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E-book EuSaúde - Obesidade Infanto

Feb 07, 2017

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Healthcare

EuSaúde
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Page 1: E-book EuSaúde - Obesidade Infanto
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Editor médico Reginaldo Albuquerque - CRM 647/DF

Responsável Técnico Ricardo Cabral - CRM 31594/MG

Organização Laura Gris Mota, jornalista - 2573/DF

Equipe Eu Saúde Patrícia Cabral Santiago

EuSaúde Obesidade Infantojuvenil é parte da cole-ção “EuSaúde” e está licenciado com Creative Com-mons - Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional.

Estudos mostram que pessoas que têm maior conhecimento sobre saúde, têm muito mais saúde. Por isso, a Health Insight criou um projeto com o objetivo de engajar pessoas na promoção de saúde e bem-estar a partir de um programa de educação, compartilhamento de experiências e adesão a programas de prevenção, seguimento de tratamentos para pacientes crônicos e qualidade de vida: O EuSaúde.

Comunidades dedicadas a cada assunto, como Gestação, Câncer ou Diabetes, tornam possível que usuários interajam e compartilhem ex-periências e expectativas com pessoas que estão passando pelo mesmo momento de vida. Também é possível falar com profissionais da saúde, que podem tirar dúvidas sobre os assuntos relacionados. Como suporte à experiência, será disponibilizada uma biblioteca de conteúdos médicos, ebooks e vídeos sobre cada tema.

O engajamento de pacientes na promoção da saúde é um conceito amplo, que vem crescendo em todo o mundo, por que já se sabe que só assim poderemos, ao mesmo tempo, enfrentar doenças e aumentar a qualidade de vida e o bem-estar. Estimulamos o conhecimento, a adesão a programas de saúde, a convivência em redes de afinidade e o com-partilhamento de dados e experiências. Esse livro faz parte da coleção EuSaúde e apoia o aprendizado básico sobre cada tema. Aprenda com o livro e inscreva-se em nosso programa, pelo site www.eusaude.com.br

Icones Freepick from Flaticon, licenciados pela Creative Commons BY 3.0 e HelgaMariah—Shutterstock.

Projeto gráfico: Agência Conectando Pessoas

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SumárioPágina 06.

Página 19.

Contexto

A atividade físi-ca – mexendo o corpo

Considerações Finais

Como diagnosti-car a obesidade infantojuvenil

Página 08.

Página 21.

Página 11. Página 13.

Perigos da obesidade infantojuvenil

Como prevenir a obesidade infantil

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01.Contexto

Hoje, vivemos uma realidade em que, por falta de tempo dos pais, muitas vezes é mais cômodo e prático optar ou por alimen-tos processados ou redes de fast food como fonte principal da alimentação. Considerando que esses alimentos são ricos em gordura e açúcares, acaba-se por criar, dentro de casa, uma dieta nutricional que engorda e adoece as crianças.

Somando-se a esse cenário, temos o problema da alimentação dentro das escolas, um dos principais ambientes da vida infan-til, e onde as crianças têm maior liberdade para ditar sua própria alimentação. Muitas cantinas de escolas particulares sobrevivem à base de salgados fritos, doces e refrigerantes. Como conse-quência, é normal que as crianças, com pouca maturidade para decisões de consumo, acabem por se acostumar a uma dieta com baixo valor nutricional, que se torna comum, também, no ambien-te familiar.

Não é raro, nos dias de hoje, encontrar sintomas típicos da fase adulta em crianças, como alta pressão sanguínea e manifestação de diabetes tipo 2, chegando a casos de adolescentes que já se submetem a cirurgia bariátrica, por exemplo.

No Brasil, hoje, 56,9% da população com mais de 18 anos é con-

siderada acima do peso. Entre as crianças de cinco a nove anos, esse índice é de 33,5%, ou uma em cada três crianças está acima do peso. Em regiões mais desenvolvidas do país, esse índice supe-ra a média nacional, chegando a 35,15% no Centro-Oeste e 38,8% no Sudeste. Para indivíduos entre dez e dezenove anos, o índice é

Problema

1 em 13 adolescentes é obeso

de 22,15% no Centro-Oeste. Projeções da Organização Mun-dial da Saúde apontam que, até 2025, o país terá cerca de 75 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade.

É importante citar que não apenas crianças acima do peso ou obesas estão doentes devido à alimentação. A falta de uma dieta balanceada e equilibrada de nutrientes afeta a saúde in-fantil independente do ganho notável de peso. Isso se tor-na sério ao entendermos que, muitas vezes, o problema só é aceito quando tem resultados visíveis – como a obesidade, o que mostra a falta de prevenção.

