i
i
ii
iii
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS
UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS
Relatório Final
Grupo de Trabalho:
Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo (Coordenador)
António Augusto Batista Ribeiro
Helena do Amparo Romão de Castro Lopes
Jorge Manuel Pericão Costa Pimentel
José Afonso Gonçalves Pereira da Silva Pedrosa
Rui Alberto Marques de Vasconcelos e Sá
Rui Paulo Jinó Moreno
iv
5
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ÍNDICE
Abreviaturas, Acrónimos e Siglas ............................................................................................................. 8
Sinais convencionais................................................................................................................................. 9
Índice de Figuras .................................................................................................................................... 11
Índice de Quadros ................................................................................................................................... 17
Agradecimentos ...................................................................................................................................... 29
1. Introdução ....................................................................................................................................... 37
2. Objetivos ......................................................................................................................................... 41
3. Metodologia .................................................................................................................................... 43
4. Enquadramento Legislativo e normativo ......................................................................................... 49
5. Conceitos e Definições ................................................................................................................... 55
6. Enquadramento hospitalar .............................................................................................................. 63
7. Caraterização das Unidades Hospitalares e das Unidades de Cuidados Intensivos ...................... 67
7.1. Caracterização nacional............................................................................................................. 67
7.2. Caracterização por Região de Saúde ........................................................................................ 75
7.2.1. ARS Alentejo .................................................................................................................. 75
7.2.2. ARS Algarve................................................................................................................... 79
7.2.3. ARS Centro .................................................................................................................... 83
7.2.4. ARS Lisboa e Vale do Tejo ............................................................................................ 87
7.2.5. ARS Norte ...................................................................................................................... 92
7.3. Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos ........................................................................... 96
7.3.1. ARS Alentejo .................................................................................................................. 97
7.3.2. ARS Algarve................................................................................................................... 97
7.3.3. ARS Centro .................................................................................................................. 102
7.3.4. ARS Lisboa e Vale do Tejo .......................................................................................... 106
7.3.5. ARS Norte .................................................................................................................... 114
7.4. Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes (Adultos) ........................................................ 119
7.4.1. ARS Alentejo ................................................................................................................ 121
7.4.2. ARS Algarve................................................................................................................. 126
6
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.4.3. ARS Centro .................................................................................................................. 132
7.4.4. ARS Lisboa e Vale do Tejo .......................................................................................... 139
7.4.5. ARS Norte .................................................................................................................... 156
7.5. Unidades de Cuidados Intensivos Monovalentes/Especializadas ............................................ 169
7.5.1. UCI Coronários ........................................................................................................................ 170
7.5.2. UCI Cardiotorácicos ................................................................................................................. 190
7.5.3. Unidades de Queimados.......................................................................................................... 201
8. Avaliação da Capacidade Instalada .............................................................................................. 215
8.1. Caracterização Demográfica Portuguesa ................................................................................ 215
8.1.1. ARS Alentejo ................................................................................................................ 219
8.1.2. ARS Algarve................................................................................................................. 222
8.1.3. ARS Centro .................................................................................................................. 225
8.1.4. ARS Lisboa e Vale do Tejo .......................................................................................... 228
8.1.5. ARS Norte .................................................................................................................... 230
8.2. Idoneidade e Capacidade Formativa ....................................................................................... 232
8.2.1. Medicina Intensiva Pediátrica .................................................................................................. 232
8.2.2. Medicina Intensiva ................................................................................................................... 233
8.3. Indicadores .............................................................................................................................. 235
8.3.1. UCI Pediátricos ............................................................................................................ 240
8.3.2. UCI Polivalentes ........................................................................................................... 263
8.3.3. UCI Coronários ............................................................................................................ 307
8.3.4. UCI Cardiotorácicos ..................................................................................................... 324
8.3.5. Unidades de Queimados .............................................................................................. 338
9. Articulação com os vários níveis organizativos do Serviço Nacional de Saúde ............................ 349
10. Análise de evolução e dentificação de necessidades de camas de UCI até 2020 ................... 351
11. Recomendações ...................................................................................................................... 377
12. Bibliografia ............................................................................................................................... 385
Anexos .................................................................................................................................................. 393
ANEXO I – Inquérito aos Serviços/Unidades de Cuidados Intensivos .................................................. 395
7
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ANEXO II – UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS MONOVALENTES/ESPECIALIZADAS .......... 421
ARS Algarve ................................................................................................................................ 421
UCI Coronários ....................................................................................................................... 421
ARS Centro .................................................................................................................................. 424
UCI Coronários ....................................................................................................................... 424
UCI Cardiotorácicos ................................................................................................................ 431
Unidades de Queimados......................................................................................................... 434
ARS Lisboa e Vale do Tejo .......................................................................................................... 437
UCI Coronários ....................................................................................................................... 437
UCI Cardiotorácicos ................................................................................................................ 442
Unidades de Queimados......................................................................................................... 445
ARS Norte .................................................................................................................................... 448
UCI Coronários ....................................................................................................................... 448
UCI Cardiotorácicos ................................................................................................................ 453
Unidades de Queimados......................................................................................................... 456
8
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS
ACES Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS Administração Central do Sistema de Saúde
ADSE Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas
ARS Administração Regional de Saúde
BIS Índice Bi - Espectral
CA Conselho de Administração
CNE Conselho Nacional Executivo
CNMI Conselho Nacional do Médico Interno
DGS Direção-Geral de Saúde
ECG Eletrocardiograma
ECMO Terapia de Oxigenação por Membrana Extracorporal
ECMO VA Oxigenação por membrana extracorporal veno-arterial
ECMO VV Oxigenação por membrana extracorporal veno-venosa
EEG Eletroencefalograma
EEMI Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar
EPE Entidades Públicas Empresariais
ERS Entidade Reguladora da Saúde
ESICM Sociedade Europeia de Cuidados Intensivos
ETC Equivalente Tempo Completo
ETCO2 End Tidal de Dióxido de Carbono
FC Frequência Cardíaca
FR Frequência Respiratória
GDH Grupos de Diagnósticos Homogéneos
GNR Guarda Nacional Republicana
INEM Instituto Nacional de Emergência Médica
MARS Molecular Adsorbent Recirculating System
MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
MoU Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e Banco Central
Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional
9
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
NIRS Near Infrared Spectroscopy
NUTS Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos
OM Ordem dos Médicos
PIC Pressão intracraniana
PPP Parceria Público-Privada
PSP Polícia de Segurança Pública
SAD Serviços de Assistência na Doença
SEE Setor Empresarial do Estado
SICA Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento
SIGIC Sistema de Informação de Gestão de Inscritos para Cirurgia
SMI Serviço de Medicina Intensiva
SUMC Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica
SUP Serviço de Urgência Polivalente
SNS Serviço Nacional de Saúde
SPA Setor Público Administrativo
SpO2 Saturação Periférica de Oxigénio
TIP Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico
UCI Unidade de Cuidados Intensivos
UCIP Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes
ULS Unidade Local de Saúde
USF Unidade de Saúde Familiar
VAFO Ventilação de Alta Frequência Oscilatória *
VOAF Ventilação Oscilatória de Alta Frequência *
*São usadas as duas siglas
SINAIS CONVENCIONAIS
N.D. Valor não Disponível
N.A. Não Aplicável
RC Valor Retificado
% Percentagem
10
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
€ / Eur Valor em Euro
m Eur Valor em milhares de Euro
M Eur Valor em Milhões de Euro
NR Não respondido
11
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Mapa com a localização dos Hospitais pertencentes ao SNS por Região de Saúde .............. 66
Figura 2. Número de Unidades de Cuidados Intensivos por ARS.......................................................... 67
Figura 3. Número de Camas de Nível II e III por ARS ........................................................................... 68
Figura 4. População Residente por ARS ............................................................................................... 68
Figura 5. População Residente Adulta por ARS .................................................................................... 69
Figura 6. Camas de UCI Pediátricos de Nível III e Polivalentes de Nível II e III, por 100.000 Habitantes e
por ARS ................................................................................................................................................. 70
Figura 7. Percentagem de Camas de UCI Polivalentes (Nível II e III) por Camas de Agudos de Adultos
............................................................................................................................................................... 72
Figura 8. Percentagem de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III) por Camas de Agudos Pediátricas
............................................................................................................................................................... 73
Figura 9. Mapa de distribuição por Região de Saúde das UCI Pediátricos ............................................ 96
Figura 10 Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS do Algarve ......................................... 99
Figura 11. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS Centro ............................................. 104
Figura 12. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ................ 110
Figura 13. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS Norte ............................................... 117
Figura 14. Mapa de distribuição por ARS das UCI Polivalentes de adultos ......................................... 120
Figura 15 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ..................................... 124
Figura 16 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve ...................................... 129
Figura 17 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS Centro ............................................ 136
Figura 18 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ............... 148
Figura 19 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS Norte .............................................. 163
Figura 20. Distribuição das Unidades e Camas de Cuidados Intensivos Coronários ........................... 170
Figura 21. Distribuição das Unidades e Camas de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos ................... 190
Figura 22. Distribuição das Unidades e Camas das Unidades de Queimados .................................... 202
Figura 23. População de Portugal Continental para o ano 2011 - Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
............................................................................................................................................................. 215
12
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 24. População de Portugal Continental em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade
para ambos os sexos - Fonte: Dados do INE (Censos 2011) .............................................................. 216
Figura 25. Estimativas de População Residente em Portugal no período entre1991 a 2012 - Fonte:
Elaboração própria com base nos dados do INE (Censos 2011)......................................................... 217
Figura 26. População residente em Portugal em 2012 - Fonte: Dados do INE (Censos 2011) ........... 217
Figura 27. Mapa da Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) II - Fonte:
Geosaúde - DGS ................................................................................................................................. 219
Figura 28. Mapa da ARS do Alentejo - Fonte: Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P. .... 220
Figura 29. Pirâmide Etária da ARS do Alentejo para o ano de 2011 ................................................... 221
Figura 30. População da ARS do Alentejo em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para
ambos os sexos – ................................................................................................................................ 221
Figura 31. Mapa da ARS do Algarve - Fonte: Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P. ...... 222
Figura 32. Pirâmide Etária da ARS do Algarve para o ano de 2011 .................................................... 223
Figura 33. População da ARS do Algarve em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para
ambos os sexos - Fonte: Dados do INE (Censos 2011) ...................................................................... 223
Figura 34. População de Portugal Continental em 2011 com menos de 18 anos para ambos os sexos -
Fonte: Dados do INE (Censos 2011) ................................................................................................... 224
Figura 35. População de Portugal Continental em 2011 com mais de 65 anos para ambos os sexos -
Fonte: Dados do INE (Censos 2011) ................................................................................................... 225
Figura 36. Mapa da ARS Centro (Fonte: Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.) ............. 226
Figura 37. Pirâmide Etária da ARS Centro para o ano de 2011 - Fonte: Elaboração própria com base
nos dados do INE (Censos 2011) ........................................................................................................ 227
Figura 38. População da ARS Centro em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para
ambos os sexos – ................................................................................................................................ 227
Figura 39. Mapa da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ............................................................................. 228
Figura 40. Pirâmide Etária da ARS de Lisboa e Vale do Tejo para o ano de 2011 .............................. 229
Figura 41. População da ARS de Lisboa e Vale do Tejo em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos
de idade para ambos os sexos ............................................................................................................ 229
Figura 42. Mapa da ARS Norte. ........................................................................................................... 230
Figura 43. Pirâmide Etária da ARS Norte para o ano de 2011............................................................. 231
13
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 44. População da ARS Norte em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para
ambos os sexos – ................................................................................................................................ 231
Figura 45. Existências de UCI .............................................................................................................. 238
Figura 46. Percentagem de Camas das Unidades Hospitalares que Responderam ao Questionário
Face ao Total de Camas de Agudos de Portugal Continental ............................................................. 238
Figura 47. Percentagem da População Servida em 1ª Linha pelas Unidades Hospitalares que
Responderam ao Questionário Face ao Total da População de Portugal Continental ........................ 239
Figura 48. Camas de UCI Pediátricos .................................................................................................. 242
Figura 49. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve o
movimento assistencial refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da
unidade do CH Porto inclui camas de cuidados intermédios) .............................................................. 244
Figura 50. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve o
movimento assistencial refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da
unidade do CH Porto inclui camas de cuidados intermédios) .............................................................. 245
Figura 51. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve
o movimento assistencial refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da
unidade do CH Porto inclui camas de cuidados intermédios) .............................................................. 245
Figura 52. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama UCI Pediátricos .................................. 247
Figura 53. Custo por Doente Saído, Cama e Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região do
Algarve (inclui custos da UCI Neonatal) ............................................................................................... 257
Figura 54. Custo por Doente Saído, Cama e Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região Centro
............................................................................................................................................................. 258
Figura 55. Custo por Doente Saído – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC Intermédios
do H. Fernando da Fonseca) ............................................................................................................... 258
Figura 56. Custo por Cama – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC Intermédios do H.
Fernando da Fonseca) ......................................................................................................................... 259
Figura 57. Custo por Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC
Intermédios do H. Fernando da Fonseca) ............................................................................................ 259
Figura 58. Custo por Doente Saído – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC Intermédios
CH do Porto) ........................................................................................................................................ 260
14
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 59. Custo por Cama – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC Intermédios CH do
Porto) ................................................................................................................................................... 260
Figura 60. Custo por Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC
Intermédios CH do Porto) .................................................................................................................... 261
Figura 61. Camas de cuidados intensivos Pediátricos por 100.000 crianças (sem camas de intermédios)
............................................................................................................................................................. 262
Figura 62. Camas de UCI Polivalentes (inclui camas de cuidados intermédios) .................................. 266
Figura 63. Camas de UCI Polivalentes (exclui camas de cuidados intermédios) ................................. 266
Figura 64. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Polivalentes ....................................... 270
Figura 65. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes ................................... 270
Figura 66. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes (inclui camas de
cuidados intermédios exceto 7 camas do CH Tâmega e Sousa e 10 do Hospital de Cascais) ........... 271
Figura 67. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Polivalentes (inclui camas de
cuidados intermédios) .......................................................................................................................... 273
Figura 68. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Polivalentes (exclui camas de
cuidados intermédios) .......................................................................................................................... 273
Figura 69. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por Região de Saúde (incluindo unidades 274
Figura 70. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por Região de Saúde (incluindo unidades .. 274
Figura 71. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por Região de Saúde (incluindo
unidades de cuidados intermédios)...................................................................................................... 275
Figura 72. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Alentejo ........................................ 294
Figura 73. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Alentejo .................................................... 294
Figura 74. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Alentejo .............................. 295
Figura 75. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Algarve ......................................... 296
Figura 76. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Algarve ..................................................... 296
Figura 77. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Algarve .............................. 296
Figura 78. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Centro .......................................... 297
Figura 79. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Centro ....................................................... 298
Figura 80. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Centro ................................ 298
Figura 81. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo.............. 300
Figura 82. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo .......................... 300
15
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 83. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo ... 301
Figura 84. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Norte ............................................ 303
Figura 85. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Norte......................................................... 303
Figura 86. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Norte .................................. 304
Figura 87. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 Hab.de 18 e mais anos (inclui
camas de cuidados intermédios) ......................................................................................................... 306
Figura 88. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 Hab.de 18 e mais anos (exclui
camas de cuidados intermédios) ......................................................................................................... 307
Figura 89. Camas de UCI Coronários .................................................................................................. 309
Figura 90. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Coronários ......................................... 311
Figura 91. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários ..................................... 311
Figura 92. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários .............................. 312
Figura 93. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região Norte .............................................. 317
Figura 94. Custo por Cama – UCI Coronários da Região Norte .......................................................... 317
Figura 95. Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região Norte.................................... 318
Figura 96. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região Centro ............................................ 318
Figura 97 Custo por Cama – UCI Coronários da Região Centro ......................................................... 319
Figura 98 Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região Centro ................................... 319
Figura 99. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo ............... 320
Figura 100. Custo por Cama – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo .......................... 320
Figura 101. Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo ... 321
Figura 102. Custo por Doente Saído e por Dia de Internamento - UCI Coronários do Hospital de Faro
............................................................................................................................................................. 321
Figura 103. Custo por Cama - UCI Coronários do Hospital de Faro .................................................... 322
Figura 104. Camas de Cuidados Intensivos Coronários por 100.000 Hab.por Região de Saúde ........ 323
Figura 105. Camas de UCI Cardiotorácicos ......................................................................................... 325
Figura 106. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação para a
Região Centro) ..................................................................................................................................... 327
Figura 107. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação
para a Região Centro e Norte) ............................................................................................................. 327
16
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 108. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação
para a Região Centro e Norte) ............................................................................................................. 328
Figura 109. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Cardiotorácicos por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 329
Figura 110. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 330
Figura 111. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 331
Figura 112. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por UCI Cardiotorácicos por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 332
Figura 113. Custo por Doente Saído – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo ...... 334
Figura 114. Custo por Cama – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo .................. 335
Figura 115. Custo por Dia de Internamento – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo
............................................................................................................................................................. 335
Figura 116. Custo por Doente Saído – UCI Cardiotorácicos da Região Norte ..................................... 336
Figura 117. Custo por Cama – UCI Cardiotorácicos da Região Norte ................................................. 336
Figura 118. Custo por Dia de Internamento – UCI Cardiotorácicos da Região Norte .......................... 337
Figura 119. Camas de UCI Cardiotorácicos por100.00 Habitantes ...................................................... 338
Figura 120. Camas das Unidades de Queimados................................................................................ 339
Figura 121. Doentes Saídos por Cama das Unidades de Queimados ................................................. 340
Figura 122. Demora Média das Unidades de Queimados ................................................................... 340
Figura 123. Taxa de Ocupação das Unidades de Queimados ............................................................. 341
Figura 124. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de Unidade de Queimados por Região
de Saúde .............................................................................................................................................. 341
Figura 125. Quartos de isolamento com pressão positiva por unidade de Queimados por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 342
Figura 126. Custos das Unidades de Queimados por entidade hospitalar da ARS Norte ................... 345
Figura 127. Custos por Doente Saído - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e Vale
do Tejo ................................................................................................................................................. 346
Figura 128. Custos por Cama - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
............................................................................................................................................................. 346
17
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 129. Custos por Dia de Internamento - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e
Vale do Tejo ......................................................................................................................................... 347
Figura 130. Camas de Queimados por 100.000 Hab. .......................................................................... 348
Figura 131. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 habitantes de 18 e mais anos
(inclui camas de cuidados intermédios) ............................................................................................... 354
Figura 132. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes de Adultos, incluindo as camas de unidades
monovalentes ....................................................................................................................................... 354
Figura 133. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes Pediátricas por 100.000 habitantes com menos
de 18 anos (inclui camas de intermédios ............................................................................................. 355
Figura 134. Variação global de camas UCI na Europa por 100.000 habitantes ................................... 357
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1. Número de Instituições por ARS ........................................................................................... 63
Quadro 2. Instituições por Estatuto ........................................................................................................ 64
Quadro 3. Número de Instituições por Estatuto ..................................................................................... 66
Quadro 4. Camas de UCI Pediátricos e Polivalentes de Nível III, por 100.000 Habitantes e por ARS .. 70
Quadro 5. Número de Camas por Tipo de Unidade Monovalente e por ARS ........................................ 71
Quadro 6. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes (Nível II e III) por ARS e Relação com Camas de
Agudos de Adultos ................................................................................................................................. 71
Quadro 7. Número de Quartos de Isolamento das UCI Polivalentes por ARS ....................................... 72
Quadro 8. Camas de Cuidados Intensivos Pediátricos (Nível II e III) por ARS e Relação com Camas de
Agudos Pediátricas ................................................................................................................................ 72
Quadro 9. Valor Mínimo e Máximo da Taxa de Ocupação das UCI Pediátricos .................................... 74
Quadro 10. Valor Mínimo e Máximo da Taxa de Ocupação das UCI Polivalentes ................................ 74
Quadro 11. Taxa de Ocupação e Doentes Saídos por Cama das UCI Pediátricos, por ARS ................ 75
Quadro 12. Taxa de Ocupação e Doentes Saídos por Cama das UCI Polivalentes, por ARS .............. 75
Quadro 13. Principais indicadores das Entidades da ARS Alentejo ....................................................... 76
Quadro 14. Carteira das Entidades da ARS Alentejo ............................................................................. 77
Quadro 15. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Alentejo ............................ 78
Quadro 16. Organização e Apoio das Entidades da ARS Alentejo ........................................................ 79
18
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 17. Principais indicadores das Entidades da ARS Algarve ....................................................... 80
Quadro 18. Carteira das Entidades da ARS Algarve ............................................................................. 81
Quadro 19. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Algarve ............................ 82
Quadro 20. Organização e Apoio das Entidades da ARS Algarve ......................................................... 83
Quadro 21. Principais indicadores das Entidades da ARS Centro ......................................................... 84
Quadro 22. Carteira das Entidades da ARS Centro ............................................................................... 85
Quadro 23. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Centro .............................. 86
Quadro 24. Organização e Apoio das Entidades da ARS Centro .......................................................... 87
Quadro 25. Principais indicadores das Entidades da ARS LVT ............................................................. 88
Quadro 26. Carteira das Entidades da ARS LVT ................................................................................... 89
Quadro 27. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS LVT .................................. 90
Quadro 28. Organização e Apoio das Entidades da ARS LVT .............................................................. 91
Quadro 29. Principais indicadores das Entidades da ARS Norte ........................................................... 92
Quadro 30. Carteira de Serviços das Entidades da ARS Norte ............................................................. 93
Quadro 31. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Norte ................................ 94
Quadro 32. Organização e Apoio das Entidades da ARS Norte ............................................................ 95
Quadro 33. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Algarve .............................................. 97
Quadro 34. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Algarve....................................... 98
Quadro 35. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Algarve ............................................. 98
Quadro 36. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Algarve .................................................................. 99
Quadro 37. Custos das UCI Pediátricos da ARS Algarve ...................................................................... 99
Quadro 38. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Algarve ...................................................... 100
Quadro 39. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCIS Pediátricas da ARS Algarve ........... 101
Quadro 40. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Algarve ........................................ 101
Quadro 41. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Centro .............................................. 102
Quadro 42. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Centro ...................................... 102
Quadro 43. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Centro ............................................. 103
Quadro 44. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Centro ................................................................. 103
Quadro 45. Custos das UCI Pediátricos da ARS Centro ..................................................................... 104
Quadro 46. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Centro ....................................................... 105
Quadro 47. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Centro ............... 105
19
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 48. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Centro ......................................... 106
Quadro 49. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS LVT .................................................. 107
Quadro 50. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS LVT .......................................... 108
Quadro 51. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS LVT ................................................. 109
Quadro 52. Recursos das UCIS Pediátricas da ARS LVT ................................................................... 110
Quadro 53. Custos das UCI Pediátricos da ARS LVT .......................................................................... 111
Quadro 54. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS LVT............................................................ 112
Quadro 55. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS LVT ................... 113
Quadro 56. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS LVT .............................................. 114
Quadro 57. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Norte ................................................ 115
Quadro 58. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Norte ........................................ 115
Quadro 59. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Norte ............................................... 116
Quadro 60. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Norte ................................................................... 116
Quadro 61. Custos das UCI Pediátricos da ARS Norte ....................................................................... 117
Quadro 62. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Norte ......................................................... 118
Quadro 63. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Norte ................. 118
Quadro 64. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Norte ........................................... 119
Quadro 65. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ..................................... 121
Quadro 66. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ............................. 122
Quadro 67. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
............................................................................................................................................................. 122
Quadro 68. Recursos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ......................................................... 123
Quadro 69. Custos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ............................................................. 124
Quadro 70. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ............................................... 125
Quadro 71. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ...... 125
Quadro 72. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo ................................. 126
Quadro 73. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS do Algarve ...................................... 127
Quadro 74. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS do Algarve .............................. 127
Quadro 75. Técnicas Terapêuticas das UCIS Polivalentes da ARS do Algarve .................................. 128
Quadro 76. Recursos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve.......................................................... 129
Quadro 77. Custos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve.............................................................. 130
20
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 78. Pessoal Médico das UCIS Polivalentes da ARS do Algarve ............................................. 130
Quadro 79. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Algarve ....... 131
Quadro 80. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS do Algarve.................................. 131
Quadro 81. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS Centro ............................................ 132
Quadro 82. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS Centro .................................... 133
Quadro 83. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS Centro . 134
Quadro 84. Recursos das UCI Polivalentes da ARS Centro ................................................................ 135
Quadro 85. Custos das UCI Polivalentes da ARS Centro .................................................................... 136
Quadro 86. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Centro ...................................................... 137
Quadro 87. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Centro ............. 138
Quadro 88. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS Centro ........................................ 139
Quadro 89. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS LVT ................................................ 141
Quadro 90. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS LVT ........................................ 143
Quadro 91. Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes da ARS de Lisboa e Vale do Tejo .............. 145
Quadro 92. Recursos das UCI Polivalentes da ARS LVT .................................................................... 147
Quadro 93. Custos das UCI Polivalentes da ARS LVT ........................................................................ 149
Quadro 94. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS LVT .......................................................... 151
Quadro 95. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS LVT ................. 153
Quadro 96. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS LVT ............................................ 155
Quadro 97. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS Norte .............................................. 157
Quadro 98. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS Norte ...................................... 159
Quadro 99. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS Norte ... 160
Quadro 100. Recursos das UCI Polivalentes da ARS Norte ................................................................ 162
Quadro 101. Custos das UCI Polivalentes da ARS Norte .................................................................... 164
Quadro 102. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Norte ...................................................... 166
Quadro 103. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Norte ............. 167
Quadro 104. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS Norte ........................................ 168
Quadro 105. Número de camas de UCI Coronários encerradas por Região de Saúde e causa do
encerramento ....................................................................................................................................... 170
Quadro 106. Camas de UCI Coronários face às camas de agudos, demora média e taxa de ocupação
(excluindo camas de cuidados intermédios) ........................................................................................ 171
21
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 107. Relação entre o nível das UCI Coronários existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares .......................................................................................................................................... 172
Quadro 108. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 173
Quadro 109. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 173
Quadro 110. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por Região
de Saúde .............................................................................................................................................. 173
Quadro 111. UCI Coronários com Quartos de isolamento sem tratamento especial de ar por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 174
Quadro 112. Unidades de cuidados intensivos Coronários com transporte inter-hospitalar por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 174
Quadro 113. Percentagem de UCI Coronários por tipologia de monitorização nas ARS Algarve, Centro,
LVT e Norte .......................................................................................................................................... 175
Quadro 114. Percentagem de UCI Coronários por técnica terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 176
Quadro 115. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Coronários por entidade hospitalar
e por Região de Saúde ........................................................................................................................ 178
Quadro 116. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ........... 179
Quadro 117. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Coronários por Região de Saúde .... 180
Quadro 118. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Coronários por entidade hospitalar e por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 181
Quadro 119. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana., por Região de Saúde ..... 183
Quadro 120. Número de enfermeiros por nível de UCI Coronários por Região de Saúde ................... 183
Quadro 121. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Coronários por
entidade hospitalar e por Região de Saúde ......................................................................................... 184
Quadro 122. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Coronários por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 187
Quadro 123. Custos das UCI Coronários por Entidade Hospitalar e por ARS ..................................... 188
Quadro 124. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI
Coronários por Região de Saúde ......................................................................................................... 189
22
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 125. Camas de UCI Coronários e doentes saídos por 100.000 habitantes por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 189
Quadro 126. Número de camas de UCI Cardiotorácicos encerradas por Região de Saúde e causa do
encerramento ....................................................................................................................................... 190
Quadro 127. Camas de UCI Cardiotorácicos face às camas de agudos, demora média e taxa de
ocupação ............................................................................................................................................. 191
Quadro 128. Relação entre o nível das UCI Cardiotorácicos existentes e o tipo de urgência das
entidades hospitalares ......................................................................................................................... 191
Quadro 129. Quartos de isolamento por cama de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde ............ 192
Quadro 130. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 192
Quadro 131. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 192
Quadro 132. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 193
Quadro 133. Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com transporte inter-hospitalar por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 193
Quadro 134. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por tipologia de monitorização nas ARS Centro, LVT
e Norte ................................................................................................................................................. 193
Quadro 135. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 195
Quadro 136. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Cardiotorácicos por entidade
hospitalar e por Região de Saúde ........................................................................................................ 196
Quadro 137. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ........... 196
Quadro 138. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 197
Quadro 139. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar e
por Região de Saúde ........................................................................................................................... 197
Quadro 140. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde ....... 198
Quadro 141. Número de enfermeiros por nível de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde ........... 198
23
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 142. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Cardiotorácicos
por entidade hospitalar e por Região de Saúde ................................................................................... 199
Quadro 143. Custos das UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar e por ARS .............................. 199
Quadro 144. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI
Cardiotorácicos por Região de Saúde ................................................................................................. 200
Quadro 145. Camas de UCI Cardiotorácicos e doentes saídos por 100.00 habitantes por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 201
Quadro 146. Número de camas de unidade de Queimados encerradas por Região de Saúde e causa
do encerramento .................................................................................................................................. 202
Quadro 147. Camas de Unidades de Queimados face às camas de agudos, demora média e taxa de
ocupação (excluindo camas de cuidados intermédios) ........................................................................ 203
Quadro 148. Relação existente entre o nível de Unidades de Queimados existentes e o tipo de
urgência das entidades hospitalares .................................................................................................... 203
Quadro 149. Quartos de isolamento por cama de unidade de Queimados por Região de Saúde ....... 204
Quadro 150. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 204
Quadro 151. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 204
Quadro 152. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 205
Quadro 153. Unidades de Queimados com transporte inter-hospitalar por Região de Saúde ............. 205
Quadro 154. Percentagem de Unidades de Queimados por tipologia de monitorização nas ARS
Centro, LVT e Norte ............................................................................................................................. 206
Quadro 155. Percentagem de Unidades de Queimados por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 207
Quadro 156. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às Unidades de Queimados por entidade
hospitalar e por Região de Saúde ........................................................................................................ 208
Quadro 157. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ........... 208
Quadro 158. Número de médicos intensivos por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 209
24
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 159. Rácio de enfermeiros por cama afetos às Unidades de Queimados por entidade hospitalar
e por Região de Saúde ........................................................................................................................ 209
Quadro 160. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ...... 210
Quadro 161. Número de enfermeiros por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde .... 210
Quadro 162. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das Unidades de
Queimados por entidade hospitalar e por Região de Saúde ................................................................ 211
Quadro 163. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das Unidades de
Queimados por Região de Saúde ........................................................................................................ 212
Quadro 164. Custos das Unidades de Queimados por entidade hospitalar por ARS .......................... 212
Quadro 165. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das Unidades
de Queimados por Região de Saúde ................................................................................................... 213
Quadro 166. Camas de Unidades de Queimados e doentes saídos por 100.000 habitantes por Região
de Saúde .............................................................................................................................................. 213
Quadro 167. Demografia das Regiões de Saúde de Portugal Continental .......................................... 218
Quadro 168. Quadro médico, idoneidades e capacidade formativa – UCI Pediátricos para o ano de
2012 ..................................................................................................................................................... 232
Quadro 169. Idoneidades e Capacidade Formativa para a Subespecialidade de Medicina Intensiva -
Hospitais públicos - Ano de 2015 ......................................................................................................... 234
Quadro 170. Número de camas de agudos de adultos e pediátricas por Região de Saúde ................ 235
Quadro 171. Lotação e número de hospitais que responderam ao inquérito por Região de Saúde .... 239
Quadro 172. População residente e número de hospitais que responderam ao inquérito por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 240
Quadro 173. Camas de UCI Pediátricos face à População com menos de 18 anos ........................... 241
Quadro 174. Camas de UCI Pediátricos face às Camas de Agudos Pediátricas................................. 241
Quadro 175. Número de camas de UCI Pediátricos encerradas por Região de Saúde e causa do
encerramento ....................................................................................................................................... 242
Quadro 176. Número de camas (Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios) das UCI Pediátricos 243
Quadro 177. Relação entre o nível das UCI Pediátricos existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares .......................................................................................................................................... 244
Quadro 178. Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos que garantem transporte inter-hospitalar de
doentes Pediátricos por Região de Saúde ........................................................................................... 248
25
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 179. Tipologia de monitorização das UCI Pediátricos nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte 248
Quadro 180. Número de UCI Pediátricos por técnica terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
............................................................................................................................................................. 250
Quadro 181. Âmbito das atividades assistenciais nas UCI Pediátricos por Região de Saúde ............. 251
Quadro 182. Médicos por cama afetos às UCI Pediátricos por entidade hospitalar e por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 252
Quadro 183. Médicos por turno, semana e fim de semana em UCI Pediátricos, por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 253
Quadro 184. Enfermeiros por cama afetos às UCI Pediátricos por entidade hospitalar e por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 254
Quadro 185. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde ....... 255
Quadro 186. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Pediátricos por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 256
Quadro 187. Custos das UCI Pediátricos por Região de Saúde .......................................................... 261
Quadro 188. Número de UCI Pediátricos por 10.000 km2 e por 100.000 crianças ............................... 262
Quadro 189. Camas de UCI Polivalentes face à População Residente de 18 e mais anos (incluindo
camas de cuidados intermédios) ......................................................................................................... 263
Quadro 190. Camas de UCI Polivalentes face à População Residente de 18 e mais anos (excluindo
unidades e camas de cuidados intermédios) ....................................................................................... 264
Quadro 191. Camas de UCI Polivalentes face às camas de agudos de adultos, (incluindo camas de
cuidados intermédios) .......................................................................................................................... 265
Quadro 192. Camas de UCI Polivalentes face às camas de agudos de adultos, (excluindo unidades e
camas de cuidados intermédios) ......................................................................................................... 265
Quadro 193. Número de camas de UCI Polivalentes encerradas por Região de Saúde e causa do
encerramento ....................................................................................................................................... 267
Quadro 194. Relação entre o nível das UCI Polivalentes existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares .......................................................................................................................................... 268
Quadro 195. Demora média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes
............................................................................................................................................................. 272
Quadro 196. Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes com Transporte Inter-Hospitalar por Região
de Saúde .............................................................................................................................................. 276
26
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 197. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes por Região de Saúde ......................... 277
Quadro 198. Percentagem de UCI Polivalentes por técnica terapêutica nas ARS Alentejo, Algarve,
Centro, LVT e Norte ............................................................................................................................. 278
Quadro 199. Atividades Extra nas UCI Polivalentes por Região de Saúde ......................................... 280
Quadro 200. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Polivalentes por entidade
hospitalar e por Região de Saúde ........................................................................................................ 281
Quadro 201. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ........... 284
Quadro 202. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Polivalentes por Região de Saúde .. 285
Quadro 203. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Polivalentes por entidade hospitalar e por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 286
Quadro 204. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde ....... 291
Quadro 205. Número de enfermeiros por nível de UCI Polivalentes por Região de Saúde ................. 292
Quadro 206. Número de UCI Polivalentes para cada Nível Formativo por Região de Saúde.............. 292
Quadro 207. Capacidade Formativa Relativa aos Recursos Humanos Médicos das UCI Polivalentes por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 293
Quadro 208. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Alentejo .......................... 294
Quadro 209. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Algarve ........................... 295
Quadro 210. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Centro ............................. 297
Quadro 211. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Lisboa e Vale do Tejo ..... 299
Quadro 212. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Norte ............................... 302
Quadro 213. Custos das UCI Polivalentes por Região de Saúde ........................................................ 304
Quadro 214. Número de UCI Polivalentes por 10.000 km2 e Camas de UCI Polivalentes por 100.000
Habitantes de 18 e mais anos (inclui camas de cuidados intermédios) ............................................... 305
Quadro 215. Número de UCI Polivalentes por 10.000 km2 e Camas de UCI Polivalentes por 100.000
Habitantes de 18 e mais anos (exclui camas de cuidados intermédios) .............................................. 306
Quadro 216. Camas de UCI Coronários face à População Residente ................................................. 308
Quadro 217. Camas de UCI Coronários Face às Camas de Agudos .................................................. 308
Quadro 218. Número de camas de UCI Coronários encerradas por Região de Saúde e causa do
encerramento ....................................................................................................................................... 309
Quadro 219. Relação entre o nível das UCI Coronários existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares .......................................................................................................................................... 310
27
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 220. Demora Média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários 312
Quadro 221. Tipologia de Monitorização das UCI Coronários nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte 313
Quadro 222. Percentagem de UCI Coronários por Técnica Terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 314
Quadro 223. Número de Enfermeiros por Turno, Semana e Fim de semana, por Região de Saúde .. 315
Quadro 224. Número de Enfermeiros por Nível de UCI Coronários por Região de Saúde .................. 316
Quadro 225. Custos das UCI Coronários por Região de Saúde .......................................................... 322
Quadro 226. Número de UCI Coronários por 10.000 Km2 e Camas de UCI Coronários por 100.00
habitantes por Região de Saúde .......................................................................................................... 323
Quadro 227. Camas de UCI Cardiotorácicos Face à População Residente ........................................ 324
Quadro 228. Camas de UCI Cardiotorácicos Face às Camas de Agudos ........................................... 325
Quadro 229. Número de Camas de UCI Cardiotorácicos Encerradas por Região de Saúde e Causa de
Encerramento ...................................................................................................................................... 326
Quadro 230. Relação entre o nível das UCI Cardiotorácicos existentes e o tipo de urgência das
entidades hospitalares ......................................................................................................................... 326
Quadro 231. Demora Média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos .................................................................................................................................... 328
Quadro 232. Quartos de isolamento por cama de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde ............ 329
Quadro 233. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 330
Quadro 234. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por UCI Cardiotorácicos por Região de
Saúde................................................................................................................................................... 330
Quadro 235. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por UCI Cardiotorácicos por
Região de Saúde ................................................................................................................................. 331
Quadro 236. Tipologia de Monitorização das UCI Cardiotorácicos nas ARS Centro, LVT e Norte ...... 332
Quadro 237. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por Técnica Terapêutica nas ARS Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 333
Quadro 238. Custos das UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde ................................................... 337
Quadro 239. Camas das Unidades de Queimados Face à População Residente ............................... 338
Quadro 240. Relação existente entre o nível de Unidades de Queimados existentes e o tipo de
urgência das entidades hospitalares .................................................................................................... 339
28
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 241. Percentagem de Unidades de Queimados por tipologia de monitorização nas ARS
Centro, LVT e Norte ............................................................................................................................. 342
Quadro 242. Percentagem de Unidades de Queimados por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e
Norte .................................................................................................................................................... 343
Quadro 243. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde ........... 344
Quadro 244. Número de médicos intensivos por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde
............................................................................................................................................................. 345
Quadro 245. Custos das Unidades de Queimados por Região de Saúde ........................................... 347
Quadro 246. Número de Unidades de Queimados por 10.000Km2 e Camas de Queimados por 100.000
Hab. por Região de Saúde ................................................................................................................... 348
Quadro 247. Unidades de Cuidados Intensivos ................................................................................... 352
Quadro 248. Camas de Cuidados Intensivos ....................................................................................... 353
Quadro 249. Número de camas de agudos, cuidados intensivos e cuidados intermédios por 100.000
habitantes na Europa ........................................................................................................................... 358
Quadro 250. Número de Camas de UCI Adultos/ 100.000 habitantes ................................................. 359
Quadro 251. Case Mix por Região de Saúde (2012) ........................................................................... 362
Quadro 252. Pediatric intensive care: result of a European survey. Nipshagen MD, Polderman KH,
DeVictor D, Gemke RJBJ. Intensive Care Med. (2002) 28: 1797-1803 ............................................... 365
Quadro 253. Necessidades de cuidados Intensivos Pediátricos .......................................................... 369
Quadro 254. Unidades Hospitalares com Urgência Polivalente e Nível de Idoneidade Formativa das
UCI Polivalentes de Adultos ................................................................................................................. 373
Quadro 255. Unidades Hospitalares com Urgência Médico-Cirúrgica e Nível de Idoneidade Formativa
das UCI Polivalentes de Adultos .......................................................................................................... 374
Quadro 256. Objetivos a nível formativo pediátrico até 2020 ............................................................... 376
29
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
AGRADECIMENTOS
Para a realização deste estudo foi fundamental a participação de muitos especialistas e entidades que,
com a maior disponibilidade, se prontificaram a ceder a sua colaboração.
Aos Senhores Presidentes dos Conselhos de Administração das Unidades Locais de Saúde, Centros
Hospitalares e Hospitais, bem como a todos os profissionais envolvidos na resposta aos inquéritos
enviados prestamos os nossos agradecimentos pela colaboração e apoio dados, bem como, pela
disponibilidade dos serviços a que presidem.
Formulamos, de igual modo, um agradecimento a todos os elementos de contacto das Unidades Locais
de Saúde, Centros Hospitalares e Hospitais que contribuíram para o desenvolvimento do presente
trabalho.
Agradecemos igualmente ao conjunto de peritos externos que aceitaram dar o seu contributo crítico
com vista à finalização deste relatório.
Gostaríamos, ainda, de agradecer à Dra. Bárbara Carvalho, à Dra. Dina Santos, à Engª. Sofia Nunes e
ao Dr. Ricardo Costa, da ACSS, pela colaboração prestada.
30
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Sumário Executivo
O Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, criado pelo Despacho nº 10601/2011, de 16 de agosto,
apresentou, em novembro de 2011, um Relatório Final intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema,
Os profissionais no Centro da Mudança” onde definiu oito iniciativas estratégicas, corporizadas, cada
uma, por um conjunto de medidas, dando, através da sua implementação e monitorização,
cumprimento a um programa de mudança, com a extensão, profundidade e densidade que é exigida
numa verdadeira reforma estrutural do setor hospitalar português. Neste sentido, pelo Despacho do
Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, de 15 de março de 2013, publicado no Diário da
República, II Série, nº 59, de 25 de março, foi criado um Grupo de Trabalho para proceder à avaliação
da capacidade instalada e necessidades nacionais de camas de UCI em Portugal Continental, bem
como dos diferentes patamares de articulação com os demais níveis organizativos do SNS.
O presente trabalho foi desenvolvido em cumprimento do referido Despacho.
As recomendações que o Grupo de Trabalho apresenta têm como objetivo a melhoria do nível de
eficiência e o aumento da produtividade e custo-eficácia dos recursos empregues em Medicina
Intensiva, área representativa de um leque de atividades bastante onerosas e complexas devido, quer
aos elevados custos de tecnologia associada, quer ao grande consumo de recursos humanos
altamente diferenciados, bem como pela complexidade das intervenções e da gravidade do estado de
saúde do doente. Procuraram-se ainda encontrar as melhores soluções em termos de justiça
distributiva e de equidade do acesso entre as várias regiões do país.
A Medicina Intensiva é uma área multidisciplinar e diferenciada das Ciências Médicas que aborda
especificamente a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de situações de doença aguda grave
potencialmente reversível, em doentes que apresentam falência de uma ou mais funções vitais,
eminente(s) ou estabelecida(s). Representa uma percentagem cada vez mais importante das camas de
cuidados agudos e um dos pilares fundamentais da estrutura de avaliação e tratamento do doente
agudo grave, quer dentro dos seus espaços físicos quer através da colaboração em outro tipo de
atividades tais como vias de acesso preferencial (e.g. vias verdes) – em especial de Sépsis – apoio às
salas de emergência dos Serviços de Urgência, etc. Tem ainda, por indicação da DGS, um papel cada
vez mais importante nas Equipas de Emergência Intra-Hospitalares.
31
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
A diversidade (em tipologia dos doentes admitidos e em características organizacionais e funcionais) e
o número de unidades de cuidados intensivos que prestam cuidados aos cidadãos, dificultou no
passado, uma avaliação das características da quantidade e qualidade dos cuidados prestados, um
planeamento adequado das necessidades presentes e futuras bem como a divulgação e comparação
dos resultados e dos custos obtidos a nível nacional e internacional.
Por outro lado, persistem problemas por resolver no capítulo da informação: cada unidade procede a
uma recolha individualizada dos dados referentes à sua atividade – não utilizando por rotina
metodologias testadas e validadas e que permitam comparações. Um mesmo parâmetro toma valores
diferentes consoante a fonte utilizada e o processo de recolha de dados é pouco sistematizado. Tais
factos inviabilizam uma análise comparativa de rotina que possa servir como base orientadora quer de
avaliação de resultados, quer de modelo para o lançamento de políticas nacionais na área dos
cuidados intensivos. Junta-se a este facto a utilização de diferentes metodologias e fontes por outras
entidades envolvidas potencialmente no processo o que leva a uma enorme dificuldade na obtenção de
conclusões coerentes. Assim, a implementação de um trabalho de avaliação da capacidade instalada e
das necessidades nacionais de camas de cuidados intensivos, bem como dos diversos patamares de
articulação com os demais níveis organizativos do SNS, constitui-se como um elemento estruturante de
avaliação contínua da qualidade assistencial dos cuidados intensivos prestados.
Só conhecendo o presente será possível prever e equacionar o futuro, desenhando um adequado
balanço entre a oferta e a procura da especialidade, dentro das limitações (nomeadamente financeiras)
em que o país se encontra, que tornam alguns aspetos do seu funcionamento e articulação – por
exemplo o custo-eficácia de cada solução e de cada tipologia – aspetos cruciais do sistema.
O trabalho inicia-se com uma pequena introdução, seguida da definição dos objetivos e que constituem
os capítulos 1 e 2.
No capítulo 3 é descrita a metodologia aplicada na análise de dados, os pressupostos relativos ao nível
e tipo de unidades em estudo, bem como a caraterização do questionário enviado às entidades
hospitalares. Importa realçar que foi assumido a utilização dos dados fornecidos pelos diferentes
conselhos de administração e não proceder, neste relatório, a qualquer tido de auditoria aos dados
recebidos.
32
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No capítulo 4 é apresentado um breve enquadramento normativo do tema e no capítulo 5 são
apresentados de forma sistematizada um conjunto de definições de forma a garantir uma análise
rigorosa e fidedigna que permita obter projeções coerentes, com vista a uma cobertura efetiva de
Portugal Continental em cuidados intensivos.
No capítulo 6 faz-se uma breve caraterização das unidades hospitalares do SNS.
No capítulo 7 procede-se em primeiro lugar a uma caracterização nacional e regional das 36 unidades
hospitalares que responderam ao inquérito e que detêm UCI. De seguida procede-se a uma descrição
mais detalhada a nível de cada uma das regiões (por ARS) dividida por unidades polivalentes
(pediátricas e de adultos) e monovalentes (coronários, cardiotorácicos e queimados). Para cada
unidade analisaram-se um conjunto de indicadores e que são os seguintes:
- população
- níveis de UCI
- número de camas divididas por nível
- camas encerradas
- número de doentes saídos
- dias de internamento
- demora média
- taxa de ocupação
- tipologia de monitorização
- técnicas terapêuticas
- recursos disponíveis
- custos
- recursos humanos (médicos e de enfermagem)
- capacidades formativas e idoneidades.
Tal como já referido os dados apresentados são da total responsabilidade dos Conselhos de
Administração que os forneceram.
O capítulo 8 é dedicado à avaliação da capacidade instalada. Inicia-se com a caraterização
demográfica do território continental, por região de saúde, seguindo-se a análise da idoneidade e
capacidade formativa das unidades de cuidados intensivos pediátricos e polivalentes e o cálculo dos
33
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
indicadores considerados mais relevantes para avaliação da atividade assistencial, da produção, dos
meios técnicos e estruturas, da tipologia de monitorização existente, das técnicas terapêuticas
disponíveis, dos recursos humanos e dos custos de funcionamento das unidades de cuidados
intensivos pediátricos, polivalentes, coronários, cardiotorácicos e queimados.
Procede-se no capítulo 9 à avaliação dos diferentes patamares de articulação com os níveis
organizativos do SNS.
No capítulo 10 são identificadas as necessidades de camas de cuidados intensivos até 2020 e
descreve-se o planeamento com vista a cumprir e a materializar as necessidades definidas.
É assumido pelo estudo que a evolução da prestação de cuidados de saúde implicará um crescimento
da necessidade deste tipo de cuidados ao longo dos próximos anos.
Como principais pontos a reter e considerando metodologias utilizadas nacional e internacionalmente
propõe-se:
- criar, em Portugal continental, cerca de 80 camas de cuidados intensivos de adultos. Do ponto de
vista pediátrico, no contexto atual, não é defensável aumentar o número de camas, sendo inclusive de
ponderar a sua redução e redistribuição, nomeadamente pela abertura de 4 camas na região norte.
.
A sua distribuição geográfica dependerá de uma análise mais detalhada e dependente do fecho do
processo de reformulação de redes de referenciação hospitalar. A distribuição e a forma de
crescimento das atuais unidades dependem igualmente dos mesmos fatores. O crescimento do número
de camas propostas inclui o somatório do diferencial entre o número de camas que dispomos e o que
devíamos dispor e o número de camas que decorrerão nos próximos anos por aumento de indicações.
O crescimento do número de camas nos próximos anos estará igualmente dependente de uma melhor
utilização dos recursos disponíveis visto da análise realizada ressaltar que ainda existe uma margem
de ganhos em eficiência.
Ressalva-se ainda a relevância de uma política de recursos humanos de formação de médicos e
enfermeiros em cuidados intensivos que garanta a evolução proposta e que constitui uma meta
34
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
fundamental. A decisão de abrir camas deverá ser antecipada, pelo menos em dois anos da criação de
capacidade em recursos humanos.
São ainda estabelecidas um importante conjunto de metas mais específicas e de detalhe no que se
refere ao planeamento regional e local divididas pelos períodos 2015-2016 e 2017-2020. A saber:
Até 2016:
- Garantir a existência de UCI polivalente de adultos de nível C em todos os hospitais com urgências
polivalentes;
- Criação de uma TACK force entre a ACSS e a OM com vista a garantir um planeamento micro até
2020, adequado ao nível de formação de recursos humanos, abertura de novas camas e adequação de
meios disponíveis de acordo com a carteira de serviços dos diferentes hospitais;
- Garantir a existência de uma coordenação nos hospitais que disponham de mais do que uma
unidade;
- Garantir com caracter de urgência a disponibilidade de recursos para o biéniuo 2015-2016.
Entre 2017 e 2020:
- Garantir a existência de UCI polivalente de adultos de nível B em todos os hospitais com urgências
médico-cirurgicas;
- Garantir um ratio de camas de nível II/III/ camas de nível I de 2:1;
- Garantir que até 2018 se atinja 50% das metas referentes a novas previstas para abrir até 2020.
- Passagem a nível formativo tipo C para uma unidade na ARS do Norte, do Centro e de Lisboa e Vale
do Tejo;
- Garantir a dimensão mínima de 8 camas para as unidades de cuidados intensivos pediátricos;
- Garantir um ratio de 1 a 2 camas de cuidados intermédios por cada cama de nível II/ III;
- Abolir o internamento de crianças em unidades de adultos excepto em situações limites.
No capítulo 11 são elencadas 30 recomendações que o grupo considera importante pôr em prática até
2020. A saber:
- Garantir um conhecimento exato do nível de procura de cuidados intensivos no território nacional e a
sua evolução nos próximos anos:
- Rever a Rede de Referenciação hospitalar em Emergência e as Redes que incluam Unidades de
Cuidados Intensivos Monovalentes.
35
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
- Avaliar, de forma sistemática, o perfil das situações de não internamento em cuidados intensivos por
falta de vagas, incluindo a identificação de uma metodologia específica.
- Definir o âmbito de atividades de médicos especialistas em cuidados intensivos nos diferentes
patamares assistenciais a nível hospitalar.
- Repensar o modelo organizativo hospitalar no que se refere à articulação, categorização e distribuição
de camas hospitalares.
- Mapear a capacidade instalada em camas de cuidados intermédios.
- Aumentar a existência de camas de cuidados intermédios (nível I) acoplados a UCI de nível II/ III.
- Desenvolver o modelo de prospective outreach nos hospitais portugueses enquanto modelo de
garantir uma identificação precoce de doentes com indicação para internamento em cuidados
intensivos.
- Definir e implementar o número de mínimo de camas por UCI de forma a garantir uma relação efetiva
de volume/ resultado.
- Realizar um planeamento de abertura de UCI e de novas camas de cuidados intensivos de acordo
com uma visão de equidade na cobertura do território e não somente pelas opções isoladas de cada
unidade hospitalar.
- Promover o desenvolvimento de normas de orientação clinica e protocolos nas principais áreas de
intervenção em cuidados intensivos,
- Promover a investigação clinica em cuidados intensivos e a integração de estudos multicêntricos a
nível nacional e internacional.
- Implementar modelos prognósticos de deteção precoce de necessidades em cuidados intensivos.
- Definir e implementar critérios mínimos nacionais de segurança e qualidade em cuidados intensivos
- Promover a informatização completa de toda a atividade de cuidados intensivos.
- Elaborar uma tabela de análise com vista a poder comparar o desempenho em cuidados intensivos de
forma coerente e uniforme e desenvolver um modelo de benchmarking nacional.
- Promover a publicação periódica dos resultados de atividade das várias unidades.
- Desenvolver um sistema de informação centralizado online ligando todas as unidades disponibilizando
o perfil, competências e vagas disponíveis de forma a garantir uma melhor articulação entre INEM e
hospitais.
- Desenhar e executar medidas de controlo de qualidade e segurança.
36
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
- Implementar medidas de humanização hospitalar específicas a aplicar em unidades de cuidados
intensivos.
- Estimular a discussão ética em temas de medicina intensiva envolvendo instituições, profissionais de
saúde, doentes e cidadãos.
- Implementar auditorias internas e externas.
- Garantir que, até ao final de 2015, todas as unidades de nível II e III tenham monitorização contínua
do débito cardíaco e monitorização de ETCO2 disponíveis.
- Garantir que, até ao final de 2016, todas as unidades de nível III disponham de material que permita o
manuseamento por objetivos da temperatura.
- Garantir que, até ao final de 2017, todas as unidades de neuro críticos ou com grande volume de
doentes com traumatismos cranianos disponham de monitorização multimodal, incluindo vídeo EEG,
EEG continuo, medição de PIC e de PtiO2.
- Estabelecer um patamar racional de disponibilização das diferentes tipologias de monitorização e
técnicas terapêuticas a disponibilizar nas diferentes unidades.
- Deverá ser definido um plano específico de formação e capacitação de recursos humanos médicos e
de enfermagem para as necessidades até 2020 no prazo de 90 dias.
- Desenvolver um modelo próprio para a avaliação dos custos por unidade.
- Profissionalizar o transporte inter-hospitalar de doentes, promovendo uma maior articulação entre os
hospitais e o INEM.
37
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
1. INTRODUÇÃO
De entre os desenvolvimentos mais importantes ocorridos na Medicina nas últimas décadas contam-se
os registados na Medicina Intensiva e na sua capacidade para monitorizar, preservar e recuperar
funções vitais alteradas ou em falência eminente ou estabelecida, afetadas por processos patológicos
potencialmente reversíveis.
Adquiriram-se novos conhecimentos nas áreas da fisiologia, da patologia e da terapêutica que,
associados aos vários desenvolvimentos tecnológicos, modificaram completamente a capacidade de
diagnóstico e os potenciais de prevenção, tratamento e cura de doenças até há pouco tempo fatais.
Foi assim que a Medicina Intensiva se foi desenvolvendo ao longo das últimas décadas sendo
atualmente reconhecidas pela Ordem dos Médicos como subespecialidades a Medicina Intensiva e os
Cuidados Intensivos Pediátricos.
A evolução científica e tecnológica teve claras repercussões no modelo de cuidados prestados e como
tal foram acompanhadas por modificações nas estruturas organizacionais em que as mesmas se
inserem, num movimento que ficou conhecido como “A UCI sem paredes”, pivôt multidisciplinar e
ubíquo da abordagem intra-hospitalar do doente crítico e já não enquanto isolados dentro do hospital.
Este desenvolvimento da Medicina aumentou a capacidade para salvar vidas em risco bem como
incrementou de forma pronunciada a sobrevida e a qualidade de vida dos doentes portadores de
doença grave. Ao mesmo tempo, o aumento dos recursos e a complexidade dos mesmos, levaram à
diferenciação e hierarquização, com consequente aumento dos encargos associados. Deste modo, a
gestão dos recursos existentes assume particular acuidade, no sentido de atingir o melhor balanço
entre a equidade e a justiça distributiva.
Alteraram-se mentalidades e comportamentos. Definiram-se competências técnicas e humanas e
iniciou-se o processo de acreditação para fins formativos das UCI e de acreditação dos profissionais
habilitados ao seu exercício.
38
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
A possibilidade de todos os portugueses terem acesso a uma Medicina Intensiva de qualidade,
independentemente do local aonde residem, em centros com o equipamento e a experiência
necessários à sua utilização, são direitos essenciais do cidadão na estruturação do nosso SNS.
Qualidade e referenciação são duas questões indissociáveis, fruto da relação entre o volume dos atos
praticados e das consequentes poupanças de escala e de ganhos em efetividade (o que pressupõe
meios de transferência secundária e terciária com formação profissional específica em cuidados
intensivos, adequados e funcionantes), em todo o território nacional.
O reconhecimento de que as crianças são um grupo de doentes distintos, com particularidades físicas
e emocionais muito próprias, levou, desde há décadas, a uma diferenciação e individualização da
medicina intensiva pediátrica e consequentemente das unidades que as tratam.
De facto, as características anatómicas, fisiológicas, psicológicas, de desenvolvimento e familiares
associadas às crianças e adolescentes justificam uma abordagem diferenciada, quer de natureza
terapêutica quer de investigação e monitorização.
Esta realidade, já plasmada no terreno em Portugal desde os primórdios dos anos 80, justifica só por si
uma individualização na análise pediátrica.
A relevância e impacto dos cuidados prestados bem como o custo dos mesmos implicam uma análise
cuidadosa da realidade atual e um planeamento rigoroso das necessidades para o futuro. É neste
âmbito que se insere este relatório. Analisa o atual estado das unidades de cuidados intensivos em
Portugal continental e apresenta o racional para a avaliação da adequação às necessidades atuais e
daquelas que se perspetivam venham a ser as necessidades até 2020, tomando em linha de conta a
realidade atual do país.
Consideram-se que num cenário de seis anos, entendido como um cenário razoável para planificação a
este nível, existem necessidades mais prementes e que incluem a evolução até 2016. Este período
deverá servir para permitir, no atual quadro de dificuldades económicas que o país atravessa,
39
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ultrapassar os principais estrangulamentos detetados de forma a corrigir algumas assimetrias mais
problemáticas.
O planeamento até 2020 decorre das necessidades crescentes decorrentes do envelhecimento da
população e do aumento de complexidade da carga de doença na população, o que implicará no médio
prazo uma inevitável necessidade crescente de cuidados em medicina intensiva, por muito que a
promoção da saúde e a prevenção da doença tenham o efeito expectável na diminuição da morbilidade
e mortalidade.
41
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
2. OBJETIVOS
O Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, criado pelo Despacho n.º 10601/2011, de 16 de agosto,
apresentou, em novembro de 2011, um Relatório Final intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema,
Os Profissionais no Centro da Mudança” onde definiu oito Iniciativas Estratégicas corporizadas, cada
uma, por um conjunto de medidas, dando, através da sua implementação e monitorização,
cumprimento a um programa de mudança, com extensão, profundidade e densidade que é exigido
numa verdadeira reforma estrutural do setor hospitalar português.
O crescimento da rede hospitalar nem sempre tem tido por base opções que traduzam a realidade do
País e as suas necessidades efetivas. Falta de informação rigorosa, estruturas com geometria variável
ao longo dos anos, desenvolvimentos voluntariosos nas instituições à revelia de coordenações
superiores e algumas iniciativas locais e regionais desenquadradas do todo nacional e não
enquadramento na realidade demográfica e epidemiológica, muitos são os erros de planeamento que
se acumularam ao longo de anos. Tal facto levou inexoravelmente ao desenvolvimento de uma rede
pouco coerente e desajustada da sua missão de bem tratar os doentes sendo por outro lado geradora
de um forte despesismo que em muito contribuiu para um período de grave insustentabilidade do
sistema de saúde.
A Medicina Intensiva é em Portugal uma área de subespecialização médica, de acordo com a Ordem
dos Médicos, sendo representativa de um leque de atividades bastante complexas e onerosas
(originárias dos elevados custos da tecnologia associada a uma Unidades de Cuidados Intensivos, dos
recursos humanos altamente diferenciados afetos às UCI, da complexidade das intervenções e da
gravidade do estado de saúde do doente) e onde o planeamento e a gestão dos recursos existentes
assumem particular acuidade.
As necessidades crescentes previsíveis para os próximos anos no que se refere aos cuidados de
medicina intensiva associado ao tempo de formação de profissionais neste domínio (nunca inferior a 8-
9 anos no sistema atual, contados a partir do final da licenciatura em medicina) levam a um cuidadoso
planeamento deste sector para o curto e médio prazo. É pois neste sentido que se procedeu à decisão
de avaliar da capacidade instalada em cuidados intensivos em Portugal continental e das necessidades
42
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
neste sector até 2020. Esta análise deve ser efetuada em separado entre cuidados intensivos de
adultos e pediátricos considerando as diferenças entre estas realidades. Deverá no caso de adultos
proceder-se a uma análise das unidades polivalentes e monovalentes (coronários, cardiotorácicos e de
queimados) quando apropriado.
Será pois possível planear com realismo e de acordo com as necessidades o ajuste do número e
distribuição de camas de cuidados intensivos para adultos e para a idade pediátrica bem como das
necessidades em recursos humanos médicos.
43
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
3. METODOLOGIA
A avaliação da capacidade instalada de camas de cuidados intensivos a nível de Portugal Continental,
como objetivo essencial do Grupo de Trabalho, foi realizada através da análise de informação existente
nos serviços centrais do Ministério da Saúde e de dados solicitados a 51 entidades hospitalares (não
foi inquirido o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul).
