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[email protected] Tema: Tecnologia de Tratamento de Efluentes (Parte II) Prof. Roberto Emery [email protected] Controle e Tecnologia Ambiental
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Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

Nov 02, 2014

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Roberto Emery

Controle e tecnologia ambiental. Noções gerais sobre tratamento de efluentes. Inclui bibliografia básica.

Processos físicos, químicos, biológicos
Tratamento preliminar, primário
Tratamento secundário biológico – tópicos específicos
Tratamento terciário
Resumo
Circuitos típicos:
Tratamento de água
Tratamento de efluentes
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Page 1: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Tema: Tecnologia de Tratamento

de Efluentes (Parte II)

Prof. Roberto [email protected]

Controle e Tecnologia Ambiental

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SUMÁRIO

Processos físicos, químicos, biológicos

Tratamento preliminar, primário

Tratamento secundário biológico – tópicos específicos

Tratamento terciário

Resumo

Circuitos típicos:

Tratamento de água

Tratamento de efluentes

II Parte – TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Tratar é preciso!

Poluição: degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indireta:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

Artigo 3˚ - III - Lei 6938/81

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Tratamento de efluentes - realizado com diferentes objetivos:

Remover

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

• carga orgânica

• sólidos em suspensão

• metais

• nutrientes,

• organismos patogênicos, etc.

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• Princípio: remover essas impurezas antes de lançá-las nos corpos receptores.

• Gestão moderna: modificação dos processos industriais para redução de efluentes e resíduos (Produção mais Limpa: P+L)

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Produção mais Limpa: “Aplicação contínua de uma estratégia preventiva integrada em processos, produtos e serviços, incorporando o uso mais eficiente dos recursos naturais e, deste modo, minimizando resíduos e poluição.” www.mct.gov.br

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

“End of Pipe” – preocupa-se com o efluente apenas ao

final da linha de produção e buscam-se técnicas de

tratamento que permitam enquadrá-lo, ou seja, fazer com

que atenda os padrões de descarte em vigor.

Metodologia de Tratamento

Enfoques para o tratamento

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“in-plan design” – considera-se que o efluente é resultado de

uma série de procedimentos industriais.

Antes de definir as técnicas de tratamento, estuda-se o

processo industrial: fontes de poluentes, o consumo de

água, a composição das correntes, etc.

Isso resulta em:

Metodologia de Tratamento

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Economia de energia

Redução de consumo de água

Melhor aproveitamento das matérias-primas

Metodologia de Tratamento

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Metodologia de Tratamento

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Estudo em laboratório

Investigação dos contaminantes e determinação da meta

para seleção do processo

Viabilidade do processo

Qualidade!do efluente após tratamento

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Metodologia de Tratamento

Estudos em Escala Piloto

Determinação de parâmetros principais de processo

Avaliação de tecnologias disponíveis

Levantamento de custos de investimento e operacional

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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O que é uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) ?

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Conjunto de unidades, responsáveis por uma etapa do

tratamento do efluente. Inclui:

✓ processos físicos,

✓ químicos,

✓ térmicos,

✓ biológicos

✓ ou uma combinação destes.

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Tipicas tarefas da ETE:

Pré-tratamento (ou tratamento preliminar) Físico e/ou químico

Tratamento Primário Físico - Químico

Tratamento Secundário Biológico - Químico

Tratamento Avançado Físico e/ou químico e/ou biológico

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Típicos tratamentos em uma ETE

Pré-tratamento (ou preliminar): -sólidos em suspensão grosseiros e areia

Tratamento Primário: - sólidos em suspensão sedimetnáveis

- m.o.em suspensão (DBO em suspensão)

- sólidos dissolvidos

Tratamento Secundário: - DBO em suspensão não removida

- DBO solúvel

Tratamento Avançado (terciário):nutrientes,

patogênicos,

não biodegradáveis,

inorgânicos dissolvidos,

metais pesados,

SS remanescentes

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Tratamento de Efluentes Fluxograma completo típico

TRATAMENTO PRELIMINAR TRATAMENTO PRIMÁRIO TRATAMENTO SECUNDÁRIO TRATAMENTO TERCIÁRIO

QUÍMICO FÍSICOORGÂNICOS DISSOLVIDOS SÓLIDOS

SUSPENSOS

Peneiramento

Equalização

SAO

Desarenador

Neutralização

Coagulação

Flotação

Sedimentação

Filtração

Lodo Ativado

Lagoa Aeróbia

Biodisco

Lagoa Anaeróbia

Biofiltro

Microfiltração/ultrafiltração

Sedimentação

Coagulação/sedimentação

Osmose reversa

Adsorção

Troca iônica

Eletrodiálise

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PROCESSOS QUÍMICOS

• Métodos de tratamento nos quais a remoção ou conversão dos

contaminantes ocorre pela adição de reagentes químicos e/ou

por reações químicas.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS QUÍMICOS incluem:

• Precipitação química

• Oxidação e redução química

• Formação de gás insolúvel seguido de extração (stripping)

• Desinfecção.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS FÍSICOS

• Aplicação de forças físicas predominam.

• Muitos desses métodos evoluíram diretamente da observação

da natureza - portanto os primeiros a serem usados para

tratamento de água.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS FÍSICOS incluem:

• Sedimentação

• Filtração

• Floculação

• Flotação

• Outros processos que removem substâncias dissolvidas ou

não sem alterar a estrutura química delas

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS BIOLÓGICOS

★ Remoção de contaminantes ocorre pela atividade biológica.

★ Utilizado principalmente para remover substâncias orgânicas biodegradáveis.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS BIOLÓGICOS

• Envolvem organismos vivos e substâncias orgânicas ou inorgânicas como alimento.

• Características físicas e químicas da substância orgânica e/ou inorgânica são alteradas

• Em princípio o tratamento biológico é mais econômico do que qualquer outro tipo de tratamento.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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PROCESSOS BIOLÓGICOS

Basicamente essas substâncias são convertidas em:

ü Gases - escapam para a atmosfera

ü Tecidos celulares - removidos por sedimentação

Também utilizado para remoção de nutrientes!

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Aspectos a serem caracterizados e verificados pelo Perito Ambiental…:

• Objetivo do tratamento (ex.: o que diz a legislação?)

• Nível do tratamento (ex.: até onde precisa-se chegar?)

• Estudos de impacto ambiental no corpo receptor foram considerados?

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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SELEÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DO EFLUENTE

• Característica do efluente: tipo de poluente (suspensão, coloidal, toxicidade, dissolvido, metais pesados, etc…)

• Qualidade desejada: contexto legal; reúso

• Custo e disponibilidade de espaço

OBS: Metais pesados geralmente devem ser removidos em pré-tratamento ANTES de qualquer processo biológico (embora trat. biológico possa remover algum metal)

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Aspectos relevantes para o Perito Ambiental!

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TRATAMENTO PRELIMINAR(Físico e/ou químico)

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Tratamento Preliminar - Processos FísicosRemoção de materiais ou substâncias que prejudicariam o tratamento ou os equipamentos nas unidades a seguir.

Basicamente: areia, sólidos grosseiros, remoção de óleo, remoção de odor.

Técnicas são basicamente de ordem física:

• Peneiramento

• Sedimentação

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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cominuidor grade de barras

Remoção de sólidos grosseiros: cominuidor e grade de barras

TRATAMENTO PRELIMINAR

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GRADEAMENTO

• Barreiras para retenção de sólidos grosseiros ou corpos

flutuantes contidos nos efluentes.

• Evitam que passem para as unidades de tratamento

seguintes causando danos mecânicos aos equipamentos.

