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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO BÁSICOS Sabrina Elicker Hagemann INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Programa de Fomento ao Uso das TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO - TICS Ministério da Educação
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Apostila mcb

Jul 20, 2015

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  • MATERIAIS DE CONSTRUO BSICOSSabrina Elicker Hagemann

    INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSEUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASILPrograma de Fomento ao Uso dasTECNOLOGIAS DE COMUNICAO E INFORMAO NOS CURSOS DE GRADUAO - TICS

    Ministrio daEducao

  • Copyright 2011 Universidade Aberta do BrasilInstituto Federal Sul-rio-grandense

    Produzido pela Equipe de Produo de Material Didtico da Universi-dade Aberta do Brasil do Instituto Federal Sul-rio-grandense

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

    Apostila de Materiais de Construo Bsicos

    HAGEMANN, S. E.

    2011/2

  • INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

    UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    Programa de Fomento ao Uso dasTECNOLOGIAS DE COMUNICAO E INFORMAO NOS CURSOS DE GRADUAO - TICS

    PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Dilma RousseffPRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    Fernando HaddadMINISTRO DO ESTADO DA EDUCAO

    Luiz Cludio Costa SECRETRIO DE EDUCAO SUPERIOR - SESU

    Eliezer Moreira PachecoSECRETRIO DA EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    Lus Fernando Massonetto SECRETRIO DA EDUCAO A DISTNCIA SEED

    Jorge Almeida GuimaresPRESIDENTE DA COORDENAO DE APERFEIOAMENTO DE PESSOAL DE

    NVEL SUPERIOR - CAPES

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E

    TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE [IFSUL]

    Antnio Carlos Barum BrodREITOR

    Daniel Esprito Santo GarciaPR-REITOR DE ADMINISTRAO E DE PLANEJAMENTO

    Janete OttePR-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

    Odeli ZanchetPR-REITOR DE ENSINO

    Lcio Almeida HecktheuerPR-REITOR DE PESQUISA, INOVAO E PS-GRADUAO

    Renato Louzada MeirelesPR-REITOR DE EXTENSO

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    CAMPUS PELOTAS

    Jos Carlos Pereira NogueiraDIRETOR-GERAL DO CAMPUS PELOTAS

    Clris Maria Freire Dorow DIRETORA DE ENSINO

    Joo Rger de Souza Sastre DIRETOR DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO

    Rafael Blank Leitzke DIRETOR DE PESQUISA E EXTENSO

    Roger Luiz Albernaz de Arajo CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    DEPARTAMENTO DE EDUCAO A DISTNCIA

    Luis Otoni Meireles RibeiroCHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAO A DISTNCIA

    Beatriz Helena Zanotta NunesCOORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IFSUL

    Marla Cristina da Silva SopeaCOORDENADORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IF-

    SUL

    Cinara Ourique do NascimentoCOORDENADORA DA ESCOLA TCNICA ABERTA DO BRASIL E-TEC/IFSUL

    Ricardo Lemos SainzCOORDENADOR ADJUNTO DA ESCOLA TCNICA ABERTA DO BRASIL E-TEC/

    IFSUL

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    Beatriz Helena Zanotta NunesCOORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IFSUL

    Marla Cristina da Silva SopeaCOORDENADORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/ IF-

    SUL

    Mauro Hallal dos AnjosGESTOR DE PRODUO DE MATERIAL DIDTICO

    PROGRAMA DE FOMENTO AO USO DAS TECNOLO-GIAS DE COMUNICAO E INFORMAO NOS CUR-SOS DE GRADUAO TICs

    Raquel Paiva GodinhoGESTORA DO EDITAL DE TECNOLOGIAS DE INFORMAO E COMUNICAO

    TICS/IFSUL

    Ana M. Lucena CardosoDESIGNER INSTRUCIONAL DO EDITAL TICS

    Lcia Helena Gadret RizzoloREVISORA DO EDITAL TICS

    EQUIPE DE PRODUO DE MATERIAL DIDTICO UAB/IFSUL

    Lisiane Corra Gomes SilveiraGESTORA DA EQUIPE DE DESIGN

    Denise Zarnottz KnabachFelipe RommelHelena Guimares de FariaLucas Quaresma LopesTabata Afonso da CostaEQUIPE DE DESIGN

    Caticia Klug SchneiderGESTORA DE PRODUO DE VDEO

    Gladimir Pinto da Silva PRODUTOR DE UDIO E VDEO

    Marcus Freitas NevesEDITOR DE VDEO

    Joo Elizer Ribeiro SchaunGESTOR DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

    Giovani Portelinha MaiaGESTOR DE MANUTENO E SISTEMA DA INFORMAO

    Anderson Hubner da Costa FonsecaCarlo Camani SchneiderEfrain Becker BartzJeferson de Oliveira OliveiraMishell Ferreira WeberEQUIPE DE PROGRAMAO PARA WEB

  • INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

    UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    Programa de Fomento ao Uso dasTECNOLOGIAS DE COMUNICAO E INFORMAO NOS CURSOS DE GRADUAO - TICS

    PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Dilma RousseffPRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    Fernando HaddadMINISTRO DO ESTADO DA EDUCAO

    Luiz Cludio Costa SECRETRIO DE EDUCAO SUPERIOR - SESU

    Eliezer Moreira PachecoSECRETRIO DA EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    Lus Fernando Massonetto SECRETRIO DA EDUCAO A DISTNCIA SEED

    Jorge Almeida GuimaresPRESIDENTE DA COORDENAO DE APERFEIOAMENTO DE PESSOAL DE

    NVEL SUPERIOR - CAPES

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E

    TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE [IFSUL]

    Antnio Carlos Barum BrodREITOR

    Daniel Esprito Santo GarciaPR-REITOR DE ADMINISTRAO E DE PLANEJAMENTO

    Janete OttePR-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

    Odeli ZanchetPR-REITOR DE ENSINO

    Lcio Almeida HecktheuerPR-REITOR DE PESQUISA, INOVAO E PS-GRADUAO

    Renato Louzada MeirelesPR-REITOR DE EXTENSO

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    CAMPUS PELOTAS

    Jos Carlos Pereira NogueiraDIRETOR-GERAL DO CAMPUS PELOTAS

    Clris Maria Freire Dorow DIRETORA DE ENSINO

    Joo Rger de Souza Sastre DIRETOR DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO

    Rafael Blank Leitzke DIRETOR DE PESQUISA E EXTENSO

    Roger Luiz Albernaz de Arajo CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    DEPARTAMENTO DE EDUCAO A DISTNCIA

    Luis Otoni Meireles RibeiroCHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAO A DISTNCIA

    Beatriz Helena Zanotta NunesCOORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IFSUL

    Marla Cristina da Silva SopeaCOORDENADORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IF-

    SUL

    Cinara Ourique do NascimentoCOORDENADORA DA ESCOLA TCNICA ABERTA DO BRASIL E-TEC/IFSUL

    Ricardo Lemos SainzCOORDENADOR ADJUNTO DA ESCOLA TCNICA ABERTA DO BRASIL E-TEC/

    IFSUL

    IF SUL-RIO-GRANDENSE

    UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    Beatriz Helena Zanotta NunesCOORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/IFSUL

    Marla Cristina da Silva SopeaCOORDENADORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/ IF-

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    Mauro Hallal dos AnjosGESTOR DE PRODUO DE MATERIAL DIDTICO

    PROGRAMA DE FOMENTO AO USO DAS TECNOLO-GIAS DE COMUNICAO E INFORMAO NOS CUR-SOS DE GRADUAO TICs

    Raquel Paiva GodinhoGESTORA DO EDITAL DE TECNOLOGIAS DE INFORMAO E COMUNICAO

    TICS/IFSUL

    Ana M. Lucena CardosoDESIGNER INSTRUCIONAL DO EDITAL TICS

    Lcia Helena Gadret RizzoloREVISORA DO EDITAL TICS

    EQUIPE DE PRODUO DE MATERIAL DIDTICO UAB/IFSUL

    Lisiane Corra Gomes SilveiraGESTORA DA EQUIPE DE DESIGN

    Denise Zarnottz KnabachFelipe RommelHelena Guimares de FariaLucas Quaresma LopesTabata Afonso da CostaEQUIPE DE DESIGN

    Caticia Klug SchneiderGESTORA DE PRODUO DE VDEO

    Gladimir Pinto da Silva PRODUTOR DE UDIO E VDEO

    Marcus Freitas NevesEDITOR DE VDEO

    Joo Elizer Ribeiro SchaunGESTOR DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

    Giovani Portelinha MaiaGESTOR DE MANUTENO E SISTEMA DA INFORMAO

    Anderson Hubner da Costa FonsecaCarlo Camani SchneiderEfrain Becker BartzJeferson de Oliveira OliveiraMishell Ferreira WeberEQUIPE DE PROGRAMAO PARA WEB

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    Materiais de Construo Bsicos

    SUMRIOSGUIA DIDTICO ________________________________________________________________________________________________ 8

    UNIDADE A ____________________________________________________________________________________________________13INTRODUO AOS MATERIAIS DE CONSTRUO ________________________________________________________15

    Classificao ________________________________________________________________________________________________________ 16Propriedades gerais dos materiais ______________________________________________________________________________ 16Esforos mecnicos ________________________________________________________________________________________________ 16Atividades ___________________________________________________________________________________________________________19

    UNIDADE B ____________________________________________________________________________________________________23NOES DE GEOLOGIA _______________________________________________________________________________________25