O Grupo de Trabalho definiu o âmbito específico, territorial e institucional do trabalho, os critérios de
análise e os dados a usar, bem como as ações a desenvolver.
Excluíram-se as Unidades de Neonatologia, 40 em Portugal, já que são unidades que funcionam
habitualmente em função e coordenação com as salas de parto, dependentes dos Serviços de
Obstetrícia, justificando-se assim a sua análise no âmbito de um estudo alargado à área materno-
infantil.
Excluíram-se também as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira pelo facto de terem sistemas de
saúde próprios e autónomos, dependentes dos respetivos Serviços Regionais de Saúde.
Foram excluídos ainda os hospitais e clínicas privadas e os hospitais militares pela não existência de
dados sistematizados e uniformes com os agora explanados.
Foi decidido utilizar os dados do SICA enquanto sistema de informação de central com o nível de
informação pretendido. Foi considerado que a análise pretendida implicava o conhecimento de um
conjunto de outros dados não passíveis de extrair do referido sistema pelo que foi entendido solicitar
dados a cada uma das instituições. Nesse sentido foi elaborado um inquérito distribuído por via
eletrónica a todas as entidades hospitalares. (Anexo I).
Para efeito desta análise optou-se por a restringir a um ano, tendo-se escolhido o ano de 2012. Esta
opção, e não por um período mais extenso, decorre essencialmente na dificuldade comparativa no que
se refere a anos anteriores decorrente do facto de terem sido criados múltiplos centros hospitalares nos
últimos anos o que dificultaria a análise de dados históricos anteriores. Por outro lado optou-se por não
44
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
usar dados posteriores a 31 de Dezembro de 2012 visto que à data de início do trabalho não existiam
dados sólidos coletados para datas posteriores. Desta forma, deve salientar-se que, em 1 de Março de
2012, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, passou a integrar, por fusão, o Hospital Curry Cabral
e a Maternidade Alfredo da Costa, conforme o exposto no Decreto-Lei n.º44/2012, de 23 de Fevereiro
ou ainda a ocorrência da criação do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra resultante da fusão do
Centro Hospitalar de Coimbra com os Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE e o Centro
Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, ocorrida pouco tempo antes de 31 de Dezembro de 2012 e que
impossibilitou uma análise correta e separada do atual CHUC. Uma vez que os inquéritos já foram
respondidos em conjunto, seguiu-se do mesmo modo o seu tratamento.
Simultaneamente, foram desenvolvidas ações de levantamento do enquadramento legislativo e
normativo existente no âmbito do trabalho de forma a coletar neste relatório um conjunto de
documentos dispersos por várias fontes.
Considerou-se igualmente necessário o estabelecimento das definições e conceitos necessários à
normalização do universo em estudo permitindo desta forma caminhar para uma leitura mais coerente
e sistemática.
Foram também pesquisados diferentes fontes nacionais e internacionais passíveis de se utilizar como
fontes de benchmarking (ou avaliação comparativa do desempenho) que permitam estabelecer
padrões comparativos e de avaliação da prestação em unidades de cuidados intensivos.
Os dados foram comparados para avaliação da sua consistência e plausibilidade com estudos
semelhantes publicados nos últimos anos, quer em Portugal quer nos Países Europeus mais próximos
do ponto de vista organizativo e demográfico.
Foram utilizados como referência um conjunto de indicadores preconizados pela Ordem dos Médicos,
pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e pelo Grupo de Qualidade e Segurança da
Sociedade Europeia de Cuidados Intensivos.
45
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Foi projetado aquele que será o cenário expectável de necessidades em 2020 com base nos dados
demográficos fornecidos pelo INE.
Com base no considerado necessário até ao cenário de 2020 e no existente à data de 31 de Dezembro
de 2012 foi possível avaliar aquelas que serão as necessidades nacionais até essa data. Tendo sido
analisadas as necessidades a suprir e considerando as disponibilidades de recursos humanos e o seu
eventual crescimento nos próximos anos foram definidos os cenários desejáveis de evolução para o
período 2015-2016 e 2017-2020.
Decorrente de um conjunto de tópicos e de problemas vários detetados e discutidos ao longo do
trabalho entre os diferentes peritos e de múltiplas sugestões de vários responsáveis de unidades de
cuidados intensivos foi possível elencar um conjunto de recomendações aos mais variados níveis que
podem contribuir decisivamente para melhorar o funcionamento das UCI do ponto de vista da qualidade
e equidade dos cuidados prestados.
A designação Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) nos Hospitais Portugueses no corrente inquérito
deve referir-se exclusivamente a Unidades de níveis II e III devendo ser especificado se se tratam de
unidades polivalentes ou monovalentes. Há no entanto casos em que, dentro de uma UCI de nível III se
encontram camas de nível I sob a mesma gestão e direção (de recursos humanos e materiais).
As UCI de nível I isoladas (também chamadas em alguns países anglo-saxónicos de “zonas quentes”
da enfermaria; têm geralmente mais meios de enfermagem e de monitorização do que as enfermarias
gerais). Não apresentam geralmente quadro próprio, encontrando-se enquadradas nos Serviços em
que se encontram colocadas (e.g. Medicina Interna ou Cirurgia Geral) e não foram abrangidas pelo
presente inquérito.
O questionário elaborado foi dividido em três partes, a primeira constituída por instruções e cada uma
das outras compostas por quatro quadros, sendo que a segunda respeitava às Unidades Hospitalares e
a terceira, especificamente, às Unidades de Cuidados Intensivos.
Na primeira parte do questionário propunham-se a identificação de:
Quadro 2.1 – Unidades Hospitalares (identificação e movimento);
46
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 2.2 – Carteira de Serviços Disponível;
Quadro 2.3 – Técnicas de Diagnóstico possíveis;
Quadro 2.4 – Organização / Apoio Logístico / Outras Atividades existentes.
Na segunda parte caracterizavam-se:
Quadro 3.1 – A Unidade de Cuidados Intensivos (identificação, nível, dimensão e movimento);
Quadro 3.2 – A Tipologia da Monitorização existente;
Quadro 3.3 – As Técnicas Terapêuticas possíveis;
Quadro 3.4 – Os Recursos Humanos afetos.
O inquérito foi enviado a 51 entidades hospitalares públicas ou público-privadas, sendo que duas, o
Centro Hospitalar do Médio Ave e a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (4%), não
responderam, apesar das várias solicitações.
Com as respostas obtidas destas 49 entidades elaborou-se um ficheiro informático.
Comparou-se o tipo de urgência referido como existente nas respostas aos inquéritos com a
classificação dos pontos de rede constantes do Despacho n.º 5414/2008. Não puderam ser
consideradas as unidades que não apresentaram resposta (2).
Inseriram-se campos relativos à Lotação Praticada, Doentes Saídos e Dias de Internamento referentes
às unidades de cuidados intensivos e constantes do SICA.
Fez-se a conferência de especialidades e apôs-se NR (Não Respondido) nos campos das
especialidades que não foram respondidos.
No quadro 2.4 – Caracterização da Unidade Hospitalar - Organização / Apoio Logístico / Outras
Atividades, foram normalizadas as respostas da seguinte forma:
Colunas 4 a 16 – Respostas S ou N. A falta de preenchimento foi marcada de NR;
Colunas 17 e 18 – Se a resposta à coluna 17 foi S, implicou que a coluna 18 ficasse registada
como NA (Não Aplicável). A falta de preenchimento foi marcada de NR;
47
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Colunas 19 e 20 – Se a resposta à coluna 19 foi S, implicou que a coluna 20 ficasse registada
como NA (Não Aplicável). A falta de preenchimento foi marcada de NR;
Coluna 22 – A falta de preenchimento foi marcada de NR;
Coluna 24 – A falta de preenchimento foi marcada de NR.
No quadro 3.1 – Caracterização de cada UCI, foram normalizadas as respostas da seguinte forma:
Colunas 2 a 6 e 17 e 23 – A falta de preenchimento foi marcada de NR;
Foi inserida uma coluna relativa à idoneidade formativa reconhecida pela Ordem dos Médicos;
Colunas 19 e 20 – Se a resposta à coluna 19 foi S, implicou que a coluna 20 ficasse registada
como NA (Não Aplicável). A falta de preenchimento foi marcada de NR;
Colunas 21 a 23 – A falta de preenchimento foi marcada de NR.
No quadro 3.2 - Caracterização de cada UCI - Tipologia da Monitorização, normalizaram-se as
respostas estudando caso a caso.
Para facilidade de análise dos resultados optou-se por dividir a mesma em UCI pediátricos e de adultos
e em cada um desses grupos procedeu-se à análise por ARS.
Considerou-se Equivalente Tempo Completo: Nº de horários semanais de tempo completo, que resulta
da conversão do número total de horas semanais do conjunto de profissionais de saúde da mesma
área, em horários de tempo completo. Assume-se neste estudo como horário de tempo completo 35h
semanais.
Contudo, nem sempre foi possível separar a atividade de cuidados intensivos e intermédios pois cada
vez mais Hospitais utilizam meios técnicos e humanos comuns no tratamento de doentes de nível
diferente, situados frequentemente no mesmo espaço físico e em que o nível dos cuidados prestados é
ajustado a nível local, por vezes diariamente.
No que se refere ao levantamento das tipologias de monitorização foi assumido que eram inquiridas as
tipologias disponíveis na unidade e não no hospital.
Consideram-se camas encerradas as camas inativas à data do inquérito, independentemente do motivo
48
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
(geralmente carência de meios humanos ou menos frequentemente carência de meios materiais).
Atualmente, a grande maioria dos hospitais portugueses pertencentes ao SNS segue a metodologia de
apuramento de custos prevista no Plano Oficial de Contabilidade Analítica do Ministério da Saúde,
onde o propósito final passa por conseguir imputar todos os custos da instituição hospitalar às suas
diversas secções principais. A metodologia usada baseou-se em contabilizar os custos diretos nas
principais rubricas da contabilidade analítica. Optou-se por não recolher os custos indiretos uma vez
que o seu valor é residual e o seu cálculo, sendo indireto, poderia trazer uma grande imprecisão.
49
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
4. ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E NORMATIVO
Aprovação de ciclo de estudos especiais em Medicina Intensiva
Despacho 276/89, DR II série, nº 172 de 28/07/1989.
Despacho que aprovou a realização de ciclo de estudos especiais em Medicina Intensiva sendo
considerado o primeiro passo no reconhecimento da necessidade de diferenciação na área dos
cuidados intensivos
Cuidados Intensivos – Recomendações para o seu desenvolvimento,
Direção Geral de Saúde, 2003
Estas recomendações, foram elaboradas pela Direção-Geral de Saúde, face ao desenvolvimento de
uma das áreas mais marcantes no domínio da medicina, fruto de um excecional desenvolvimento
multidisciplinar não só na área da fisiopatologia e terapêutica, mas também das tecnologias utilizadas –
a Medicina Intensiva, constituindo-se esta, como uma área diferenciada e multidisciplinar das ciências
médicas, que aborda especificamente a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doentes em
condições fisiopatológicas que ameaçam ou apresentam falência de uma ou mais funções vitais, mas
que são potencialmente reversíveis.
A Medicina Intensiva é por natureza multiprofissional e multidisciplinar e tem por objetivo primordial
prevenir a deterioração, suportar e recuperar funções vitais, de molde a criar condições para tratar a
doença subjacente e, por essa via, proporcionar oportunidades para uma vida futura com qualidade.
Para tal, é necessário concentrar competências, conhecimentos e tecnologias em áreas dotadas de
modelos organizacionais e metodologias que as tornem capazes de cumprir aqueles objetivos. É neste
conceito que, após o levantamento de recursos, é definida uma arquitetura de rede.
Critérios de admissão por consenso à subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediátricos,
Revista da Ordem dos Médicos, Ano 19 – nª 34 - Março/Abril 2003
O CNE da Ordem dos Médicos deliberou a criação de novas Subespecialidades pediátricas, entre as
quais a de Cuidados Intensivos Pediátricos e definiu os respetivos critérios de admissão por consenso.
50
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Documento Orientador de formação em Medicina Intensiva,
Revista da Ordem dos Médicos, Ano 19, Nº 35, Maio de 2003
Elaborado pelo Colégio de Subespecialidade de Medicina da Intensiva da Ordem dos Médicos,
aprovado pelo Conselho Nacional Executivo /CNE) da OM e publicado em Março de 2007. Regula a
formação e acreditação em Medicina Intensiva (de adultos).
Tem sido sujeito a várias alterações, encontrando-se neste momento em fase de revisão e
incorporação das alterações entretanto aprovadas pelo CNE.
Transporte de Doentes Críticos – Recomendações,
Ordem dos Médicos (Comissão de Competência em Emergência Médica) e Sociedade Portuguesa de
Cuidados Intensivos, 2008
Em 2005, a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos avançou com um projeto de atualização do
“Guia de Transporte de Doentes Críticos”. Reconhecendo o trabalho já realizado nesta matéria pela
Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e o interesse da colaboração da Ordem dos Médicos
com as Sociedades Científicas, foi aceite a elaboração de um documento conjunto, para apreciação. A
Comissão da Competência em Emergência Médica, necessariamente interessada neste assunto,
propôs ao Conselho Nacional Executivo que o documento fosse reconhecido pela Ordem dos Médicos
que tendo elaborado um documento desta natureza, ia ao encontro das preocupações de todos os
Médicos que, no seu quotidiano, se veem confrontados com a decisão de transferir doentes graves ou
críticos.
Licenciamento de unidades privadas de saúde,
Decreto-Lei n.º 279/2009, de 6 de outubro de 2009
O Decreto-Lei n.º 13/93, de 15 de Janeiro, que regulava a criação e fiscalização das unidades privadas
de saúde, regulamentado pelo Decreto Regulamentar n.º 63/94, de 2 de Novembro, que estabelecia os
requisitos relativos a instalações, organização e funcionamento das unidades privadas de saúde, teve
como objetivo garantir que a prestação de cuidados de saúde pelo sector privado se realizava com
respeito pelos parâmetros mínimos de qualidade, quer no plano das instalações, quer no que diz
respeito aos recursos técnicos e humanos utilizados. Aquele objetivo, veio a verificar-se ser de difícil
implementação por força das regras estabelecidas no seu articulado. Por tudo isto, tornou-se inevitável
construir um novo modelo de licenciamento de unidades privadas de serviços de saúde, que permitisse
51
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
garantir que se verificam os requisitos mínimos necessários para que seja assegurada a qualidade dos
serviços prestados no sector privado, com ou sem fins lucrativos. O procedimento previsto neste
decreto-lei foi simplificado, assumindo os agentes a responsabilidade pelo cumprimento dos requisitos
técnicos exigidos para cada tipologia. A existência de um procedimento simplificado não significa que
tenha havido uma facilitação no cumprimento dos requisitos técnicos, ou que a Administração tenha
adotado uma postura menos rigorosa na exigência de qualidade. Tratou-se, apenas, de reconhecer a
existência de menor complexidade tecnológica relativamente a algumas tipologias de unidades
privadas de serviços de saúde, que, por isso, implicam um procedimento administrativo mais leve.
Normas de Boa Prática em Trauma – Grupo de Trabalho de Trauma e Competência em
Emergência Médica
Ordem dos Médicos. 2009 (ISBN 978-972-99348-8-9)
Elaborado por um conjunto de peritos do Grupo de Trabalho de Trauma da Competência em
Emergência Médica da Ordem dos Médicos, contou com a colaboração adicional de outros peritos
convidados. Revê e propõe um conjunto de boas práticas a seguir no doente traumatizado, desde a
estrutura organizacional, à avaliação e transporte do doente politraumatizado. Incluí proposta de folha
de registo para todo o doente crítico transportado.
Criação e Implementação da Via Verde de Sépsis (VVS),
Circular Normativa Nº: 01/DQS/DQCO de 06/01/2010, Direção-Geral de Saúde, 2010
A implementação de um protocolo terapêutico de Sépsis permite não só diminuir a mortalidade, mas,
também, uma redução substancial dos custos para as instituições. Uma implementação alargada
destes protocolos terapêuticos representa um meio potencial para a melhoria da utilização dos recursos
existentes, com contenção simultânea dos custos. Foram estas, as principais razões que levaram à
criação e implementação da Via Verde de Sépsis.
Criação e implementação de uma Equipa de Emergência Intra-Hospitalar (EEMI),
Circular normativa Nº 15/DQS/IDQCO de 22/6/2010, Lisboa, Direção-Geral de Saúde
Determina a criação e os modelos possíveis de funcionamento das EEMI, no sentido de dotar os
Hospitais de meios para a avaliação, tratamento e se necessário – transferência de doentes internados,
que desenvolvem situações de paragem cardíaca eminente ou estabelecida bem como de deterioração
52
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
dos parâmetros vitais. Baseada sempre que possível nos Intensivistas dos hospitais em colaboração
com os enfermeiros respetivos, embora possa integrar profissionais de outras especialidades.
Recomendações técnicas para Instalações de Unidades de Saúde,
Portaria n.º 290/2012, de 24 de Setembro
Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e
instalações técnicas para o exercício da atividade das unidades privadas que tenham por objeto a
prestação de serviços de saúde e que disponham de internamento
Critérios de admissão à subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediátricos,
Revista da Ordem dos Médicos, ano 29, nº 146, Dezembro de 2013
Após admissão por consenso à subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediátricos realizada em
2003 as sucessivas Direções do Colégio da subespecialidade de cuidados intensivos pediátricos da
ordem dos Médicos deveriam ter apresentado modelo de acesso à subespecialidade, o que só agora
se veio a verificar. Neste documento foram aprovados e publicitados os critérios de admissão à
subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, a aplicar a partir desta data e de uma forma
continuada.
Regulamento do funcionamento/ Gestão do Transporte Inter-hospitalar Pediátrico, Despacho nº
1393/2013 – DR 2ª série, nº 16 de 23 de Janeiro de 2013
A atividade de Emergência Médica tem um largo espectro de abrangência, desde o pré-hospitalar aos
cuidados intensivos, passando pela prestação de cuidados em Serviços de Urgência e pelo transporte
inter-hospitalar de doentes críticos. A sua articulação, integração e continuidade, aliadas a um
significativo conjunto de conhecimentos e competências comuns, são fundamentais para o sucesso de
toda a cadeia de cuidados de emergência médica.
Tendo em consideração a formação específica agregada à experiência na abordagem de crianças
criticamente doentes, a necessária manutenção de competências técnicas de elevado grau de
complexidade e especificidade, a margem potencial de ganhos de eficiência de gestão, tanto nas
unidades de cuidados intensivos neonatais/pediátricas como na atividade de transporte inter-hospitalar,
entendeu-se com este regulamento que a integração dos meios de TIP do INEM, pode constituir um
importante contributo na constituição e consolidação das equipas das unidades de cuidados intensivos,
53
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
garantindo uma capacidade de resposta acrescida e mais adequada às necessidades dos utentes
criticamente doentes em idade pediátrica. Com este regulamento, uniformizou-se e integrou-se a nível
nacional uma gestão altamente diferenciada do Transporte Inter-hospitalar Pediátrico nas unidades de
cuidados intensivos neonatais e/ou pediátricos de referência.
Âmbito de ação da ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico,
Despacho nº 4651/2013 – DR 2ª série, nº 65 de 3 de Abril de 2013
A atividade de Emergência Médica abrange a área de cuidados, desde os pré-hospitalares aos
cuidados intensivos, passando pela prestação de cuidados em Serviços de Urgência e pelo transporte
inter-hospitalar de doentes críticos. Considerando a possibilidade de eventuais alterações nos serviços
onde funciona o modelo TIP, importou clarificar, no sentido de considerar abrangidos no conceito de
unidades de cuidados intensivos neonatais e/ou pediátricos, os serviços de urgência pediátricos.
Sistema Integrado de Emergência Médica ao nível da responsabilidade hospitalar e sua
interface.
Despacho n.º 10319/2014 – DR 2ª série, nº 153 de 11 de Agosto de 2014
São definidas a estrutura física, logística e de recursos humanos dos SU, de forma a responder ao
doente urgente e emergente, e é definida a formação dos profissionais da Rede de Serviços de
Urgência. Procura -se, ainda, a integração crescente dos sistemas Pré – Hospitalar e Hospitalar de
Urgência, num Sistema de Urgência único e integrado - o Sistema Integrado de Emergência Médica
(SIEM) -, privilegiando o aproveitamento das infraestruturas existentes e dos centros de qualidade já
constituídos.
55
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
5. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Torna-se necessário definir critérios claros e concisos de forma a garantir uma análise rigorosa e
fidedigna de forma a permitir projeções realistas e poder vir a garantir a melhor cobertura em cuidados
intensivos a todos os portugueses. Assim, entende-se por:
Âmbito de atividade assistencial de medicina intensiva
A medicina intensiva é uma designação cujo âmbito de aplicação é fundamentalmente nas UCI,
embora por vezes se estenda a outras áreas hospitalares (urgências, salas de reanimação, reanimação
(intra-hospitalar) ou extra-hospitalares (emergência extra-hospitalar e transporte inter-hospitalar)).
Camas encerradas
Designam-se camas encerradas por sobredimensionamento quando a capacidade instalada excede a
necessária atualmente e são assim classificadas de acordo com a avaliação do respetivo Conselho de
Administração e pela capacidade legal que lhes é atribuída1. As razões podem ser múltiplas, como por
exemplo o real excesso de capacidade instalada decorrente de alteração das necessidades locais por
transferência de doentes decorrentes de alteração de referenciação com consequente diminuição das
necessidades. Constitui um problema relevante por traduzir uma utilização subótima de recursos e que
resulta de uma má programação de afetação de recursos compaginados com as necessidades.
Dias de internamento/tempo de internamento num período
Total de dias utilizados por todos os doentes internados, nos diversos serviços de um estabelecimento
de saúde com internamento, num período, excetuando os dias das altas dos mesmos doentes nesse
estabelecimento de saúde. Não são incluídos os dias de estada em berçário ou em serviço de
observação de serviço de urgência.
1Lei nº 27/2002, de 8 de novembro, Capítulo II, Secção I, art.º 12º nº 1 – Compete ao MS com faculdade de delegação na ARS: g) Criar, extinguir ou modificar departamentos, serviços e unidades hospitalares. DL nº 188/2003, de 20 de agosto, Capítulo II Secção II, Subsecção I, art.º 6º c) – compete ao CA definir as linhas de orientação a que devem obedecer a organização e o funcionamento do hospital nas áreas clínicas e não clínicas, propondo a criação de novos serviços, sua extinção ou modificação e alteração da sua lotação. :DL nº 233/2005, de 29 de dezembro, alterado e republicado pelo DL nº 244/2012, de 9 de novembro, capítulo II, secção I, art.º 7º, c) compete ao CA definir as linhas de orientação a que devem obedecer a organização e o funcionamento do hospital E.P.E., nas áreas clínicas e não clínicas, propondo a criação de novos serviços, sua extinção ou modificação
56
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Este conceito é também aplicável a um só serviço de especialidade / valência do internamento dum
estabelecimento de saúde.
Fonte: Direção-Geral de Saúde
Doentes saídos de um estabelecimento de saúde num período
Doentes que deixaram de permanecer internados num estabelecimento de saúde, num período.
O mesmo indivíduo pode ser admitido diversas vezes no ano, devendo todas as altas ser contadas,
uma vez que se trata da contagem global de saídas e não de indivíduos per si.
Fontes: Direção-Geral de Saúde e Instituto Nacional de Estatística, I.P.
Idoneidade para formação em Medicina Intensiva
Atribuída pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos após visita presencial e análise das
características à UCI por Comissão nomeada para o efeito, classifica-as em três níveis:
A. Sem idoneidade para a formação, sendo apenas reconhecidos e acreditados para a prática de
Medicina Intensiva pela Ordem dos Médicos;
B. Reconhecidos e acreditados para a prática, treino e formação em Medicina Intensiva para Internos
em formação específica em conformidade com os requisitos delineados; as idoneidades podem ser,
provisórias (atribuídas por menos de 5 anos e pendentes de alterações em curso) e completas
(possuindo todas as valências formativas requeridas) ou definitivas (atribuídas por 5 anos) e
completas ou parciais (atribuídas apenas a algumas valências formativas requeridas).
C. Reconhecidos e acreditados para a prática, treino e formação de Internos em formação específica e
de Intensivistas, em conformidade com os requisitos delineados no documento orientador de
formação em Medicina Intensiva.
As idoneidades podem ser, provisórias (atribuídas por menos de 5 anos e pendentes de alterações em
curso) ou definitivas e completas (possuindo todas as valências formativas requeridas) ou parciais
(atribuídas apenas a algumas valências formativas).
A lista de Idoneidades formativas bem como o nº máximo de Internos e Especialistas em formação
específica de Medicina Intensiva é definido anualmente pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem
dos Médicos sob proposta do colégio de Medicina Intensiva e comunicado anualmente ao CNMI e à
ACSS.
57
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
As idoneidades podem ser dadas a grupos cooperativos de UCI, habitualmente pertencentes ao
mesmo grupo hospitalar ou departamento, embora existam exceções, em que hospitais diferentes se
agregam de modo protocolado, com programas formativos comuns ou complementares que cumpram o
estipulado pela OM, de modo a poder cumprir os requisitos formativos da OM.
As idoneidades podem ser completas ou parciais; são atribuídas habitualmente pelo prazo de 5 anos
embora possam ser provisórias.
Fonte: documento orientador da Ordem dos Médicos, aprovado pelo CNE em 3/2007)
Intensivista (Subespecialista em Medicina Intensiva pela Ordem dos Médicos)
Médico acreditado pela Ordem dos Médicos (CNE) com a subespecialidade multidisciplinar de
Medicina Intensiva, após período de treino segundo as regras em vigor (24 meses de Medicina
Intensiva em Unidade nível C ou 5 Anos em Unidade nível B complementado por período de treino não
inferior a 3 meses em Unidade nível C e capacidade de se propor a exame tal como atestado pelo
respetivo diretor) após obtenção da especialidade primária e aprovação em exame final nacional.
Este título pode dado por equiparação pelo CNE a cidadãos de outros países que preencham os
requisitos legais para o efeito de acordo com as Diretivas Comunitárias em vigor.
Lotação Praticada
Número de camas (incluindo berços de neonatologia e de pediatria) disponíveis e apetrechadas para
internamento imediato de doentes, discriminadas por especialidade / valências num estabelecimento de
saúde.
Excluem-se as camas do berçário, da Urgência, do recobro e dos hospitais de dia, nomeadamente da
hemodiálise. Este valor resulta da média aritmética do número de camas contadas no último dia de
cada trimestre do ano.
Fontes: Direção-Geral de Saúde e Instituto Nacional de Estatística, I.P.
Medicina Intensiva
Área multidisciplinar e diferenciada das Ciências Médicas que aborda especificamente a prevenção,
diagnóstico e tratamento de situações de doença aguda potencialmente reversíveis, em doentes que
apresentam falência de uma ou mais funções vitais, eminente(s) ou estabelecida(s).
Fonte: Documento orientador da Ordem dos Médicos, aprovado pelo CNE em 03/2007
58
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Níveis das Unidades de Cuidados Intensivos
Tendo em conta o paradigma europeu, é comum estabelecer três níveis de UCI (que podem e devem
coexistir na mesma unidade hospitalar), de acordo com o nível de cuidados prestados, as técnicas
utilizadas e as valências disponíveis.
Unidade de Nível I
Visa, basicamente, a monitorização, normalmente não invasiva ou minimamente invasiva de
doentes em risco de desenvolver disfunção/falência de órgão. Pressupõe a capacidade de
assegurar as manobras de reanimação e a articulação com outras Unidades de nível superior.
É também chamada de Unidade de Cuidados Intermédios.
Unidade de Nível II
Tem capacidade de monitorização invasiva e de suporte de funções vitais; pode não
proporcionar, de modo ocasional ou permanente, acesso a meios de diagnóstico e
especialidades médico-cirúrgicas diferenciadas (neurocirurgia, cirurgia torácica, cirurgia
vascular), pelo que se deve garantir a sua articulação com Unidades de nível superior. Deve ter
acesso permanente a médico com preparação específica. Tendem, nos últimos anos, a serem
fundidas funcionalmente – ou trabalharem integradas – em UCI de nível III.
Unidade de Nível III
Corresponde aos denominados Serviços de Medicina Intensiva//Unidades de cuidados
intensivos, que devem ter, preferencialmente, quadros próprios ou, pelo menos, equipas
funcionalmente dedicadas (médica e de enfermagem), assistência médica qualificada, por
intensivista, em presença física nas 24 horas; pressupõe a possibilidade de acesso aos meios
de monitorização, diagnóstico e terapêutica, necessários; deve dispor ou implementar medidas
de controlo contínuo de qualidade e ter programas de ensino e treino em cuidados intensivos;
Deve constituir o Serviço ou Unidade exigida aos hospitais com Urgência Polivalente.
Nas Unidade de Cuidados Intensivos a relação médico especialista número de camas de cuidados
intensivos, deverá ter em linha de conta o nível de intervenção em cada Unidade.
A UCI assume a responsabilidade por todas as decisões referentes aos doentes que lhe são confiados,
59
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
designadamente critérios de admissão e alta, planificação e hierarquização de tratamentos assim como
a definição dos limites de intervenção terapêutica. Esta responsabilidade deve ser assumida, sem
prejuízo da necessária articulação com o médico assistente e informação da família (ou do próprio
doente quando competente) e profissionais com responsabilidade no tratamento dos doentes e em
funções na UCI.
Fonte: documento orientador da Ordem dos Médicos, aprovado pelo CNE em 3/2007.
Quarto de isolamento
Para diagnóstico, tratamento e assistência a doentes críticos ou semicríticos, contagiosos ou
imunodeprimidos.
Com adufa (SAS) de entrada, incluindo lavatório (não substitui o lavatório na box), espaço para luvas e
roupa especial. Na entrada deve haver suporte para informação sobre o tipo de isolamento necessário
para o doente. Deve possibilitar pressão positiva ou negativa.
Fonte: ACSS
Referenciação primária, secundária e terciária
Primária
Corresponde a referenciação do doente do local do exterior ou de uma unidade de saúde para
uma unidade de saúde com capacidade de garantir os cuidados necessários.
Secundária
Ocorre de uma unidade de saúde para outra por falta de meios necessários e de acordo com
uma rede pré-estabelecida.
Terciária
Corresponde a uma referenciação para um centro de elevada diferenciação e de grande
volume.
60
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Total Serviços Internamento de Agudos
Não são considerados os seguintes serviços: Berçário, Quartos Particulares, Lar de Doentes, Cuidados
Paliativos na Rede, Psiquiatria - Curta Duração, Psiquiatria - Residentes, Psiquiatria - Reabilitação
Psicossocial e Psiquiatria - Forenses. O Total Serviços Internamento de Agudos inclui o valor das UCI.
Fonte: ACSS
Transporte urgente primário, secundário e terciário:
Primário
Transporte da vitima entre o domicilio ou local de incidente e uma unidade de saúde com os
cuidados diferenciados necessários, sendo normalmente da responsabilidade do INEM.
Secundário ou inter-hospitalar
O transporte ocorre entre hospitais no sentido do menos diferenciado para o mais
diferenciado. O transporte é da responsabilidade da unidade que envia o doente.
Terciário
Ocorre entre hospitais e em especial entre unidades de cuidados intensivos para unidades com
cuidados altamente diferenciadas. Um exemplo é o que se passa no transporte de doentes
para unidades com disponibilidade de ECMO. A responsabilidade do transporte é normalmente
da unidade que recebe o doente.
Unidade de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
Unidades destinadas ao suporte peri operatório de doentes submetidos a intervenções do âmbito da
cirurgia cardiotorácica. Geralmente integradas nos respetivos serviços e salvo raríssimas exceções não
dispondo da colaboração ou do treino proporcionado pela medicina intensiva, ao contrário da
generalidade dos países europeus.
Unidade de Cuidados Intensivos Coronários
Unidade dedicada à prestação de cuidados intensivos no domínio cardiológico, incluindo enfarte agudo
de miocárdio, insuficiência cardíaca avançada e apoio a intervenção hemodinâmica.
61
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Unidade de Cuidados Intensivos e Serviços de Medicina Intensiva
Espaço em que se concentram os meios humanos e técnicos necessários à monitorização e tratamento
dos doentes com falência de órgão eminente ou estabelecida, potencialmente reversível.
Consideraram-se ambas as designações, pois existe uma diversidade organizacional marcada no que
diz respeito à Medicina Intensiva em Portugal, com unidades funcionando de modo independente, sem
ou com estatuto de serviço próprio e independente (e.g. Centro Hospitalar do Funchal), incluídas ou
não num determinado departamento (e.g. com o Serviço de urgência (e.g. CHLC, CH São João e
CHUC) ou mais raramente com o Serviço de Anestesiologia e Urgência Geral (e.g. Centro Hospitalar
do Porto) ou de Medicina Interna (e.g. Hospital da Luz).
As UCI reconhecem-se pela sua identidade, missão e liderança. Devem possuir um corpo clínico
próprio (quadro dedicado) a tempo inteiro quer no seu horário normal de funcionamento quer
progressiva e desejavelmente nos períodos de urgência, a fim de se atingir uma cobertura autónoma 7
dias por semana, 24 horas por dia (logo que possível). Devem possuir médico(s) e enfermeiro(s) em
regime de permanência 24 horas/dia, preferencialmente acreditados para a prática da Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos (Ordem dos Médicos, documento orientador de formação em
Medicina Intensiva, 3/2007).
Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Serviços de Medicina Intensiva Pediátrica
Serviço para internamento de doentes com idades compreendidas entre 1 mês e os 18 anos de idade,
com doenças graves e potencialmente reversíveis, que podem beneficiar de uma observação mais
detalhada daquela que habitualmente está disponível em enfermarias gerais (NHS executivo, 1997).
Unidade de Queimados
Unidades especializadas, geralmente integradas em Serviços de Cirurgia plástica e com características
muito próprias, geralmente fora do âmbito de conhecimentos e práticas do Intensivista não
subespecializado.
Dependem na sua maioria de unidades polivalentes para tratamento de disfunções/falências de órgão
adicionais, pelo que não têm geralmente equipamento (ou habilitações para o seu uso) na maioria dos
casos.
62
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Unidades monovalentes e polivalentes
Quando mais de 90% dos episódios de internamento se referem a uma única especialidade médica ou
cirúrgica devem ser designadas de monovalentes; devem todavia cumprir todos os outros critérios
para serem classificadas como UCI de nível III, nomeadamente no que respeita aos profissionais
existentes, à relação enfermeiro/doente e à possibilidade de monitorizar e tratar falências de órgão
adicionais mesmo que de forma temporária. As restantes devem ser designadas polivalentes. Assim,
embora vocacionadas para um determinado grupo nosológico, muitas unidades ditas “monovalentes”
podem ser consideradas de “polivalentes” desde que possua a distribuição de case-mix e o
conhecimento e recursos, técnicos e humanos, necessários ao tratamento do doente agudo grave,
independentemente da sua tipologia.
63
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
6. ENQUADRAMENTO HOSPITALAR
O universo hospitalar continental do SNS contava, no final de 2012, com cinquenta e duas entidades
hospitalares, repartidas geograficamente, da seguinte forma por ARS:
Quadro 1. Número de Instituições por ARS
ARS Nº de Instituições
ARS Alentejo 4
ARS Algarve 3
ARS Centro 13
ARS LVT 16
ARS Norte 16
Total 52
Relativamente ao estatuto das instituições existentes, verifica-se que a grande maioria (77%) são,
entidades públicas empresariais (E.P.E.), dotadas de autonomia administrativa, financeira e patrimonial
e regendo-se pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais. No conjunto das
E.P.E., contam-se 8 Unidades Locais de Saúde (ULS).
São instituições hospitalares especializadas, pertencentes à rede do SNS, os três Institutos de
Oncologia, localizados nas zonas norte, centro e sul do país, duas instituições psiquiátricas (Hospital de
Magalhães Lemos, EPE e Centro Hospitalar e Psiquiátrico de Lisboa), e dois Centros de Medicina
Física e de Reabilitação (Centro Medicina Física e de Reabilitação Rovisco Pais e Centro de Medicina
Física e de Reabilitação do Sul, PPP).
No sector público administrativo, permanecem sete instituições, pertencentes às ARS Centro e LVT.
São cinco as instituições em regime de parceria público privada (PPP), pertencendo uma à ARS Norte
(Hospital de Braga PPP), três à ARS LVT (Hospital de Cascais PPP, Hospital de Vila Franca de Xira
64
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
PPP e Hospital Beatriz Ângelo) e uma à ARS Algarve (Centro de Medicina Física e de Reabilitação do
Sul).
A estrutura hospitalar do SNS é a apresentada nas tabelas seguintes:
Quadro 2. Instituições por Estatuto
ARS Estatuto Instituições Nº de
Instituições
Ale
ntej
o
EPE
Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E.
4 Hospital do Litoral Alentejano, E.P.E.
ULS Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, E.P.E.
Alg
arve
EPE Hospital de Faro, E.P.E.
2 Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, E.P.E.
PPP Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul 1
Cen
tro
SPA
Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede)
4 Hospital Dr. Francisco Zagalo (Ovar)
Hospital José Luciano de Castro (Anadia)
Centro Medicina de Reabilitação Rovisco Pais
EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E.
9
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E.P.E.
Instituto Português de Oncologia de Coimbra, E.P.E.
Hospital Distrital Figueira da Foz, E.P.E.
Centro Hospitalar Leiria-Pombal, E.P.E.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
ULS Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.
Lisb
oa e
Val
e do
Tej
o
SPA
Centro Hospitalar do Oeste (CHON + CHTV)
3 Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
EPE
Centro Hospitalar Lisboa Central EPE (c/ HCC+MAC)
10
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E.
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.
Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E.
65
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Estatuto Instituições Nº de
Instituições
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E.
Hospital Distrital de Santarém, E.P.E.
Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, E.P.E.
PPP
Hospital de Cascais PPP
3 Hospital de Vila Franca de Xira PPP
Hospital Beatriz Ângelo, PPP
Nor
te EPE
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, E.P.E
15
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E.
Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E.
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, E.P.E.
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E.
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
Centro Hospitalar de São João, E.P.E.
Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
Hospital de Magalhães Lemos , E.P.E.
Hospital Santa Maria Maior, E.P.E.
ULS
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E.
Unidade Local do Nordeste, E.P.E.
PPP Hospital de Braga, PPP 1
66
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 3. Número de Instituições por Estatuto
ARS Número de Instituições
Total EPE 40
das quais ULS 8
Total SPA 7
Total PPP 5
Total 52
Fonte: GeoSaúde
Figura 1. Mapa com a localização dos Hospitais pertencentes ao SNS por Região de Saúde
67
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7. CARATERIZAÇÃO DAS UNIDADES HOSPITALARES E DAS UNIDADES DE CUIDADOS
INTENSIVOS
7.1. CARACTERIZAÇÃO NACIONAL
De um universo de 51 unidades inquiridas e das 49 que responderam ao inquérito existem UCI em 36.
Relativamente às 36 unidades hospitalares que responderam ao questionário e que possuem UCI, o
respetivo perfil, por ARS, é o seguinte:
Figura 2. Número de Unidades de Cuidados Intensivos por ARS
Nota: UCI Pediátricos – inclui uma unidade de cuidados intermédios na dependência direta de uma UCI
na ARS LVT e outra na ARS Norte. Na prática este número deve ser lido como correspondente a 8
unidades;
UCI Polivalentes - inclui uma unidade de cuidados intermédios na dependência direta de uma UCI na
ARS do Algarve, duas na ARS LVT e três na ARS Norte
No que se refere ao número de camas de nível II e III por ARS a sua distribuição é a seguinte:
0 1 1 5 3
10
3 3 8
28
19
61
0 1
8 9 9
27
0
10
20
30
40
50
60
70
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do
Tejo
Norte Portugal Continental
Nº de UCI Pediátricos (Nível I, II e III)
Nº de UCI Polivalentes (Nível I, II e III)
Nº de UCI Monovalentes (Coronários, Cardiotorácicos e Queimados - Nível I, II e III)
68
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 3. Número de Camas de Nível II e III por ARS
Se considerarmos a população servida por estas unidades há que considerar dois grandes grupos
populacionais: a população com mais de 28 dias e menos de 18 anos (NOTA – A população aqui
considerada refere-se à população com menos de 18 anos, não exclui a população até aos 28 dias) e
que é servida pelas unidades pediátricas e a população com mais de 18 anos e que é servida pela
pelas unidades de adultos.
Figura 4. População Residente por ARS
0 3 12 27 12 54
20 28 65
205 149
467
0 6 32
74 62
174
20 37
109
306
223
666
0
100
200
300
400
500
600
700
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Nº de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III)
Nº de Camas de UCI Polivalentes (Nível II e III)
Nº deCamas de UCI Monovalentes (Coronários, Cardiotorácicos e Queimados - Nível II e III) Total
80.3
08
80.3
02
285.
295
668.
771
681.
859
1.79
6.53
5
429.
541
370.
704
1.45
1.92
1
2.99
1.09
7
3.00
7.82
3
8.25
1.08
6
509.
849
451.
006
1.73
7.21
6
3.65
9.86
8
3.68
9.68
2
10.0
47.6
21
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
População Residente com Menos de 18 anos
População Residente com 18 e mais anos
Total da População Residente
69
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 5. População Residente Adulta por ARS
Importa igualmente relevar na população adulta qual a componente desse total que tem mais de 65
anos considerando-a como uma população que é tida como alvo preferencial das unidades
polivalentes.
Podemos pois analisar a relação entre a população abrangida por estas unidades e qual a relação
nacional e regional com o número de camas disponíveis, considerando a totalidade de camas de nível
II e III. Nesta análise opta-se por não incorporar as camas de unidades monovalentes pelas
especificidades que elas têm, não podendo deixar, no entanto de referir, que estas camas são
conceptualmente camas de cuidados intensivos.
301.
114
282.
935
1.05
8.58
3
2.29
4.28
2
2.37
6.38
4
6.31
3.29
8
128.
427
87.7
69
393.
338
696.
815
631.
439 1.
937.
788
429.
541
370.
704
1.45
1.92
1
2.99
1.09
7
3.00
7.82
3
8.25
1.08
6
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9.000.000
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
População Residente com 18 a 64 anos
População Residente com 65 e mais anos
População Residente com 18 e mais anos
70
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 4. Camas de UCI Pediátricos e Polivalentes de Nível III, por 100.000 Habitantes e por ARS
ARS
População Residente
com Menos de 18 anos
População Residente com 18 e
mais anos
Total da População Residente
Camas de UCI
Pediátricos (Nível III)
Camas de UCI
Polivalentes (Nível II +
III)
Camas de UCI
Pediátricos (Nível III)
por 100.000
Habitantes com
menos de 18 anos
Camas de UCI
Polivalentes (Nível II +
III) por 100.000
Habitantes com 18 e
mais anos
Alentejo 80.308 429.541 509.849 0 20 0,0 4,66
Algarve 80.302 370.704 451.006 0 28 0,0 7,55
Centro 285.295 1.451.921 1.737.216 12 65 4,2 4,48
Lisboa e Vale do Tejo
668.771 2.991.097 3.659.868 17 176 2,5 5,88
Norte 681.859 3.007.823 3.689.682 12 149 1,8 4,95
Portugal Continental
1.796.535 8.251.086 10.047.621 41 438 2,3 5,30
Figura 6. Camas de UCI Pediátricos de Nível III e Polivalentes de Nível II e III, por 100.000 Habitantes e por ARS
No que se refere às camas de unidades monovalentes a sua distribuição é a seguinte:
0,0 0,0
4,2
2,5
1,8 2,3
0,0
7,6
2,0
5,2
4,0 4,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Camas de UCI Pediátricos (Nível III) por 100.000 Habitantes com menos de 18 anos
Camas de UCI Polivalentes (Nível III) por 100.000 Habitantes com 18 e mais anos
71
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 5. Número de Camas por Tipo de Unidade Monovalente e por ARS
ARS
Nível das UCI
Coronários
Nº de Camas de Cuidados Intensivos Coronários
Unidades de UCI Cardiotorácicos
(Nível III)
Nº de Camas de UCI
Cardiotorácicos
(Nível III)
Nível das Unidades
de Queimados
Nº de Camas Cuidados Intensivos
de Queimados
I II III Nível
I Nível
II Nível
III Total III NR
Nível III
NR Total
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 0 0 1 0 0 6 6 0 0 0 0 0 0 0
Centro 2 2 2 15 10 11 36 1 6 1 0 5 0 5
Lisboa e Vale do Tejo
1 1 3 6 10 31 47 2 21 1 1 5 7 12
Norte 1 3 2 8 23 14 45 2 20 1 0 5 0 5
Portugal Continental
4 6 8 29 43 62 134 5 47 3 1 15 7 22
Importa também perceber de forma global qual a relação entre camas de agudos e camas de cuidados
intensivos polivalentes.
Quadro 6. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes (Nível II e III) por ARS e Relação com Camas de Agudos de Adultos
ARS Nº de
Camas de Agudos
Nº de Camas de UCI Polivalentes % de Camas de UCI Polivalentes (Nível II e
III) por Camas de Agudos de Adultos
Nível II Nível III Total
Alentejo 900 20 0 20 2,2%
Algarve 838 0 28 28 3,3%
Centro 4.699 36 29 65 1,4%
Lisboa e Vale do Tejo
7.563 19 157 176 2,3%
Norte 6.574 29 120 149 2,3%
Portugal Continental
20.574 104 334 438 2,1%
72
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 7. Percentagem de Camas de UCI Polivalentes (Nível II e III) por Camas de Agudos de Adultos
Quadro 7. Número de Quartos de Isolamento das UCI Polivalentes por ARS
ARS Nº de Quartos de
Isolamento
Alentejo 2
Algarve 4
Centro 11
Lisboa e Vale do Tejo 25
Norte 30
Portugal Continental 72
Quadro 8. Camas de Cuidados Intensivos Pediátricos (Nível II e III) por ARS e Relação com Camas de Agudos Pediátricas
ARS
Nº de Camas de Agudos
Pediátricas
Nº de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III)
% de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III) por
Camas de Agudos Nível II Nível III Total
Alentejo 43 0 0 0 0,0%
Algarve 68 3 0 3 4,4%
Centro 217 0 12 12 5,5%
2,2%
3,3%
1,4%
2,3% 2,3% 2,1%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
4,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do
Tejo
Norte Portugal Continental
73
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nº de Camas de Agudos
Pediátricas
Nº de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III)
% de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III) por
Camas de Agudos Nível II Nível III Total
Lisboa e Vale do Tejo
476 10 17 27 5,7%
Norte 373 0 12 12 3,2%
Portugal Continental
1.117 13 41 54 4,6%
Figura 8. Percentagem de Camas de UCI Pediátricos (Nível II e III) por Camas de Agudos Pediátricas
No que se refere à taxa de ocupação das diferentes unidades os seus valores mínimos e máximos por
ARS são os seguintes:
0,0%
4,4%
5,5% 5,7%
3,2%
4,6%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do
Tejo
Norte Portugal Continental
74
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 9. Valor Mínimo e Máximo da Taxa de Ocupação das UCI Pediátricos
ARS
Taxa de Ocupação
Valor Mínimo
Valor Máximo
Alentejo 0 0
Algarve 58,6% 58,6%
Centro 70,9% 70,9%
Lisboa e Vale do Tejo 58,6% 100,2%
Norte 67,2% 71,9%
A média da Taxa de Ocupação das UCI Pediátricos de Portugal Continental é de 68,9%.
Quadro 10. Valor Mínimo e Máximo da Taxa de Ocupação das UCI Polivalentes
ARS
Taxa de Ocupação
Valor Mínimo
Valor Máximo
Alentejo 57,2% 60,5%
Algarve 67,9% 101,4%
Centro 61,5% 81,3%
Lisboa e Vale do Tejo 27,1% 99,6%
Norte 39,9% 130,0%
A média da Taxa de Ocupação das UCI Polivalentes de Portugal Continental é de 75,6%
Complementarmente ao indicador acima referido releva-se o conhecimento da taxa de ocupação das
diferentes ARS, bem como o número de doentes saídos por cama.
75
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 11. Taxa de Ocupação e Doentes Saídos por Cama das UCI Pediátricos, por ARS
ARS
Doentes Saídos por
Cama de UCI Pediátricos
Taxa de Ocupação
Alentejo 0 0
Algarve 15,6 58,6%
Centro 37,1 70,9%
Lisboa e Vale do Tejo 51,3 69,8%
Norte 41,6 69,0%
Portugal Continental 36,6 66,6%
Quadro 12. Taxa de Ocupação e Doentes Saídos por Cama das UCI Polivalentes, por ARS
ARS
Doentes Saídos por
Cama de UCI Polivalentes
Taxa de Ocupação
Alentejo 28,3 58,6%
Algarve 48,1 79,1%
Centro 26,1 74,3%
Lisboa e Vale do Tejo 45,4 78,0%
Norte 40,8 74,2%
Portugal Continental 40,7 75,6%
7.2. CARACTERIZAÇÃO POR REGIÃO DE SAÚDE
7.2.1. ARS ALENTEJO
Das entidades que responderam ao questionário, a ARS do Alentejo incorpora 3 com UCI para um total
de 509.849 residentes de acordo com o Censos de 2011, dos quais 80.308 têm menos de 18 anos
(15,8%). Estas entidades agregam 682 camas de agudos que permitiram tratar em regime de
76
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
internamento 25.198 doentes, o que garante um ratio de 1,3 camas por 1.000 habitantes. Apresenta
uma demora média da região de 7,3 dias com um mínimo de 7,1 dias (H Espírito Santo e ULS Baixo
Alentejo) e um máximo de 8,2 dias (ULS Litoral Alentejano). A taxa de ocupação média da região é de
74% com um mínimo de 69,1% (H Espírito Santo) e um máximo de 88,4% (ULS Litoral Alentejano).
Quadro 13. Principais indicadores das Entidades da ARS Alentejo
Ao analisar as carteiras de serviços verifica-se que as únicas especialidades que existem em todas as
unidades, durante as 24h do dia 7 dias por semana são as de Anestesiologia, Cirurgia Geral,
Imunohemoterapia, Medicina Interna e Ortopedia. Nas restantes especialidades, apenas em
Cardiologia, Nefrologia e Gastrenterologia existe pelo menos uma unidade que tem presença nas 24h.
No que se refere aos MCDT referidos todas as unidades têm apoio permanente da especialidade de
patologia clinica, radiologia convencional e TC. Constata-se que nenhuma das unidades tem apoio de
broncoscopia 24/24, 7/7, o que limita a autonomia das Unidades na realização desta técnica em
situações de urgência (autonomia aliás prevista na formação do Médico Intensivista). Todas as
unidades dispõem de sala operatória dedicada à urgência nas 24h existindo uma urgência polivalente
nesta ARS.
TotalMenos de
18 anos
65 e mais
anos
Hospital do Espírito Santo 331 11.785 83.538 7,1 69,1%
ULS Baixo Alentejo 229 8.633 61.422 7,1 73,5%
ULS Litoral Alentejano 122 4.780 39.351 8,2 88,4%
ARS do Alentejo 682 25.198 184.311 7,3 74,0%
Fonte: SICA - 2013/07/12
509.849 80.308
Lotação
Praticada
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
128.427
77
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 14. Carteira das Entidades da ARS Alentejo
ARS do Alentejo - Despacho nº
727/2007 - Valências Médicas
Obrigatórias e Equipamento Mínimo
ULS Baixo
Alentejo
ULS Litoral
Alentejano
Hospital
do Espírito
Santo
SUMC SUP
Anestesiologia 24h 24h 24h
Angiologia e Cirurgia Vascular N N N
Cardiologia <24h <24h 24h
Cirurgia Cardiotorácica N N N
Cirurgia Geral 24h 24h 24h
Cirurgia Maxilo-Facial N N N
Cirurgia Plástica, Reconstrutiva
e EstéticaN N <24h
Gastrenterologia <24h <24h 24h
Imunohemoterapia 24h 24h 24h
Medicina Interna 24h 24h 24h
Nefrologia N N 24h
Neurocirurgia N N N
Neurologia <24h N <24h
Oftalmologia <24h <24h <24h
Ortopedia 24h 24h 24h
Otorrinolaringologia <24h <24h <24h
Pneumologia <24h <24h <24h
Urologia <24h <24h <24h
Angiografia N N <24h
Broncofibroscopia <24h <24h <24h
Ecografia 24h <24h 24h
Endoscopia Digestiva <24h <24h 24h
Patologia Clínica 24h 24h 24h
Radiologia 24h 24h 24h
RMN N <24h <24h
Rx Convencional 24h 24h 24h
Tomografia Computorizada 24h 24h 24h
Sala Operatória Dedicada à
Urgência 24 H/DiaS S S
UCI Polivalente S S S
Especialidades
78
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Alentejo - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades - Área Pediátrica
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Gastrenterologia
PediátricaNeurocirurgia Neuropediatria Otorrinolaringologia Ortopedia Urologia
Sala de
Emergência
Pediátrica
Assistência
à Sala de
Emergência
Pediátrica
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
Pediátrica
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Prevenção
Hospital do
Espírito
Santo
N N <24h <24h <24h <24h S S S N N Outra N
ULS Baixo
AlentejoN N <24h <24h 24h <24h S N S S NA N N
ULS Litoral
AlentejanoN N N <24h 24h <24h N N N N N N N
Especialidades com Especificidade Pediátrica
Entidades
Hospitalares
Ao analisarmos a organização e distribuição das diferentes carteiras de serviços pediátricos (Quadro
15) podemos constatar que nenhuma das unidades dispõe de todas as especialidades com
especificidade pediátrica 24 h/dia. Das três unidades existe sala de emergência pediátrica em duas e
bloco operatório dedicado à urgência pediátrica apenas numa.
Quadro 15. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Alentejo
Nota:
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em primeira linha – neste tipo de assistência as UCI são responsáveis pela
assistência primária a todos os doentes admitidos na SE.
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em segunda linha – os profissionais das UCI colaboram na assistência quando
solicitados, sendo a responsabilidade da SE dos profissionais do serviço de urgência.
No Quadro 16 apresenta-se com maior detalhe a organização da ARS do Alentejo no que se refere a
carteira de serviços relacionados com as UCI. Todas as unidades têm vias verdes e nenhuma tem
Intensivista na Sala de Trauma. Nenhuma das unidades tem Equipa de Emergência Interna Intra-
hospitalar.
79
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Alentejo - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Assistência
à Sala de
Emergência
de Adultos
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
de Adultos
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Prevenção
Hospital do
Espírito
Santo
S N S S S NA 24h/dia S N S N NR
ULS Baixo
AlentejoS N N S S NA 24h/dia N N S N NR
ULS Litoral
AlentejanoS N N N S NA 24h/dia N N S N NR
Outras
Atividades
Entidades
Hospitalares
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis, AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
EEMI
24H/Dia
Quadro 16. Organização e Apoio das Entidades da ARS Alentejo
7.2.2. ARS ALGARVE
A ARS do Algarve incorpora 2 unidades hospitalares com UCI para um total de 451.006 residentes de
acordo com o Censos de 2011, dos quais 80.302 têm menos de 18 anos (17,8%). Estas unidades
agregam 906 camas de agudos que permitiram tratar em regime de internamento 31.155 doentes, o
que garante um ratio de 2 camas por 1.000 habitantes. Apresenta uma demora média da região de 8,9
dias com um mínimo de 8,7dias (CH Barlavento Algarvio) um máximo de 9,1 dias (H Faro). A taxa de
ocupação média da região é de 84,2% com um mínimo de 81,5% (H Faro) e um máximo de 89,1% (CH
Barlavento Algarvio).
80
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 17. Principais indicadores das Entidades da ARS Algarve
Ao analisar as carteiras de serviços verifica-se que as únicas especialidades que existem em todas as
unidades, durante as 24h do dia 7 dias por semana são as de Anestesiologia, Cirurgia Geral, Medicina
Interna e Ortopedia. Nas restantes especialidades, apenas em Cardiologia, Gastrenterologia,
Imunohemoterapia, Nefrologia, Neurocirurgia Urologia e Pneumologia existe pelo menos uma unidade
que tem presença nas 24h. No que se refere aos MCDT referidos todas as unidades têm apoio
permanente da especialidade de patologia clinica, radiologia convencional e TC. Constata-se que
apenas uma tem apoio de broncoscopia 24/24, 7/7, o que limita a autonomia das Unidades na
realização desta técnica em situações de urgência (autonomia aliás prevista na formação do Médico
Intensivista). Pelo menos uma das unidades dispõe de sala operatória dedicada à urgência nas 24h
existindo uma urgência polivalente nesta ARS.
A recente fusão destes dois hospitais é natural que traga a curto prazo alterações nos modelos de
funcionamento.
TotalMenos de
18 anos
65 e mais
anos
CH Barlavento Algarvio 325 12.205 105.708 8,7 89,1%
Hospital de Faro 581 18.950 172.831 9,1 81,5%
ARS do Algarve 906 31.155 278.539 8,9 84,2%
Fonte: SICA - 2013/07/12
Demora
Média
Lotação
Praticada
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
87.769451.006 80.302
Taxa de
Ocupação
81
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 18. Carteira das Entidades da ARS Algarve
CH
Barlavento
Algarvio
Hospital de
Faro
SUMC SUP
Anestesiologia 24h 24h
Angiologia e Cirurgia Vascular N N
Cardiologia <24h 24h
Cirurgia Cardiotorácica N N
Cirurgia Geral 24h 24h
Cirurgia Maxilo-Facial N N
Cirurgia Plástica, Reconstrutiva
e EstéticaN <24h
Gastrenterologia <24h 24h
Imunohemoterapia <24h 24h
Medicina Interna 24h 24h
Nefrologia N 24h
Neurocirurgia N 24h
Neurologia <24h <24h
Oftalmologia <24h <24h
Ortopedia 24h 24h
Otorrinolaringologia <24h <24h
Pneumologia <24h 24h
Urologia <24h 24h
Angiografia N <24h
Broncofibroscopia <24h 24h
Ecografia <24h <24h
Endoscopia Digestiva <24h 24h
Patologia Clínica 24h 24h
Radiologia 24h <24h
RMN <24h 24h
Rx Convencional 24h 24h
Tomografia Computorizada 24h 24h
Sala Operatória Dedicada à
Urgência 24 H/DiaNR S
UCI Polivalente S S
ARS do Algarve -
Despacho nº 727/2007 -
Valências Médicas
Obrigatórias e
Equipamento MínimoEspecialidades
82
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades - Área Pediátrica
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Gastrenterologia
PediátricaNeurocirurgia Neuropediatria Otorrinolaringologia Ortopedia Urologia
Sala de
Emergência
Pediátrica
Assistência
à Sala de
Emergência
Pediátrica
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
Pediátrica
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Prevenção
CH
Barlavento
Algarvio
N N N N N N NR NR NR NR NR NR NR
Hospital de
FaroN N N N N N S S S N N N N
Especialidades com Especificidade Pediátrica
Entidades
Hospitalares
Ao analisarmos a organização e distribuição das diferentes carteiras de serviços pediátricos (Quadro
19) podemos constatar que nenhuma das unidades apresenta disponibilidade de especialidades com
especificidade pediátrica. Apenas uma unidade tem sala de emergência pediátrica, não existindo bloco
operatório dedicado à urgência pediátrica.
Quadro 19. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Algarve
Nota:
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em primeira linha – neste tipo de assistência as UCI são responsáveis pela
assistência primária a todos os doentes admitidos na SE.
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em segunda linha – os profissionais das UCI colaboram na assistência quando
solicitados, sendo a responsabilidade da SE dos profissionais do serviço de urgência.
No Quadro 20 apresenta-se com maior detalhe a organização da ARS do Algarve no que se refere a
carteira de serviços relacionados com as UCI. Uma das unidades tem via verde e nenhuma tem
Intensivista na Sala de Trauma. Uma das unidades tem Equipa de Emergência Interna Intra-hospitalar.
83
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Assistência
à Sala de
Emergência
de Adultos
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
de Adultos
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Prevenção
CH
Barlavento
Algarvio
S N NR NR NR NR S NR N N S NR
Hospital de
FaroS N S S S NA 24h/dia S* N S N NR
* 1 elemento à noite (21h - 09h)
Outras
Atividades
Entidades
Hospitalares
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis, AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
EEMI
24H/Dia
Quadro 20. Organização e Apoio das Entidades da ARS Algarve
Nota: Em alguns casos, os serviços especificados são assegurados de modo parcial ou integrado através de telemedicina
(e.g. neurorradiologia).
Segundo informações da ARS Algarve a telemedicina nesta região iniciou-se na área da radiologia havendo atualmente
equipamentos de radiologia digital que comunicam entre os hospitais e os centros de saúde do Algarve da seguinte forma: a
imagem radiológica digital é produzida nos Centros de Saúde e é arquivada num PACS da ARS, podendo as mesmas ser
visualizadas tanto pelos médicos no centro de saúde como nas unidades hospitalares.
Atualmente isto é possível nos centros de saúde de Castro Marim, Vila Real de Sto. António, Olhão, Faro, Loulé e Albufeira
com a unidade hospitalar de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA).