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Remoção de sólidos grosseiros: tela vibratória

Tela vibratória Filtro rotativo

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Remoção de sólidos grosseiros: filtro rotativo

Filtro rotativo

TRATAMENTO PRELIMINAR

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CAIXAS DE AREIA (Desarenador)

Areia: partículas como pedriscos, silte, areia… e outros materiais

cuja velocidade de sedimentação e peso específico são maiores do

que os sólidos orgânicos em suspensão, presentes no efluente

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Fonte: Petrobras

CAIXAS DE AREIA (Desarenador)

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Caixa de areia de fluxo horizontal

Fonte: Ricardo Motta - U.Petrobras

CAIXAS DE AREIA (Desarenador)

TRATAMENTO PRELIMINAR

Depósito de areia

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CAIXAS DE AREIA (Desarenador)

Objetivos da remoção de areia dos efluentes:

• evitar abrasão nos equipamentos e tubulações,

• obstruções em tubulações e em unidades do sistema

• impedir a sedimentação de areia nas unidades.

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Geralmente a velocidade fica em torno de 0,3 m/s.

Principio: aproveitar velocidade de sedimentação da areia, em

função do seu peso. Efluente deve ser mantido em condições

hidráulicas tais que possibilitem a separação da areia do efluente

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Fluxograma típico de TRATAMENTO PRELIMINAR

Adaptado de M.von Sperling, 1998

TRATAMENTO PRELIMINAR

afluentegrade filtro de areia

(desarenador)

medidor de vazão

fase sólidafase sólida grosseira

para TRATAMENTO PRIMÁRIO

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REMOÇÃO DE ÓLEO

Separado nas ETEs por gravidade ou centrifugação.

Por gravidade: Separadores de Água e Óleo (SAOs).

SAOs: criam condições propícias para que a separação seja realizada por GRAVIDADE, em função das diferenças de densidades entre o óleo e o efluente.

TRATAMENTO PRELIMINAR

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REMOÇÃO DE ÓLEO - Sistema API

http://www.hmttank.com

Petrobras

TRATAMENTO PRELIMINAR

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Vários equipamentos e processos para remoção de óleo

Verificar sempre:

Ø objetivo do tratamento

Ø volume a ser tratado

Ø custo de instalação

Ø custo operacional

Ø custo de manutenção

Ø facilidade de operação

TRATAMENTO PRELIMINAR

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TRATAMENTO QUÍMICO

(visto adiante…)

Também pode ser utilizado em etapa preliminar…

TRATAMENTO PRELIMINAR

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T r a t a m e n t o

preliminar químico

típico de efluente

industrial (adaptado de

Kiely, 1997)

TRATAMENTO PRELIMINAR

Efluente de processo industrial

Material orgâncio AmôniaMetais pesados

Oxidação-redução Oxidação Air stripping

Precipitação Adsorção

Filtragem

Tratamento Primário

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• Sólidos são removidos com GRADES e PENEIRAS MÓVEIS

• Areia é decantada

• Algum tratamento químico também pode existir (pH; Eh)

• Óleos, graxas e sólidos em suspensão: removidos por flotação, sedimentação ou filtração (ex.: separador API)

TRATAMENTO PRELIMINAR: RESUMO

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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• Frequentemente chamado de clarificação, sedimentação ou

decantação primária.

• Destina-se principalmente a:

• Redução de sólidos em suspensão (pode incluir óleo)

• Redução da DBO

• Remoção de material flutuante

• Equalização parcial da vazão e da carga orgânica

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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DECANTAÇÃO PRIMÁRIA(Sedimentação Primária)

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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DECANTAÇÃO PRIMÁRIA

• Remoção de sólidos sedimentáveis

• Com coagulante ou sem (neste caso: decantação simples

ou primária).

• Função - aliviar unidades seguintes, sobretudo em

termos de carga orgânica

• Tempo de residência típico ~2 horas.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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DECANTAÇÃO PRIMÁRIA

Tratamento primário (decantação) remove, portanto, apenas os sólidos sedimentáveis (e outros já mencionados - “areias).

Para a remoção dos outros sólidos: tratamento secundário que, normalmente, é feito biologicamente.

R. Motta - Petrobras

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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DECANTAÇÃO PRIMÁRIA

• FOSSAS SÉPTICAS: também uma forma de tratamento primário

• Basicamente decantadores nos quais os sólidos sedimentáveis são removidos para o fundo

• Podem permanecer longo tempo (meses/anos) para estabilização

• Processo anaeróbio

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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DECANTAÇÃO PRIMÁRIA

Esquema típico de fosse séptica de câmara únicaAdaptado de M.von Sperling, 1998

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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EQUALIZAÇÃO (Lagoa de Equalização)

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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EQUALIZAÇÃO

Objetivo: minimizar e/ou controlar flutuações nas

características do efluente a fim de

• evitar problemas operacionais e

• maximizar a capacidade de tratamento da etapa

seguinte

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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EQUALIZAÇÃO

Nível máximo

Nível mínimoVazão variável

Vazão constante

Equalização: homogeneizar o fluxo e a concentração do lodo da ETE; descargas uniformes na etapa seguinte.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

Fatores que afetam a quantidade e a carga orgânica dos efluentes de uma indústria:

ü Tipo de indústria e os produtos fabricados;ü Volume produzido;

ü Tipo do processo produtivo utilizado;

ü Horas de funcionamento da produção;

ü Período de produção: contínua ou em batelada;

ü Período e tipo de parada de manutenção utilizada;

ü Tipo de sistema de pré-tratamento utilizado pela indústria, etc

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• Normalmente há agitação: garante a equalização e evita sedimentação de sólidos

• Oxida compostos reduzidos

• Reduz BOD por carreamento pelo ar

• Método mais comum: misturadores submersos

Equalização

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Bacia de aeração /equalização típica

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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EQUALIZAÇÃO

Dois tipos:

• EQUALIZAÇÃO DE FLUXO: manter o fluxo contínuo por um determinado período de tempo

• EQUALIZAÇÃO DE CONTEÚDO: refere-se a um (ou mais) determinado poluente cuja concentração deve atingir um valor (alvo) pré-estabelecido (pode ser valor de pH; conc. de nutriente, etc…)

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Equalização: em linha (on line) ou fora de linha (off line)

b)Esquema de equalização fora de linha

a)Esquema de equalização em linha

TRATAMENTO PRIMÁRIO

Vazão

Tempo

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COAGULAÇÃO / FLOTAÇÃO /

PRECIPITAÇÃO QUÍMICA

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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COAGULAÇÃO

• Remove partículas coloidais que provocam turbidez na

água e que podem ter íons metálicos adsorvidos.

• Remoção pode ser obtida por sais de Fe ou de Al,

com o objetivo de provocar aglomeração dessas

partículas antes de serem filtradas.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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COAGULAÇÃO

• Aglomeração - ação físico-química de materiais que

promovem a aglomeração das partículas, agindo como

coagulantes.

• Essa ação se dá pela neutralização da carga das partículas.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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COAGULAÇÃO

Coagulante mais popular:

Al2(SO4)3.18H2O Obtido sólido ou líquido

Fe2(SO4)3.18H2O também pode ser usado

Al2(SO4)3.18H2O + 3Ca(OH)2 = 3CaSO4 + 2Al(OH)3 + 18 H2O

O mecanismo físico-químico envolve neutralização de cargas na superfície do colóide

TRATAMENTO PRIMÁRIO

Adição de coagulante

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COAGULAÇÃO

MisturaRápida(turbina)Formação

FloculaçãoCrescimento

Flotação

Sulfato de alumínio

Ácido Sulfúrico

Polieletrólito

Neutralização Floculação

TRATAMENTO PRIMÁRIO

Efluente a ser tratado

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FLOCULAÇÃO

Floculação:

• agitação lenta

• partículas coaguladas se unem formando flocos

grandes o suficiente para sedimentar rapidamente.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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COAGULAÇÃO / FLOCULAÇÃO

Aspectos de floculador para tratamento de efluente

Fontes: www.hidrosul.com.br

TRATAMENTO PRIMÁRIO

Formação de flocos

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FLOTAÇÃO

• Remover sólidos em suspensão, graxa e óleo (gota < 150 µm)

• Separação e concentração de resíduos

• Adição de reagentes que provocam hidrofobicidade

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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FLOTAÇÃO

Esquema de células de flotação

http://www.cjtsurplus.com

TRATAMENTO PRIMÁRIO

infomet.com.br

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FLOTAÇÃO

Tipos de flotador:

• AR INDUZIDO: ar introduzido produz bolhas pequenas de cerca de 1 mm. Ex.: placas porosas ou bicos especiais.

