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OBESIDADE
47

Aula 8 - Obesidade

Jun 11, 2015

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Page 1: Aula 8 - Obesidade

OBESIDADE

Page 2: Aula 8 - Obesidade

ADULTOS

Peso normal: IMC 18,5 – 24,9

Sobrepeso: IMC 25 – 29,9

Obesidade grau I: IMC 30 – 34,9

Obesidade Grau II: IMC 35 – 39,9

Obesidade Grau III: IMC 40 ou mais (mórbido)

Definição

CRIANÇAS

IMC > P85 e < P 95: sobrepeso

IMC > P 95 : obesidade

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Mais de 65% da população nos USA está com

sobrepeso e 30% está obesa

5% com obesidade mórbida mortalidade

é 3,9 vezes maior do que nos não obesos

Custos com sobrepeso e obesidade são de mais de

117 bilhões de dólares ao ano

Sem intervenção, até 2020, mais de 60% da

população será obesa e o custo dobrará

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Page 7: Aula 8 - Obesidade

Diabetes Síndrome metabólica Hipertensão

Dislipidemia Apnéia do sono Litíase biliar

Doenças ortopédicas Distúrbios psicológicos

Doenças cardiovasculares

Page 8: Aula 8 - Obesidade

Hiperinsulinismo

Resistênciaà insulina Obesidade

Obesidade e resistência à insulina

Page 9: Aula 8 - Obesidade

Adaptado de Reaven. Phys. Rev. 1995, 75:473-86

Fatores genéticosObesidade

Sedentarismo

Resistência à insulinahiperinsulinemia

• DM tipo 2• HAS• Aterosclerose - doença vascular

• Hiperlipemia Triglicerídeos HDL-c

Síndrome Metabólica

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Prevalência de obesidade em mães de filhos obesos

Page 13: Aula 8 - Obesidade

Nenhum pai obeso: 7% 1 pai obeso: 40% Ambos os pais obesos: 80%

Obesidade nos filhos x peso dos pais

A obesidade materna é o indicador + importante

Page 14: Aula 8 - Obesidade

NIH, 1999NIH, 1999

Genética e ambienteGenética e ambienteGenética e ambienteGenética e ambiente

Page 15: Aula 8 - Obesidade

Complicações da obesidade infantil

Diabetes mellitus tipo 2DislipidemiaHipertensão arterialProblemas do aparelho

respiratórioDistúrbios ortopédicosAlterações dermatológicasDistúrbios psico-sociais

Síndrome Metabólica

Page 16: Aula 8 - Obesidade

P95

P85

P50

Segundo a O.M.S.:

• Sobrepeso: entre P85 e

P95

• Obesidade: acima de

P95

www.cdc.gov/growthcharts

Page 17: Aula 8 - Obesidade

Tratamento Pontos importantes a considerar:

Dificuldade – melhor prevenção

Fracasso comum – questões de ordem pessoal, social, psicológica, educacional, familiar

Perda de 10% do peso – prevenção e melhora de complicações

Perda de forma moderada e progressiva

Objetivo – modificação de comportamento –

resultados mantidos a longo prazo

Page 18: Aula 8 - Obesidade

Terapias comportamentais modificar atitudes e hábitos relacionados à alimentação.

Exercícios aumento gasto calórico.

Orientação nutricional redução consumo calórico (gorduras).

Page 19: Aula 8 - Obesidade

• 32 adolescentes (12-19 anos), IMC > 30,

6 meses– 14 tratados com metformina– 15 placebo

• Insulina de jejum > 15 mU/ml• pai, irmão ou avô com DM2• glicemia de jejum normal• 1 gr por dia (2 cp 500 mg por dia)

Freemark M & Bursey D, Pediatrics 2001,

107(4)

• IMC– Grupo tratado: declínio de 0,12 dp no

IMC (0,5 kg/m2);– Grupo placebo: aumento de 0,23 dp

(0,9 kg/m2)

• HOMA– Grupo tratado: 119 para 64– Grupo placebo: 96 para 95

METFORMINA

Page 20: Aula 8 - Obesidade

METFORMINA

• Não é “remédio para emagrecer”

• Só é indicada em casos específicos

• Pode levar à acidose lática

• Dose: 500 a 1700 mg/dia

Page 21: Aula 8 - Obesidade

SIBUTRAMINA

• Somente acima de 16 anos

• Ação esperada: redução da fome

• Dose inicial de 10 mg

• Dose máxima de 15 mg

Page 22: Aula 8 - Obesidade

• Estudo piloto• 11 crianças (8 a 12 anos)• 3 cp por dia• 12 semanas

Norgren e col., Acta Pediátrica, junho de

2003

• Boa tolerabilidade• Média de perda de peso: 4 kg• Perda de “massa gorda” demonstrada• Detectado maior auto-controle ao comer

ORLISTAT

Page 23: Aula 8 - Obesidade

ORLISTAT

• Risco de hipovitaminoses

• Associação obrigatória a plano

alimentar

• Ação esperada:

– Redução na absorção de gorduras

– Efeito “comportamental”

• 1 cp antes de café, almoço e jantar

Page 24: Aula 8 - Obesidade

Desmistificação da terapia

medicamentosa como curativa

Desmistificação da terapia

medicamentosa como curativa

Obesidade é doença crônica.Obesidade é doença crônica.