7.2.3. ARS CENTRO
A ARS do Centro incorpora 7 entidades com UCI para um total de 1.737.216 residentes de acordo com
o Censos de 2011, dos quais 285.295 têm menos de 18 anos (16,4%). Estas entidades agregam 4.455
camas de agudos que permitiram tratar em regime de internamento 161.521 doentes, o que garante um
ratio de 2,6 camas por 1.000 habitantes. Apresenta uma demora média da região de 7,9 dias com um
mínimo de 6,2 dias (CH Leiria - Pombal) e um máximo de 8,8 dias (ULS Guarda). A taxa de ocupação
média da região é de 78,9% com um mínimo de 69,3% (ULS Guarda) e um máximo de 89,5% (CH
Baixo Vouga).
84
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 21. Principais indicadores das Entidades da ARS Centro
Ao analisar as carteiras de serviços verifica-se que as únicas especialidades que existem em todas as
unidades durante as 24h do dia, 7 dias por semana, são as de Anestesiologia, Cirurgia Geral, Medicina
Interna e Ortopedia. Nas restantes especialidades há pelo menos uma unidade que tem presença nas
24h. No que se refere aos MCDT referidos todas as unidades têm apoio permanente da especialidade
de patologia clinica e radiologia convencional e na esmagadora maioria dos casos de TC; Constata-se
que nem todas têm apoio de broncoscopia 24/24, 7/7, o que limita a autonomia das Unidades na
realização desta técnica em situações de urgência (autonomia aliás prevista na formação do Médico
Intensivista). Todas as unidades dispõem de sala operatória dedicada à urgência nas 24h existindo
duas urgências polivalentes nesta ARS.
TotalMenos de
18 anos
65 e mais
anos
CH Baixo Vouga 426 18.235 139.188 7,6 89,5%
CH Cova da Beira 317 12.528 96.282 7,7 83,2%
CH Leiria - Pombal 503 22.497 139.969 6,2 76,2%
CH Tondela - Viseu 650 22.745 185.162 8,1 78,0%
CH Universitário de
Coimbra
1.933 65.962 561.408 8,5 79,6%
ULS Castelo Branco 265 9.233 70.182 7,6 72,6%
ULS Guarda 361 10.321 91.265 8,8 69,3%
ARS Centro 4.455 161.521 1.283.456 7,9 78,9%
Fonte: SICA - 2013/07/12
Taxa de
Ocupação
Demora
Média
População da ARS
Censos 2011 Lotação
Praticada
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Entidades
Hospitalares
393.3381.737.216 285.295
85
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 22. Carteira das Entidades da ARS Centro
ARS Centro - Despacho nº 727/2007 - Valências Médicas Obrigatórias e Equipamento
Mínimo
CH Baixo
Vouga
CH Cova da
Beira
CH Leiria -
Pombal
ULS Castelo
Branco
ULS
Guarda
CH
Universitário
de Coimbra
CH Tondela
- Viseu
SUMC SUP
Anestesiologia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Angiologia e Cirurgia Vascular N N <24h N N 24h 24h
Cardiologia 24h <24h <24h <24h 24h 24h 24h
Cirurgia Cardiotorácica N <24h N N N 24h N
Cirurgia Geral 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Cirurgia Maxilo-Facial N N N N N 24h 24h
Cirurgia Plástica, Reconstrutiva
e EstéticaN <24h N N N 24h <24h
Gastrenterologia <24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h
Imunohemoterapia 24h 24h <24h <24h N 24h <24h
Medicina Interna 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Nefrologia <24h <24h N 24h N 24h 24h
Neurocirurgia N N <24h N N 24h <24h
Neurologia <24h <24h <24h <24h <24h 24h <24h
Oftalmologia <24h <24h <24h <24h <24h 24h <24h
Ortopedia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Otorrinolaringologia <24h N <24h 24h <24h 24h <24h
Pneumologia <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h
Urologia <24h 24h <24h 24h <24h 24h <24h
Angiografia N N <24h 24h N 24h 24h
Broncofibroscopia <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h
Ecografia <24h 24h 24h 24h <24h 24h 24h
Endoscopia Digestiva <24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h
Patologia Clínica 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Radiologia 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h
RMN <24h N <24h N N 24h 24h
Rx Convencional 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Tomografia Computorizada <24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h
Sala Operatória Dedicada à
Urgência 24 H/DiaS S S S S S S
UCI Polivalente S S S S S S S
Especialidades
86
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Centro - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades - Área Pediátrica
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Gastrenterologia
PediátricaNeurocirurgia Neuropediatria Otorrinolaringologia Ortopedia Urologia
Sala de
Emergência
Pediátrica
Assistência
à Sala de
Emergência
Pediátrica
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
Pediátrica
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Prevenção
CH Baixo
VougaN N N N N N S N S S NA N N
CH Cova da
BeiraN N <24h N 24h 24h S N N S NA N N
CH Leiria -
Pombal<24h N <24h <24h 24h <24h S S S S NA 24h/dia S
CH Tondela -
Viseu24h <24h N <24h 24h <24h S N S N S N S
CH
Universitário
de Coimbra
<24h 24h 24h 24h 24h N S S S S NA 24h/dia S
ULS Castelo
BrancoN N N N N N S S S N N N N
ULS Guarda N N N N N N S S S N N N N
Especialidades com Especificidade Pediátrica
Entidades
Hospitalares
Ao analisarmos a organização e distribuição das diferentes carteiras de serviços pediátricos (Quadro
23) podemos constatar que a disponibilidade de especialidades com especificidade pediátrica se
concentra numa unidade (Universitário de Coimbra) e numa menor escala noutras duas (CH Leiria –
Pombal e CH Tondela - Viseu). Existe sala de emergência pediátrica em todas as unidades e bloco
operatório dedicado à urgência pediátrica em quatro.
Quadro 23. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Centro
Nota:
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em primeira linha – neste tipo de assistência as UCI são responsáveis pela
assistência primária a todos os doentes admitidos na SE.
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em segunda linha – os profissionais das UCI colaboram na assistência quando
solicitados, sendo a responsabilidade da SE dos profissionais do serviço de urgência.
No Quadro 24 apresenta-se com maior detalhe a organização da ARS Centro no que se refere a
carteira de serviços relacionados com as UCI. Todas as unidades têm vias verdes e apenas uma tem
87
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Intensivista na Sala de Trauma. Apenas três unidades têm Equipa de Emergência Interna Intra-
hospitalar.
Quadro 24. Organização e Apoio das Entidades da ARS Centro
7.2.4. ARS LISBOA E VALE DO TEJO
A ARS de Lisboa e Vale do Tejo incorpora 12 unidades hospitalares com UCI para um total de
3.659.868 residentes de acordo com o Censos de 2011, dos quais 668.771 têm menos de 18 anos
(18,3%). Estas unidades agregam 7.233 camas de agudos que permitiram tratar em regime de
internamento 274.501 doentes, o que garante um ratio de cerca de 2 camas por 1.000 habitantes.
ARS Centro - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Assistência
à Sala de
Emergência
de Adultos
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
de Adultos
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Prevenção
CH Baixo
VougaS N N S S NA 24h/dia N N S N S
CH Cova da
BeiraS N N S S NA 24h/dia S N S S S
CH Leiria -
PombalS N S S S NA 24h/dia S N S N NR
CH Tondela -
ViseuS N N S S NA 24h/dia N N S S S
CH
Universitário
de Coimbra
S 24h/dia S S S NA 24h/dia S 24h/dia S N S
ULS Castelo
BrancoS N S S S NA 24h/dia S N S S NR
ULS Guarda S N S S S NA 24h/dia S N S N NR
Entidades
Hospitalares
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis, AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
EEMI
24H/Dia
Outras
Atividades
88
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Apresenta uma demora média da região de 8,2 dias com um mínimo de 6,2 dias (IPO Lisboa) e um
máximo de 9,3 dias (CH Lisboa Ocidental). A taxa de ocupação média da região é de 85,1% com um
mínimo de 70,6% (H Beatriz Ângelo) e um máximo de 92,2% (H Santarém).
Quadro 25. Principais indicadores das Entidades da ARS LVT
Ao analisar as carteiras de serviços verifica-se que as únicas especialidades que existem em todas as
unidades, com exceção do IPO Lisboa, durante as 24h do dia 7 dias por semana são as de Cirurgia
Geral, Medicina Interna e Ortopedia. A especialidade de Anestesiologia encontra-se igualmente de
serviço 24h/7 dias. Nas restantes especialidades há pelo menos uma unidade que tem presença nas
24h. No que se refere aos MCDT referidos todas as unidades têm apoio permanente da especialidade
de patologia clinica (exceto H Beatriz Ângelo), radiologia convencional e de TC (exceto IPO Lisboa).
Constata-se que nem todas têm apoio de broncoscopia 24/24, 7/7, o que limita a autonomia das
Unidades na realização desta técnica em situações de urgência (autonomia aliás prevista na formação
TotalMenos de
18 anos
65 e mais
anos
CH Barreiro Montijo 353 12346 102080 8,3 79,2%
CH Lisboa Central 1.462 50.113 462.460 9,2 86,7%
CH Lisboa Norte 1.168 46.823 383.488 8,2 90,0%
CH Lisboa Ocidental 797 26.445 244.726 9,3 84,1%
CH Médio Tejo 427 16.913 130.748 7,7 83,9%
CH Setúbal 380 14.250 110.448 7,8 79,6%
Hospital Beatriz Ângelo 418 14.161 107.698 7,6 70,6%
Hospital de Cascais 277 11.844 81.320 6,9 80,4%
Hospital Fernando da
Fonseca
772 32.224 253.013 7,9 89,8%
Hospital Garcia de Orta 545 21.033 168.748 8,0 84,8%
Hospital Santarém 373 15.851 125.560 7,9 92,2%
IPO de Lisboa 261 12.498 77.415 6,2 81,3%
ARS de Lisboa e Vale do
Tejo7.233 274.501 2.247.704 8,2 85,1%
Fonte: SICA - 2013/07/12
Taxa de
Ocupação
Lotação
Praticada
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Demora
Média
Entidades
Hospitalares
696.8153.659.868 668.771
População da ARS
Censos 2011
89
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
do Médico Intensivista). Todas as unidades dispõem de sala operatória dedicada à urgência nas 24h
(exceto o IPO Lisboa, que não tem urgência),existindo quatro urgências polivalentes nesta ARS.
Quadro 26. Carteira das Entidades da ARS LVT
Ao analisarmos a organização e distribuição das diferentes carteiras de serviços pediátricos (Quadro
27) podemos constatar que a disponibilidade de especialidades com especificidade pediátrica se
concentra em três unidades (CH Lisboa Central, CH Lisboa Norte e H. Garcia de Horta) e numa menor
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Despacho nº 727/2007 - Valências Médicas Obrigatórias e Equipamento Mínimo
CH Barreiro
Montijo
CH Médio
Tejo
CH
Setúbal
Hospital
Beatriz
Ângelo
Hospital
de
Cascais
Hospital
Fernando da
Fonseca
Hospital
Santarém
CH Lisboa
Central
CH Lisboa
Norte
CH Lisboa
Ocidental
Hospital
Garcia de
Orta
IPO de
Lisboa
SUMC SUP ND
Anestesiologia 24h 24h 24h 24h 24h N NR 24h 24h 24h 24h 24h
Angiologia e Cirurgia Vascular N N <24h <24h N N <24h 24h 24h <24h <24h N
Cardiologia 24h 24h 24h <24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Cirurgia Cardiotorácica N N N N N N N 24h 24h 24h** N*** N
Cirurgia Geral 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Cirurgia Maxilo-Facial N N N N N <24h N 24h N 24h <24h 24h
Cirurgia Plástica, Reconstrutiva
e Estética<24h <24h <24h <24h N <24h <24h 24h 24h 24h <24h <24h
Gastrenterologia <24h <24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h <24h* <24h <24h
Imunohemoterapia 24h <24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Medicina Interna 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Nefrologia N 24h <24h <24h N 24h <24h 24h 24h <24h* 24h N
Neurocirurgia N N N N N N N 24h 24h 24h 24h N
Neurologia <24h <24h 24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h 24h <24h 24h
Oftalmologia <24h <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h <24h <24h
Ortopedia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h N
Otorrinolaringologia <24h <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h <24h 24h
Pneumologia 24h 24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h <24h <24h <24h
Urologia 24h 24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h* <24h <24h
Angiografia N N N N N 24h N 24h 24h 24h 24h N
Broncofibroscopia <24h 24h <24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h 24h <24h <24h
Ecografia <24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Endoscopia Digestiva <24h <24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h <24h* <24h <24h
Patologia Clínica 24h 24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Radiologia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
RMN N <24h N 24h N <24h N 24h 24h <24h 24h <24h
Rx Convencional 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Tomografia Computorizada 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Sala Operatória Dedicada à
Urgência 24 H/DiaS S S S S S S S S S S N
UCI Polivalente S S S S S S S S S S S S
*24h prevenção
**Cirurgia cardíaca
**O Hospital tem apoio de cirurgia torácica quando necessário
Especialidades
90
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades - Área Pediátrica
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Gastrenterologia
PediátricaNeurocirurgia Neuropediatria Otorrinolaringologia Ortopedia Urologia
Sala de
Emergência
Pediátrica
Assistência
à Sala de
Emergência
Pediátrica
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
Pediátrica
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Prevenção
CH Barreiro
MontijoN N <24h N N N S S S N N N N
CH Lisboa
Central<24h 24h 24h <24h 24h 24h S S S S NA 24h/dia S
CH Lisboa
Norte24h 24h 24h 24h 24h 24h S S S S NA S S
CH Lisboa
OcidentalN 24h <24h <24h 24h N S S N N N N N
CH Médio
TejoN N N N N N S N S S NA N N
CH Setúbal N N <24h <24h 24h N S S N S NA N N
Hospital
Beatriz
Ângelo
N N <24h <24h <24h N S N N N N Outra N
Hospital de
CascaisN N S <24h S N S S N N N N N
Hospital
Fernando da
Fonseca
N N <24h <24h <24h N S N S N NR 12h/dia S
Hospital
Garcia de
Orta
<24h 24h <24h <24h 24h <24h S S NR N NR Outra* S**
Hospital
SantarémN N N N N N S N S S NA N N
IPO de
Lisboa N N N N N N N N N N N N N
*Presença fisica das 8h às 22h
**Das 22h às 8h
Especialidades com Especificidade Pediátrica
Entidades
Hospitalares
escala no CH Lisboa Ocidental. Das doze unidades existe sala de emergência pediátrica em onze e
bloco operatório dedicado à urgência pediátrica em cinco.
Quadro 27. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS LVT
Nota:
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em primeira linha – neste tipo de assistência as UCI são responsáveis pela
assistência primária a todos os doentes admitidos na SE.
91
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Assistência
à Sala de
Emergência
de Adultos
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
de Adultos
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Prevenção
CH Barreiro
MontijoS N S S S NA 24h/dia N N S N NR
CH Lisboa
Central*S NR S S S NA 24h/dia NR NR S S NR
CH Lisboa
NorteS 24h/dia S S S NA 24h/dia S N S S NR
CH Lisboa
OcidentalS S S S S S 24h/dia N S S S NR
CH Médio
TejoS N N S S NA 24h/dia N N S S NR
CH Setúbal S N S N S NA N S N S S NR
Hospital
Beatriz
Ângelo
S N N S S NA 24h/dia N N S S NR
Hospital de
CascaisS N S N S NA 24h/dia N N N N NR
Hospital
Fernando da
Fonseca
S N N S S NA 24h/dia N N S S NR
Hospital
Garcia de
Orta
S N S S S** NA 24h/dia N N S S NR
Hospital
SantarémS N N S S NA 24h/dia N N S N NR
IPO de
Lisboa N N N N N N N S N N S S
*Em 2013 a UGP do CHLC, E.P.E passa a ter intensivistas nas salas de emergência em presença física, das 8-20h
**Existe uma sala dedicada à urgência de adultos e pediatrica, não separada
Entidades
Hospitalares
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis, AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
EEMI
24H/Dia
Outras
Atividades
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em segunda linha – os profissionais das UCI colaboram na assistência quando
solicitados, sendo a responsabilidade da SE dos profissionais do serviço de urgência.
No Quadro 28 apresenta-se com maior detalhe a organização da ARS de Lisboa e Vale do Tejo no que
se refere a carteira de serviços relacionados com as UCI.
Dez das unidades têm vias verdes e apenas uma tem Intensivista na Sala de Trauma. Nove unidades
têm Equipa de Emergência Interna Intra-hospitalar.
Quadro 28. Organização e Apoio das Entidades da ARS LVT
92
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.2.5. ARS NORTE
Das entidades que responderam ao questionário, a ARS do Norte incorpora 12 com UCI para um total
de 3.689.682 residentes de acordo com o Censos de 2011, dos quais 681.859 têm menos de 18 anos
(18,5%). Estas entidades agregam 6300 camas de agudos que permitiram tratar em regime de
internamento 264.578 doentes o que garante um ratio de 1,7 camas por 1.000 habitantes. Apresenta
uma demora média da região de 7,4 dias com um mínimo de 5,3 dias (CH Entre Douro e Vouga) e um
máximo de 8,6 dias (IPO Porto). A taxa de ocupação média da região é de 85% com um mínimo de
73,1% (ULS Nordeste) e um máximo de 89,9% (CH Vila Nova de Gaia/ Espinho).
Quadro 29. Principais indicadores das Entidades da ARS Norte
Ao analisar as carteiras de serviços verifica-se que as únicas especialidades que existem em todas as
entidades, com exceção do IPO, durante as 24h do dia 7 dias por semana são as de Anestesiologia,
Cirurgia Geral, Imunohemoterapia, Medicina Interna e Ortopedia. Nas restantes especialidades há pelo
menos uma unidade que tem presença nas 24h. No que se refere aos MCDT referidos todas as
TotalMenos de
18 anos
65 e mais
anos
CH Alto Ave 455 20.405 147.625 7,2 88,9%
CH Entre o Douro e Vouga 356 19.724 104.570 5,3 80,5%
CH Porto 707 31.521 226.479 7,2 87,8%
CH S. João 1.106 41.915 335.640 8,0 83,1%
CH Tâmega e Sousa 435 20.303 136.493 6,7 86,0%
CH Trás-os-Montes e Alto
Douro603 23.327 188.350 8,1 85,6%
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho550 22.825 180.549 7,9 89,9%
Hospital de Braga 622 25.738 190.971 7,4 84,1%
IPO do Porto 319 11.662 100.585 8,6 86,4%
ULS Alto Minho 426 19.177 133.003 6,9 85,5%
ULS Matosinhos 331 15.092 105.619 7,0 87,4%
ULS Nordeste 390 12.889 104.006 8,1 73,1%
ARS Norte 6.300 264.578 1.953.890 7,4 85,0%
Fonte: SICA - 2013/07/12
3.689.682 681.859
População da ARS
Censos 2011 Taxa de
Ocupação
Lotação
Praticada
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Demora
Média
Entidades
Hospitalares
631.439
93
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
unidades têm apoio permanente da especialidade de patologia clinica e radiologia convencional e na
esmagadora maioria dos casos de TC; Constata-se que nem todas têm apoio de broncoscopia 24/24,
7/7, o que limita a autonomia das Unidades na realização desta técnica em situações de urgência
(autonomia aliás prevista na formação do Médico Intensivista). Todas as unidades dispõem de sala
operatória dedicada à urgência nas 24h existindo cinco urgências polivalentes nesta ARS.
Quadro 30. Carteira de Serviços das Entidades da ARS Norte
Ao analisarmos a organização e distribuição das diferentes carteiras de serviços pediátricos (Quadro 31)
podemos constatar que a disponibilidade de especialidades com especificidade pediátrica se concentram
em três unidades (CH Porto, CH S. João e H. Braga) e numa menor escala noutras duas (ULS do Alto
ARS Norte - Despacho nº 727/2007 - Valências Médicas Obrigatórias e Equipamento Mínimo
CH Alto Ave
CH Entre o
Douro e
Vouga
CH
Tâmega e
Sousa
ULS Alto
Minho
ULS
Matosinho
s
ULS Nordeste CH Porto CH S. João
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
CH Vila
Nova de
Gaia/Espinh
o
Hospital
de Braga
IPO do
Porto
SUMC SUP ND
Anestesiologia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Angiologia e Cirurgia Vascular <24h N <24h N N N 24h 24h <24h 24h 24h N
Cardiologia 24h <24h 24h <24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Cirurgia Cardiotorácica N N N N N N N 24h N 24h N <24h
Cirurgia Geral 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Cirurgia Maxilo-Facial N N N N <24h N 24h N <24h 24h 24h N
Cirurgia Plástica, Reconstrutiva
e Estética<24h N <24h <24h <24h N <24h 24h N 24h 24h <24h
Gastrenterologia <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h 24h <24h <24h
Imunohemoterapia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Medicina Interna 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Nefrologia N N N N 24h <24h 24h 24h 24h 24h <24h <24h
Neurocirurgia N N N N N N 24h 24h N 24h 24h 24h
Neurologia <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Oftalmologia <24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Ortopedia 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Otorrinolaringologia <24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Pneumologia <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h <24h 24h <24h <24h
Urologia <24h <24h <24h <24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h <24h
Angiografia <24h N <24h <24h <24h N 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Broncofibroscopia <24h 24h <24h <24h <24h 24h 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Ecografia <24h <24h <24h <24h <24h 24h 24h 24h <24h 24h 24h <24h
Endoscopia Digestiva <24h <24h <24h <24h <24h <24h 24h <24h <24h 24h 24h <24h
Patologia Clínica 24h 24h 24h 24h NR 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Radiologia 24h 24h <24h 24h NR 24h <24h 24h <24h 24h 24h 24h
RMN <24h N N <24h <24h N 24h <24h <24h <24h 24h 24h
Rx Convencional 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Tomografia Computorizada 24h 24h 24h 24h <24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h 24h
Sala Operatória Dedicada à
Urgência 24 H/DiaS S S S S S S S S S S S
UCI Polivalente S S S S S S S S S S S S
Especialidades
94
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Norte - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades - Área Pediátrica
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Gastrenterologia
PediátricaNeurocirurgia Neuropediatria Otorrinolaringologia Ortopedia Urologia
Sala de
Emergência
Pediátrica
Assistência
à Sala de
Emergência
Pediátrica
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
Pediátrica
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
Pediátrica
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Prevenção
CH Alto Ave N N N <24h 24h <24h S N S S NA N N
CH Entre o
Douro e
Vouga
N N N <24h 24h <24h N NR NR S NA N N
CH Porto <24h 24h <24h 24h 24h 24h N N N N S 12h/dia S
CH S. João 24h 24h <24h 24h 24h 24h S S S S NA 24h/dia S
CH Tâmega
e SousaN N N <24h 24h N S N S N N N N
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
N N N N N N S S N N NR NR NR
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
<24h <24h <24h 24h 24h <24h S S S N* N N* N
Hospital de
Braga24h N 24h 24h 24h 24h S S S S NA Outra S
IPO do Porto N N N N N N N N N S NA N N
ULS Alto
MinhoN N <24h <24h <24h N S S NR S NR 24h/dia NR
ULS
MatosinhosN N <24h 24h 24h 24h N N N N NR NR NR
ULS
NordesteN N N N N N N N N N NA N N
Especialidades com Especificidade Pediátrica
Entidades
Hospitalares
*A atividade operatória insere-se numa gestão de partilha de salas cirúrgicas devidamente apetrechadas para os atos. O CH está inserido num serviço de urgência centralizado na região metropolitana na área da cirurgia
pediátrica
Minho e a ULS de Matosinhos). Das doze unidades existe sala de emergência pediátrica em sete e bloco
operatório dedicado à urgência pediátrica em seis.
Quadro 31. Organização e Apoio à Área Pediátrica das Entidades da ARS Norte
Nota:
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em primeira linha – neste tipo de assistência as UCI são responsáveis pela
assistência primária a todos os doentes admitidos na SE.
Assistência à Sala de Emergência Pediátrica em segunda linha – os profissionais das UCI colaboram na assistência quando
solicitados, sendo a responsabilidade da SE dos profissionais do serviço de urgência.
95
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Norte - Organização/Apoio Logístico/Outras Atividades
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Sala de Emergência Sala Equipa
Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Assistência
à Sala de
Emergência
de Adultos
Primeira
Linha
Assistência à
Sala de
Emergência
de Adultos
Segunda
Linha
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
24 H/Dia
Dedicada
à
Urgência
de Adultos
Diurno
Horário
Equipa
Cirúrgica
Presença
Física
Equipa
Cirúrgica
Prevenção
CH Entre o
Douro e
Vouga
S 24h/dia S S S NA 24h/dia N N S S NR
CH Alto Ave S 24h/dia N S S NA 24h/dia N 24h/dia S S NR
CH Porto S 24h/dia S S S NA 24h/dia S 24h/dia S S NR
CH S. João S 24h/dia S N S NA 24h/dia N 24h/dia S S S
CH Tâmega
e SousaS N N S S NA 24h/dia N N S N NR
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
S N S N S NA Outra NR N S S S
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
S N* S S S NA 24h/dia N 24h/dia S S S
Hospital de
BragaS 24h/dia S S S NA 24h/dia S N S S NR
IPO do Porto N N N N S NA 24h/dia N N N S N
ULS Alto
MinhoS 24h/dia S NR S NA 24h/dia NR 24h/dia S S NR
ULS
MatosinhosS 24h/dia S N S NA 24h/dia NR NR S S NR
ULS
NordesteS 24h/dia S N S NA 24h/dia N 24h/dia S N NR
*Dispõe do apoio do intensivista 24h da UCI
Entidades
HospitalaresEEMI
24H/Dia
Outras
Atividades
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis, AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
No Quadro 32 apresenta-se com maior detalhe a organização da ARS Norte no que se refere a carteira
de serviços relacionados com as UCI. Onze das unidades têm vias verdes e seis têm Intensivista na
Sala de Trauma. Com exceção do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e a ULS do Nordeste todos
têm Equipa de Emergência Interna Intra-hospitalar.
Quadro 32. Organização e Apoio das Entidades da ARS Norte
96
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.3. UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS PEDIÁTRICOS
Portugal continental dispunha, à data de 31 de Dezembro de 2012, de cinco unidades de nível III (1 no
Centro, 2 na região de saúde de LVT e 2 no Norte), três unidades de nível II (1 no Algarve e 2 na região
de saúde de LVT) e duas unidades de cuidados intermédios na direta dependência de uma UCIP (1 na
região de saúde de LVT e 1 no Norte), num total de 10 unidades com 54 camas de cuidados intensivos
pediátricos e 9 camas de cuidados intermédios, distribuídas da forma indicada na Figura 9. Destas
unidades duas estão incorporadas em UCI Neonatais (1 na região de LVT e 1 no Algarve). A ARS do
Alentejo não dispõe de qualquer unidade.
Este número de camas corresponde a um ratio de 3 camas de cuidados intensivos pediátricos por
100.000 habitantes com menos de 18 anos.
Figura 9. Mapa de distribuição por Região de Saúde das UCI Pediátricos
2 UCI Pediátricos
1 UC Intermédios TOTAL: 12 camas de UCIP e 4 camas de Cuidados
Intermédios
1UCI Pediátricos
TOTAL: 12 camas
3 UCI Pediátricos
1 UCI neonatal com 4 camas pediátricas 1 UC Intermédios TOTAL: 27 camas de UCIP e 5 camas de Cuidados Intermédios
1 UCI Neonatal
TOTAL: 22 (inclui 3 camas de CI pediátricos)
0 UCI Pediátricos
97
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.3.1. ARS ALENTEJO
Na região do Alentejo não existem camas de cuidados intensivos pediátricos.
A população da região inclui 80.308 habitantes com menos de 18 anos. Os doentes desta região são
encaminhados normalmente para as Unidades da ARSLVT e só na ausência de vagas é que a
referenciação ocorre para outras regiões.
7.3.2. ARS ALGARVE
A ARS do Algarve não tem nenhuma Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos. Existe uma Unidade
de Cuidados Intensivos Neonatais localizada no Hospital de Faro com 22 camas, das quais 3 estão
classificadas como pediátricas. Considerando que os dados fornecidos dizem respeito às 22 camas
não é possível fazer uma análise independente dos diferentes parâmetros avaliados pelo que os
valores indicados são meramente indicativos.
A demora média desta unidade é de 13,7 dias e a taxa de ocupação de 58,6%.
Quadro 33. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Algarve
Da análise contata-se uma boa cobertura global das diferentes tipologias de monitorização nesta
unidade (Quadro 34).
Total Menos de
18 anos
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
H. Faro 1 22 0 0 343 4.702 13,7 58,6%
ARS do
Algarve0 1 0 22 0 0 343 4702 13,7 58,6%
451.006 80.302
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Entidades
Hospitalares
População da ARS Nível das UCIP Nº de Camas
98
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - T ipologia da Monitorização das UCI Pediátricos
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísti
cas Iguais
UCI)
H. Faro S S S S S S N N N N S S S S
Entidades
Hospitalares
Quadro 34. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Algarve
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 35) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com NAVA, Hemodiálise, Diálise Peritoneal,
ECMO, MARS e Hipotermia nesta unidade.
Quadro 35. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Algarve
Esta unidade não dispõe de recursos relacionados com transporte inter-hospitalar e emergência intra-
hospitalar (Quadro 36), apenas dispondo de um quarto de isolamento sem tratamento especial de ar.
ARS do Algarve - Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
H. Faro S S S N S S S S S S N N N N N
Entidades
Hospitalares
99
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - Recursos das UCI Pediátricos
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na
UCI
Periodicame
nte
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
TIP
H. Faro 1 0 0 0 1 N N N N N N
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Quadro 36. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Algarve
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 37 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
Figura 10 Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS do Algarve
Constata-se o enorme peso dos custos (79,1 %) com recursos humanos na despesa geral.
Quadro 37. Custos das UCI Pediátricos da ARS Algarve
Pessoal 79,1%
Consumos 13,3%
Subcontratos 1,1%
Fornecimento e Serviços Externos
2,8%
Outros Custos 3,8%
ARS Algarve
100
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 38) pode-se constatar que esta unidade dispõe
de quatro intensivistas (3 acreditados em Neonatalogia e 1 Intensivista) e cinco não Intensivistas.
O número necessário de médicos nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de estabelecer
de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
Quadro 38. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Algarve
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 39) constata-se que a
unidade dá atualmente formação a um interno de formação específica e tem capacidade formativa para
1 elemento, a qual está a ser usada na sua plenitude.
ARS do Algarve - Custos das UCI Pediátricos
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
H. Faro 1.589.306,99 € 268.032,78 € 21.633,75 € 55.870,39 € 75.591,46 € 2.010.435,37 €
ARS Algarve 1.589.306,99 € 268.032,78 € 21.633,75 € 55.870,39 € 75.591,46 € 2.010.435,37 €
Entidades
Hospitalares
ARS do Algarve - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
H. Faro* 4 4 4,5 5 4,9 3 ou 4 2 2 2 1 1
ARS
Algarve4 4 4,5 5 4,9 3 ou 4 2 2 2 1 1
*3 acreditados em Neonatologia e 1 intensivista
Entidades
Hospitalares
101
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 39. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCIS Pediátricas da ARS Algarve
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (
Quadro 40) pode-se constatar que a unidade dispõe de 40 enfermeiros, correspondentes a 39,7 ETC,
sendo 18 especialistas.
Quadro 40. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Algarve
ARS do Algarve - Recursos da UCI Pediátricos - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de Internos
do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos (por
período de
estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva Pediátrica
do S/UCI com Aproveitamento e
Respetiva T itulação pela
Ordem dos Médicos
H. Faro 1 1 1 1
ARS
Algarve1 1 1 1
Entidades
Hospitalares
ARS do Algarve - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
(Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio
e
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
H. Faro 40 39,7 18 18 1 1 0 0 6 ou 7 6 ou 7 6 6 6 6
ARS
Algarve40 39,7 18 18 1 1 0 0 6 ou 7 6 ou 7 6 6 6 6
Entidades
Hospitalares
102
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Centro - T ipologia da Monitorização das UCI Pediátricos
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísti
cas Iguais
UCI)
CH
Universitário
de Coimbra
S S S S S S S S S S S S S S
Entidades
Hospitalares
7.3.3. ARS CENTRO
A ARS Centro tem uma única Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos com capacidade para 18
camas, encontrando-se 12 camas ativas e 6 encerradas, por sobredimensionamento da unidade. A
demora média da região é de 7,0 dias e a taxa de ocupação de 70,9% (Quadro 41)
Quadro 41. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Centro
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura total na unidade
(Quadro 42).
Quadro 42. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Centro
TotalMenos de
18 anos
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH
Universitário
de Coimbra
1 12 0 6* 445 3.105 7,0 70,9%
ARS Centro 0 0 1 12 0 6 445 3.105 7,0 70,9%
1.737.216 285.295
Taxa de
Ocupação
Dias de
Internamento
Demora
Média
Entidades
Hospitalares
População da ARS Nível das UCIP Nº de Camas
Doentes
Saídos
103
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Centro - Recursos das UCI Pediátricos
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na
UCI
Periodicame
nte
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
TIP
CH
Universitário
de Coimbra
4 0 0 0 4 S NA NA S S S
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 43) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com NAVA, Hemodiálise e ECMO, na
unidade avaliada.
Quadro 43. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Centro
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 44) verifica-se que existem quatro quartos de isolamento na
unidade, todos sem qualquer tratamento especial de ar. Existe transporte inter-hospitalar e intra-
hospitalar sediado na UCI durante 24 h., gerido pela direção da UCI e médicos da UCI que participam
no primeiro transporte.
Quadro 44. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Centro
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 45 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
ARS Centro - Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH
Universitário
de Coimbra
S S S N S S S S S S N S N S S
Entidades
Hospitalares
104
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 11. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS Centro
Constata-se o enorme peso dos custos (82,5 %) com recursos humanos na despesa geral.
Pode ainda analisar-se, ainda que de uma forma grosseira, o custo de cama de cuidados intensivos
pediátricos por ano (47.955,77 €) na ARS Centro.
Quadro 45. Custos das UCI Pediátricos da ARS Centro
Pela análise do pessoal médico (Quadro 46) pode-se constatar que nesta unidade existem cinco
intensivistas, dois com todo o horário dedicado aos CI e o número de ETC de não intensivistas é de
5,8. O número necessário de médicos nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
Pessoal 82,5%
Consumos 17,0%
Subcontratos 0,3%
Fornecimento e Serviços Externos
0,0%
Outros Custos 0,2%
ARS Centro
ARS Centro - Custos das UCI Pediátricos
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Universitário
de Coimbra474.748,22 € 97.826,77 € 1.859,35 € 58,30 € 976,60 € 575.469,24 €
ARS Centro 474.748,22 € 97.826,77 € 1.859,35 € 58,30 € 976,60 € 575.469,24 €
Entidades
Hospitalares
105
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
Quadro 46. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Centro
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 47) constata-se que o
CH não dá atualmente formação a internos de formação específica. O CH tem uma capacidade
formativa para 4 elementos, a qual está a ser usada na sua plenitude
Quadro 47. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Centro
ARS Centro - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH
Universitário
de Coimbra
5 2 3,4 8 5,8 5 2 2 2 2 2
ARS Centro 5 2 3,4 8 5,8 5 2 2 2 2 2
Entidades
Hospitalares
ARS Centro - Recursos da UCI Pediátricos - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de Internos
do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos (por
período de
estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva Pediátrica
do S/UCI com Aproveitamento e
Respetiva T itulação pela
Ordem dos Médicos
CH
Universitário
de Coimbra
0 4 4 0
ARS Centro 0 4 4 0
Entidades
Hospitalares
106
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 48) pode-se constatar que a unidade
dispõe de 34 enfermeiros, correspondentes a 34 ETC, 16 especialistas e 2 especialistas em
Reabilitação.
Quadro 48. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Centro
7.3.4. ARS LISBOA E VALE DO TEJO
A ARS de Lisboa e Vale do Tejo tem um total de 27 camas distribuídas por 3 unidades de cuidados
intensivos pediátricos e 1 unidade de neonatologia, a qual incorpora 4 camas de cuidados intensivos
pediátricos. Existem ainda mais 5 camas de cuidados intermédios e 2 camas encerradas por limitação
de profissionais no CH Lisboa Norte. A demora média da Região é de 5,0 dias e a taxa de ocupação é
de 69,8%. (Quadro 49)
ARS Centro - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
(Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio
e
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH
Universitário
de Coimbra
34 34 16 15,7 0 0 2 0 8 7 5 5 5 5
ARS Centro 34 34 16 15,7 0 0 2 0 8 7 5 5 5 5
Entidades
Hospitalares
107
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 49. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS LVT
Com exceção da unidade do H Fernando da Fonseca, constata-se uma cobertura praticamente total
das diferentes tipologias de monitorização avaliadas nas restantes três unidades (Quadro 50).
Total Menos de
18 anos
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CHLC – H D
Estefânia
1 9 0 0 346 1.982 5,7 60,3%
CHLN - H
Santa Maria1 8 0 2* 530 1.846 3,5 63,2%
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)**
1 6 0 415 2.194 5,3 100,2%
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
1 5 0 NR NR NR NR
H Garcia
Orta***1 4 0 0 95 855 9,0 58,6%
ARS de
Lisboa e
Vale do Tejo
1 2 2 27 5 2 1.386 6.877 5,0 69,8%
*Limitação de profissionais
**O movimento assistencial refere-se a doentes tratados
***Estas 4 camas estão incorporadas numa Unidade Neonatal com 15 camas
Entidades
Hospitalares
População da ARS Nível das UCIP
3.659.868 668.771
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
Nº de Camas
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
108
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - T ipologia da Monitorização das UCI Pediátricos
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísti
cas Iguais
UCI)
CHLC – H D
EstefâniaS S S S S S S N S N S S S S
CHLN - H
Santa MariaS S S S S S S S N N S S S N
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
OrtaS S S S S S N N NR N S S S N
Entidades
Hospitalares
S S S S S N S S SN N N N S
Quadro 50. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS LVT
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 51) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com NAVA no H Garcia de Horta, de
Pacemaker no CH Lisboa Central, Plasmaferese no H Garcia de Horta, ECMO em três unidades,
MARS em todas as unidades e Hipotermia em três das unidades avaliadas.
109
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 51. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS LVT
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 52) há várias diferenças a assinalar. Na região existem quatro
quartos de isolamento em duas das cinco unidades, sendo um com pressão negativa no H Fernando
Fonseca. De acordo com as respostas das unidades hospitalares existem diferenças entre as unidades
no que se refere à participação dos recursos humanos das mesmas no transporte inter-hospitalar e na
responsabilidade pela emergência intra-hospitalar. As equipas da UCI do CHLC e do H Garcia de Horta
garantem o transporte inter-hospitalar e a emergência intra-hospitalar. Já no CHLN os médicos da UCI
não participam no TIP, enquanto no H Fernando da Fonseca a Emergência Intra-hospitalar não está
sediada na UCI. No CHLN, a emergência Intra-Hospitalar é efetuada pela equipa de urgência de
Anestesiologia.
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CHLC – H D
EstefâniaS S S S S S S N S S S S N N N
CHLN - H
Santa MariaS S S S S S S S S S S S S N S
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
OrtaS S S N S S S S S N S S N N N
S N N NS S S S SS S S S S
Entidades
Hospitalares
S
110
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos das UCI Pediátricos
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na
UCI
Periodicame
nte
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
CHLC – H D
Estefânia3 NR NR NR NR NR NR S NR S S
CHLN - H
Santa Maria0 0 0 0 0 S* NA NA N N **
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
Orta0 0 0 0 0 N N N N S S
*Efectuada pela Anestesiologia nos doentes cirúrgicos e pela Medicina nos doentes médicos
** Efectuada pela equipa de urgência de Anestesiologia
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
N S N1 0 0 1 0 N N N
Quadro 52. Recursos das UCI’s Pediátricas da ARS LVT
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 53 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
Figura 12. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Constata-se o enorme peso dos custos (76,9 %) com recursos humanos na despesa geral.
Pessoal 76,9%
Consumos 19,0%
Subcontratos 0,2%
Fornecimento e Serviços Externos
2,1%
Outros Custos 1,8%
ARS LVT
111
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Pode também analisar-se, ainda que de uma forma grosseira o custo de cama de cuidados intensivos
pediátricos por ano (231.561.,26 €) para a ARSLVT.
Quadro 53. Custos das UCI Pediátricos da ARS LVT
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 54) pode-se constatar que as Unidades têm
números de intensivistas bastante diferentes que parecem ser reflexo do diferente tamanho e nível das
mesmas. O número necessário de médicos nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Custos das UCI Pediátricos
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CHLC – H D
Estefânia1.598.954,30 € 336.785,29 € 4.348,92 € 30.703,16 € 27.090,34 € 1.997.882,01 €
CHLN - H Santa
Maria719.972,75 € 427.534,78 € NR NR NR 1.147.507,53 €
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia Orta 1.694.692,18 € 233.701,80 € 2.714,12 € 12.644,51 € 58.111,77 € 2.001.864,38 €
ARS Lisboa e
Vale do Tejo4.805.319,23 € 1.187.121,87 € 11.463,04 € 132.847,67 € 115.402,11 € 6.252.153,92 €
791.700,00 € 189.100,00 € 4.400,00 € 89.500,00 € 30.200,00 € 1.104.900,00 €
Entidades
Hospitalares
112
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 54. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS LVT
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 55) constata-se que
apenas o CH.de Lisboa Central e o H. Fernando da Fonseca dão atualmente formação a internos de
formação específica. O CH de Lisboa Central tem uma capacidade formativa para 6 elementos e o H.
Fernando da Fonseca para 2, que estão a ser usadas na sua plenitude.
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CHLC – H D
Estefânia9 9 10,1 0 0 5 2 2 2 2 2
CHLN - H
Santa Maria0 0 0 5 NR 2 2 2 2 2 2
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
Orta*6 3 4,6 5 3,8 2 1 1 1 1 1
ARS LVT 17 14 16,7 14 7,8 11 6 6 6 6 6
*Todos os médicos com actividade também na Neonatolologia (15 postos) e Maternidade (SP e Puerpério)
Entidades
Hospitalares
2 2 2 4 4 2 1 1 1 1 1
113
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 55. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS LVT
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 56) pode-se constatar que a
distribuição do número de enfermeiros existentes não parece ser equitativa. É de realçar que no H.
Garcia da Orta as 4 camas pediátricas estão incorporadas numa Unidade de Neonatologia com 15
camas e que a atividade dos enfermeiros desta Unidade se distribuiu por um total de 19 camas.
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos da UCI Pediátricos - Capacidade Formativa - Pessoal
Médico -2012
Nº Médio de Internos
do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos (por
período de
estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva Pediátrica
do S/UCI com Aproveitamento e
Respetiva T itulação pela
Ordem dos Médicos
CHLC – H D
Estefânia5 6 6 0
CHLN - H
Santa Maria0 0 0 0
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
Orta0 0 0 0
ARS LVT 7 8 8 1
Entidades
Hospitalares
2 2 2 1
114
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 56. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS LVT
7.3.5. ARS NORTE
A ARS do Norte tem duas unidades de cuidados intensivos pediátricos situadas nos Centros
Hospitalares do Porto e do S. João com um total de 12 camas, existindo mais 4 camas de cuidados
intermédios no CH do Porto. A demora média da Região é de 8,1 dias e a taxa de ocupação é de 69%.
(Quadro 57)
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da Manhã,
Dia de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim de
Semana ou
Feriado
CHLC – H D
Estefânia24 24,4 6 6,1 24 24,4 1 0 6 5 5 4 4 4
CHLN - H
Santa Maria21 24,4 1 1,2 0 0 1 0 4 4 4 4 4 4
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
H Garcia
Orta*40 42,3 11 11,4 1 1,1 0 0 7 7 6 6 6 6
ARS LVT 102 110,1 20 20,7 27 27,5 2 0 20 19 18 17 17 17
*Todos os enfermeiros com actividade também na Neonatologial (15 Postos).
Entidades
Hospitalares
3 317 19 2 2 2 2 0 0 3 3 3 3
115
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Norte - T ipologia da Monitorização das UCI Pediátricos
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísti
cas Iguais
UCI)
CH Porto -
UCIS S S S S S S N S S S S S S
CH Porto - C
IntS S N S S N S N S N N S S S
CH S João S S S S S S S S S S S S S S
Entidades
Hospitalares
Quadro 57. Principais indicadores das UCI Pediátricos da ARS Norte
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total
nas duas unidades (Quadro 58).
Quadro 58. Tipologia de Monitorização das UCI Pediátricos da ARS Norte
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 59) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com NAVA, MARS e Hipotermia nas duas
unidades avaliadas. No que se refere a hemodiálise ambas as unidades têm acesso à hemodiálise
ainda que realizadas em Serviços de Nefrologia de Adultos.
Total Menos de
18 anos
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH Porto -
UCI1 6 0
CH Porto - C
Int1 4 0
CH S João 1 6 0 0 304 1.574 5,2 71,9%
ARS Norte 1 0 2 12 4 0 499 4.028 8,1 69,0%
195 2.454 12,6 67,2%
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011Nível das UCIP Nº de Camas
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
3.689.682 681.859
116
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Norte - Recursos das UCI Pediátricos
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na
UCI
Periodicame
nte
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
TIP
CH Porto -
UCI1 1 0 0 0 S NA NA S S S
CH Porto -
UCIntNR NR NR NR NR S NA NA S S N
CH S João 2 2 2 2 0 N N N N N N
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Entidades
Hospitalares
Quadro 59. Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos da ARS Norte
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 60) há várias diferenças a assinalar. Na região existem quartos de
isolamento nas duas UCI num total de 3 não existindo quartos com pressão negativa no CH Porto. De
acordo com as respostas das duas unidades hospitalares existem diferenças entre as duas unidades
no que se refere à participação dos recursos humanos das mesmas no transporte inter-hospitalar e na
responsabilidade pela emergência intra-hospitalar. As equipas da UCI do CH Porto garantem o
transporte inter-hospitalar e a emergência intra-hospitalar enquanto o mesmo não é garantido pelas
equipas do CH S. João. No entanto, pela análise das respostas percebe-se que não houve uma
resposta clara aos inquéritos já que é do domínio público que o transporte pediátrico inter-hospitalar
dedicado, decorrente de uma parceria entre o INEM e as instituições se encontra atualmente sediado
no CHSJ.
Quadro 60. Recursos das UCI Pediátricos da ARS Norte
ARS Norte - Técnicas Terapêuticas das UCI Pediátricos
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH Porto -
UCIS S S N S S S S S S S S N N N
CH Porto -
UCIntS S N N N S S S S S S S N N N
CH S João S S S N S S S S S S N S S N N
Entidades
Hospitalares
117
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 61 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
Figura 13. Distribuição dos Custos das UCI Pediátricos da ARS Norte
Constata-se o enorme peso dos custos (68,9 %) com recursos humanos na despesa geral.
Pode também analisar-se, ainda que de uma forma grosseira, o custo de cama de cuidados intensivos
pediátricos por ano (292.372.,28 €) na ARS Norte.
Quadro 61. Custos das UCI Pediátricos da ARS Norte
Pessoal 68,9%
Consumos 21,6%
Subcontratos 0,4%
Fornecimento e Serviços Externos
3,7%
Outros Custos 5,5%
ARS Norte
ARS Norte - Custos das UCI Pediátricos
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Porto - UCI
CH Porto -
UCInt
CH S João 1.120.555,00 € 330.041,00 € 8.073,00 € 37.491,00 € 159.336,00 € 1.655.496,00 €
ARS Norte 2.416.028,63 € 759.427,07 € 12.858,70 € 128.340,12 € 191.812,86 € 3.508.467,37 €
1.295.473,63 € 429.386,07 € 4.785,70 € 90.849,12 € 32.476,86 € 1.852.971,37 €
Entidades
Hospitalares
118
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 62. Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Norte
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 63) constata-se que
apenas o CH. S. João dá atualmente formação a internos de formação específica. O CH Porto, embora
tenha capacidade formativa para 2 internos, não tem idoneidade formativa.
Quadro 63. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Pediátricos da ARS Norte
ARS Norte - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Porto -
UCI*
CH Porto -
UCInt
CH S João 7 7 7,8 0 0 4 1 2 1 1 1
ARS Norte 15 13 15,6 0 0 8 2 4 2 2 2
*Dois dos 8 intensivistas têm redução de horário, respetivamente 24 e 20 horas semanais
Entidades
Hospitalares
8 6 7,8 0 0 4 1 2 1 1 1
ARS Norte - Recursos da UCI Pediátricos - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de Internos
do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos (por
período de
estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva Pediátrica
do S/UCI com Aproveitamento e
Respetiva T itulação pela
Ordem dos Médicos
CH Porto -
UCI*
CH Porto -
UCInt
CH S João 5 5 5 4
ARS Norte 5 7 5 7
*Aguarda idoneidade OM
Entidades
Hospitalares
0 2 0 3
119
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 64) pode-se constatar que o número de
enfermeiros existentes em ambas as unidades é muito similar, assim como a sua distribuição pelos
diferentes turnos e diferentes dias da semana.
Quadro 64. Pessoal de Enfermagem das UCI Pediátricos da ARS Norte
7.4. UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS POLIVALENTES (ADULTOS)
Portugal continental dispunha, à data de 31 de Dezembro de 2012, de 50 unidades de cuidados
intensivos polivalentes de adultos (nível II e III) e 467 camas de cuidados intensivos polivalentes
(Nível II e III) distribuídas da forma indicada na Figura 14. Este número de camas corresponde a
um ratio de 5,66 camas (sem camas de cuidados intermédios) por 100.000 habitantes de 18 e mais
anos.
Constata-se a existência de trinta e quatro unidades de nível III (2 no Algarve, 2 no Centro, 18 na
região de saúde de LVT e 12 no Norte), dezasseis unidades de nível II (3 no Alentejo, 5 no Centro,
4 na região de saúde de LVT e 4 no Norte), cinco unidades de nível I (1 no Centro e 4 na região de
ARS Norte - Recursos da UCI Pediátricos - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
(Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio
e
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Porto -
UCI
CH Porto -
UCInt
CH S João 20 20,9 10 10 0 0 0 0 4 4 3 3 3 3
ARS Norte 43 44,4 21 21 0 0 1 1 8 8 6 6 6 6
Entidades
Hospitalares
23 23,5 11 11 0 0 1 1 4 4 3 3 3 3
120
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
saúde de LVT) e seis unidades de cuidados intermédios na direta dependência de uma UCI (1 no
Algarve, 2 na região de LVT e 3 no Norte).
Figura 14. Mapa de distribuição por ARS das UCI Polivalentes de adultos
16 UCI Polivalentes
3 UC Intermédios TOTAL: 149 camas de cuidados intensivos e 37 de cuidados intermédios
7 UCI Polivalentes
1 UC Intermédios TOTAL: 65 camas de cuidados intensivos e 8 camas de cuidados intermédios
22 UCI Polivalentes
6 UC Intermédios TOTAL: 205 camas de cuidados intensivos e 22 de cuidados intermédios
3 UCI Polivalentes
TOTAL: 20 camas de cuidados intensivos
2 UCI Polivalentes
1 UC Intermédios TOTAL: 28 camas de cuidados intensivos e 10 de cuidados intermédios
121
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.4.1. ARS ALENTEJO
A ARS do Alentejo tem três unidades de cuidados intensivos polivalentes (todas de nível II) com um
total de 20 camas, o que dá um total de 4,7 camas por 100.000 habitantes de 18 e mais anos. Na
região existe 1 cama encerrada por limitação de material. A demora média da Região é de 7,6 dias e a
taxa de ocupação é de 58,6%. (Quadro 65). As oscilações são significativamente menores do que
acontece nas outras regiões, facto este que se deve provavelmente à menor dimensão destas
unidades. Os valores da demora média oscilam entre os 6,1 e os 9,6 dias e as taxas de ocupação entre
os 57,2 e os 60,5 %.
Quadro 65. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total nas
unidades existentes, excetuando-se a Pressão Intracraniana (inexistente em qualquer das unidades),
BIS (não tem a ULS Baixo Alentejo e ULS Litoral Alentejano); NIRS (não tem o H Espírito Santo e a
ULS Baixo Alentejo). (Quadro 66)
Total
18 e
mais
anos
I II III
Cuida
dos
Intensi
vos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
Hospital do
Espírito Santo1 5 0 109 1.044 9,6 57,2%
ULS Baixo
Alentejo1 8 0 275 1.684 6,1 57,7%
ULS Litoral
Alentejano1 7 1* 182 1.547 8,5 60,5%
ARS do
Alentejo0 3 0 20 0 1 566 4.275 7,6 58,6%
*Limitação de material
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
Nível das UCI
Polivalentes
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Demora
Média
509.849 429.541
Taxa de
Ocupação
Nº de Camas
122
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Alentejo - T ipologia da Monitorização das UCI Polivalentes
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterístic
as Iguais
UCI)
Hospital do
Espírito SantoS S N S S N S S S N S S S S
ULS Baixo
AlentejoS S S S S N S S N N N N S S
ULS Litoral
AlentejanoS S S S S N S S N S S S S S
Entidades
Hospitalares
Quadro 66. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 67) constata-se uma boa
cobertura homogénea das mesmas salientando-se a ausência de Ventilação com VOAF, de Ventilação
com NAVA, de Óxido Nítrico, de ECMO e de MARS em todas as unidades da região
Plasmaferese, Hemodiálise e Diálise Peritoneal não estão disponíveis na ULS Baixo Alentejo e ULS
Litoral Alentejano. A Hipotermia apenas não está disponível na ULS do Litoral Alentejano. Estas faltas
não são preocupantes se os serviços de referenciação funcionarem adequadamente.
No que se refere às técnicas terapêuticas assume-se uma análise sobreponível à realizada para as
Unidades da ARS Norte.
Quadro 67. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
ARS do Alentejo - Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
Hospital do
Espírito SantoS S N N N S S S S S S S N N S
ULS Baixo
AlentejoS S N N N S S S S N N N N N S
ULS Litoral
AlentejanoS S N N N S S S S N N N N N N
Entidades
Hospitalares
123
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Alentejo - Recursos das UCI Polivalentes
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
Hospital do
Espírito Santo1 0 0 0 1 N N N N N N
ULS Baixo
Alentejo0 0 0 0 0 N N S N S N
ULS Litoral
Alentejano1 1 1 1 0 N N N N N N
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Entidades
Hospitalares
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 68) há algumas diferenças a assinalar. Na região, só não têm
quartos de isolamento a ULS do Baixo Alentejo. Nenhuma das unidades possui o transporte Inter-
hospitalar sediado na UCI e, apenas na ULS Baixo Alentejo existem médicos da UCI a participarem no
TIP.
Em nenhuma das unidades, o transporte Intra-hospitalar está sediado na UCI.
Quadro 68. Recursos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 69 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
124
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 15 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
Constata-se o enorme peso dos custos (65,8 %) com recursos humanos na despesa geral, relacionado
eventualmente com a reduzida dimensão das Unidades.
Pode também analisar-se ainda, que de uma forma grosseira, o custo de cama de cuidados intensivos
polivalentes por ano foi de 228.986,09€ e o custo médio por doente saído é de 8.091,38 €.
Quadro 69. Custos das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 70) pode-se constatar que as três unidades
apresentam um total de onze intensivistas, correspondente a 7,79 ETC. A distribuição de intensivistas
pelos diferentes turnos parece ser homogénea. O número de ETC de não intensivistas é cerca de
metade do número de ETC de intensivistas.
Pessoal 65,8%
Consumos 24,4%
Subcontratos 0,5%
Fornecimento e Serviços Externos
6,5%
Outros Custos 2,7%
ARS Alentejo
ARS do Alentejo - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
Hospital do Espírito
Santo923.493,35 € 353.288,49 € 8.443,37 € 36.251,50 € 103.138,51 € 1.424.615,22 €
ULS Baixo Alentejo* 1.306.313,80 € 311.628,62 € 4.570,85 € 20.356,73 € 2.898,39 € 1.645.768,39 €
ULS Litoral
Alentejano785.832,66 € 453.270,47 € 8.308,73 € 242.855,38 € 19.070,90 € 1.509.338,14 €
ARS do Alentejo 3.015.639,81 € 1.118.187,58 € 21.322,95 € 299.463,61 € 125.107,80 € 4.579.721,75 €
*Apenas custos diretos
Entidades
Hospitalares
125
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
O número de médicos necessário e desejável nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
Quadro 70. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 71) constata-se que na
unidade com capacidade formativa, o número de formandos não atinge o limite máximo.
Quadro 71. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
ARS do Alentejo - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
Hospital do
Espírito Santo6 2 2,00 2 2,00 3 1 1 1 1 1
ULS Baixo
Alentejo4 4 4,69 0 0,00 3 1 1 1 1 1
ULS Litoral
Alentejano1* 1* 1,10 2* 2,20 2 1 2 1 1 1
ARS Alentejo 11 7 7,79 4 4,2 8 3 4 3 3 3
*4 em trabalho excl periodo urgencia (médicos intensivistas e não intensivistas)
Entidades
Hospitalares
ARS do Alentejo - Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico
Nº Médio de
Internos do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº
de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação
Específica da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao Exame para
Sub-Especialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com
Aproveitamento e Respetiva
T itulação pela Ordem dos
Médicos
Hospital do
Espírito Santo0 0 0 1 2
ULS Baixo
Alentejo1 2 1 0 0
ULS Litoral
Alentejano0 0 0 0 0
ARS Alentejo 1 2 1 1 2
Entidades
Hospitalares
126
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 72) constata-se que dispõem de 58
enfermeiros, correspondentes a 61 ETC, sendo 6 especialistas correspondentes a 6,29 ETC.
Quadro 72. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS do Alentejo
7.4.2. ARS ALGARVE
A ARS do Algarve tem duas unidades de cuidados intensivos polivalentes (nível III) com um total de 28
camas e uma unidade com 10 camas de cuidados intermédios, o que dá um total de 7,6 camas (sem
camas de cuidados intermédios) por 100.000 habitantes de 18 e mais anos. A demora média da Região
é de 6,0 dias e a taxa de ocupação é de 79,1%. (Quadro 73). A assimetria de indicadores é pequena
considerando a existência de somente duas unidades com valores de demora média entre 6,7 e 9,1
dias e de taxa de ocupação entre 67,9 e 75,6 %.
ARS do Alentejo - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
Hospital do
Espírito Santo19 20,00 4 4,00 1 1,00 2 0,00 3 3 3 3 2 2
ULS Baixo
Alentejo21 23,00 2 2,29 0 0,00 2 2,29 4 4 4 4 3 3
ULS Litoral
Alentejano18 18,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 3 3 3 3 3
ARS Alentejo 58 61,00 6 6,29 1 1,00 4 2,29 10 10 10 10 8 8
Entidades
Hospitalares
127
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - T ipologia da Monitorização das UCI Polivalentes
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterístic
as Iguais
UCI)
CH Barlavento
AlgarvioS S N S S S S S S N N S N S
Hospital de
Faro (C. Int)S S N S S S S N N N N S S S
Hospital de
Faro (UCI)S S S S S S S S N N N S S S
Entidades
Hospitalares
Quadro 73. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total nas
unidades existentes, excetuando-se ETCO2 (inexistente no CH Barlavento Algarvio), BIS (não tem o H
Faro); NIRS e EEG (não existe em qualquer das unidades) e o Doseamento de Fármacos e Tóxicos
que não existe no CH Barlavento Algarvio. (Quadro 74).
Quadro 74. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
Total18 e
mais
anos
I II III
Cuida
dos
Intensi
vos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH Barlavento
Algarvio1 12 0 494 3.310 6,7 75,6%
Hospital de
Faro (UCI)1 16 0 437 3.966 9,1 67,9%
Hospital de
Faro (C. Int)1 10 0 895 3.700 4,1 101,4%
ARS do
Algarve1 0 2 28 10 0 1.826 10.976 6,0 79,1%
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
Nível das UCI
Polivalentes
Taxa de
Ocupação
Doentes
Saídos
Dias de
Internamento
Nº de Camas
451.006 370.704
Demora
Média
128
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 75) constata-se uma boa
cobertura homogénea das mesmas salientando-se a ausência de Ventilação com VOAF, ECMO e de
MARS em todas as unidades da região, de Ventilação com NAVA, Óxido Nítrico, Hemodiálise e Diálise
Peritoneal no CH Algarvio e Hipotermia que não está disponível no H Faro.
Quadro 75. Técnicas Terapêuticas das UCIS Polivalentes da ARS do Algarve
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 76) assinala-se que, na região, existem quatro quartos de
isolamento, sendo que, no H Faro um deles tem pressão positiva e negativa e o outro é sem tratamento
especial de ar.
Nenhuma das unidades possui o transporte Inter-hospitalar sediado na UCI e, apenas no H Faro
existem médicos da UCI a participarem no TIP.
O transporte Intra-hospitalar está sediado na UCI apenas no CH Barlavento Algarvio
ARS do Algarve - Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH Barlavento
AlgarvioS S N N N S S S S S N N N N S
Hospital de
Faro (UCI)S S N S S S S S S S S S N N N
Hospital de
Faro (C. Int)S S N N N S S S S S S S N N N
Entidades
Hospitalares
129
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - Recursos das UCI Polivalentes
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
CH Barlavento
Algarvio2 0 0 0 0 N N N N N S
Hospital de
Faro (C. Int)0 0 0 0 0 N N N S N N
Hospital de
Faro (UCI)2 0 0 1 1 N N S S S N
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Quadro 76. Recursos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 77 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
Figura 16 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
Constata-se o enorme peso dos custos (67,9 %) com recursos humanos na despesa geral, o que
reflete provavelmente a baixa relação médico/nº camas.
Pode também analisar-se ainda, que de uma forma grosseira, o custo de cama de cuidados intensivos
polivalentes por ano foi de 185.957,89 € e o custo médio por doente saído foi de 3.869,87 €.
