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FARMACOLOGIA Prof. Iury Zoghaib
51

Aula Inaugural Farmaco

Apr 24, 2015

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Iury Zoghaib
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Page 1: Aula Inaugural Farmaco

FARMACOLOGIA

Prof. Iury Zoghaib

Page 2: Aula Inaugural Farmaco

CONCEITOS BÁSICOS• Farmacologia é o estudo da interação dos compostos

químicos com os organismos vivos.• Quando a farmacologia se especializa no ramo

médico, a substância química recebe o nome de droga ou fármaco, que pode ser medicamento ou tóxico.

• A farmacologia estuda o resultado da interação da droga com o sistema biológico. A resposta ou efeito dessa interação pode apresentar diversas gradações simplificadas em dois grandes tipos:– Efeito benéfico; (medicamento)– Efeito maléfico. (tóxico)

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CONCEITOS BÁSICOS• Fármaco vem do grego pharmakon que significa

não apenas a substância de uso terapêutico, mas também veneno, feitiço e influência sobrenatural ou mística.

Substância Química

(Droga)

Sistema Biológico

+

Efeito benéfico

(Droga-medicamento)

Efeito maléfico

(Droga-tóxico)Toxicologia

Farmacoterapia

(Tratamento medicamentoso)

Diagnóstico

Prevenção de doenças

(Profilaxia)

Para evitar gravidez

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SUBDIVISÕES DA FARMACOLOGIA• Farmacologia geral: estuda os conceitos básicos e

comuns a todas as drogas.

• Farmacologia especial ou aplicada: se ocupa dos fármacos reunidos em grupos de ação farmacológica similar.

• Farmacognosia: estuda a origem, as características a estrutura anatômica e composição química das drogas no seu estado natural, de matéria prima, sob a forma de órgãos ou organismos vegetais ou animais assim como dos seus extratos, sem qualquer processo de elaboração. São as drogas naturais, o que deram origem à fitoterapia.

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SUBDIVISÕES DA FARMACOLOGIA• Farmacotécnica: se ocupa da preparação das

formas farmacêuticas sob as quais os medicamentos são administrados (cápsulas, comprimidos, suspensões, etc).

• Farmacodinâmica ou farmacodinamia: estuda as ações e efeitos das drogas em organismos sãos e doentes, sendo considerada a base da farmacoterapia em conjunto com a farmacocinética.

• Farmacocinética: estuda o movimento ou caminho da droga através do organismo.

Page 6: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Dose: os efeitos das drogas não são necessariamente

idênticos em todos os organismos, podendo ainda variar para um mesmo organismo, em diferentes ocasiões. O conceito de dose portanto subordina-se à variação biológica. Dose efetiva: quantidade de droga capaz de realizar uma resposta esperada em um organismo.

• Dose efetiva mediana (DE50): é a dose necessária para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos.

• Dose letal (DL50): Quando o efeito esperado é a morte de 50% dos animais de experiência.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Índice terapêutico: define a relação DL50 / DE50.

Quanto maior o índice terapêutico de uma droga, maior sua margem de segurança.

• Posologia: estudo da dosagem ou um sistema de dosagem.

• Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento (comprimido, xarope, etc.). Na forma farmacêutica além do princípio ativo, entram outras substâncias na composição, como veículo ou excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante, preservativo, etc.

Page 8: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Droga: qualquer substância química, exceto

alimento, capaz de produzir efeito farmacológico, provocando alterações somáticas ou funcionais, benéficas (droga-medicamento) ou maléficas (droga-tóxico).

• Tóxico ou veneno: droga ou preparação com drogas que produz efeito farmacológico maléfico.

• Remédio: qualquer coisa, inclusive o medicamento, que sirva para tratar o doente (massagem, clima, sugestões, etc).

Page 9: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Terapêutica ou terapia ou tratamento: conjunto

de medidas que trata, alivia ou cura os doentes ou os ajuda a viver dentro das limitações impostas pela enfermidade. Se a terapêutica é realizada com o auxílio de medicamento, denomina-se farmacoterapia.

• Fármaco: sinônimo de droga. É a droga medicamento de estrutura química bem definida.

• Medicamento: droga ou preparação com drogas de ação farmacológica benéfica, quando utilizada de acordo com as suas indicações e propriedades.

Page 10: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Farmacopéia: livro que oficializa as drogas-

medicamentos de uso corrente e consagradas pela experiência como eficazes e úteis. Descreve testes químicos para determinar a identidade e pureza das drogas e fórmulas para certas misturas dessas substâncias.

• Medicamento oficial: é aquele que faz parte da farmacopéia.