Há diversos responsáveis por essa epidemia que afeta não só o Brasil, como a própria indústria alimentícia e suas estra-tégias de marketing e de publicidade. Mas, em se tratando de prevenção, é importante destacar o papel não só da família, mas também do governo e das escolas, que, como maiores responsáveis pela formação e educação das crianças, são agentes fundamentais na luta contra essa doença.

A Organização Mundial da Saúde vem alertando, ao longo dos últimos anos, sobre a importância da prevenção da obesidade de modo a diminuir os riscos das doenças cardiovasculares que atingem os adultos. Vários países, inclusive o Brasil, desenvol-veram projetos voltados para as crianças e os adolescentes.

BGE (2015) pesquisa feita com adolescentes de 13 a 17 anos, em todo o Brasil 7.8% deles estão com excesso de gordura no organismo. A obesidade infantil atinge 1 milhão de meninos e meninas em todo o País.

Mais de 3 milhões apresentam algum grau de excesso de peso e correm o risco de ficar obesos.

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02.Como Diagnosticar a obesidade Infantojuvenil

Sobrepeso e obesidade parecem a mesma coi-sa, mas não são.

Quando a relação entre altura e peso é maior do que o indicado. Aqui, somam-se os-sos, músculos, água e gordura.

Sobrepeso e obesidade

Sobrepeso

ObesidadeÉ quando a quantidade de gordura no corpo

é maior do que a indicada.

Sobrepeso e obesidade são resultados do consumo desequilibrado de calorias. Come--se muito e gasta-se pouco.

Além da alimentação, fatores genéticos, comportamentais e am-bientais contribuem para esse desequilíbrio.

A obesidade infantil é definida usando a fórmula do Índice de Massa Corporal (IMC) associado às curvas geradas por estudos epidemioló-gicos e validados pela Organização Mundial da Saúde.

A partir do IMC, da idade e do sexo da criança, o médico encontra o ponto de intersecção no gráfico de curvas.

As crianças são consideradas obesas quando estão acima de um dos indicadores.

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Idade ( meses completos e anos)

IMC por idade MENINAS

Dos 5 aos 19 anos (percentis)

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Idade ( meses completos e anos)

IMC por idade MENINOS

Dos 5 aos 19 anos (percentis)

mesesanos

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Independente das curvas, qualquer crian-ça que tiver o IMC acima de 30, em qualquer idade, deve ser considerada obesa.

Ao avaliadores do imc nas escolas

O momento de identificação dos educandos com sobrepeso é muito delicado e precisa ser feito de maneira que não oportunize um tipo de violência bastante específica na escola, o bullying. Aqui, o trabalho conjunto entre educadores é essencial.

70% das crianças obesas apresentam um fator de risco para doença cardiovascular.

A obesidade infantil é perigosa porque afeta a vida da criança tanto imediatamente como no a longo prazo.

Doenças cardiovasculares como colesterol alto e hiper-tensão arterial

Pré-diabetes

Problemas articulares, ósseos

Apneia de sonoProblemas com autoestimaProblemas psicológicos (estig-matização, bullying)

Problemas imediatos

03.Perigos daobesidade Infantojuvenil

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A longo prazo, crianças obesas têm maior probabilidade de serem adultos obesos.

2 Anos 5 Anos 7 Anos 10 Anos

Já sabemos que a obesidade está associada à cânceres de mama, colo, endométrio, esôfago, rim, pâncreas, colo do útero, esôfago, mie-loma múltiplo e linfoma de Hodgkins. Além do risco de desenvolver diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.

Diminuição da auto estimaApnéiaDesvio de coluna lesões em articulações Pé chato Problemas cardíacos Problemas respiratórios Estrias Risco de diabetes e gordura no fígado

15% 35%50% 80%

Consequências da obesidade infantil

Os Dez passos da alimentação até os 2 anos

04.Como prevenir a obesidade infantil

Este caminho foi definido pelo Ministério da Saúde em 2013, quando publicou um Guia sobre a Alimentação até os 2 anos de idade.

Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem ofe-recer água, chás ou qualquer outro alimento. Lembrar os pais de que, antes dos seis meses da criança, eles não devem fornecer complementos ao leite materno. O leite materno é tudo de que a criança precisa.

Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. Lembrar os pais de que, para que o bebê continue crescendo bem, a partir dos seis meses ele necessita receber outros alimentos além do leite materno.

Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno. Re-vendo seus conhecimentos: • Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação do brasileiro.

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Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regu-lares e de forma a respeitar o apetite da criança. Lembrar os pais de que o bebê deve receber alimentos quando demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta de alimentos prejudicam a capacida-de da criança de distinguir a sensação de fome e de estar satisfeito após a refeição. No entanto, é importante que o intervalo entre as refeições seja regular (2 a 3 horas).

Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até che-gar à alimentação da família. Lembrar os pais de que a consistência da alimentação complementar é importante, pois a criança com 8 meses vai desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação.

Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Revendo seus co-nhecimentos: • Os nutrientes estão distribuídos nos alimentos de forma variada. Os alimentos são classificados em grupos, de acor-do com o nutriente que apresenta em maior quantidade. Alimentos que pertencem ao mesmo grupo podem ser fontes de diferentes nutrientes. Lembrar os pais de oferecer às crianças uma alimenta-ção colorida.

Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legu-mes nas refeições. Revendo seus conhecimentos: • Frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibras. • Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, inicialmente, pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente, elas aceitam me-lhor os alimentos com sabor doce. As frutas devem ser oferecidas in natura, amassadas, ao invés de sucos. Lembrar os pais de que a criança que desde cedo come frutas, verduras e legumes variados recebe maiores quantidades de vitamina, ferro e fibras.

Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigeran-tes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. Lembrar os pais de que alguns alimentos não devem ser dados para a criança pequena porque não são saudáveis, além de tirar o apetite e competir com os ali-mentos nutritivos.

Passo 9 - Cuidar da higiene e no preparo e manuseio dos alimen-tos; garantir armazenamento e conservação adequados. Lembrar os pais de que os cuidados de higiene na preparação e na oferta dos alimentos evitam contaminação e doenças como a diarreia.

Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se ali-mentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos prefe-ridos, respeitando a sua aceitação. Lembrar os pais de que a criança doente precisa comer mais para não perder peso e recuperar-se mais rápido. Por isso, é importante manter a amamentação e ofe-recer os alimentos saudáveis de sua preferência.

Aconselhamos a leitura para os pais e a todos os profissionais de saúde.

A alimentação nas demais faixas etárias

Uma adolescência, formam-se e a prática de atividade física regular são fundamentais para a prevenção da obesidade infantil.

Na infância e na adolescência se formam ou se consolidam grande parte dos nossos há-bitos de vida – inclusive em relação à alimen-tação e à atividade física. Por isso, é preciso bastante atenção.

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No dia a dia - A lancheira saudável

Crianças e adolescentes aprendem muito pela observação e imitação.

Adotar uma alimentação saudável no dia a dia familiar vai contri-buir para a formação de hábitos futuros.

Para uma alimentação saudável, é importante manter a variedade e as cores do prato e priorizar o consumo de alimentos naturais.

1 unidade de queijo processado (Tipo “Polenguinho”).1 pacote individual de biscoito integral com grãos de aveia.1 banana.

1 sanduíche com 2 fatias de pão integral com 1 colher de sobreme-sa rasa de creme de ricota e 1 colher de sobremesa rasa de geleia de frutas.1 caixinha (200 ml) de suco de laranja 100% natural, ou suco natu-ral em garrafa térmica.

1 garrafinha (80 ml) de leite fermentado (tipo “Yakult”).1 fatia pequena de bolo simples.1 fruta.

1/2 banana picada.1/2 xícara (40 g) de mix de cereais integrais (colocar em um saqui-nho para a criança misturar na hora).1 garrafinha (180ml) de iogurte integral de morango.

4 cookies integrais.1 caixinha (200ml) de suco de soja.1 fruta

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Um almoço saudável

Veja dicas sobre alimentação saudável no site do EuSaúde.

Escolha sempre alimentos naturais.

Evite os alimentos industrializados (biscoitos rechea-dos, macarrão instantâneo, pratos congelados, refri-gerantes e bebidas das “caixinhas”).

#1

#2

Duas regras de ouro para alimentação saudável

Alface, arroz, lentilha, pernil, batata, repolho e abacaxi.

Alface, tomate, feijão, farinha de mandioca, peixe e cocada.

Arroz, feijão, angu, abóbora, quiabo e mamão.

Alface, tomate, arroz, feijão, berinje-la e suco de cupuaçu.

Distribuição dos grupos alimentares

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10 dicas de lanches saudáveis

2 fatias de pão integral com requei-jão + banana + suco natural

4 cookies integrais + tangerina + água de coco

1 fatia de bolo caseiro + 1 fatia de queijo + 1 copo de suco natural

1 banana + 1 iogurte de garrafinha + granola/aveia

2 fatias de pão integral + creme de ricota + 1 copo de suco natural

1 porção de tomate cereja + 1 pão de queijo + 1 copo de suco natural

#1

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#4

#5

#6

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#8

#9

#10

#3

Falar de alimentação saudável e atividade física para crianças e adolescentes talvez não seja tão efetivo quanto a prática dessas ações em família.

Crianças e adolescentes no Brasil passam metade do dia na escola. Por isso, a rotina alimentar nessas quatro a seis horas precisa de atenção.

Montar lanches saudáveis e balanceados é bastante importan-te. Para isso, fique atento às porções.