• AR DISSOLVIDO: ar dissolvido no líquido em compartimento maior que na câmara de flotação

• AR VÁCUO: câmara de flotação a vácuo

• SOB PRESSÃO: câmara de flotação a patm; vaso de saturação pressurizado.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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FLOTAÇÃO AR INDUZIDO

• Indução de ar na massa líquida com indutores • Pressão: atmosférica.• Sem reciclo• Taxa de aplicação hidráulica: 8-10 m3/m2/h• Tempo de retenção hidráulica: 3-5 min.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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FLOTAÇÃO AR DISSOLVIDO

Pressão: 3,5 kgf/cm2

Reciclo: 50%Taxa de aplicação hidráulica: 6 m3/m2/hTempo de retenção hidráulica típico: 25 min.

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

Flotador industrial - refinariaFonte: Petrobras

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICAque leva à precipitação…

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OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

• Reações de oxi-redução - transferência de elétrons entre

espécies químicas.

• Reações de oxi-redução: tratamento e remoção de resíduos

orgânicos e inorgânicos, transformando-os em compostos

menos agressivos ou em compostos que precipitam do meio

aquoso (insolúveis).

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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• Remover metais pesados de águas contaminadas - íons metálicos são precipitados no seu estado metálico ou em algum estado intermediário.

• Recuperação dos metais precipitados de interesse econômico, como metais preciosos, Pb, Hg, Ni, Cd, Cr é possível.

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO QUÍMICO

• Equilíbrio químico pode ser expresso como:

Deve obedecer à seguinte equação de equilíbrio:

Onde K é constante!

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO QUÍMICO

• Objetivo - deslocar o equilíbrio

• Se A é poluente e B reage com A para produzir um

precipitado insolúvel (C ou D), B deve ser adicionado até A

desaparecer totalmente (ou quase...)

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO QUÍMICO

• Passo a passo:

TRATAMENTO PRIMÁRIO

1. Identificar um ou mais compostos insolúveis que contém o

poluente em questão

2. Identificar um ou mais compostos solúveis, economicamente

viáveis, capazes de formar o composto insolúvel desejado.

3. Desenvolver testes de laboratório para confirmar a viabilidade

técnica e econômica do tratamento proposto.

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TRATAMENTO QUÍMICO

• Ex.: Pb é o poluente a ser removido

1. Consulta a livros de química revela a tabela abaixo:

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO QUÍMICO

1. Uma fonte de íons carbonato é o Na2CO3;

2. Na2S é fonte de íons sulfeto – Na2CO3 é mais barato

Portanto, uma possível forma de remover Pb de um efluente industrial

seria adicionar carbonato de sódio para precipitar o Pb como um

carbonato insolúvel!

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• Outra possibilidade - remover na forma de sais como

carbonato, hidróxidos e sulfatos, variando o pH e/ou Eh.

• Estes sais são geralmente insolúveis e precipitam sendo

removidos por filtração.

• Geralmente adiciona-se H2SO4 ou CaCO3

TRATAMENTO PRIMÁRIO

TRATAMENTO QUÍMICO

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Controle do valor de pH - pode ser efetivo na remoção de metais

Precipitação de alguns metais como hidróxidos

Fonte: Methods for Treating Wastewater from Industry - Woodard and Curren Inc, 2004

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Fonte: Methods for Treating Wastewater from Industry - Woodard and Curren Inc, 2004

Solubilidade teórica de hidróxidos, sulfetos e

carbonatos para alguns metais

pesados

TRATAMENTO PRIMÁRIO

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

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OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

Em soluções aquosas, toda reação pode ser escrita como uma

• Adição ou remoção de elétrons (mV)

• Adição ou remoção de prótons (H+) (pH)

• Combinação dessas duas

Essas condições podem ser visualizadas em um diagrama

Eh (mV) x pH

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

Alguns oxidantes comuns:

• Peróxido de hidrogênio - (água oxigenada - H2O2)

• Cloreto férrico (ou sulfato) - FeCl3 ou Fe2(SO4)3

• Ozônio - O3

• Oxigênio - O2

• Hipoclorito de sódio - NaClO

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

Redutores

Sulfato ferroso - FeSO4

Dióxido de enxofre - SO2

Meta bissulfito de sódio - Na2S2O5

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Podem ser úteis: diagramas Eh x pH para visualização das áreas de predominância das várias possíveis espécies presentes em solução aquosa

Diagramas de predominância: “mapas” de estabilidade termodinâmica de espécies - Iônicas e sólidas - que existem em sistemas aquosos.

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO QUÍMICA

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Duas principais variáveis:

• Atividade do íon H+ - medida pelo pH ( = -log [H+])

• Potencial de oxidação - medido pelo Eh (V ou mV) na escala padrão de hidrogênio

Eh indica o estado redutor ou oxidante da solução

Redução - indica adição de elétrons

Oxidação - indica remoção de elétrons

pH indica o caráter ácido, neutro ou básico da solução

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Eh (v)

pH

0

-1,0

+1,0

0 7 14

Região ácida

oxidante

Região ácida

redutora

Região básica

oxidante

Região básica

redutora

DIAGRAMA Eh X pH ESQUEMÁTICO

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

Equações básicas:

As únicas necessárias para construção do diagrama são

ΔG0 = - RTlnK = nFE0 (1)

E a equação de Nernst

(2)

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TRATAMENTO PRIMÁRIO

Transformando ln em log tem-se que

(3)

(4)

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Tipos de reação

1 - Envolvendo apenas elétrons (oxi-redução)

A + ne- = B! ! ΔG0 = nFE0

que é uma linha horizontal no diagrama

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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2 - Envolvendo apenas H+ (variação de valor de pH)

A + hH+ = B! (+ H2O)! ΔG0 = - RTlnK

ΔG0 = - (0,0082 x 298 x 2,303)log K

ΔG0 = - 5,706 log K

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Que é uma linha vertical no diagrama

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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3 - Envolvendo eletrons e H+

A + hH+ + ne- = B!(+ H2O)! ΔG0 = - nFE0

Que é uma linha inclinada no diagrama

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Diagrama Eh x pH do Fe - H2O a 25˚C

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Diagrama Eh (V) - pH do sistema CN-H2O a 25oC.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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[email protected] Eh (V) - pH do sistema Cd-H2O a 25oC. M.Pourbaix)

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Diagrama Eh (V) - pH para o sistema Au-CN-

H2O a 25oC

A introdução de outras espécies, como agentes

complexantes, pode modificar as áreas de

equilíbrio termodinâmico

Ex.:

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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RECAPITULANDO…• Clarificação, sedimentação ou decantação primária,

coagulação, floculação, flotação, tratamento químico, oxidação/redução química, precipitação

• Destina-se principalmente a:

• Redução de sólidos em suspensão (pode incluir óleo)

• Redução da DBO

• Remoção de material flutuante

• Equalização parcial da vazão e da carga orgânica

• Redução / remoção de sólido dissolvido

TRATAMENTO PRIMÁRIO

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Tratamento Secundário - Biológico

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Tratamento Secundário: remoção dos Sólidos não removidos no Tratamento Primário + carga orgânica presente nos efluentes.

Carga orgânica: parte orgânica (pesticidas, detergentes, etc.) + fração biodegradável presente sob a forma dos próprios Sólidos presentes nos efluentes.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Tratamento secundário

Concebidos de forma a acelerar os mecanismos de

degradação que ocorrem naturalmente nos corpos

receptores.