Pessoal 67,9%
Consumos 27,5%
Subcontratos 0,7%
Fornecimento e Serviços Externos
1,7%
Outros Custos 2,1%
ARS Algarve
130
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS do Algarve - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Barlavento
Algarvio1.579.731,72 846.681,34 34.860,66 33.013,69 57.848,43 2.552.135,84
Hospital de Faro (C.
Int)1.493.952,35 € 73.619,89 € 10.128,96 € 59.560,84 € 369,35 € 1.637.631,39 €
Hospital de Faro
(UCI)1.724.618,71 € 1.022.135,07 € 7.174,08 € 31.002,90 € 91.701,67 € 2.876.632,43 €
ARS do Algarve 4.798.302,78 € 1.942.436,30 € 52.163,70 € 123.577,43 € 149.919,45 € 7.066.399,66 €
Entidades
Hospitalares
Quadro 77. Custos das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 78) pode-se constatar que as duas unidades
apresentam um total de seis intensivistas, correspondente a 6,20 ETC. A distribuição de intensivistas
pelos diferentes turnos parece ser homogénea. O número de ETC de não intensivistas é cerca do
dobro do número de ETC de intensivistas.
O número de médicos necessário e desejável nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
Quadro 78. Pessoal Médico das UCIS Polivalentes da ARS do Algarve
ARS do Algarve - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Barlavento
Algarvio3 3 3,00 5 2,00 4 2 2 2 2 2
Hospital de
Faro (UCI)3 3 3,20 8 4,99 4 2 2 2 2 2
Hospital de
Faro (C. Int)0 0 0,00 5 6,60 2 1 1 1 1 1
ARS Algarve 6 6 6,20 18 13,59 10 5 5 5 5 5
Entidades
Hospitalares
131
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 79) constata-se que nas
duas unidades com capacidade formativa, o número de formandos não atinge o limite máximo.
Quadro 79. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 80) constata-se que dispõem de 98 enfermeiros, correspondentes a 96 ETC, sendo 13 especialistas correspondentes a 13,00 ETC.
Quadro 80. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS do Algarve
ARS do Algarve - Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico
Nº Médio de
Internos do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº
de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação
Específica da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao Exame para
Sub-Especialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com
Aproveitamento e Respetiva
T itulação pela Ordem dos
Médicos
CH Barlavento
Algarvio2 4 2 2 0
Hospital de
Faro (UCI)*0 5 0 2 0
Hospital de
Faro (C. Int)0 0 0 0 0
ARS Algarve 2 9 2 4 0
*Os 2 especialistas estão em formação em unidades externas ao Hospital de Faro
Entidades
Hospitalares
ARS do Algarve - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Barlavento
Algarvio33 32,00 3 3,00 1 1,00 1 1,00 7 6 6 6 5 5
Hospital de
Faro (UCI)50 50,00 9 9,00 1 1,00 1 0,00 8 8 8 8 8 8
Hospital de
Faro (C. Int)15 14,00 1 1,00 0 0,00 1 0,00 3 3 3 3 3 3
ARS Algarve 98 96,00 13 13,00 2 2,00 3 1,00 18 17 17 17 16 16
Entidades
Hospitalares
132
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.4.3. ARS CENTRO
A ARS do Centro tem oito unidades de cuidados intensivos polivalentes (6 de nível II e 2 de nível
III) com um total de 73 camas, o que dá um total de 5 camas por 100.000 habitantes de 18 e mais
anos. Na região estão encerradas 6 camas por limitação de profissionais. A demora média da
Região é de 10,4 dias e a taxa de ocupação é de 74,3%. (Quadro 81). Constata-se que existem
igualmente valores díspares entre as diferentes unidades da região Centro com valores que
oscilam entre 5,4 e 54,8 dias no que se refere à demora média e valores de taxa de ocupação que
oscilam entre os 61,5 e os 81,3 %.
Quadro 81. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS Centro
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total nas
unidades existentes, excetuando-se: a Pressão Intracraniana (não tem o CH Baixo Vouga, CH Cova da
Total18 e mais
anosI II III
Cuida
dos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH Baixo
Vouga1 6 0 160 1.435 9,0 65,5%
CH Cova da
Beira1 6 3* 322 1.750 5,4 79,9%
CH Leiria -
Pombal1 10 3* 51 2.797 54,8 76,6%
CH Tondela -
Viseu1 8 0 236 1.796 7,6 61,5%
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
1 9 0 355 2.603 7,3 79,2%
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
1 20 0 528 5.937 11,2 81,3%
ULS Castelo
Branco1 8 0 97 2.037 21,0 69,8%
ULS Guarda 1 6 0 154 1.434 9,3 65,5%
ARS Centro 1 5 2 73 0 6 1.903 19.789 10,4 74,3%
*Limitação de Profissionais
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
Nível das UCI
PolivalentesNº de Camas
Doentes
Saídos
1.737.216 1.451.921
Dias de
Internamento
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
133
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Centro - T ipologia da Monitorização das UCI Polivalentes
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
CH Baixo
VougaS S S S S N S S S N S S S S
CH Cova da
BeiraS S S S S N S S N N S S S N
CH Leiria -
PombalS S S S S N S S S N N S S* S
CH Tondela -
ViseuS S S S S S S S N S N S S S
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
S S S S S S S S S N N N N S
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
S S S S S S S S N N S S N S
ULS Castelo
BrancoS S S S S N S S N N N S S S
ULS Guarda S S N S S N S S N N N S S S
*Feito no laboratório
Entidades
Hospitalares
Beira, ULS Castelo Branco e ULS da Guarda), BIS (não tem o CH Cova da Beira, CH Tondela – Viseu,
CH Universitário de Coimbra, ULS Castelo Branco e ULS da Guarda); nenhuma das unidades possui
NIRS, EEG Contínuo (não tem o CH Leiria Pombal, CH Tondela – Viseu, CH Universitário de Coimbra,
ULS Castelo Branco e ULS da Guarda). (Quadro 82).
No que se refere às tipologias de monitorização assume-se que elas só devem existir em unidades que
recebam regularmente doentes neuro críticos.
Salienta-se o facto desviante de existir um hospital sem maca de transporte com ventilador.
Quadro 82. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS Centro
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 83) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com VOAF em todas as unidades da região
exceto na ULS de Castelo Branco, de Ventilação com NAVA em todas as unidades, de Óxido Nítrico
em todas as unidades da região exceto na ULS da Guarda, de Diálise Peritoneal em todas as unidades
134
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
da região exceto no CH Tondela – Viseu e ULS de Castelo Branco, e de ECMO e MARS em todas as
unidades.
No que se refere às técnicas terapêuticas assume-se uma análise sobreponível à realizada para as
Unidades da ARS Norte.
Quadro 83. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS Centro
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 84) há algumas diferenças a assinalar. Na região, não têm quartos
de isolamento o CH Baixo Vouga, a ULS Castelo Branco e a ULS da Guarda.
Não existindo na região quartos com Pressão Positiva, só o CH Leiria Pombal (3) e CH Universitário de
Coimbra (3) têm quartos de isolamento com Pressão Negativa. Com Pressão Positiva e Negativa existe
1 quarto no CH Leiria Pombal e dois no CH Tondela Viseu. Os dois quadros do CH da Cova da Beira
não têm tratamento especial de ar.
ARS Centro - Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH Baixo
VougaS S N N N S S S S N N N N N S
CH Cova da
BeiraS S N N N S S S S S S N N N S
CH Leiria -
PombalS S N N N S S S S S S N N N S
CH Tondela -
ViseuS S N N N S S S S S S S N N N
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
S S N N N S S S S N S N N N S
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
S S N N N S S S S N S N N N S
ULS Castelo
BrancoS S S N N S S S S S S S N N S
ULS Guarda S S N N S S S S S S N N N N S
Entidades
Hospitalares
135
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Centro - Recursos das UCI Polivalentes
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
CH Cova da
Beira2 NR NR 0 2 N NR NR NR S S
CH Baixo
Vouga0 0 0 0 0 N N N N S N
CH Leiria -
Pombal4 0 3 1 0 N N N N N S
CH Tondela -
Viseu2 0 0 2 0 N N N N S N
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
1 0 1 0 0 N N N N S S
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
2 0 2 0 0 N N N N S S
ULS Castelo
Branco0 0 0 0 0 N N S S S S
ULS Guarda 0 0 0 0 0 N NA NA N S N
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Nenhuma das unidades tem TIP sediado na UCI, embora os médicos de todas elas, exceto do CH
Leiria Pombal, participem no transporte inter-hospitalar.
No que se refere ao transporte Intra-hospitalar, apenas nos CH Baixo Vouga, CH Tondela Viseu e ULS
Guarda o mesmo não está sediado na UCI.
Quadro 84. Recursos das UCI Polivalentes da ARS Centro
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 84 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
136
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 17 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS Centro
Constata-se o enorme peso dos custos (63,7 %) com recursos humanos na despesa geral.
Pode também analisar-se ainda, que de uma forma grosseira, o custo de cama de cuidados intensivos
polivalentes por ano foi de 248.656,55€ e custo médio por doente saído de 9.538,58 €.
Quadro 85. Custos das UCI Polivalentes da ARS Centro
Pessoal 63,7%
Consumos 25,7%
Subcontratos 2,5%
Fornecimento e Serviços Externos
3,3%
Outros Custos 4,8%
ARS Centro
ARS Centro - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Baixo Vouga 1.099.837,69 € 450.301,20 € 51.004,75 € 43.599,14 € 22.708,37 € 1.667.451,15 €
CH Cova da Beira 1.061.209,83 € 395.886,33 € 361.543,64 € 87.931,93 € 9.012,27 € 1.915.584,00 €
CH Leiria - Pombal 1.278.716,18 € 385.004,16 € 3.801,67 € 104.996,31 € 500.630,86 € 2.273.149,18 €
CH Tondela - Viseu 1.065.931,00 € 273.269,00 € 680,00 € 69.615,00 € 24.152,00 € 1.433.647,00 €
CH Universitário de
Coimbra (HG - UCI)1.759.831,44 € 633.134,82 € 2.660,77 € 37.321,54 € 32.257,51 € 2.465.206,08 €
CH Universitário de
Coimbra (HUC -
UCI)
3.098.311,84 € 1.589.106,82 € 796,40 € 104.873,14 € 259.188,38 € 5.052.276,58 €
ULS Castelo
Branco1.186.520,56 € 560.903,61 € 30.553,48 € 73.406,46 € 2.320,41 € 1.853.704,52 €
ULS Guarda 1.005.005,07 € 381.104,51 € 3.359,28 € 74.492,19 € 26.948,42 € 1.490.909,47 €
ARS Centro 11.555.363,61 € 4.668.710,45 € 454.399,99 € 596.235,71 € 877.218,22 € 18.151.927,98 €
Entidades
Hospitalares
137
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 86) pode-se constatar que as unidades
apresentam um número idêntico de intensivistas, excetuando-se as unidades do CH Universitário de
Coimbra. A distribuição de intensivistas pelos diferentes turnos parece ser homogénea. O número de
ETC de não intensivistas é cerca de metade do número de ETC de intensivistas.
O número de médicos necessários e desejável nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
Quadro 86. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Centro
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 87) constata-se que
não existem diferenças significativas a assinalar, excetuando no que se refere ao CH Universitário de
Coimbra.
ARS Centro - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Baixo
Vouga*2 1 1,54 7 3,88 2 1 1 1 1 1
CH Cova da
Beira2 2 2,29 2 0,00 2 1 2 1 1 1
CH Leiria -
Pombal3 3 3,43 4 3,31 4 2 2 2 1 1
CH Tondela -
Viseu4 4 4,74 3 3,60 6 2 1 1 1 1
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
7 7 7,94 0 0,00 6 2 2 2 2 3
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
12 12 13,45 0 0,00 9 3 3 3 3 3
ULS Castelo
Branco2 2 2,34 4 4,54 3 1 1 1 1 1
ULS Guarda 1 1 1,00 3 3,00 3 1 3 1 1 1
ARS Centro 33 32 36,72 23 18,33 35 13 15 12 11 12
*Estão incluídas colaborações externas (4 elementos do quadro e 5 colaboradores)
Entidades
Hospitalares
138
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 87. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Centro
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 88) constata-se que dispõem de 227
enfermeiros, correspondentes a 229,13 ETC, sendo 29 especialistas correspondentes a 29,00 ETC.
ARS Centro - Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico
Nº Médio de
Internos do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº
de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação
Específica da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao Exame para
Sub-Especialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com
Aproveitamento e Respetiva
T itulação pela Ordem dos
Médicos
CH Baixo
Vouga0 0 0 2 1
CH Cova da
Beira1 2 1 0 0
CH Leiria -
Pombal2 4 2 0 0
CH Tondela -
Viseu3 3 3 0 4
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCI)
4 4 4 1 1
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
10 10 10 2 0
ULS Castelo
Branco0 0 0 0 0
ULS Guarda 0 0 0 1 1
ARS Centro 20 23 20 6 7
Entidades
Hospitalares
139
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 88. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS Centro
7.4.4. ARS LISBOA E VALE DO TEJO
A ARS de Lisboa e Vale do Tejo tem vinte e seis unidades de cuidados intensivos polivalentes (4 de
nível I, 3 delas incorporadas em UCIP de nível superior, 4 de nível II e 18 de nível III) com um total de
205 camas e, ainda, duas unidades de cuidados intermédios com vinte e duas camas de cuidados
intermédios, o que dá um total de 6,9 camas (sem camas de cuidados intermédios) por 100.000
habitantes de 18 e mais anos. Na região estão encerradas 8 camas, 7 por limitação de profissionais e 1
ARS Centro - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Baixo
Vouga18 18,28 2 2,00 NR NR 1 1,00 3 3 3 3 3 3
CH Cova da
Beira19 19,00 6 6,00 NR NR 4 0,00 3 3 3 3 3 3
CH Leiria -
Pombal29 30,71 3 3,00 0 0,00 1 0,00 6 6 5 5 4 4
CH Tondela -
Viseu25 25,14 1 1,00 1 1,00 1 NR 5 5 4 4 4 4
CH
Universitário de
Coimbra (HG -
UCI)
30 30,00 1 1,00 0 0,00 1 1,00 6 6 4 4 4 4
CH
Universitário de
Coimbra (HUC -
UCI)
64 64,00 4 4,00 0 0,00 3 3,00 14 14 11 11 9 9
ULS Castelo
Branco23 23,00 2 2,00 0 0,00 2 2,00 4 4 4 4 3 3
ULS Guarda 19 19,00 10 10,00 1 1,00 1 0,00 4 4 3 3 3 3
ARS Centro 227 229,13 29 29,00 2 2,00 14 7,00 45 45 37 37 33 33
Entidades
Hospitalares
140
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
por limitação de material. A demora média da Região é de 6,3 dias e a taxa de ocupação é de 78%.
(Quadro 89). Ao analisar os valores mínimos e máximos destes dois últimos indicadores podemos, a
semelhança do que acontece noutras regiões perceber que existe margem de melhoria de eficiência e
de melhor rentabilização das camas existentes. Desta forma podemos constatar valores de demora
média que oscila entre 4,3 e 20 dias e valores de taxa de ocupação entre 43 e 99,6 %.
141
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 89. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS LVT
Total18 e mais
anos
I II III
Cuida
dos
Intensi
vos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH Barreiro
Montijo1 5 0 195 1.550 7,9 84,9%
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
1 1 1 22 0 1.086 7.020 6,5 87,4%
CH Lisboa
Central (UCIP1
- UCI)
1 1 1 16 0 986 4.381 4,4 75,0%
CH Lisboa
Central (UCIP4
- UCI)
1 6 0 295 1.966 6,7 89,8%
CH Lisboa
Central (UCIP7
- UCI)
1 14 4* 930 3.965 4,3 77,6%
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
1 1 20 0 840 6.883 8,2 94,3%
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
1 11 0 454 3.799 8,4 94,6%
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
1 5 0 222 1.637 7,4 89,7%
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
2 16 0 520 4.952 9,5 84,8%
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
2 17 0 759 5.226 6,9 84,2%
CH Médio
Tejo1 9 0 459 2.072 4,5 63,1%
CH Setúbal 1 6 1** 314 1.766 5,6 80,6%
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
1 10 0 474 2.675 5,6 73,3%
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
1 12 0 1.176 3.036 2,6 69,3%
Hospital de
Cascais***1 1 8 10 0 425 2.264 5,3 77,5%
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)
1 6 0 47 942 20,0 43,0%
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)
1 14 0 110 1.386 12,6 27,1%
Hospital
Garcia de Orta1 8 1* 244 2.539 10,4 87,0%
Hospital
Santarém1 6 0 138 1.571 11,4 71,7%
IPO de Lisboa 1 6 2* 188 2.181 11,6 99,6%
ARS de
Lisboa e Vale
do Tejo
6 4 18 205 22 8 9.862 61.811 6,3 78,0%
*Limitação de Profissionais
**Limitação de material*** Doentes saídos inclui transferências internas
3.659.868 2.991.097
Nível das UCI
Polivalentes
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
Dias de
Internamento
Demora
Média
Taxa de
Ocupação
Nº de Camas
Doentes
Saídos
142
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total nas
unidades existentes, excetuando-se a Pressão Intracraniana (não tem o CH Barreiro – Montijo, o CH
Lisboa Central, o CH Médio Tejo, CH Setúbal, H Beatriz Ângelo, H Cascais, H Fernando da Fonseca, H
Santarém e IPO Lisboa), BIS (não tem o CH Lisboa Central, CH Lisboa Norte, CH Setúbal, H Cascais,
H Fernando da Fonseca e IPO Lisboa); NIRS (não tem CH Lisboa Central, CH Lisboa Norte, CH Médio
Tejo, CH Setúbal, H Beatriz Ângelo, H Cascais, H Fernando da Fonseca, H Garcia de Horta, H
Santarém e IPO Lisboa), EEG Contínuo (não tem o CH Barreiro – Montijo, 2 unidades do CH Lisboa
Central, 1 unidade do CH Lisboa Norte, CH Médio Tejo, CH Setúbal e H Beatriz Ângelo). (
Quadro 90). Tal facto não é de estranhar pois trata-se de unidades que habitualmente não tratam
doentes neuro críticos.
143
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 90. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - T ipologia da Monitorização das UCI Polivalentes
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
(Caraterístic
as Iguais
UCI)
CH Barreiro
MontijoS S N S S N S S S S N S S S
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
S S S S S S S S S S S S S S
CH Lisboa
Central (UCIP1
- UCI)
S S S S S S S S S N S S S S
CH Lisboa
Central (UCIP4
- UCI)
S S N S S N S S N N N S S S
CH Lisboa
Central (UCIP7
- UCI)
S S S S S N S S S N N S S S
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
S S S S S S S S N N S S S S
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
S S S S S S S S S N S S S N
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
S S S S S S S S N N N S S N
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
S S S S S S S S S S S S S S
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
S S S S S S S S S S S S S S
CH Médio
TejoS S S S S N S S S N N S S S
CH Setúbal S S N S S N S S N N N S S N*
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
S S S S S N S S S N N S S S
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
S S S S S N S S S N N S S S
Hospital de
CascaisS S S S S N S S N N S S S S
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)
S S S S S N S S N N S S S S
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)
S S S S S N S S N N S S S S
Hospital
Garcia de OrtaS S S S S S S S S N S S S S
Hospital
SantarémS S S S S N S S S N S S S S
IPO de Lisboa S S S S S N S S N N S S S S
*Possui equipamento de ventilação mecânica e monitorização de transporte adaptáveis à cama ou maca usada para transporte
Entidades
Hospitalares
144
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 91) constata-se uma boa
cobertura homogénea das mesmas salientando-se a ausência de Ventilação com VOAF em todas as
unidades da região exceto no CH Lisboa Norte e CH Lisboa Ocidental (o que não causa grande
preocupação dada a progressiva substituição desta técnica pela ECMO VV ou VA), de Ventilação com
NAVA em todas as unidades exceto numa das unidades do CH Lisboa Central e noutra do CH Lisboa
Norte, de Óxido Nítrico em todas as unidades da região exceto numa unidade do CH Lisboa Norte e no
CH Lisboa Ocidental (hoje de utilização cada vez menos recomendada em adultos), de Diálise
Peritoneal em todas as unidades da região exceto no CH Lisboa Norte e CH Lisboa Ocidental, de
ECMO em todas as unidades da região exceto numa unidade do CH Lisboa Central, no CH Lisboa
Norte, numa unidade do CH Lisboa Ocidental e no IPO Lisboa, MARS em todas as unidades da região
exceto em três unidades do CH Lisboa Central, no CH Lisboa Ocidental e no IPO Lisboa e Hipotermia
em todas as unidades exceto em duas unidades do CH Lisboa Central, uma unidade do CH Lisboa
Ocidental, no CH Médio Tejo, H Beatriz Ângelo e H Cascais.
Ressalva-se tal como já referido que todas as unidades devem ter acesso a macas de transporte com
ventilação.
145
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 91. Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes da ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar (Quadro 92) há algumas diferenças a assinalar. Na região, não têm quartos
de isolamento o CH Barreiro – Montijo, o CH Lisboa Norte e o CH Setúbal. Existem na região nove
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH Barreiro
MontijoS S N N N S S S S N N N N N N
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
S S N S N S S S S S N N N S S
CH Lisboa
Central (UCIP1
- UCI)
S S N N N S S S S S N N N N N
CH Lisboa
Central (UCIP4
- UCI)
S S N N N S S S S S S N S* N N
CH Lisboa
Central (UCIP7
- UCI)
S S N N N S S S S S S N N S N
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
S S N N N S S S S S S N N S S
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
S S S S S S S S S S S S S N S
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
S S S N N S S S S S S S S N S
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
S S S N S S S S S S S S N S S
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
S S N N S S S S S S S S S S N
CH Médio
TejoS S N N N S S S S S S N N N S
CH Setúbal S S N N N S S S S S S N N N N
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
S S N N N S S S S S S N N N S
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
S S N N N S S S S S S N N N S
Hospital de
CascaisS S N N N S S S S S S N N N S
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)
S S N N N S S S S S S N N N N
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)
S S N N N S S S S S S N N N N
Hospital
Garcia de OrtaS S N N N S S S S S S N N N N**
Hospital
SantarémS S N N N S S S S N N N N N N
IPO de Lisboa S S N N N S S N S S N N S S N
*Com apoio da cardiotorácica
**Em fase de introdução
Entidades
Hospitalares
146
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
quartos com Pressão Positiva e cinco quartos de isolamento com Pressão Negativa. Com Pressão
Positiva e Negativa existem 7 quartos e 10 que não têm tratamento especial de ar.
Apenas possuem o transporte Inter-hospitalar sediado na UCI o CH Lisboa Central e o CH Setúbal. Em
todas as unidades, à exceção do H Cascais e IPO Lisboa, há médicos da UCI a participarem no TIP.
No que se refere ao transporte Intra-hospitalar, nos CH Barreiro - Montijo, uma das unidades do CH
Lisboa Central, no CH Lisboa Norte, no CH Lisboa Ocidental, H Cascais, H Fernando da Fonseca, H
Garcia de Horta, H Santarém e IPO Lisboa, o mesmo não está sediado na UCI.
147
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 92. Recursos das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos das UCI Polivalentes
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
CH Barreiro
Montijo0 0 0 0 0 N N N N S N
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
NR NR NR NR NR S NA NR S S S
CH Lisboa
Central
(UCIP1 - UCI)
NR NR NR NR NR S NA NR S S S
CH Lisboa
Central
(UCIP4 - UCI)
NR NR NR NR NR S NA NR S S S
CH Lisboa
Central
(UCIP7 - UCI)
4 NR NR 2 2 S NA NR S S N
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
1 1 NR NR NR S NA NR S S S
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
0 0 0 0 0 N N N N S
Efectuada
pela equipa
de urgência
de
Anestesiologia
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
0 0 0 0 0 N N N N S
Efectuada
pela equipa
de urgência
de
Anestesiologia
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
2 0 3 0 3 N NA N N S N
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
2 2 0 0 0 N NA N N S N
CH Médio
Tejo1 0 0 0 1 N N N S S S
CH Setúbal 0 0 0 0 0 S NA N S S S
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
2 0 0 2 0 N N N N N S
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
2 0 0 2 0 N N N N S S
Hospital de
Cascais3 0 0 0 3 N NA NA N N N
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)
2 2 0 0 NR N N N S S N
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)
2 1 1 0 NR N N N N S N
Hospital
Garcia de Orta1 1 1 1 0 N N N N S N
Hospital
Santarém1 0 0 0 1 N N N N S N
IPO de Lisboa 2 2 0 0 0 N* NA NA N N N
*A UCI só é responsável pelo transporte de doentes da UCI; o Serviço de Anestesiologia assegura os restantes TIP
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
148
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 93 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
Figura 18 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Constata-se o enorme peso dos custos (60,2 %) com recursos humanos na despesa geral.
Pode também analisar-se ainda, que de uma forma parcial, o custo médio de cama de cuidados
intensivos polivalentes por ano 187.562,12€ e o custo médio por cama de 4.317,24€.
Pessoal 60,2%
Consumos 28,8%
Subcontratos 1,1%
Fornecimento e Serviços Externos
2,1%
Outros Custos 7,7%
ARS LVT
149
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 93. Custos das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Barreiro Montijo 1.183.960,62 € 423.315,17 € 9.414,98 € 46.757,67 € 51.520,47 € 1.714.968,91 €
CH Lisboa Central
(UCINC - UCI)2.515.480,73 € 771.076,46 € 3.376,00 € 22.434,53 € 97.301,70 € 3.409.669,42 €
CH Lisboa Central
(UCIP1 - UCI)2.467.836,14 € 815.930,34 € 5.399,65 € 21.919,34 € 50.773,46 € 3.361.858,93 €
CH Lisboa Central
(UCIP4 - UCI)1.019.053,03 € 335.183,63 € 672,90 € 14.892,30 € 75.588,65 € 1.445.390,51 €
CH Lisboa Central
(UCIP7 - UCI)2.116.656,76 € 1.671.533,24 € 2.283,67 € 20.704,43 € 262.877,66 € 4.074.055,76 €
CH Lisboa Central
(UUM - UCI)2.865.189,36 € 1.341.620,52 € 5.876,23 € 51.455,29 € 118.171,28 € 4.382.312,68 €
CH Lisboa Norte
(SM I - UCI)NR NR NR NR NR
CH Lisboa Norte
(UCIMC - UCI)NR NR NR NR NR
CH Lisboa
Ocidental (UCI -
UCIP)
2.856.383,71 € 1.474.599,86 € 10.057,59 € 34.592,94 € 156137,18 4.531.771,28 €
CH Lisboa
Ocidental (UCIC -
UCI)
1.727.713,51 € 784.637,82 € 8.784,91 € 30.086,30 € 46773,27 2.597.995,81 €
CH Médio Tejo 1.136.791,79 € 403.755,04 € 23.500,97 € 133.744,80 € 37.345,41 € 1.735.138,01 €
CH Setúbal 1.056.714,64 € 526.107,57 € 6.573,88 € 106.518,13 € 0,00 € 1.695.914,22 €
Hospital Beatriz
Ângelo (C. Int)820.640,29 € 333.111,41 € 219.461,18 € 183.730,26 € 49.000,75 € 1.605.943,89 €
Hospital Beatriz
Ângelo (UCI)820.639,79 € 665.246,00 € 223.340,21 € 144.412,67 € 66.564,12 € 1.920.202,79 €
Hospital de Cascais 203.522,72 € 37.290,86 € 1.988,67 € 2.323,66 € 15.281,15 € 260.407,06 €
Hospital Fernando
da Fonseca
(UCICRE - UCI)
231.053,88 € 81.434,27 € 43,00 € 41.543,64 € 2.021,49 € 356.096,28 €
Hospital Fernando
da Fonseca (UCIP -
UCI)
545.137,61 € 279.965,35 € 1.593,28 € 67.188,59 € 13.303,68 € 907.188,51 €
Hospital Garcia de
Orta1.453.173,93 € 573.773,18 € 1.151,98 € 826,30 € 48.261,16 € 2.077.186,55 €
Hospital Santarém 1.107.616,00 € 386.449,99 € 8.378,75 € 36.843,72 € 22.433,25 € 1.561.721,71 €
IPO de Lisboa 1.399.100,49 € 974.837,20 € 414,80 € 35.322,11 € 2.529.105,25 € 4.938.779,85 €
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo25.526.665,00 € 11.879.867,91 € 532.312,65 € 995.296,68 € 3.642.459,93 € 42.576.602,17 €
Entidades
Hospitalares
150
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 94) pode-se constatar que as unidades
apresentam um número homogéneo de intensivistas, A distribuição de intensivistas pelos diferentes
turnos parece ser homogénea. O número de ETC de não intensivistas é semelhante ao número de ETC
de intensivistas.
151
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 94. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Barreiro
Montijo1 1 1,20 3 3,14 3 1 1 1 1 1
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
5 5 5,90 7 4,46 5 3 3 3 3 2
CH Lisboa
Central
(UCIP1 - UCI)
4 4 4,70 11 6,28 6 3 3 3 3 3
CH Lisboa
Central
(UCIP4 - UCI)
2 2 2,20 6 2,06 2 1 1 1 1 1
CH Lisboa
Central
(UCIP7 - UCI)
5 5 5,80 2 2,00 5 1 1 1 1 1
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
10 10 11,40 2 2,29 4 3 3 2 2 2
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
0 10 NR 0 0,00 4 2 2 2 2 2
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
0 4 NR 0 0,00 2 1 1 1 1 1
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
19 19 4,40 3 3,40 3 2 2 2 2 2
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
5 2 5,60 11 2,10 2 1 1 1 1 1
CH Médio
Tejo1 1 0,32 4 0,68 3 2 2 2 2 2
CH Setúbal 2 1 2,00 10 5,00 3 2 2 2 2 2
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
Hospital de
Cascais3** 3 3,60 4 4,80 4 2 2 2 2 2
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)*
3 3 3,00 0 0,00 2 1 1 1 1 1
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)*
3 3 3,00 2 2,00 3 2 2 2 2 2
Hospital
Garcia de Orta5 5 5,80 2 2,20 3 1 1 1 1 1
Hospital
Santarém3 3 3,00 2 2,00 3 1 1 1 1 1
IPO de Lisboa 3 3 3,25 1 1,14 4 2 2 2 2 1
ARS LVT 79 89 70,12 77 52,94 66 34 34 33 33 31
* Os Recursos humanos são comuns a ambas as unidades
** O corpo médico é comum à unidade de cuidados intermédios polivalente
3
Entidades
Hospitalares
7 9,39 35 3 3 35 5 4,95
152
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico (Quadro 95) constata-se que
em todas as unidades desta região, o número de formandos existentes atinge o limite máximo da
capacidade formativa exceto no H Fernando da Fonseca (a 31/12/2013).
153
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 95. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico
Nº Médio de
Internos do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº
de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação
Específica da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao Exame para
Sub-Especialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com
Aproveitamento e Respetiva
T itulação pela Ordem dos
Médicos
CH Barreiro
Montijo0 0 0 0 0
CH Lisboa
Central
(UCINC - UCI)
7 7 7 2 0
CH Lisboa
Central (UCIP1
- UCI)
7 7 7 2 0
CH Lisboa
Central (UCIP4
- UCI)
NR NR NR NR NR
CH Lisboa
Central (UCIP7
- UCI)
6 6 6 1 0
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
7 7 7 1 1
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
5 5 5 5 5
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
0 0 0 0 0
CH Lisboa
Ocidental (UCI
- UCIP)
6 6 6 2 1
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
3 4 4 1 0
CH Médio
Tejo0 0 0 1 0
CH Setúbal 1 2 2 0 6
Hospital
Beatriz Ângelo
(UCI)
Hospital
Beatriz Ângelo
(C. Int)
Hospital de
Cascais3 3 3 0 0
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)*
2 6 0 3 0
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)*
4 6 0 3 0
Hospital
Garcia de Orta3 4 4 2 3
Hospital
Santarém1 1 1 1 0
IPO de
Lisboa** 1 2 2 0 0
ARS LVT 56 66 54 24 16
**Arredondado o nº médio de internos a realizar estágio
*As duas unidades integram o Serviço de medicina Intensiva que partilham o programa de formação pelo que a capacidade formativas pertence ao serviço e
não às unidades individualmente
Entidades
Hospitalares
0 0 0 0 0
154
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 96) constata-se que dispõem de 713
enfermeiros, correspondentes a 734,45 ETC, sendo 109 especialistas correspondentes a 117,52 ETC.
155
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 96. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS LVT
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Barreiro
Montijo20 20,43 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 3 3 3 3 3
CH Lisboa
Central (UCINC
- UCI)
62 65,28 8 8,00 5 5,00 5 0,00 12 10 10 10 10 10
CH Lisboa
Central (UCIP1 -
UCI)
50 51,14 13 13,14 4 4,00 5 0,00 10 8 8 8 8 8
CH Lisboa
Central (UCIP4 -
UCI)
19 20,11 3 3,28 1 1,00 3 0,00 4 3 3 3 3 3
CH Lisboa
Central (UCIP7 -
UCI)
47 48,57 8 8,14 5 5,00 4 0,00 8 8 8 8 8 8
CH Lisboa
Central (UUM -
UCI)
60 62,14 6 6,00 4 4,00 4 0,00 11 9 9 9 9 9
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
33 37,65 5 5,40 0 0,00 2 0,00 6 6 6 6 6 6
CH Lisboa
Norte (UCIMC -
UCI)
17 19,05 3 3,40 1 1,20 3 0,00 4 3 3 3 3 3
CH Lisboa
Ocidental (UCI -
UCIP)
107 107,00 6 6,00 0 0,00 5 0,00 8 8 8 8 8 8
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
49 49,00 25 25,00 0 0,00 5 0,00 17 17 17 17 16 16
CH Médio Tejo 27 22,00 3 2,00 1 1,00 2 0,00 4 4 4 4 4 4
CH Setúbal 30 32,00 7 7,30 1 1,00 4 1,00 6 5 5 5 5 5
Hospital Beatriz
Ângelo (UCI)5 5 5 5 5 5
Hospital Beatriz
Ângelo (C. Int)4 4 4 4 3 3
Hospital de
Cascais13 14,82 4 4,56 0 0,00 3 0,00 5 5 4 4 4 4
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE - UCI)
18 18,00 0 0,00 1 1,00 1 0,00 3 3 3 3 3 3
Hospital
Fernando da
Fonseca (UCIP
- UCI)
40 40,00 0 0,00 1 1,00 4 0,00 8 6 6 6 6 6
Hospital Garcia
de Orta31 33,40 9 9,20 2 2,20 2 2,00 6 5 5 5 5 5
Hospital
Santarém17 17,86 2 2,00 1 1,14 1 1,00 4 4 3 3 3 3
IPO de Lisboa 28 30,20 1 1,10 1 1,20 0 0,00 5 5 5 5 4 4
ARS LVT 713 734,45 109 117,52 30 31,04 57 4,00 133 121 119 119 116 116
4 0,0045,80 6 13,00 2 2,3045
Entidades
Hospitalares
156
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.4.5. ARS NORTE
A ARS do Norte tem dezasseis unidades de cuidados intensivos polivalentes (4 de nível II e 12 de nível
III), com um total de 149 camas, e, ainda, três unidades de cuidados intermédios com 37 camas de
cuidados intermédios o que dá 5,0 camas (sem camas de cuidados intermédios) de cuidados intensivos
por 100.000 habitantes de 18 e mais anos. Na região estão encerradas 22 camas. A demora média da
Região é de 6,6 dias e a taxa de ocupação é de 74,2%.
Da análise do quadro seguinte, constata-se uma grande variação dos valores de demora média que
oscilam entre os 3,9 e os 25,3 dias e da taxa de ocupação com valores entre 39,9% e os 130%.
157
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 97. Principais indicadores das UCI Polivalentes da ARS Norte
Das diferentes tipologias de monitorização avaliadas constata-se uma cobertura praticamente total nas
unidades existentes, excetuando-se:
Nível das UCI Polivalentes
Total18 e mais
anos
I II III
Cuida
dos
Intensi
vos
Cuidados
IntermédiosEncerradas
CH Alto Ave 1 6 1* 273 1.596 5,8 72,9%
CH Entre o
Douro e Vouga1 10 1** 389 2.800 7,2 76,7%
CH Porto (SCI
1_UCI)1 10 2* 907 4.744 5,2 130,0%
CH Porto (SCI
2_UCI)1 10 2* 400 3.334 8,3 91,3%
CH Porto (C.
Int)1 24 NR 974 3.612 3,7 41,2%
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
1 6 0 157 1.694 10,8 77,4%
CH S. João
(Neurocríticos)1 10 0 379 3.500 9,2 95,9%
CH S. João
(U.C.I.P. Geral)1 16 0 527 4.855 9,2 83,1%
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
1 12 0 399 3.902 9,8 89,1%
CH Tâmega e
Sousa***1 1 6 7 NR 356 1.387 3,9 63,3%
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
1 8 0 328 2.196 6,7 75,2%
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)
1 6 10* 551 1.551 2,8 70,8%
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
1 12 0 505 3.502 6,9 80,0%
Hospital de
Braga****1 12 2** 277 1.747 6,3 39,9%
IPO do Porto 1 8 0 296 2.195 7,4 75,2%
ULS Alto
Minho *****1 8 2* 80 2.021 25,3 69,2%
ULS
Matosinhos****1 10 2****** 293 2.188 7,5 59,9%
ULS Nordeste 1 5 0 215 1.653 7,7 90,6%
ARS Norte 3 4 12 149 37 22 7.306 48.477 6,6 74,2%
*Limitação de Profissionais
**Sobredimensionamento da UCI
*** 7 camas da UCIPSU e dados do movimento assistencial só das 6 camas de cuidados intensivos
****Foram considerados doentes tratados e dias de internamento de doentes tratados
*****Doentes saídos e dias de internamento do SICA
******Não indica o motivo
Entidades
Hospitalares
População da ARS
Censos 2011
3.689.682 3.007.823
Dias de
Internamento
Nº de Camas
Taxa de
Ocupação
Doentes
Saídos
Demora
Média
158
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
- Pressão Intracraniana: não tem o CH Alto Ave, CH Entre Douro e Vouga, CH Tâmega e Sousa, CH
Trás-os-Montes e Alto Douro, ULS Alto Minho, ULS Matosinhos e ULS Nordeste,
- NIRS : não tem o CH Alto Ave, CH Porto, CH Tâmega e Sousa, CH Trás-os-Montes e Alto Douro, CH
Vila Nova de Gaia/Espinho, H Braga, ULS Alto Minho, ULS Matosinhos e ULS Nordeste não
respondeu), e
- EEG Contínuo: não tem o CH Entre Douro e Vouga, CH Tâmega e Sousa, CH Trás-os-Montes e Alto
Douro, CH Vila Nova de Gaia/Espinho, H Braga, ULS Alto Minho e ULS Nordeste.
No que se refere aos tipos de monitorização referidas ressalva-se que elas só devem existir em
unidades que recebam com regularidade doentes neuro críticos.
No que se refere a monitorização contínua do débito cardíaco e monitorização do ETCO2 constata-se a
sua ausência em algumas unidades.
159
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Norte - T ipologia da Monitorização das UCI Polivalentes
Monitorização
Hemodinâmica
Monitorização
VentilatóriaETCO2
Pressão
Intra-
Arterial
Pressão
Venosa
Central
Pressão
Intracraniana
Pressão Intra-
Abdominal
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
BIS NIRSEEG
Contínuo
Máquina
de Gases
de
Sangue
Doseamento
de
Fármacos e
Tóxicos
Maca de
Transporte
com
Ventilação
Mecânica
CH Alto Ave S S S S S N S S S N S S S S
CH Entre o
Douro e VougaS S S S S N S S S S N S S S
CH Porto (C.
Int)S S N S S S S N S N N S S S
CH Porto (SCI
1_UCI)S S S S S S S S S S S S S S
CH Porto (SCI
2_UCI)S S S S S S S S S N S S S S
CH S. João
(Doenças
S S S S S S S S S S S S N* S
CH S. João
(Neurocríticos)S S S S S S S S S S S S S S
CH S. João
(U.C.I.P. Geral)S S S S S S S S S S S S S S
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
S S S S S S S S S S S S S S
CH Tâmega e
SousaS S S S S N S S S N N S S S
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)
S S S S S N S N S N N S S S
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
S S S S S N S S S N N S S S
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
S S S S S S S S S N N S S S
Hospital de
BragaS S S S S S S N S N N S S S
IPO do Porto S S S S S S N S S S S S S S
ULS Alto
MinhoS S S S S N S S S N N S S S
ULS
MatosinhosS S S S S N S S S N S S S S
ULS Nordeste S S S S S N S S S NR N S S S
*O doseamento faz-se no laboratório central
Entidades
Hospitalares
Quadro 98. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes da ARS Norte
No que se refere às técnicas terapêuticas avaliadas nesta região (Quadro 99) constata-se uma boa
cobertura global salientando-se a ausência de Ventilação com VAFO (9 unidades e uma não
respondeu),
Ventilação com NAVA (14 unidades e uma não respondeu), Óxido Nítrico (10 unidades e uma não
respondeu), Diálise Peritoneal (7 unidades e numa está disponível nas unidades providenciadas por
outros serviços clínicos) ECMO (11 unidades – ainda que correspondam a equipamento existente em 3
hospitais) MARS (17 unidades) e Hipotermia (6 unidades e numa está disponível nas unidades
providenciadas por outros serviços clínicos).
160
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Constata-se um elevado número de unidades com MARS e em oposição um baixo número de unidades
com material para indução e manutenção de hipotermia.
Quadro 99. Técnicas Terapêuticas habitualmente disponíveis das UCI Polivalentes da ARS Norte
Da análise dos recursos relacionados com quartos de isolamento, transporte inter-hospitalar e
emergência intra-hospitalar há algumas diferenças a assinalar. Na região apenas a unidade do CH S.
João - doenças infecciosas refere não ter quartos de isolamento. Por outro lado, apenas o IPO Porto
tem um quarto de isolamento com Pressão Positiva e só o CH Porto tem quartos de isolamento com
Pressão Negativa (2). Das restantes unidades sete têm quartos de isolamento com Pressão Positiva e
Negativa e oito unidades (incluindo o CH Porto - 2) têm quartos de isolamento sem tratamento especial
de ar.
ARS Norte - Técnicas Terapêuticas das UCI Polivalentes
Ventilação
Mecânica
Invasiva
Ventilação
Mecânica
não
Invasiva
Ventilação
de Alta
Frequência
(VOAF)
Ventilação
com NAVA
Óxido
Nítrico
Carro de
ReanimaçãoDesfibrilhador Pacemaker Hemodiafiltração Plasmaferese Hemodiálise
Diálise
PeritonealECMO MARS Hipotermia
CH Alto Ave S S N N N S S S S N N N N N S
CH Entre o
Douro e VougaS S N N S S S S S S S N N N S
CH Porto (SCI
1_UCI)S S S S N S S S S S S S S** S S
CH Porto (SCI
2_UCI)S S N S S S S S N S S S S** N S
CH Porto (C.
Int)N* S N N N S S S N N N N N N N
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
S S N N S S S S S N*** N*** N*** S N N***
CH S. João
(Neurocríticos)S S S N S S S S S S S S S N S
CH S. João
(U.C.I.P. Geral)S S S N S S S S S S S S S N S
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
S S S N S S S S S S S S S N S
CH Tâmega e
SousaS S S N N S S S S N N N N N S
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
S S S N N S S S S S S S N N N
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)
S S S N N S S S S S S S N N N
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
S S N N N S S S S S S N S**** N N
Hospital de
BragaS S N N N S S S S S N N N N N
IPO do Porto S S S S N S S S S S S S N N N
ULS Alto
MinhoNR NR NR NR NR NR NR NR S N S N N N S
ULS
MatosinhosS S N N S S S S S S S S N N S
ULS Nordeste S S N N N S S S S N S N N N S
*Existe possibilidade de ventilação em 3 das 24 camas
** Em período temporal limitado
***Estão disponíveis nas Unidades providenciadas por outros serviços clínicos
****Partilhado
Entidades
Hospitalares
161
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que respeita à participação dos recursos humanos das unidades no transporte inter-hospitalar e na
responsabilidade pela emergência intra-hospitalar é de salientar:
Só as equipas da UCI do CH Porto, ULS Alto Minho, ULS Matosinhos e ULS Nordeste garantem o
transporte inter-hospitalar. No CH Entre Douro e Vouga, CH Trás-os-Montes e Alto Douro, H. Braga,
ULS Matosinhos e ULS Nordeste os médicos da UCI não participam no TIP. No CH Entre Douro e
Vouga, CH Vila Nova de Gaia/Espinho e ULS Nordeste a Emergência Intra-hospitalar não está sediada
na UCI.
162
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 100. Recursos das UCI Polivalentes da ARS Norte
No que se refere à análise de custos apresentados no Quadro 101 pode-se constatar a seguinte
distribuição de custos:
ARS Norte - Recursos das UCI Polivalentes
Quartos de Isolamento Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Quartos
de Isolamento
Nº de
Quartos de
Isolamento
com
Pressão
Positiva
Nº de
Quartos de
Isolamento
com Pressão
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
com Pressão
Positiva e
Negativa
Nº de Quartos
de Isolamento
sem Tratamento
Especial de Ar
Sediado na
UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI
Apenas Parte
do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direcção da UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
T IP
CH Alto Ave 1 0 0 0 1 N S N N N S
CH Entre o
Douro e Vouga1 0 0 1 0 N N N N S N
CH Porto (C.
Int)NR NR NR NR NR S NA NA S N N
CH Porto (SCI
1_UCI)2 0 0 2 0 S NA NA S N S
CH Porto (SCI
2_UCI)4 0 2 0 2 S NA NA S N S
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
0 0 0 0 0 N N N N N N
CH S. João
(Neurocríticos)3 0 0 0 3 N N N N N N
CH S. João
(U.C.I.P.
Geral)
1 0 0 0 1 N N N N N N
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
1 0 0 0 1 N N N N N S
CH Tâmega e
Sousa2 0 0 0 2 N N N N N S
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)
1 NR NR 1 0 N NA NA N S S
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
1 NR NR 1 0 N NA NA N S S
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
2 NR NR 2 0 N NA NA N N N
Hospital de
Braga4 0 0 4 0 N N N N S S
IPO do Porto 1 1 0 0 0 N N N N N S
ULS Alto
Minho1 0 0 0 1 S NA NR S NR S
ULS
Matosinhos4 NR NR 2 2 S NA NA S S S
ULS Nordeste 1 NR NR NR NR S NA NA S S N
Entidades
Hospitalares
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
163
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 19 Distribuição dos Custos das UCI Polivalentes da ARS Norte
Constata-se o enorme peso dos custos ( 56,1 %) com recursos humanos na despesa geral, apesar de
ser a ARS cuja fatia dos custos afetos a pessoal tem um valor mais baixo.
Pessoal 56,1%
Consumos 33,2%
Subcontratos 0,7%
Fornecimento e Serviços Externos
5,8%
Outros Custos 4,2%
ARS Norte
164
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 101. Custos das UCI Polivalentes da ARS Norte
ARS Norte - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Alto Ave 849.143,49 € 325.175,92 € 4.409,15 € 37.578,96 € 91.699,86 € 1.308.007,38 €
CH Entre o Douro e
Vouga1.248.886,00 € 542.592,00 € 23.237,00 € 202.405,00 € 59.663,00 € 2.076.783,00 €
CH Porto (SCI
1_UCI)2.541.735,11 € 1.230.907,03 € 73.949,54 € 104.709,64 € 67.020,37 € 4.018.321,69 €
CH Porto (SCI
2_UCI)1.723.595,90 € 773.972,59 € 6.410,81 € 151.847,78 € 96.925,15 € 2.752.752,24 €
CH Porto (C. Int)* 639.615,29 € 278.079,56 € 108,80 € 34.106,04 € 18.873,12 € 970.782,81 €
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
772.243,07 € 337.294,37 € 979,10 € 47.189,53 € 39.033,40 € 1.196.739,47 €
CH S. João
(Neurocríticos)795.223,39 € 1.000.571,21 € 22.626,33 € 86.353,90 € 136.528,35 € 2.041.303,18 €
CH S. João (U.C.I.P.
Geral)1.426.882,42 € 1.366.653,33 € 29.635,97 € 118.238,75 € 133.292,44 € 3.074.702,91 €
CH S. João (U.C.I.P.
Urgência)951.510,94 € 1.182.425,37 € 33.202,68 € 76.867,28 € 79.375,10 € 2.323.381,37 €
CH Tâmega e
Sousa**913.285,29 € 601.680,56 € 12.142,88 € 240.966,11 € 2.092,90 € 1.770.167,74 €
CH Trás-os-Montes
e Alto Douro (UCI)
CH Trás-os-Montes
e Alto Douro (C Int)
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho1.517.875,48 € 723.170,27 € 3.688,55 € 28.421,37 € 172.315,73 € 2.445.471,40 €
Hospital de Braga 3.464.096,37 € 1.255.074,90 € 7.935,48 € 795.162,33 € 185.559,08 € 5.707.828,16 €
IPO do Porto 1.333.547,53 € 1.126.567,29 € 9,87 € 93.668,10 € 28.879,93 € 2.582.672,72 €
ULS Alto Minho NR NR NR NR NR
ULS Matosinhos 1.380.506,00 € 633.049,00 € 4.328,00 € 74.631,00 € 261.154,00 € 2.353.668,00 €
ULS Nordeste 360.691,00 € 392.411,00 € 6.757,00 € 21.538,00 € 23.932,00 € 805.329,00 €
ARS Norte 21.237.893,29 € 12.584.309,40 € 248.655,16 € 2.213.417,79 € 1.573.165,43 € 37.857.441,07 €
*Respeitam ao período de 9 de julho a 31 de dezembro, atendendo ao início de atividade desta unidade
Entidades
Hospitalares
**De acordo com o registado no centro de custo 11601 - UCI Polivalente, a Contabilidade Analítica de 2012 ainda não está "encerrada". Poderão existir alterações
nas rubricas POCMS 621 e 622, no entanto, e para o caso da UCIP não se prevêem alterações materialmente relevantes
1.319.056,00 € 814.685,00 € 19.234,00 € 99.734,00 € 176.821,00 € 2.429.530,00 €
165
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
O valor máximo do custo por cama é de 475.652,35€, o mínimo é de 40.449,28€ e a média da região é
de 227.563,75€.
O valor máximo do custo por doente saído é de 20.605,88€, o valor mínimo é de 996,70€ e a média da
região é de 6.299,60€.
No que se refere à análise do pessoal médico (Quadro 102) pode-se constatar que as unidades têm
sensivelmente o mesmo número de intensivistas. De igual modo a distribuição pelos diferentes turnos é
semelhante. O número de ETC de não intensivistas é cerca de metade do número de ETC de
intensivistas.
O número de médicos necessários e desejável nas UCI de acordo com o número de camas é difícil de
estabelecer de uma maneira padronizada já que logicamente variará com as características das UCI,
nomeadamente a idade dos profissionais, o tipo de assistência prestada – dentro e fora da unidade –
com a complexidade dos doentes e com a capacidade formativa.
166
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 102. Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Norte
No que se refere à análise da capacidade formativa do pessoal médico constata-se que não existem
diferenças significativas a assinalar.
ARS Norte - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal Médico
Nº de
Intensivistas
Nº de
Intensivistas
(todo o
horário
dedicado
aos CI)
Nº ETC de
Intensivistas
Nº de Não
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Alto Ave 2 2 2,40 2 2,34 3 1 1 1 1 1
CH Entre o
Douro e Vouga4 4 4,62 5* 4,14 3 1 2 1 1 1
CH Porto (SCI
1_UCI)***11 11 12,66 6 6,86 3 1 2 1 1 1
CH Porto (SCI
2_UCI)6 6 6,89 2 2,29 3 1 2 1 1 1
CH Porto (C.
Int)** ** ** ** ** 6 2 4 2 2 2
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
5 4 4,74 2 0,69 3 1 2 1 1 1
CH S. João
(Neurocríticos)6 6 7,09 1 1,14 4 1 1 1 1 1
CH S. João
(U.C.I.P.
Geral)
6 6 7,20 4 4,57 6 2 2 2 2 2
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
7 4 4,80 3 3,43 4 2 2 1 1 1
CH Tâmega e
Sousa4 4 3,48 2 0,00 2 1 2 1 1 1
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
5 3 5,30 1 1,14 2 2 2 2 1 1
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C
Int)***
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
5 5 4,87 2 2,11 2 2 2 2 1 1
Hospital de
Braga7 7 8,00 4 4,40 4 3 3 3 2 2
IPO do
Porto****9 4 6,20 0 0,00 3 1 3 1 1 1
ULS Alto
Minho1 1 1,00 6 6,00 3 2 2 2 2 2
ULS
Matosinhos4 3 3,54 4 5,71 3 3 2 1 1 1
ULS Nordeste 1 1 1,14 4 4,56 3 1 1 1 1 1
ARS Norte 83 71 83,92 48 49,38 57 27 35 24 21 21
* São 3 do quadro + 2 prestadores de serviços para efetuarem serviço de urgência
** incluídos na UCI polivalente
**** Nos dias de semana são 3 médicos até às 16h, 1 médico após as 16h
*** Os intensivistas e não intensivistas colaboram com outros serviços no hospital (B.O Fisiopatologia respiratória, Broncologia, CE) pelo que cumprem menos do que 35h/semana no serviço (embora
maioritarimanento o seu horário é no serviço)
Entidades
Hospitalares
167
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 103. Capacidade formativa de Pessoal Médico das UCI Polivalentes da ARS Norte
ARS Norte - Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico
Nº Médio de
Internos do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº
de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação
Específica da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao Exame para
Sub-Especialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com
Aproveitamento e Respetiva
T itulação pela Ordem dos
Médicos
CH Alto Ave 0 2 0 2 2
CH Entre o
Douro e
Vouga*
4 4 4 3 0
CH Porto (SCI
1_UCI)6 8 6 2 36
CH Porto (SCI
2_UCI)8 8 8 2 1
CH Porto (C.
Int)**
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
2 2 2 1 5
CH S. João
(Neurocríticos)3 2 1 1 6
CH S. João
(U.C.I.P. Geral)8 4 3 3 6
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
7 3 3 3 7
CH Tâmega e
Sousa2 4 2 0 0
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
4 4 3 1 1
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)**
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
6 6 7 2 0
Hospital de
Braga6 6 6 3 0
IPO do Porto 2 2 1 0 3
ULS Alto
Minho0 0 0 1 1
ULS
Matosinhos4 4 4 2 6
ULS Nordeste 0 0 0 2 0
ARS Norte 62 59 50 28 74
Entidades
Hospitalares
168
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à análise do pessoal de enfermagem (Quadro 104) pode-se constatar que dispõem de
511 enfermeiros, correspondentes a 547,36 ETC, sendo 99 especialistas correspondentes a 102,14
ETC.
Quadro 104. Pessoal de Enfermagem das UCI Polivalentes da ARS Norte
ARS Norte - Recursos das UCI Polivalentes - Pessoal de Enfermagem (exclui chefias)
Nº de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI (Exclui
Estudantes ,
Enfermeiros
em Estágio e
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos)
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº de
Enfermeiros
Especialistas
em
Reabilitação
Nº ETC de
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº de
Enfermeiros no
Turno da
Manhã, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
CH Alto Ave 17 17,86 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 3 3 3 3 3
CH Entre o
Douro e Vouga26 26,00 12 12,00 1 1,00 3 1,00 5 5 5 5 5 5
CH Porto (SCI
1_UCI)*30 32,00 3 3,00 0 0,00 1 1,00 5 5 5 5 5 5
CH Porto (SCI
2_UCI)40 43,00 4 4,00 0 0,00 2 2,00 7 7 7 7 6 6
CH Porto (C.
Int)*49 54,00 4 4,00 0 0,00 2 2,00 8 8 9 8 8 8
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
21 22,42 7 7,00 1 1,00 2 2,00 5 4 3 3 3 3
CH S. João
(Neurocríticos)52 57,43 12 13,00 3 3,00 1 1,00 7 7 7 7 7 6
CH S. João
(U.C.I.P. Geral)57 63,71 17 18,29 3 3,00 1 1,00 11 11 11 11 10 10
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
41 43,86 10 11,00 3 3,14 1 1,14 8 8 7 7 7 7
CH Tâmega e
Sousa17 18,71 1 1,00 0 0,00 2 0,00 3 3 3 3 3 3
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (UCI)
32 36,00 3 3,28 0 0,00 0 0,00 6 6 6 6 6 6
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro (C Int)**
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
34 36,33 0 0,00 0 0,00 1 1,00 6 6 6 6 6 6
Hospital de
BragaNR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR
IPO do Porto 27 26,14 11*** 10,57 0 0,00 2 0,00 5 5 4 4 4 4
ULS Alto Minho 27 27,00 6 6,00 1 1,00 1 1,00 6 5 4 4 4 4
ULS
Matosinhos27 28,40 9 9,00 2 0,00 1 1,00 6 5 5 5 5 5
ULS Nordeste 14 14,50 0 0,00 15 15,70 0 0,00 3 3 3 2 2 2
ARS Norte 511 547,36 99 102,14 29 27,84 20 14,14 94 91 88 86 84 83
*A equipa de Enfermagem é conjunta com a da unidade Médico Cirúrgica. Todos os Enfermeiros rodam entre Unidade Intermédia/Cuidados Intensivos.
**Incluídos na UCIntensivos
*** Título pela Ordem dos Enfermeiros
Entidades
Hospitalares
169
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.5. UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS MONOVALENTES/ESPECIALIZADAS
As UCI monovalentes caracterizam-se por tratarem uma população monótona em termos de
especialidade primária (mais de 90% dos doentes enquadram-se nas competência do serviço em que
se encontram integradas).
Podem dispor de vias de referenciação próprias, de meios terapêuticos muito especializados e não
disponíveis na maioria das UCI polivalentes (vide balão de contra pulsação aórtica, MARS, PIC, EEG
contínuo) e podem transferir os seus doentes para Unidades polivalentes quando se desenvolvem
complicações não relacionadas com a especialidade de origem ou quando aparecem disfunções ou
falências múltiplas de órgão.
Devem estar dotadas de equipamento e pessoal treinado para o tratamento de doentes do respetivo
nível de cuidados, muitas vezes subespecializado nos cuidados a prestar.
Com exceção das associadas a vias de atendimento preferencial (via verde coronária, via verde do
AVC, via verde do trauma) existe ainda uma certa falta de coordenação dos circuitos de referenciação
e de drenagem, bem como de articulação com UCI polivalentes, que urge definir e harmonizar.
Pelas suas características são geralmente apenas encontradas nos Hospitais de referência, com a
possível exceção das Unidades Cerebrovasculares, já existentes em muitos hospitais mais periféricos
(mas geralmente trabalhando a nível de cuidados intermédios), na maioria dos casos sob a gestão de
neurologistas ou internistas.
Seria desejável a sua coordenação como Unidades integradas em mapas de referenciação terciária por
patologia, ainda não existentes para todo o país e dotadas eventualmente de equipas próprias de
resgate de doentes.
170
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.5.1. UCI CORONÁRIOS
Em Portugal continental existem 18 unidades de coronários, que incluem 134 camas com a distribuição
abaixo descrita (inclui camas de nível I).
Figura 20. Distribuição das Unidades e Camas de Cuidados Intensivos Coronários
O número de camas encerradas é muito reduzido e corresponde a 1,49% do total das camas
Quadro 105. Número de camas de UCI Coronários encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de
Profissionais
Limitação de
Material
Sobredimensionamento
da Unidade Total
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 0 0 0 0
Centro 0 0 0 0
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 0 0
Norte 2 0 0 2
Portugal Continental 2 0 0 2
0 1
6 5 6
0
6
36
47 45
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Cuidados Intensivos Coronários
Unidades
Camas
171
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 106. Camas de UCI Coronários face às camas de agudos, demora média e taxa de ocupação (excluindo camas de
cuidados intermédios)
ARS
Nº de
Camas de
Agudos
Nível das UCI
Coronários Nº de Camas
% de Camas de
UCI Coronários
por Camas de
Agudos I II III
Cuidados
Intensivos Encerradas
Alentejo 943 0 0 0
0,00%
Algarve 906
1 6 0 0,66%
Centro 4.916 2 2 2 36 0 0,73%
Lisboa e Vale do Tejo 8.012 1 1 3 47 0 0,59%
Norte 6.947 1 3 2 45 2 0,65%
Portugal Continental 21.724 4 6 8 134 2 0,62%
Todas as UCI com Unidades de Cuidados Intermédios estão sob gestão comum dada a metodologia
adotada neste estudo e apresentada previamente. Não foi contabilizada o nº de Unidades de Cuidados
Intermédios não funcionando neste modelo, o que pode explicar algumas das variações observadas,
pois a filosofia organizacional tem variado bastante de ARS para ARS.
NOTA: Nesta tipologia não foi recebida qualquer referência a camas de cuidados intermédios, os
valores de camas e % de camas do quadro anterior referem-se ao total de camas de cuidados
intensivos de nível I, II e III
Constata-se que só existem UCI Coronários de nível III em hospitais que dispõe de Serviços de
Urgência Polivalente o que corresponde a uma coerência na definição de cuidados, embora nem todos
os SUP tenham UCI Coronários de nível III.