    Rochas na Engenharia _____________________________________________________________________________________________ 26Minerais _____________________________________________________________________________________________________________ 26Formao e classificao das rochas ____________________________________________________________________________ 27

    PEDRAS NATURAIS COMO MATERIAL DE CONSTRUO ________________________________________________29Principais caractersticas das rochas como materiais de construo _____________________________________ 29Principais rochas utilizadas como material de construo _________________________________________________ 30Atividade ____________________________________________________________________________________________________________ 36

    UNIDADE C ____________________________________________________________________________________________________37AGREGADOS ___________________________________________________________________________________________________39

    Classificao ________________________________________________________________________________________________________ 39Pedra brita __________________________________________________________________________________________________________ 39Areia _________________________________________________________________________________________________________________ 42Cascalho _____________________________________________________________________________________________________________ 43Argila expandida ___________________________________________________________________________________________________ 43Escria de alto forno ______________________________________________________________________________________________ 43Atividade ____________________________________________________________________________________________________________ 45

    PROPRIEDADES FSICAS E ENSAIOS COM AGREGADOS MIDOS ______________________________________46Granulometria _____________________________________________________________________________________________________ 46Dimenso mxima caracterstica ________________________________________________________________________________ 39Mdulo de finura ___________________________________________________________________________________________________ 39Substncias nocivas ________________________________________________________________________________________________ 42Massa unitria ou massa especfica aparente _________________________________________________________________ 43Teor de umidade ___________________________________________________________________________________________________ 43Coeficiente de vazios ______________________________________________________________________________________________ 43Atividade ____________________________________________________________________________________________________________ 45

    PROPRIEDADES FSICAS E ENSAIOS COM AGREGADOS GRADOS ____________________________________61Granulometria _____________________________________________________________________________________________________ 46Dimenso mxima caracterstica ________________________________________________________________________________ 39Mdulo de finura ___________________________________________________________________________________________________ 39Substncias nocivas ________________________________________________________________________________________________ 42Massa unitria ou massa especfica aparente _________________________________________________________________ 43Massa especfica real ou absoluta _______________________________________________________________________________ 43Resistncia a abraso _____________________________________________________________________________________________ 43Resistncia ao esmagamento _____________________________________________________________________________________ 45Formato dos gros _________________________________________________________________________________________________ 43Coeficiente de vazios ______________________________________________________________________________________________ 45Atividade ____________________________________________________________________________________________________________ 45

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    Materiais de Construo Bsicos

    UNIDADE D ____________________________________________________________________________________________________79INTRODUO AOS MATERIAIS CERMICOS ______________________________________________________________81

    Argila como material de construo_____________________________________________________________________________81Processo de fabricao dos materiais cermicos _____________________________________________________________ 83

    BLOCOS E TIJOLOS CERMICOS __________________________________________________________________________________ 85Paredes de blocos cermicos _____________________________________________________________________________________ 88Atividade de pesquisa _____________________________________________________________________________________________ 90

    TELHAS CERMICAS _______________________________________________________________________________________________ 94Atividade ____________________________________________________________________________________________________________ 98

    REVESTIMENTOS CERMICOS ____________________________________________________________________________________ 99Atividade ___________________________________________________________________________________________________________100

    LOUAS SANITRIAS ______________________________________________________________________________________________100

    MATERIAIS CERMICOS ESPECIAIS _____________________________________________________________________________117

    UNIDADE E __________________________________________________________________________________________________ 123AGLOMERANTES ___________________________________________________________________________________________ 125

    Aglomerantes minerais __________________________________________________________________________________________125Gesso ________________________________________________________________________________________________________________126Cal area ___________________________________________________________________________________________________________127Atividade ___________________________________________________________________________________________________________131

    A ORIGEM DO CIMENTO PORTLAND ___________________________________________________________________________131

    Cimento _____________________________________________________________________________________________________________134Cal hidrulica _____________________________________________________________________________________________________140Outros aglomerantes _____________________________________________________________________________________________141Atividade ___________________________________________________________________________________________________________143

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    Materiais de Construo Bsicos

    Prezado (a) aluno (a),Bem-vindo(a) ao espao de estudo da Disciplina de Materiais de Construo Bsicos.Nesta disciplina vamos conhecer os principais materiais de construo utilizados para as diversas edificaes, bem como suas principais caraterstcas e propriedades, fatores que interferem na escolha

    do material mais adequado a cada caso. No se faz uma obra, por menor que seja, sem utilizar algum

    tipo de material de construo, portanto, parte da qualidade de uma obra depende da qualidade dos

    materiais nela empregada. Da a importncia de nossa disicplina para o conhecimento e escolha correta dos materiais.No decorrer dos semestres sero abordados os seguintes contedos: Introduo ao Estudo dos Materiais;

    Pedras Naturais; Agregados; Materiais Cermicos e Aglomerantes.

    Espero que nossos encontros e atividades propostas sejam agradveis e auxiliem voc a aprofundar

    os conhecimentos sobre o assunto, alm de fornecerem subsdios para sua atuao profissional, quando

    houver a necessidade de trabalhar com materiais de construo. Estaremos sempre disposio para

    auxiliar no que se fizer necessrio.Bons estudos!Objetivos

    Objetivo GeralAo final desta disciplina, o aluno dever conhecer as principais propriedades fsicas dos materiais

    de construo, diferenciar os mesmos de acordo com essas propriedades e identificar os usos mais

    adequados para cada material.

    Habilidades Conhecer as principais propriedades dos materiais bsicos de construo.

    Conhecer as origens e processos de obteno dos diversos materiais estudados de forma a entender melhor

    seu comportamento.

    Identificar os critrios necessrios escolha do material mais adequado a cada situao.

    Especificar materiais para as mais diversas aplicaes.

    Identificar e entender informaes tcnicas que constam nas embalagens e manuais dos materiais

    utilizados.

    Manusear corretamente e de forma segura cada material.

    Detectar a relao entre diferentes materiais necessrios a uma mesma aplicao.

    Quantificar de maneira aproximada os materiais necessrios a cada aplicao em funo do seu rendimento.

    Identificar a influncia dos diversos componentes estudados nas misturas em que sero empregados.

    Detectar patologias e falhas decorrentes do manuseio e emprego inadequados dos materiais de construo.

    APRESENTAOGUIA DIDTICO GD

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    Guia Didtico

    MetodologiaA disciplina ser desenvolvida em 30 horas-aula, atravs do Ambiente Virtual de Aprendizado Moodle,

    onde sero disponibilizados materiais para subsidiar a aprendizagem. Os recursos tecnolgicos

    utilizados sero: textos, atividades de exerccios e pesquisas, vdeos e animaes, imagens, frum e chat de dvidas, e-mail.

    AvaliaoA avaliao ser realizada por meio de atividades propostas no decorrer do semestre como: atividades

    de pesquisa, participao em fruns e chat, exerccios a serem entregues. Alm disso, ser prevista avalio presencial.ProgramaoPrimeira SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na primeira semana so:

    1. Visualizao de apresentao de slides com imagens ressaltando a importncia de se conhecer os materiais de cons-truo que se quer utilizar.

    2. Leitura e estudo do contedo: Evoluo, classificao e propriedades gerais dos materiais de construo. Visualiza-

    o da animao que mostra os principais esforos aos quais esto sujeitos os materiais de construo.

    3. Realizao de atividade: Exerccios relacionando alguns materiais de construo com suas propriedades.

    4. Frum de apresentao: cada aluno se apresenta e relata suas expectativas para a disciplina e impresses das primei-

    ras atividades realizadas.

    Segunda SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na segunda semana so:

    1. Visualizao de uma animao sobre origem das rochas.

    2. Leitura e estudo do contedo: Noes de geologia.

    3. Realizao de atividade: Exerccio descritivo abordando as aplicaes mais adequadas a cada tipo de rocha, de acor-

    do com as propriedades estudadas.

    Terceira SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na terceira semana so:

    1. Visualizar a apresentao de slides com imagens de aplicaes de pedras naturais.2. Leitura e estudo do contedo: Pedras Naturais usadas como material de construo.

    3. Realizao de atividade: atividade com catlogos e imagens.

    4. Participao no frum proposto pelo professor.

    Quarta SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na quarta semana so:

    1. Assistir a um vdeo mostrando a extrao e beneficiamento de britas e areias.

    2. Leitura e estudo do contedo: Agregados.

    3. Realizao de atividade: pesquisa sobre agregados.

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    Materiais de Construo Bsicos

    Quinta SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na quinta semana so:

    1. Leitura da reportagem sobre agregados midos.

    2. Leitura e estudo do contedo: Propriedades fsicas e ensaios com agregados midos. Visualizao de uma sequncia

    de imagens detalhando os ensaios descritos no texto.

    3. Realizao de atividade: exerccios propriedades de agregados midos, envolvendo os ensaios estudados.

    Sexta SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na sexta semana so:

    1. Leitura de piada na apresenta: Para que servem as britas?

    2. Leitura e estudo do contedo: Propriedades fsicas e ensaios com agregados grados. Visualizao de uma sequncia

    de imagens, detalhando os ensaios descritos no texto.

    3. Realizao de atividade: exerccios envolvendo os ensaios estudados.

    4. Participao no chat a ser agendado pelo professor.

    Stima SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na stima semana so:

    1. Assistir ao vdeo Materiais cermicos, mostrando as propriedades da argila como material de construo.

    2. Leitura e estudo do contedo: Instroduo aos materiais cermicos e blocos cermicos. Leitura de reportagem sobre

    fabricao de blocos cermicos.