• Medicamento oficinal: é aquele que se prepara na própria farmácia, de acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme. Ex.: tintura de iodo.

Page 11: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS

• Medicamento magistral: é aquele prescrito por profissional de saúde autorizado e preparado para cada caso, com indicação de composição qualitativa e quantitativa, da forma farmacêutica e da maneira de administração.

• Fórmula ou formulação: representa o conjunto dos componentes de uma receita prescrita pelo profissional de saúde autorizado ou então a composição de uma especialidade farmacêutica.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Especialidade farmacêutica: medicamento de

fórmula conhecida, de ação terapêutica comprovável, em forma farmacêutica estável, embalado de modo uniforme e comercializado com um nome convencional. Não é medicamento que pode ser preparado na farmácia. A especialidade farmacêutica é industrializada e sua fabricação obedece a regulamentação de natureza governamental.

• Polifarmácia: termo aplicado a fórmula farmacêutica que encerra um número muito grande de componentes, em geral sem base científica.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Pró-droga: termo usado para indicar que a

substância química precisa transforma-se no organismo a fim de tornar-se uma droga ativa.

• Iatrogenia ou iatrigênese: criação de problemas adicionais ou complicações resultantes do tratamento clínico ou cirúrgico. Alteração patológica provocada por tratamento médico errôneo ou inadvertido.

• Placebo: Palavra latina que significa eu vou agradar. Em farmacologia significa uma substância inativa administrada para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar drogas.

Page 14: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Medicação: refere-se tanto às drogas usadas no

tratamento dos pacientes como o ato ou processo de tratar-se uma condição específica com uma ou mais drogas-medicamento.

• Radiofármaco: nome aplicado à droga à qual se incorpora um átomo radioativo, ou uma radioisótopo artificial. Ex.: tecnécio-99, iodo-131.

• Uso interno: expressão tradicional para indicar a administração de medicamentos por via oral.

• Uso externo: esta expressão é às vezes usada como sinônimo de uso local ou tópico.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS

• Uso parenteral: indica o uso do medicamento por via que não seja a interna ou enteral. O uso parenteral pode ser intravenoso, intramuscular, intra-arterial, intra-raquidiano, sub-cutâneo, intra-dérmica, etc.

• Uso local: quando se deseja que o medicamento só atue no local onde é aplicado, não sendo absorvido e não atingindo a corrente sanguínea. Quando absorvido, o medicamento terá ação geral ou sistêmica.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Veículo: também chamado excipiente. Indica a

substância mais ou menos inerte de uma fórmula medicamentosa, que lhe confere consistência ou forma farmacêutica adequada.

• Biofarmacologia: neologismo para uma noção antiga e sinônimo de proterapia ou autoterapia ou terapia constitucional. Indica a modalidade terapêutica que estimula as defesas e processos curativos naturais do próprio organismo.

• Cronofarmacologia: relaciona os efeitos das drogas com a cronobiologia do organismo, de acordo com as variações circadianas, isto é, as alterações observadas no ser vivo durante o dia e a noite.

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DEFINIÇÕES PRIMÁRIAS• Etnofarmacologia: estuda a descrição e quando

existe, a investigação experimental das atividades biológicas e das substâncias ativas de origem vegetal e animal da medicina tradicional do passado e do presente.

• Autofarmacologia: termo proposto por Henry Dale para indicar a regulação química das funções corpóreas por substâncias produzidas pelos próprios tecidos.

• Imunofarmacologia: trata de mecanismos efetores fundamentais da imunidade, isto é, inflamação, fagocitose, reatividade vascular e coagulação sanguínea.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• A ciência que trata das formas farmacêuticas é a

Farmacotécnica.

• Vantagens:

– Possibilidade de administração de doses exatas das drogas;

– Proteção da droga contra a influência do suco gástrico (medicamentos em forma de drágeas, com revestimento entérico);

– Proteção contra a influência do oxigênio e umidade atmosféricos (comprimidos recobertos, ampolas fechadas);

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Vantagens:

– Mascarar sabor ou odor desagradável da droga (cápsulas, drágeas, xaropes de sabor desagradável);

– Apresentar formas farmacêuticas líquidas de substâncias que sejam insolúveis ou instáveis nos veículos habituais (suspensões);

– Apresentar preparações líquidas de substâncias solúveis nos líquidos habituais (soluções);

– Fornecer ação prolongada ou continuada da droga, através de uma forma de liberação prolongada (comprimidos, cápsulas e suspensões especialmente fabricados);

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Vantagens:

– Proporcionar ação adequada da droga através de administração tópica (ungüentos, cremes, preparações para uso nasal e otológico);

– Facilitar a colocação da droga em um dos orifícios do corpo (supositórios e óvulos);

– Facilitar a deposição de drogas na intimidade dos tecidos do corpo (injeções);

– Proporcionar ação adequada da droga através da terapêutica inalatória (inalantes, aerossóis).