172
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 107. Relação entre o nível das UCI Coronários existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
UCI
Coronários
Tipo de
Urgência da
Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental
da UCI
Algarve Hospital de Faro III SUP Integrada
Centro
CH Baixo Vouga II SUMC Autónoma
CH Leiria - Pombal II SUMC Integrada
CH Tondela - Viseu I SUP Integrada
CH Universitário de Coimbra (HG - UCIC) I
SUP
Integrada
CH Universitário de Coimbra (HUC - UCIC) III Autónoma
CH Universitário de Coimbra (HUC -UTICA) III Autónoma
Lisboa e Vale do Tejo
CH Lisboa Central III SUP Autónoma
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
CH Médio Tejo I SUMC Integrada
Hospital Fernando da Fonseca II SUMC Integrada
Hospital Garcia de Orta III SUP Integrada
Norte
CH Alto Ave II SUMC Autónoma
CH Porto II SUP Integrada
CH S. João I SUP Autónoma
CH Tâmega e Sousa II SUMC Autónoma
CH Trás-os-Montes e Alto Douro III SUP Integrada
CH Vila Nova de Gaia/Espinho III SUP Integrada
Constata-se que nenhuma das UCI coronários em Portugal continental tem quartos de isolamento com
tratamento de ar.
173
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 108. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de Saúde
ARS
Unidades de Cuidados Intensivos Coronários
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento com Pressão Negativa
% UCI com Quartos de Isolamento com
Pressão Negativa
Alentejo 0 0
Algarve 1 0 0,0%
Centro 6 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 5 0 0,0%
Norte 6 0 0,0%
Portugal Continental 18 0 0,0%
Quadro 109. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de Saúde
ARS Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento com Pressão Positiva
% UCI com Quartos de Isolamento com
Pressão Positiva por UCI
Alentejo 0
Algarve 1 0 0,0%
Centro 6 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 5 0 0,0%
Norte 6 0 0,0%
Portugal Continental 18 0 0,0%
Quadro 110. UCI Coronários com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por Região de Saúde
ARS Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento com Pressão Positiva e
Negativa
% UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por UCI
Alentejo 0 0
Algarve 1 0 0,0%
Centro 6 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 5 0 0,0%
Norte 6 0 0,0%
Portugal Continental 18 0 0,0%
174
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 111. UCI Coronários com Quartos de isolamento sem tratamento especial de ar por Região de Saúde
ARS Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento sem Tratamento
Especial de Ar
% UCI com Quartos de Isolamento sem
Tratamento Especial de Ar por UCI
Alentejo 0 0
Algarve 1 0 0,0%
Centro 6 2 33,3%
Lisboa e Vale do Tejo 5 1 20,0%
Norte 6 0 0,0%
Portugal Continental 18 3 16,7%
Quadro 112. Unidades de cuidados intensivos Coronários com transporte inter-hospitalar por Região de Saúde
ARS
Unidades
de
Cuidados
Intensivos
Coronários
Nº de Unidades com Transporte Inter-Hospitalar Nº de Unidades
com Emergência
Intra-Hospitalar
Sediada na UCI
Sediado
na UCI
24 H/Dia
Sediado na
UCI apenas
Parte do Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido
pela
Direção da
UCI
Há médicos
da UCI que
Participam
no TIP
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 1 0 0 0 0 0 0
Centro 6 0 0 0 0 2 1
Lisboa e Vale
do Tejo 5 0 0 0 0 3 3
Norte 6 0 1 1 1 1 2
Portugal
Continental 18 0 1 1 1 6 6
Este quadro demonstra claramente o baixo envolvimento das UCI no transporte secundário e terciário,
aliás que devia estar fora da sua dependência (no que diz respeito ao transporte secundário). O
transporte terciário não é concebível sem envolvimento da unidade recetora em colaboração com a
organização responsável pelo transporte.
175
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à tipologia de monitorização é urgente a necessidade de se atingir rapidamente a
possibilidade da monitorização do débito cardíaco em 100% das Unidades nível III coronários. O
mesmo é verdade no que respeita à monitorização ventilatória e ETCO2 nas camas com
disponibilidade de ventilação; a gasometria e a monitorização do lactato sérico podem estar dentro do
espaço físico da UCI (desejável) ou exterior à UCI (neste caso obrigatório avaliar e quantificar o tempo
necessário à sua realização).
Quadro 113. Percentagem de UCI Coronários por tipologia de monitorização nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Tipologia da
Monitorização
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
Monitorização
Ventilatória 100,0% 100,0% 100,0% 50,0% 83,3%
ETCO2 0,0% 50,0% 20,0% 33,3% 33,3%
Pressão
Intracraniana 0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
Pressão Intra-
Abdominal 0,0% 0,0% 40,0% 0,0% 11,1%
Débito Cardíaco
(PICCO ou Outro) 100,0% 100,0% 80,0% 66,7% 83,3%
BIS 0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
NIRS 0,0% 33,3% 0,0% 16,7% 16,7%
EEG Contínuo 0,0% 16,7% 0,0% 16,7% 11,1%
Máquina de Gases
de Sangue 100,0% 50,0% 60,0% 16,7% 44,4%
Doseamento de
Fármacos e
Tóxicos
100,0% 16,7% 60,0% 66,7% 50,0%
176
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da
Monitorização
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada
Monitorização
Maca de
Transporte com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísticas
Iguais UCI)
100,0% 66,7% 40,0% 66,7% 61,1%
No que se refere à tipologia da técnica terapêutica depende muito do enquadramento destas unidades
na estrutura hospitalar em que estão localizadas, dado que, na maioria dos casos, o desenvolvimento
de falências de órgão adicionais requerer a transferência do doente para UCI polivalente, dada a
inexistência na maioria das UCI coronários de meios humanos e técnicos para a sua monitorização e
tratamento.
Quadro 114. Percentagem de UCI Coronários por técnica terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Técnicas
Terapêuticas
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
Ventilação
Mecânica Invasiva 100,0% 83,3% 80,0% 50,0% 72,2%
Ventilação
Mecânica não
Invasiva
100,0% 83,3% 80,0% 100,0% 88,9%
177
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Técnicas
Terapêuticas
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
Ventilação de Alta
Frequência
(VAFO)
0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 11,1%
Ventilação com
NAVA 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Óxido Nítrico 0,0% 0,0% 20,0% 0,0% 5,6%
Hemodiafiltração 0,0% 50,0% 80,0% 50,0% 55,6%
Plasmaferese 0,0% 16,7% 20,0% 16,7% 16,7%
Hemodiálise 0,0% 33,3% 60,0% 33,3% 38,9%
Diálise Peritoneal 100,0% 16,7% 60,0% 33,3% 38,9%
ECMO 0,0% 16,7% 0,0% 16,7% 11,1%
MARS 0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
Hipotermia 0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 11,1%
No que se refere ao rácio de médicos intensivistas neste tipo de unidades refira-se que na sua maioria
não apresentam intensivistas, sendo maioritariamente o seu quadro constituído por cardiologistas.
178
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 115. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Coronários por entidade hospitalar e por Região de
Saúde
Entidades
Hospitalares /
ARS
Nível das
UCI
Coronários
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº
ETC
Total
Nº ETC
Total
por
Cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Hospital de Faro
1 6 0,0 2,0 2,0 0,3 0,0
Algarve 0 0 1 6 0,0 2,0 2,0 0,3 0,0
CH Baixo Vouga
1
5 3,82 0,00 3,8 0,8 0,8
CH Leiria -
Pombal 1
5 2,06 1,80 3,9 0,8 0,4
CH Tondela -
Viseu 1
8 0,00 0,00 0,0 0,0 0,0
CH Universitário
de Coimbra (HG -
UCIC)
1
7 1,00 1,00 2,0 0,3 0,1
CH Universitário
de Coimbra (HUC
- UCIC)
1 6 3,00 0,00 3,0 0,5 0,5
CH Universitário
de Coimbra (HUC
-UTICA)
1 5 2,50 0,00 2,5 0,5 0,5
Centro 2 2 2 36 12,38 2,80 15,2 0,4 0,3
CH Lisboa
Central 1 16 0 9,60 9,6 0,6 0,0
CH Lisboa Norte
1 9 0 0,00 0,0 0,0 0,0
CH Médio Tejo 1
6 0 4,80 4,8 0,8 0,0
Hospital
Fernando da
Fonseca
1
10 0 0,00 0,0 0,0 0,0
Hospital Garcia
de Orta 1 6 0 4,80 4,8 0,8 0,0
179
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares /
ARS
Nível das
UCI
Coronários
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº
ETC
Total
Nº ETC
Total
por
Cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Lisboa e Vale do
Tejo 1 1 3 47 0,00 19,20 19,2 0,4 0,0
CH Alto Ave
1
10 0,00 4,95 5,0 0,5 0,0
CH Porto
1
8 0,00 10,71 10,7 1,3 0,0
CH S. João 1
8 0,00 7,54 7,5 0,9 0,0
CH Tâmega e
Sousa 1
5 0,00 8,71 8,7 1,7 0,0
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
1 6 0,00 1,00 1,0 0,2 0,0
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho 1 8 0,00 3,43 3,4 0,4 0,0
Norte 1 3 2 45 0,00 36,35 36,3 0,8 0,0
Portugal
Continental 4 6 8 134 12,4 60,3 72,7 0,5 0,1
No que se refere à distribuição de recursos médicos nos diferentes turnos da semana e fim de semana
importa referir um quadro razoavelmente homogéneo
Quadro 116. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Coronários Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 0 0 1 6 2 1 1 1 1 1
Centro 2 2 2 36 11 6 6 6 6 6
180
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Coronários Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III
Lisboa e Vale
do Tejo 1 1 3 47 7 6 6 6 6 6
Norte 1 3 2 45 13 7 7 7 6 6
Portugal
Continental 4 6 8 134 33 20 20 20 19 19
Quadro 117. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Coronários por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Coronários Nº de Camas Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº ETC
Total I II III
Alentejo 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00
Algarve 0 0 1 6 0,00 2,00 2,00
Centro 2 2 2 36 12,38 2,80 15,18
Lisboa e Vale do Tejo 1 1 3 47 0,00 19,20 19,20
Norte 1 3 2 45 0,00 36,35 36,35
Portugal Continental 4 6 8 134 12,38 60,35 72,72
No que se refere à distribuição de recursos humanos de enfermagem o panorama é o que se constata
nos quadros seguintes e do que se destaca as enormes assimetrias entre as várias zonas do país.
Devemos caminhar para uma situação em que apenas o nível de cuidados requeridos pelo doente
determina o nº de enfermeiros alocados (geralmente 1 enfermeiro para 2 doentes em nível III e 1 para
3 ou 4 doentes em nível I).
181
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 118. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Coronários por entidade hospitalar e por Região de Saúde
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Nível das
UCI
Coronários Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC de
Enfermeiros
por cama I II III
Hospital de
Faro 1 6 26,0 5,0 0,0 0,0 31,0 5,2
Algarve 0 0 1 6 26 5 0 0 31 5,2
CH Baixo
Vouga 1
5 20,6 0,5 0,0 1,1 22,2 4,4
CH Leiria -
Pombal 1
5 11,3 2,0 0,0 0,0 13,3 2,7
CH Tondela -
Viseu 1
8 15,3 0,0 1,0 0,0 16,3 2,0
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCIC)
1
7 13,0 1,0 0,0 0,0 14,0 2,0
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCIC)
1 6 21,0 3,0 0,0 0,0 24,0 4,0
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC -
UTICA)
1 5 8,0 3,0 0,0 0,0 11,0 2,2
Centro 2 2 2 36 89,2 9,5 1,0 1,14 100,8 2,8
CH Lisboa
Central 1 16 32,2 0,0 1,1 3,7 37,1 2,3
CH Lisboa
Norte 1 9 25,0 2,1 0,0 0,0 27,1 3,0
182
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Nível das
UCI
Coronários Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC de
Enfermeiros
por cama I II III
CH Médio
Tejo 1
6 12,5 1,0 0,0 0,0 13,5 2,3
Hospital
Fernando da
Fonseca
1
10 25,0 0,0 0,0 0,0 25,0 2,5
Hospital
Garcia de
Orta
1 6 6,0 0,0 0,0 1,0 7,0 1,2
Lisboa e
Vale do Tejo 1 1 3 47 100,7 3,1 1,1 4,7 109,7 2,3
CH Alto Ave
1
10 9,5 0,0 0,0 0,0 9,5 1,0
CH Porto
1
8 15,0 1,0 0,0 1,0 17,0 2,1
CH S. João 1
8 20,3 20,3 0,0 0,0 40,6 5,1
CH Tâmega e
Sousa 1
5 7,9 0,0 0,0 0,0 7,9 1,6
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
1 6 20,0 4,0 1,0 0,0 25,0 4,2
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
1 8 26,3 9,4 0,0 1,4 37,1 4,6
Norte 1 3 2 45 99,0 34,7 1,0 2,4 137,1 3,0
Portugal
Continental 4 6 8 134,0 314,9 52,3 3,1 8,2 378,6 2,8
183
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 119. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana., por Região de Saúde
ARS
Nível das
UCI
Coronários
Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 0 0 1 6 3 2 2 2 2 2
Centro 2 2 2 36 16 15 13 13 12 12
Lisboa e Vale
do Tejo 1 1 3 47 20 19 17 17 16 16
Norte 1 3 2 45 20 19 17 16 17 16
Portugal
Continental 4 6 8 134 59 55 49 48 47 46
Quadro 120. Número de enfermeiros por nível de UCI Coronários por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Coronários
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total I II III
Alentejo 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Algarve 0 0 1 6 26,00 5,00 0,00 0,00 31,00
Centro 2 2 2 36 89,18 9,50 1,00 1,14 100,82
Lisboa e Vale
do Tejo 1 1 3 47 100,73 3,10 1,14 4,70 109,67
Norte 1 3 2 45 98,96 34,70 1,00 2,40 137,06
Portugal
Continental 4 6 8 134 314,87 52,30 3,14 8,24 378,55
184
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Importa também analisar a capacidade formativa destas unidades pelo que se constatar que – sendo
independentes na sua esmagadora maioria da Medicina Intensiva – devem ter Cardiologistas
reconhecidos pelo respetivo colégio de especialidade como tendo as competências e conhecimentos
requeridos; seria de todo em todo desejável a revisão do CV dos mesmos pela OM.
Quadro 121. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Coronários por entidade hospitalar e
por Região de Saúde
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Recursos das UCI Coronários - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Idoneidade
Formativa
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio
de Medicina
Intensiva (por
trimestre)
Capacidade
Formativa -
Nº Máximo
de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa -
Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas
em Formação
Específica da
Ordem dos
Médicos para
Candidatura ao
Exame para
Subespecialista
em Medicina
Intensiva pela
Ordem dos
Médicos
Nº de
Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo
S/UCI com
Aproveitamento e
Respetiva
Titulação pela
Ordem dos
Médicos
Hospital de
Faro NR 1 1 1 0 0
Algarve
1 1 1 0 0
CH Baixo
Vouga B 2 3 2 0 0
CH Leiria -
Pombal NR 0 0 0 0 0
CH Tondela -
Viseu B 1 2 1 0 0
CH
Universitário
de Coimbra
(HG - UCIC)
C 1 1 1 0 0
185
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Recursos das UCI Coronários - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Idoneidade
Formativa
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio
de Medicina
Intensiva (por
trimestre)
Capacidade
Formativa -
Nº Máximo
de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa -
Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas
em Formação
Específica da
Ordem dos
Médicos para
Candidatura ao
Exame para
Subespecialista
em Medicina
Intensiva pela
Ordem dos
Médicos
Nº de
Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo
S/UCI com
Aproveitamento e
Respetiva
Titulação pela
Ordem dos
Médicos
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCIC)
NR 1 2 2 0 0
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC -
UTICA)
NR 1 2 2 0 0
Centro
6 10 8 0 0
CH Lisboa
Central C 0 0 0 0 0
CH Lisboa
Norte NR 0 0 0 0 0
CH Médio
Tejo NR 0 0 0 0 0
Hospital
Fernando da
Fonseca
NR 1 1 1 0 0
Hospital
Garcia de
Orta
C 0 2 0 0 0
186
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Recursos das UCI Coronários - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Idoneidade
Formativa
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio
de Medicina
Intensiva (por
trimestre)
Capacidade
Formativa -
Nº Máximo
de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa -
Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas
em Formação
Específica da
Ordem dos
Médicos para
Candidatura ao
Exame para
Subespecialista
em Medicina
Intensiva pela
Ordem dos
Médicos
Nº de
Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo
S/UCI com
Aproveitamento e
Respetiva
Titulação pela
Ordem dos
Médicos
Lisboa e
Vale do Tejo 1 3 1 0 0
CH Alto Ave NR 4 0 0 0 0
CH Porto B 0 2 2 0 0
CH S. João NR 0 2 2 0 0
CH Tâmega e
Sousa B 1 1 1 0 0
CH Trás-os-
Montes e Alto
Douro
NR 0 0 0 0 0
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
B 3 4 4 2 0
Norte
8 9 9 2 0
Portugal
Continental 16 23 19 2 0
187
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 122. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Coronários por Região de Saúde
Entidades
Hospitalares /
ARS
Recursos das UCI Coronários - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos (por
período de
estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Formação Específica
da Ordem dos Médicos
para Candidatura ao
Exame para
Subespecialista em
Medicina Intensiva pela
Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI
com Aproveitamento e
Respetiva Titulação pela
Ordem dos Médicos
Alentejo 0 0 0 0 0
Algarve 1 1 1 0 0
Centro 6 10 8 0 0
Lisboa e Vale do
Tejo 1 3 1 0 0
Norte 8 9 9 2 0
Portugal
Continental 16 23 19 2 0
188
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 123. Custos das UCI Coronários por Entidade Hospitalar e por ARS
Entidades Hospitalares/ARS
Custos das UCI Coronários
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos
Outros Custos Total
Hospital de Faro 121.454,31 € 128.841,69 € 16.671,62 € 13.838,59 € 50.533,52 € 331.339,73 €
Algarve 121.454,31 € 128.841,69 € 16.671,62 € 13.838,59 € 50.533,52 € 331.339,73 €
CH Baixo Vouga 517.902,24 € 53.224,94 € 10.192,52 € 29.996,69 € 12.480,52 € 623.796,91 €
CH Leiria - Pombal 300.069,90 € 68.399,62 € 3.464,18 € 37.407,97 € 0,00 € 409.341,67 €
CH Tondela - Viseu 527.071,00 € 1.050.618,00 € 2.996,00 € 3.121,00 € 26.260,00 € 1.610.066,00 €
CH Universitário de Coimbra (HG - UCIC)
NR NR NR NR NR
CH Universitário de Coimbra (HUC - UCIC)
NR NR NR NR NR
CH Universitário de Coimbra (HUC -UTICA)
NR NR NR NR NR
Centro 1.345.043,14 € 1.172.242,56 € 16.652,70 € 70.525,66 € 38.740,52 € 2.643.204,58 €
CH Lisboa Central 1.229.473,52 € 260.729,95 € 5.405,20 € 23.509,19 € 37.291,89 € 1.556.409,75 €
CH Lisboa Norte 249.666,17 € 466.042,68 € NR NR NR 715.708,85 €
CH Médio Tejo 338.155,08 € 84.826,04 € 25.693,96 € 213.302,53 € 13.089,48 € 675.067,09 €
Hospital Fernando da Fonseca
766.479,00 € 308.938,00 € 22.346,00 € 171.770,00 € 3.531,00 € 1.273.064,00 €
Hospital Garcia de Orta
21.856,80 € 72.799,94 € NR 12.075,87 € 30.246,34 € 136.978,95 €
Lisboa e Vale do Tejo
2.605.630,57 € 1.193.336,61 € 53.445,16 € 420.657,59 € 84.158,71 € 4.357.228,64 €
CH Alto Ave 413.499,58 € 117.927,18 € 21.769,50 € 31.894,27 € 15.368,87 € 600.459,40 €
CH Porto 484.827,87 € 98.535,33 € 10.431,00 € 43.123,57 € 8.589,05 € 645.506,82 €
CH S. João 779.037,96 € 171.372,69 € 3.532,88 € 2.779,11 € 81.375,57 € 1.038.098,21 €
CH Tâmega e Sousa*
202.525,46 € 69.314,14 € 2.117,99 € 13.765,85 € 83.967,90 € 371.691,34 €
CH Trás-os-Montes e Alto Douro
605.730,00 € 110.833,00 € 10.038,00 € 21.395,00 € 107.542,00 € 855.538,00 €
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
1.027.133,27 € 197.594,01 € 70,00 € 10.434,62 € 52.981,97 € 1.288.213,87 €
Norte 3.512.754,14 € 765.576,35 € 47.959,37 € 123.392,42 € 349.825,36 € 4.799.507,64 €
Portugal Continental
7.584.882,16 € 3.259.997,21 € 134.728,85 € 628.414,26 € 523.258,11 € 12.131.280,59
€
*De acordo com o registado no centro de custo 11602 - UCI Cardiologia, a Contabilidade Analítica de 2012 ainda não está "encerrada". Poderão existir alterações nas rubricas POCMS 621 e 622, no entanto, e para o caso da UCIC não se preveem alterações materialmente relevantes
189
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
No que se refere à produção destas unidades no que se refere a doentes saídos, demora média e taxa
de ocupação é de salientar a enorme heterogeneidade verificada. Seria importante tipificar as UCI
monovalentes em módulos de tamanho comparável de modo aos dados serem passíveis de
benchmarking e de análise comparativa, ajustados para a tipologia dos doentes internados.
Quadro 124. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI Coronários por Região de
Saúde
ARS População
Censos 2011
Nível das UCI Coronários
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Doentes Saídos
por Cama
Doentes Saídos
Dias de Internamento
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 451.006 1 6 169 1.013 1.743 1,7 79,6%
Centro 1.737.216 2 2 2 36 69 2.469 6.944 2,8 52,8%
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 1 1 3 47 67 3.143 11.422 3,6 66,6%
Norte 3.689.682 1 3 2 45 86 3.850 11.625 3,0 70,8%
Portugal Continental
10.047.621 4 6 8 134 78 10.475 31.734 3,0 64,9%
Quadro 125. Camas de UCI Coronários e doentes saídos por 100.000 habitantes por Região de Saúde
ARS
População
Censos
2011
Nº de
Camas
de
Agudos
Doentes
Saídos do
Internamento
de Agudos
Nº de
Camas de
UCI
Coronários
Camas de
UCI por
100.000
Hab.
Camas de
Agudos
por
100.000
Hab.
Doentes
Saídos por
100.000
Hab.
Camas de
Agudos
por 1.000
Hab.
Doentes
Saídos
por
1.000
Hab.
Alentejo 509.849 943 34.488 0 0,0 185,0 6.764,4 1,8 67,6
Algarve 451.006 906 31.155 6 1,3 200,9 6.907,9 2,0 69,1
Centro 1.737.216 4.916 175.647 36 2,1 283,0 10.110,8 2,8 101,1
Lisboa e
Vale do Tejo 3.659.868 8.012 304.296 47 1,3 218,9 8.314,4 2,2 83,1
Norte 3.689.682 6.947 292.436 45 1,2 188,3 7.925,8 1,9 79,3
Portugal
Continental 10.047.621 21.724 838.022 134 1,3 216,2 8.340,5 2,2 83,4
190
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
7.5.2. UCI CARDIOTORÁCICOS
Constata-se a existência de 5 unidades em Portugal com um total de 47 camas distribuídas por 3 ARS
(não existem no Alentejo e Algarve)
Figura 21. Distribuição das Unidades e Camas de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
A única situação de encerramento de camas existe na Região Centro e corresponde ao CHUC e devia-
se a limitações com recursos humanos. Considerando o baixo número de camas existentes o
encerramento de 4 camas corresponde quase a 10% do total das camas.
Quadro 126. Número de camas de UCI Cardiotorácicos encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de Profissionais
Limitação de Material
Sobredimensionamento da Unidade
Total
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 0 0 0 0
Centro 4 0 0 4
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 0 0
Norte 0 0 0 0
Portugal Continental 4 0 0 4
0 0 1
2 2
0 0
6
21 20
0
5
10
15
20
25
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
Unidades
Camas
191
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Não foi possível concluir de forma objetiva uma análise da demora média e da taxa de ocupação
devido à não resposta sobre estes itens.
Quadro 127. Camas de UCI Cardiotorácicos face às camas de agudos, demora média e taxa de ocupação
ARS Nº de
Camas de Agudos
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas % de Camas de
UCI Cardiotorácicos por Camas de
Agudos
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III Cuidados Intensivos
Encerradas
Alentejo 943 0 0 0
0,00%
Algarve 906 0 0 0
0,00%
Centro 4.916 0 0 1 6 4 0,12% ND ND
Lisboa e Vale do Tejo
8.012 0 0 2 21 0 0,26% 2,4 69,5%
Norte 6.947 0 0 2 20 0 0,29% ND ND
Portugal Continental
21.724 0 0 5 47 4 0,22% ND ND
De acordo com as respostas recebidas existem dois serviços de cirurgia cardiotorácica (Centro
Hospitalar de Lisboa Ocidental e IPO do Porto) que não dispõe de apoio de unidade especializada.
Tal como expectável só existem este tipo de unidades em hospitais com serviço de urgência
polivalente.
Quadro 128. Relação entre o nível das UCI Cardiotorácicos existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidades
Hospitalares Nível das UCI
Cardiotorácicos Tipo de Urgência da Entidade Hospitalar
Organização Departamental da UCI
Centro CH Universitário de Coimbra
III SUP Integrada
Lisboa e Vale do Tejo CH Lisboa Central III SUP Autónoma
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
Norte
CH S. João III SUP Integrada
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
III SUP Integrada
192
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 129. Quartos de isolamento por cama de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS Unidades de Cuidados
Intensivos Cardiotorácicos Número de Camas
Cuidados Intensivos Nº de Quartos de
Isolamento
% de Quartos de Isolamento por Cama
UCI
Centro 1 6 1 16,7%
Lisboa e Vale do Tejo
2 21 3 14,3%
Norte 2 20 3 15,0%
Portugal Continental
5 47 7 14,9%
No que se refere às características de pressão dos diferentes quartos de isolamento nas diferentes
regiões constata-se que só existem quartos com pressão negativa na região centro e com pressão
positiva na região de Lisboa. Os quartos com pressão positiva e negativa não existem no Centro,
existindo na Região Norte e de Lisboa
Quadro 130. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de Saúde
ARS
Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento com Pressão Negativa
% UCI com Quartos de Isolamento com
Pressão Negativa por UCI
Centro 1 1 100,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 0 0,0%
Norte 2 0 0,0%
Portugal Continental 5 1 20,0%
Quadro 131. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de Saúde
ARS
Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos
Nº de UCI com Quartos de
Isolamento com Pressão Positiva
% UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por UCI
Centro 1 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 1 50,0%
Norte 2 0 0,0%
Portugal Continental 5 1 20,0%
193
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 132. UCI Cardiotorácicos com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por Região de Saúde
ARS
Unidades de
Cuidados
Intensivos
Cardiotorácicos
Nº de UCI com
Quartos de
Isolamento com
Pressão Positiva e
Negativa
% UCI com Quartos de
Isolamento com
Pressão Positiva e
Negativa por UCI
Centro 1 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 1 50,0%
Norte 2 1 50,0%
Portugal Continental 5 2 40,0%
Quadro 133. Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com transporte inter-hospitalar por Região de Saúde
ARS
Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos
Nº de Unidades com Transporte Inter-Hospitalar Nº de Unidades com
Emergência Intra-
Hospitalar Sediada na UCI
Sediado na UCI
24 H/Dia
Sediado na UCI Apenas Parte do
Dia
Sediado na UCI Periodicamente
Gerido pela
Direção da UCI
Há médicos da UCI que Participam
no TIP
Centro 1 NR NR NR NR NR 1
Lisboa e Vale do Tejo
2 0 0 0 0 2 1
Norte 2 0 0 0 0 0 1
Portugal Continental
5 0 0 0 0 2 3
No que se refere à tipologia de monitorização pode-se afirmar que na sua maioria dispõe de
equipamento adequado.
Quadro 134. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por tipologia de monitorização nas ARS Centro, LVT e Norte
Tipologia da Monitorização
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
Monitorização Hemodinâmica
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Monitorização Ventilatória
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
194
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da Monitorização
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
ETCO2 0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
Pressão Intra-Arterial
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Venosa Central
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Intracraniana
0,0% 0,0% 50,0% 20,0%
Pressão Intra- Abdominal
0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
Débito Cardíaco (PICCO ou Outro)
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
BIS 0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
NIRS 0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
EEG Contínuo 0,0% 0,0% 100,0% 40,0%
Máquina de Gases de Sangue
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Doseamento de Fármacos e Tóxicos
0,0% 100,0% 50,0% 60,0%
Maca de Transporte com Ventilação Mecânica (Caraterísticas Iguais UCI)
0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
No que respeita às técnicas terapêuticas que dispõe pode-se afirmar que o panorama é globalmente
satisfatório, pese embora algumas carências pontuais. No que se refere à tipologia de monitorização
pode-se afirmar que na sua maioria dispõe de equipamento adequado.
195
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 135. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e Norte
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
Ventilação Mecânica Invasiva
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Ventilação Mecânica não Invasiva
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Ventilação de Alta Frequência (VAFO)
100,0% 0,0% 50,0% 40,0%
Ventilação com NAVA
0,0% 0,0% 50,0% 20,0%
Óxido Nítrico 0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
Carro de Reanimação
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Desfibrilhador 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Pacemaker 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Hemodiafiltração 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Plasmaferese 100,0% 100,0% 50,0% 80,0%
Hemodiálise 0,0% 100,0% 100,0% 80,0%
Diálise Peritoneal
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
ECMO 100,0% 50,0% 50,0% 60,0%
MARS 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Hipotermia 100,0% 50,0% 100,0% 80,0%
No que se refere à tipologia de monitorização e terapêutica pode-se afirmar que na sua maioria dispõe
de equipamento adequado.
Outras técnicas, como a ECMO ou a hipotermia terapêutica podem estar ausentes desde que existam
no mesmo hospital e existam protocolos de cooperação rápidos e eficazes para a transferência dos
doentes que deles necessitam.
196
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 136. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar e por Região
de Saúde
Entidades Hospitalares /
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Nº ETC de Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº ETC Total
Nº ETC Total por cama de
cuidados intensivos
Nº ETC de Intensivistas por cama de
cuidados intensivos I II III
CH Universitário de Coimbra
0 0 1 6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Centro 0 0 1 6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00
CH Lisboa Central
0 0 1 15 1,2 9,1 10,3 0,7 0,1
CH Lisboa Norte 0 0 1 6 0,0 NR 0,0 0,0 0,0
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 2 21 1,2 9,1 10,31 0,5 0,06
CH S. João 0 0 1 10 0,0 4,8 4,8 0,5 0,0
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
0 0 1 10 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Norte 0 0 2 20 0,0 4,8 4,8 0,2 0,00
Portugal Continental
0 0 5 47 1,2 13,9 15,1 0,3 0,03
Quadro 137. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Nº de Médicos no
Turno da Manhã, Dia de Semana
Nº de Médicos no
Turno da Manhã, Fim de Semana ou Feriado
Nº de Médicos no
Turno da Tarde, Dia de Semana
Nº de Médicos no
Turno da Tarde, Fim de Semana ou Feriado
Nº de Médicos no Turno da Noite,
Dia de Semana
Nº de Médicos no
Turno da Noite, Fim de Semana ou Feriado I II III
Centro 0 0 1 6 12 1 1 1 1 1
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 2 21 4 3 3 3 3 3
Norte 0 0 2 20 2 2 2 2 2 2
Portugal Continental
0 0 5 47 18 6 6 6 6 6
197
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 138. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Nº ETC de Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº ETC Total
I II III
Centro 0 0 1 6 0,00 0,00 0,00
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 2 21 1,20 9,11 10,31
Norte 0 0 2 20 0,00 4,80 4,80
Portugal Continental 0 0 5 47 1,20 13,91 15,11
Quadro 139. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar e por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Nº ETC de Enfermeiros Colocados no S/UCI
Nº ETC Enfermeiros Especialistas
Nº ETC de Enfermeiros
Colocados na UCI e Fora de
Escala de Cuidados
Diretos
Nº ETC de Enfermeiros Reabilitação
(só fazem esta atividade)
Nº ETC Total
Nº ETC de Enfermeiros
por cama I II III
CH Universitário de Coimbra
0 0 1 6 18,90 3,15 1,05 1,00 24,10 4,0
Centro 0 0 1 6 18,90 3,15 1,05 1,00 24,10 4,0
CH Lisboa Central
0 0 1 15 44,43 1,00 1,14 0,00 46,57 3,1
CH Lisboa Norte
0 0 1 6 39,85 5,77 0,00 1,20 46,82 7,8
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 2 21 84,28 6,77 1,14 1,20 93,39 4,4
CH S. João 0 0 1 10 32,00 2,00 0,00 1,00 35,00 3,5
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
0 0 1 10 36,00 6,30 1,00 1,00 44,30 4,4
Norte 0 0 2 20 68,00 8,30 1,00 2,00 79,30 4,0
Portugal Continental
0 0 5 47 171,18 18,22 3,19 4,20 196,79 4,2
198
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 140. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos Nº de
Camas de Cuidados Intensivos
Nº de Enfermeiros no Turno da Manhã, Dia de Semana
Nº de Enfermeiros no Turno da Manhã, Fim de Semana ou Feriado
Nº de Enfermeiros no Turno da Tarde, Dia de Semana
Nº de Enfermeiros no Turno da Tarde, Fim de Semana ou Feriado
Nº de Enfermeiros no Turno da Noite, Dia de
Semana
Nº de Enfermeiros no Turno da Noite, Fim de Semana ou Feriado
I II III
Centro 0 0 1 6 4 4 4 2 4 2
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 2 21 16 13 14 12 14 12
Norte 0 0 2 20 12 12 12 11 11 11
Portugal Continental
0 0 5 47 32 29 30 25 29 25
Quadro 141. Número de enfermeiros por nível de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Nº ETC de Enfermeiros
Colocados no S/UCI
Nº ETC Enfermeiros Especialistas
Nº de ETC Enfermeiros
Colocados na UCI e Fora de
Escala de Cuidados
Diretos
Nº ETC de Enfermeiros
Reabilitação (só fazem esta atividade)
Nº ETC Total
I II III
Centro 0 0 1 6 18,9 3,15 1,05 1 24,1
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 2 21 84,28 6,77 1,14 1,20 93,39
Norte 0 0 2 20 68,00 8,30 1,00 2,00 79,30
Portugal Continental
0 0 5 47 171,18 18,22 3,19 4,2 196,79
199
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 142. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar
e por Região de Saúde
Entidades Hospitalares /
ARS
Recursos das UCI Cardiotorácicos - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Idoneidade Formativa
Nº Médio de Internos do
Internato Complementar a Realizar Estágio
de Medicina Intensiva (por
trimestre)
Capacidade Formativa - Nº
Máximo de Formandos (por
período de estágio)
Capacidade Formativa - Nº de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Formação Específica da
Ordem dos Médicos para
Candidatura ao Exame para
Subespecialista em Medicina
Intensiva pela Ordem dos
Médicos
Nº de Especialistas em Medicina
Intensiva Formados pelo
S/UCI com Aproveitamento
e Respetiva Titulação pela
Ordem dos Médicos
CH Universitário de Coimbra
NA NA NA NA NA NA
Centro* NA NA NA NA NA
CH Lisboa Central
NR 0 0 0 0 1
CH Lisboa Norte NR 0 0 0 0 0
Lisboa e Vale do Tejo
0 0 0 0 1
CH S. João NR 0 0 0 0 0
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
A 1 5 5 0 0
Norte 1 5 5 0 0
Portugal Continental
1 5 5 0 1
Quadro 143. Custos das UCI Cardiotorácicos por entidade hospitalar e por ARS
Entidades Hospitalares/ARS
Custos das UCI Cardiotorácicos
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos Outros Custos Total
CH Universitário de Coimbra
ND ND ND ND ND ND
Centro ND ND ND ND ND ND
200
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades Hospitalares/ARS
Custos das UCI Cardiotorácicos
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos Outros Custos Total
CH Lisboa Central 1.436.427,54 € 797.452,07 € 2.027,00 € 36.123,07 € 53.291,32 € 2.325.321,00 €
CH Lisboa Norte 142.156,51 € 522.207,18 € NR NR NR 664.363,69 €
Lisboa e Vale do Tejo
1.578.584,05 € 1.319.659,25 € 2.027,00 € 36.123,07 € 53.291,32 € 2.989.684,69 €
CH S. João 4.400.359,00 € 1.270.586,00 € 39.548,00 € 155.298,00 € 356.414,00 € 6.222.205,00 €
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
818.792,18 € 528.312,06 € NR 6.320,96 € 84.053,49 € 1.437.478,69 €
Norte 5.219.151,18 € 1.798.898,06 € 39.548,00 € 161.618,96 € 440.467,49 € 7.659.683,69 €
Portugal Continental
6.797.735,23 € 3.118.557,31 € 41.575,00 € 197.742,03 € 493.758,81 € 10.649.368,38 €
Considerando que só uma das regiões respondeu aos dias de internamento, demora média e taxa de
ocupação é de todo impossível realizar qualquer comparação ou retirar conclusões sobre estes itens.
Do mesmo modo, a ausência de informação completa sobre que itens foram incluídos pelas diferentes
ARS tornam os valores de custos não comparáveis.
Quadro 144. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI Cardiotorácicos por Região
de Saúde
ARS População
Censos 2011
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas Doentes Saídos
Dias de Internamento
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III Cuidados Intensivos
Encerradas
Alentejo 509.849 0 0 0
Algarve 451.006 0 0 0
Centro 1.737.216 0 0 1 6 4 ND ND ND ND
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 0 0 2 21 0 2.254 5.326 2,4 69,5%
Norte* 3.689.682 0 0 2 20 0 2.530 3.122 ND ND
Portugal Continental
10.047.621 0 0 5 47 4 4.784 8.448 ND ND
201
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 145. Camas de UCI Cardiotorácicos e doentes saídos por 100.00 habitantes por Região de Saúde
ARS População
Censos 2011
Nº de Camas
de Agudos
Doentes Saídos do
Internamento de Agudos
Nº de Camas das UCI
Cardiotorácicos
Camas de UCI Cardiotorácicos
por 100.000 Hab.
Camas de
Agudos por
100.000 Hab.
Doentes Saídos
por 100.000
Hab.
Camas de
Agudos por
1.000 Hab.
Doentes Saídos
por 1.000 Hab.
Alentejo 509.849 943 34.488 0 0,0 185,0 6.764,4 1,8 67,6
Algarve 451.006 906 31.155 0 0,0 200,9 6.907,9 2,0 69,1
Centro 1.737.216 4.916 175.647 6 0,3 283,0 10.110,8 2,8 101,1
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 8.012 304.296 21 0,6 218,9 8.314,4 2,2 83,1
Norte 3.689.682 6.947 292.436 20 0,5 188,3 7.925,8 1,9 79,3
Portugal Continental
10.047.621 21.724 838.022 47 0,5 216,2 8.340,5 2,2 83,4
7.5.3. UNIDADES DE QUEIMADOS
São Unidades especializadas, geralmente integradas em Serviços de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva
e com características muito próprias, geralmente fora do âmbito de conhecimentos e práticas do
Intensivista não subespecializado, habituado a trabalhar em equipa com a cirurgia plástica e
reconstrutiva.
Dependem na sua maioria de unidades polivalentes para tratamento de disfunções/falências de órgão
adicionais (geralmente em regime de chamada), pelo que não têm geralmente equipamento (ou
habilitações para o seu uso) na maioria dos casos.
Poderiam ser objeto de melhor integração com UCI de nível III para apoio e aconselhamento mútuo,
otimizando recursos e resultados.
Existem 4 unidades de Queimados em Portugal continental totalizando 22 camas distribuídas por 3
ARS (Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo). Existe uma 5ª unidade de queimados em Portugal com 8
camas no Hospital da Prelada que não foi incluída neste relatório (Fonte: SICA).
202
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 22. Distribuição das Unidades e Camas das Unidades de Queimados
À data do inquérito existia uma única cama encerrada e por limitação de material.
Quadro 146. Número de camas de unidade de Queimados encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas da Unidade de Queimados
Limitação de
Profissionais Limitação de Material
Sobredimensionamento
da Unidade Total
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 0 0 0 0
Centro 0 0 0 0
Lisboa e Vale do Tejo 0 1 0 1
Norte 0 0 0 0
Portugal Continental 0 1 0 1
Constata-se a não existência de Unidades de nível I facto este que deveria ser invertido junto das UCI
de queimados de nível III de forma a melhorar os índices de produção e maximizar o seu custo-
efetividade.
0 0 1
2 1
0 0
5
12
5
0
2
4
6
8
10
12
14
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Unidades de Queimados
Unidades
Camas
203
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 147. Camas de Unidades de Queimados face às camas de agudos, demora média e taxa de ocupação (excluindo
camas de cuidados intermédios)
ARS
Nº de
Camas de
Agudos
Nível das Unidades
de Queimados Nº de Camas
% de Camas de
UCI Queimados
por Camas de
Agudos
Demora
Média
Taxa de
Ocupação I II III NR
Cuidados
Intensivos Encerradas
Alentejo 943 0 0 0
0 0 0,00%
Algarve 906 0 0 0
0 0 0,00%
Centro 4.916 0 0 1 0 5 0 0,10% 20,01 85,30
Lisboa e
Vale do Tejo 8.012
1 1 12 1 0,15% 28,8 84,2%
Norte 6.947 0 0 1
5 0 0,07% 30,1 80,8%
Portugal
Continental 21.724 0 0 3 1 22 1 0,10% 26,3 83,4%
Da análise da relação entre existência de UCI de Queimados e tipo de urgência constata-se que
correspondem em todos os casos a unidades hospitalares com urgências polivalentes.
Quadro 148. Relação existente entre o nível de Unidades de Queimados existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
Unidades de
Queimados
Tipo de Urgência
da Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental da
UCI
Centro CH Universitário de Coimbra III SUP Autónoma
Lisboa e Vale do Tejo CH Lisboa Central NR SUP Integrada
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
Norte CH S. João III SUP Autónoma
Constata-se nas duas regiões que responderam um elevado número de camas com quartos de
isolamento sendo esse número sobreponível na região Norte. Em LVT só está considerada uma
unidade (CHLC), a outra não respondeu a esta questão
204
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 149. Quartos de isolamento por cama de unidade de Queimados por Região de Saúde
ARS Unidades de
Queimados
Número de Camas
Cuidados Intensivos
Nº de Quartos de
Isolamento
% de Quartos de
Isolamento por Cama UCI
Centro 1 5 1 20,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 12 4 33,3%
Norte 1 5 5 100,0%
Portugal Continental 4 22 10 45,5%
No que se refere às caraterísticas de pressão dos quartos de isolamento constata-se que o panorama
global é no sentido de todas terem quartos de pressão positiva, e só existirem quartos de pressão
negativa no Centro.
Quadro 150. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão negativa por Região de Saúde
ARS Unidades de Queimados
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Negativa
% UCI com Quartos de Isolamento com Pressão
Negativa por UCI
Centro 1 1 100,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 0 0,0%
Norte 1 0 0,0%
Portugal Continental 4 0 0,0%
Quadro 151. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão positiva por Região de Saúde
ARS Unidades de Queimados
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva
% UCI com Quartos de Isolamento com Pressão
Positiva por UCI
Centro 1 1 100,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 2 100,0%
Norte 1 1 100,0%
Portugal Continental 4 4 100,0%
205
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 152. Unidades de Queimados com Quartos de isolamento com pressão positiva e negativa por Região de Saúde
ARS Unidades de Queimados
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e
Negativa
% UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por
UCI
Centro 1 NR
Lisboa e Vale do Tejo 2 0 0,0%
Norte 1 0 0,0%
Portugal Continental 4 0 0,0%
De uma forma global e apesar da unidade do Centro não ter respondido não existe responsabilidade
pelo TIH por parte destas unidades.
Quadro 153. Unidades de Queimados com transporte inter-hospitalar por Região de Saúde
ARS
Unidades
de
Queimados
Nº de Unidades com Transporte Inter-Hospitalar
Nº de Unidades
com Emergência
Intra-Hospitalar
Sediada na UCI
Sediado
na UCI
24 H/Dia
Sediado
na UCI
Apenas
Parte do
Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido pela
Direção da
UCI
Há médicos
da UCI que
Participam no
TIP
Centro 1 NR NR NR NR NR NR
Lisboa e Vale
do Tejo 2 0 0 0 0 1 0
Norte 1 0 0 0 0 0 0
Portugal
Continental 4 0 0 0 0 1 0
Quando analisadas as unidades no que se refere à tipologia de monitorização constata-se que a
maioria das unidades está muito bem equipada.
206
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 154. Percentagem de Unidades de Queimados por tipologia de monitorização nas ARS Centro, LVT e Norte
Tipologia da
Monitorização
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com
cada Monitorização
Monitorização
Hemodinâmica 100,0% 100,0% 100,0%
Monitorização Ventilatória NR 100,0% 100,0%
ETCO2 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Intra-Arterial 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Venosa Central 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Intracraniana NR 0,0% 0,0%
Pressão Intra- Abdominal NR 100,0% 0,0%
Débito Cardíaco (PICCO
ou Outro) NR 50,0% 100,0%
BIS 100,0% 50,0% 100,0%
NIRS NR 0,0% 100,0%
EEG Contínuo NR 0,0% 100,0%
Máquina de Gases de
Sangue sim 100,0% 100,0%
Doseamento de Fármacos
e Tóxicos sim 100,0% 0,0%
Maca de Transporte com
Ventilação Mecânica
(Caraterísticas Iguais UCI)
100,0% 50,0% 100,0%
O mesmo se pode afirmar no que se refere às técnicas terapêuticas onde se constata que a maioria
das unidades está muito bem equipada.
207
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 155. Percentagem de Unidades de Queimados por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e Norte
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
Ventilação Mecânica
Invasiva 100,0% 100,0% 100,0%
Ventilação Mecânica não
Invasiva 100,0% 100,0% 100,0%
Ventilação de Alta
Frequência (VAFO) NR 50,0% 0,0%
Ventilação com NAVA NR 0,0% 0,0%
Óxido Nítrico NR 0,0% 0,0%
Carro de Reanimação 100,0% 100,0% 100,0%
Desfibrilhador 100,0% 100,0% 100,0%
Pacemaker 100,0% 100,0% 0,0%
Hemodiafiltração 100,0% 100,0% 100,0%
Plasmaferese 100,0% 100,0% 0,0%
Hemodiálise 100,0% 50,0% 100,0%
Diálise Peritoneal NR 50,0% 100,0%
ECMO NR 0,0% 0,0%
MARS NR 0,0% 0,0%
Hipotermia NR 0,0% 100,0%
Na sua maioria estas Unidades não apresentam quadro próprio, sendo o trabalho assegurado por
Cirurgiões plástico e Anestesiologistas, muitas das vezes sem grande continuidade dos cuidados
prestados. Deve ser objeto de avaliação e referenciação própria, que deverá definir a estrutura
organizacional e meios humanos ótimos.
208
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 156. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às Unidades de Queimados por entidade hospitalar e por
Região de Saúde
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Nível das Unidades de
Queimados
Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº ETC
Total
por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III NR
CH
Universitário
de Coimbra
0 0 1 0 5 0,00 10,00 10,00 2,0 0,0
Centro 0 0 1 0 5 0,00 10,00 10,00 2,0 0,0
CH Lisboa
Central 0 0 0 1 7 0,5 3,20 3,70 0,5 0,1
CH Lisboa
Norte 0 0 1
5 0 0,00 0,00 0,0 0,0
Lisboa e
Vale do Tejo 0 0 1 1 12 0,50 3,20 3,70 0,3 0,0
CH S. João 0 0 1 0 5 0,00 3,29 3,29 0,7 0,0
Norte 0 0 1 0 5 0,00 3,29 3,29 0,7 0,0
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 0,50 16,49 16,99 3,0 0,0
Quadro 157. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das Unidades de
Queimados Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Médicos
no Turno
da Manhã,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos
no Turno
da Tarde,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos
no Turno
da Noite,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 4 2 2 2 2 2
Lisboa e Vale
do Tejo 0 0 1 1 12 4 2 2 2 2 2
Norte 0 0 1 0 5 3 2 1 1 1 1
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 11 6 5 5 5 5
209
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 158. Número de médicos intensivos por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde
ARS
Nível das Unidades
de Queimados
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas Nº ETC Total
I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 0,00 10,00 10,00
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 1 1 12 0,50 3,20 3,70
Norte 0 0 1 0 5 0,00 3,29 3,29
Portugal Continental 0 0 3 1 22 0,50 16,49 16,99
Quadro 159. Rácio de enfermeiros por cama afetos às Unidades de Queimados por entidade hospitalar e por Região de
Saúde
ARS
Nível das Unidades
de Queimados
Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC de
Enfermeiros
por cama I II III NR
CH
Universitário
de Coimbra
0 0 1 0 5 NR NR NR NR 0 0,0
Centro 0 0 1 0 5 NR NR NR NR 0 0,0
CH Lisboa
Central 0 0 0 1 7 25,71 0,00 6,00 0,00 31,71 4,5
CH Lisboa
Norte 0 0 1 0 5 22,80 4,70 0,00 0,00 27,5 5,5
Lisboa e Vale
do Tejo 0 0 1 1 12 48,51 4,70 6,00 0,00 59,21 4,9
CH S. João 0 0 1 0 5 23,28 1,00 0,00 1,00 25,28 5,1
Norte 0 0 1 0 5 23,28 1,00 0,00 1,00 25,28 5,1
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 71,79 5,70 6,00 1,00 84,49 3,8
210
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 160. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
Quadro 161. Número de enfermeiros por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde
ARS
Nível das Unidades de
Queimados Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e Fora
de Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 NR NR NR NR NR
Lisboa e
Vale do Tejo 0 0 1 1 12 48,51 4,70 6,00 0,00 59,21
Norte 0 0 1 0 5 23,28 1,00 0,00 1,00 25,28
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 71,79 5,7 6 1 84,49
ARS
Nível das
Unidades de
Queimados
Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana ou
Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 NR NR NR NR NR NR
Lisboa e
Vale do Tejo 0 0 1 1 12 13 10 6 6 6 6
Norte 0 0 1 0 5 7 5 3 3 3 3
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 20 15 9 9 9 9
211
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 162. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das Unidades de Queimados por entidade
hospitalar e por Região de Saúde
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Recursos das Unidades de Queimados - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Idoneidade
Formativa
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa -
Nº Máximo
de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa -
Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Formação Específica da
Ordem dos Médicos para
Candidatura ao Exame
para Subespecialista em
Medicina Intensiva pela
Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas
em Medicina
Intensiva Formados
pelo S/UCI com
Aproveitamento e
Respetiva Titulação
pela Ordem dos
Médicos
CH
Universitário
de Coimbra
NR 0 0 0 0 0
Centro
0 0 0 0 0
CH Lisboa
Central NR 0 4 3 0 0
CH Lisboa
Norte NR 0 0 0 0 0
Lisboa e
Vale do Tejo 0 4 3 0 0
CH S. João NR 0 0 0 0 0
Norte
0 0 0 0 0
Portugal
Continental 0 4 3 0 0
212
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 163. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das Unidades de Queimados por Região de
Saúde
Entidades
Hospitalares
/ ARS
Recursos das Unidades de Queimados - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de
Internos do
Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva
(por trimestre)
Capacidade
Formativa - Nº
Máximo de
Formandos
(por período
de estágio)
Capacidade
Formativa - Nº de
Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Formação Específica da Ordem
dos Médicos para Candidatura
ao Exame para Subespecialista
em Medicina Intensiva pela
Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI
com Aproveitamento e
Respetiva Titulação pela
Ordem dos Médicos
Centro 0 0 0 0 0
Lisboa e
Vale do Tejo 0 4 3 0 0
Norte 0 0 0 0 0
Portugal
Continental 0 4 3 0 0
Quadro 164. Custos das Unidades de Queimados por entidade hospitalar por ARS
Entidades Hospitalares
Custos das Unidades de Queimados
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos
Outros Custos
Total
CH Universitário de Coimbra
NR NR NR NR NR
ARS Centro NR NR NR NR NR
CH Lisboa Central 745.954,12 € 379.756,71 € 42.526,42 € 0,00 € 76.967,32 € 1.245.204,57 €
CH Lisboa Norte 571.110,07 € 467.539,24 € NR NR NR 1.038.649,31 €
ARS de Lisboa e Vale do Tejo
1.317.064,19 € 847.295,95 € 42.526,42 € 0,00 € 76.967,32 € 2.283.853,88 €
CH S. João 916.712,00 € 257.193,00 € 1.880,00 € 38.089,00 € 79.691,00 € 1.293.565,00 €
ARS Norte 916.712,00 € 257.193,00 € 1.880,00 € 38.089,00 € 79.691,00 € 1.293.565,00 €
Portugal Continental
2.233.776,19 € 1.104.488,95 € 44.406,42 € 38.089,00 € 156.658,32 € 3.577.418,88 €
213
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 165. Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das Unidades de Queimados por
Região de Saúde
ARS População
Censos 2011
Nível das Unidades de Queimados
Nº de Camas Doentes Saídos
Dias de
Internamento
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III NR Cuidados Intensivos
Encerradas
Alentejo 509.849 0 0 0
Algarve 451.006 0 0 0
Centro 1.737.216 0 0 1 0 5 NR NR NR
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868
1 1 12 1 128 3.688 28,8 84,2%
Norte 3.689.682 0 0 1
5 0 49 1.475 30,1 80,8%
Portugal Continental
10.047.621 0 0 3 1 22 1 177 5.163 29,2 64,3%
Quadro 166. Camas de Unidades de Queimados e doentes saídos por 100.000 habitantes por Região de Saúde
ARS População
Censos 2011
Nº de Camas de Agudos
Doentes Saídos do
Internamento de Agudos
Nº de Camas das Unidades
de Queimados
Camas de UCI de
Queimados por 100.000
Hab.
Camas de Agudos
por 100.000
Hab.
Doentes Saídos por
100.000 Hab.
Camas de
Agudos por
1.000 Hab.
Doentes Saídos
por 1.000 Hab.
Alentejo 509.849 943 34.488 0 0,0 185,0 6.764,4 1,8 67,6
Algarve 451.006 906 31.155 0 0,0 200,9 6.907,9 2,0 69,1
Centro 1.737.216 4.916 175.647 5 0,3 283,0 10.110,8 2,8 101,1
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 8.012 304.296 12 0,3 218,9 8.314,4 2,2 83,1
Norte 3.689.682 6.947 292.436 5 0,1 188,3 7.925,8 1,9 79,3
Portugal Continental
10.047.621 21.724 838.022 22 0,2 216,2 8.340,5 2,2 83,4
215
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA
8.1. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA PORTUGUESA
Portugal registou ao longo das últimas décadas importantes alterações demográficas, que se
traduziram num decréscimo acentuado das taxas de fecundidade, natalidade, mortalidade e
especialmente da mortalidade infantil. O comportamento destas variáveis demográficas refletiu-se na
descida da taxa de crescimento natural, excetuando-se o caso da diminuição da mortalidade infantil. A
estrutura etária da população portuguesa espelha pois estas tendências demográficas.
Figura 23. População de Portugal Continental para o ano 2011 - Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
O fenómeno do duplo envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da população idosa e
pela redução da população jovem, continua bem vincado nos resultados dos Censos 2011.
Há 30 anos, cerca de 25,0% da população pertencia ao grupo etário mais jovem (0-14 anos), e apenas
11,4% estava incluída no grupo etário dos mais idosos (com 65 ou mais anos). Em 2011, a tendência
4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0
0-4 5-9
10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
% Mulheres
% Homens
População de Portugal Continental - 2011
216
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
alterou-se e apenas cerca de 15,0% da população pertencia ao grupo etário mais jovem (0-14 anos)
passando 19,0% da população a ter 65 anos ou mais (Figura 23)
Figura 24. População de Portugal Continental em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para ambos os sexos
- Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
Segundo os Censos 2001, residiam em Portugal legalmente2 10.356.117 indivíduos, dos quais
5.000.141 eram homens e 5.355.976 mulheres. Através dos dados definitivos divulgados pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE) sobre os Censos 2011, sabemos que Portugal tinha 10.562.178
residentes, o que corresponde a um aumento da população residente de cerca de 2,0% relativamente a
2001, valor inferior ao da taxa de crescimento registada de 1991 para 2001 (5,0%). O INE estimou para
31 de Dezembro de 2012 uma população residente de 10.487.289, ou seja, menos 74.8889 residentes
do que a 31 de dezembro de 2011. O gráfico seguinte traduz claramente a diminuição da taxa de
crescimento nestes últimos 3 anos:
2 Inclui as Regiões Autónomas
11,3
12,3
13,0
7,7
12,5
11,4
9,7
6,3
4,3
10,9
11,7
12,5
7,3
14,5
13,9
12,9
9,5
8,4
30,0 20,0 10,0 0,0 10,0 20,0 30,0
0-4 5-9
10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
População <18 e >65 anos de idade em Portugal Continental- 2011
% Mulheres
% Homens
217
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 25. Estimativas de População Residente em Portugal no período entre1991 a 2012 - Fonte: Elaboração própria com
base nos dados do INE (Censos 2011)
Dos 10.487.289 residentes estimados para 31 de dezembro de 2012, 4.995.697 eram homens e
5.491.592 mulheres, como ilustrado pelo gráfico infra.
Figura 26. População residente em Portugal em 2012 - Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
Importa ainda referir que, ao analisar a população portuguesa, se deve salvaguardar que a população
que constitui o universo das unidades de cuidados intensivos corresponde à população com residência
legal e idade superior a 30 dias tal como já referido no capítulo da metodologia.
218
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Considera-se pois o valor de recém-nascidos como o elemento corretivo ao valor global. Em 2011 o
número de recém-nascidos registados foi de 96.856 e, em 2012 de 89841, segundo fonte do INE.
Cenário Demográfico das diferentes Administrações Regionais de Saúde (ARS)
Apresenta-se de seguida uma breve caracterização de cada ARS e o cenário demográfico, de acordo
com os dados dos Censos de 2011.
Quadro 167. Demografia das Regiões de Saúde de Portugal Continental
ARS NUT III
Área territorial
de Intervenção
(km2)
População
Total
Residente
(hab)
Densidade
Populacional
(hab/km2)
Alentejo
Alentejo Central, Alentejo Litoral, Alto
Alentejo e Baixo Alentejo. 27.330 509.849 18,6
Algarve Algarve. 4.997 451.006 90,3
Centro
Baixo Mondego, Baixo Vouga, Beira Interior
Norte, Beira Interior Sul, Cova da Beira,
Dão-Lafões, Pinhal Interior Norte, Pinhal
Interior Sul, Pinhal Litoral e Serra da Estrela.
23.273 1.737.216 74,6
LVT Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Médio Tejo,
Oeste e Península de Setúbal 12.203 3.659.868 299,9
Norte
Ave, Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga,
Grande Porto, Minho-Lima, Tâmega e Alto
Trás-os- Montes.
21.286 3.689.682 173,3
Portugal
Continental n.a. 89.089 10.047.621 112,8
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está organizado no território continental em cinco regiões de
saúde, cada uma delas tutelada por uma Administração Regional de Saúde (ARS), cuja área
geográfica de intervenção corresponde aos mapas da Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais
Estatísticas (NUTS) II (Figura 27)
219
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 27. Mapa da Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) II - Fonte: Geosaúde - DGS
Da análise Quadro 167 facilmente se percebe a enorme assimetria no território nacional no que se
refere à densidade populacional com valores que oscilam entre os 18,6 e os 299,9 hab./ Km2
Desta forma e, de acordo com os dados obtidos nos Censos de 2011, o cenário demográfico das
Administrações Regionais de Saúde é o seguinte:
8.1.1. ARS ALENTEJO
A ARS do Alentejo, com um âmbito territorial de intervenção de 27.330 km2, tem uma população total
de 509.849 habitantes, dividida por 247.591 homens e 262.258 mulheres, dos quais 80.308 habitantes
se encontram na faixa etária com idade inferior a 18 anos e 128.427 têm 65 ou mais anos de idade. A
densidade populacional é de 18,6 habitantes/km2.
220
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
A área geográfica de intervenção da ARS do Alentejo é constituída pelas NUTS III do Alentejo Central;
Alentejo Litoral; Alto Alentejo e Baixo Alentejo.
Figura 28. Mapa da ARS do Alentejo - Fonte: Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P.
No que concerne à Região do Alentejo, os valores indicam que existe uma maior proporção de idosos,
existindo classes ocas significativas nos grupos etários dos jovens e adultos, pelo que a pirâmide desta
região apresenta uma base mais estreita e uma maior extensão das barras no topo.
221
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 29. Pirâmide Etária da ARS do Alentejo para o ano de 2011
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE (Censos 2011)
Figura 30. População da ARS do Alentejo em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para ambos os sexos –
Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
2,0 2,3 2,4
1,4
2,5 2,7 2,6
1,7 1,2
2,0 2,1 2,2
1,3
3,1 3,4 3,4
2,4 2,1
4,0 2,0 0,0 2,0 4,0
0-4 5-9
10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
População <18 e >65 anos de idade na ARS do Alentejo -2011
% Mulheres
% Homens
222
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.1.2. ARS ALGARVE
A ARS do Algarve, cujo âmbito territorial de intervenção é de 4.997 Km2, tem como número total de
451.006 habitantes, dos quais 219.931 são homens e 231.075 são mulheres, sendo que 80.302
habitantes referem-se à faixa etária com menos de 18 anos e 87.769 têm 65 ou mais anos de idade. A
densidade populacional é de 90,3 habitantes/km2. A área geográfica de intervenção da ARS do
Algarve é constituída pela NUT III Algarve.
Figura 31. Mapa da ARS do Algarve - Fonte: Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P.