    3. Realizao de atividade: atividade de pesquisa sobre paredes com diferentes tamanhos e disposio de blocos.

    4. Participao em frum proposto pelo professor.

    Oitava SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na oitava semana so:

    1. Leitura e estudo do contedo: Telhas cermicas.

    2. Realizao de atividade: tarefa de observao de telhados.

    Nona SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na nona semana so:

    1. Apreciao de catlogos com diversos tipos e aplicaes de revestimentos cermicos.

    2. Leitura e estudo do contedo: Revestimentos cermicos. Leitura de reportagem sobre revestimentos cermicos.

    3. Realizao de atividade: Revestimentos cermicos.

    4. Participao em frum: Patologia e revestimentos cermicos.

    Dcima SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na dcima semana so:

    1. Leitura do contedo louas sanitrias.

    2. Leitura e estudo do contedo: Materiais cermicos especiais.

    3. Participao em chat previamente agendado pelo professor.

    Dcima Primeira SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na dcima primeira semana so:

    1. Assistir a um vdeo mostrando o comportamento dos diferentes aglomerantes areos, quando adicionados agua.

    2. Leitura e estudo do contedo: Aglomerantes Minerais e Aglomerantes Areos.

    3. Realizao de atividade: exerccios descritivos.

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    Guia Didtico

    Dcima Segunda SemanaAs atividades a serem desenvolvidas na dcima segunda semana so:

    1. Leitura: Voc conhece a prigem do cimento portland?

    2. Leitura e estudo do contedo: Aglomerantes Hidrulicos. Visualizao de slides com embalagens de cada tipo de cimento e algumas especificaes tcnicas.

    3. Realizao de atividade: especificar o tipo mais adequado de cimento para as situaes descritas pelo professor.

    4. Participao em frum proposto pelo professor: Avaliao da disciplina.

    Currculo Professor-AutorSabrina Elicker HagemannPossui graduao em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (2007) e mestrado em

    Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (2009) . Atualmente Professor Ens Bsico,

    Tcnico e Tecnolgico do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Sul-Rio-Grandense.

    Referncias

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 7211: Agregados para concreto. Rio de Janeiro: 2009.

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 7225: Materiais de pedra e agregados naturais. Rio de Janeiro: 1993.

    BAUER, L. A. Falco. Materiais de Construo. Rio de Janeiro: LTC, 1994.

    BORGES, A. C. Prtica das Pequenas Construes. Vol. I. 9 Ed. So Paulo: Edgard Blucher, 2009.

    PETRUCCI, Eldio G. R. Materiais de Construo. Porto Alegre: Globo, 1973.

    REVISTA Equipe de Obra. Disponvel em: .

    SILVA, Moema Ribas. Materiais de Construo. So Paulo: PINI, 1991.

    VERCOSA, Enio Jose. Materiais de Construo. Porto Alegre: Sagra, 1984.

    YAZIGI, W. A tcnica de edificar. 10 Ed. So Paulo: Pini, 2009.

  • A

  • Unidade AMateriais de Construo bsicos AIntroduo aos materiais de construo

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    Unidade A

    IntroduoOs materiais de construo so definidos como todo e qualquer material utilizado na construo de uma

    edificao, desde a locao e infraestrutura da obra at a fase de acabamento, passando desde um sim-ples prego at os mais conhecidos materiais, como o cimento.

    A expresso materiais de construo, portanto, abrange uma gama extensa de materiais, dos quais es-tudaremos alguns dos principais, que denominamos Materiais de Construo Bsicos.

    Na construo civil temos materiais que so utilizados h muitos anos da mesma forma, como o concre-to, e outros que evoluem constantemente. E a evoluo dos materiais de construo no um processo

    recente, pois teve incio desde os povos primitivos, que utilizavam os materiais assim como os encon-travam na natureza, sem qualquer transformao. Com a evoluo do homem surgem necessidades que

    levam transformao desses materiais de uma maneira simplificada, a fim de facilitar seu uso ou de

    criar novos materiais a partir deles. Assim, o homem comea a moldar a argila, a cortar a madeira e a

    lapidar a pedra. Outro exemplo de evoluo foi a descoberta do concreto que surgiu da necessidade do

    homem de um material resistente como a pedra, mas de moldagem mais fcil.

    Perceba que os materiais continuam evoluindo para satisfazer as necessidades do homem e de forma

    cada vez mais rpida, com exigncias cada vez maiores quanto a sua qualidade, durabilidade e custo.

    Alm disso, h um cenrio sustentvel no qual a produo e o emprego dos materiais de construo

    devem considerar a questo ambiental.

    Nessa unidade, voc vai entender a importncia do conhecimento acerca dos materiais de construo.

    Ateno

    Nenhuma obra feita sem materiais e a qualidade e durabilidade de uma construo dependem diretamente da qualidade e da durabilidade dos materiais que nela so empregados. Por isso, necessrio que o responsvel tcnico de uma edificao tenha em mente a importncia de conhecer as propriedades e aplicaes mais ade-quadas para cada material.

    Para Silva (1985), na hora de escolher os materiais que ir utilizar, o responsvel tcnico por uma edifi-cao deve analis-los de acordo com seguintes aspectos:

    Condies tcnicasO material deve possuir propriedades que o tornem adequado ao uso que se pretende fazer dele. Entre

    essas propriedades esto a resistncia, a trabalhabilidade, a durabilidade, a higiene e a segurana.

    INTRODUO AOS MATERIAIS DE CONSTRUO

    UNIDADE A

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    Materiais de Construo Bsicos

    Condies econmicasO material deve satisfazer as necessidades de sua aplicao com um custo reduzido no s de aquisio,

    mas de aplicao e de manuteno, visto que muitas obras precisam de servios de manuteno depois

    de concludas e que da manuteno depende a durabilidade da construo.

    Condies estticas: O material utilizado deve proporcionar uma aparncia agradvel e conforto ao ambiente onde for apli-cado.

    ClassificaoOs materiais de construo podem ser classificados de acordo com diferentes critrios. Entre os crit-rios apresentados por Silva (1985) podemos detacar como principais a classificao quanto origem e

    funo.

    Quanto origem ou modo de obteno os materiais de construo podem ser classificados em:

    Naturais: so aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados. Em alguns casos precisam de trata-mentos simplificados como uma lavagem ou uma reduo de tamanho para serem utilizados. Como exemplo desse

    tipo de material, temos a areia, a pedra e a madeira.

    Artificiais: so os materiais obtidos por processos industriais. Como exemplo, pode-se citar os tijolos, as telhas e o

    ao. Combinados: so os materiais obtidos pela combinao entre materiais naturais e artificiais. Concretos e argamas-

    sas so exemplos desse tipo de material.

    Quanto funo onde forem empregados, os materiais de construo podem ser classificados em:

    Materiais de vedao: so aqueles que no tm funo estrutural, servindo para isolar e fechar os ambientes nos quais so empregados, como os tijolos de vedao e os vidros.

    Materiais de proteo: so utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida til da edificao. Nessa

    categoria podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilizao.

    Materias com funo estrutural: so aqueles que suportam as cargas e demais esforos atuantes na estrutura. A madeira, o ao e o concreto so exemplos de materiais utilizados para esse fim.

    Propriedades Gerais dos Materiais So as qualidades exteriores que caracterizam e distinguem os materiais. Um determinado material

    conhecido e identificado por suas propriedades e por seu comportamento perante agentes exteriores.

    Bauer (2008) define algumas das principais propriedades dos materiais dentre as quais podemos citar

    as mais importantes ao nosso estudo :

    Extenso: a propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espao.

    Massa: a quantidade de matria e constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver.

    Peso: definido como a fora com que a massa atrada para o centro da Terra varia de local para local.

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    Volume: o espao que ocupa determinada quantidade de matria.

    Massa especfica: a relao entre sua massa e seu volume.

    Peso especfico: a relao entre seu peso e seu volume.

    Densidade: a relao entre sua massa e a massa do mesmo volume de gua destilada a 4C.

    Porosidade: a propriedade que tem a matria de no ser contnua, havendo espaos entre as massas.

    Dureza: definida como a resistncia que os corpos opem ao serem riscados.

    Tenacidade: a resistncia que o material opem ao choque ou percursso.

    Maleabilidade ou Plasticidade: a capacidade que tm os corpos de se adelgaarem at formarem lminas sem, no entanto, se romperem.

    Ductibilidade:a capacidade que tm os corpos de se reduzirem a fios sem se romperem.

    Durabilidade: a capacidade que os corpos apresentam de permanecerem inalterados com o tempo.

    Desgaste: a perda de qualidades ou de dimenses com o uso contnuo.

    Elasticidade:a tendncia que os corpos apresentam de retornar forma primitiva ps a aplicao de um esforo.

    Esforos Mecnicos Os materiais de construo esto constantemente submetidos a solicitaes como cargas, peso prprio,

    aao do vento, entre outros, que chamamos de esforos. Dependendo da forma como os esforos se

    aplicam a um corpo, recebe uma donominao. Os principais esforos aos quais os materias podem ser

    submetidos so:

    Compresso: esforo aplicado na mesma direo e sentido contrrio que leva a um encurtamento do objeto na

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    Materiais de Construo Bsicos

    direo em que est aplicado. Trao: esforo aplicado na mesma direo e sentido contrrio que leva o objeto a sofrer um alongamento na dire-

    o em que o esforo aplicado. Flexo: esforo que provoca uma deformao na direo perpendicular ao qual e aplicado.

