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DISLEXIA Como trabalhar com o aluno? Centro de Atendimento Educacional Especializado Herbert José de Souza CAEE-BETINHO Palestrantes : Profª: Ivaneide Gomes dos Santos Barbosa (Projeto ASI) Profª: Marlene Evangelista Mota (AEE – Tecnologias Assistivas) 22 de novembro de 2013 Uruaçu/GO
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Dislexia como trabalhar com o aluno

Nov 14, 2014

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Page 1: Dislexia como trabalhar com o aluno

DISLEXIAComo trabalhar com o aluno?

Centro de Atendimento Educacional Especializado Herbert José de Souza

CAEE-BETINHO

Palestrantes :

Profª: Ivaneide Gomes dos Santos Barbosa(Projeto ASI)

Profª: Marlene Evangelista Mota (AEE – Tecnologias Assistivas)

22 de novembro de 2013 Uruaçu/GO

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TFKBN CFN WJOEPT!

SEJAM BEM VINDOS!

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Definição de 1995 (G, Reid Lyon)

“Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras simples que, como regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico. Essas dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não são um resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem frequentemente incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldadede escrita e de soletração.”

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Atual definição de 2003(Susan Brady, Hugh Catts, Emerson Dickman, Guinevere Eden, Jack Fletcher, Jeffrey Gilger, Robin Moris, Harley Tomey and Thomas Viall)“Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica.É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária .“

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DISLEXIA (Definição)DIS – distúrbio

LEXIA – linguagem (grego) leitura (latim)

DISLEXIA – distúrbio de linguagem

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Dislexia A dislexia é genética e hereditária; Começa a tornar-se evidente na fase da

alfabetização; Incidência maior em meninos - 3/1; Estima-se que no Brasil cerca de 15

milhões de pessoas possuem algum tipo de necessidade especial;

Os distúrbios de aprendizagem afetam de 10 a 15% da população mundial.

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SINAIS DA DISLEXIA NA PRÉ-ESCOLA

• Histórico Familiar;• Fraco desenvolvimento da atenção; • Imaturidade no trato com outras crianças;• Dificuldade de aprender rimas e canções; • Atraso no desenvolvimento da fala e da

linguagem;• Atraso no desenvolvimento visual;• Fraco desenvolvimento da coordenação motora;• Dificuldade com quebra - cabeças;• Falta de interesse por livros e impressos.

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SINAIS DA DISLEXIA NA IDADE ESCOLAR

• Dificuldade na aquisição de habilidades lingüísticas;• Dificuldade com análise e síntese de um som de uma

palavra; • Pobre reconhecimento de rimas e aliteração;• Desatenção e dispersão; • Dificuldade na coordenação motora fina;• Dificuldade na coordenação motora grossa;• Desorganização geral;• Dificuldades visuais;• Confusão entre esquerda e direita;• Dificuldade em manusear mapas e dicionários; • Dificuldade com uma segunda língua;

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SINAIS DA DISLEXIA NA IDADE ESCOLAR

• Dificuldade na linguagem e na fala, com vocabulário pobre;

• Problemas de conduta;• Dificuldade de copiar de livros ou da lousa; • Dificuldade na leitura;• Dificuldade de memória de curto termo;• Dificuldade na matemática e em desenho geométrico;• Disnomias: incapacidade em nomear pessoas ou

objetos; • Emocional afetado;• Grande desempenho em provas orais.

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SINAIS DA DISLEXIA NA FASE ADULTA

• Histórico Familiar;

• Continua a ter dificuldade na leitura e escrita;

• Dificuldade para soletrar;

• Memória imediata prejudicada;

• Dificuldade em dar nomes a objetos e

pessoas;

• Dificuldade em aprender uma segunda língua;

• Dificuldade em organização geral;

• Comprometimento emocional;

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CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA DOS DISLÉXICOS

Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t: h-n; i-j; m-n;v-u etc.;

Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: f-v; t-d; p-b;

Confusão entre letras, sílabas ou palavras com

grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; p-b; b-q; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;

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CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA DOS DISLÉXICOS

Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som- mos; sal-las; pal-pla;

Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou menos similar ou criação de palavras , porém com diferente significado: soltou-salvou; era-ficava;

Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso por fama , casa por casaco;

Repetições de sílabas, palavras ou frases;

Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder a linha ao ler;

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CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA DOS DISLÉXICOS

Excessiva fixação do olho na linha;

Soletração defeituosa; reconhece letras isoladamente; porém, sem poder organizar a palavra como um todo, ou então lê a palavra sílaba por sílaba, ou ainda lê o texto ” palavra por palavra”;

Problemas de compreensão;

Leitura e escrita em espelho em casos excepcionais;

Ilegibilidade;

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Então, como diagnosticar a dislexia?

Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada.

Uma equipe multidisciplinar, formada por Neuropsicólogos, Fonoaudiólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.

A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de avaliação multidisciplinar e de exclusão.

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TRATAMENTO DAS CRIANÇAS DISLÉXICAS

As diferenças são individuais;

O diagnóstico é clínico - de exclusão;

O tratamento é clínico e educacional;

Compreensão - estudo científico;

A intervenção deverá ser prematura com um tratamento adequado.

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As dificuldades das crianças disléxicas estão geralmente nas alterações do sistema funcional da linguagem:

Atraso na fala; Organização temporal - ritmo lento; Visualização; Audibilização; Memória fraca para dígitos e sentenças; Incapacidade de expressão (na pré-escola a criança já

apresenta dificuldade para encontrar palavras: Disnomias); Percepção fonêmica e de ordenação de sons pobres; Rima e aliteração; Cópia-escrita espontânea-ditado; Dificuldade com outro idioma.

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Como trabalhar com o disléxico:

Treino da linguagem + fala + leitura do disléxico

Utilizar métodos estimulantes como:

ARTE

MÚSICA

COMPUTADOR

ESPORTES

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PARA OS PROFESSORES QUE LIDAM COM DISLÉXICOS

Interesse-se pelo seu aluno disléxico. Coloque-o de frente e no centro da lousa. Sempre que possível dê-lhe atenção individualizada; Escreva claro e compassado, delimitando partes da

lousa com divisória em giz bem forte; Devido ao seu problema de memória de curto prazo

as informações novas devem ser repetidas mais de uma vez.

Exija concentração e disciplina no conteúdo bordado; Mostre onde acertou, sem punir o erro; Seja claro e sucinto das ordens dadas; Utilize material visual, claro, criativo e que chame a

atenção;

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PARA OS PROFESSORES QUE LIDAM COM DISLÉXICOS

Use sempre mais de um canal de aprendizagem e informação, com diferentes recursos audio-visuais.Ex: entonação na voz, dramatização, sons, desenhos, texturas, luzes, músicas, descobertas, retroprojetor, data show, etc.

Produzir erros “de propósito” para os alunos descobrirem;

Realizar atividades conjuntas, troca de cadernos, de funções, etc;

Dar notas separadas para a ideia e para a escrita; Não exagerar nas atividades; Aceitar respostas curtas e diretas; Entrar em contato com os profissionais que trata esta

criança;

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Métodos Numa dislexia de natureza auditiva é aconselhável utilizar-se o método

analítico, na dislexia visual deve-se aplicar o método sintético e na dislexia fonológica deve-se utilizar o método fonológico:

O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.

O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.

O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim

Page 21: Dislexia como trabalhar com o aluno

Síndrome de Irlen

A Síndrome de Irlen (S.I.) é uma alteração viso-perceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura. A Síndrome tem caráter hereditário e se manifesta sob maior demanda de atenção visual.

Descrita em 1983 pela psicóloga Helen Irlen, a Síndrome de Irlen tem como manifestações, além da fotofobia, problemas na resolução viso-espacial, dificuldades na manutenção do foco, estresse visual, alteração na percepção de profundidade e cefaléias.

Page 22: Dislexia como trabalhar com o aluno

Síndrome de Irlen

Durante a leitura, segundo pacientes, o brilho ou reflexo do papel branco contra o texto causam irritabilidade, assim como a luz natural ou fluorescente. Eles possuem ainda sensação de movimentação das letras que “pulsam, tremem, vibram, confluem ou desaparecem” dificultando a leitura. Além disso, queixam-se de insegurança ao dirigir, praticar esportes com bola ou em outros movimentos, como descer e subir escadas rolantes.

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Síndrome de Irlen

Dislexia de leitura Visuoperceptual Está associada à percepção das coisas pelos

olhos.  É caracterizada pela sensibilidade a luz. Alguns dos sintomas apresentados nesses casos

são dor de cabeça, sonolência e desempenho mais lento em relação às demais pessoas – características semelhantes as de dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção (TDA), o que faz a síndrome ser comumente confundida com as outras. Sensibilidade à luz.