A Região do Algarve, evidencia igualmente uma pirâmide demográfica envelhecida, isto é, a proporção
dos jovens é inferior à dos adultos e dos idosos, apresentando, assim, uma base mais estreita do que a
classe dos adultos.
223
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 32. Pirâmide Etária da ARS do Algarve para o ano de 2011
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE (Censos 2011)
Figura 33. População da ARS do Algarve em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para ambos os sexos -
Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
224
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Com estas variações da população residente nas diversas regiões do país assiste-se a dois
fenómenos, o aumento da densidade populacional nas zonas do litoral e, consequentemente, a
desertificação das zonas do interior, povoadas essencialmente por pessoas idosas. O INE refere que
”agravou-se o desequilíbrio na distribuição da população pelo território. Os municípios do litoral
registam indicadores de densidade populacional mais elevados que os do interior”. Este padrão de
litoralização do país reforçou-se na última década tendo também se acentuado a tendência para a
concentração da população junto das grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Figura 34. População de Portugal Continental em 2011 com menos de 18 anos para ambos os sexos - Fonte: Dados do
INE (Censos 2011)
80.308
80.302
285.295
668.771
681.859
1.796.535
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
HM - menos de 18 anos
225
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 35. População de Portugal Continental em 2011 com mais de 65 anos para ambos os sexos - Fonte: Dados do INE
(Censos 2011)
8.1.3. ARS CENTRO
Tem um âmbito territorial de intervenção é de 23.273 km2, uma população total de 1.737.216
habitantes, dos quais 827.440 são homens e 909.776 mulheres, sendo que 285.295 habitantes se
referem à faixa etária com menos de 18 anos de idade e 393.338 têm 65 ou mais anos de idade. A
densidade populacional é de 74,6 habitantes/km2. A área geográfica de intervenção da ARS Centro é
constituída pelas NUTS III de Baixo Mondego; Baixo Vouga; Beira Interior Norte; Beira Interior Sul;
Cova da Beira; Dão-Lafões; Pinhal Interior Norte; Pinhal Interior Sul; Pinhal Litoral e Serra da Estrela.
128.427
87.769
393.338
696.815
631.439
1.937.788
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
HM - 65 e mais anos
226
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 36. Mapa da ARS Centro (Fonte: Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.)
No que respeita à Região Centro, a estrutura da pirâmide etária apresenta uma percentagem elevada
de adultos e idosos, em detrimento de uma proporção jovem não muito elevada, ou seja, uma base
mais estreita do que a classe dos adultos.
227
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 37. Pirâmide Etária da ARS Centro para o ano de 2011 - Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE
(Censos 2011)
Figura 38. População da ARS Centro em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para ambos os sexos –
Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
2,0 2,3
2,5 1,5
2,7 2,5
2,1 1,4 1,0
1,9 2,2 2,4
1,5
3,2 3,0
2,8 2,1
1,9
4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0
0-4 5-9
10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
População <18 e >65 anos de idade na ARS Centro - 2011
% Mulheres
% Homens
228
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.1.4. ARS LISBOA E VALE DO TEJO
A ARS de Lisboa e Vale do Tejo cujo âmbito territorial de intervenção é de 12.203 Km2, tem um
número total de 3.659.868 habitantes, sendo que 1.737.576 são homens e 1.922.292 são mulheres, e
668.771 habitantes correspondem à faixa etária de menos de 18 anos. A população com 65 ou mais
anos corresponde a 696.815 habitantes. A densidade populacional é de 299,9 habitantes/km2. A área
geográfica de intervenção da ARS de Lisboa e Vale do Tejo é constituída pelas NUTS III da Grande
Lisboa; Lezíria do Tejo; Médio Tejo; Oeste e Península de Setúbal.
Figura 39. Mapa da ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Fonte: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.
229
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Em relação à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, assiste-se a um aumento das classes etárias mais jovens,
resultante de uma população rejuvenescida, representada por uma base menos estreita e uma menor
extensão das barras no topo.
Figura 40. Pirâmide Etária da ARS de Lisboa e Vale do Tejo para o ano de 2011
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE (Censos 2011)
Figura 41. População da ARS de Lisboa e Vale do Tejo em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para
ambos os sexos
Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
2,5 2,6 2,7
1,5
2,5 2,1
1,7 1,0 0,7
2,4 2,5 2,6
1,4
2,9 2,6
2,3 1,7
1,5
5,0 0,0 5,0
0-4 5-9
10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
População <18 e >65 anos de idade na ARS de Lisboa e Vale do Tejo - 2011
% Mulheres
% Homens
230
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.1.5. ARS NORTE
Com um âmbito territorial de intervenção de 21.286 km2, tem uma população total de 3.689.682
habitantes, dos quais 1.766.260 são homens e 1.923.422 mulheres, sendo que 681.859 habitantes se
referem à faixa etária de idade inferior a 18 anos. A população com 65 ou mais anos corresponde a
631.439 habitantes. A densidade populacional é de 173,3 habitantes/km2. A área geográfica de
intervenção da ARS Norte é constituída pelas NUTS III de Alto Trás-os-Montes; Ave; Cávado; Douro;
Entre Douro e Vouga; Grande Porto; Minho-Lima e Tâmega.
Figura 42. Mapa da ARS Norte.
Fonte: Administração Regional de Saúde do Norte, I.P
231
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Nesta região, podemos constatar que a estrutura da pirâmide etária reflete uma maior percentagem de
jovens, quando comparada com as outras Regiões, sendo a base da pirâmide proporcionalmente mais
larga do que o topo.
Figura 43. Pirâmide Etária da ARS Norte para o ano de 2011
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE (Censos 2011)
Figura 44. População da ARS Norte em 2011 com menos de 18 e mais de 65 anos de idade para ambos os sexos –
Fonte: Dados do INE (Censos 2011)
2,3 2,6 2,9
1,7
2,2 1,9 1,5
0,9 0,6
2,2 2,5 2,8
7,3
14,5 13,9 12,9
1,6 1,3
30,0 20,0 10,0 0,0 10,0 20,0 30,0
0-4 5-9
10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84
85 e mais
População <18 e >65 anos de idade na ARS Norte - 2011
% Mulheres
% Homens
232
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.2. IDONEIDADE E CAPACIDADE FORMATIVA
8.2.1. MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA
Compete à Ordem dos Médicos a definição e explicitação dos critérios de idoneidade e capacidade
formativa a que deve obedecer uma instituição formadora para que sejam alcançados os objetivos de
conhecimento e desempenho do respetivo programa de formação. As Unidades podem ter idoneidade
para formação de internos em formação específica ou para formação de especialistas em Cuidados
Intensivos Pediátricos, de acordo com determinados requisitos definidos pela Ordem dos Médicos.
Em Portugal continental existe capacidade formativa para Medicina Intensiva Pediátrica no âmbito da
formação específica para 90 a 98 internos por ano. O acesso à subespecialidade só recentemente foi
regulamentado, não havendo ainda especialistas segundo o atual regulamento.
Quadro 168. Quadro médico, idoneidades e capacidade formativa – UCI Pediátricos para o ano de 2012
ARS Hospital Nível
(1)
Médicos da UCI
Médicos
colaboradores
(4)
Capacidade formativa para
estágio(s)
Subespecialidade
pela OM (2)
Experiência
em Medicina
Intensiva
Pediátrica (3)
Internos das
especialidades
(cada 3
meses/ano)
Subespecialidade
(5)
Norte CHSJ B 4 3 6 5 / 20 0
CHP A 4 4 0 0 0
Centro HPC B 2 3 8 (6) 5 / 20 0
Lisboa
e Vale
do
Tejo
CHLC B 2 7 0 5-6 / 20-24 0
CHLN B 0 5 5 (7) 6-7 / 24-28 0
HGO A 1 10 0 0 0
HFF B 2 4 0 2 / 6 (8) 0
Sul Faro A 1 3 5 0 0
Legenda do (Quadro 168):
CHSJ: Centro Hospitalar de São João, EPE; CHP: Centro Hospitalar do Porto, EPE; HPC: Hospital Pediátrico de Coimbra;
CHLC: Centro Hospitalar de Lisboa Central; CHLN: Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE; HGO: Hospital Garcia da Orta;
HFF: Hospital Fernando da Fonseca.
(1) Nível de UCI:
A. Reconhecidos e acreditados para a prática de Medicina Intensiva Pediátrica;
B. Reconhecidos e acreditados para a prática, treino e formação em Medicina Intensiva para Internos do Internato
Complementar;
233
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
C. Reconhecidos e acreditados para a prática, treino e formação de Intensivistas.
(2) Atribuída pela Ordem dos Médicos, por consenso e através de avaliação curricular, em 2004. Desde esta data não houve
qualquer atribuição do título de especialista em Medicina Intensiva Pediátrica por falta de regulamentação.
(3) Médicos que trabalham apenas na UCI pediátrica, mas que não tem a Subespecialidade pela OM.
(4) Médicos que não pertencem à UCI pediátrica, mas que colaboram na atividade assistencial do serviço (por ex.: no SU).
Podem ter ou não a Subespecialidade de Medicina Intensiva Pediátrica pela OM.
(5) Foi regulamentada em Dezembro de 2013 a forma de acesso à subespecialidade de Cuidados Intensivos Pediátricos.
Assim só em 2014 existirão especialistas titulados de acordo com o novo regulamento. (6) Três destes médicos têm a
Subespecialidade de Medicina Intensiva Pediátrica pela OM.
(7) Um destes médicos tem a Subespecialidade de Medicina Intensiva Pediátrica pela OM.
(8) Não aceitam internos nos meses de Julho, Agosto e Setembro.
8.2.2. MEDICINA INTENSIVA
A lista de Idoneidades formativas bem como o número máximo de Internos e Especialistas em
formação específica de Medicina Intensiva é definido anualmente pelo Conselho Nacional Executivo da
Ordem dos Médicos e comunicado ao CNMI e à ACSS.
As idoneidades podem ser dadas a grupos cooperativos de UCI, habitualmente pertencentes ao
mesmo grupo hospitalar ou departamento, embora existam exceções, em que hospitais diferentes se
agregam de modo protocolado, com programas formativos que cumpram o estipulado pela OM, de
modo a poder cumprir os requisitos formativos da OM.
As idoneidades podem ser completas ou parciais; são atribuídas habitualmente pelo prazo de 5 anos
embora possam ser provisórias.
Do panorama atual, destaca-se existência de uma idoneidade formativa baixa para a formação de
novos Intensivistas (cerca de 30 por ano, se todos os recursos fossem esgotados, sabendo nós que
apenas cerca de 50% têm sido utilizados nos últimos anos, devido à dificuldade na abertura de
concursos e de vagas para esta formação por parte dos hospitais); assunto a ser resolvido pela
abertura de vagas dirigidas a esta formação (ou vagas de perfil) de acordo com as necessidades do
país, de preferência em concursos abertos, claros, equitativos e com mapa nacional de vagas.
234
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Do mesmo modo, o baixo nº de UCI com idoneidade B e C torna complexa para muitos internos do
internato de especialidade a tarefa de encontrar uma Unidade para fazer o estágio mandatório ou
opcional requerido pela sua especialidade, tendo muitas vezes de se sujeitar a deslocações de
centenas de quilómetros. Este é um problema em agravamento rápido pelo aumento quase
exponencial do número de especialidades que incluíram recentemente ou pretendem incluir a Medicina
Intensiva no seu programa formativo.
Quadro 169. Idoneidades e Capacidade Formativa para a Subespecialidade de Medicina Intensiva - Hospitais públicos -
Ano de 2015
235
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
*os formandos em Medicina Intensiva deverão completar a sua formação em Trauma e Neurocríticos em UCI Nível C com estas valências **Idoneidade parcial (50% do tempo de estágio) e limitada às especialidades de Hematologia Clínica, Imunohemoterapia e Oncologia Médica ***Fusão dos SMI do CHC e HUC, mantém o mesmo numero de camas e as mesmas características, devendo manter a soma das capacidades formativas que tinham antes da fusão, aguarda visita de verificação de idoneidade ****Para internos de especialidades cirúrgicas completar formação em trauma em outra UCI Nota: Foram enviados ao CNE, para homologação, os relatórios de Visitas de Verificação de Idoneidades dos seguintes hospitais: CH Alto Ave (Guimarães); ULS Matosinhos; CH Médio Tejo (Abrantes); H Beatriz Ângelo (Loures); CH do Algarve; H do Divino Espírito Santo (Ponta Delgada) e ULS de Bragança. Segue dentro de dias o relatório do H. da Luz.
8.3. INDICADORES
Avaliam-se de seguida um conjunto de indicadores gerais e específicos, discriminados pelo tipo de
unidade considerada, e que utilizamos para proceder à análise que consubstancia os principais
objetivos deste trabalho.
Nº de camas hospitalares de agudos
Quadro 170. Número de camas de agudos de adultos e pediátricas por Região de Saúde
ARS
Número de Camas de Agudos
Total Adultos
Pediátricas
(Cardiologia
Pediátrica, Cirurgia
Pediátrica, Pediatria e
UCI de Pediatria)
Alentejo 943 900 43
Algarve 906 838 68
Centro 4.916 4.699 217
Lisboa e Vale do Tejo 8.012 7.563 476
Norte 6.947 6.574 373
Portugal Continental 21.724 20.574 1.177
236
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Existência de Unidades de Cuidados Intensivos
Das 49 entidades que apresentaram resposta, 13 (27%) não tinham qualquer Unidade de Cuidados
Intensivos. Destas 13, cinco entidades tinham serviço de urgência (4 SUMC e 1 SUB) aberto ao
público, apesar da inexistência de UCI. Os dados referidos ao Alentejo devem ser cautelosamente
analisados dado que uma das UCI da região não respondeu ao inquérito apesar de repetidamente
solicitado.
ARS Entidade Hospitalar Tem UCI Não Tem UCI
Alentejo
Hospital do Espírito Santo, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E.P.E X
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, E.P.E. NR NR
Algarve Centro Hospitalar Barlavento Algarvio, E.P.E. X
Hospital de Faro, E.P.E. X
Centro
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. X
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. X
Centro Hospitalar Leiria - Pombal, E.P.E. X
Centro Hospitalar Tondela - Viseu, E.P.E. X
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. X
Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais
X
Hospital Anadia - Hospital José Luciano de Castro
X
Hospital Cantanhede - Hospital Arcebispo João Crisóstomo
X
Hospital Distrital da Figueira da Foz, E.P.E.
X
Hospital Ovar - Hospital Dr. Francisco Zagalo
X
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E.
X
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. X
LVT
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E.P.E. X
Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E. X
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. X
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E. X
Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, E.P.E. X
Centro Hospitalar do Oeste
X
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
X
237
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Entidade Hospitalar Tem UCI Não Tem UCI
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. X
Hospital de Cascais X
Hospital Garcia da Orta, E.P.E. X
Hospital Professor Dr. Fernando da Fonseca, E.P.E. X
Hospital Beatriz Ângelo, S.A X
Hospital Distrital de Santarém, E.P.E. X
Hospital de Vila Franca de Xira
X*
Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
X
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. X
Norte
Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E. X
Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E. X
Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E. NR NR
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. X
Centro Hospitalar Póvoa do Varzim/Vila do Conde, E.P.E.
X
Centro Hospitalar de S. João, E.P.E. X
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E. X
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E. X
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E. X
Hospital Barcelos - Hospital Santa Maria Maior, E.P.E.
X
Hospital de Braga X
Hospital Magalhães Lemos, E.P.E.
X
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. X
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E.P.E. X
* Só a partir de maio de 2013
238
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 45. Existências de UCI
De salientar que, o Hospital de Vila Franca de Xira, com a passagem para o novo hospital, passou a dispor de uma Unidade de Cuidados Intensivos. Todavia, não se encontrava em funcionamento a 31/12/2012 pelo que não é considerada neste trabalho. Representatividade dos inquéritos considerando o número total de camas de agudos As unidades hospitalares que responderam ao inquérito enviado representam 97,5% do total nacional
de camas hospitalares de agudos em Portugal Continental (Quadro 171)
Figura 46. Percentagem de Camas das Unidades Hospitalares que Responderam ao Questionário Face ao Total de Camas
de Agudos de Portugal Continental
3,1% 4,2%
22,6%
36,9%
30,7% Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
239
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 171. Lotação e número de hospitais que responderam ao inquérito por Região de Saúde
ARS
Número de Camas de Agudos
Total de Portugal
Continental
Hospitais que Responderam ao Questionário
Total % da ARS % de Portugal Continental
Alentejo 943 682 72,3% 3,1%
Algarve 906 906 100,0% 4,2%
Centro 4.916 4.916 100,0% 22,6%
Lisboa e Vale do Tejo 8.012 8.012 100,0% 36,9%
Norte 6.947 6.666 96,0% 30,7%
Portugal Continental 21.724 21.182 97,5% 97,5%
Representatividade dos inquéritos considerando a população abrangida
As unidades hospitalares que responderam ao inquérito enviado representam 96,4% do total da
população residente em Portugal Continental (Quadro 172), considerando a população residente
servida em primeira linha por cada hospital
Figura 47. Percentagem da População Servida em 1ª Linha pelas Unidades Hospitalares que Responderam ao
Questionário Face ao Total da População de Portugal Continental
3,9% 4,5%
17,3%
36,4%
34,3% Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
240
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 172. População residente e número de hospitais que responderam ao inquérito por Região de Saúde
ARS
População Residente - Censos 2011
Total de
Portugal
Continental
Hospitais que Responderam ao Questionário
Total % da ARS
% de
Portugal
Continental
Alentejo 509.849 391.343 76,8% 3,9%
Algarve 451.006 451.006 100,0% 4,5%
Centro 1.737.216 1.737.216 100,0% 17,3%
Lisboa e Vale do Tejo 3.659.868 3.659.868 100,0% 36,4%
Norte 3.689.682 3.445.321 93,4% 34,3%
Portugal Continental 10.047.621 9.684.754 96,4% 96,4%
8.3.1. UCI PEDIÁTRICOS
Em Portugal, a distribuição das camas pelas unidades de cuidados intensivos pediátricos faz-se de
acordo com o discriminado na Figura 9.
Constata-se a existência de cinco unidades de nível III (1 no Centro, 2 na região de saúde de LVT e 2
no Norte), três unidades de nível II (1 no Algarve e 2 na região de saúde de LVT) e duas unidades de
cuidados intermédios na direta dependência de uma UCIP (1 na região de saúde de LVT e 1 no Norte).
Destas unidades duas estão incorporadas em UCI Neonatais (1 na região de LVT e 1 no Algarve). A
ARS do Alentejo não dispõe de qualquer unidade.
Um primeiro nível de análise do número de camas de UCI prende-se com a sua relação com a
população que serve e com o número de camas hospitalares de agudos às quais garante cuidados.
Nº de camas de UCI enquanto percentagem da população residente em idade pediátrica
241
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 173. Camas de UCI Pediátricos face à População com menos de 18 anos
ARS
População com
Menos de 18 anos
Nível das UCIP Nº de
Camas de Cuidados Intensivos Pediátricos
Camas de UCI Pediátricos por
100.000 Habitantes com Menos de 18
anos II III
Alentejo 80.308 0 0 0 0,0
Algarve 80.302 1 0 3 3,7
Centro 285.295 0 1 12 4,2
Lisboa e Vale do Tejo 668.771 2 2 27 4,0
Norte 681.859 0 2 12 1,8
Portugal Continental 1.796.535 3 5 54 3,0
Quadro 174. Camas de UCI Pediátricos face às Camas de Agudos Pediátricas
ARS Camas de Agudos
Pediátricas
Nível das UCIP Nº de
Camas de Cuidados Intensivos Pediátricos
% de camas de UCI
Pediátricos/Camas de Agudos Pediátricas II III
Alentejo 43 0 0 0 0,0%
Algarve 68 1 0 3 4,4%
Centro 217 0 1 12 5,5%
Lisboa e Vale do Tejo 476 2 2 27 5,7%
Norte 373 0 2 12 3,2%
Portugal Continental 1.177 3 5 54 4,6%
Nº de camas de UCI enquanto percentagem de camas de agudos
242
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Em Portugal Continental existem 3 camas de cuidados intensivos pediátricos por 100.000 habitantes
com menos de 18 anos, e varia entre 3,2 e 5,7% a percentagem de camas de cuidados intensivos
pediátricos relativamente ao número de camas pediátricas de agudos.
Figura 48. Camas de UCI Pediátricos
Uma cama pode ser considerada como encerrada em virtude de vários tipos de limitações,
nomeadamente por falta de profissionais, falta de material ou mesmo sobredimensionamento.
De acordo com as respostas recebidas há 8 camas de CI Pediátricos encerradas em Portugal. Não é
claro se foram encerradas ou se nunca chegaram a abrir. No entanto, tal facto traduz claramente uma
possibilidade de aumentar a atual capacidade assistencial caso tal seja considerado como
tecnicamente necessário.
Quadro 175. Número de camas de UCI Pediátricos encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de
Profissionais
Sobredimensionamento
da Unidade Total
Alentejo 0 0 0
Algarve 0 0 0
Centro 0 6 6
Lisboa e Vale do Tejo 2 0 2
Norte 0 0 0
Portugal Continental 2 6 8
54
8
Lotação Praticada
Camas Encerradas
243
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Relação entre Unidades de Cuidados Intensivos e de Cuidados Intermédios
Quadro 176. Número de camas (Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios) das UCI Pediátricos
ARS
Nível das UCIP Nº de Camas
I II III Cuidados Intensivos
Cuidados Intermédios
Alentejo 0 0 0 0 0
Algarve 0 1 0 3 0
Centro 0 0 1 12 0
Lisboa e Vale do Tejo 1 2 2 27 5
Norte 1 0 2 12 4
Portugal Continental 2 3 5 54 9
A existência de camas de intermédios incorporadas ou anexadas às UCI pediátricos tem sido
repetidamente defendido nas diferentes propostas de Cartas Hospitalares Pediátricas. A sua existência
torna as UCI mais funcionais, otimiza recursos e melhora a qualidade assistencial. Preconiza-se uma a
duas camas de cuidados intermédios para cada cama de cuidados intensivos, devendo, no mínimo,
metade destas serem adjacentes às UCI pediátricos. Considerando um ratio de 1:1 há, em Portugal,
um enorme défice deste tipo de camas. Das 54 camas desejáveis existem apenas 9.
Relação entre as UCI existentes e o tipo de urgências das instituições onde estão sediados
Da análise do (Quadro 177) constata-se que a maioria das UCI pediátricos existem em Hospitais com
Serviços de Urgência Polivalente com exceção da do H. Fernando da Fonseca. A multidisciplinariedade
encontrada nos SUP é fundamental para a abordagem dos diferentes problemas associados ao
tratamento da criança gravemente doente. Por outro lado, a existência de um transporte inter-hospitalar
pediátrico dedicado permite a centralização de cuidados, com ótimos níveis de segurança, bem como
de gestão de recursos.
244
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 177. Relação entre o nível das UCI Pediátricos existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidade Hospitalar
Nível das
UCI
Pediátricos
Tipo de
Urgência da
Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental da UCIP
Algarve H. Faro II SUP Integrada
Centro CH Universitário de Coimbra III SUP Integrada
Lisboa e Vale do Tejo
CHLC – H D Estefânia III SUP Integrada
CHLN - H Santa Maria III SUP Autónoma
H Fernando Fonseca (UCIEP) II SUMC Autónoma
H Fernando Fonseca (UCIC) I SUMC Integrada
H Garcia Orta II SUP Integrada
Norte
CH Porto - UCI III SUP Integrada
CH Porto - C Int I SUP Integrada
CH S João III SUP Autónoma
Análise de Movimento e Produção
Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI
pediátricos por Região de Saúde
Figura 49. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve o movimento assistencial
refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da unidade do CH Porto inclui camas de cuidados
intermédios)
0,0
15,6
37,1
51,3
31,2 34,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
245
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 50. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve o movimento
assistencial refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da unidade do CH Porto inclui camas de
cuidados intermédios)
Figura 51. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos (na Região do Algarve o movimento
assistencial refere-se à UCI Neonatais e na Região Norte o movimento assistencial da unidade do CH Porto inclui camas de
cuidados intermédios)
13,7
7,0
5,0
8,1 7,0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
58,6%
70,9% 69,8% 69,0% 66,6%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
246
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Em cuidados intensivos pediátricos preconiza-se uma taxa de ocupação ideal entre os 75 e os 80%3.
Taxas elevadas estão associadas a elevadas recusas de internamento por falta de vagas. As taxas de
ocupação observadas nas diferentes unidades não atingem os valores preconizados indiciando
aparentemente um número excessivo de camas. Tal pode não traduzir a realidade já que a
sazonalidade da procura de camas de intensivos pediátricos em determinadas regiões do país faz com
que em determinadas épocas do ano a procura seja superior à capacidade instalada.
Possibilitar a variação da lotação em diferentes épocas do ano tem sido a solução encontrada por
diferentes centros europeus.
A demora média das UCI pediátricos é dependente do tipo de doentes, variando entre os 3,5 e os 12,6
dias. Esta grande variabilidade da demora média justificaria só por si um estudo dirigido e a análise
comparativa de outros indicadores. O valor registado no Algarve encontra-se eivado pela incorporação
do doente neonatal pelo que este valor não pode ser devidamente avaliado.
Relativamente ao número de doentes saídos é necessário uma leitura atenta já que se constata uma
variação entre 31 e 51 doentes (sem Algarve), sendo relevante para estes números a existência ou não
de cuidados intermédios.
Análise de meios técnicos e estruturas
Existência de quartos de isolamento por cama de UCI pediátricos
A existência numa UCI pediátricos de quartos de isolamento, se possível com pressão positiva e/ou
negativa, é uma mais-valia, nomeadamente para a prevenção das infeções associadas aos cuidados
de saúde. A sua existência permite uma melhor adequação do internamento dos doentes com doenças
3 GALE, P. - Handbook of Pediatric Intensive Care (2002). Chapter 1, pag.:1-7. ISBN 0702023469; RICHARD J. BRILLI, et al. - Critical
care delivery in the intensive care unit: Defining clinical roles and the best practice model. Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10; TIERNEY
LT, CONROY KM. - Optimal occupancy in the ICU: A literature review. Aust Crit Care. 2014 May;27(2):77- 84; VALENTIN, A.;
FERDINANDE, P. - (ESICM Working Group on Quality Improvement). Recommendations on basic requirements for intensive care units:
structural and organizational aspects. Intensive Care Med. 2011; 37: pag. 1575 – 1587.
247
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
oncológicas, imunodeprimidos, transplantados ou com infeções altamente contagiosas, tal como a
varicela, a gripe e as bronquiolites. Em Portugal continental há 12 quartos de isolamento nas diferentes
UCI pediátricos.
Figura 52. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama UCI Pediátricos
Transporte inter-hospitalar
O aparecimento de sistemas de transporte inter-hospitalar pediátrico dedicado surgiu pela necessidade
de melhoria da qualidade assistencial de forma que as crianças chegassem às UCI em condições
apropriadas. Um transporte de qualidade assegura uma cobertura regional, permitindo a centralização
da assistência e consequentemente uma melhoria no tratamento e uma otimização de recursos.
Em Portugal continental o embrião do transporte pediátrico surgiu nos finais da década de 80 através
do transporte de recém-nascidos. Em 2004 e no Hospital Pediátrico de Coimbra esta experiência foi
alargada às crianças mais velhas. A partir de 2010 o INEM em parceria com as diferentes instituições
hospitalares desenvolveu protocolos que levaram à criação do Transporte Inter-hospitalar Pediátrico
dedicado para todas as crianças até aos 18 anos.
Assim existem três TIP. Um no Norte sediado no C.H.S. João, um no Centro sediado no CHUC e outro
no Sul sediado no CHLN (H. Santa Maria).
0,0%
33,3% 33,3%
14,8%
25,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
248
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
As respostas ao inquérito referem-se essencialmente ao transporte de doentes estáveis entre
instituições que todas as UCI realizam.
Quadro 178. Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos que garantem transporte inter-hospitalar de doentes Pediátricos
por Região de Saúde
ARS Nº de UCI
Pediátricos
Nº de Unidades com Transporte Inter-Hospitalar Nº de Unidades
com Emergência
Intra-Hospitalar Sediada na UCI
Sediado na UCI
24 H/Dia
Sediado na UCI
Apenas Parte do Dia
Sediado na UCI Periodicamente
Gerido pela Direção da
UCI
Há médicos da UCI que Participam
no TIP
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 1 0 0 0 0 0 0
Centro 1 1 NA NA 1 1 1
Lisboa e Vale do Tejo 4 1 0 1 0 3 3
Norte 2 1 0 0 1 1 1
Portugal Continental 8 3 0 1 2 5 5
Tipologia da Monitorização existente
Pela análise do Quadro 179 verifica-se qua as unidades pediátricas dispõem de um razoável nível de
tecnologia de monitorização, com exceção da monitorização com BIS, NIRS e do débito cardíaco. De
realçar que este tipo de monitorização em falta pode ser discutível, podendo ser útil em algum tipo de
doentes que existam em algumas unidades, não existindo evidência pediátrica para a sua utilização.
Quadro 179. Tipologia de monitorização das UCI Pediátricos nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Tipologia da
Monitorização
Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
Nº
UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Monitorização
Nº
UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Monitorização
Nº
UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Monitorização
Nº
UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Monitorização
Nº
UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Monitorização
Pressão
Intracraniana 1 100,0% 1 100,0% 4 75,0% 2 100,0% 8 87,5%
Pressão Intra-
Abdominal 1 0,0% 1 100,0% 4 50,0% 2 100,0% 8 62,5%
249
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
1 0,0% 1 100,0% 4 25,0% 2 50,0% 8 37,5%
BIS 1 0,0% 1 100,0% 4 25,0% 2 100,0% 8 50,0%
NIRS 1 0,0% 1 100,0% 4 0,0% 2 100,0% 8 37,5%
Maca de
Transporte com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísticas
Iguais UCI)
1 100,0% 1 100,0% 4 50,0% 2 100,0% 8 75,0%
Técnicas Terapêuticas disponíveis nas UCI pediátricos
A análise do Quadro 180 mostra que algumas técnicas terapêuticas tais como a ECMO, o MARS, a
ventilação com NAVA e a hipotermia só estão disponíveis em algumas unidades.
O número de doentes pediátricos necessitados deste tipo de técnicas é diminuto não justificando a sua
implementação em todas as unidades. Assim, a criação de centros de referência para algumas técnicas
é primordial em Pediatria.
Poucos são os doentes em cuidados intensivos pediátricos necessitados de hemodiálise. Em geral são
realizadas técnicas de substituição renal, quer por Hemo filtração contínua, quer por diálise peritoneal,
existente na maioria das unidades. Quando há necessidade de realizar hemodiálise a mesma é feita
nos Serviços de Nefrologia dos hospitais respetivos.
250
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 180. Número de UCI Pediátricos por técnica terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Técnicas
Terapêuticas
Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
Nº UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Técnica
Terapêutica
Nº UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Técnica
Terapêutica
Nº UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Técnica
Terapêutica
Nº UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Técnica
Terapêutica
Nº UCI
% de UCI
Pediátricos
com cada
Técnica
Terapêutica
Ventilação
com NAVA 1 0,0% 1 0,0% 4 75,0% 2 0,0% 8 38%
Pacemaker 1 100,0% 1 100,0% 4 75,0% 2 100,0% 8 87,5%
Plasmaferese 1 100,0% 1 100,0% 4 75,0% 2 100,0% 8 87,5%
Hemodiálise 1 0,0% 1 0,0% 4 100,0% 2 50,0% 8 62,5%
Diálise
Peritoneal 1 0,0% 1 100,0% 4 100,0% 2 100,0% 8 87,5%
ECMO 1 0,0% 1 0,0% 4 25,0% 2 50,0% 8 25,0%
MARS 1 0,0% 1 100,0% 4 0,0% 2 0,0% 8 12,5%
Hipotermia 1 0,0% 1 100,0% 4 25,0% 2 0,0% 8 25,0%
Âmbito da atividade assistencial nas UCI pediátricos
O tipo de assistência prestada pelo pessoal das UCI pediátricos, por vezes, extravasa a simples
prestação de cuidados aos doentes internados nas unidades como por exemplo o transporte de
doentes críticos ou o apoio à urgência. Este tipo de atividade tem grandes assimetrias entre as
diferentes ARS.
251
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 181. Âmbito das atividades assistenciais nas UCI Pediátricos por Região de Saúde
ARS
Nº de
Hospitais
com UCI
Pediátricos
Serviço de
Urgência Bloco Operatório
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis,
AVC,
Coronários,
Trauma, etc.)
EEMI
24H/Dia Sala de
Emergência
Pediátrica
Sala Dedicada
à Urgência
Pediátrica
12H/Dia ou 24
H/Dia
Equipa
Cirúrgica
Pediátrica
Presença
Física
Alentejo 0 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Algarve 1 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 0,0%
Centro 1 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 4 100,0% 50,0% 100,0% 0,0% 100,0% 100,0%
Norte 2 50,0% 50,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Portugal Continental 8 87,5% 50,0% 87,5% 37,5% 100,0% 75,0%
Os Recursos Humanos existentes nas UCI pediátricos
Médicos
Há dois modelos de funcionamento das UCI pediátricos no que se refere a recursos humanos:
- UCI com um número de intensivistas suficiente para assegurar o funcionamento da unidade
durante os 365 dias do ano.
- UCI com um pequeno número de intensivistas e um maior número de médicos não
intensivistas e colaboradores externos.
Tal como se pode observar no Quadro 182 o número total de médicos ETC diverge entre as
diferentes unidades, variando entre 6 e 10,1 e que o número de médicos ETC por cama varia entre
0,8 e 1,3.
252
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 182. Médicos por cama afetos às UCI Pediátricos por entidade hospitalar e por Região de Saúde
Tal como se pode observar no Quadro 183 a distribuição de médicos pelos diferentes turnos, de
manhã, tarde e noite, à semana, fins de semana e feriados é muito similar nas diferentes unidades.
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
H.Faro 0 1 0 3 0 4,5 4,9 9,4 3,1 1,5
Algarve 0 1 0 3 0 4,5 4,9 9,4 3,1 1,5
CH
Universitário
de Coimbra
0 0 1 12 0 3,4 5,8 9,2 0,8 0,3
Centro 0 0 1 12 0 3,4 5,8 9,2 0,8 0,3
CHLC – H D
Estefânia1 9 0 10,1 0 10,1 1,1 1,1
CHLN - H
Santa Maria1 8 0 0 NR 0 0,0 0,0
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
1 6
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
1 5
H Garcia
Orta*1 4 0 4,6 3,8 8,4 2,1 1,2
Lisboa e
Vale do Tejo1 2 2 27 5 16,7 7,8 24,5 0,9 0,6
CH Porto -
UCI*1 6
CH Porto -
UCInt1 4
CH S João 1 6 0 7,8 0 7,8 1,3 1,3
Norte 1 0 2 12 4 15,6 0 15,6 1,3 1,3
Portugal
Continental2 3 5 54 9 40,2 18,5 58,7 1,1 0,7
Entidades
Hospitalares /
ARS
Nível das UCIP Nº de CamasNº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de
Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº ETC Total por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama
2 4 6 1,0 0,3
7,8 0 7,8 1,3 1,3
253
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 183. Médicos por turno, semana e fim de semana em UCI Pediátricos, por Região de Saúde
Enfermeiros
Relativamente aos recursos de enfermagem existentes nas diferentes UCI (Quadro 184) constata-se
uma grande divergência, quer para o número total de ETC, quer para o número de ETC por cama,
variando respetivamente entre 23,0 e 54,9 e 2,1 e 6,1.
A tipologia dos doentes internados, a existência de camas de intermédios e o cumprir ou não o rácio de
1 a 2 enfermeiros por cama de cuidados intensivos pode justificar estas variações.
Globalmente é de realçar a baixa taxa de enfermeiros especialistas colocados nas UCI bem como a
praticamente inexistência de enfermeiros especialistas em reabilitação.
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 0 1 0 3 0 3 ou 4 2 2 2 1 1
Centro 0 0 1 12 0 5 2 2 2 2 2
Lisboa e Vale
do Tejo1 2 2 27 5 11 6 6 6 6 6
Norte 1 0 2 12 4 8 2 4 2 2 2
Portugal
Continental2 3 5 54 9 27 ou 28 12 14 12 11 11
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
ARS
Nível das UCIP´s Nº de CamasNº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de Médicos
no Turno da
Tarde, Fim de
Semana ou
Feriado
254
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 184. Enfermeiros por cama afetos às UCI Pediátricos por entidade hospitalar e por Região de Saúde
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
H. Faro 0 1 0 3 0 39,7 18,0 1,0 0,0 58,7 19,6
Algarve 0 1 0 3 0 39,7 18,0 1,0 0,0 58,7 19,6
CH
Universitário
de Coimbra
0 0 1 12 0 34,0 15,7 0,0 0,0 49,7 4,1
Centro 0 0 1 12 0 34,0 15,7 0,0 0,0 49,7 4,1
CHLC – H D
Estefânia1 9 0 24,4 6,1 24,4 0,0 54,9 6,1
CHLN - H
Santa Maria1 8 0 24,4 1,2 0,0 0,0 25,6 3,2
H Fernando
Fonseca
(UCIEP)
1 6
H Fernando
Fonseca
(UCIC)
1 5
H Garcia
Orta*1 4 0 42,3 11,4 1,1 0,0 54,8 13,7
Lisboa e
Vale do Tejo1 2 2 27 5 110,1 20,7 27,5 0,0 158,3 4,9
CH Porto -
UCI1 6
CH Porto -
UCInt1 4
CH S João 1 6 0 20,9 10,0 0,0 0,0 30,9 5,15
Norte 1 0 2 12 4 44,4 21,0 0,0 1,0 66,4 4,2
Portugal
Continental2 3 5 54 9 228,2 75,4 28,5 1,0 333,1 5,3
ARS
Nível das UCIP´s Nº de Camas
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Reabilitação (só
fazem esta
atividade)
Nº ETC Total
19,0 2 2,0 0,0
23,5 11,0 0,0 1,0 35,5
23,0
Nº ETC de
Enfermeiros
por cama
2,1
3,6
255
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 185. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde
Nível formativo:
Uma das áreas importantes dos Serviço/UCI pediátricos relaciona-se com a formação em cuidados
intensivos pediátricos.
Esta formação é habitualmente prestada da seguinte forma:
1. Formação pré-graduada – existe e deve se promovida em várias UCI pediátricos uma relação
estreita com as Faculdades de Medicina. Nas UCI existe um enorme potencial formativo que
não deve ser desperdiçado e que as Faculdades procuram sistematicamente.
2. Formação pós-graduada, de internos em formação específica, de pediatria, cardiologia
pediátrica, cirurgia pediátrica e anestesiologia. A formação na área da criança criticamente
doente, com estágios que variam de 3 a 6 meses, é procurada pela maioria dos internos em
formação específica pelo reconhecimento de que a formação nesta área representa uma mais-
valia. Estes estágios são atualmente parte obrigatória do programa de formação da cardiologia
pediátrica.
3. Formação pós-graduada de médicos candidatos a Intensivistas Pediátricos – Embora não
organizada de uma forma estruturada são os Serviços/UCI pediátricos o local privilegiado para
a formação destes candidatos. Será importante no futuro organizar programas de formação,
definir tempos de formação e acreditar UCI pediátricos para esta formação.
I II IIICuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 0 0 0 0 0,0 0 0 0 0
Algarve 0 1 0 3 0 6 ou 7 6 ou 7 6 6 6 6
Centro 0 0 1 12 0 8 7 5 5 5 5
Lisboa e Vale
do Tejo1 2 2 27 5 20 19 18 17 17 17
Norte 1 0 2 12 4 8 8 6 6 6 6
Portugal
Continental2 3 5 54 9 42 ou 43 40 ou 41 35 34 34 34
ARS
Nível das UCIP´s Nº de CamasNº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros no
Turno da Tarde,
Fim de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
256
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
4. Formação contínua – Tem a maioria das UCI pediátricos uma forte intervenção na formação na
área da reanimação pediátrica, quer no âmbito interno quer externo, através da participação
em diferentes Grupos de Reanimação, acreditados pelo Conselho Português de
Ressuscitação, European Ressuscitation Council e American Heart Association. A elaboração
de protocolos e recomendações e a organização de conferências e congressos promovidos
pelas diferentes Sociedades representa uma parte importante da participação das UCI na
formação contínua.
Representa esta atividade um enorme esforço dos Serviços/UCI pediátricos, face oculta de uma
atividade desgastante, consumidora de tempo e esforço dos Intensivistas, dificilmente mensurável.
Em Portugal Continental toda a capacidade formativa disponível das UCI pediátricos é habitualmente
ocupada. Das 20 vagas disponíveis para formação 18 são ocupadas. As 2 vagas não ocupadas
referem-se ao CHP, cuja idoneidade formativa ainda não foi atribuída pela Ordem dos Médicos.
Quadro 186. Capacidade formativa relativa aos recursos humanos médicos das UCI Pediátricos por Região de Saúde
ARS
Recursos da UCI Pediátricos - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de Internos
do Internato
Complementar a
Realizar Estágio de
Medicina Intensiva (por
trimestre)
Capacidade Formativa
- Nº Máximo de
Formandos (por
período de estágio)
Capacidade Formativa
- Nº de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em
Medicina Intensiva
Pediátrica do S/UCI com
Aproveitamento e
Respetiva Titulação pela
Ordem dos Médicos
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 1 1 1 1
Centro 0 4 4 0
Lisboa e Vale do Tejo 7 8 8 1
Norte 5 7 5 7
Portugal Continental 13 20 18 9
257
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Análise dos Custos de Funcionamento das UCI pediátricos
Tal como pode ser constatado nos gráficos seguintes existe uma enorme discrepância nos custos por
doente saído, por cama e por dia de internamento entre as diferentes unidades e ARS.
A falta de uniformidade nas respostas hospitalares, algumas reportando custos com doentes de nível
intermédio e outras com doentes neonatais, não permite uma análise rigorosa destes índices.
O CH Coimbra apresenta custos incomparavelmente baixos relativamente a todos os outros Serviços,
atendendo ao elevado número de doentes atendidos.
Figura 53. Custo por Doente Saído, Cama e Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região do Algarve (inclui custos da
UCI Neonatal)
5.861,33 €
91.383,43 €
427,57 € 0,00 €
10.000,00 €
20.000,00 €
30.000,00 €
40.000,00 €
50.000,00 €
60.000,00 €
70.000,00 €
80.000,00 €
90.000,00 €
Custo por Doente Saído Custo por Cama Custo por Dia Internamento
258
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 54. Custo por Doente Saído, Cama e Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região Centro
Figura 55. Custo por Doente Saído – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC Intermédios do H. Fernando da
Fonseca)
1.293,19 €
47.955,77 €
185,34 € 0,00 €
5.000,00 €
10.000,00 €
15.000,00 €
20.000,00 €
25.000,00 €
30.000,00 €
35.000,00 €
40.000,00 €
45.000,00 €
50.000,00 €
Custo por Doente Saído Custo por Cama Custo por Dia Internamento
5.774,23 €
2.165,11 € 2.662,41 €
21.072,26 €
4.510,93 €
0,00 €
5.000,00 €
10.000,00 €
15.000,00 €
20.000,00 €
25.000,00 €
CHLC – H D Estefânia
CHLN - H Santa Maria
H Fernando Fonseca
H Garcia Orta ARS Lisboa e Vale do Tejo
259
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 56. Custo por Cama – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC Intermédios do H. Fernando da Fonseca)
Figura 57. Custo por Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região LVT (inclui custos da UC Intermédios do H.
Fernando da Fonseca)
221.986,89 €
143.438,44 €
100.445,45 €
500.466,10 €
195.379,81 €
0,00 €
100.000,00 €
200.000,00 €
300.000,00 €
400.000,00 €
500.000,00 €
600.000,00 €
CHLC – H D Estefânia
CHLN - H Santa Maria
H Fernando Fonseca
H Garcia Orta ARS Lisboa e Vale do Tejo
1.008,01 €
621,62 € 503,60 €
2.341,36 €
909,14 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
CHLC – H D Estefânia
CHLN - H Santa Maria
H Fernando Fonseca
H Garcia Orta ARS Lisboa e Vale do Tejo
260
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 58. Custo por Doente Saído – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC Intermédios CH do Porto)
Figura 59. Custo por Cama – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC Intermédios CH do Porto)
9.502,42 €
5.445,71 €
7.031,00 €
0,00 €
1.000,00 €
2.000,00 €
3.000,00 €
4.000,00 €
5.000,00 €
6.000,00 €
7.000,00 €
8.000,00 €
9.000,00 €
10.000,00 €
CH Porto - UCI CH S João ARS Norte
185.297,14 €
275.916,00 €
219.279,21 €
0,00 €
50.000,00 €
100.000,00 €
150.000,00 €
200.000,00 €
250.000,00 €
300.000,00 €
CH Porto - UCI CH S João ARS Norte
261
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Custos das UCI Pediátricos
Pessoal Consumos Subcontratos
Fornecimento
e Serviços
Externos
Outros
CustosTotal
ARS do Alentejo
ARS do Algarve 1.589.306,99 € 268.032,78 € 21.633,75 € 55.870,39 € 75.591,46 € 2.010.435,37 €
ARS Centro 474.748,22 € 97.826,77 € 1.859,35 € 58,30 € 976,60 € 575.469,24 €
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 4.805.319,23 € 1.187.121,87 € 11.463,04 € 132.847,67 € 115.402,11 € 6.252.153,92 €
ARS Norte 2.416.028,63 € 759.427,07 € 12.858,70 € 128.340,12 € 191.812,86 € 3.508.467,37 €
Portugal Continental 9.285.403,07 € 2.312.408,49 € 47.814,84 € 317.116,48 € 383.783,03 € 12.346.525,90 €
ARS
Figura 60. Custo por Dia de Internamento – UCI Pediátricos da Região Norte (inclui custos da UC Intermédios CH do Porto)
Quadro 187. Custos das UCI Pediátricos por Região de Saúde
Indicadores compostos
Em Portugal o critério utilizado para o cálculo de camas necessárias em cuidados intensivos pediátricos
tem sido baseado no ratio de 2 camas para 100.000 crianças com idades compreendidas entre o 1 mês
e os 18 anos. Como se pode constatar no Quadro 188 existem em Portugal 54 camas de cuidados
intensivos pediátricos para 1.796.535 crianças o que traduz a existência de 3 camas por 100.000
crianças.
755,08 €
1.051,78 €
871,02 €
0,00 €
200,00 €
400,00 €
600,00 €
800,00 €
1.000,00 €
1.200,00 €
CH Porto - UCI CH S João ARS Norte
262
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Observa-se no entanto uma distribuição regional desigual, apresentando a região Norte um rácio de
1,8, significativamente inferior ao verificado noutras regiões.
Por outro lado quando se analisam o número de unidades por 10.000 Km2 verifica-se uma elevada
concentração na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Quadro 188. Número de UCI Pediátricos por 10.000 km2 e por 100.000 crianças
ARS
População com
Menos de 18 anos
Nível das UCIP Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Área Km2
Nº UCI Pediátricos
por 10.000Km2
Nº Camas de UCI
Pediátricos por 100.000
Crianças I II III
Alentejo 80.308 0 0 0 0 27.330 0,0 0,0
Algarve 80.302 0 1 0 3 4.997 2,0 3,7
Centro 285.295 0 0 1 12 23.273 0,4 4,2
Lisboa e Vale do Tejo 668.771 1 2 2 27 12.203 3,3 4,0
Norte 681.859 1 0 2 12 21.286 0,9 1,8
Portugal Continental 1.796.535 2 3 5 54 89.089 0,9 3,0
Figura 61. Camas de cuidados intensivos Pediátricos por 100.000 crianças (sem camas de intermédios)
0
0
0
5
4
9
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
263
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.3.2. UCI POLIVALENTES
Em Portugal a distribuição de camas unidades de cuidados intensivos polivalentes faz-se de
acordo com o discriminado na Figura 14.
Constata-se a existência de trinta e quatro unidades de nível III (2 no Algarve, 2 no Centro, 18 na
região de saúde de LVT e 12 no Norte), dezasseis unidades de nível II (3 no Alentejo, 5 no Centro,
4 na região de saúde de LVT e 4 no Norte), cinco unidades de nível I (1 no Centro e 4 na região de
saúde de LVT) e seis unidades de cuidados intermédios na direta dependência de uma UCI (1 no
Algarve, 2 na região de LVT e 3 no Norte).
Um primeiro nível de análise do número de camas de UCI prende-se com a sua relação com a
população que serve e com o número de camas hospitalares de agudos às quais garante cuidados.
Nº de camas de UCI enquanto percentagem da população residente
Quadro 189. Camas de UCI Polivalentes face à População Residente de 18 e mais anos (incluindo camas de cuidados
intermédios)
ARS
População Residente (Censos 2011)
Nível das UCI Polivalentes
Nº de Camas % de camas
de UCI Polivalentes
/Total População Residente com 18 e
mais anos
Camas de UCI Polivalentes por 100.000 Hab. de 18 e mais anos
Total 18 e mais
anos I II III
Cuidados Intensivos*
Cuidados Intermédios
Alentejo 509.849 429.541 0 3 0 20 0 0,00% 4,7
Algarve 451.006 370.704 1 0 2 28 10 0,01% 10,3
Centro 1.737.216 1.451.921 1 5 2 65 8 0,01% 5,0
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 2.991.097 6 4 18 205 22 0,01% 7,6
Norte 3.689.682 3.007.823 3 4 12 149 37 0,01% 6,2
Portugal Continental
10.047.621 8.251.086 11 16 34 467 77 0,01% 6,6
*Total de camas das unidades de Nível I, II e III
264
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 190. Camas de UCI Polivalentes face à População Residente de 18 e mais anos (excluindo unidades e camas de
cuidados intermédios)
ARS
População Residente (Censos 2011)
Nível das UCI Polivalentes Nº de
Camas Cuidados Intensivos
(II+III)
Camas de UCI
Polivalentes por 100.000 Hab. de 18 e Imais anos
Total 18 e mais
anos I II III
Alentejo 509.849 429.541 0 3 0 20 4,7
Algarve 451.006 370.704 1 0 2 28 7,6
Centro 1.737.216 1.451.921 1 5 2 65 5,0
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 2.991.097 6 4 18 205 6,9
Norte 3.689.682 3.007.823 3 4 12 149 5,0
Portugal Continental
10.047.621 8.251.086 11 16 34 467 5,8
Nº de camas de UCI enquanto percentagem das camas de agudos
O número de camas de cuidados intensivos em função do número de camas de agudos é muito
variável internacionalmente. Os valores diferem entre 15 e 2%, relativamente às camas para adultos e
respetivamente nos EUA e no Reino Unido. Também na Europa e para os adultos o número de camas
por 100.000 habitantes é muito divergente, variando entre 29,2 na Alemanha e 4,2 em Portugal, com
uma mediana europeia de 11,5 camas de UCI por 100.000 habitantes, representando 2,8% das camas
de agudos.4
O número de camas de cuidados intensivos polivalentes em Portugal varia neste estudo entre 1,5% e
4,5% das camas de cuidados de agudos de adultos, considerando as camas de cuidados intermédios,
e entre 1,5% e 3,3% se não se considerarem as camas de cuidados intermédios.
4 RHODES, A.; FERDINANDE, P.; FLAATTEN, H.; GUIDET, B.; METNITZ, PG.; MORENO, RP. - The variability of critical care bed
numbers in Europe. Intensive Care Med. 2012; 38: pag. 1647–1653. DOI 10.1007/s00134-012-2627-8
265
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Deve ser salientada a tendência quase universal na Europa nos últimos anos para o encerramento de
camas de agudos e a manutenção/aumento de camas de CI, o que fará aumentar esta percentagem
(hoje já perto dos 20% em certos Hospitais dos EUA).
Quadro 191. Camas de UCI Polivalentes face às camas de agudos de adultos, (incluindo camas de cuidados intermédios)
ARS Nº de Camas de Agudos de
Adultos
Nível das UCI Polivalentes Nº de Camas % de Camas
de UCI Polivalentes
por Camas de Agudos de
Adultos I II III
Cuidados Intensivos
Cuidados Intermédios
Alentejo 900 0 3 0 20 0 2,2%
Algarve 838 1 0 2 28 10 4,5%
Centro 4.699 1 5 2 73 0 1,5%
Lisboa e Vale do Tejo
7.536 5 4 18 205 22 3,0%
Norte 6.574 2 4 12 149 37 2,8%
Portugal Continental
20.547 9 16 34 475 69 2,6%
Quadro 192. Camas de UCI Polivalentes face às camas de agudos de adultos, (excluindo unidades e camas de cuidados
intermédios)
ARS Nº de
Camas de Agudos
Nível das UCI Polivalentes Nº de Camas
Cuidados Intensivos
% de Camas de UCI
Polivalentes por Camas de
Agudos de Adultos
I II III
Alentejo 900 0 3 0 20 2,2%
Algarve 838 0 0 2 28 3,3%
Centro 4.699 1 5 2 73 1,5%
Lisboa e Vale do Tejo 7.536 4 4 18 205 2,7%
Norte 6.574 0 4 12 149 2,3%
Portugal Continental 20.547 5 16 34 475 2,3%
266
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 62. Camas de UCI Polivalentes (inclui camas de cuidados intermédios)
Figura 63. Camas de UCI Polivalentes (exclui camas de cuidados intermédios)
Uma cama pode ser considerada como encerrada em virtude de vários tipos de limitações,
nomeadamente por falta de profissionais, falta de material ou mesmo sobredimensionamento.
De acordo com as respostas recebidas há 37 camas de CI Polivalentes encerradas em Portugal. Não é
claro se foram encerradas ou se nunca chegaram a abrir. No entanto, tal facto traduz claramente uma
possibilidade de aumentar a atual capacidade assistencial caso tal seja considerado como
tecnicamente necessário e ainda estiverem recuperáveis as estruturas construídas, pois em muitas
unidades o material foi utilizado para possibilitar a manutenção em funcionamento das camas abertas.
544
37
Lotação Praticada
Camas Encerradas
475
37
Lotação Praticada
Camas Encerradas
267
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 193. Número de camas de UCI Polivalentes encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de
Profissionais
Limitação de
Material
Sobredimensionamento
da Unidade
Sem
Indicação
do Motivo
Total
Alentejo 0 1 0 0 1
Algarve 0 0 0 0 0
Centro 6 0 0 0 6
Lisboa e Vale do Tejo 7 1 0 0 8
Norte 17 0 3 2 22
Portugal Continental 30 2 3 2 37
Relação entre Unidades de Cuidados Intensivos e de Cuidados Intermédios
A existência de camas de cuidados intermédios incorporadas ou anexadas às UCI polivalentes tem
sido repetidamente defendido nas diferentes Cartas Hospitalares. A sua existência torna as UCI mais
funcionais, otimiza recursos e melhora a qualidade assistencial. Preconiza-se uma a duas camas de
cuidados intermédios para cada cama de cuidados intensivos, devendo, no mínimo, metades destas
serem adjacentes às UCI polivalentes, sob gestão comum.
Relação entre as UCI existentes e o tipo de urgências das instituições onde estão sediados
Da análise do Quadro 194 constata-se que a maioria das UCI polivalentes de nível III existe em
Hospitais com Serviços de Urgência Polivalente (28 em 35) com exceção das do CH de Faro, CH de
Setúbal, CH Tâmega e Sousa, Hospital Beatriz Ângelo, H de Cascais, H Fernando da Fonseca e ULS
de Matosinhos. A multidisciplinariedade encontrada nos SUP é fundamental para a abordagem dos
diferentes problemas associados ao tratamento do doente grave, nunca esquecendo o trauma. Por
outro lado, a existência de um transporte inter-hospitalar polivalente dedicado permite a centralização
de cuidados, com ótimos níveis de segurança, bem como de gestão de recursos.
268
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 194. Relação entre o nível das UCI Polivalentes existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
UCI
Polivalentes
Tipo de
Urgência
da
Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental
da UCI
Alentejo
Hospital do Espírito Santo II SUP Autónoma
ULS Baixo Alentejo II SUMC Autónoma
ULS Litoral Alentejano II SUMC Autónoma
Algarve
CH Barlavento Algarvio III SUMC NR
Hospital de Faro (UCI) III SUP
Integrada
Hospital de Faro (C. Int) I Integrada
Centro
CH Baixo Vouga II SUMC Autónoma
CH Cova da Beira II SUMC Integrada
CH Leiria - Pombal II SUMC Autónoma
CH Tondela - Viseu I SUP Autónoma
CH Universitário de Coimbra (HG - UCI) III SUP
Integrada
CH Universitário de Coimbra (HUC - UCI) III Integrada
ULS Castelo Branco II SUMC Autónoma
ULS Guarda II SUMC Autónoma
Lisboa e Vale do Tejo
CH Barreiro Montijo II SUMC Autónoma
CH Lisboa Central (UCINC - UCI) III
SUP
Integrada
CH Lisboa Central (UCIP1 - UCI) III Integrada
CH Lisboa Central (UCIP4 - UCI) III Integrada
CH Lisboa Central (UCIP7 - UCI) III Integrada
CH Lisboa Central (UUM - UCI) III Integrada
CH Lisboa Norte (SM I - UCI) III SUP
Autónoma
CH Lisboa Norte (UCIMC - UCI) III Integrada
CH Lisboa Ocidental (UCI - UCIP) – 2 unidades III SUP
Integrada
CH Lisboa Ocidental (UCIC - UCI) – 2 unidades III Integrada
CH Médio Tejo I SUMC Integrada
CH Setúbal III SUMC Integrada
Hospital Beatriz Ângelo (UCI) III SUMC
Autónoma
Hospital Beatriz Ângelo (C. Int) I Autónoma
Hospital de Cascais III SUMC Integrada
Hospital Fernando da Fonseca (UCICRE - UCI) III SUMC Integrada
269
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
UCI
Polivalentes
Tipo de
Urgência
da
Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental
da UCI
Hospital Fernando da Fonseca (UCIP - UCI) III Autónoma
Hospital Garcia de Orta III SUP Autónoma
Hospital Santarém II SUMC Autónoma
IPO de Lisboa III ND Autónoma
Norte
CH Alto Ave II SUMC Autónoma
CH Entre o Douro e Vouga II SUMC Autónoma
CH Porto (SCI 1_UCI) III
SUP
Integrada
CH Porto (SCI 2_UCI) III Integrada
CH Porto (C. Int) III Integrada
CH S. João (Doenças Infecciosas) III
SUP
Autónoma
CH S. João (Neurocríticos) III Integrada
CH S. João (U.C.I.P. Geral) III Integrada
CH S. João (U.C.I.P. Urgência) III Integrada
CH Tâmega e Sousa III SUMC Autónoma
CH Trás-os-Montes e Alto Douro (UCI) III SUP
Integrada
CH Trás-os-Montes e Alto Douro (C Int) NR Integrada
CH Vila Nova de Gaia/Espinho III SUP Autónoma
Hospital de Braga III SUP Autónoma
IPO do Porto III ND Integrada
ULS Alto Minho II SUMC Integrada
ULS Matosinhos III SUMC Integrada
ULS Nordeste II SUMC Autónoma
Análise de Movimento e Produção
Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI por
Região de Saúde
270
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 64. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Polivalentes
Figura 65. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes
28,3
48,1
26,1
45,4
40,8 40,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
7,6
6,0
10,4
6,3 6,6 6,8
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
271
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 66. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes (inclui camas de cuidados intermédios
exceto 7 camas do CH Tâmega e Sousa e 10 do Hospital de Cascais)
Em cuidados intensivos preconiza-se uma taxa de ocupação ideal entre os 75 e os 80%. Taxas
elevadas estão associadas a elevadas recusas de internamento por falta de vagas. As taxas de
ocupação observadas nas diferentes unidades atingem os valores preconizados. Em UCI polivalentes
aceita-se geralmente um número ligeiramente superior, de 85%, dado o maior número existente de
camas de CI polivalentes de adulto.
A demora média das UCI polivalentes é dependente do tipo de doentes, variando entre os 6,0 e os 10,4
dias. Esta variabilidade da demora média justificaria só por si um estudo dirigido e na análise
comparativa de outros indicadores, podendo ser explicada primariamente pela diferente tipologia dos
doentes admitidos e pelo nº e tipo de doentes transferidos por referenciação ou falta de especialidades
médicas necessárias ao seu tratamento global.
Relativamente ao número de doentes saídos é necessário uma leitura atenta já que se constata uma
variação entre 26 e 48 doentes por cama, provavelmente muito dependente da tipologia dos doentes
tratados.
58,6%
79,1% 74,3%
78,0% 74,2% 75,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
272
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
As taxas de ocupação declaradas refletem com toda a probabilidade o efeito regional das unidades de
pequena dimensão, geralmente associadas a baixas taxas de ocupação e à necessidade por vezes
existente de manterem vagas algumas camas no sentido de receber determinados tipo de doentes (e.g.
via verde do AVC); Deve constituir uma preocupação as menores taxas de ocupação se verificarem em
algumas das zonas mais carenciadas em Medicina Intensiva do país, como a Região do Alentejo. Estes
resultados são consistentes com a literatura internacional que associa de modo claro uma menor
relação custo-efetividade e uma menor efetividade às Unidade de menor dimensão.