    Toro: esforo aplicado no sentido da rotao do material.

    Cisalhamento: esforo que provoca a ruptura por cisalhamento.

    Os detalhes sobre como cada esforo age num material so apresentados na animao que acompanha

    o material didtico desta unidade.

    SnteseVoc conheceu nesta unidade o que so materiais de construo e algumas classificaes quanto sua

    origem ou modo de obteno e, quanto funo conforme seu emprego.

    Voc conheceu tambm algumas propriedades dos materiais e os esforos aos quais so submetidos.

    Vamos agora ver como est seu entendimento realizando a atividade proposta no tpico de atividades -

    Materiais de Construo: Classificaes, Propriedades e Esforos.

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    EXERCCIOS1. Painis de gesso acartonado so placas que podem ser utilizadas para criar paredes leves e fechar

    ambientes sem acarretar muitas cargas no pavimento onde so colocadas. Quanto funo, este material

    pode ser classificado como

    a. Material Natural.b. Material Artificial.c. Material Composto.d. Material de Vedao.

    e. Material de Proteo.

    2. As rochas ornamentais como mrmore e granito so extradas de uma jazida, cortadas e polidas para seu

    uso, um tratamento simples que alcana resultados surpreendentes do ponto de vista esttico. Quanto

    origem, esse material pode ser classificado como

    a. Material Natural.b. Material Artificial.c. Material Composto.d. Material de Vedao.

    e. Material com Funo Estrutural

    3. A argila expandida um agregado utilizado na confeco de concretos leves e isolantes trmicos e acsticos

    e obtido atravs de tratamento trmico. A argila, formada por silicatos de alumnio e xidos de ferro e

    alumnio pode ter propriedades expansivas quando exposta a altas temperaturas, que promovem a expanso

    de gases, fazendo com que a argila se transforme em gros porosos de variados dimetros. Quanto origem

    do material, a argila expandida pode ser classificada como

    a. Material Natural.b. Material Artificial.c. Material com Funo Estrutural.d. Material de Vedao.e. Material de Proteo.

    4. O verniz um material utilizado na cobertura de madeiras para evitar a degradao das mesmas no

    decorrer do tempo. Quanto funo este material pode ser classificado como

    a. Material Natural.b. Material Artificial.c. Material de Vedao.d. Material de Proteo.

    e. Material com Funo Estrutural.

    5. O vidro um material que dificilmente riscado, porm pode se estilhaar quando submetido a choques

    de pequena intensidade. Quanto s propriedades do vidro, relacionadas s caractersticas citadas, podemos

    dizer que possui

    a. alta elasticidade e baixa durabilidade.

    ATIVIDADESUNIDADE A

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    b. baixa tenacidade e alta ductibilidade.c. alta dureza e baixa tenacidade.d. alta durabilidade e baixa dureza.

    e. alta tenacidade e baixa ductibilidade.

    6. A argila um material de fcil moldagem, podendo ser moldado em finas espessuras sem se romper, como

    no caso das telhas cermicas. A essa propriedade dos materiais chamamos de

    a. tenacidade.b. plasticidade.c. dureza.d. porosidade.

    e. desgaste.

    7. Ao esticarmos uma barra de ao, haver uma tendncia de num determinado ponto a espessura da barra

    comear a diminuir, em virtude do seu alongamento, at se reduzir a espessura de um fio, fenmeno que

    denominamos de estrico. Esse fenmeno ocorre devido a uma propriedade dos materiais conhecida por

    a. maleabilidade.b. tenacidade.c. desgaste. d. durabilidade.

    e. ductibilidade.

    8. Se colocarmos um tijolo na gua e o tirarmos, ele sair molhado pois absorve parte da gua. O mesmo

    acontece quando se levanta uma alvenaria, situao na qual o tijolo absorve parte da gua da argamassa

    utilizada para o assentamento do bloco. Essa caracterstica consequncia de uma propriedade do tijolo

    chamada

    a. porosidade.b. plasticidade.c. dureza. d. ductibilidade.

    e. desgaste.

    9. A figura a seguir demonstra um dos esforos a que os materiais de construo esto constantemente

    submetidos. Trata-se de um esforo de

    a. compresso.b. trao.c. flexo.d. cisalhamento.e. toro.

    10. A figura a seguir demonstra outro esforo a que os materiais de construo esto constantemente

    submetidos. Trata-se de um esforo de

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    a. compresso.b. trao.c. flexo.d. cisalhamento.e. toro.

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  • Unidade BMateriais de Construo BsicosB Noes de geologiaPedras naturais como materiais de construo

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    Unidade B

    IntroduoA geologia a cincia que estuda a origem, os processos de formao, a estrutura e a composio da crosta terrestre. Uma parte da geologia estuda os processos de formao das rochas, os quais, em sua maioria, so resultado do embate das foras da natureza que podem ser provenientes da dinmica in-terna ou externa da Terra. Como exemplo da dinmica interna da Terra, temos a atividade dos vulces e terremotos que surgem, entre outras razes, da necessidade de acomodao entre as camadas da Terra marcadas por descontinuidades entre si, conforme representado de forma simplificada na Figura B.1.

    A dinmica externa envolve processos como o de eroso e sedimentao. Um exemplo a formao de rochas e solos por processos erosivos, onde uma rocha se desfaz em partculas de minerais e fragmentos devido ao de componentes quimicos da atmosfera, condies climaticas e atuao de organismos. Devido a mecanismos de eroso, os fragmentos citados anteriormente so transportados para outros locais e do origem a outros tipos de rochas e solos.Alm dos processos naturais, exitem os processos artificias de transformao, desencadeados pelas aes humanas. Entre essas medidas que provocam transformaes na composio e estrutura da cros-ta terrestre, podemos citar a modificao do regime de escoamento, infiltrao e evapotranspirao da

    gua e das chuvas, a acelerao de processos erosivos, desertificao e salinizao de aquferos, o uso de insumos e fertilizantes agrcolas, desmatamento e aumento da produo de sedimentos, garimpagem e extrao de minerais, produo de rejeitos que liberam elementos txicos, entulhamento de vales, pro-duo de energia, nas mais diferentes formas, com gerao de impactos ambientais.Animao sobre a Processo de formao das rochas, disponvel no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

    1. NOES DE GEOLOGIAUNIDADE B

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    Materiais de Construo Bsicos

    Rochas na EngenhariaDirecionando nosso estudo para as rochas como parte da engenharia, podemos destacar duas finalida-des das mesmas: Localdeinstalaesdeobras:asrochaspodemserutilizadascomofundaesdeobras,comomaterialdebase

    paratneis,galerias,entreoutros.

    Materialdeconstruo:materiaiscomopedrasbrita,areia,componentesdemisturascermicas,pedrasparare-

    vestimento,matrias-primasdacaledocimento,sooriginriosderochasestudadaspelageologia;

    Independente da rea de aplicao, cada rocha tem caractersticas prprias que influenciam no seu com-portamento. Entre as principais podemos citar: composiomineralgica:refere-seaosmineraisquecompemcadarocha.

    textura:omodocomoosmineraisestodistribudos.

    estrutura:refere-sehomogeneidadeouheterogeneidadedoscristasconstituintes.Como o foco de nosso estudo a aplicao das rochas de forma correta, no vamos nos aprofundar na anlise desses trs tpicos, porm, interessante conhecer alguns dos principais minerais que com-pem as rochas que iremos estudar.Lembrete

    AotratardemineraisfalaremosdeMassaEspecficaeDureza.

    Massa especficaarelaoentreamassaeovolumerealdeummaterial.Quandofalamosderochas,maiores

    valoresdemassaespecficarepresentamrochasmaiscompactas,commenornmerodevaziosnomaterial.

    Dureza:aresistnciaaorisco.Soosnmerosque,atribudosdurezadasrochassooriginriosdaEscalaMohs,umaescalaquevaide1a10classificandoosmateriaisnosentidocrescentededureza.Asrochasoumine-raisdedureza1somenosresistentesaoriscoeasdedureza10soasmaisresistentes,existindovriasrochas

    dedurezaintermedirianesteintervalo.

    MineraisOs minerais so definidos como substncias slidas, naturais, inorgnicas e homogneas, que possuem

    composio qumica definida e estrutura atmica caracterstica. So compostos qumicos resultantes da associao de tomos de dois ou mais elementos. A composio de uma rocha quanto aos minerais nela presentes determinada com o auxlio da anlise petrogrfica.A seguir so apresentados, de forma resumida, os principais minerais que compem as rochas mais uti-lizadas como material de construo e suas caractersticas:Caulinita

    o principal componente de argilas. Sua massa especfica de 2,6 e sua dureza de 1.

    Feldspato o material mais abundante na natureza. Apresenta-se nas cores branca, cinza, rosa e avermelhada. Pos-sui massa especfica entre 2,55 e 2,76 e a dureza de aproximadamente 6. Est presente na constituio

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    de rochas gneas (granito), sedimentares (arenito) e metamrficas (gnaisses).

    Quartzo

    um dos minerais mais comuns na natureza. Possui as cores incolor, leitosa e cinza, Sua dureza 7 e a

    massa especfica de 2,65. Est presente na composio das rochas gneas (granito), sedimentares (are-nito) e metamrficas (quartzitos, gnaisses).

    Mica

    Possui composio qumica complexa. Possui dureza de 2 a 3 na escala Mohs.