Grande variedade de microorganismos toma parte no

processo: bactérias, fungos, protozoários, etc.

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Tratamento Secundário

Para todos os poluentes que passam pelo Tratamento Primário:

• Sólidos Coloidais• Sólidos Dissolvidos

• Sólidos em Suspensão não Sedimentáveis• Sólidos em Suspensão Sedimentáveis ainda

remanescentes.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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CONCEITUAÇÃO DO TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• MATÉRIA ORGÂNICA - é poluição - antes do tratamento

• Usada como alimento pelos microorganismos

• Compõe-se de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio,

fósforo e vários outros elementos em menores

quantidades.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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CONCEITUAÇÃO DO TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• Microorganismos (principais: bactérias e fungos) - capazes de

desagregar a matéria orgânica e sintetizar novo protoplasma

(tecido celular) (ou seja, há transformação de uma forma de

energia - matéria - em outra.... 1a. lei da termodinâmica...)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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CONCEITUAÇÃO DO TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• Processo não é 100% eficiente (2a. lei da termodinâmica...).

• Carbono e hidrogênio são liberados como CO2 e H2O

• Outros elementos, caso em excesso, combinam com O2 e passam

para solução como óxidos (Ex.: nitratos e sulfatos)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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CONCEITUAÇÃO DO TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• MICROORGANISMOS incluem bactérias, fungos, protozoários,

vermes, etc…

• Aumento da população - resultado da reação com o poluente

orgânico.

• ÁGUA: “sub produto” (efluente) do processo

• Água: gerada do mecanismo dos microorganismos liberarem o

excesso de átomos de hidrogênio durante o processo e

desagregação da matéria orgânica.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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TRATAMENTO SECUNDÁRIO

CONCEITUAÇÃO DO TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• Microcosmo no qual diversas espécies nutrem-se, crescem,

reproduzem e entredevoram-se.

• O resultado é uma transformação progressiva da massa e a

troca com o meio exterior dos produtos dessa atividade

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Matéria Orgânica (efluente / esgoto) + microorganismos + O2 + nutrientes

Mais microorganismos +Gases (CO2) + Água

ESQUEMA SIMPLIFICADO DO METABOLISMO BACTERIANO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Conversão da matéria orgânica resulta em um aumento da

produção de tecido celular, ou seja, da quantidade de

microorganismos e diminuição da quantidade de poluentes

orgânicos.

R E M O Ç Ã O D O S M I C R O R G A N I S M O S : f e i t a p o r

sedimentação simples, em decantadores - densidade do

tecido celular dos microorganismos é maior do que a da água.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Princípio do TRATAMENTO SECUNDÁRIO: TRANSFORMAR um

tipo de matéria orgânica, de difícil remoção por sedimentação, em

outro de mais fácil remoção por sedimentação.

• Isto é, matéria orgânica como sólidos orgânicos coloidais e

dissolvidos é transformada em matéria orgânica sob a forma de

tecido celular, e, sob esta forma, removida.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Tratamento secundário pode ser classificado

De acordo com a forma de crescimento das bactérias:

1 - biomassa em suspensão

2 - biomassa fixa (ou aderida)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Tratamento secundário pode ser classificado

1 - BIOMASSA EM SUSPENSÃO: lagoas aeradas, lodos

ativados, valos de oxidação, lagoas facultativas, lagoas

anaeróbicas

2 - BIOMASSA FIXA (ou aderida): disco biológico, filtro

biológico, reatores de leito fluidizado

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 115: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Biomassa em suspensão: bactérias responsáveis pela

decomposição da matéria orgânica contida nos efluentes,

encontram-se em suspensão na massa líquida. Ex.:

Lodos ativados e lagoas aeradas.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Exemplo de lagoa aerada

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Biomassa fixa: bactérias responsáveis pela decomposição

da matéria orgânica contida nos efluentes, encontram-se

fixadas a um meio inerte qualquer, que pode ser pedra,

plástico, ou outros.

Ex.: Filtros biológicos e os Discos Rotativos

Biológicos.

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Outra forma de classificação do

tratamento secundário

• Conforme a utilização, por parte das bactérias, de oxigênio

ou não no processo.

• Neste caso o processo pode ser classificado em AERÓBIO

ou ANAERÓBIO.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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. Terceiro tipo de bactéria:• Pode viver em ambientes com oxigênio ou sem oxigênio.

Este tipo é chamado de bactérias FACULTATIVAS.

• Tratamento AERÓBIO: presença de oxigênio; realizado por

bactérias aeróbias ou facultativas.

• Tratamento ANAERÓBIO: ausência de oxigênio; realizado

por bactérias anaeróbias ou facultativas.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Vale recordar que…Nutrientes inorgânicos - essenciais em um processo de tratamento secundário. Podem ser fator limitante a atividade das bactérias, impedindo seu desenvolvimento e remoção da DBO do efluente.

Principais nutrientes: N e P.

Outros também necessários: K, S, Mg, Ca, Fe, Cl, Zn, Mn, Cu, Ni.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Arranjos tecnológicos para o Tratamento Biológico

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LAGOAS FACULTATIVAS

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS FACULTATIVAS

•Dentre os sistemas de lagoas de estabilização é o mais simples

•Água a ser tratada entra em uma extremidade e sai por outra.

•DBO particulada (m.o. em suspensão) tende a sedimentar, formando lodo no fundo

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS FACULTATIVAS

Fluxograma típico de sistema com lagoa facultativa para tratamento de efluentes (adaptado de M.von Sperling, 1998).

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Lagoas facultativas

• Energia fornecida: suficiente apenas para misturar a parte líquida introduzir na massa líquida o O2 necessário ao processo, porém NÃO O SUFICIENTE para impedir a sedimentação de parcela dos sólidos em suspensão.

• Bactérias - respiração: consumo de oxigênio e produção de gás carbônico

• Algas - fotossíntese: produção de oxigênio e consumo gás carbônico

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Lagoas facultativas

Corte transversal esquemático de uma lagoa facultativa (adaptado de M.von Sperling, 1998).

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Lagoas facultativas

• DBO solúvel (m.o. dissolvida) e DBO finamente particulada (m.o.de pequenas dimensões) não sedimenta.

• A decomposição se dá predominantemente por bactérias facultativas: utilizam m.o. como fonte de energia

• Processo é natural, não necessitando equipamento especial.

• Daí, tempo de residência elevado (7-15 dias)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS ANAERÓBIAS - LAGOAS FACULTATIVAS

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS ANAERÓBIAS - LAGOAS FACULTATIVAS

• Área menor

• Efluente entra em uma lagoa de menor dimensão, porém mais profunda.

• Predominam, portanto, condições anaeróbias

• Bactérias anaeróbias tem taxa metabólica e de reprodução mais lenta

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS ANAERÓBIAS - LAGOAS FACULTATIVAS

Fluxograma típico de sistema de lagoa anaeróbia - facultativa para tratamento de efluentes

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOAS ANAERÓBIAS - LAGOAS FACULTATIVAS

• Lagoa facultativa recebe carga de 40-50 % poluição do efluente original

• Mais eficiente que a anterior; pode causar odores em razão da etapa anaeróbia

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA FACULTATIVA

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA FACULTATIVA

Sistema aeróbio - dimensões ainda mais reduzidas

Principal diferença com relação à lagoa facultativa: suprimento de oxigênio

Lagoa facultativa: O2 vem da fotossíntese

Lagoa aerada facultativa: usam-se aeradores

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA FACULTATIVA

Fluxograma típico de sistema de lagoa aerada facultativa para tratamento de efluentes

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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•Facultativa: oxigenação não mantém os SS na massa líquida - formam lodo no fundo, decompondo-se anaerobiamente

•Apenas DBO solúvel e finamente particulada permanece na massa líquida, vindo a sofrer decomposição aeróbia.