Não podemos descuidar no planeamento futuro a melhor relação custo-efetividade e os melhores
resultados nas unidades com alto volume. Este fato, já reconhecido internacionalmente, tem vindo a
levar ao agrupamento das UCI ou ao aumento da sua dimensão,
Quadro 195. Demora média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes
ARS
Nível das UCI Polivalentes Nº de Camas Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III NR Cuidados Intensivos
Cuidados Intermédios
Encerradas
Alentejo 0 3 0 0 20 0 1 7,6 58,6%
Algarve 1 0 2 0 28 10 0 6,0 79,1%
Centro 1 5 2 0 65 8 6 10,4 74,3%
Lisboa e Vale do Tejo
5 4 18 0 205 22 8 6,3 78,0%
Norte 0 4 13 1 149 37 22 6,6 74,2%
Portugal Continental
7 16 35 1 467 77 37 6,8 75,6%
Existência de quartos de isolamento por cama de UCI polivalentes
A existência numa UCI polivalente de quartos de isolamento, se possível com pressão positiva e/ou
negativa, são uma mais-valia, nomeadamente para a prevenção das infeções associadas aos cuidados
de saúde. A sua existência permite uma melhor adequação do internamento dos doentes com doenças
oncológicas, imunodeprimidos, transplantados ou com infeções altamente contagiosas, tal como a
varicela, a gripe e as bronquiolites. Em Portugal continental há 72 quartos de isolamento nas diferentes
UCI polivalentes.
273
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 67. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Polivalentes (inclui camas de cuidados intermédios)
Figura 68. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Polivalentes (exclui camas de cuidados intermédios)
10,0% 10,5%
15,1%
11,0%
16,1%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
10,0%
14,3% 15,1%
12,2%
20,1%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
274
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quartos com pressão negativa por UCI polivalentes
Figura 69. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por Região de Saúde (incluindo unidades
de cuidados intermédios)
Quartos com pressão positiva por UCI polivalentes
Figura 70. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por Região de Saúde (incluindo unidades
de cuidados intermédios)
1
0
6
5
2
0
1
2
3
4
5
6
7
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
1
0 0
9
1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
275
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quartos com pressão positiva e negativa por UCI
Figura 71. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por Região de Saúde (incluindo unidades de cuidados
intermédios)
Transporte inter-hospitalar
O aparecimento de sistemas de transporte inter-hospitalar polivalente dedicado surgiu pela
necessidade de melhoria da qualidade assistencial de forma a que os doentes chegassem às UCI em
condições apropriadas. Um transporte de qualidade assegura uma cobertura regional, permitindo a
centralização da assistência e consequentemente uma melhoria no tratamento e uma otimização de
recursos.
Apenas existem TIP em algumas unidades hospitalares da região de Lisboa e Vale do Tejo e da região
Norte.
As respostas ao inquérito referem-se essencialmente ao transporte de doentes estáveis entre
instituições – geralmente à data de alta da UCI - que todas as UCI realizam.
1 1
3
7
13
0
2
4
6
8
10
12
14
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte
276
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 196. Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes com Transporte Inter-Hospitalar por Região de Saúde
ARS
Nº de UCI Polivalentes Nº de Unidades com Transporte Inter-Hospitalar Nº de
Unidades com
Emergência
Intra-
Hospitalar
Sediada na
UCI
Unidades
de
Cuidados
Intensivos
Unidades de
Cuidados
Intermédios
Sediado
na UCI
24 H/Dia
Sediado
na UCI
Apenas
Parte do
Dia
Sediado na UCI
Periodicamente
Gerido
pela
Direção da
UCI
Há médicos
da UCI que
Participam
no TIP
Alentejo 3 0 0 0 1 0 1 0
Algarve 2 1 0 0 1 2 1 1
Centro 7 1 0 0 1 1 7 5
Lisboa e Vale
do Tejo 22 6 6 0 0 8 17 8
Norte 16 3 6 1 0 6 6 11
Portugal
Continental 50 11 12 1 3 17 32 25
Tipologia da Monitorização existente
Pela análise do Quadro 197 verifica-se que as unidades polivalentes dispõem de um razoável nível de
tecnologia de monitorização, com exceção da monitorização com BIS e NIRS, MARS, PIC ou ECMO.
De realçar que este tipo de monitorização em falta pode ser discutível, podendo ser útil em algum tipo
de doentes que existam em algumas unidades, não existindo evidência generalizada para a sua
utilização. Ressalva-se no entanto a inexistência em algumas unidades de macas de transporte com
ventilação.
277
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 197. Tipologia de Monitorização das UCI Polivalentes por Região de Saúde
Técnicas Terapêuticas disponíveis nas UCI polivalentes
A análise do Quadro 198 mostra que algumas técnicas terapêuticas tais como a ventilação com NAVA,
o MARS, a Ventilação de Alta frequência (VOAF), ECMO e Óxido Nítrico só estão disponíveis em
algumas unidades. O número de doentes polivalentes necessitados deste tipo de técnicas é diminuto
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de
Unidades de
Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de
Unidades de
Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de
Unidades de
Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
Nº Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos com
cada
Monitorização
ETCO2 3 66,7% 2 50,0% 8 87,5% 25 84,2% 16 100,0% 54 87,5%
Pressão
Intracraniana3 0,0% 2 100,0% 8 37,5% 25 42,1% 16 56,3% 54 45,8%
Pressão Intra-
Abdominal3 100,0% 2 100,0% 8 100,0% 25 100,0% 16 93,8% 54 97,9%
Débito
Cardíaco
(PICCO ou
Outro)
3 100,0% 2 100,0% 8 100,0% 25 100,0% 16 93,8% 54 97,9%
BIS 3 33,3% 2 50,0% 8 37,5% 25 57,9% 16 100,0% 54 66,7%
NIRS 3 33,3% 2 0,0% 8 12,5% 25 21,1% 16 43,8% 54 27,1%
EEG Contínuo 3 66,7% 2 0,0% 8 37,5% 25 63,2% 16 56,3% 54 54,2%
Máquina de
Gases de
Sangue
3 66,7% 2 100,0% 8 87,5% 25 100,0% 16 100,0% 54 95,8%
Doseamento de
Fármacos e
Tóxicos
3 100,0% 2 50,0% 8 62,5% 25 100,0% 16 93,8% 54 89,6%
Maca de
Transporte com
Ventilação
Mecânica
(Caraterísticas
Iguais UCI)
3 100,0% 2 100,0% 8 87,5% 25 84,2% 16 100,0% 54 91,7%
Norte Portugal Continental
Tipologia da
Monitorização
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
278
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
não justificando a sua implementação em todas as unidades. Assim, a criação de centros de referência
para algumas técnicas é primordial em UCI de Pediatria e Polivalentes de adultos.
Poucos são os doentes em cuidados intensivos polivalentes necessitados de hemodiálise. Em geral
são realizadas técnicas de substituição renal, quer por Hemo filtração contínua (em Pediatria também
por diálise peritoneal), existentes na maioria das unidades.
Quando há necessidade de realizar hemodiálise a mesma é geralmente feita nos Serviços de
Nefrologia dos hospitais respetivos e de acordo com as tipologias de cada unidade.
Quadro 198. Percentagem de UCI Polivalentes por técnica terapêutica nas ARS Alentejo, Algarve, Centro, LVT e Norte
Técnicas
Terapêuticas
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
Ventilação
Mecânica Invasiva 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,8% 97,9%
Ventilação
Mecânica não
Invasiva
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,8% 97,9%
Ventilação de Alta
Frequência (VOAF) 0,0% 0,0% 12,5% 15,8% 43,8% 22,9%
Ventilação com
NAVA 0,0% 50,0% 0,0% 10,5% 18,8% 12,5%
Óxido Nítrico 0,0% 50,0% 12,5% 15,8% 43,8% 25,0%
Carro de
Reanimação 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,8% 97,9%
Desfibrilhador 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,8% 97,9%
Pacemaker 100,0% 100,0% 100,0% 94,7% 93,8% 95,8%
Hemodiafiltração 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,8% 97,9%
279
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Técnicas
Terapêuticas
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Polivalentes
com cada
Técnica
Terapêutica
Plasmaferese 33,3% 100,0% 62,5% 89,5% 68,8% 75,0%
Hemodiálise 33,3% 50,0% 75,0% 73,7% 75,0% 70,8%
Diálise Peritoneal 33,3% 50,0% 25,0% 21,1% 50,0% 33,3%
ECMO 0,0% 0,0% 0,0% 26,3% 43,8% 25,0%
MARS 0,0% 0,0% 0,0% 31,6% 6,3% 14,6%
Hipotermia 66,7% 50,0% 87,5% 42,1% 68,8% 60,4%
Âmbito da atividade assistencial nas UCI polivalentes
O tipo de assistência prestada pelo pessoal das UCI polivalentes por vezes extravasa a simples
prestação de cuidados aos doentes internados nas unidades como são os exemplos do transporte de
doentes críticos ou o apoio à urgência. Este tipo de atividade tem grandes assimetrias entre as
diferentes ARS.
São igualmente exemplos de atividades extra UCI mas do âmbito (embora por vezes não exclusivo) da
Medicina Intensiva:
- Apoio ao Serviço de Urgência, em especial à sala de reanimação;
- EEMI
- Vias de acesso preferencial (trauma, coronários, Sépsis e AVC)
- Visita programada a doentes transferidos da UCI em alto risco de readmissão ou morte
(prospective Outreach)
280
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 199. Atividades Extra nas UCI Polivalentes por Região de Saúde
ARS
Nº de
Hospitais
com UCI
Polivalentes
Serviço de Urgência Bloco Operatório
Intensivista
na Sala de
Trauma em
Presença
Física
Apoio a Vias
de Acesso
Preferencial
(Sépsis,
AVC,
Coronários,
Trauma,
etc.)
EEMI
24H/Dia Sala de
Emergência
de Adultos
Intensivista
na Sala de
Emergência
de Adultos
em
Presença
Física
Dedicada
à
Urgência
de
Adultos
24 H/Dia
Equipa
Cirúrgica
em
Presença
Física
Alentejo 3 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 0,0% 100,0% 0,0%
Algarve 2 100,0% 0,0% 50,0% 100,0% 0,0% 50,0% 50,0%
Centro 7 100,0% 14,3% 100,0% 100,0% 14,3% 100,0% 42,9%
Lisboa e Vale
do Tejo 12 91,7% 16,7% 91,7% 83,3% 8,3% 83,3% 75,0%
Norte 12 91,7% 66,7% 100,0% 91,7% 50,0% 91,7% 83,3%
Portugal
Continental 36 86,1% 30,6% 94,4% 91,7% 22,2% 88,9% 63,9%
Os Recursos Humanos existentes nas UCI polivalentes
Médicos
Há dois modelos de funcionamento das UCI polivalentes no que se refere a recursos humanos:
- UCI com um número de intensivistas suficiente para assegurar o funcionamento da unidade
durante os 365 dias do ano.
- UCI com um pequeno número de intensivistas e um maior número de médicos não
intensivistas e colaboradores externos não acreditados pela OM em medicina intensiva
Tal como se pode observar no Quadro 200 o número total de médicos ETC diverge entre as diferentes
unidades, variando entre 1 e 19,51 e que o número de médicos ETC por cama varia entre 0,1 e 2,0.
281
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 200. Rácio de médicos intensivistas por cama afetos às UCI Polivalentes por entidade hospitalar e por Região de
Saúde
Entidades
Hospitalares / ARS
Nível das
UCI
Polivalentes
Nº de Camas Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de
Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº
ETC
Total
por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Hospital do Espírito
Santo 1
5
2,00 2,00 4,00 0,8 0,4
ULS Baixo Alentejo
1
8
4,69 0,00 4,69 0,6 0,6
ULS Litoral
Alentejano 1
7
1,10 2,20 3,30 0,5 0,2
Alentejo 0 3 0 20 0 7,79 4,20 11,99 0,6 0,4
CH Barlavento
Algarvio 1 12
3 2 5 0,4 0,3
Hospital de Faro
(UCI) 1 16
3,2 4,99 8,19 0,5 0,2
Hospital de Faro (C.
Int) 1
10 0 6,6 6,6 0,7 0,0
Algarve 1 0 2 28 10 6,2 13,59 19,79 0,5 0,2
CH Baixo Vouga
1
6
1,54 3,88 5,42 0,9 0,3
CH Cova da Beira
1
6
2,29 0,00 2,29 0,4 0,4
CH Leiria - Pombal
1
10
3,43 3,31 6,74 0,7 0,3
CH Tondela - Viseu 1
8
4,74 3,60 8,34 1,0 0,6
CH Universitário de
Coimbra (HG - UCI) 1 9
7,94 0,00 7,94 0,9 0,9
CH Universitário de
Coimbra (HUC - UCI) 1 20
13,45 0,00 13,45 0,7 0,7
ULS Castelo Branco
1
8
2,34 4,54 6,88 0,9 0,3
ULS Guarda
1
6
1,00 3,00 4,00 0,7 0,2
Centro 1 5 2 73 0 36,72 18,33 55,05 0,8 0,5
CH Barreiro Montijo
1
5
1,2 3,14 4,34 0,9 0,2
CH Lisboa Central
(UCINC - UCI) 1 1 1 22
5,9 4,46 10,36 0,5 0,3
282
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares / ARS
Nível das
UCI
Polivalentes
Nº de Camas Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de
Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº
ETC
Total
por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
CH Lisboa Central
(UCIP1 - UCI) 1 1 1 16
4,7 6,28 10,98 0,7 0,3
CH Lisboa Central
(UCIP4 - UCI) 1 6
2,2 2,06 4,26 0,7 0,4
CH Lisboa Central
(UCIP7 - UCI) 1 14
5,8 2,00 7,80 0,6 0,4
CH Lisboa Central
(UUM - UCI) 1
1 20
11,4 2,29 13,69 0,7 0,6
CH Lisboa Norte (SM
I - UCI) 1 11
NR 0,00 0,00 0,0
CH Lisboa Norte
(UCIMC - UCI) 1 5
NR 0,00 0,00 0,0
CH Lisboa Ocidental
(UCI - UCIP) 2 16
4,4 3,40 7,80 0,5 0,3
CH Lisboa Ocidental
(UCIC - UCI) 2 17
5,6 2,10 7,70 0,5 0,3
CH Médio Tejo 1
9
0,32 0,68 1,00 0,1 0,0
CH Setúbal
1 6
2 5,00 7,00 1,2 0,3
Hospital Beatriz
Ângelo (UCI) 1 10
4,95 9,39 14,34 1,4 0,5
Hospital Beatriz
Ângelo (C. Int) 1
12
0,00 0,0 0,0
Hospital de Cascais
1 8 10 3,6 4,80 8,40 0,5 0,2
Hospital Fernando da
Fonseca (UCICRE -
UCI)*
1 6
3 0,00 3,00 0,5 0,5
Hospital Fernando da
Fonseca (UCIP -
UCI)
1 14
3 2,00 5,00 0,4 0,2
Hospital Garcia de
Orta 1 8
5,8 2,20 8,00 1,0 0,7
Hospital Santarém
1
6
3 2,00 5,00 0,8 0,5
283
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares / ARS
Nível das
UCI
Polivalentes
Nº de Camas Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de
Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº
ETC
Total
por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
IPO de Lisboa
1 6
3,25 1,14 4,39 0,7 0,5
Lisboa e Vale do
Tejo 5 4 18 205 22 70,12 52,94 123,06 0,5 0,3
CH Alto Ave
1
6
2,40 2,34 4,74 0,8 0,4
CH Entre o Douro e
Vouga 1
10
4,62 4,14 8,76 0,9 0,5
CH Porto (SCI
1_UCI) 1 10
12,66 6,86 19,51 2,0 1,3
CH Porto (SCI
2_UCI) 1 10
6,89 2,29 9,17 0,9 0,7
CH Porto (C. Int)*
1
24
0,00 0,0 0,0
CH S. João (Doenças
Infecciosas) 1 6
4,74 0,69 5,43 0,9 0,8
CH S. João (Neuro
críticos) 1 10
7,09 1,14 8,23 0,8 0,7
CH S. João (U.C.I.P.
Geral) 1 16
7,20 4,57 11,77 0,7 0,5
CH S. João (U.C.I.P.
Urgência) 1 12
4,80 3,43 8,23 0,7 0,4
CH Tâmega e Sousa
1 6 7 3,48 0,00 3,48 0,3 0,3
CH Trás-os-Montes e
Alto Douro (UCI) 1 8
5,30 1,14 6,44 0,8 0,7
CH Trás-os-Montes e
Alto Douro (C Int) NR
N
R
N
R 6
0,00 0,0 0,0
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho 1 12
4,87 2,11 6,98 0,6 0,4
Hospital de Braga
1 12
8,00 4,40 12,40 1,0 0,7
IPO do Porto
1 8
6,20 0,00 6,20 0,8 0,8
ULS Alto Minho
1
8
1,00 6,00 7,00 0,9 0,1
ULS Matosinhos
1 10
3,54 5,71 9,25 0,9 0,4
284
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Entidades
Hospitalares / ARS
Nível das
UCI
Polivalentes
Nº de Camas Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de
Não
Intensivistas
Nº ETC
Total
Nº
ETC
Total
por
cama
Nº ETC de
Intensivistas
por cama I II III
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
ULS Nordeste
1
5
1,14 4,56 5,70 1,1 0,2
Norte 0 4 13 149 37 83,92 49,38 133,30 0,7 0,5
Portugal
Continental 7 16 35 475 69 204,75 138,43 343,18 0,6 0,4
* Incluídos na UCI polivalente
Tal como se pode observar no Quadro 201 a distribuição de médicos pelos diferentes turnos, de
manhã, tarde e noite, à semana, fins de semana e feriados é muito similar nas diferentes unidades de
cada região de saúde.
Quadro 201. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos
no Turno
da Tarde,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos
no Turno
da Tarde,
Fim de
Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos
no Turno
da Noite,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 3 0 20 0 8 3 4 3 3 3
Algarve 1 0 2 28 10 10 5 5 5 5 5
Centro 1 5 2 73 0 35 13 15 12 11 12
Lisboa e
Vale do Tejo 5 4 18 205 22 66 34 34 33 33 31
Norte 0 4 13 149 37 57 27 35 24 21 21
Portugal
Continental 7 16 35 475 69 176 82 93 77 73 72
Nº de intensivistas por nível de UCI
285
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 202. Número de médicos intensivistas por nível de UCI Polivalentes por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas Nº ETC Total
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 3 0 20 0 7,79 4,20 11,99
Algarve 1 0 2 28 10 6,2 13,59 19,79
Centro 1 5 2 73 0 36,72 18,33 55,05
Lisboa e Vale do
Tejo 5 4 18 205 22 70,12 52,94 123,06
Norte 0 4 13 149 37 83,92 49,38 133,30
Portugal
Continental 7 16 35 475 69 204,75 138,43 343,18
Nº de Enfermeiros por cama por nível de UCI, turno, semana e fim de semana
Enfermeiros
Relativamente aos recursos de enfermagem existentes nas diferentes UCI (Quadro 203) constata-se
uma grande divergência, quer para o número total de ETC, quer para o número de ETC por cama,
variando respetivamente entre 15,0 e 113,0 e 1,08 e 6,8.
A tipologia dos doentes internados, a existência de camas de intermédios e o cumprir ou não o rácio de
1 a 2 enfermeiros por cama de cuidados intensivos pode justificar estas variações.
Globalmente é de realçar a baixa taxa de enfermeiros especialistas colocados nas UCI bem como a
praticamente inexistência de enfermeiros especialistas em reabilitação.
286
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 203. Rácio de enfermeiros por cama afetos às UCI Polivalentes por entidade hospitalar e por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Hospital do
Espírito
Santo
1
5
20,00 4,00 1,00 0,00 25,00 5,00
ULS Baixo
Alentejo 1
8
23,00 2,29 0,00 2,29 27,57 3,45
ULS Litoral
Alentejano 1
7
18,00 0,00 0,00 0,00 18,00 2,57
Alentejo 0 3 0 20 0 61,00 6,29 1,00 2,29 70,57 3,53
CH
Barlavento
Algarvio
1 12
32,00 3,00 1,00 1,00 37,00 3,08
Hospital de
Faro (UCI) 1 16
50,00 9,00 1,00 0,00 60,00 3,75
Hospital de
Faro (C. Int) 1
10 14,00 1,00 0,00 0,00 15,00 1,50
Algarve 1 0 2 28 10 96,00 13,00 2,00 1,00 112,00 2,95
CH Baixo
Vouga 1
6
18,28 2,00 NR 1,00 21,28 3,55
CH Cova da
Beira 1
6
19,00 6,00 NR 0,00 25,00 4,17
CH Leiria -
Pombal 1
10
30,71 3,00 0,00 0,00 33,71 3,37
CH Tondela -
Viseu 1
8
25,14 1,00 1,00 NR 27,14 3,39
CH
Universitário 1 9
30,00 1,00 0,00 1,00 32,00 3,56
287
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
de Coimbra
(HG - UCI)
CH
Universitário
de Coimbra
(HUC - UCI)
1 20
64,00 4,00 0,00 3,00 71,00 3,55
ULS Castelo
Branco 1
8
23,00 2,00 0,00 2,00 27,00 3,38
ULS Guarda
1
6
19,00 10,00 1,00 0,00 30,00 5,00
Centro 1 5 2 73 0 229,13 29,00 2,00 7,00 267,13 3,66
CH Barreiro
Montijo 1
5
20,43 0,00 0,00 0,00 20,43 4,09
CH Lisboa
Central
(UCINC -
UCI)
1 1 1 22
65,28 8,00 5,00 0,00 78,28 3,56
CH Lisboa
Central
(UCIP1 -
UCI)
1 1 1 16
51,14 13,14 4,00 0,00 68,28 4,27
CH Lisboa
Central
(UCIP4 -
UCI)
1 6
20,11 3,28 1,00 0,00 24,39 4,07
CH Lisboa
Central
(UCIP7 -
UCI)
1 14
48,57 8,14 5,00 0,00 61,71 4,41
288
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
CH Lisboa
Central
(UUM - UCI)
1
1 20
62,14 6,00 4,00 0,00 72,14 3,61
CH Lisboa
Norte (SM I -
UCI)
1 11
37,65 5,40 0,00 0,00 43,05 3,91
CH Lisboa
Norte
(UCIMC -
UCI)
1 5
19,05 3,40 1,20 0,00 23,65 4,73
CH Lisboa
Ocidental
(UCI - UCIP)
2 16
107,00 6,00 0,00 0,00 113,00 7,06
CH Lisboa
Ocidental
(UCIC - UCI)
2 17
49,00 25,00 0,00 0,00 74,00 4,35
CH Médio
Tejo 1
9
22,00 2,00 1,00 0,00 25,00 2,78
CH Setúbal 1 6
32,00 7,30 1,00 1,00 41,30 6,88
Hospital
Beatriz
Ângelo (UCI)
1 10
45,80 13,00 2,30 0,00 61,10 2,78 Hospital
Beatriz
Ângelo (C.
Int)
1
12
Hospital de
Cascais 1 8 10 14,82 4,56 0,00 0,00 19,38 1,08
289
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCICRE -
UCI)
1 6
18,00 0,00 1,00 0,00 19,00 3,17
Hospital
Fernando da
Fonseca
(UCIP - UCI)
1 14
40,00 0,00 1,00 0,00 41,00 2,93
Hospital
Garcia de
Orta
1 8
33,40 9,20 2,20 2,00 46,80 5,85
Hospital
Santarém 1
6
17,86 2,00 1,14 1,00 22,00 3,67
IPO de
Lisboa 1 6
30,20 1,10 1,20 0,00 32,50 5,42
Lisboa e
Vale do Tejo 5 4 18 205 22 734,45 117,52 31,04 4 887,01 3,91
CH Alto Ave
1
6
17,86 0,00 0,00 0,00 17,86 2,98
CH Entre o
Douro e
Vouga
1
10
26,00 12,00 1,00 1,00 40,00 4,00
CH Porto
(SCI 1_UCI) 1 10
32,00 3,00 0,00 1,00 36,00 3,60
CH Porto
(SCI 2_UCI) 1 10
43,00 4,00 0,00 2,00 49,00 4,90
290
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
CH Porto (C.
Int) 1
24 54,00 4,00 0,00 2,00 60,00 2,50
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
1 6
22,42 7,00 1,00 2,00 32,42 5,40
CH S. João
(Neuro
críticos)
1 10
57,43 13,00 3,00 1,00 74,43 7,44
CH S. João
(U.C.I.P.
Geral)
1 16
63,71 18,29 3,00 1,00 86,00 5,38
CH S. João
(U.C.I.P.
Urgência)
1 12
43,86 11,00 3,14 1,14 59,14 4,93
CH Tâmega
e Sousa 1 6 7 18,71 1,00 0,00 0,00 19,71 1,52
CH Trás-os-
Montes e
Alto Douro
(UCI)
1 8
36,00 3,28 0,00 0,00 39,28 2,81 CH Trás-os-
Montes e
Alto Douro (C
Int)
NR NR NR
6
CH Vila Nova
de
Gaia/Espinho
1 12
36,33 0,00 0,00 1,00 37,33 3,11
Hospital de
Braga 1 12
NR NR NR NR 0,00 0,00
291
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº ETC
de
Enfermei
ros
Colocad
os no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total
Nº ETC
de
Enfermei
ros por
cama
I II III Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
IPO do Porto
1 8
26,14 10,57 0,00 0,00 36,71 4,59
ULS Alto
Minho 1
8
27,00 6,00 1,00 1,00 35,00 4,38
ULS
Matosinhos 1 10
28,40 9,00 0,00 1,00 38,40 3,84
ULS
Nordeste 1
5
14,50 0,00 15,70 0,00 30,20 6,04
Norte 0 4 13 149 37 547,36 102,14 27,84 14,14 691,48 3,72
Portugal
Continental 7 16 35 475 69 1.667,94 267,94 63,88 28,43
2.028,1
9 3,73
Quadro 204. Número de enfermeiros por turno, semana e fim de semana por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim de
Semana ou
Feriado
I II III CI C
Interm.
Alentejo 0 3 0 20 0 10 10 10 10 8 8
Algarve 1 0 2 28 10 18 17 17 17 16 16
Centro 1 5 2 73 0 45 45 37 37 33 33
Lisboa e Vale do Tejo
5 4 18 205 22 133 121 119 119 116 116
Norte 0 4 13 149 37 94 91 88 86 84 83
Portugal Continental
7 16 35 475 69 300 284 271 269 257 256
292
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 205. Número de enfermeiros por nível de UCI Polivalentes por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Polivalentes Nº de Camas
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
no S/UCI
Nº ETC de
Enfermeiros
Especialistas
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados
na UCI e
Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total I II III
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
Alentejo 0 3 0 20 0 61,00 6,29 1,00 2,29 70,57
Algarve 1 0 2 28 10 96,00 13,00 2,00 1,00 112,00
Centro 1 5 2 73 0 229,13 29,00 2,00 7,00 267,13
Lisboa e Vale
do Tejo 5 4 18 205 22 734,45 117,52 31,04 4,00 887,01
Norte 0 4 13 149 37 547,36 102,14 27,84 14,14 691,48
Portugal
Continental 7 16 35 475 69 1.667,94 267,94 63,88 28,43 2.028,19
Quadro 206. Número de UCI Polivalentes para cada Nível Formativo por Região de Saúde
ARS
Número de Unidades Para Cada Nível Formativo
A B C
Alentejo 2 1 0
Algarve 0 1 1
Centro 3 3 2
Lisboa e Vale do Tejo 2 4 11
Norte 2 3 8
Portugal Continental 9 12 22
Fonte: Respostas dos hospitais ao questionário enviado
293
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 207. Capacidade Formativa Relativa aos Recursos Humanos Médicos das UCI Polivalentes por Região de Saúde
Entidades Hospitalares /
ARS
Recursos das UCI Polivalentes - Capacidade Formativa - Pessoal Médico -2012
Nº Médio de Internos do
Internato Complementar a Realizar Estágio
de Medicina Intensiva (por
trimestre)
Capacidade Formativa - Nº
Máximo de Formandos (por período de estágio)
Capacidade Formativa - Nº de Formandos
Existentes
Nº de Especialistas em Formação Específica
da Ordem dos Médicos para Candidatura ao
Exame para Subespecialista em
Medicina Intensiva pela Ordem dos Médicos
Nº de Especialistas em Medicina Intensiva
Formados pelo S/UCI com Aproveitamento e
Respetiva Titulação pela Ordem dos Médicos
Alentejo 1 2 1 1 2
Algarve 2 9 2 4 0
Centro 20 23 20 6 7
Lisboa e Vale do Tejo
56 66 54 24 16
Norte 62 59 50 28 74
Portugal Continental
141 159 127 63 99
Da análise da atividade formativa destaca-se:
- a ainda baixa capacidade formativa de intensivistas em Portugal, que só será possível
tornando a carreira mais atrativa e aumento o nº de Unidades C;
- a muito baixa capacidade formativa em Medicina Intensiva aos internos a frequentar o Internato
Específico de várias especialidades, em que a Medicina Intensiva constitui uma valência
obrigatória ou opcional, levando a ratios formando/ intensivista e formando/ doente muito
baixos.
Análise dos Custos de Funcionamento das UCI’S Polivalentes
Os custos das UCI polivalentes, pese embora a grande variação que apresentam, explicada
provavelmente pelas diferenças de tipologia dos doentes (não analisadas neste estudo) encontram-se
proporcionalmente dentro das margens e proporções geralmente descritas quer no nosso país (Rui
Moreno, SPCI, 2001) quer internacionalmente (David Edbrooke). Destaca-se os enormes custos com
profissionais, sobreponíveis (em %, não em valor absoluto) aos descritos na literatura europeia.
294
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 208. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Alentejo
Figura 72. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Alentejo
Figura 73. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Alentejo
ARS do Alentejo - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
Hospital do Espírito
Santo923.493,35 € 353.288,49 € 8.443,37 € 36.251,50 € 103.138,51 € 1.424.615,22 €
ULS Baixo Alentejo* 1.306.313,80 € 311.628,62 € 4.570,85 € 20.356,73 € 2.898,39 € 1.645.768,39 €
ULS Litoral
Alentejano785.832,66 € 453.270,47 € 8.308,73 € 242.855,38 € 19.070,90 € 1.509.338,14 €
ARS do Alentejo 3.015.639,81 € 1.118.187,58 € 21.322,95 € 299.463,61 € 125.107,80 € 4.579.721,75 €
*Apenas custos diretos
Entidades
Hospitalares
13.069,86 €
5.984,61 € 8.293,07 € 8.091,38 €
0,00 € 2.000,00 € 4.000,00 € 6.000,00 € 8.000,00 €
10.000,00 € 12.000,00 € 14.000,00 €
Hospital do Espírito Santo
ULS Baixo Alentejo
ULS Litoral Alentejano
ARS do Alentejo
284.923,04 €
205.721,05 € 215.619,73 € 228.986,09 €
0,00 €
50.000,00 €
100.000,00 €
150.000,00 €
200.000,00 €
250.000,00 €
300.000,00 €
Hospital do Espírito Santo
ULS Baixo Alentejo
ULS Litoral Alentejano
ARS do Alentejo
295
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 74. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Alentejo
Quadro 209. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Algarve
1.364,57 €
977,30 € 975,65 € 1.071,28 €
0,00 € 200,00 € 400,00 € 600,00 € 800,00 €
1.000,00 € 1.200,00 € 1.400,00 €
Hospital do Espírito Santo
ULS Baixo Alentejo
ULS Litoral Alentejano
ARS do Alentejo
ARS do Algarve - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Barlavento
Algarvio1.579.731,72 846.681,34 34.860,66 33.013,69 57.848,43 2.552.135,84
Hospital de Faro
(UCI)1.724.618,71 € 1.022.135,07 € 7.174,08 € 31.002,90 € 91.701,67 € 2.876.632,43 €
Hospital de Faro (C.
Int)1.493.952,35 € 73.619,89 € 10.128,96 € 59.560,84 € 369,35 € 1.637.631,39 €
ARS do Algarve 4.798.302,78 € 1.942.436,30 € 52.163,70 € 123.577,43 € 149.919,45 € 7.066.399,66 €
Entidades
Hospitalares
5.166,27 €
6.582,68 €
1.829,76 €
3.869,88 €
0,00 €
1.000,00 €
2.000,00 €
3.000,00 €
4.000,00 €
5.000,00 €
6.000,00 €
7.000,00 €
CH Barlavento Algarvio
Hospital de Faro (UCI)
Hospital de Faro (C. Int)
ARS do Algarve
296
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 75. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Algarve
Figura 76. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Algarve
Figura 77. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Algarve
212.677,99 € 179.789,53 € 163.763,14 €
252.371,42 €
0,00 € 50.000,00 €
100.000,00 € 150.000,00 € 200.000,00 € 250.000,00 € 300.000,00 €
CH Barlavento Algarvio
Hospital de Faro (UCI)
Hospital de Faro (C. Int)
ARS do Algarve
771,04 € 725,32 €
442,60 €
643,80 €
0,00 € 100,00 € 200,00 € 300,00 € 400,00 € 500,00 € 600,00 € 700,00 € 800,00 €
CH Barlavento
Algarvio
Hospital de Faro (UCI)
Hospital de Faro (C. Int)
ARS do Algarve
297
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 210. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Centro
Figura 78. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Centro
ARS Centro - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Baixo Vouga 1.099.837,69 € 450.301,20 € 51.004,75 € 43.599,14 € 22.708,37 € 1.667.451,15 €
CH Cova da Beira 1.061.209,83 € 395.886,33 € 361.543,64 € 87.931,93 € 9.012,27 € 1.915.584,00 €
CH Leiria - Pombal 1.278.716,18 € 385.004,16 € 3.801,67 € 104.996,31 € 500.630,86 € 2.273.149,18 €
CH Tondela - Viseu 1.065.931,00 € 273.269,00 € 680,00 € 69.615,00 € 24.152,00 € 1.433.647,00 €
CH Universitário de
Coimbra (HG - UCI)1.759.831,44 € 633.134,82 € 2.660,77 € 37.321,54 € 32.257,51 € 2.465.206,08 €
CH Universitário de
Coimbra (HUC -
UCI)
3.098.311,84 € 1.589.106,82 € 796,40 € 104.873,14 € 259.188,38 € 5.052.276,58 €
ULS Castelo
Branco1.186.520,56 € 560.903,61 € 30.553,48 € 73.406,46 € 2.320,41 € 1.853.704,52 €
ULS Guarda 1.005.005,07 € 381.104,51 € 3.359,28 € 74.492,19 € 26.948,42 € 1.490.909,47 €
ARS Centro 11.555.363,61 € 4.668.710,45 € 454.399,99 € 596.235,71 € 877.218,22 € 18.151.927,98 €
Entidades
Hospitalares10
.421
,57
€
5.94
9,02
€
44.5
71,5
5 €
6.07
4,78
€
6.94
4,24
€
9.56
8,71
€
19.1
10,3
6 €
9.68
1,23
€
9.53
8,59
€
0,00 € 5.000,00 €
10.000,00 € 15.000,00 € 20.000,00 € 25.000,00 € 30.000,00 € 35.000,00 € 40.000,00 € 45.000,00 € 50.000,00 €
298
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 79. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Centro
Figura 80. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Centro
277.
908,
53 €
319.
264,
00 €
227.
314,
92 €
179.
205,
88 €
273.
911,
79 €
252.
613,
83 €
231.
713,
07 €
248.
484,
91 €
248.
656,
55 €
0,00 €
50.000,00 €
100.000,00 €
150.000,00 €
200.000,00 €
250.000,00 €
300.000,00 €
350.000,00 €
1.161,99 € 1.094,62 €
812,71 € 798,24 € 947,06 €
850,98 € 910,02 € 1.039,69 €
917,27 €
0,00 €
200,00 €
400,00 €
600,00 €
800,00 €
1.000,00 €
1.200,00 €
1.400,00 €
299
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 211. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Lisboa e Vale do Tejo
ARS de Lisboa e Vale do Tejo - Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Barreiro Montijo 1.183.960,62 € 423.315,17 € 9.414,98 € 46.757,67 € 51.520,47 € 1.714.968,91 €
CH Lisboa Central
(UCINC - UCI)2.515.480,73 € 771.076,46 € 3.376,00 € 22.434,53 € 97.301,70 € 3.409.669,42 €
CH Lisboa Central
(UCIP1 - UCI)2.467.836,14 € 815.930,34 € 5.399,65 € 21.919,34 € 50.773,46 € 3.361.858,93 €
CH Lisboa Central
(UCIP4 - UCI)1.019.053,03 € 335.183,63 € 672,90 € 14.892,30 € 75.588,65 € 1.445.390,51 €
CH Lisboa Central
(UCIP7 - UCI)2.116.656,76 € 1.671.533,24 € 2.283,67 € 20.704,43 € 262.877,66 € 4.074.055,76 €
CH Lisboa Central
(UUM - UCI)2.865.189,36 € 1.341.620,52 € 5.876,23 € 51.455,29 € 118.171,28 € 4.382.312,68 €
CH Lisboa Norte
(SM I - UCI)1.803.702,26 € 1.044.429,12 € NR NR NR 2.848.131,38 €
CH Lisboa Norte
(UCIMC - UCI)988.882,43 € 646.388,92 € NR NR NR 1.635.271,35 €
CH Lisboa
Ocidental (UCI -
UCIP)
2.856.383,71 € 1.474.599,86 € 10.057,59 € 34.592,94 € 156.137,18 € 4.531.771,28 €
CH Lisboa
Ocidental (UCIC -
UCI)
1.727.713,51 € 784.637,82 € 8.784,91 € 30.086,30 € 46.773,27 € 2.597.995,81 €
CH Médio Tejo 1.136.791,79 € 403.755,04 € 23.500,97 € 133.744,80 € 37.345,41 € 1.735.138,01 €
CH Setúbal 1.056.714,64 € 526.107,57 € 6.573,88 € 106.518,13 € 0,00 € 1.695.914,22 €
Hospital Beatriz
Ângelo (UCI)820.639,79 € 665.246,00 € 223.340,21 € 144.412,67 € 66.564,12 € 1.920.202,79 €
Hospital Beatriz
Ângelo (C. Int)820.640,29 € 333.111,41 € 219.461,18 € 183.730,26 € 49.000,75 € 1.605.943,89 €
Hospital de Cascais 203.522,72 € 37.290,86 € 1.988,67 € 2.323,66 € 15.281,15 € 260.407,06 €
Hospital Fernando
da Fonseca
(UCICRE - UCI)
231.053,88 € 81.434,27 € 43,00 € 41.543,64 € 2.021,49 € 356.096,28 €
Hospital Fernando
da Fonseca (UCIP -
UCI)
545.137,61 € 279.965,35 € 1.593,28 € 67.188,59 € 13.303,68 € 907.188,51 €
Hospital Garcia de
Orta1.453.173,93 € 573.773,18 € 1.151,98 € 826,30 € 48.261,16 € 2.077.186,55 €
Hospital Santarém 1.107.616,00 € 386.449,99 € 8.378,75 € 36.843,72 € 22.433,25 € 1.561.721,71 €
IPO de Lisboa 1.399.100,49 € 974.837,20 € 414,80 € 35.322,11 € 2.529.105,25 € 4.938.779,85 €
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo28.319.249,69 € 13.570.685,95 € 532.312,65 € 995.296,68 € 3.642.459,93 € 47.060.004,90 €
Entidades
Hospitalares
300
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 81. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Figura 82. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo
8.79
4,71
€
3.13
9,66
€
3.40
9,59
€
4.89
9,63
€
4.38
0,71
€
5.21
7,04
€
6.27
3,42
€
7.36
6,09
€
8.71
4,94
€
3.42
2,92
€
3.78
0,26
€
5.40
1,00
€
4.05
1,06
€
1.36
5,60
€
612,
72 €
7.57
6,52
€
8.24
7,17
€
8.51
3,06
€
11.3
16,8
2 €
26.2
70,1
1 €
4.77
1,85
€
0,00 €
5.000,00 €
10.000,00 €
15.000,00 €
20.000,00 €
25.000,00 € 34
2.99
3,78
€
154.
984,
97 €
210.
116,
18 €
240.
898,
42 €
291.
003,
98 €
219.
115,
63 €
258.
921,
03 €
327.
054,
27 €
283.
235,
71 €
152.
823,
28 €
192.
793,
11 €
282.
652,
37 €
192.
020,
28 €
133.
828,
66 €
32.5
50,8
8 €
59.3
49,3
8 €
64.7
99,1
8 €
259.
648,
32 €
260.
286,
95 €
229.
561,
00 €
0,00 € 100.000,00 € 200.000,00 € 300.000,00 € 400.000,00 € 500.000,00 € 600.000,00 € 700.000,00 € 800.000,00 €
301
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 83. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região de Lisboa e Vale do Tejo
1.10
6,43
€
485,
71 €
767,
37 €
735,
19 €
1.02
7,50
€
636,
69 €
749,
71 €
998,
94 €
915,
14 €
497,
13 €
837,
42 €
960,
31 €
717,
83 €
528,
97 €
115,
02 €
378,
02 €
654,
54 €
818,
11 €
994,
09 €
2.26
4,46
€
761,
35 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
302
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 212. Custos das UCI Polivalentes por entidade hospitalar da ARS Norte
Pessoal Consumos SubcontratosFornecimento e
Serviços ExternosOutros Custos Total
CH Alto Ave 849.143,49 € 325.175,92 € 4.409,15 € 37.578,96 € 91.699,86 € 1.308.007,38 €
CH Entre o Douro e
Vouga1.248.886,00 € 542.592,00 € 23.237,00 € 202.405,00 € 59.663,00 € 2.076.783,00 €
CH Porto (SCI
1_UCI)2.541.735,11 € 1.230.907,03 € 73.949,54 € 104.709,64 € 67.020,37 € 4.018.321,69 €
CH Porto (SCI
2_UCI)1.723.595,90 € 773.972,59 € 6.410,81 € 151.847,78 € 96.925,15 € 2.752.752,24 €
CH Porto (C. Int)* 639.615,29 € 278.079,56 € 108,80 € 34.106,04 € 18.873,12 € 970.782,81 €
CH S. João
(Doenças
Infecciosas)
772.243,07 € 337.294,37 € 979,10 € 47.189,53 € 39.033,40 € 1.196.739,47 €
CH S. João
(Neurocríticos)795.223,39 € 1.000.571,21 € 22.626,33 € 86.353,90 € 136.528,35 € 2.041.303,18 €
CH S. João (U.C.I.P.
Geral)1.426.882,42 € 1.366.653,33 € 29.635,97 € 118.238,75 € 133.292,44 € 3.074.702,91 €
CH S. João (U.C.I.P.
Urgência)951.510,94 € 1.182.425,37 € 33.202,68 € 76.867,28 € 79.375,10 € 2.323.381,37 €
CH Tâmega e
Sousa**913.285,29 € 601.680,56 € 12.142,88 € 240.966,11 € 2.092,90 € 1.770.167,74 €
CH Trás-os-Montes
e Alto Douro (UCI)
CH Trás-os-Montes
e Alto Douro (C Int)
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho1.517.875,48 € 723.170,27 € 3.688,55 € 28.421,37 € 172.315,73 € 2.445.471,40 €
Hospital de Braga 3.464.096,37 € 1.255.074,90 € 7.935,48 € 795.162,33 € 185.559,08 € 5.707.828,16 €
IPO do Porto 1.333.547,53 € 1.126.567,29 € 9,87 € 93.668,10 € 28.879,93 € 2.582.672,72 €
ULS Alto Minho NR NR NR NR NR
ULS Matosinhos 1.380.506,00 € 633.049,00 € 4.328,00 € 74.631,00 € 261.154,00 € 2.353.668,00 €
ULS Nordeste 360.691,00 € 392.411,00 € 6.757,00 € 21.538,00 € 23.932,00 € 805.329,00 €
ARS Norte 21.237.893,29 € 12.584.309,40 € 248.655,16 € 2.213.417,79 € 1.573.165,43 € 37.857.441,07 €
*Respeitam ao período de 9 de julho a 31 de dezembro, atendendo ao início de atividade desta unidade
ARS Norte - Custos das UCI PolivalentesEntidades
Hospitalares
**De acordo com o registado no centro de custo 11601 - UCI Polivalente, a Contabilidade Analítica de 2012 ainda não está "encerrada". Poderão existir alterações
nas rubricas POCMS 621 e 622, no entanto, e para o caso da UCIP não se prevêem alterações materialmente relevantes
1.319.056,00 € 814.685,00 € 19.234,00 € 99.734,00 € 176.821,00 € 2.429.530,00 €
303
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 84. Custo por Doente Saído – UCI Polivalentes da Região Norte
Figura 85. Custo por Cama – UCI Polivalentes da Região Norte
4.79
1,24
€
5.33
8,77
€
4.43
0,34
€
6.88
1,88
€
996,
70 €
7.62
2,54
€
5.38
6,02
€
5.83
4,35
€
5.82
3,01
€
4.97
2,38
€
2.76
3,97
€
4.84
2,52
€
20.6
05,8
8 €
8.72
5,25
€
8.03
3,00
€
3.74
5,72
€
5.18
1,69
€
0,00 €
5.000,00 €
10.000,00 €
15.000,00 €
20.000,00 €
25.000,00 €
218.
001,
23 €
207.
678,
30 €
401.
832,
17 €
275.
275,
22 €
40.4
49,2
8 €
199.
456,
58 €
204.
130,
32 €
192.
168,
93 €
193.
615,
11 €
136.
166,
75 €
173.
537,
86 €
203.
789,
28 €
475.
652,
35 €
322.
834,
09 €
235.
366,
80 €
161.
065,
80 €
254.
076,
79 €
0,00 € 50.000,00 €
100.000,00 € 150.000,00 € 200.000,00 € 250.000,00 € 300.000,00 € 350.000,00 € 400.000,00 € 450.000,00 € 500.000,00 €
304
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 86. Custo por Dia de Internamento – UCI Polivalentes da Região Norte
Quadro 213. Custos das UCI Polivalentes por Região de Saúde
Indicadores compostos
Em Portugal não tem existido um critério claro e coerente para o cálculo de camas necessárias em
cuidados intensivos polivalentes. Como se pode constatar nos quadros seguintes existem em Portugal
819,
55 €
741,
71 €
847,
03 €
825,
66 €
268,
77 €
706,
46 €
583,
23 €
633,
31 €
595,
43 €
1.27
6,26
€
648,
39 €
698,
31 €
3.26
7,22
€
1.17
6,62
€
1.07
5,72
€
487,
19 €
780,
94 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
3.000,00 €
3.500,00 €
Custos das UCI Polivalentes
Pessoal Consumos Subcontratos
Fornecimento e
Serviços
Externos
Outros Custos Total
ARS do Alentejo 3.015.639,81 € 1.118.187,58 € 21.322,95 € 299.463,61 € 125.107,80 € 4.579.721,75 €
ARS do Algarve 4.798.302,78 € 1.942.436,30 € 52.163,70 € 123.577,43 € 149.919,45 € 7.066.399,66 €
ARS Centro 11.555.363,61 € 4.668.710,45 € 454.399,99 € 596.235,71 € 877.218,22 € 18.151.927,98 €
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 28.319.249,69 € 13.570.685,95 € 532.312,65 € 995.296,68 € 3.642.459,93 € 47.060.004,90 €
ARS Norte 21.237.893,29 € 12.584.309,40 € 248.655,16 € 2.213.417,79 € 1.573.165,43 € 37.857.441,07 €
Portugal Continental 68.926.449,18 € 33.884.329,68 € 1.308.854,45 € 4.227.991,22 € 6.367.870,83 € 114.715.495,36 €
ARS
305
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Continental 6,6 ou 5,8 camas por 100.000 habitantes de 18 e mais anos considerando ou não camas
de cuidados intermédios. Observa-se no entanto uma distribuição regional desigual, apresentando a
região do Alentejo um rácio de 4,7 representando o valor mais baixo.
Por outro lado quando se analisam o número de unidades por 10.000 Km2 verifica-se uma elevada
concentração na região de Lisboa e Vale do Tejo. Deve ser no entanto destacado que as UCI de
Lisboa recebem um número considerável de doentes da ARS do Alentejo e Algarve por inexistência
nestas áreas de urgências de algumas especialidades (e.g. neurocirurgia)
Quadro 214. Número de UCI Polivalentes por 10.000 km2 e Camas de UCI Polivalentes por 100.000 Habitantes de 18 e
mais anos (inclui camas de cuidados intermédios)
ARS
População Residente (Censos 2011)
Nível das UCI Polivalentes
Nº de Camas Nº UCI Polivalentes por 10.000
Km2
Camas de UCI
Polivalentes por 100.000 Hab. de 18 e mais anos
Total 18 e mais
anos I II III
Cuidados Intensivos
Cuidados Intermédios
Alentejo 509.849 429.541 0 3 0 20 0 1,1 4,7
Algarve 451.006 370.704 1 0 2 28 10 6,0 10,3
Centro 1.737.216 1.451.921 1 5 2 65 8 3,4 5,0
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 2.991.097 6 4 18 205 22 22,9 7,6
Norte 3.689.682 3.007.823 3 4 12 149 37 8,9 6,2
Portugal Continental
10.047.621 8.251.086 11 16 34 467 77 6,8 6,6
306
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 87. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 Hab.de 18 e mais anos (inclui camas de cuidados
intermédios)
Deve ser no entanto destacado que as UCI de Lisboa recebem um número considerável de doentes da
ARS do Alentejo e Algarve por inexistência nestas áreas de urgências de algumas especialidades (e.g.
neurocirurgia). Deve ser referido que a população móvel e sazonal, devido ao Turismo, está bem
refletida nas necessidades de certas regiões do país, em especial do Algarve, em que os números têm
de ser vistos à luz da população global tratada (residente e não residente).
Quadro 215. Número de UCI Polivalentes por 10.000 km2 e Camas de UCI Polivalentes por 100.000 Habitantes de 18 e
mais anos (exclui camas de cuidados intermédios)
ARS
População Residente (Censos 2011)
Nível das UCI Polivalentes
Nº de Camas Nº UCI Polivalentes por 10.000
Km2
Camas de UCI
Polivalentes por 100.000 Hab. de 18 e mais anos
Total 18 e mais
anos I II III
Cuidados Intensivos
Cuidados Intermédios
Alentejo 509.849 429.541 0 3 0 20 0 1,1 4,7
Algarve 451.006 370.704 1 0 2 28 10 4,0 7,6
Centro 1.737.216 1.451.921 1 5 2 65 8 3,4 5,0
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 2.991.097 6 4 18 205 22 21,3 6,9
Norte 3.689.682 3.007.823 3 4 12 149 37 7,5 5,0
Portugal Continental
10.047.621 8.251.086 11 16 34 467 77 6,2 5,8
4,7
10,3
5,0
7,6
6,2
6,6
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
307
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 88. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 Hab.de 18 e mais anos (exclui camas de cuidados
intermédios)
8.3.3. UCI CORONÁRIOS
Em Portugal a distribuição de camas unidades de cuidados intensivos coronários faz-se de acordo com
o descriminado no Quadro 216.
Constata-se a ausência de UCI coronários na ARS do Alentejo.
Um primeiro nível de análise do número de camas de UCI prende-se com a sua relação com a
população que serve e com o número de camas hospitalares de agudos às quais garante cuidados.
4,7
7,6
5,0
6,9
5,0
5,8
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
308
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Nº de camas de UCI enquanto percentagem da população residente
Quadro 216. Camas de UCI Coronários face à População Residente
ARS
População Residente
Censos 2011
Nível das UCI Coronários Nº de Camas de
UCI Coronários
Camas de UCI
Coronários por
100.000 Hab.
I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0 0,0
Algarve 451.006 1 6 1,3
Centro 1.737.216 2 2 2 36 2,1
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 1 1 3 47 1,3
Norte 3.689.682 1 3
2 45 1,2
Portugal Continental
10.047.621 4 6 8 134 1,3
Nº de camas de UCI enquanto percentagem de camas de agudos
O número de camas de cuidados intensivos coronários em Portugal varia entre 0,59% e 0,73% das
camas de cuidados de agudos.
Quadro 217. Camas de UCI Coronários Face às Camas de Agudos
ARS Nº de
Camas de Agudos
Nível das UCI Coronários Nº de Camas % de Camas de UCI Coronários por Camas de
Agudos I II III
Cuidados Intensivos
Encerradas
Alentejo 943 0 0 0
0,00%
Algarve 906
1 6 0 0,66%
Centro 4.916 2 2 2 36 0 0,73%
Lisboa e Vale do Tejo
8.012 1 1 3 47 0 0,59%
Norte 6.947 1 3 2 45 2 0,65%
Portugal Continental
21.724 4 6 8 134 2 0,62%
309
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 89. Camas de UCI Coronários
De acordo com as respostas recebidas há 2 camas de CI Coronários encerradas em Portugal
Continental.
Quadro 218. Número de camas de UCI Coronários encerradas por Região de Saúde e causa do encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de
Profissionais
Limitação de
Material
Sobredimensionamento
da Unidade Total
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 0 0 0 0
Centro 0 0 0 0
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 0 0
Norte 2 0 0 2
Portugal Continental 2 0 0 2
Relação entre as UCI existentes e o tipo de urgências das instituições onde estão sediados
Da análise do Quadro 219 constata-se que todas as UCI coronários de nível III existem em Hospitais
com Serviços de Urgência Polivalente. A multidisciplinariedade encontrada nos SUP é fundamental
para a abordagem dos diferentes problemas associados ao tratamento do doente grave. Por outro lado,
a existência de um transporte inter-hospitalar polivalente dedicado permite a centralização de cuidados.
134
2
Lotação Praticada
Camas Encerradas
310
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 219. Relação entre o nível das UCI Coronários existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
UCI
Coronários
Tipo de
Urgência da
Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental
da UCI
Algarve Hospital de Faro III SUP Integrada
Centro
CH Baixo Vouga II SUMC Autónoma
CH Leiria - Pombal II SUMC Integrada
CH Tondela - Viseu I SUP Integrada
CH Universitário de Coimbra (HG - UCIC) I
SUP
Integrada
CH Universitário de Coimbra (HUC - UCIC) III Autónoma
CH Universitário de Coimbra (HUC -UTICA) III Autónoma
Lisboa e Vale do Tejo
CH Lisboa Central III SUP Autónoma
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
CH Médio Tejo I SUMC Integrada
Hospital Fernando da Fonseca II SUMC Integrada
Hospital Garcia de Orta III SUP Integrada
Norte
CH Alto Ave II SUMC Autónoma
CH Porto II SUP Integrada
CH S. João I SUP Autónoma
CH Tâmega e Sousa II SUMC Autónoma
CH Trás-os-Montes e Alto Douro III SUP Integrada
CH Vila Nova de Gaia/Espinho III SUP Integrada
Análise de Movimento e Produção
Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI
Coronários por Região de Saúde
311
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 90. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Coronários
Figura 91. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários
0,0
168,8
68,6 66,9
85,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
ARS do Alentejo ARS do Algarve ARS Centro ARS de Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte
0,0
1,7
2,8
3,6
3,0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
ARS do Alentejo ARS do Algarve ARS Centro ARS de Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte
312
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 92. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários
Em cuidados intensivos coronários preconiza-se uma taxa de ocupação ideal entre os 75 e os 80%.
Taxas elevadas estão associadas a elevadas recusas de internamento por falta de vagas. Em Portugal
continental verifica-se que todas as regiões apresentam valores que se enquadram neste intervalo.
A demora média das UCI coronários é dependente do tipo de doentes, variando entre os 1,7 e os 3,6
dias.
Quadro 220. Demora Média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Coronários
ARS População Residente
Censos 2011
Nível das UCI Coronários
Nº de Camas de Cuidados Intensivos
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0 - -
Algarve 451.006 0 0 1 6 1,7 79,6%
Centro 1.737.216 2 2 2 36 2,8 52,8%
Lisboa e Vale do Tejo 3.659.868 1 1 3 47 3,6 66,6%
Norte 3.689.682 1 3 2 45 3,0 70,8%
Portugal Continental 10.047.621 4 6 8 134 3,0 64,9%
0,0%
79,6%
52,8%
66,6% 70,8%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
ARS do Alentejo ARS do Algarve ARS Centro ARS de Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte
313
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da Monitorização existente
Pela análise do Quadro 221 verifica-se que as unidades de cuidados intensivos coronários dispõem de
um razoável nível de tecnologia de monitorização. De realçar que este tipo de monitorização em falta
pode ser discutível, podendo ser útil em algum tipo de doentes que existam em algumas unidades, não
existindo evidência clinica para a sua utilização.
Quadro 221. Tipologia de Monitorização das UCI Coronários nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Tipologia da Monitorização
ARS Algarve ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
Monitorização Hemodinâmica
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Monitorização Ventilatória
100,0% 100,0% 100,0% 50,0% 83,3%
ETCO2 0,0% 50,0% 20,0% 33,3% 33,3%
Pressão Intra-Arterial
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Venosa Central
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Pressão Intracraniana
0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
Pressão Intra- Abdominal
0,0% 0,0% 40,0% 0,0% 11,1%
Débito Cardíaco (PICCO ou Outro)
100,0% 100,0% 80,0% 66,7% 83,3%
BIS 0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
NIRS 0,0% 33,3% 0,0% 16,7% 16,7%
EEG Contínuo 0,0% 16,7% 0,0% 16,7% 11,1%
Máquina de Gases de Sangue
100,0% 50,0% 60,0% 16,7% 44,4%
Doseamento de Fármacos e
Tóxicos 100,0% 16,7% 60,0% 66,7% 50,0%
314
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da Monitorização
ARS Algarve ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de
Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Coronários com cada
Monitorização
Maca de Transporte com
Ventilação Mecânica
(Caraterísticas Iguais UCI)
100,0% 66,7% 40,0% 66,7% 61,1%
Técnicas Terapêuticas disponíveis nas UCI coronários
A análise do Quadro 222 mostra que as técnicas terapêuticas necessárias a este tipo de unidades
estão garantidas de forma geral.
Quadro 222. Percentagem de UCI Coronários por Técnica Terapêutica nas ARS Algarve, Centro, LVT e Norte
Técnicas
Terapêuticas
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
Ventilação
Mecânica Invasiva 100,0% 83,3% 80,0% 50,0% 72,2%
Ventilação
Mecânica não
Invasiva
100,0% 83,3% 80,0% 100,0% 88,9%
Ventilação de Alta
Frequência
(VOAF)
0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 11,1%
Ventilação com
NAVA 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
315
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Técnicas
Terapêuticas
Algarve Centro Lisboa e Vale
do Tejo Norte
Portugal
Continental
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
% de Unidades
de Cuidados
Intensivos
Coronários com
cada Técnica
Terapêutica
Óxido Nítrico 0,0% 0,0% 20,0% 0,0% 5,6%
Hemodiafiltração 0,0% 50,0% 80,0% 50,0% 55,6%
Plasmaferese 0,0% 16,7% 20,0% 16,7% 16,7%
Hemodiálise 0,0% 33,3% 60,0% 33,3% 38,9%
Diálise Peritoneal 100,0% 16,7% 60,0% 33,3% 38,9%
ECMO 0,0% 16,7% 0,0% 16,7% 11,1%
MARS 0,0% 0,0% 0,0% 16,7% 5,6%
Hipotermia 0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 11,1%
Quadro 223. Número de Enfermeiros por Turno, Semana e Fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das
UCI
Coronários
Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Dia
de Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Tarde, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Enfermeiros
no Turno da
Noite, Fim
de Semana
ou Feriado
I II III
Alentejo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 0 0 1 6 3 2 2 2 2 2
Centro 2 2 2 36 16 15 13 13 12 12
Lisboa e Vale
do Tejo 1 1 3 47 20 19 17 17 16 16
Norte 1 3 2 45 20 19 17 16 17 16
Portugal
Continental 4 6 8 134 59 55 49 48 47 46
316
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 224. Número de Enfermeiros por Nível de UCI Coronários por Região de Saúde
ARS
Nível das UCI
Coronários
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Enfermeiros
Colocados no
S/UCI
Nº ETC
Enfermeiros
Especialistas
Nº de ETC
Enfermeiros
Colocados na
UCI e Fora de
Escala de
Cuidados
Diretos
Nº ETC de
Enfermeiros
Reabilitação
(só fazem
esta
atividade)
Nº ETC
Total I II III
Alentejo 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Algarve 0 0 1 6 26,00 5,00 0,00 0,00 31,00
Centro 2 2 2 36 89,18 9,50 1,00 1,14 100,82
Lisboa e Vale
do Tejo 1 1 3 47 100,73 3,10 1,14 4,70 109,67
Norte 1 3 2 45 98,96 34,70 1,00 2,40 137,06
Portugal
Continental 4 6 8 134 314,87 52,30 3,14 8,24 378,55
Análise de custos
A análise de custos deste tipo de unidades envolve especificidades própria pelo que não será feita
nenhuma análise específica. Optamos no entanto por plasmar os dados recolhidos a título informativo.