    Calcita

    Mineral solvel em meio cido. Apresenta cores incolor e branca. Tem massa especfica de 2,7 e dureza

    3. Est presente nas rochas sedimentares (calcreo) e metamrficas (mrmores).

    Dolomita

    Mineral menos solvel em meio cido que a calcita. Apresenta cor branca e dureza de 3,5. Compe as

    rochas sedimentares (calcreos dolomticos) e metamrficas (mrmores dolomticos).

    Formao e Classificao das RochasUma rocha definida como um corpo slido natural, resultante de um processo geolgico determinado, formado por agregados de um ou mais minerais arranjados, segundo condies de temperatura e pres-so existentes durante sua formao.De acordo com o processo de formao, podemos classificar as rochas em: Rochasgneas

    RochasSedimentares

    RochasMetamrficas

    Rochas gneas ou Magmticas

    Resultam da solidificao do magma. Quando formadas em profundidade (dentro da crosta) so chama-das de rochas plutnicas ou intrusivas e neste caso so formadas por uma estrutura cristalina e apresen-tam textura de graduao grossa. Caso sejam formadas na superfcie terrestre pelo extravasamento de lava por condutos vulcnicos so chamadas de rochas vulcnicas ou extrusivas e so caracterizadas por uma estrutura que pode ser vtrea ou cristalina e apresentam textura com graduao fina.Em geral, apresentam melhor comportamento geomecnico que as demais rochas e so as mais utiliza-das na construo civil. Por serem mais resistentes, so mais abrasivas, o que pode causar desgaste nos equipamentos utilizados para trabalhar esse tipo de rocha;Como exemplos desse tipo de rochas, podemos citar os granitos, basaltos, dioritos, entre outras.Rochas sedimentares

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    Materiais de Construo Bsicos

    So resultantes da consolidao de sedimentos, ou seja, formam-se a partir de partculas minerais pro-venientes da desagregao e transporte de rochas pr-existentes. Geralmente so rochas mais brandas, isto , com menor resistncia mecnica. Constituem uma camada relativamente fina (aproximadamente

    0,8 km de espessura) da crosta terrestre, que recobre as rochas gneas e metamrficas.O processo de formao das rochas sedimentares pode ser dividido em duas etapas: quando ocorre a deposio, ou seja, o arranjo dos fragmentos de rochas em camadas diferentes, temos as rochas prim-rias e o processo de origem mecnica. Aps a deposio, ocorre um processo de origem qumica, onde h transformao de sedimentos em rochas por meio de um conjunto de processos qumicos e fiscos, que ocorrem em condies de baixas presses e temperaturas, conhecido por diagnese. Nessa etapa, a rocha chamada de secundria.Como exemplos de rochas sedimentares podemos citar: arenitos, calcrios, carvo, entre outras.Rochas MetamrficasResultam de outras rochas pr-existentes que, no decorrer dos processos geolgicos, sofreram mudan-as mineralgicas, qumicas e estruturais, que provocaram a instabilidade dos minerais, os quais tendem a se transformar e rearranjar sob novas condies. Como exemplos de rochas metamrficas podemos citar: gnaisses, quartzitos, mrmores, ardsias, entre outras.Sntese

    A seguir, faa a verificao da sua aprendizagem realizando a atividade: Exerccios de fixao.

    Sites interessanteshttp://www.abirochas.com.br/rochas_ornamentais.php

    http://www.araguaiapedras.com.br/index.html

    Referncias

    PETRUCCI,E.Pedras Naturais. In: Materiais de Construo . PortoAlegre:Globo,e1975.p.262-304.

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    Principais caractersticas das rochas como materiais de construoA escolha de uma rocha natural como material de construo depende de diversos fatores dentre os quais podemos destacar os critrios tcnicos e econmicos. Os critrios econmicos referem-se ao custo do material e a sua disponibilidade no local ou prximo ao local de utilizao. Os critrios tcnicos refe-rem-se caratersticas que o material possui que atendem s finalidades da aplicao pretendida. Para

    definir se uma rocha ou no adequada a determinado uso, precisamos analisar suas propriedades e,

    para isso, necessrio conhecer as principais propriedades das pedras naturais e como influenciam nas

    caratersticas do material. Alm da composio mineralgica, textura e estrutura vistas anteriormente,

    Petrucci (1975) cita as seguintes propriedades como algumas das principais:

    Resistnciamecnica: definida como a resistncia que a pedra oferece ao ser submetida aos diferentes tipos de

    esforos mecnicos, como compresso, trao, flexo e cisalhamento, alm da resistncia ao desgaste e ao choque

    (tenacidade). De maneira geral, as pedras naturais resistem melhor compresso do que aos demais esforos.

    Durabilidade: a durabilidade a capacidade que tem o material de manter suas propriedades e desempenhar sua

    funo no decorrer do tempo, dependendo de vrias caractersticas entre elas a porosidade, a compacidade e a

    permeabilidade. A compacidade o volume de slidos na unidade de volume da rocha natural e pode ser medida

    pela relao entre a massa especfica aparente e a massa especfica absoluta. A massa especfica aparente a re-lao entre a massa de um material e seu volume aparente (volume real do material somado ao volume de vazios

    incorporado ao material) e a massa especfica absoluta a relao entre a massa e o volume real do material. A po-rosidade a relao entre o volume de vazios e o volume total da pedra e a permeabilidade uma medida indireta

    da ligao entre esses vazios, que permite a entrada de gases e lquidos na massa de rocha. Portanto, quanto mais

    permevel uma rocha, mais suscetvel est ao de agentes agressivos. Em regies de baixas temperaturas a

    gua absorvida pela pedra pode congelar e, o aumento de volume consequente da transformao de gua em gelo,

    pode ser prejudicial durabilidade da pedra. Por outro lado, uma porosidade adequada melhora a aderncia da

    pedra argamassa de assentamento. A durabilidade tambm est relacionada alterabilidade da pedra, ou seja, a

    modificao de suas caratersticas e propriedades por agentes agressivos, que pode prejudicar o desempenho do

    material.

    Trabalhabilidade: a facilidade de moldar a pedra de acordo com o uso. Depende de fatores como a dureza e da

    homogeneidade da rocha. Como visto anteriormente, a dureza a resistncia ao risco ou ao corte e no caso da

    trabalhabilidade das rochas indicar o meio de corte mais adequado. De acordo com Petrucci (1975), peas mais

    brandas podem ser cortadas com serras de dentes enquanto peas mais duras demandam corte com diamante.

    Segundo o mesmo autor, uma rocha homognea aquela que apresenta as mesmas propriedades em amostras

    diferentes e que ao choque do martelo se quebra em pedaos e no em gros, como ocorre nas rochas no-homo-gneas. Dessa forma, a homogeneidade permite a obteno de peas com formatos adequados.

    Esttica: depende da textura, da estrutura e colorao da pedra, caractersticas que esto relacionadas aos mine-rais que compem a mesma.

    UNIDADE B2. PEDRAS NATURAIS COMO MATERIAL DE CONSTRUO

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    Materiais de Construo Bsicos

    Principais rochas utilizadas como material de construoGranitosO Granito uma rocha gnea que, devido a seu processo de formao, classificada como uma rocha

    plutnica. composto principalmente de quartzo, feldspato e minerais ferro-magnesianos e as tonalida-des de cor variam de cinza a rosa/avermelhada. Como principais caratersticas da rocha, podemos

    destacar a homogeneidade, a isotropia (mes-mas propriedades independente da direo dos minerais), alta resistncia compresso e baixa porosidade.Na construo civil utilizado na confeco de fundaes (em forma de bloco), de muros, cal-amentos, como agregado para concreto e ro-cha ornamental em pisos, paredes, tampos de

    pias, lavatrios, bancadas e mesas, e em deta-lhes diversos. A fixao do granito como rocha ornamental feita com o uso de argamassas prprias para o tipo de rocha. Na figura B.3 apresentado um exemplo de rocha granito.

    BasaltosO basalto classificado como uma rocha gnea vulcnica. Dentre as rochas que ocorrem em forma de

    derrame pode ser considerado dos mais abundantes. As cores variam de cinza-escura a preta, com

    tonalidades avermelhadas/amarronzadas, devido a xidos/hidrxidos de ferro gerados por alterao intemprica. constitudo principalmente por feldspato e uma das caratersticas marcantes a elevada resistncia e a maior dureza entre as pedras mais utilizadas. Na construo civil, o basalto muito utilizado

    como pedra britada em agregados asflticos, para concretos e lastros de ferrovias. Assim como o granito possui larga aplicao como pedra para calamento e em outras formas de pavimentao. Quando polido pode ser utilizado como rocha ornamental,

    principalmente em pisos. A figura B.4 mostra um exemplar de basalto.

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    DioritosO diorito uma rocha gnea com caractersticas fsico-

    mecnicas e usos semelhantes aos granitos, conforme

    mostra a figura B.5, sendo chamados de granitos

    pretos. Diferem dos granitos na composio

    mineralgica, mas so utilizados para os mesmos fins, tendo larga aplicao como rocha ornamental em arte morturia.

    Arenitos O arenito uma rocha sedimentar constituda principalmente por gros de slica ou quartzo. So utilizados principalmente em revestimentos de pisos e paredes e so muito empregados na confeco de mosaicos. Dependendo da composio podem apresentar

    razovel resistncia ao risco. A figura B.6 apresenta uma amostra de arenito.