LAGOA AERADA FACULTATIVA

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Em razão da mecanização, lagoas aeradas são menos simples em temos de manutenção, comparada com lagoa facultativa convencional.

• Porém: área necessária é menor, MAS

• Há maior consumo de energia elétrica…

LAGOA AERADA FACULTATIVA

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Desenho esquemático de aerador mecânico

R. Motta - Petrobras

LAGOA AERADA FACULTATIVA

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Aeradores em lagoa aerada para tratamento de efluente

LAGOA AERADA FACULTATIVA

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Lagoas de decantação de biomassa:

• Lodo pode permanecer por 3 a 4 anos

• Após esse período pode ser enviado para coprocessamento em cimenteira

• Lodo pode conter metais úteis para cimenteira

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA - LAGOA DE DECANTAÇÃO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA - LAGOA DE DECANTAÇÃO

• Volume ainda menor.

• Maior turbulência para garantir: oxigenação e todos os sólidos em suspensão

• Mistura completa - alto grau de energia por unidade de volume, com conseqüente total mistura dos constituintes.

• Em suspensão: m.o e bactérias (biomassa)

• Tempo de residência típico: 2 a 4 dias

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA

Fluxograma típico de sistema de lagoa aerada de mistura completa - lagoa de decantação para tratamento de efluentes

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA - LAGOA DE DECANTAÇÃO

• Biomassa em suspensão - sai da lagoa junto com o efluente tratado!

• Necessário lagoa de decantação - finalidade é permitir sedimentação e acúmulo dos sólidos

• Sólidos permanecem por alguns anos no fundo da lagoa

• Removidos periodicamente (caro!)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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SISTEMA COM LODO ATIVADO(Activated sludge)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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SISTEMA COM LODO ATIVADO

(Activated sludge)

• Princípio: aumentar concentração da biomassa em suspensão no meio líquido

• No sistema anterior: há “reservatório”de bactérias ativas na unidade de decantação

• Retornando essas bactérias a concentração das mesmas será grandemente aumentada

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Desenho esquemático do processo de lodos ativados

Ricardo Motta - Universidade Petrobras

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Esquema genérico de tratamento de efluente com lodos ativados

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Sólidos: recirculados do fundo da unidade de decantação por meio de bombeamento, de volta à unidade de aeração.

• Concentração dos sólidos: + de 10 x superior à de uma lagoa aerada de mistura completa

• Para manter sistema em equilíbrio: necessário retirar aproximadamente a mesma quantidade de biomassa aumentada por reprodução - lodo biológico excedente

SISTEMA COM LODO ATIVADO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO

• Conceito diferente do anterior

• Biomassa não cresce em tanque ou lagoa, mas ADERIDA a um meio de transporte

• O filtro compreende: leito de material grosseiro (pedra, ripas, plástico) sobre o qual o efluente (esgoto) é aplicado sob a forma de gotas ou jatos.

• Percolação permite crescimento bacteriano na superfície do substrato.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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FILTRO BIOLÓGICO

Seção transversal de filtro biológico

Ricardo Motta - Universidade Petrobras

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO

• Sistemas aeróbios - ar circula e fornece oxigênio para os

microorganismos.

• A despeito do nome, função primária do filtro não é filtrar,

mas fornecer suporte para formação da película

microbiana.

• Controle da população microbiana se dá naturalmente.

• Lodo desalojado é removido em decantadores!

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO

Aspectos de um filtro biológico

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Methods for Treating Wastewaters from Industry, Woodard & Curran, Inc., 2006

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FILTRO BIOLÓGICO

Aspectos de um filtro biológico

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO

Circuito de filtro biológico com reciclagem. A reciclagem permite ao operador o controle da carga hidráulica e mantém constante o fluxo do afluente. Pode evitar odores.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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FILTRO BIOLÓGICO• Ao longo do percurso: matéria orgânica nos efluentes,

entra em contato com as bactérias que se desenvolvem

aderidas às pedras, sendo, assim, decomposta.

• Efluente tratado biologicamente: coletado por sistema de

drenagem no fundo do tanque e conduzido para as

unidades de decantação em seguida.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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BIODISCOS• Conjunto de discos, geralmente de plástico de baixo peso,

gira em torno de um eixo horizontal.

• Metade do disco é imerso no efluente a ser tratado

enquanto a outra metade fica exposta ao ar.

• Bactérias formam película aderida ao disco; quando

exposta ao ar é oxigenada. Película, quando novamente

em contato com o efluente, contribui para a oxigenação

deste.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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BIODISCOS

Para testes em laboratório

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Discos: geralmente menos de 3 metros de diâmetro

(plástico de baixo peso).

M ic roorgan ismos aderem às

superfícies rotativas, e ali crescem

até que toda a superfície do disco

esteja coberta por uma fina camada

biológica, com poucos milímetros de

espessura

BIODISCOS

http://www.naturlink.pt

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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BIODISCOS

• Quando a película cresce demasiadamente, se destaca dos

discos e permanece em suspensão no meio fluido, o que

contribui para a eficiência do processo.

• Sistema limitado para o tratamento de pequenas vazões.

Diâmetro máximo dos discos é pequeno; necessário grande

número de discos para vazões maiores

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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BIODISCOS

• Velocidade de rotação: 1-2 rpm; residência: 6 horas

• Mergulhados entre 40 e 60% no efluente a tratar.

• Começaram a ser utilizados na década de 70 para

emprego em estações de tratamento compactas.

• Têm menos problemas operatórios que os tanques

percoladores, porém são mais caros.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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BIODISCOS

www.biodiscos.net

Quando a camada biológica atinge uma espessura crítica,

ela se desgarra dos discos. Organismos desgarrados são

mantidos em suspensão no meio líquido em razão do

movimento dos discos, aumentando a eficiência do sistema.

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Page 164: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Finalidade do disco:

• Suporte para o crescimento da película microbiana

• Promove contato da película com o esgoto

• Mantém biomassa desgarrada dos discos em suspensão

• Promove aeração do esgoto que se juntou ao disco em cada rotação e do esgoto situado na parte inferior, responsável pela imersão do disco.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 165: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

Biodiscos com ambiente favorável a

bactérias nitirifcantes

Lagoa aerada

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BIODISCOS

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Esquema de tratamento de efluente com biodisco para eliminação de nitrgênio (por exemplo...)

Page 166: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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BIODISCOSCerca de 90% submerso

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 168: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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• Crescimento da película biológica: similar, em conceito,

ao filtro biológico.

• Diferença: microorganismos passam através do esgoto,

ao invés de o esgoto passar pelos microorganismos,

como nos filtros.

• Decantadores secundários - também necessários,

visando a remoção dos organismos em suspensão

BIODISCOS

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 169: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

Microorganismo: fixam-se sobre o biodisco, formando o biofilme

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TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 170: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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REMOÇÃO DE NUTRIENTESETAPA FINAL DE TRATAMENTO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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REMOÇÃO DE NUTRIENTES

•Eliminação de compostos biodegradáveis (de carbono): fundamental no tratamento biológico de efluentes (como já visto…)

•Outra forma de poluição que deve ser eliminada: causada

por compostos contendo nitrogênio e fósforo!