• O tipo de forma farmacêutica, em dado caso clínico, depende das características do paciente e da doença.

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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

• Para uso interno – Via oral:– Sólidos

• Pós• Aglomerados

–Pílulas–Pastilhas–Comprimidos–Cápsulas–Drágeas–Granulados

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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

• Para uso interno – Via oral:– Líquidos

• Soluções–Simples–Compostas

»Xaropes»Elixires, etc

• Dispersões–Emulsões–Suspensões

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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

• Para uso externo:

– Cutâneo (tópico)

• Pomadas

• Cremes

• Ungüentos

• Pastas

• Cataplasmas

• Loções

• Géis

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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

• Para uso externo:

– Retal (Supositórios)

– Vaginal

• Óvulos

• Comprimidos

• Geléias

– Oftalmológicos

– Otorrinolaringológicos

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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

• Para uso parenteral:

– Grandes volumes

• Nutrição parenteral prolongada

– Pequenos volumes (ampolas e injeções)

• Intramuscular

• Intravenoso

• Intra-raquidiano

– Contraste radiológico

– Intradérmico (Pellets)

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Pós: é uma mistura de fármacos e ou substâncias

químicas finamente divididas e na forma seca. Podem ser de uso interno ou externo.

• Grânulos: são aglomerados de partículas menores. Em geral, tem forma irregular e se comportam como partículas maiores.

• Sais granulados efervescentes: são grânulos ou pós grossos ou muito grossos que contêm um princípio ativo em uma mistura seca, comumente composta por bicarbonato de sódio, ácido cítrico e ácido tartárico. Quando adicionados à água, os ácidos e bases reagem para liberar dióxido de carbono, resultando em efervescência.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Cápsulas: são formas farmacêuticas sólidas nas

quais uma ou mais substâncias medicinais e/ou inertes são acondicionadas em um pequeno invólucro ou receptáculo, em geral preparado à base de gelatina. Dependendo da formulação, a cápsula de gelatina pode ser dura ou mole.

• Cápsulas de gelatina dura: é a mais usada para aviar prescrições estemporâneas, geralmente sólidas.

• Cápsulas gelatinosa moles: são úteis quando se deseja lacrar a medicação que geralmente são fármacos líquidos ou em solução ou ainda voláteis e susceptíveis à deterioração em contato com o ar.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Comprimidos: são formas farmacêuticas sólidas

contendo princípios ativos, normalmente preparadas com o auxílio de adjuvantes farmacêuticos adequados (excipientes).

• Tipos de comprimidos:– Comprimidos produzidos por compressão

(C.C.): é empregado para administração oral, mas alguns podem ser administrados por via sublingual, bucal ou vaginal.

– Comprimidos feitos por múltipla compressão (C.M.C.): pode ser um comprimido com múltiplas camadas ou um comprimido dentro do outro, sendo o interno o núcleo e o externo o invólucro.

Page 29: Aula Inaugural Farmaco

FORMAS FARMACÊUTICAS

– Comprimidos revestidos com açúcar (C.R.A.): podem ser revestidos com açúcar colorido ou incolor. Serve para proteger o fármaco contra o ar e umidade e, para fármacos com odor e sabor desagradáveis, além de melhorar a aparência do comprimido.

– Comprimidos revestidos por película (C.R.P.): têm a mesma finalidade dos revestidos com açúcar, tendo as vantagens de serem mais duráveis e menos volumosos.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

– Comprimidos com revestimento entérico (C.R.E.): têm um revestimento que resiste à dissolução ou à ruptura no estômago, passando para o intestino, onde ocorrem a dissolução e a absorção do fármaco. Esta técnica é empregada quando o princípio ativo é destruído pelo ácido gástrico, é irritante para a mucosa estomacal ou quando a não passagem do fármaco pelo estômago aumenta significantemente sua absorção no intestino.

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FORMAS FARMACÊUTICAS– Comprimidos bucais ou sublinguais: são planos

ou ovais destinados a dissolver na boca ou sob a língua, sendo absorvidos pela mucosa oral. São indicados para a absorção de fármacos que são destruídos pelo suco gástrico e/ou são mal absorvidos no trato gastrintestinal.

– Comprimidos mastigáveis: apresentam desintegração suave e rápida. São particularmente indicados para as formulações pediátricas e são empregados na preparação de multivitamínicos. São usados também para antiácidos e medicamentos antiflatulência.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

– Comprimidos efervescentes: promovem uma rápida desintegração e solução quando colocados em água.