    Clcarios e dolomitos

    So rochas sedimentares carbonticas com-postas por mais de 50% de materiais carbon-ticos (calcita ou dolomita). A principal aplica-o na construo civil como matria-prima para a indstria cimenteira, de cal, vidreira, siderrgica e como corretor de solos. Alguns dolomitos podem ser utilizados como brita e agregado para concreto por serem mais duros que os calcreos. A figura B.7 apresenta um

    exemplo de rocha calcria.

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    Materiais de Construo Bsicos

    ArdsiaA ardsia uma rocha metamrfica, originada a partir

    do metamorfismo do siltito que uma rocha sedimentar.

    Como caractersticas cabem destacar a boa resistncia

    mecnica e as propriedades de material isolante trmico.Como material de construo utilizada como rocha ornamental em coberturas de casas, pisos, tampos e

    bancadas. Uma amostra apresentada na figura B.8.

    QuartzitosOs quartzitos so rochas metamrficas que resultam

    do metamorfismo dos arenitos. So rochas duras,

    com alta resistncia britagem e ao corte, resistentes

    a alteraes intempricas e hidrotermais, formadas por quartzo recristalizado. Apresentam-se nas cores branca, vermelha e com tons de amarelo.Como material de construo so utilizados em pisos e calamentos. A fixao do quartzito como rocha ornamental feita com o uso de argamassas prprias para o tipo de rocha. Um exemplo de quartzito apresentado na figura B.9.

    MrmoresO mrmore uma rocha metamrfica que con-tm mais de 50 % de minerais carbonticos

    (calcita e dolomita), formados a partir do me-tamorfismo de rochas sedimentares calcticas ou dolomticas. Apresenta granulao variada e cores branca (conforme a figura B.10), rosa-da, cinzenta e esverdeada.So utilizados principalmente como rocha or-namental em ambientes interiores, podendo

    ser aplicados em pisos e paredes, lavatrios,

    lareiras, mesas, balces, tampos e outros deta-lhes. A fixao do mrmore como rocha orna-mental feita com o uso de argamassas prprias para o tipo de rocha.

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    GnaissesA gnaisse uma rocha metamrfica composta

    principalmente de quartzo e feldspato. Deri-vam de rochas granticas e possuem granulo-metria mdia a grossa. So rochas de elevada resistncia e apropriadas para a maioria dos

    propsitos da engenharia. A figura B.11 mos-tra um exemplo de gnaisse.

    SnteseROCHA PRINCIPAISAPLICAES

    GRANITO Bloco de fundao, muros, calamentos, agregado para concreto, pisos, paredes, tampos de pias, lavatrios, bancadas e mesas, acabamentos.

    BASALTO Agregados asflticos, agregado para concreto, lastros de ferrovias, calamentos, alvenarias, pisos e caladas.

    DIORITO Mesmas aplicaes do granito e arte morturia.

    ARENITOS Revestimentos de pisos e paredes.CALCRIOSEDOLOMITOS Matria-prima para a indstria cimenteira, de cal,

    vidreira, siderrgica, corretor de solos, agregado.

    ARDSIA Telhas, pisos, tampos e bancadas.

    QUARTZITOS Revestimentos, pisos e calamentos.

    MRMORES Revestimento de ambientes internos, pisos, paredes, lavatrios, lareiras, mesas, balces, tampos e acabamentos.

    GNAISSES Rocha ornamental, agregado e pavimentao.

    Tabela 1: Sntese das rochas e suas aplicaes

    Sites interessanteshttp://www.pedreirassaotome.com.br/index.php

    http://www.araguaiapedras.com.br/index.html

    http://www.revistarochas.com.br/home.html

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    Materiais de Construo Bsicos

    Rochas como material de construo1. Com base nas amostras de rochas apresentadas no texto, identifique qual rocha foi utilizada nas imagens

    da apresentao de slides Pedras Naturais, utilizada como atividade motivadora e complete a tabela abaixo.

    IMAGEM ROCHA UTILIZADASLIDE 3SLIDE 4SLIDE 5SLIDE 6SLIDE 7SLIDE 8SLIDE 9SLIDE 10SLIDE 11SLIDE 12SLIDE 13SLIDE 14SLIDE 15SLIDE 16SLIDE 17Dicas:

    1. Acesse os sites de onde as imagens foram retiradas para conhecer mais sobre as rochas e solucionar possveis

    dvidas!

    2. Faa uma anlise do catlogo anexo ao material, observando as informaes mais relevantes que constam no

    mesmo.

    3. Frum: poste no frum uma observao sobre que informaes constam no catlogo tcnico que lhe auxilia-riam na escolha de pedras naturais e justifique sua resposta. Aproveite a oportunidade do frum para escla-recer suas dvidas sobre o contedo da Unidade. Bom Trabalho!

    ATIVIDADEUNIDADE B

  • Unidade CMateriais de Construo BsicosC AgregadosPropriedades fsicas e ensaios com o agregados midosPropriedades fsicas e ensaios com o agregados grados

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    IntroduoDe acordo com Bauer (2008), a definio de agregado a seguinte: material particulado, incoesivo, de

    atividade qumica praticamente nula, constitudo de misturas de partculas cobrindo extensa gama de

    tamanhos. Especificamente na construo civil a definio de agregado pode ser resumida como: ma-terial granuloso e inerte, que entra na composio das argamassas e concretos, contribuindo para o

    aumento da resistncia mecnica e reduo de custo na obra em que for utilizado.

    A maioria dos agregados encontra-se disponvel na natureza, como o caso das areias, seixos e pedras

    britadas. Alguns passam por processos de beneficiamento como o caso das britas, cuja rocha extra-da de uma jazida e precisa passar por divesos processos de beneficiamento para chegar aos tamanhos

    adequados aos diversos usos.

    Existem ainda alguns subprodutos de atividades industriais que so utilizados como agregados, como

    o caso da escria de alto-forno, que um resduo resultante da fabricao de ferro gusa e alguns mate-riais reciclados, porm, seu uso se restringe a aplicaes onde o critrio resistncia menos significativo.

    ClassificaoExistem diversos critrios de classificao para os agregados, porm, o principal deles aquele que clas-sifica os agregados de acordo com o tamanho dos gros. A NBR 7211 classifica os agregados de acordo

    com o tamanho em:

    AgregadoMudo: Materiais que cujos gros, em sua maioria passem pela peneira ABNT 4,75 mm e ficam retidos

    na peneira de malha 150 m. As areias so os principais exemplos de agregado mudo.

    AgregadoGrado:Materiais cujos gros passam pela peneira de malha nominal 75 mm e ficam retidos na peneira

    ABNT 4,75 mm. Cascalho e britas so exemplos de agregados grados.

    Pedra BritaDefiniesA pedra brita um agregado originado da britagem ou diminuio de tamanho de uma rocha maior, que

    pode ser do tipo basalto, granito, gnaisse, entre outras. O processo de britagem d origem a diferentes

    tamanhos de pedra que so utilizadas nas mais diversas aplicaes. De acordo com a dimenso que a

    pedra adquire aps a britagem, recebe nomes diferentes. Bauer (2008) apresenta a definio dos prin-cipais produtos do processo de britagem:

    Brita: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorreram em jazidas, pelo processo industrial de frag-mentao da rocha macia.

    Racho: agregado constitudo do material que passa no britador primrio e retido na peneira de 76mm. a fra-

    1. AGREGADOSUNIDADE C

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    Materiais de Construo Bsicos

    o acima de 76mm da bica-corrida primria. O racho tambm conhecido como pedra de mo e geralmente

    tem dimenses entre 76 e 250mm.

    Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra sada do britador. Chama-se primria quando deixa

    o britador primrio (graduao na faixa de 0 a 300 mm) e secundria, quando deixa o britador secundrio (gradua-o na faixa de 0 a 76 mm).

    PedraBritada: produto da diminuio artificial de uma rocha, geralmente com o uso de britadores, resultando em

    uma srie de tamanhos de gros que variam de 2,4 a 64mm. Esta faixa de tamanhos subdividida em cinco gradu-aes, denominadas, em ordem crescente, conforme os dimetros mdios: pedrisco, brita 1, brita 2, brita 3 e brita

    4.

    Pdepedra: Material mais fino que o pedrisco, sendo que sua graduao varia de 0/4,8mm. Tem maior porcenta-gem de finos que as areias padronizadas, chegando a 28% de material abaixo de 0,075, contra os 15% da areia para

    concreto.

    Areiadebrita: obtida dos finos resultantes da produo da brita dos quais se retira a frao inferior a 0,15mm. Sua

    graduao 0,15/4,8mm.

    Fler:Agregado de graduao 0,005/0,075; com gros da mesma grandeza de gros de cimento. Material obtido

    por decantao nos tanques das instalaes de lavagem de britas das pedreiras. utilizado em mastiques betumi-nosos, concretos asflticos e espessamentos de betumes fludos.

    Restolho: material granular de gros frgeis que pode conter uma parcela de solos. retirado do fluxo na sada do

    britador primrio.

    FabricaoO processo de fabricao da pedra brita comea com a extrao dos blocos, que so fragmentos de ro-chas retirados das jazidas, com dimenses acima de 1m. A figura C.1. mostra um local de extrao de

    blocos de rocha.

    Esses blocos alimentam o britador primrio, que o equipamento responsvel pela primeira diminui-o de tamanho da rocha. O subproduto do britador primrio a bica-corrida primria, que pode ter

    aplicaes especficas ou ser encaminhada ao britador secundrio para dar continuidade ao processo

    de fabricao de pedras com tamanhos menores. Quando a frao maior que 76 mm separada da bica--corrida primria, temos um tipo especfico de pedra conhecido como racho.

