanismos e polticas de controlo para cada um.

    2 Autenticao do sistema

    Segundo Gomes et all (2001) um dos principais requisitos exigidos de um sistema, a

    segurana. No entanto, um sistema para se afirmar como seguro, tem que haver alguma

    forma de assegurar a sua confidencialidade e permitir portanto, que os acessos s informaes

    nele contido, sejam efectuados por pessoas devidamente autorizadas, ficando assim protegido

    contra acessos indesejveis.

    Por outro lado, importante termos a conscincia de que no existe nenhum sistema que seja

    totalmente seguro. Partindo deste princpio, se calhar estaremos melhor preparados a fazer de

    tudo com que as dificuldades de invases sejam cada vez maiores. Para tal, torna-se

    necessrio definir polticas de segurana, ter uma ideia sobre qual o nvel de segurana que

    se pretende para que o sistema se possa manter afastado de ameaas e saber qual a melhor

    forma de fazer a sua implementao.

    Existem no entanto, vrios mecanismos simples que podem ser verificados como forma de

    aumentar a segurana de um sistema. Como exemplo desses mecanismos, encontramos: quem

    44/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    pode ter acesso a determinada informao, quem pode acessar fisicamente uma mquina

    essencial (servidores por exemplo), perfil dos utilizadores, verificao de portas para o acesso

    a Internet, enfim, vrios detalhes que podem ser certificados pelo gestor do sistema como

    forma de aumentar as barreira que impeam sobressaltos ao sistema.

    De acordo com Gomes et all (2001) autenticao consiste ento, no processo de verificao

    dos dados que so inseridos no sistema (dados de um determinado utilizador ou de uma

    determinada mquina) e que sero comparados com os j armazenados no mesmo. Essa

    verificao, permitir o sistema saber se o transmissor que faz o pedido realmente o

    verdadeiro transmissor. Se os dados comparados forem iguais, esse ter acesso ao sistema e

    caso contrrio, o acesso ser negado.

    Esse processo utiliza o modelo cliente-servidor. O cliente executa um pedido ao servidor que

    por sua vez ir verificar as permisses associados a esse cliente. Este tambm ira verificar

    qual o grau de privilgio que o cliente possui, ou seja, quais as informaes que ele pode

    aceder e depois retorna a resposta da confirmao ou no.

    Nesse captulo, iremos analisar e descrever alguns dos mecanismos que permitem a

    integrao dos sistemas operativos Windows e Linux ou seja, a partir de uma rede com

    estaes Windows, fazer a autenticao em servidor com o sistema Linux e vice-versa.

    2.1 Identificao e Autenticao

    Para assegurar que apenas as pessoas ou mquina autorizadas possam aceder ou modificar os

    dados armazenados numa rede, necessariamente temos que garantir duas condies

    fundamentais que na perspectiva de Gomes et all (2201) so:

    45/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Identificao mtodo utilizado para estabelecer a identificao do utilizador no sistema, ou seja, o processo que ocorre durante o login inicial, quando o utilizador

    prov algum tipo de identificao de segurana, como por exemplo, o nome para

    garantir o sistema que realmente sou quem digo que sou.

    Autenticao como frisado anteriormente, processo de verificao que exige do utilizador uma prova da sua identidade para poder aceder o sistema, provando assim

    que a identidade est sendo assumida pelo dono legtimo.

    Embora existem outros mtodos de autenticao, a utilizao de palavra passe a forma ou

    mtodo mais utilizado para esse efeito. Por isso, a proteco confidencialidade torna-se num

    dos ou se no o aspecto mais importante de segurana numa rede, prevenindo assim contra

    acessos no autorizados.

    3 O servio de directrio

    Antes de mais, importante termos uma noo do que realmente um directrio, uma vez

    que a palavra directrio por si s capaz de criar confuses. De acordo com Quirino e Jnior

    (2005), a sua utilizao varia muito de contexto, sendo distinto para contexto de:

    sistemas de ficheiros nesse contexto, um directrio no nada mais nada menos do que um ficheiro especial que contm as informaes pertencentes a esse directrio;

    redes em ambientes distribudos nesse particular, o directrio corresponde a uma lista que contm informaes dos servios da rede para o efeito de autenticao da

    mesma rede.

    46/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    base de dados no que diz respeito a base de dados, um directrio um estrutura (schema), que armazena diversas tabelas, sendo estas tabelas com caractersticas

    comuns.