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 172: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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REMOÇÃO DE NUTRIENTES

Compostos nitrogenados e fosforados:

•Aumentam a demanda de oxigênio

•Provocam eutrofização nos corpos receptores

(crescimento intenso de algas e vegetação)

•Íon NH4+ é tóxico para vida aquática

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 173: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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• Formas de fosfatos na água:

PO43-, HPO4

2-, H2PO4-, H3PO4

• Depende do pH

• HPO42- mais comum

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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REMOÇÃO DO FÓSFORO

• Precipitação química - mais utilizado

• Reagentes:

•Sulfato de alumínio - Al2(SO4)3,

•sulfato ou cloreto férrico - FeCl3

•Cal - CaO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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REMOÇÃO DO FÓSFORO

• Com cal o precipitado é a hidroxiapatita: Ca5OH(PO4)3

5Ca2+ + 4OH- + 3HPO42- = Ca5OH(PO4)3 + 3H2O

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

• Com Al e Fe formam-se respectivamente os sais insolúveis

AlPO4

FePO4

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REMOÇÃO DO FÓSFORO• Adição de sementes melhora a cinética da reação de

precipitação (vantagem de reciclar sólidos)

• Aplicação dos reagentes é feita no decantador primário ou no secundário, conforme o:

• Projeto

• Característica do efluente

• Resultado final desejado

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 177: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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REMOÇÃO DO FÓSFORO

• Processo biológico de remoção de P: via bactéria Acinetobacter sp, em ambiente anaeróbico.

• Tratamento biológico converte a maior parte do P a ortho-fosfatos.

• Essas formas podem ser removidas por precipitação (como visto)

• Vários processos patenteados.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Nitrogênio pode apresentar-se no efluente como:

• N orgânico

• Amônia (NH3) residual ou orgânicos não transformados

• Nitritos (NO2-) não completamente oxidados

• Nitratos (NO3-)

Concentração máxima típica aceitável em efluentes municipais: ~40 a ~10 mg/l

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 179: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Forma do Nitrogênio Abreviação Definição

Gás amônia NH3 NH3

Íon amônia NH4+ NH4

+

Nitrogênio amoniacal total NAT NH3 + NH4+

Nitrito NO2- NO2

-

Nitrato NO3- NO3

-

Nitrogênio inorgânico total NIT NH3 + NH4+ + NO2

- + NO3-

Nitrogênio orgânico N org NT - (NH3 + NH4+)

Nitrogênio total NTNorgânico + NH3 + NH4

+ + NO2- +

NO3-

Formas de Nitrogênio (recapitulando)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 180: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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NITROGÊNIO

• Origem natural: proteínas, clorofila, compostos

biológicos

• Origem antropogênica: despejos domésticos,

industriais, excrementos de animais, fertilizantes.

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 181: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Nitrogênio orgânico pode ser convertido biologicamente para

amônia (NH3) ou amônio (NH4+). Essas duas espécies são

conhecidas como nitrogênio amônia. O equilíbrio é:

NH4+ = NH3 + H+

E a oxidação

NH4+ + 3/2 O2 = NO2

- + 2H+ + H2O

NO2- + 1/2 O = NO3

-

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 182: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

★ Nitrogênio orgânico pode ser convertido biologicamente

em amônia livre (NH3) ou no íon amônio (NH4+)

★ Remoção biológica baseia-se em dois pontos principais:

1. Transformação (oxidação) da amônia em nitrito e

nitrato - bactérias Nitrosomonas e Nitrobacter, meio

aeróbio (NITRIFICAÇÃO).

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Page 183: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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2. Transformação dos nitratos em nitrogênio molecular - bactérias Achromobacter, Aerobacter, Spirillium, entre outras.

✴ Reação denominada DESNITRIFICAÇÃO - na ausência de oxigênio, em condições anóxicas

✴ Anóxico - não é condição anaeróbia - ausência de oxigênio!

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Princípio da desnitrificação: bactérias desnitrificantes utilizam

oxigênio da conversão dos nitratos, para a sua respiração,

deixando o nitrogênio livre - que é liberado para a atmosfera

(gás) .

• Necessário que a zona de desnitrificação do reator não

contenha oxigênio dissolvido suficientemente disponível no

efluente - as chamadas de zonas ANÓXICAS.

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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✴ Zonas ANÓXICAS - o oxigênio necessário à reação vem

predominantemente do NO3-

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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1o passo: NITRIFICAÇÃO (ou oxidação da amônia): Amônia

(NH3) à Nitritos (NO2-) à Nitratos (NO3

-)

2o passo: DESNITRIFICAÇÃO: (2NO3-) à N2 + 3O2

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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Ou seja…

• Nitrificação: nitrogênio reduzido na forma de amônia ou

de íon amônio é oxidado quase completamente para

nitrito (NO2-) e nitrato (NO3

-)

• Desnitrificação: nitrogênio completamente oxidado, na

forma do íon nitrato, é reduzido principalmente para

nitrogênio molecular, N2

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Bactérias desnitrificantes: utilizam o oxigênio dos nitratos

para a respiração e matéria orgânica para formação do

tecido celular.

• Porém só tem início quando a DBO já é reduzida e portanto

a matéria orgânica está pouco disponível.

• O que fazer…?

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

• Para possibilitar a desnitrificação - adiciona-se novamente a

matéria orgânica no efluente.

• Lodo recirculado ou, em alguns casos, uma fonte de matéria

orgânica qualquer - frequentemente é o metanol - CH3OH

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Desnitrificação pode ocorrer com bactérias em suspensão

ou aderidas a um meio inerte, como uma pedra ou plástico.

• No primeiro caso, bactérias desnitrificantes em suspensão,

no efluente - lodos ativados.

• No segundo, aderidas - biodiscos.

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Há outros métodos para remoção de nitrogênio:

•desorção gasosa (air stripping),

•cloração

•troca iônica

• Desnitrificação biológica é um dos mais eficientes e mais

comumente utilizados.

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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• Desorção gasosa (air stripping):

• Nitrito pode ser removido por cloração:

2NO2- + Cl2 + 8H+ N2 + 4H2O + Cl-

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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✴À medida que cloro é adicionado (gás, hipoclorito ou outro

composto de cloro solúvel em água e que forneça Cl-), o íon

nitrito é oxidado a gás nitrogênio e água.

✴Gás nitrogênio: pouco solúvel em água, removido do sistema

deslocando o equilíbrio para a direita até que todo o nitrito

tenha sido removido

REMOÇÃO DO NITROGÊNIO

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

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TRATAMENTO TERCIÁRIO

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Tratamento Terciário última etapa do processo de

tratamento.

Remove compostos que não foram removidos nas etapas

anteriores ou para prover um tratamento adicional de

determinado composto.

continua…

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

TRATAMENTO TERCIÁRIO

• Processo destinado à remoção de poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário.

• Geralmente utilizado quando se deseja obter efluente de qualidade superior

• Conhecido também como “polimento” final

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Ø Micro peneiramento

Ø Adsorção

Ø Oxidação química (POA)

Ø Troca Iônica

Ø Osmose reversa (ou inversa)

Ø Cloração

Ø Ultrafiltração

Ø Eletrodiálise

Tratamento terciário: algumas tecnologias

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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• Processos  de  oxidação  química,  onde  há  formação  de  radical   livre   de   hidroxila   (OH.),   como   agente  oxidante.

Processos Oxidativos Avançados (POA’s)

• Radical   hidroxila   possui   elevado   potencial   de  oxiredução,  levando  à  formação  d e   c o m p o s t o s  intermediários  mais  biodegradáveis.

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Processos Oxidativos Avançados (POA’s)

POTENCIAL DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO

Agente Oxidante Potencial Redox

F 3,10 eV

OH. 2,80 eV

O. 2,42 eV

O3 2,07 eV

H2O2 1,70 eV

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Processos Oxidativos Avançados (POA’s)

TIPOS DE POA’S

Fenton (Fe2+ + H2O2)

Ultravioleta (UV)

Ozonólise

H2O2/UV

O3/H2O2

O3/UV

Fenton / UV

Ozonólise

TiO2/UV

O3/UV/H2O2

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Processos Oxidativos Avançados (POA’s)

Reação Fenton:Fe2+ + H2O2 → Fe3+ + OH• + OH-

Espectro ultra-violeta:

• UV-A: 315 – 400 nm Comprimento de onda longo

• UV-B: 280 – 315 nm

• UV-C: 100 – 280 nm (Aplicações ambientais)Comprimento de onda curto

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Processos Oxidativos Avançados (POA’s)

Ozonólise:

Reação Indireta → Formação de radicais hidroxila, pela decomposição do ozônio

O3 + OH- → O2 + HO2•

O3 + HO2• → 2O2 + HO•

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ADSORÇÃO

• Transferência de uma substância de uma solução para uma fase sólida.