    Aps a rocha passar pelo britador secundrio, onde ocorre mais uma diminuio de tamanho, temos a

    bica-corrida secundria. Em algumas britagens pode-se ter um terceiro britador. A bica corrida secun-dria passa por uma srie de peneiras com diferentes aberturas, que separam o agregado conforme o

    tamanho dos gros. Os fragmentos de rocha que ficam retidos em cada peneira so transportados por

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    meio de correias para as pilhas de estocagem correspondentes a cada tamanho.

    Dessa etapa resultam os seguintes produtos: pedrisco ou brita 0, a brita 1, a brita 2, a brita 3 e a brita 4.

    De acordo com NBR 7225, os tamanhos de gros correspondentes a cada faixa obedecem aos requisitos

    da tabela a seguir:

    NMEROABERTURADEPENEIRASDEMALHASQUADRADAS(mm)

    MNIMA MXIMA

    1 4,8 12,52 12,5 25,03 25,0 50,0

    4 50,0 76,0

    Tabela 1: tamanho de gro e faixa correspondenteFonte: NBR 7225

    Petrucci (1982) apresenta uma classificao que se aproxima dos tamanhos comerciais dos agregados:

    NMEROTAMANHODOSGROS(mm)

    MNIMO MXIMO0 4,8 9,51 9,5 19,02 19,0 25,03 25,0 50,0

    4 50,0 76,0

    5 76,0 100,0

    Tabela 2: tamanho de gro de acordo com PetrucciFonte: Petrucci (1982)

    A figura C.2 mostra o esquema geral do processo de britagem e a figura C.3 mostra a viso geral do pro-cesso de produo de uma britagem.

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    Materiais de Construo Bsicos

    Principais aplicaes dos produtos da britagem Concretodecimento:empregados principalmente o pedrisco, a pedra 1 e a pedra 2. Atualmente tambm se usa o

    p de pedra. Em concretos ciclpicos so utilizados a pedra 4 e o racho.

    ConcretoAsfltico: uso de mistura de diversos agregados comerciais fler, areia, pedra 1, pedra 2 e pedra 3.

    Argamassas de enchimento: uso da areia de brita e p de pedra.

    Correodesolos: uso de propores de p de pedra para diminuir a plasticidade.

    Aterros: uso de restolhos.

    PavimentosRodovirios: em subleitos usa-se a bica corrida secundria e o p de pedra. Para a base, emprego de

    pedra britada de graduao maior que 6mm (a ideal 25 mm) originada de rocha s e como material de enchi-mento a mistura de areia grossa e fina. Para o concreto betuminoso, uso de vrias faixas granulomtricas de brita,

    dependendo da camada (camada de rolamento 1,7/9,5) e fler para engorda de revestimentos betuminosos,

    evitando que o revestimento amolea em dias de muito calor.

    Lastrodeestradasdeferro:uso de brita de graduao fechada com gros de formas regulares variando de

    12/50mm

    AreiaA areia um agregado mido que pode ser originrio de fontes naturais como leitos de rios, depsitos

    elios, bancos e cavas ou de processos artificiais como a britagem. Quando proveniente de fontes natu-rais, a extrao do material, na maioria dos casos, feita por meio de dragas e processos de escavao e

    bombeamento. Independente da forma de extrao, o material passa por processos de lavagem e classi-ficao antes de ser comercializado.

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    Unidade C

    Quanto ao tamanho de seus gros, a areia classificada em faixas granulomtricas. A classificao da

    NBR 7225 apresentada a seguir:

    AreiaFina: de 0,075 a 0,42 mm

    AreiaMdia:de 0,42 a 1,2 mm

    AreiaGrossa:de 1,2 a 2,4 mm

    Bauer (2008) apresenta outra distribuio de tamanho de gros para as trs faixas granulomtricas da

    areia:

    AreiaFina:de 0,15 a 0,6 mm

    AreiaMdia:de 0,6 a 2,4 mm

    AreiaGrossa:de 2,4 a 4,8 mm

    Como material de construo, a areia pode ser destinada ao preparo de argamassas, concreto betumino-so, concreto de cimento portland, pavimentos rodovirios, base de paraleleppedos, confeco de filtros

    para tratamento de gua e efluentes, entre outras aplicaes.

    Cascalho De acordo com Bauer (2008) o cascalho um sedimento fluvial de rocha gnea formado de gros de di-metro em geral superior a 5 mm, podendo chegar a 100 mm. Os gros so de forma arredondada devido

    ao atrito causado pelo movimento das guas onde se encontram. conhecido tambm como pedregulho

    ou seixo rolado e apresenta grande resistncia ao desgaste, por j ter sido exposto a condies adversas

    no seu local de origem.

    Concretos que tm cascalho como agregado grado apresentam, em igualdade de condies, maior tra-balhabilidade que os preparados com brita.

    Argila Expandida A argila expandida classificada como uma agregado leve em funo de seu peso especfico reduzido. O

    processo de obteno desse agregado o tratamento trmico da matria-prima argila. A argila, formada

    por silicatos de alumnio e xidos de ferro e alumnio pode ter propriedades expansivas quando exposta

    a altas temperaturas, que promovem a expanso de gases, fazendo com que o material se transforme em

    gros porosos de variados dimetros.

    Segundo Bauer (2008), a argila expandida utilizada principalmente como agregado leve para concreto

    (concreto de enchimento) com resistncia de at 30Mpa. Placas de concreto com este tipo de agregado

    servem como isolantes trmicos e acsticos. Tambm muito utilizada para fins ornamentais em jardins.

    Escria de alto forno Resduos resultantes da produo de ferro gusa em altos-fornos, constituda basicamente de compostos

    oxigenados de ferro, slicio e alumnio (Bauer, 2008). Dependendo do modo de resfriamento resultam

    diferentes tipos de escrias, que resultam diferentes tamanhos de agregados. Podem ser empregados

    em bases de estradas, asfaltos e agregado para concreto. A principal utilizao da escria granulada a

    fabricao de cimento portland.

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    SnteseNessa etapa da unidade voc aprendeu que

    agregados midos so aqueles que passam na abertura de peneira 4,8 mm da ABNT. Como exemplos temos

    areia, o filler e o p de pedra.

    agregados grados so aqueles que ficam retidos na abertura de peneira 4,8 mm da ABNT. Como exemplos

    temos a brita e o cascalho.

    Sites interessanteshttp://pedreiratremembe.com.br/

    http://www.pedreirarolim.com.br/producao.html

    Referncias

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR7211:Agregadosparaconcreto.Rio de Janeiro: 2009.

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR7225:Materiaisdepedraeagregadosnaturais.Rio de Janeiro: 1993.

    BAUER, L. A. Falco.MateriaisdeConstruo.5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

    PETRUCCI, E. G. R. Concretodecimentoportland.9 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1982.

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    Unidade C

    Atividade de PesquisaRealizar uma pesquisa em 3 estabelecimentos comerciais de materiais de construo, a fim de levantar informa-

    es a respeito dos agregados midos e grados comercializados. Para cada tipo de agregado, deve-se pesquisar as seguintes informaes:

    1. Tamanhos de agregados: Se trata de areia fina, mdia ou grossa? Se trata de brita 1, 2, 3, pedrisco, p de

    pedra?

    2. Origem do agregado: jazida, pedreira, cava, rio? De que municpio originria?

    3. Forma de comercializao: metro cbico, sacos?

    4. Valores de venda.

    5. Quais as principais aplicaes de cada material comercializado na regio?

    A atividade de pesquisa deve ser enviada ao professor e servir como instrumento de avaliao.

    Bom trabalho!

    ATIVIDADEUNIDADE C

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    Materiais de Construo Bsicos

    Conhecer as propriedades e caractersticas de um agregado de grande importncia para definir os usos mais adequados que se pode fazer dele. Grande parte das caractersticas de um agregado determinada por meio de anlises, ensaios e experimentos descritos em normas tcnicas. No Brasil, a entidade normatizadora de grande parte desses ensaios a ABNT - Asociao Brasileira de Normas Tcnicas. No mbito internacional existem outros rgos normatizadores como a ISO International Organization for Standardizations), a ASTM (American Standard Association) e o ACI (American Concrete Institute) que fornecem subsdios quando no h normas nacionais sobre determinado assunto.A seguir so apresentadas as principais propriedades fsicas e ndices de qualidade dos agregados mudos, dos quais a maioria so avaliados por meio de ensaios previstos em normas tcnicas.GranulometriaA granulometria uma propriedade que reflete a distribuio dos tamanhos dos gros de um agregado, ou seja, determinam-se as porcentagens de uma amostra que pertence a uma determinada faixa granulomtrica, de acordo com o tamanho dos gros. A distribuio granulomtrica determinada por meio de um ensaio descrito na NBR 7217, que consiste no peneiramento de uma amostra de material cuja massa mnima expressa na tabela abaixo, em funo da dimenso mxima do agregado a ser peneirado. Dimenso Mxima caracterstica do

    agregado (mm)

    Massa mnima de amostra para o en-

    saio (kg)Menor que 4,8 0,56,3 3,0Entre 9,5 e 25 5,0Entre 32 e 38 10,050 20,0Entre 64 e 76 30,0Tabela 3: distribuio granulomtrica

    Fonte: NBR 7217

    O peneiramento da amostra realizado com o uso de peneiras padronizadas pela ABNT, sendo que o conjunto de peneiras composto por duas sries: a srie normal e a srie intermediria. As aberturas

    2. PROPRIEDADES FSICAS E ENSAIOS COM AGREGADOS

    MUDOS

    UNIDADE C

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    Unidade Cdas peneiras de cada srie so apresentadas na tabela a seguir:SRIE NORMAL SRIE INTERMEDIRIAABNT 76 mm -- ABNT 64 mm- ABNT 50 mmABNT 38 mm -- ABNT 32 mm- ABNT 25 mmABNT 19 mm -- ABNT 12,5 mmABNT 9,5 mm -- ABNT 6,3 mmABNT 4,8 mm -ABNT 2,4 mm -ABNT 1,2 mm -ABNT 0,6 mm -ABNT 0,30 mm -ABNT 0,15 mm -

    Tabela 4: padronagem de peneirasFonte: ABNT

    Em resumo, o ensaio de peneiramento para determinao da composio granulomtrica consiste nos seguintes procedimentos: Secarduasamostrasdoagregadoaseranalisadoemestufa(105110)C,esfriartemperaturaambientee

    determinarsuasmassas(M1eM2).Tomaraamostra(M1)ereservaraoutra(M2).