1 Porção decarboidrato

1 Porçãode lácteo

1 Bebida 1 Porção de Fruta ou vegetal

1 porção de cenoura baby + 1 porção de uvas + água de coco;

1 porção de fruta + 4 cookies in-tegrais + 1 copo de suco natural

1 sanduíche de pão integral com queijo branco e cenoura ralada + 1 copo de suco natural

1 pão de queijo + 1 porção de fruta + água de coco

05.A atividade física: mexendo o corpo

Reduza o tempo com jogos digitais, horas-tela de modo geral.

Incentive brincadeiras coletivas ao ar livre.

#1#2

Duas regras de ouro para uma atividade física saudável

Os adolescentes têm uma rotina diferenciada. Nessa fase da vida, começam os estudos mais intensos, e o tempo sentado e inativo aumenta. Por isso, é importante o incentivo a atividades esportivas, que podem ser inseridas, de forma regular, na rotina do jovem.

A maioria das pessoas não avalia quanto de atividade física é necessária para “queimar” as calorias presentes num determina-do alimento ou numa refeição.

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Veja, na tabela a seguir, claramente, quanto custa uma “peque-na transgressão” alimentar.

Se você consumir

Rosquinha (242 Calorias)

Hambúrguer e batata frita (691 Calorias)

Peito de frango frito (444 Calorias)

Fatia de bolo (710 Calorias)

Milkshake (444 Calorias)

Você tem que fazer

88 minutos de flexões

141 minutos de esteira

65 minutos de bicicleta

148 minutos de caminhada

72 minutos pular corda

As escolas têm, portanto, papel fundamental no estímulo às ati-vidades físicas dos alunos. Outro fator importante é a observa-ção das chamadas “horas-tela”, que é o tempo que os estudantes estão inativos diante dos seus dispositivos eletrônicos.

Sair do consultório médico com diagnóstico de obesidade in-fantojuvenil não é fácil para os pais. Mudanças de comportamen-to, como controle da alimentação e realização de exercícios físi-cos são as recomendações que estão sempre presentes.

Muitos pais têm dificuldades de dizer “não” aos pedidos de doces e fast foods tão constantes na vida das crianças. Outras vezes, a adoção de hábitos saudáveis para os pequenos também influencia na vida da família. Sabemos que essas mudanças não são tão na-turais quanto parecem e podem causar estresse em todos.

Se esse é o seu caso, procure ajuda. Terapias para pais e filhos apresentam resultados positivos em vários casos. Pergunte ao seu médico sobre essa opção.

Ajuda Nunca é Demais

A ciência hoje já comprovou que cérebro e mantêm íntima relação fisiológica. Na quarta semana de gestação, ocorre uma divisão em-brionária.

Uma parte vai fomar o cérebro, a outra, o intestino. Ambos são ricos em neurônios e neurotransmissores cujo funcionamento depende dos alimentos ingeridos. Não é sem razão que o recém-nascido deve ser colocado no peito da mãe na primeira hora de vida.

Nas primeiras 6 horas de vida de uma criança, formam-se 80% das conexões dos neurônios cerebrais.

A alimentação incorreta causa danos cerebrais difíceis de serem corrigidos.

Nos primeiros três anos da escola, a qualidade da dieta oferecida às crianças pode interferir na forma como elas lêem e entendem o que está escrito. Estudos europeus publicados recentemente mostram que uma alimentação rica em vegetais, frutas, gorduras insaturadas, grãos integrais e peixes melhorou a capacidade cognitiva de crianças entre 6 e 8 anos. A fluência de leitura melhorou de 10% a 20%, e a compreensão textual, de 14 a 30%. FAÇA A SUA ESCOLHA!

06.Considerações finais

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Pesquisa Nacional de Saúde Escolar IBGE http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pen-

se/2015/

Mapa da prevalência de obesidade no Brasilhttp://www.abeso.org.br/atitude-saudavel/mapa-obesidade

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Recomenda-ções da consulta de especialistas da Organização Pan-Ameri-cana da Saúde sobre a promoção e a publicidade de alimentos e bebidas nãoalcoólicas para crianças nas Américas. Washington, DC, 2012. Disponível

www2.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&-task=cat_

MONTEIRO, C. A.; CANNON, G. The impact of transnational “Big Food” companies on the South: a view from Brazil. PLoS Med, [S.l.], v. 9, n. 7, p. e1001252. Disponível em:

www.plosmedicine.org/

O EUSAÚDE tem propósitos edu-cacionais e o seu conteúdo não deve ser usado para diagnóstico e trata-mentos.

O EUSAÚDE não prediz se você vai ter uma determinada doença, apenas estima a sua chance e oferece orien-tação de como reduzir o seu risco. Não há garantia de que, seguindo as recomendações, você não desenvol-va a doença. O SEU MÉDICO DEVE SER SEMPRE CONSULTADO.

Referências

Projeto gráfico:Agência Conectando Pessoas