• Feita sem mudança química da substância (sem reação) -fisisorção.

• Também pode ser feita uma adsorção química onde o adsorbato reage com uma substância previamente impregnada no adsorvente, através do compartilhamento ou troca de elétrons (quimisorção)

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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ADSORÇÃO

• Carvão ativado: adsorvente mais utilizado.

• Tratamento completo de um efluente ou aplicado para

pré-tratamento de correntes a serem tratadas por

outros processos, como osmose reversa, para

melhorar tal tratamento e evitar incrustações nas

membranas.

• Também em pós-tratamentos como após algum

tratamento biológico ou de correção de pH.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 206: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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ADSORÇÃO

• Carvão ativado: preparado a partir de matérias primas

carbonáceas: ossos, madeira, carvão mineral, coco,

etc..

• Ativação térmica: desidratação, carbonização e

aplicação de vapor (900˚C)

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Carvão ativado granulado

• Equação matemática que calcula a eficiência do processo denomina-se ISOTERMA

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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TRATAMENTO TERCIÁRIO

Troca Iônica

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Troca Iônica

• Processo físico no qual os íons dissolvidos em um líquido ou gás interagem com íons sobre um meio sólido.

• Íons do meio sólido estão associados a grupos funcionais

• Meio sólido está imerso no líquido ou gás que se quer tratar.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Troca Iônica

• Resinas: obtidas pela polimerização de vários compostos orgânicos

• Resina catiônica - remove cátions: Zn2+, Ni2+, Mg2+, etc…

• Resina aniônica - remove ânions: SO42-, CrO4

2-, etc…

• Sentido das reações: depende da afinidade da resina pelos diversos ions em solução: seletividade da resina

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Seletividade depende:

• P e T

• Natureza e valência do íon

• Tipo de resina (gel ou macro)

• Grau de saturação

• Concentração Iônica da solução aquosa

• Força iônica

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Catiônicas:

• Mais afinidade por cátions de maior valência

• De mesma valência - cátions maiores

Ex: Seletividade decrescente

Ba2+ > Ca2+ > Zn2+ > K+ > Na+ > H+

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Aniônica:

• Mais afinidade por ânions fortes (sulfato, cloreto, nitratos) sobre os fracos (carbonatos, bicarbonatos, silicatos)

• Seletividade decrescente para ânions fortes sobre fracos

• H2SO4, HCl - regeneram catiônicas

• NaOH à quente - regeneram aniônicas

• São caras!

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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www.stihl.com.br

Colunas de troca Iônica para tratamento de água

www.upe.com.br

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Processos de separação com membranas: vem se tornando importantes como alternativas aos processos convencionais de separação nas indústrias químicas, farmacêuticas, biotecnologias, alimentos e de petróleo.

Diversos fatores contribuíram para o avanço científico e tecnológico dos PSM, ocorridos nos últimos 30 anos. Dentre eles: menor consumo energético em comparação aos processos de separação convencionais e a melhor qualidade das membranas

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Processos de Separação com Membranas (PSM)

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TRATAMENTO TERCIÁRIO

Processos de Separação com Membranas (PSM)

✓ Uma  fase  é  a  alimentação  enquanto  outra  é  o  permeado.  

✓ A  separação  ocorre  porque  a  membrana  tem  a  capacidade  de  

transportar   um   componente,   a   partir   da   alimentação,   mais  

eficientemente  que   qualquer   outro   componente  presente   na  

alimentação.

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TRATAMENTO TERCIÁRIO

Processos de Separação com Membranas (PSM)

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Representação esquemática de duas fases separadas por uma membrana

Page 218: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Filtração com Membranas

Inclui

• Microfiltração

• Ultrafiltração

• Nanofiltração

• Osmose Reversa

• Eletrodiálise

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 219: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Filtração com Membranas

Equipamentos típicos de filtração com membranas

www.apv.com www.pall.com

www.alfalaval.com

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 220: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]ção com Membranas Fonte: Petrobras

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 221: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]

Filtração com Membranas – Unidades ModularesFonte: Petrobras

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 222: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]

Caracterização da membrana

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 223: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]

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Bomba de Pressurização

TRATAMENTO TERCIÁRIOMembranas

Page 224: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Filtração com Membranas Vantagens  ·         Alta eficiência;·         Poucas partes móveis;·                Compactas e adequadas para uso em atividades com pouco

espaço disponível;  Desvantagens ·         Baixo fluxo;·         Manutenção;·         Sensíveis a mudança na corrente de alimentação;·         “Fouling”;·       Necessitam de produtos químicos para limpeza que precisam !

ser descartados;·         Alto investimento inicial (custo tem diminuído)

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 225: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]

Filtração com membranas

Glicose, minerais, surfactantes,pesticidas

Sais minerais, complexos metálicos

Microfiltração

Ultrafiltração

Nanofiltração

Osmose reversa

Sólidos suspensão

Bactérias, vírus, coloides, cor

Água

TRATAMENTO TERCIÁRIO

0,1  a  10  μm

0,005  a  0,05  μm

0,0005  a  0,005  μm

0,0001  a  0,001  μm

Observação: Gases dissolvidos (CO2, O2) não são removidos

Page 226: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Filtração

Ultrafiltration CONVENTIONAL FILTRATION

Sands

Algae and protozoans

Bacteria

Colloids

Humic acids

Metal ions

Pesticides

Dissolved salts

Sugars

Molecularweight

Viruses

Angström

MICRON

IONS MOLECULES MACRO MOLECULES MICRO PARTICLES MACRO PARTICLES

VISIBLE TO NAKED EYEOPTICAL MICROSCOPESCANNING ELECTRON MICROSCOPE

Note : 1 Angström = 10-10 meter = 10-4 micron

Reverse Osmosis

Nanofiltration

Microfiltration

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OSMOSE REVERSA (ou Inversa)

Osmose: fluxo natural de transporte de um solvente através de membrana semi-permeável de uma solução diluída para uma concentrada, em conseqüência da diferença dos potenciais químicos dos dois lados da membrana.

Fluxo osmótico: até atingir um novo equilíbrio, quando há igualdade dos potenciais químicos das soluções de ambos os lados da membrana - alcançada em razão de diferença de pressão existente entre os dois lados da membrana.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 229: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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OSMOSE REVERSA

Osmose Reversa obtida pela aplicação mecânica de uma pressão superior à Pressão Osmótica do lado da solução

mais concentrada.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 230: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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OSMOSE REVERSA

• Princípio: permite a passagem de moléculas de água através de uma membrana, a qual impede a passagem das moléculas ou dos íons considerados poluidores.

• Usada basicamente para reduzir salinidade.

• Reduz também sílica e material orgânico coloidal com alto peso molecular

• Não é normalmente aplicada sem pré-tratamento já que as membranas estão sujeitas à incrustação e entupimento.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 231: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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OSMOSE REVERSA

Com solvente puro em ambos os lados da membrana semi-permeável (T,P): fluxo zero.

Com pressão no lado da solução de sais, superior à pressão osmótica: inversão do fluxo no sentido da água pura.

Osmose Reversa: quando o solvente é transferido por pressão externa de uma solução com alta concentração de soluto para uma solução com concentração baixa de soluto.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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OSMOSE REVERSA

• Utilizada na indústria para produção de água ultra-pura desde 1976.

• Sistema modular pode atingir capacidade superior a 13 mil m3/ dia

• É o nível final de processos de filtração disponíveis.