Doença crônica, requer tratamento crônico.Doença crônica, requer tratamento crônico.

Tratamento crônico é aquele que quando cessa, Tratamento crônico é aquele que quando cessa, os sintomas voltam.os sintomas voltam.

Page 25: Aula 8 - Obesidade

Comparação com Placebo :Perda de Peso maior

2 a 10 Kg YANOWSKY.NEJM 2002;346591

Comparação com Placebo :Perda de Peso maior

2 a 10 Kg YANOWSKY.NEJM 2002;346591

•EFEITOS COLATERAIS:•Insônia•Boca Seca•Constipação•Euforia•Palpitação•Hipertensão

Physicians Desk Reference-55th ed 2001

•EFEITOS COLATERAIS:•Insônia•Boca Seca•Constipação•Euforia•Palpitação•Hipertensão

Physicians Desk Reference-55th ed 2001

AGENTES NORADRENÉRGICOS

Page 26: Aula 8 - Obesidade

DIETILPROPIONA ,MAZINDOL E FEMPROPOREX

NÃO SÃO ANFETAMINAS

DIETILPROPIONA ,MAZINDOL E FEMPROPOREX

NÃO SÃO ANFETAMINAS

DERIVADOS DOPAminérgicos DERIVADOS DOPAminérgicos (Di-Oxo-Phenyl-Alanine-German)(Di-Oxo-Phenyl-Alanine-German)

Page 27: Aula 8 - Obesidade

ESTUDOS COM MAZINDOL(Absten)

Niskikawa et al. Endocr.J.1979;43:671

ESTUDOS COM MAZINDOL(Absten)

Niskikawa et al. Endocr.J.1979;43:671

AUMENTA A SENSIBILIDADE A INSULINA EM HUMANOS OBESOS

AUMENTA A SENSIBILIDADE A INSULINA EM HUMANOS OBESOS

Page 28: Aula 8 - Obesidade

ESTUDOS COM MAZINDOLSanders e Breidbol,1976, Weintroub e Lasagne,1990

ESTUDOS COM MAZINDOLSanders e Breidbol,1976, Weintroub e Lasagne,1990

EFICAZ E EFETIVO PARA PACIENTES OBESOS E DIABÉTICOS

EFICAZ E EFETIVO PARA PACIENTES OBESOS E DIABÉTICOS

MEDICAMENTO DE ESCOLHADIABESIDADE

MEDICAMENTO DE ESCOLHADIABESIDADE

Page 29: Aula 8 - Obesidade

DIETILPROPIONADIETILPROPIONA

O MAIS SEGURODOENÇA CARDIOVASCULAR

E HIPERTENSÃO ARTERIAL

O MAIS SEGURODOENÇA CARDIOVASCULAR

E HIPERTENSÃO ARTERIAL

Page 30: Aula 8 - Obesidade

DISPONÍVEIS NO BRASILDISPONÍVEIS NO BRASIL

meia-vida dose diária

DIETILPROPIONA 4 / 6 horas 50 – 150 mg

FEMPROPOREX 12 /12 horas 30 – 50 mg

MAZINDOL 20 horas 0,5 – 3 mg

Page 31: Aula 8 - Obesidade

MEDICAMENTO IDEAL ANTI-OBESIDADE (BRAY)MEDICAMENTO IDEAL ANTI-OBESIDADE (BRAY)

SIBUTRAMINA ORLISTAT CATECOLAMINÉRGICOS

ATIVO VIA ORAL

DOSE/SUFICIENTE PARA DIMINUIR O % DE GORDURA

CORPORAL

REDUÇÃO DA GORDURA VISCERAL

CUSTOS

AÇÃO x TEMPO OU

NÂO-TOXICIDADE ?POUCO OU NENHUM EFEITO

COLATERAL

Page 32: Aula 8 - Obesidade

EFEITOS ADVERSOS

Agitação- 66 pacientes

Palpitação – 5 pacientes

Insônia- 32 pacientes

Disfunção sexual- 3

TOTAL: 106 pacientes (13,43%)

FEMPROPOREXFEMPROPOREX

Page 33: Aula 8 - Obesidade

EFEITOS ADVERSOS

Agitação-131 pacientes

Palpitação – 11 pacientes

Insônia – 6 pacientes

Disfunção sexual- 26 pacientes

TOTAL- 174 pacientes (17,52%)