– Comprimidos dispersíveis: são fabricados para serem dissolvidos em água antes da ingestão. Aumentam a velocidade de absorção e diminuem a agressão à mucosa gástrica.

Page 33: Aula Inaugural Farmaco

FORMAS FARMACÊUTICAS• Formas de liberação prolongada: é elaborada de

modo que a administração de uma só unidade de dose proporcione a liberação imediata de uma quantidade de medicamento que prontamente produz o efeito terapêutico desejado, e a liberação gradual e contínua de quantidades adicionais para manter esse nível de efeito durante um período prolongado, em geral 8 a 12 horas. Para manter o nível constante de fármaco no organismo ele deve ser liberado em velocidade que substitua a quantidade de fármaco metabolizada e excretada.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Pílulas: são formas farmacêuticas sólidas pequenas

e redondas, que contêm princípio ativo e são administradas por via oral.

• Pastilhas: formas farmacêuticas sólidas em forma de disco, que contêm o princípio ativo e que se dissolvem lentamente na cavidade da boca para produzir efeitos localizados. São apropriadas para adultos e crianças que têm dificuldade para engolir formas farmacêuticas sólidas.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Xaropes: são preparações aquosas concentradas de

um açúcar ou de outra substância que o substitua, com ou sem acréscimo de flavorizantes e princípios ativos.

• Elixires: são soluções hidro-alcoólicas transparentes, edulcoradas e geralmente flavorizadas para melhorar a palatabilidade.

• Suspensões orais: são formas farmacêuticas que contêm partículas finas da substância ativa em dispersão (suspensóide) relativamente uniforme num veículo no qual esse fármaco apresente uma solubilidade mínima.

Page 36: Aula Inaugural Farmaco

FORMAS FARMACÊUTICAS• Emulsões: é uma dispersão cuja fase dispersa é

composta por gotículas de um líquido, distribuídas num veículo no qual é imiscível.

• Géis e magmas: são definidos como sistemas semi-sólidos constituídos por dispersões de pequenas partículas inorgânicas ou de grandes moléculas orgânicas, encerradas e interpenetradas por um líquido.

• Sistemas transdérmicos de liberação de fármacos: são dispositivos que liberam o fármaco na superfície da pele, o qual atravessa as várias camadas, até atingir a circulação sistêmica.

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FORMAS FARMACÊUTICAS• Pomadas (ungüentos): são preparações semi-

sólidas para aplicação externa. Agem profundamente na pele.

• Cremes: são emulsões líquidas viscosas ou semi-sólidas do tipo óleo em água ou água em óleo. Agem mais superficialmente na pele.

• Pastas: destinam-se a aplicação externa na pele, assim como as pomadas. Diferem das pomadas principalmente porque contêm maior porcentagem de material sólido e, conseqüentemente, são mais firmes e espessas.

Page 38: Aula Inaugural Farmaco

FORMAS FARMACÊUTICAS• Loções: são preparações líquidas destinadas à

aplicação externa na pele. As loções devem secar sobre a pele logo após a aplicação, deixando uma fina camada de princípios ativos na superfície.

• Linimentos: são soluções ou emulsões oleosas ou alcoólicas de várias substâncias medicinais destinadas à aplicação externa à pele, geralmente por fricção.

• Emplastros: são massas adesivas sólidas ou semi-sólidas espalhadas sobre um material de revestimento adequado, destinados à aplicação externa em uma parte do corpo, proporcionado contato prolongado com o local.

Page 39: Aula Inaugural Farmaco

FORMAS FARMACÊUTICAS• Supositórios, óvulos e velas: são formas

farmacêuticas destinadas à inserção em orifícios corporais nos quais, amolecem, se dissolvem e exercem efeitos sistêmicos ou localizados.

• Aerossóis: são formas farmacêuticas pressurizadas, contendo uma ou mais substâncias ativas, aspergidas de seu recipiente como uma névoa, constituída por líquidos ou sólidos.

• Inalantes: são fármacos ou suas soluções, administrados pelas vias respiratórias oral ou nasal.

• Sprays: soluções aquosas ou oleosas sob a forma de gotículas ou de partículas sólidas para uso tópico, comumente nas vias nasofaríngeas ou na pele.

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FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA• Analisando a arte da terapêutica humana, as forças

que norteiam o ato terapêutico podem ser classificadas em três indicações:– Indicação terapêutica baseada na lógica da

dedução científica, onde entra a contribuição farmacológica;

– Indicação sugestiva influenciada pelas necessidades emocionais do paciente e do seu ambiente;

– Indicação subjetiva baseada nas necessidades subjetivas e emotivas do terapeuta, do profissional de saúde.