    Em termos de trabalhos em rede, extremamente importante podermos aceder de forma

    rpida e estruturada s informaes que necessitamos. Entretanto, o servios de directrio

    LDAP constitui uma soluo vivel para a resoluo dos problemas deste gnero. Esse

    servio, compara-se s pginas amarelas da lista telefnica usadas pelas companhias de

    telecomunicao.

    Segundo Pereira (2003), os servios de directrio, so a ltima moda no domnio do software

    de gesto de redes, principalmente no campo dos servidores. Esses tipos de servios,

    implementam uma base de dados distribuda, onde a informao armazenada de forma

    hierarquizada , sob a forma de uma rvore.

    Alguns servios de directrios so locais, fornecendo servios para um contexto restrito.

    Outros so globais, ou seja, servidor responsvel por uma parte de distribuio de servios

    que normalmente so distribudos.

    A figura que se segue demostra como funciona um directrio de sistemas distribudo onde os

    diferentes servidores esto conectados entre si e cada um encarrega-se de realizar

    determinadas tarefas, distribuindo assim servios para toda a rede.

    47/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Figura 2 - Dados de um directrio distribudo em trs servidores

    (Gomes, et all, 2001)

    O servio de directrio, tambm funciona de forma semelhante ao DNS (Domain Name

    Server), onde existe uma hierarquia de servidores que responsabilizaro pelos diversos ramos

    de uma rvore de directorias. portanto, responsvel pela manuteno e organizao das

    informaes guardadas no sistema. Oferece uma interface que permite os utilizadores

    organizar os seus documentos com um formato de rvores em directrios e subdirectrios.

    Para isso, preciso manter uma lista de todos aqueles que se encontram activos, juntamente

    com as informaes neles armazenados, permitindo que esse tenha a capacidade de identificar

    e de remover dados que no se encontram associados a nenhum directrio.

    Esses servios, so preparados para responderem de forma eficaz as necessidades do

    utilizador perante um grande volume de informao, no caso desse quiser fazer uma consulta

    ou ento realizar qualquer operao sobre a mesma. Para alm disso, podem ter habilidade de

    fazer a replicao das informaes, ou seja, podem ser usados para aumentar a

    disponibilidade e a confiabilidade, contribuindo tambm para a reduo do tempo de resposta.

    48/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Contudo, existe diferentes formas para disponibilizar este tipo de servio. Diferentes mtodos

    permitem que diferentes tipos de informaes possam ser armazenados no directrio,

    colocando diferentes tipos de requerimentos, sobre a forma como uma determinada

    informao poder ser referenciada, solicitada, actualizada e como pode ser protegida contra

    acessos no desejados.

    3.1 O modelo de informao

    De acordo com Quirino e Jnior (2005) a unidade bsica de informao armazenada numa

    directoria designada de entrada. Elas representam objectos de interesse no mundo real

    como: pessoas, servidores, organizaes etc. Portanto, o modelo de servio do directrio

    LDAP, baseia-se em entradas. De acordo com Gomes, Arruda, Watter, Sztoltz e Teixeira

    (2001), uma entrada um conjunto de atributos e referenciada atravs de um nome

    especfico DN (Distinguished Name).Essa sigla DN usada para referencia-la de forma no

    ambgua. Uma outra forma as representar atravs da sigla RDN (Relative Distinguished

    Name).

    Cada uma das entradas caracterizam-se por possurem uma coleco de atributos, que por sua

    vez possuem informaes sobre os objectos. Por conseguinte, cada atributo possui um tipo e

    um ou mais valores. O tipo de atributo associa-se com a sintaxe utilizada. possvel ter

    muitos valores para um determinado atributo numa entrada de uma directoria, tendo em

    considerao que uma pessoa ou uma organizao que representa uma entidade, possa ter por

    exemplo vrios nmeros de telefone.

    A figura a seguir representada, mostra como se mantm a relao de uma entrada com os seus

    atributos e estes com os seus receptivos valores.

    49/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    Figura 3 Representao de uma entrada no directrio, atributos e valores

    (Naguel, Fernandes e Regiane, 2002)

    Alm da definio do tipo de informao que podem ser arquivadas como valor de um certo

    atributo, a sintaxe de um atributo define tambm como esses valores se comportam durante as

    operaes realizadas sobre tais informaes nos respectivos directrio.