• Barreira a todos os sais dissolvidos e moléculas inorgânicas bem como as orgânicas acima de PM 100.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 233: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

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Osmose reversa

http://www.bigbrandwaterfilters.com

Membrana típica para tratamento de água por osmose reversa

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Page 234: Controle e tecnologia ambiental. Tecnologia de Tratamento de Água e Efluente. Parte 2

[email protected]

Osmose reversa

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Bomba de Pressurização

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Osmose reversa

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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Osmose reversa

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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NanoFiltração

TRATAMENTO TERCIÁRIO

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NanoFiltração

Aplicações Principais

Abrandamento (remoção da dureza)Remoção de orgânicos

Aplicações Principais:

Abrandamento

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Remoção de orgânicos

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Equipamentos de UF e MF

Aplicações Principais

Pré-tratamentoRemoção de O&G Reúso de efluente

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Equipamentos de UF e MF

Ultrafiltração!"#$#%&'$()!&"*+,"+(

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Equipamentos de UF e MF

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Equipamentos de UF e MF

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Recapitulando…Tratamento preliminar: remoção de sólidos grosseiros

Tratamento primário: sólidos sedimentáveis e parte de matéria orgânica; sólidos dissolvidos

Tratamento secundário: mecanismos biológicos para remoção de m.o. e nutrientes (P e N) e sólidos não sedimentáveis e coloidais

Tratamento terciário: nutrientes, patogênicos, metais pesados dissolvidos em baixa concentração

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

OPERAÇÕES UNITÁRIAS E PROCESSOS

PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES E

REMOÇÃO DE CONTAMINANTES

VISÃO GERAL

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Operações Unitárias e processos para tratamento de efluentes

CONTAMINANTE OPERAÇÃO OU SISTEMA DE TRATAMENTO

Sólidos suspensos

Ø Gradeamento e cominuiçãoØ Caixa de areiaØ Sedimentação Ø FiltraçãoØ FlotaçãoØ Coagulação / sedimentação

Orgânicos (biodegradáveis)

ØLodo ativadoØFiltro biológicoØDisco biológico (Bio disco)ØVariações tecnológicas em lagoasØTratamento físico-químico

Orgânicos voláteisØAdsorçãoØ“Air stripping”ØCaptura e tratamento do gás

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Operações Unitárias e processos para tratamento de efluentes

CONTAMINANTE OPERAÇÃO OU SISTEMA DE TRATAMENTO

Patogênicos

Ø Tratamento com cloro, hipoclorito, bromoØ OzonizaçãoØ Radiação UVØ Peróxido de hidrogênio

Nutrientes (N)

ØVariações do processo de nitrificação e desnitrificaçãoØTroca IônicaØ“Stripping”da amônia

Nutrientes (P)ØAdição de sal metálicoØAdição de calØProcesso biológico

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Operações Unitárias e processos para tratamento de efluentes

CONTAMINANTE OPERAÇÃO OU SISTEMA DE TRATAMENTO

Orgânicos refratários

Ø Adsorção em carvão ativadoØ Ozonização terciáriaØ Osmose reversaØ Nanofiltração / UltrafiltraçãoØ Sistemas naturais (áreas alagadas, p .ex.)

Metais pesados

Ø Precipitação químicaØ Troca IônicaØ Sistemas naturais (áreas alagadas, p .ex.)Ø Nanofiltração / Ultrafiltração

Sólidos orgânicos dissolvidos

Ø Osmose reversaØ Troca iônicaØ Adsorção em carvão ativadoØ EletrodiáliseØ Nanofiltração / Ultrafiltração

(Adaptado de Tchobanoglous, 1991)

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üResumo das tecnologia de tratamento de efluentes

üExemp lo de c i r cu i t o t í p i cos de tratamentos de água e esgoto

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Pré-Tratamento Tratamento primárioTratamento primário Tratamento secundárioTratamento secundário Tratamento terciárioTratamento terciárioTratamento terciário

Químico Físico Biológico Físico Químico Biológico Fis-Químico

•Gradea-mento•Caixa desarenadora•Equalização

•Coagulação•Floculação•Neutralização•Precipitação

•Decantação•Flotação•Filtração

•Filtros biológico•Biodisco•Digestão aeróbia•Digestào anaeróbia•Nintrificação•Denitrificação•Remoção do Fósforo

•Decantação

•Esterliziação

• Precipitação• Oxidação

•Tratamentos passivos

•Troca Iônica• Adsorção•Membranas• OR

RESUMO DAS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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RESUMO DAS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Seleção das tecnologias e do regime de mistura:

•Resultado de um balanço AMBIENTAL e ECONÔMICO,

nos quais entram em consideração

Ø tecnologia disponível

Ø consumo de energia,

Ø disponibilidade de espaço e

Ø custos associados (ex.: mais terreno para lagoas facultativas).

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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Caracterização do efluente Determinação do objetivo

Seleção das possíveis tecnologias

Testes em laboratório e/ou piloto

Projeto de uma ou mais alternativas

Seleção de material para equipamentos

Viabilidade econômica do processo escolhido

Seleção e instalação do processo

Fluxograma genérico de seleção e

desenvolvimento de um sistema de tratamento de

efluente

(adaptado de Industrial Waste Treatment Handbook, 2nd Ed.,Elsevier, Inc., 2006)

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

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TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Circuito típico de geração e tratamento de efluentes industriais (adaptado de Industrial Waste Treatment Handbook, 2nd Ed.,Elsevier, Inc.)

Matéria prima

Poço

Descarga

Líquidos

SólidosEmissões aéreas

Resíduos Produtos Co-produtos

Reciclagem

água superficial

Descarte

Resíduossólidos

ProcessoIndustrial

Resíduos

Emissões aéreas

sólidos

Líquidos

Tratamento do efluente

Saída de água de processo

Resíduos

Tratamento: espessamentodeságuesecagem

Tratamento: adicional

Emissões aéreas

entrada de água

Tratamento

Descarte

Tratamento da água

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Tratamento de Efluentes Circuito típico com lodo ativado

ELEVATÓRIA DE LODO BRUTO

DESAGUAMENTO DIGESTOR

SECUNDÁRIO

ADENSAMENTO ATERRO

EFLUENTE TRATADO

ESGOTO BRUTO

DECANTADOR SECUNDÁRIO

ELEVATÓRIA DE LODO ATIVADO

TANQUE DE AERAÇÃO

DIGESTOR PRIMÁRIO

GRADEAMENTO

CAIXA DE AREIA

DECANTADOR PRIMÁRIO

Fonte: F. Gonçalves - Petrobras

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Ø Wastewater Engineering: Treatment, Disposal and Reuse, George Tchobanoglous e Franklin L. Burton,, 4ª.

Edição, McGraw-Hill, New York, 2002.

Ø Gestão Ambiental, Josimar Ribeiro de Almeida, Claudia dos S. Mello, Yara Cavalcanti, Thex Editora, Rio

de Janeiro, 2004.

Ø Ecology and our endangered life-supporting systems, Eugene Odum, Sinauer Associates, Inc.,

Massachusetts, EUA, 1993.

Ø Princípios Básicos de Tratamento de Esgotos, M. von Sperling, volume 2, ABES, Rio de Janeiro, 1996.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Ø Seleção de indicadores de estado e avaliação de sensibilidade dos sistemas naturais às ações antrópicas, Gustavo Araujo, Lais Alencar de Aguiar, Josimar Ribeiro de Almeida, Paulo Sérgio Moreira Soares e Roberto de Barros Emery Trindade, Série Gestão e Planejamento Ambiental, no.2, CETEM – www.cetem.gov.br, 2005

Ø Química Ambiental, Colin Baird, 2ª.Ed., Bookman, Porto Alegre, 2004.Ø Tecnologia de sistemas passivos para o tratamento de drenagem ácida de minas, Roberto de Barros Emery

Trindade e Paulo Sérgio Moreira Soares, Série Gestão e Planejamento Ambiental, no.30, CETEM – www.cetem.gov.br, 2004