317
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 93. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região Norte
Figura 94. Custo por Cama – UCI Coronários da Região Norte
732,27 €
2.330,35 €
1.330,90 €
769,55 €
1.349,43 € 1.504,92 €
1.246,63 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
60.045,94 € 80.688,35 €
129.762,28 €
74.338,27 €
142.589,67 € 161.026,73 €
106.655,73 €
0,00 € 20.000,00 € 40.000,00 € 60.000,00 € 80.000,00 €
100.000,00 € 120.000,00 € 140.000,00 € 160.000,00 € 180.000,00 €
318
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 95. Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região Norte
Figura 96. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região Centro
255,08 € 298,16 €
448,62 €
299,99 €
523,91 €
670,94 €
412,86 €
0,00 €
100,00 €
200,00 €
300,00 €
400,00 €
500,00 €
600,00 €
700,00 €
800,00 €
1.792,52 €
1.533,11 €
2.661,27 €
2.166,56 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
3.000,00 €
CH Baixo Vouga CH Leiria - Pombal
CH Tondela - Viseu
ARS Centro
319
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 97 Custo por Cama – UCI Coronários da Região Centro
Figura 98 Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região Centro
124.759,38 €
81.868,33 €
201.258,25 €
146.844,70 €
0,00 €
50.000,00 €
100.000,00 €
150.000,00 €
200.000,00 €
250.000,00 €
CH Baixo Vouga CH Leiria - Pombal CH Tondela - Viseu
ARS Centro
578,13 €
278,27 €
933,91 €
618,44 €
0,00 €
100,00 €
200,00 €
300,00 €
400,00 €
500,00 €
600,00 €
700,00 €
800,00 €
900,00 €
1.000,00 €
CH Baixo Vouga CH Leiria - Pombal CH Tondela - Viseu ARS Centro
320
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 99. Custo por Doente Saído – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Figura 100. Custo por Cama – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo
1.014,61 € 1.184,95 €
3.497,76 €
6.033,48 €
227,92 €
1.386,33 €
0,00 €
1.000,00 €
2.000,00 €
3.000,00 €
4.000,00 €
5.000,00 €
6.000,00 €
7.000,00 €
CH Lisboa Central
CH Lisboa Norte
CH Médio Tejo
Hospital Fernando da
Fonseca
Hospital Garcia de
Orta
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo
97.275,61 €
79.523,21 €
112.511,18 €
127.306,40 €
22.829,83 €
92.706,99 €
0,00 €
20.000,00 €
40.000,00 €
60.000,00 €
80.000,00 €
100.000,00 €
120.000,00 €
140.000,00 €
CH Lisboa Central
CH Lisboa Norte
CH Médio Tejo
Hospital Fernando da
Fonseca
Hospital Garcia de
Orta
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo
321
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 101. Custo por Dia de Internamento – UCI Coronários da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Figura 102. Custo por Doente Saído e por Dia de Internamento - UCI Coronários do Hospital de Faro
377,40 €
231,85 €
434,41 €
1.175,50 €
87,03 €
381,48 €
0,00 €
200,00 €
400,00 €
600,00 €
800,00 €
1.000,00 €
1.200,00 €
1.400,00 €
CH Lisboa Central
CH Lisboa Norte
CH Médio Tejo
Hospital Fernando da
Fonseca
Hospital Garcia de
Orta
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo
327,09 €
190,10 €
0,00 €
50,00 €
100,00 €
150,00 €
200,00 €
250,00 €
300,00 €
350,00 €
Custo por Doente Saído Custo por Dia de Internamento
322
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 103. Custo por Cama - UCI Coronários do Hospital de Faro
Quadro 225. Custos das UCI Coronários por Região de Saúde
ARS
Custos das UCI Coronários
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos
Outros Custos
Total
Alentejo 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Algarve 121.454,31 € 128.841,69 € 16.671,62 € 13.838,59 € 50.533,52 € 331.339,73 €
Centro 1.345.043,14 € 1.172.242,56 € 16.652,70 € 70.525,66 € 38.740,52 € 2.643.204,58 €
Lisboa e Vale do Tejo
2.605.630,57 € 1.193.336,61 € 53.445,16 € 420.657,59 € 84.158,71 € 4.357.228,64 €
Norte 3.512.754,14 € 765.576,35 € 47.959,37 € 123.392,42 € 349.825,36 € 4.799.507,64 €
Portugal Continental
7.584.882,16 € 3.259.997,21 € 134.728,85 € 628.414,26 € 523.258,11 € 12.131.280,59 €
55.223,29 €
0,00 €
10.000,00 €
20.000,00 €
30.000,00 €
40.000,00 €
50.000,00 €
60.000,00 €
Custo por Cama
323
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 226. Número de UCI Coronários por 10.000 Km2 e Camas de UCI Coronários por 100.00 habitantes por Região de
Saúde
ARS
População Residente
Censos 2011
Nível das UCI Coronários Nº de Camas de
UCI Coronários
Nº UCI Coronários por 10.000
Km2
Camas de UCI
Coronários por
100.000 Hab.
I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0 0,0 0,0
Algarve 451.006 1 6 2,0 1,3
Centro 1.737.216 2 2 2 36 2,6 2,1
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 1 1 3 47 4,1 1,3
Norte 3.689.682 1 3 2 45 2,8 1,2
Portugal Continental
10.047.621 4 6 8 134 2,0 1,3
Figura 104. Camas de Cuidados Intensivos Coronários por 100.000 Hab.por Região de Saúde
0,0
1,3
2,1
1,3
1,2
1,3
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
324
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
8.3.4. UCI CARDIOTORÁCICOS
Em Portugal a distribuição de camas unidades de cuidados intensivos cardiotorácicos faz-se de acordo
com o descriminado no Quadro 227.
Constata-se a ausência de UCI coronários na ARS do Alentejo e do Algarve.
Um primeiro nível de análise do número de camas de UCI prende-se com a sua relação com a
população que serve e com o número de camas hospitalares de agudos às quais garante cuidados.
Nº de camas de UCI enquanto percentagem da população residente
Quadro 227. Camas de UCI Cardiotorácicos Face à População Residente
ARS População
Censos 2011
Nível das UCI Cardiotorácicos
Nº de Camas de UCI
Cardiotorácicos
Camas de UCI Cardiotorácicos
por 100.000 Hab. I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0
Algarve 451.006 0 0 0 0
Centro 1.737.216 0 0 1 6 0,3
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 0 0 2 21 0,6
Norte 3.689.682 0 0
2 20 0,5
Portugal Continental
10.047.621 0 0 5 47 0,5
Nº de camas de UCI enquanto percentagem das camas de agudos
O número de camas de cuidados intensivos cardiotorácicos em Portugal varia entre 0,12% e 0,29% das
camas de cuidados de agudos.
325
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 228. Camas de UCI Cardiotorácicos Face às Camas de Agudos
ARS Nº de
Camas de Agudos
Nível das UCI Cardiotorácicos Nº de Camas % de Camas de UCI
Cardiotorácicos por Camas de
Agudos
I II III Cuidados Intensivos
Encerradas
Alentejo 943 0 0 0 0,00%
Algarve 906 0 0 0 0,00%
Centro 4.916 0 0 1 6 4 0,12%
Lisboa e Vale do Tejo
8.012 0 0 2 21 0 0,26%
Norte 6.947 0 0 2 20 0 0,29%
Portugal Continental 21.724 0 0 5 47 4 0,22%
Figura 105. Camas de UCI Cardiotorácicos
De acordo com as respostas recebidas há 4 camas de CI Cardiotorácicos encerradas em Portugal
Continental.
47
4
Lotação Praticada
Camas Encerradas
326
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 229. Número de Camas de UCI Cardiotorácicos Encerradas por Região de Saúde e Causa de Encerramento
ARS
Número de Camas Encerradas
Limitação de Profissionais
Limitação de Material
Sobredimensionamento da Unidade
Total
Alentejo 0 0 0 0
Algarve 0 0 0 0
Centro 4 0 0 4
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 0 0
Norte 0 0 0 0
Portugal Continental 4 0 0 4
Relação entre as UCI existentes e o tipo de urgências das instituições onde estão sediados
Da análise do Quadro 230 constata-se que todas as UCI cardiotorácicos existem em Hospitais com
Serviços de Urgência Polivalente. A multidisciplinariedade encontrada nos SUP é fundamental para a
abordagem dos diferentes problemas associados ao tratamento do doente grave. Por outro lado, a
existência de um transporte inter-hospitalar polivalente dedicado permite a centralização de cuidados.
Quadro 230. Relação entre o nível das UCI Cardiotorácicos existentes e o tipo de urgência das entidades hospitalares
ARS Entidades Hospitalares Nível das UCI
Cardiotorácicos
Tipo de Urgência da
Entidade Hospitalar
Organização Departamental
da UCI
Centro CH Universitário de Coimbra III SUP Integrada
Lisboa e Vale do Tejo CH Lisboa Central III SUP Autónoma
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
Norte CH S. João III SUP Integrada
CH Vila Nova de Gaia/Espinho III SUP Integrada
327
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Análise de Movimento e Produção
Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI
Cardiotorácicos por Região de Saúde
Figura 106. Doentes Saídos por Cama de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação para a Região Centro)
Figura 107. Demora Média das Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação para a Região Centro e
Norte)
107,3
126,5
101,8
0
20
40
60
80
100
120
140
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
2,4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
328
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 108. Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos (sem informação para a Região Centro e
Norte)
Os baixos números destas unidades acrescido da falta de informação enviada leva a que não é
possível retirar conclusões nestes itens.
Quadro 231. Demora Média e Taxa de Ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
ARS
População Residente
Censos 2011
Nível das UCI Cardiotorácicos Nº de Camas de UCI
Cardiotorácicos
Demora Média
Taxa de Ocupação
I II III
Alentejo 509.849 0 0 0 0 - -
Algarve 451.006 0 0 0 0 - -
Centro 1.737.216 0 0 1 6 ND ND
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 0 0 2 21 2,4 69,5%
Norte* 3.689.682 0 0
2 20 ND ND
Portugal Continental
10.047.621 0 0 5 47 ND ND
*Só uma unidade
69,5%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Alentejo Algarve Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
329
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Existência de quartos de isolamento por cama de UCI cardiotorácicos
A existência numa UCI cardiotorácicos de quartos de isolamento, se possível com pressão positiva
e/ou negativa, são uma mais-valia, nomeadamente para a prevenção das infeções associadas aos
cuidados de saúde, muito em especial nas unidades que apoiam unidades de transplantação cardíaca
ou pulmonar. Em Portugal Continental há 7 quartos de isolamento nas diferentes UCI cardiotorácicos.
Figura 109. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
Quadro 232. Quartos de isolamento por cama de UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS Unidades de Cuidados
Intensivos Cardiotorácicos
Número de Camas Cuidados
Intensivos
Nº de Quartos de Isolamento
% de Quartos de Isolamento por
Cama UCI
Centro 1 6 1 16,7%
Lisboa e Vale do Tejo 2 21 3 14,3%
Norte 2 20 3 15,0%
Portugal Continental 5 47 7 14,9%
16,7%
14,3%
15,0% 14,9%
13,0%
13,5%
14,0%
14,5%
15,0%
15,5%
16,0%
16,5%
17,0%
Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
330
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quartos com pressão negativa por UCI cardiotorácicos
Quadro 233. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS Unidades de Cuidados
Intensivos Cardiotorácicos
Nº de Quartos de Isolamento com Pressão
Negativa
% Quartos de Isolamento com Pressão Negativa
por UCI
Centro 1 1 100,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 0 0,0%
Norte 2 0 0,0%
Portugal Continental 5 1 20,0%
Figura 110. Quartos de Isolamento com Pressão Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
Quartos com pressão positiva por UCI cardiotorácicos
Quadro 234. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS Unidades de Cuidados
Intensivos Cardiotorácicos
Nº de Quartos de Isolamento com Pressão
Positiva
% Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por
UCI
Centro 1 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 2 100,0%
Norte 2 0 0,0%
Portugal Continental 5 2 40,0%
1
2 2
5
1
0 0
1
0
1
2
3
4
5
6
Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Negativa
331
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 111. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
Quartos com pressão positiva e negativa por UCI
Quadro 235. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS Unidades de Cuidados
Intensivos Cardiotorácicos
Nº de Quartos de Isolamento com Pressão
Positiva e Negativa
% Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e
Negativa por UCI
Centro 1 0 0,0%
Lisboa e Vale do Tejo 2 1 50,0%
Norte 2 2 100,0%
Portugal Continental 5 3 60,0%
1
2 2
5
0
1
0
1
0
1
2
3
4
5
6
Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva
332
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 112. Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa por UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
Tipologia da Monitorização existente
Pela análise do Quadro 236 verifica-se que as unidades de cuidados intensivos cardiotorácicos
dispõem de um razoável nível de tecnologia de monitorização. De realçar que este tipo de
monitorização em falta pode ser discutível, podendo ser útil em algum tipo de doentes que existam em
algumas unidades, não existindo evidência polivalente para a sua utilização.
Quadro 236. Tipologia de Monitorização das UCI Cardiotorácicos nas ARS Centro, LVT e Norte
Tipologia da Monitorização
ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
ETCO2 0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
Pressão Intracraniana
0,0% 0,0% 50,0% 20,0%
Pressão Intra- Abdominal
0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
1
2 2
5
0
1 1
2
0
1
2
3
4
5
6
Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva e Negativa
333
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da Monitorização
ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos
Cardiotorácicos com cada
Monitorização
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com cada Monitorização
Débito Cardíaco
(PICCO ou Outro)
0,0% 100,0% 100,0% 80,0%
BIS 0,0% 50,0% 50,0% 40,0%
NIRS 0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
EEG Contínuo 0,0% 0,0% 100,0% 40,0%
Doseamento de Fármacos e
Tóxicos 0,0% 100,0% 50,0% 60,0%
Maca de Transporte com
Ventilação Mecânica
(Caraterísticas Iguais UCI)
0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
Globalmente bem equipadas para a tipologia dos doentes que tratam.
Técnicas Terapêuticas disponíveis nas UCI cardiotorácicos
Quadro 237. Percentagem de UCI Cardiotorácicos por Técnica Terapêutica nas ARS Centro, LVT e Norte
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
Ventilação de Alta Frequência (VOAF)
100,0% 0,0% 50,0% 40,0%
Ventilação com NAVA
0,0% 0,0% 50,0% 20,0%
Óxido Nítrico 0,0% 50,0% 100,0% 60,0%
Plasmaferese 100,0% 100,0% 50,0% 80,0%
Hemodiálise 0,0% 100,0% 100,0% 80,0%
ECMO 100,0% 50,0% 50,0% 60,0%
334
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte Portugal Continental
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
% de Unidades de Cuidados Intensivos Cardiotorácicos com
cada Técnica Terapêutica
MARS 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Hipotermia 100,0% 50,0% 100,0% 80,0%
Análise de custos:
A análise de custos deste tipo de unidades envolve especificidades própria pelo que não será feita
nenhuma análise específica. Optamos no entanto por plasmar os dados recolhidos a título informativo.
Figura 113. Custo por Doente Saído – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo
1.312,26 €
1.378,35 €
1.326,39 €
1.260,00 €
1.280,00 €
1.300,00 €
1.320,00 €
1.340,00 €
1.360,00 €
1.380,00 €
1.400,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
335
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 114. Custo por Cama – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Figura 115. Custo por Dia de Internamento – UCI Cardiotorácicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo
155.021,40 €
110.727,28 €
142.365,94 €
0,00 €
20.000,00 €
40.000,00 €
60.000,00 €
80.000,00 €
100.000,00 €
120.000,00 €
140.000,00 €
160.000,00 €
180.000,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
480,04 €
1.378,35 €
561,34 €
0,00 €
200,00 €
400,00 €
600,00 €
800,00 €
1.000,00 €
1.200,00 €
1.400,00 €
1.600,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
336
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 116. Custo por Doente Saído – UCI Cardiotorácicos da Região Norte
Figura 117. Custo por Cama – UCI Cardiotorácicos da Região Norte
3.784,80 €
1.622,44 €
3.027,54 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
3.000,00 €
3.500,00 €
4.000,00 €
CH S. João CH Vila Nova de Gaia/Espinho
ARS Norte
622.220,50 €
143.747,87 €
382.984,18 €
0,00 €
100.000,00 €
200.000,00 €
300.000,00 €
400.000,00 €
500.000,00 €
600.000,00 €
700.000,00 €
CH S. João CH Vila Nova de Gaia/Espinho
ARS Norte
337
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 118. Custo por Dia de Internamento – UCI Cardiotorácicos da Região Norte
Quadro 238. Custos das UCI Cardiotorácicos por Região de Saúde
ARS
Custos das UCI Cardiotorácicos
Pessoal Consumos Subcontratos Fornecimento e
Serviços Externos
Outros Custos Total
Alentejo 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Algarve 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Centro* ND ND ND ND ND ND
Lisboa e Vale do Tejo**
1.578.584,05 € 1.319.659,25 € 2.027,00 € 36.123,07 € 53.291,32 € 2.989.684,69 €
Norte 5.219.151,18 € 1.798.898,06 € 39.548,00 € 161.618,96 € 440.467,49 € 7.659.683,69 €
Portugal Continental
6.797.735,23 € 3.118.557,31 € 41.575,00 € 197.742,03 € 493.758,81 € 10.649.368,38 €
*O centro de custos da unidade de cuidados intensivos inclui a unidade de cuidados intermédios com 12 camas (8 de adultos e 4 pediátricas) **só uma UCI
460,44 €
2.453,45 €
0,00 €
500,00 €
1.000,00 €
1.500,00 €
2.000,00 €
2.500,00 €
3.000,00 €
CH Vila Nova de Gaia/Espinho ARS Norte
338
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 119. Camas de UCI Cardiotorácicos por100.00 Habitantes
8.3.5. UNIDADES DE QUEIMADOS
O panorama das unidades de cuidados intensivos de queimados em Portugal continental é o seguinte:
Nº de camas de UCI enquanto percentagem da população residente
Quadro 239. Camas das Unidades de Queimados Face à População Residente
ARS População
Censos 2011
Nível das Unidades de Queimados
Nº de Camas Cuidados
Intensivos de Queimados
Camas de UCI Queimados por
100.000 Hab. I II III NR
Alentejo 509.849 0 0 0 0 0 0
Algarve 451.006 0 0 0 0 0 0
Centro 1.737.216 0 0 1 0 5 0,3
Lisboa e Vale do Tejo
3.659.868 0 0 1 1 12 0,3
Norte 3.689.682 0 0 1 0 5 0,1
Portugal Continental
10.047.621 0 0 3 1 22 0,2
0,3
0,6
0,5
0,5
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
339
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 120. Camas das Unidades de Queimados
De acordo com as respostas recebidas há 1 cama de CI de queimados encerrada em Portugal
Continental.
Relação entre as UCI existentes e o tipo de urgências das instituições onde estão sediados
Da análise do Quadro 240 constata-se que todas as UCI de queimados existem em Hospitais com
Serviços de Urgência Polivalente. A multidisciplinariedade encontrada nos SUP é fundamental para a
abordagem dos diferentes problemas associados ao tratamento do doente grave. Por outro lado, a
existência de um transporte inter-hospitalar polivalente dedicado permite a centralização de cuidados,
com ótimos níveis de segurança, bem como de gestão de recursos.
Quadro 240. Relação existente entre o nível de Unidades de Queimados existentes e o tipo de urgência das entidades
hospitalares
ARS Entidades Hospitalares
Nível das
Unidades de
Queimados
Tipo de Urgência
da Entidade
Hospitalar
Organização
Departamental da
UCI
Centro CH Universitário de Coimbra III SUP Autónoma
Lisboa e Vale do Tejo CH Lisboa Central NR SUP Integrada
CH Lisboa Norte III SUP Autónoma
Norte CH S. João III SUP Autónoma
22
1
Lotação Praticada
Camas Encerradas
340
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Análise de Movimento e Produção
Doentes saídos, dias de internamento, demora média e taxa de ocupação das UCI de
queimados por Região de Saúde
Figura 121. Doentes Saídos por Cama das Unidades de Queimados
Figura 122. Demora Média das Unidades de Queimados
0 0 0
307,3 295,0
234,7
0
50
100
150
200
250
300
350
ARS do Alentejo
ARS do Algarve
ARS Centro ARS de Lisboa e Vale do
Tejo
ARS Norte Portugal Continental
28,8
30,1
29,2
28
28,5
29
29,5
30
30,5
ARS do Alentejo
ARS do Algarve
ARS do Centro
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
341
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 123. Taxa de Ocupação das Unidades de Queimados
Análise de meios técnicos e estruturas
Existência de quartos de isolamento por cama de UCI de queimados
A existência numa UCI de queimados de quartos de isolamento, se possível com pressão positiva e/ou
negativa, são uma mais-valia, nomeadamente para a prevenção das infeções associadas aos cuidados
de saúde. Em Portugal Continental há 10 quartos de isolamento nas diferentes UCI de queimados
Figura 124. Percentagem de Quartos de Isolamento por Cama de Unidade de Queimados por Região de Saúde
84,2% 80,8%
64,3%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
ARS do Alentejo
ARS do Algarve
ARS do Centro
ARS de Lisboa e
Vale do Tejo
ARS Norte Portugal Continental
20,0%
33,3%
100,0%
45,5%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Centro Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
342
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quartos com pressão positiva por UCI de queimados
Figura 125. Quartos de isolamento com pressão positiva por unidade de Queimados por Região de Saúde
Tipologia da Monitorização existente
Pela análise do Quadro 241 verifica-se que as unidades de cuidados intensivos de queimados dispõem
de um razoável nível de tecnologia de monitorização. De realçar que este tipo de monitorização em
falta pode ser discutível, podendo ser útil em algum tipo de doentes que existam em algumas unidades,
não existindo evidência polivalente para a sua utilização.
Quadro 241. Percentagem de Unidades de Queimados por tipologia de monitorização nas ARS Centro, LVT e Norte
Tipologia da
Monitorização
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com
cada Monitorização
Monitorização
Hemodinâmica NR 100,0% 100,0%
Monitorização Ventilatória NR 100,0% 100,0%
ETCO2 NR 100,0% 100,0%
Pressão Intra-Arterial NR 100,0% 100,0%
Pressão Venosa Central NR 100,0% 100,0%
2
1
4
2
1
3
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Lisboa e Vale do Tejo
Norte Portugal Continental
Unidades de Queimados 1
Nº de UCI com Quartos de Isolamento com Pressão Positiva NR
343
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Tipologia da
Monitorização
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com cada
Monitorização
% de Unidades de
Queimados com
cada Monitorização
Pressão Intracraniana NR 0,0% 0,0%
Pressão Intra-Abdominal NR 100,0% 0,0%
Débito Cardíaco (PICCO
ou Outro) NR 50,0% 100,0%
BIS NR 50,0% 100,0%
NIRS NR 0,0% 100,0%
EEG Contínuo NR 0,0% 100,0%
Máquina de Gases de
Sangue NR 100,0% 100,0%
Doseamento de Fármacos
e Tóxicos NR 100,0% 0,0%
Maca de Transporte com
Ventilação Mecânica
(Caraterísticas Iguais UCI)
NR 50,0% 100,0%
Quadro 242. Percentagem de Unidades de Queimados por técnica terapêutica nas ARS Centro, LVT e Norte
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
Ventilação Mecânica
Invasiva NR 100,0% 100,0%
Ventilação Mecânica não
Invasiva NR 100,0% 100,0%
Ventilação de Alta
Frequência (VOAF) NR 50,0% 0,0%
Ventilação com NAVA NR 0,0% 0,0%
Óxido Nítrico NR 0,0% 0,0%
Carro de Reanimação NR 100,0% 100,0%
344
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Técnicas Terapêuticas
Centro Lisboa e Vale do Tejo Norte
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
% de Unidades de
Queimados com cada
Técnica Terapêutica
Desfibrilhador NR 100,0% 100,0%
Pacemaker NR 100,0% 0,0%
Hemodiafiltração NR 100,0% 100,0%
Plasmaferese NR 100,0% 0,0%
Hemodiálise NR 50,0% 100,0%
Diálise Peritoneal NR 50,0% 100,0%
ECMO NR 0,0% 0,0%
MARS NR 0,0% 0,0%
Hipotermia NR 0,0% 100,0%
Tal como se pode observar no Quadro 243 a distribuição de médicos pelos diferentes turnos, de
manhã, tarde e noite, à semana, fins de semana e feriados é muito similar nas diferentes unidades de
cada região de saúde.
Quadro 243. Número de médicos por turno, semana e fim de semana, por Região de Saúde
ARS
Nível das Unidades
de Queimados Nº de
Camas
Cuidados
Intensivos
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Dia
de Semana
Nº de
Médicos no
Turno da
Manhã, Fim
de Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos
no Turno
da Tarde,
Dia de
Semana
Nº de
Médicos
no Turno
da Tarde,
Fim de
Semana
ou Feriado
Nº de
Médicos no
Turno da
Noite, Dia de
Semana
Nº de
Médicos
no Turno
da Noite,
Fim de
Semana
ou Feriado
I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 4 2 2 2 2 2
Lisboa e Vale
do Tejo 0 0 1 1 12 4 2 2 2 2 2
Norte 0 0 1 0 5 3 2 1 1 1 1
Portugal
Continental 0 0 3 1 22 11 6 5 5 5 5
345
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Nº de intensivistas por nível de UCI
Quadro 244. Número de médicos intensivos por nível de Unidades de Queimados por Região de Saúde
ARS
Nível das Unidades
de Queimados
Nº de Camas
Cuidados
Intensivos
Nº ETC de
Intensivistas
Nº ETC de Não
Intensivistas Nº ETC Total
I II III NR
Centro 0 0 1 0 5 0,00 10,00 10,00
Lisboa e Vale do Tejo 0 0 1 1 12 0,50 3,20 3,70
Norte 0 0 1 0 5 0,00 3,29 3,29
Portugal Continental 0 0 3 1 22 0,50 16,49 16,99
Análise dos Custos de Funcionamento das UCI’S de Queimados
A análise de custos deste tipo de unidades envolve especificidades própria pelo que não será feita
nenhuma análise específica. Optamos no entanto por plasmar os dados recolhidos a título informativo.
Figura 126. Custos das Unidades de Queimados por entidade hospitalar da ARS Norte
26.399,29 €
258.713,00 €
876,99 € 0,00 €
50.000,00 €
100.000,00 €
150.000,00 €
200.000,00 €
250.000,00 €
300.000,00 €
Custo por Doente Saído
Custo por Cama Custo por Dia de Internamento
CH S. João
346
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 127. Custos por Doente Saído - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Figura 128. Custos por Cama - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
15.185,42 €
22.579,33 €
17.842,61 €
0,00 €
5.000,00 €
10.000,00 €
15.000,00 €
20.000,00 €
25.000,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
177.886,37 €
207.729,86 €
190.321,16 €
160.000,00 €
165.000,00 €
170.000,00 €
175.000,00 €
180.000,00 €
185.000,00 €
190.000,00 €
195.000,00 €
200.000,00 €
205.000,00 €
210.000,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
347
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 129. Custos por Dia de Internamento - Unidade de Queimados da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Quadro 245. Custos das Unidades de Queimados por Região de Saúde
547,82 €
734,03 €
619,27 €
0,00 €
100,00 €
200,00 €
300,00 €
400,00 €
500,00 €
600,00 €
700,00 €
800,00 €
CH Lisboa Central CH Lisboa Norte ARS de Lisboa e Vale do Tejo
Custos das Unidades de Queimados
Pessoal Consumos Subcontratos
Fornecimento e
Serviços
Externos
Outros Custos Total
ARS do Alentejo 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
ARS do Algarve 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
ARS Centro NR NR NR NR NR
ARS de Lisboa e Vale do Tejo 1.317.064,19 € 847.295,95 € 42.526,42 € 0,00 € 76.967,32 € 2.283.853,88 €
ARS Norte 916.712,00 € 257.193,00 € 1.880,00 € 38.089,00 € 79.691,00 € 1.293.565,00 €
Portugal Continental 2.233.776,19 € 1.104.488,95 € 44.406,42 € 38.089,00 € 156.658,32 € 3.577.418,88 €
ARS
348
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 246. Número de Unidades de Queimados por 10.000Km2 e Camas de Queimados por 100.000 Hab. por Região de
Saúde
ARS População
Censos 2011
Nível das Unidades de Queimados Nº de Camas
Cuidados Intensivos de Queimados
Nº de Unidades
de Queimados por 10.000
Km2
Camas de UCI
Queimados por 100.000
Hab. I II III NR
Alentejo 509.849 0 0 0 0 0 0 0
Algarve 451.006 0 0 0 0 0 0 0
Centro 1.737.216 0 0 1 0 5 0,4 0,3
Lisboa e Vale do Tejo 3.659.868
1 1 12 1,6 0,3
Norte 3.689.682 0 0 1 0 5 0,5 0,1
Portugal Continental 10.047.621 0 0 3 1 22 0,4 0,2
Figura 130. Camas de Queimados por 100.000 Hab.
0,3
0,3
0,1
0,2
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
349
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
9. ARTICULAÇÃO COM OS VÁRIOS NÍVEIS ORGANIZATIVOS DO SERVIÇO NACIONAL DE
SAÚDE
Por definição e missão cabem às UCI dois níveis de articulação dentro do sistema nacional de saúde:
1. Nível interno, de apoio ativo a todas as atividades do hospital em que se encontram
localizadas, nas tarefas que, de dia para dia, se enquadram (total ou parcialmente) no âmbito
das funções, competências e saberes da Medicina Intensiva.
2. Nível externo, de referenciação de outras Unidades Hospitalares segundo os mapas de
referenciação e a diferenciação e experiência de cada hospital (quer em termos de
referenciação secundaria quer terciária),
A crescente diferenciação da Medicina no geral e da medicina hospitalar em particular tem vindo a
originar um conjunto de novas tarefas e responsabilidades, muitas das quais passam pela Medicina
Intensiva, pelos intensivistas e pelas Unidades de Cuidados Intensivos. A especialização de cuidados e
a subespecialização tem levado a uma crescente necessidade de recursos diferenciados e como tal a
uma maior dependência de níveis de diferenciação e de especialistas.
Os cuidados intensivos são um bom exemplo desta mudança de paradigma no sentido da maior
diferenciação, subespecialização e interdependência de saberes.
Existe pois um nível de articulação de cuidados intra-hospitalar que começa na própria instituição. De
acordo com o modelo vigente em cada instituição bem como a sua dimensão e diferenciação e
complexidade várias são as áreas da atividade hospitalar onde a Medicina Intensiva é chamada a
participar. Podem ser aqui citados vários exemplos tais como o apoio às Salas de trauma e
Emergência, a participação nas Equipas de Emergência pré e intra-hospitalar e na transplantação (quer
em caso de dadores em morte cerebral quer a curto prazo nas situações de doação em coração
parado). As atividades de consultadoria a doentes graves em outros setores hospitalares, as vias de
acesso preferencial (e.g. Sépsis, trauma), o apoio a doentes com hospitalização domiciliar dependentes
de tecnologia de suporte vital (e.g. ventilação domiciliária), participação em decisões éticas extra UCI, o
transporte inter-hospitalar, a formação e ensino em Medicina Intensiva para intensivistas e não
350
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
intensivistas, a participação em Comissões de Catástrofe são outras áreas onde a Medicina Intensiva é
regularmente chamada a participar.
O nível de articulação inter-hospitalar, seja a nível regional quer nacional passa por um outro rol de
atividades que importa relevar. A referência secundária e terciária de doentes é talvez o nível principal
de cuidados a nível da articulação de cuidados com outras instituições. A Formação e Ensino em
Medicina Intensiva, atividades de assessoria e planeamento ao nível do sistema de saúde, apoio
telefónico ou por telemedicina a colegas de outras instituições, etc., surgem igualmente como áreas de
atuação que importa relevar.
O apoio que as Unidades de Cuidados Intensivos e os seus profissionais podem garantir a outras
unidades menos diferenciadas, incluindo outras UCI constitui uma atividade relevante que importa
ressalvar. Um apoio que se pode estender a uma maior diferenciação técnica e tecnológica bem como
á disponibilização de técnicas que pelas suas características devem estar mais concentradas.
Uma rede de referenciação de cuidados intensivos é pois hoje uma necessidade imperiosa de forma a
garantir os melhores níveis de cuidados. O estabelecimento claro de uma tipificação atualizada no que
se refere à diferenciação dos cuidados e a sua hierarquização na prestação de cuidados é cada vez
mais uma imperiosidade.
Igualmente relevante é a articulação com o INEM de forma a permitir encontrar as melhores soluções
no mais curto espaço de tempo com vista a permitir um eficaz nível de serviço e de prestação de
cuidados, quer no âmbito do transporte primário quer secundário.
351
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
10. ANÁLISE DE EVOLUÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE NECESSIDADES DE CAMAS DE UCI
ATÉ 2020
Os cuidados de saúde no domínio dos cuidados intensivos caracterizam-se por quatro fatores
essenciais:
- elevada diferenciação e complexidade
- recursos humanos altamente diferenciados a nível médico e de enfermagem
- atividade multiprofissional e multidisciplinar
- relação entre o volume e os custos e os resultados de uma UCI
Destes fatores resulta um custo elevado, quer nos aspetos técnicos da atividade quer sobretudo nos
aspetos relacionados com consumo de meios humanos, especializados e preparados para as tarefas
que lhes são exigidas.
Constitui hoje um pressuposto, aceite internacionalmente, que a evolução da prestação de cuidados de
saúde nos próximos anos irá implicar um nível mais elevado de garantia da disponibilidade de cuidados
intensivos. Tal evolução decorre essencialmente do aumento da esperança de vida associado ao facto
de que o aumento de idade se associa a um aumento de complexidade e das comorbilidades dos
doentes com o decorrente aumento do número de episódios de internamento por doente.
De acordo com alguns relatórios internacionais, já aqui referidos, a situação de Portugal no que se
refere à disponibilização de cuidados em medicina intensiva encontra-se abaixo daquela que é a
mediana dos países europeus.
Torna-se pois óbvio que a evolução nacional em recursos em cuidados intensivos dos próximos anos
será condicionada pela necessidade de garantir mais cuidados em medicina intensiva. Uma
capacidade reduzida em cuidados intensivos é motivo de múltiplas desconformidades inaceitáveis em
sociedades desenvolvidas. Cancelamento de cirurgias programadas, incapacidade de participação em
programas de recolhas de órgãos, impossibilidade de resolver morbilidades não expectáveis mas com
352
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
alta probabilidade de reversão, transferências inadequadas e altas demasiadamente precoces são
exemplos claramente indiciadores de má prática.
A rápida evolução e desenvolvimento deste tipo de cuidados associada a deficiências históricas de
planeamento em saúde levaram a que em Portugal raramente existiu, por parte das autoridades de
saúde, a preocupação de avaliar e planear a médio prazo a evolução de cuidados intensivos de forma
consistente e sustentada. Este planeamento no domínio dos cuidados intensivos assume uma
relevância especial sobre outros tipos de cuidados devido essencialmente aos três fatores acima
referidos. Releve-se igualmente que ao contrário de outras áreas da prestação de cuidados a abertura
de camas de cuidados intensivos está muito dependente da disponibilidade de recursos humanos com
competência neste domínio. E este é um fator limitativo que impede a abertura rápida de camas e
implica uma planificação rigorosa de formação neste domínio, especialmente a nível médico.
O ponto de partida para este planeamento é, de acordo com o presente relatório, o seguinte:
Quadro 247. Unidades de Cuidados Intensivos
UCI ARS
Alentejo Algarve Centro LVT Norte Total
Pediátricos - Nível II e III 0 1 1 4 2 8
Pediátricos – Nível I 0 0 0 1 1 2
Polivalentes de Adultos - Nível II
e III 3 2 7 22 16 50
Polivalentes de Adultos – Nível I* 0 0 1 4 0 5
Coronários** 0 1 6 5 6 18
Cardiotorácicos 0 0 1 2 2 5
Queimados 0 0 1 2 1 4
Nota: * Não inclui unidades de cuidados intermédios na dependência direta de uma UCI;
** Inclui unidades de Nível I
353
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 248. Camas de Cuidados Intensivos
UCI ARS
Alentejo Algarve Centro LVT Norte Total
Pediátricos – Nivel I, II e III 0 3 12 32 16 63
Pediátricos - Nível II e III 0 3 12 27 12 54
Pediátricos – Nível I 0 0 0 5 4 9
Polivalentes de Adultos - Nível I,
II e III 20 38 73 227 186 544
Polivalentes de Adultos - Nível II
e III 20 28 65 205 149 467
Polivalentes de Adultos – Nível I 0 10 8 22 37 77
Coronários* 0 6 36 47 45 134
Cardiotorácicos 0 0 6 21 20 47
Queimados 0 0 5 12 5 22
Nota: * Inclui unidades de Nível I
Constata-se pois que Portugal tem os seguintes ratios de camas de cuidados intensivos por 100.000
habitantes:
- Camas de cuidados intensivos pediátricos (nível I, II e III) = 3,5
- Camas de cuidados intensivos pediátricos (nível II e III) = 3
- Camas de cuidados intensivos de adultos (nível I, II e III) = 6,59
- Camas de cuidados intensivos de adultos (nível II e III) = 5,66
No que se refere à Taxa de Ocupação os valores são os seguintes:
- Camas de cuidados intensivos pediátricos: 66,6 %
- Camas de cuidados intensivos de adultos: 75,6%
No que se refere à Demora Média os valores são os seguintes:
- Camas de cuidados intensivos pediátricos: 7 dias
- Camas de cuidados intensivos de adultos: 6,8 dias
354
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Destacam-se, como já vimos grandes assimetrias regionais, num total global entre os mais baixos da
Europa, a par de países como o Reino Unido, Holanda, Irlanda ou Grécia e abaixo da mediana
europeia. Destaca-se que só a ARS do Algarve se aproxima da Mediana europeia (11.5/100.000
habitantes), estando 2 das 5 ARS em último lugar da Europa.
Figura 131. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes por 100.000 habitantes de 18 e mais anos (inclui camas de
cuidados intermédios)
Figura 132. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes de Adultos, incluindo as camas de unidades monovalentes
4,65
10,25
5,02
7,59
6,18
6,59
Alentejo
Algarve
Centro
LVT
Norte
Portugal Continental
20
44
120
307
256
747
Alentejo
Algarve
Centro
LVT
Norte
Portugal Continental
355
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Há ainda que ressalvar que foram abertas algumas camas de cuidados intensivos polivalentes, fora do
período que este relatório abrange, nomeadamente nos novos Hospitais de Loures ou de Vila Franca
de Xira. Da mesma forma ocorreram posteriormente a este levantamento algumas reorganizações de
unidades como as ocorridas no CHUC, no CHLC ou no CHLN. Por coerência metodológica não foram
as mesmas incluídas nesta análise. Devem no entanto vir a ser tidas em conta aquando de uma análise
mais fina e de características micro.
+
Figura 133. Camas de Cuidados Intensivos Polivalentes Pediátricas por 100.000 habitantes com menos de 18 anos (inclui
camas de intermédios
De igual modo ao observado nos adultos, na pediatria constata-se uma significativa assimetria regional
na distribuição de camas de cuidados intensivos pediátricos.
Tal como pode ser observado na Figura 133 a Região do Alentejo não tem qualquer cama de cuidados
intensivos pediátricos disponível e a diferença entre as outras regiões é significativa, com números que
variam desde 2,4 a 4,8 camas por 100.000 habitantes com menos de 18 anos.
Tal fenómeno implica frequentemente a transferência inter-regional de doentes, com enorme transtorno
para os doentes e seus familiares.
0,0
3,7
4,2
4,8
2,3
3,5
Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Norte
Portugal Continental
356
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Um transporte inter-hospitalar pediátrico que garanta uma transferência em tempo útil, em qualidade e
condições de segurança e a existência de polos de reanimação pode minorar este transtorno e permitir
uma centralização dos cuidados intensivos pediátricos em Unidades de nível III, com correspondente
melhoria de eficácia e eficiência, bem como de uma relação custo-benefício mais favorável.
Existem provas de uma redução da mortalidade e da morbilidade, bem como da melhoria de alguns
indicadores de avaliação de qualidade dos cuidados prestados pelas UCI´s pediátricas centralizadas
com maior número de camas.
A questão que se coloca e para a qual este relatório tenta dar resposta é:
- Que unidades e número de camas de cuidados intensivos é necessário Portugal dispor para o pais
que somos e que queremos ser?
A resposta a esta pergunta é construída na assunção clara de separação entre unidades de cuidados
intensivos pediátricos e de adultos.
CUIDADOS INTENSIVOS DE ADULTOS:
Para responder a esta pergunta a nossa opção foi olhar para dados comparativos internacionais.
O estudo mais completo, publicado na literatura internacional, reporta-se a 2009 e mostra-nos a
seguinte situação:
357
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Figura 134. Variação global de camas UCI na Europa por 100.000 habitantes
358
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 249. Número de camas de agudos, cuidados intensivos e cuidados intermédios por 100.000 habitantes na Europa
Fonte: Rhodes A, Ferdinande P, Flaatten H, Guidet B, Metnitz PG, Moreno RP, (2012) The variability of critical care bed numbers in Europe. Intensive Care Medicine 38: 1647-1653
A análise comparativa destes números, no que se refere ao número de camas de cuidados intensivos
de adultos, com a portuguesa pode ser feita através de duas comparações possíveis:
- Com a mediana europeia
- Com os valores de países europeus com sistemas de saúde e PIB per capita aproximados de
Portugal tal como já utilizado no Relatório “Uma rede hospitalar mais coerente” (Eslováquia,
Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Polónia, Reino Unido e
República Checa)
A mediana europeia apresentada neste estudo para o número de camas de UCI de adultos é de 11,5
Os valores para o mesmo indicador nos países referidos são os seguintes:
359
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 250. Número de Camas de UCI Adultos/ 100.000 habitantes
Pais Nº de camas de UCI adultos/
100.000 habitantes
1. Eslováquia, 9,2
2. Eslovénia, 6,4
3. Espanha, 9,7
4. Estónia, 14,6
5. Finlândia, 6,1
6. Grécia, 6,0
7. Hungria, 13,8
8. Itália, 12,5
9. Polónia, 6,9
10. Reino Unido 6,6
11. República Checa 11,6
Mediana 9,2
Fonte: Rhodes A, Ferdinande P, Flaatten H, Guidet B, Metnitz PG, Moreno RP, (2012) The variability of critical care bed numbers in Europe. Intensive Care Medicine 38: 1647-1653
Pode-se pois constatar que neste subgrupo existe igualmente uma grande assimetria com valores a
variarem entre 6 e 14,6, sendo a mediana 9,2. Ao analisar este subgrupo constata-se que dos onze
países só 4 estão acima da mediana europeia e que a mediana destes países é 2,3 pontos abaixo da
global.
Há ainda que ressalvar de que, na recolha de dados para este estudo, foi identificado claramente que
alguns países incorporaram os dados referentes a camas de cuidados intermédios, ao contrário de
Portugal. Ressalva-se ainda e como que descrito na metodologia do referido artigo há países em que
não existe uma destrinça clara entre camas de cuidados intermédios e de intensivos. Por outro lado a
separação na contabilidade de camas entre camas polivalentes e monovalentes não é uniforme em
toda a Europa. Tal facto leva a que as duas medianas obtidas se encontram necessariamente elevadas
num valor não quantificado.
Desta forma podemos estabelecer comparações e metas com um comparador internacional e
devidamente ajustado a países comparáveis a Portugal.
360
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Os cálculos que se seguem têm em consideração somente camas de nível II e III.
Caso se opte por uma meta muito ambiciosa poder-se-ia optar por uma meta da mediana europeia
global. Tal opção levaria a que Portugal necessitaria de dispor de 949 camas de adultos contra as 747
atuais (nível I, II e III polivalentes e monovalentes de nível I, II e III) necessitando pois de um acréscimo
de 202 camas.
Caso se opte por uma meta mais realista e ajustada aos países com economias semelhantes à nossa
poder-se ia optar por uma meta da mediana europeia global ajustada. Tal opção levaria a que Portugal
necessitaria de dispor de 759 camas de adultos contra as 747 atuais necessitando pois de um
acréscimo de 12 camas. Esta segunda opção permitiria a Portugal estar na metade da frente dos
países no que se refere à disponibilidade de camas de cuidados intensivos entrando decisivamente no
grupo dos países mais desenvolvidos da Europa.
A opção de juntar camas de polivalentes de nível II e III é hoje claramente assumida na literatura. A
opção por juntar, para este cálculo, as camas de nível intermédio e as monovalentes às de nível II e III,
e só para esse efeito, resulta exclusivamente de que a comparação incluiu, em muitos países esta
tipologia de camas tal se encontra explicitamente descrito na bibliografia utilizada.
Este objetivo constitui o valor mais baixo que deve ser utilizado como meta até 2020 de forma a
podermos afirmar que o nosso SNS dispõe de capacidade em camas de cuidados intensivos de acordo
com os patamares internacionais. Importa referir que este acréscimo de cama corresponde ao mínimo
que devemos programar de forma a podermos ser comparados com números internacionais.
Há no entanto que referir supletivamente que a tendência internacional é de aumentar o número de
camas de cuidados intensivos de acordo com o progressivo aumento de procura.
Há no entanto quem entenda que, este número pode ser otimizado, como é defendido por outros
países, por outras medidas tais como a gestão conjunta de camas de nível II e III com as de nível I,
relação ideal de profissionais com diferenciação em medicina intensiva, entre outras. Este aumento é
361
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
no entanto contrabalançado com a diminuição sistemática de doentes vítimas de acidentes de viação e
que levará a uma menor ocupação de camas de cuidados intensivos por esta tipologia de doentes.
O equilíbrio entre aumento e diminuição de procura entre as diferentes tipologias de doentes de
cuidados intensivos não está suficientemente estudada e dificilmente poderá originar um racional que
permita afirmar com certeza a margem correta de evolução.
Parece-nos igualmente racional partir de uma base comparativa com os países com realidades
semelhantes ao nosso.
Nesse pressuposto assumimos uma mediana de 9,2 camas UCI/ 100.000 habitantes.
Com este valor de referência Portugal necessita de um total de 759 camas. Assumindo que nos
próximos anos existirá um acréscimo de necessidades de cuidados intensivos estabelecemos um
acréscimo de 1,5% ao ano para os próximos 6 anos o que totalizaria um acréscimo de 9% de camas
até 2020, o que nos permitiria passar de 759 para 827 camas. Tal evolução permitia-nos atingir um
valor de 10 camas por 100.000 habitantes.
Para calcularmos o diferencial de camas a abrir e considerando o atual número total de camas de
cuidados intensivos (camas de cuidados polivalentes e monovalentes de nível I, II e III) chegamos a
uma necessidade no valor de 80 camas.
Importa referir que este valor não tem em conta a margem que pode decorrer de uma melhor utilização
das atuais camas e de uma melhor rentabilização da globalidade dos recursos disponíveis. Será pois
de perspetivar que este patamar deverá ser encarado sempre como um patamar máximo assumindo
que estávamos no limiar da eficiência e de que não tínhamos margem de melhoria.
Importa igualmente avaliar o impacto das unidades que não responderam a este inquérito e as novas
unidades que abriram após o período de análise deste relatório.
362
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Considerando os elevados custos associados a este tipo de cuidados é pois um imperativo analisar a
nossa margem de melhoria de forma a poder calcular com realismo as necessidades efetivas.
Este crescimento deverá ser equilibrado com um crescimento sistemático e devidamente planeado do
número de camas de cuidados intermédios, garantindo a sua gestão conjunto com as camas de nível II
e III evitando soluções isoladas e com menor rendimento, bem como por um conjunto de medidas
descritas no capítulo das recomendações.
Importa salvaguardar em todas estas projeções que os cálculos efetuados não têm em conta o número
de camas disponíveis no sector privado e social. Ainda que esse número seja em muito inferior ao
disponível no SNS não pode ser ignorado.
Classicamente foi também utilizado como indicador de planeamento a relação entre camas de cuidados
intensivos e as camas de agudos. Este indicador caiu gradualmente em desuso devido à relevância
que assumem atualmente as diferenças de case-mix, da complexidade e das diferentes carteiras de
serviços de cada instituição (2003 - M.S.Nielson)
No desenvolvimento do planeamento das necessidades importa igualmente ter em consideração o
case-mix de cada ARS e cada Unidade hospitalar. O Quadro 251 descreve os valores de case mix das
diferentes ARS em 2012 e permite concluir pela existência de diferenças entre elas, facto este que
deverá ter implicações nos ratios de camas de cuidados intensivos disponíveis.
Quadro 251. Case Mix por Região de Saúde (2012)
ARS ICM internamento global ICM internamento médico ICM internamento
cirúrgico
Alentejo 0,9742 0,0192 0,7497
Algarve 1,0261 0,0108 0,7525
Centro 1,0728 0,0216 0,8129
LVT 1,1960 0,0162 0,8573
Norte 1,0848 0,0181 0,7581
Fonte: ACSS
363
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Importa analisar de forma particular as duas regiões mais pequenas de forma particular e distinta. A
região do Algarve deve ser analisada na perspetiva de que a sua população tem uma oscilação sazonal
muito relevante e que por outro lado, a par do Alentejo, drenam um número substancial de patologia
complexa para a ARSLVT. Tal facto leva a que o planeamento de cuidados deve ter este dado em
consideração e ponderadas soluções específica para estas regiões.
A baixa dimensão de população e a dispersão geográfica de unidades hospitalares da região do
Alentejo leva a que seja aconselhável o enquadramento das mesmas com outras unidades das três
regiões limítrofes.
Importa pois que ao definir as necessidades de cada unidade hospitalar seja considerado igualmente o
fluxo de doentes, considerando que há que valorizar não a porta de entrada mas sim o local efetivo de
tratamento. Tal facto leva objetivamente ao crescimento de necessidades da ARSLVT sobre as outras
ARS se considerarmos que esta ARS recebe um número significativo de doentes das ARS do Algarve
e do Alentejo.
Ao analisar o planeamento de camas será igualmente necessário definir a proporção de crescimento
entre camas de nível I e II/ III. Não existe atualmente consenso sobre essa proporcionalidade. Existem
alguns documentos que recomendam um ratio de 1 cama de cuidados intermédios para cada 2 camas
de cuidados intensivos. Existe no entanto algum consenso em que as camas de cuidados intermédios
devem estar sob a gestão conjunta de uma unidade de cuidados intensivos.
Há ainda que ter em conta um conjunto de outras questões relevantes para uma maior correção na
resposta a formular:
Temos taxas de ocupação tão frequentemente acima do desejável que há muitos doentes a quem
é negado o acesso a tratamento na UCI? Revendo a parte inicial do relatório a resposta é não.
.
A nossa pretensa necessidade é fruto de deficiências nos serviços de urgência e internamento dos
hospitais? Se sim então é preciso mudar todo o funcionamento do sistema de saúde, em que cada
vez mais todos os hospitais competem para fazer o mesmo (obter financiamento através do
atendimento dos doentes menos graves nos serviços de urgência, ocupando os internamentos com
doentes cirúrgicos de ambulatório – financiamento através do SIGIC, etc.)
364
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Aumentar o número de camas de CI melhora a equidade no acesso? O aumento de oferta leva
sempre ao aumento de procura, não necessariamente à boa utilização dos recursos. Portanto este
aumento deve ser fundamentado na qualidade dos cuidados (que indicadores devem ser utilizados
e disponibilizados) e num modelo sustentável.
Existe a necessária agilidade na passagem de camas de intermédios a intensivos e vice-versa?
Deveria haver mecanismos que garantissem que camas de intensivos pudessem ser usadas como
intermédios e vice-versa (apenas alterando o rácio de profissionais/doentes).
CUIDADOS INTENSIVOS PEDIÁTRICOS
O planeamento das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos tem especificidades bastante
complexas, existindo apenas um estudo de benchmarking Europeu, datado de 2002, Quadro 252, que
permite ajudar nas projecções sobre as necessidades de cuidados intensivos pediátricos.
Da análise ressalta uma grande assimetria na distribuição do número de camas de cuidados intensivos
pediátricos entre os diferentes países Europeus, com valores que variam de 0,42 até 11,7 camas por
100.000 habitantes com idade inferior aos 18 anos. Portugal, com 4,0 camas, apenas é ultrapassado
pela Suiça, Holanda, Eslovénia e Eslováquia. Este estudo , realizado há 12 anos, não traduz
seguramente a realidade actual.
365
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Quadro 252. Pediatric intensive care: result of a European survey. Nipshagen MD, Polderman KH, DeVictor D, Gemke
RJBJ. Intensive Care Med. (2002) 28: 1797-1803
A atual situação portuguesa pode ser constada no Quadro 173 nas figuras 62 e 134.
No contexto atual, em Portugal Continental, são vários os fatores a considerar quando se pretende
identificar as necessidades em camas de cuidados intensivos pediátricos:
Alguns, favorecedores da abertura de camas, são:
- Assimetria regional na distribuição das camas de cuidados intensivos pediátricos, com regiões
com 1,8 camas por 100.000 crianças com < 18 anos, o que se verifica na região Norte, e outras
com 4,2 camas para igual número de crianças, tal como o verificado na região Centro.
- Regiões com população emigrante elevada, por vezes difícil de contabilizar oficialmente, tal
como o verificado na região de Lisboa e Vale do Tejo.
366
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
- Aumento do número de doentes com patologia crónica, com problemas clínicos complexos,
que motivam uma elevada demora média.
- Abertura dos Serviços/UCI´s pediátricas a novos doentes, nomeadamente pós-operatórios
cardíacos, doentes neonatais para ECMO, doenças emergentes, etc.; a utilização crescente
em pediatria de procedimentos diagnósticos e terapêuticos mais invasivos, motivam também a
procura de cama de cuidados intensivos pediátricos para monitorização intensiva dessas
crianças.
- Sazonalidade – a vulnerabilidade das crianças em idades mais precoces, muitas das quais
com cardiopatias congénitas, outras malformações ou doenças neurológicas, faz com que nos
meses de inverno a procura de camas de CIP seja elevada.
- Exigência atual por uma assistência clínica diferenciada e segura que motiva uma procura
elevada e precoce de uma cama de cuidados intensivos.
- Centros de referênciação para determinadas patologias, nomeadamente cardiologia pediátrica,
traumatologia pediátrica, neurocirurgia, hemato-oncologia e transplantação. Tal, obriga a maior
disponibilidade de camas de forma a dar resposta pronta e adequada às solicitações.
- Baixa disponibilidade de camas de cuidados intermédios, quer anexadas às UCI´s quer aos
Serviços de Pediatria, que de acordo com as respostas ao inquérito representam apenas 16%
das camas de cuidados intensivos pediátricos quando as recomendações internacionais são de
1-2 camas de intermédios para cada cama de cuidados intensivos.
- Alargamento da idade pediátrica para os 17 anos e 364 dias verificado em 2010, sem que
tenha havido abertura de novas camas de cuidados intensivos pediátricos.
Outros, constrangedores à abertura de novas camas, podem ser identificados:
- Baixa taxa de natalidade constatada nos últimos anos em Portugal, sempre com tendência
decrescente, não se perspetivando a curto prazo uma correção desta tendência.
- Taxa de ocupação das diferentes UCI´s pediátricas nacionais inferior à idealmente
preconizada, variando entre 58,6 e 70,9%, com uma média nacional de 66,6%.
- Falta de recursos humanos diferenciados.
367
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
De forma a permitir uma decisão mais fundamentada importaria no futuro, de uma forma prospetiva e
continuada, importa monitorizar os seguintes índices:
- Número de recusas de internamento por falta de vaga.
- Número de reinternamentos.
- Número de transferências para outras Unidades do mesmo hospital (nomeadamente de
adultos), para outros hospitais ou outras regiões.
- Número de cirurgias adiadas.
Esta monitorização essencial para um planeamento correto implica a existência de um sistema
informático optimizado e fiável tal como apontado no capitulo das recomendações.
Para estimar as necessidade de camas de cuidados intensivos pediátricos (ver quadro 251) podem ser
utilizados vários métodos:
Método 1: 20 camas por milhão de habitantes com idade inferior a 18 anos
(método foi utilizado em 1998 pela Direção da Secção de Cuidados Intensivos Pediátricos da
Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Método 2: (1,12 camas por cada 1000 habitantes < 18 anos) – (40 camas por cada 10.000 recém-
nascidos) x 6%
(método foi proposto pela Sociedade Espanhola de Cuidados Intensivos Pediátricos no seu “Informe
Técnico Nº 3 – 2003).
Método 3: nº de camas necessárias = X + 1,64X.
X = nº de crianças (em milhares) x (nº de admissões por 1000 crianças) x (demora média de
internamento) / 365 x taxa de ocupação)
(método foi proposto por Milne et al (1994) e modificado por Gale Pearson (2002))
368
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
A utilização do método de Milne e Col. realça a necessidade de aumentar o número de camas em
função do número de UCI´s pediátricas existentes na região; assim, a soma das camas distribuidas
pelas diferentes regiões é superior ao resultado obtido quando se utiliza o total da população nacional
para os cálculos. No caso presente os cálculos foram realizados utilizando a população desssa região,
não tendo em consideração o número de UCI´s existentes na região. Caso tal correcção fosse
realizada o número de camas aumentaria significativamente.
Para realizar os cálculos (quadro 251) foi utilizado um número de admissões de 1,2 por cada 1000
crianças com idade inferior a 18 anos (número aceite em diversos países Europeus, embora
ligeiramente inferior ao constatado no actual relatório), uma demora média de 5,0 dias e uma taxa de
ocupação de 75% (taxa de ocupação ideal).
Exemplos de cálculos:
Método 2
ARS Alentejo: (1,12 x 80,308) - 14 x 6% = 4 camas
ARS Algarve: (1,12 x 80,302) - 18 x 6% = 4 camas
ARS Centro: (1,12 x 285,295) - 73 x 6% = 14 camas
ARS Lisboa e Vale do Tejo: (1,12 x 668,771) - 149 x 6% = 36 camas
ARS Norte: (1,12 x 681,859) - 112 x 6% = 39 camas
369
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Método 3
Admissões = 1,2; DM = 5,0; TO = 75%
ARS Alentejo: (80,308 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 1,76 camas (para satisfazer 50% da procura)
1,76 + (1,64 x 1,76) = 4 camas (para satisfazer 95% da procura)
ARS Algarve: (80,302 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 1,76 camas (para satisfazer 50% da procura)
1,76 + (1,64 x 1,76) = 4 camas (para satisfazer 95% da procura)
ARS Centro: (285,295 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 6,25 camas (para satisfazer 50% da procura)
6,25 + (1,64 x 6,25) = 10 camas (para satisfazer 95% da procura)
ARS LVT: (668,771 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 14,65 camas (para satisfazer 50% da procura)
14,65+ (1,64 x 14,65) = 21 camas (para satisfazer 95% da procura)
ARS Norte: (681,859 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 14,9 camas (para satisfazer 50% da procura)
14,9 + (1,64 x 14,9) = 21 camas (para satisfazer 95% da procura)
Portugal Continental: (1.796,535 x 1,2 x 5,0) / (365 x 0,75) = 39,37 camas (para satisfazer 50% da
procura)
39,37+ (1,64 x 39,37) = 50 camas (para satisfazer 95% da procura)
Quadro 253. Necessidades de cuidados Intensivos Pediátricos
ARS
População Residente
(Censos 2011)
Nº de
camas
Método
1
Nº de
camas
Método
2
Nº de
camas
Método
3
Camas existentes
(Questionário – 2012) Nº de
camas de
cuidados
intensivos
pediátricas
propostas
Total Menos de
18 anos
Cuidados
Intensivos
Cuidados
Intermédios
na
dependência
direta da UCI
Camas
encerra
das
Alentejo 509.849 80.308 2 4 4 0 0 0 0
Algarve 451.006 80.302 2 4 4 3 0 0 3
Centro 1.737.216 285.295 6 14 10 12 0 6 8 a 10
Lisboa e Vale
do Tejo 3.659.868 668.771 14 36 21 27 5 2 18 a 22
Norte 3.689.682 681.859 14 39 21 12 4 0 16
Portugal 10.047.621 1.796.535 38 93 50 54 9 8 45 a 51
370
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Continental
Assim, propõe-se:
ARS Alentejo: manutenção da actual situação. Com o transporte inter-hospitalar pediátrico
actualmente existente o custo-benefício da abertura de camas de cuidados intensivos pediátrico é
pouco favorável à abertura.
Tal como referido anteriormente unidade maiores, centralizadas, de nivel III, permitem que os
profissionais adquiram maior experiência no tratamento das situações de doença grave e
concomitantemente uma maior eficácia e eficiência, menor mortalidade e morbilidade e menor custo.
ARS Algarve: A especificidade regional, caracterizada por grande oscilação sazonal da população
residente e grande distância da Unidade de nível III mais próxima, justifica a manutenção da actual
situação. Parece ser benéfico manter algumas camas de cuidados intensivos pediátricos que deverão
estar integradas na Unidade neonatal (Unidade mista).
ARS Centro: Reduzir o número de camas para 8 a 10, o que corresponde sensivelmente ao
preconizado pelos métodos 1 e 3. De referir que tal deve implicar a existência de camas de cuidados
intermédios, integradas ou não, permitindo assim uma gestão mais adequada e eficiente
ARS Lisboa e Vale do Tejo: De acordo com as estimativas do método 1 e 3 o número de camas
deveria ser reduzido, embora fatores como, a elevada população emigrante por vezes difícil de
contabilizar e a abertura das Unidades a novos doentes, nomedamente neonatais para ECMO ou
doenças emergentes, deverá fazer ponderar uma redução menor do que a estimada pelo método 1.
Assim propõe-se a existência de 18 a 22 camas. Tal como referido para a região do Alentejo unidades
maiores, centralizadas, de nivel III, apresentam melhor desempenho. È conhecido, e já referido
previamente neste relatório, que quanto menor a Unidade maior o custo por doente saído e menor a
experiência adquirida no tratamento das situações graves. Nesse sentido, a redução do número de
unidades nesta região poderia resultar em melhor custo-benefício.
ARS Norte: Existe uma grande assimetria nacional na distribuição de camas de cuidados intensivos
pediátricos pelas diferentes regiões. O região Norte, com 1,8 camas por 100.000 habitante com idade
inferior a 18 anos claramente apresenta um valor inferior à média nacional.
371
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO NACIONAL DAS UCI
Assim, propõe-se a abertura de 4 novas camas de cuidados intensivos pediátricos, indo de encontro ao
avaliado pelos diferentes métodos de cálculo e contribuindo para a redução do número de
transferências para a região centro.
Deste relatório ressalta a forte n