DIETILPROPIONADIETILPROPIONA

Page 34: Aula 8 - Obesidade

EFEITOS ADVERSOS

Agitação-26 pacientes

Palpitação – 63 pacientes

Insônia – 16 pacientes

Disfunção sexual- 61 pacientes

TOTAL- 166 PACIENTES (29,59%)

MAZINDOLMAZINDOL

Page 35: Aula 8 - Obesidade

O MAIS IMPORTANTE ARGUMENTOA FAVOR :

O MAIS IMPORTANTE ARGUMENTOA FAVOR :

DOSAGEM DIÁRIA CUSTO DIÁRIO

(U.S.DÓLAR)

ORLISTAT 2,66

SIBUTRAMINA 1,17

DIETILPROPIONA 0,37

MAZINDOL 0,19

FEMPROPOREX 0,10

Page 36: Aula 8 - Obesidade

Cirurgia Bariátrica

Pacientes obesos grau III

Indicação clínica

Avaliação psicológica

Cirurgia

Page 37: Aula 8 - Obesidade

Ingestão Micronutrientes

0

50

100

150

pré 1 mêspós

3 mesespós

6 mesespós

8 mesespós

1 ano

% in

ge

rid

a

Calcio

Ferro

Zinco

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

% in

geri

da

Ingestão de micronutrientes

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Page 38: Aula 8 - Obesidade

Evolução Bioquímica

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Albuminemia

0

2

4

6

pré 1 mêspós

3 mesespós

8 mesespós

1ano

g %

Proteínas Totais

0

4

8

12

pré 1 mêspós

3 mesespós

8 mesespós

1ano

g %

g % g %

Proteínas totaisAlbumina

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Page 39: Aula 8 - Obesidade

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Evolução Bioquímica

Triglicérdes

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

mg%

0,0

110,0

220,0

pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

mg

%

mg

%

Glicemia Triglicérides

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Page 40: Aula 8 - Obesidade

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Evolução Bioquímica

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

LDL-Colesterol

0,0

20,0

40,0

60,080,0

100,0

120,0

140,0

160,0

pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

mg %

mg

%

mg

%

Colesterol Total LDL colesterol

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Page 41: Aula 8 - Obesidade

Tratamento Cirúrgico

• Indicado a indivíduos com IMC > 40 kg/m2 ou > 35 kg/m2

com co-morbidades, refratários ao tratamento

combinado: dieta, atividade física e medicamento

Sempre associado a dieta, aumento da atividade física, e psicoterapia

Contra-indicações:- doenças psiquiátricas- abuso de drogas- não aderência a tratamentos prévios- idade > 60 anos

Page 42: Aula 8 - Obesidade

Benefícios do tratamento cirúrgico

Perda de 50 a 60 % do excesso de peso Controle do DM - 90 % Controle da HAS - 70 % Melhora do perfil lipídico Melhora da ICC Desaparecimento da apnéia do sono Melhora refluxo GE Alívio dos sintomas de artropatia Aumento da tolerância ao exercício

Schirmer. Surg Clin Nor Am 2000; 80: 1253

Page 43: Aula 8 - Obesidade

Complicações do tratamento cirúrgico

t

38,1% Re-admissão hospitalar por quaisquer razões

5,8% Desnutrição e desidratação

40,0% Deficiência de Vitamina B12

23,9% Hérnia Incisional

23,4% Depressão

24,8% Disfunção da técnica cirúrgica

13,2% Gastrite

11,4% Colecistite

Evolução após “By pass” gástrico (14 anos)

Pories. Ann Surg 1995; 222: 339

39,0% Anemia

Page 44: Aula 8 - Obesidade

Departamento de Nutrição da SBC12 Estabelecimentos de Ensino

PESQUISA EM CANTINAS ESCOLARES DA REDE PRIVADA DE ENSINO Recife - PE

Lanches oferecidos pelas cantinas:–        Coxinha / pão de queijo 100%–        Pastel 90%–        Sanduíches e cachorro quente 83,3%–        Frutas in natura 0% Bebidas oferecidas pelas cantinas:–        Refrigerante 100%–        Sucos 83,3%–        Maltado ou toddynho 58,3%  Lanches escolhidos pelos estudantes:–        Coxinha e refrigerantes 75% Demais opções 25%

Page 45: Aula 8 - Obesidade
Page 46: Aula 8 - Obesidade

Desenvolver e implementar um programa de educação nutricional para o escolar

Estimular a atividade física

Prevenir e combater a obesidade, o erro alimentar e o sedentarismo.

Melhorar a qualidade de vida dos estudantes.

Incentivar a criança como agente transformador de hábitos na família e na sua comunidade.

Objetivos

Page 47: Aula 8 - Obesidade

Kopelman, Peter GNature, 2000

A obesidade não é uma doença única mas um grupo

heterogêneo de condições, com causas múltiplas.