Page 41: Aula Inaugural Farmaco

SISTEMAS TERAPÊUTICOS• Tratamento específico:

– Terapêutica etiológica que se dirige à causa da doença, exigindo diagnóstico específico;

– É o tipo ideal de terapêutica, pois se opõe a polifarmácia;

– Teremos um só remédio para cada doença;

• Tratamento de suporte ou de apoio:

– É o conjunto de medidas que incluem medicação sintomática, alimentação orientada, repouso, controle do ambiente em que vive o paciente e psicoterapia.

Page 42: Aula Inaugural Farmaco

SISTEMAS TERAPÊUTICOS• Terapêutica empírica e popular:

– É a terapêutica consagrada pelo uso popular e que pode dar subsídios à terapêutica específica em alguns casos.

• Placeboterapia:

– Depende da confiança depositada pelo paciente no medicamento ou substância que lhe é administrada, da confiança depositada pelo paciente no terapeuta e depende da confiança transmitida pelo terapeuta, ao paciente,no tratamento a ser realizado.

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SISTEMAS TERAPÊUTICOS

• Psicoterapia:

– No tratamento de pacientes humanos, a psicoterapia é complemento indispensável de qualquer forma de tratamento;

– A administração pura e simples de um medicamento em um vácuo emocional nem sempre produz os efeitos esperados pela previsão farmacológica.

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SISTEMAS TERAPÊUTICOS• Teste terapêutico:

– Tenta alcançar o diagnóstico através da terapêutica.

• Alopatia e homeopatia:

– A palavra homeopatia vem do grego, de homeo = semelhante, sempre o mesmo, e pathos = doença;

– O sistema homeopático criado por Samuel Hahnemann (1755), baseia-se em:• Experimentação da droga em pessoas sadias para

descobrir seus efeitos a fim de que possa ser empregada contra os mesmos sintomas de pessoas doentes.

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SISTEMAS TERAPÊUTICOS• Emprego de somente doses diminutas da droga;

• Administração de uma única droga de cada vez;

• O tratamento deve visar a todo o complexo sintomático do paciente e não apenas a um único sintoma.

• A palavra alopatia vem do grego, de allos = outro, e pathos = doença;

• No sistema alopático as doenças são tratadas com a produção de uma condição ou antagonistas incompatíveis com o estado patológico a ser tratado.

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FARMACOCINÉTICA

Prof. Iury Zoghaib

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DEFINIÇÃO• Descreve o movimento da droga através do

organismo;

• Estuda quantitativamente a cronologia dos processos metabólicos da absorção, distribuição, biotransformação e eliminação das drogas;

• A variável básica desses estudos é a concentração das drogas e dos seus metabólitos nos diferentes tecidos e excretas do organismo;

• Esta concentração está correlacionada com a via de administração, com a dose empregada, com a eliminação e varia com o tempo de observação;

Page 48: Aula Inaugural Farmaco

DEFINIÇÃO

• Quando uma droga se transfere de uma parte (ou compartimento) do corpo para outra, essa transferência segue certas regras da cinética que dizem respeito, especialmente à velocidade de transferência e do que ela depende, isto é das modalidades de cinética de primeira ordem, de ordem zero ou do tipo Michaelis-Menten.

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IMPORTÂNCIA• Determinação adequada da posologia de acordo

com:– Forma farmacêutica (suspensão, cápsula, etc);– Dose indicada no caso clínico;– Intervalo entre as doses;– Via de administração.

• Reajuste da posologia, quando necessário, de acordo com a resposta clínica.

• Melhor compreensão da ação das drogas, pois a intensidade e a duração dos efeitos terapêuticos e tóxicos dependem da absorção, distribuição, metabolismo e eliminação.

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IMPORTÂNCIA• Interpretação da resposta inesperada ao

medicamento, como por exemplo ausência de efeito terapêutico ou presença de efeitos colaterais pronunciados. Tais respostas inesperadas podem ser causadas por:– Transgressão do paciente (o paciente não segue

instruções);– O paciente não é devidamente instruído;– Modificações de biodisponibilidade;– Erros de medicação;– Interação droga-droga;– Cinética anormal da distribuição e eliminação.

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IMPORTÂNCIA• Posologia em situações especiais, como nas casos de

insuficiência renal ou hepática, hemodiálise ou diálise peritoneal;

• Pesquisa de aspectos de farmacocinética clínica de medicamentos novos, como meia-vida, clearence renal, volume aparente de distribuição, alterações de biodisponibilidade.