    Antes que as entradas sejam efectuadas nas directorias, ser realizada uma verificao de

    integridade em relao ao schema3 vigente. Por isso, os schemas para alm de definir os tipos

    de objectos que podem ser guardados no directrio, listam quais so os atributos de cada um

    desses objectos e ainda quais deles so obrigatrios ou opcionais.

    4 Os ambientes de integrao e autenticao de sistemas em rede

    Com o crescimento do movimento Open Source (software livre), nota-se cada vez mais a

    necessidade de integrao dos diversos sistemas operativos utilizados numa rede. Essa

    necessidade justifica-se pelo facto de hoje em dia o Linux tem ganho cada vez mais

    credibilidade no mundo corporativo, ganhando cada vez mais o domnio dos servidores, sendo

    utilizado como sistema operativo preferencial para esse efeito . Por outro lado a partilha de

    50/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    recursos na rede tambm tm aumentado bastante o que requer a integrao de diferentes

    servios como forma de melhor os aproveitar.

    Muitas organizaes vm adoptando o Linux e as solues Open Source. Apesar de

    apresentarem como solues viveis tanto no captulo de interoperabilidade bem como no

    captulo da segurana, muitos ainda so aquele que vo usando essas solues como sistema

    experimental (Vamos experimentar, se transmitir garantias, quem sabe?), utilizando como

    sistema preferido as solues proprietrias. A medida que o tempo passa esse experimento

    vem transmitindo garantias as essas organizaes e as coisas vo equilibrando de forma a

    permitir que solues livres ocupam lugares de destaque.

    Com isso, torna-se ento necessrio arranjar mecanismos que permitem integrar as diferentes

    plataformas, de modo a garantir que a partir de uma mquina usando Linux por exemplo

    podemos usar recursos de uma rede com estaes Windows. Como o Linux vem dominando e

    afirmando como sistema eficaz e seguro para servidores, mesmo organizaes usando

    preferencialmente sistemas e solues proprietrias, esto adquirindo o sistema Linux para o

    uso nos servidores de distribuio de servios.

    Nesse particular, os servios de directrios como LDAP (utilizando o protocolo OpenLDAP),

    o protocolo SMB (Server Message Block ) e o servio de Kerberos so utilizados. A utilizao

    desses mecanismos requer, para alm de instalao de alguns servios adicionais como por

    exemplo o dcpromo.exe (Active Directory para o Windows 2000), algumas configuraes

    tanto ao nvel dos servidores como dos clientes. Para que possamos ter mquinas em redes

    Linux a autenticarem em redes com estaes Windows, mais precisamente em servidores

    Windows ou vice versa, necessrio fazer uma serie de configuraes. Esses servios para

    alm de utilizados como mecanismos de integrao de sistemas, so utilizados para solucionar

    problemas relativos aos riscos de violao das informaes importantes e das aplicaes

    devido ao fcil acesso na Internet. Para garantir que um nvel de confiabilidade alto,

    3 Trata-se do conjunto de informaes que definem quais as entidades que podem ser representados no directrio. Loureiro (2001)

    51/81

  • Integrao dos Sistemas Operativos Windows e Linux __________________________________________________________________________________________

    necessrio que o trfego at a base de dados seja feita com segurana porque caso contrrio,

    todos os esforos de concentrao na autenticao fsica no significam absolutamente nada.

    4.1 O protocolo LDAP (Lightweight Directory Access Protocol)

    De acordo com Gomes et all (2001), o LDAP foi originalmente desenvolvido como um

    cliente para X.500, o servidor de directrio OSI . Este por sua vez, define o protocolo de

    acesso ao directrio DAP que os clientes utilizavam quando faziam a conexo com o

    servidor. Trata-se de um protocolo pesado que corre sobre uma camada completa do OSI.

    Para isso, precisa de recursos computacionais considerveis para poder executar.

    Contrariamente, o LDAP trabalha directamente sobre o protocolo TCP/IP e oferece mais

    funcionalidades do que o DAP e a um custo menor.

    De acordo com Smith (2005), LDAP o protocolo de rede usado para a troca de dados entre

    computadores e aceder informaes em numa base de dados orientado a objecto. Esse

    protocolo trabalha na camada de aplicao da pilha do protocolo TCP/IP