    Colocaraamostra(M1)ouporesdelasobreapeneirasuperiordoconjuntoPromoveraagitaomecnicado

    conjuntoporumtemporazovel,parapermitiraseparaoeclassificaoprviadosdiferentestamanhosdegro

    daamostra.

    Removeromaterialretidoemcadapeneiraparabandejasidentificadas.Escovaratelaemambososladospara

    limparapeneira.

    Determinaramassatotaldematerialretidoemcadaumadaspeneirasenofundodoconjunto.Osomatriode

    todasasmassasnodevediferirmaisde0,3%damassasecadaamostra,inicialmenteintroduzidanoconjuntode

    peneiras.

    Procederaopeneiramentodaamostra(M2),seguindoomesmoprocedimento.

    Paracadaumadasamostrasdeensaio,calcularaporcentagemretida,emmassa,emcadapeneira,com

    aproximaode0,1%.

    Calcularasporcentagensmdiasretidaseacumuladas,emcadapeneira,comaproximaode1%.

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    Materiais de Construo BsicosAs tabelas a seguir mostram um exemplo do clculo de granulometria. Em primeiro lugar, a planilha preenchida com a quantidade de amostra em massa que ficou retida em cada peneira, para as duas determinaes (sequncias de peneiramento). A soma dos pesos retidos em cada peneira deve ser mais prxima possvel do peso da amostra colocada inicialmente no peneirador, lembrando que a divergncia entre valores no pode ser superior a 0,3%.

    COMPOSIO GRANULOMTRICA - NBR 7217

    Peneiras 1Determinao 2Determinao%Retida

    Mdia

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    Acumuladan mm

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    3/8 9,5 0 0 1/4 6,3 0 0 4 4,8 9,6 8,4 8 2,4 16,6 15,1 16 1,2 31,7 28,9 30 0,6 132,8 147,7 50 0,3 234,1 242,9 100 0,15 79,4 63,4 Fundo

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    COMPOSIO GRANULOMTRICA - NBR 7217

    Peneiras 1Determinao 2Determinao%Retida

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    3/8 9,5 0 0,0% 0 0,0% 1/4 6,3 0 0,0% 0 0,0% 4 4,8 9,6 1,8% 8,4 1,6% 8 2,4 16,6 3,1% 15,1 2,9% 16 1,2 31,7 6,0% 28,9 5,5% 30 0,6 132,8 25,2% 147,7 28,1% 50 0,3 234,1 44,3% 242,9 46,3% 100 0,15 79,4 15,0% 63,4 12,1% Fundo

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    Materiais de Construo Bsicos

    16 1,2 31,7 6,0% 28,9 5,5% 6% 30 0,6 132,8 25,2% 147,7 28,1% 27% 50 0,3 234,1 44,3% 242,9 46,3% 45% 100 0,15 79,4 15,0% 63,4 12,1% 13% Fundo

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    Unidade Cmidos para concreto, apresenta os limites da distribuio granulomtrica que o agregado mudo deve ter para ser apropriado a esse uso.PeneiracomAber-

    turadeMalha

    Porcentagem,emmassa,retidaacumulada

    Limite Inferior Limite Superior

    Zona Utilizvel Zona tima Zona Utilizvel Zona tima

    9,5 mm 0 0 0 0 6,3 mm 0 0 0 7 4,75 mm 0 0 5 10 2,36 mm 0 10 20 25 1,18 mm 5 20 30 50 600 mm 15 35 55 70 300 mm 50 65 85 95 150 mm 85 90 95 100

    Tabela 8: distribuio granulomtricaFonte: NBR 7211Como veremos a seguir, os clculos realizados na anlise granulomtrica tambm servem de subsdio para determinar duas outras propriedades dos agregados: a dimenso mxima do agregado e o mdulo

    de finura.

    Dimenso mxima caractersticaA dimenso mxima caracterstica ou dimetro mximo do agregado correspondente abertura nominal, em milmetros, da malha da peneira da srie normal ou intermediria, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.No caso do exemplo, o valor de 2,4 mm pode ser considerado como dimenso mxima do agregado, visto que na peneira 2,4 mm temos uma porcentagem retida acumulada de 5%. Se a porcentagem retida acumulada na peneira 2,4 mm fosse maior que 5%, a dimenso mxima do agregado seria 4,8 mm, caso na peneira 4,8 mm houvesse uma porcentagem retida acumulada inferior a 5%.Mdulo de finura O mdulo de finura de um agregado calculado pela soma das porcentagens retidas acumuladas em massa, nas peneiras da srie normal, dividida por 100. O valor do mdulo de finura decresce medida que o agregado vai se tornando mais fino. Para o exemplo anterior, somamos as porcentagens retidas acumuladas na penltima coluna da tabela, obtendo o valor de 235.

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    Materiais de Construo Bsicos

    COMPOSIO GRANULOMTRICA - NBR 7217

    Peneiras 1Determinao 2Determinao%Retida

    Mdia

    %Retida

    Acumuladan mm

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    3/8 9,5 0 0,0% 0 0,0% 0% 0% 1/4 6,3 0 0,0% 0 0,0% 0% 0%4 4,8 9,6 1,8% 8,4 1,6% 2% 2% 8 2,4 16,6 3,1% 15,1 2,9% 3% 5% 16 1,2 31,7 6,0% 28,9 5,5% 6% 11% 30 0,6 132,8 25,2% 147,7 28,1% 27% 38% 50 0,3 234,1 44,3% 242,9 46,3% 45% 83% 100 0,15 79,4 15,0% 63,4 12,1% 13% 96% Fundo

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    Unidade Cpodem causar interferncia no processo de hidratao do cimento e na aderncia entre o agregado e pasta de cimento. A presena de partculas fracas e friveis acima das propores permitidas tambm prejudicial ao desempenho do agregado, seja qual for a aplicao que se fizer. Segundo Bauer (2008), as principais impurezas presentes nos agregados so: Partculasdeorigemorgnicaoumineral,quepodemdarorigemareaesqumicasexpansivascomocimento.

    Partculascomdimensesiguaisouinferioressdocimento,queinterferemnaestruturadomaterialhidratado,

    enfraquecendo-o.

    Partculascombaixaresistnciaoucomexpansesecontraesexcessivas.

    Apresenadematriaorgnica(hmus),queinterferemnapegaeendurecimentodocimento,diminuindoaresis-tnciainicial.

    Impurezasconstitudasporsaisminerais,queinterferemprincipalmentenapegaenaresistnciadoconcretoe

    tambmdoorigemareaesprejudiciaiscomocimentooucomarmadurasdoconcretoarmado.Ex:chumbo,

    zinco,sulfatos,cloretos.

    De acordo com a NBR 7211, as quantidades de substncias nocivas no devem ultrapassar os seguintes limites mximos em porcentagem de peso de material: Materiais Carbonosos (ASTM)Em concreto cuja aparncia importante 0,5%Nos demais concretos 1,0%Torres de Argila (NBR 7218)Porcentagem mxima permitida 3,0%Material Pulverulento (NBR NM 46)

    Em concreto submetido desgaste superficial 3,0%Nos demais concretos 5,0%Impurezas Orgnicas (NBR 7220)

    Se a colorao ficar mais escura que a de uma soluo padro, sua utilizao ficar condicionada ao resultado do ensaio previsto na NBR 7221 Ensaio de Qualidade da Areia. Tabela 11: quantidade de substncias nocivas em porcentagem

    Fonte: NBR 7211

    De acordo com Bauer (2008), os materiais carbonosos so constitudos por partculas de carvo, madeira e matria vegetal slida. So determinados por sedimentao do agregado em lquido de densidade 2. A percentagem dos torres de argila determinada pela diferena de peso de uma amostra de agregado antes e depois de se tirar os torres presentes na amostra.O material pulverulento composto por partculas minerais com dimenso inferior a 0,075 mm, incluindo os materiais solveis em gua presentes nos agregados. A porcentagem desse material determinada pela diferena de peso entre a amostra dele com o material pulverulento e aps o mesmo ser retirado por processo de lavagem.

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    Massa Unitria ou Massa Especfica Aparente () Relao entre a massa (M) e o volume aparente (Vap) do agregado (volume aparente = volume dos gros + volume dos vazios). A massa unitria utilizada como medida indireta da quantidade de vazios presentes entre os gros de agregados e para trasformar quantidades de material de peso para volume e de volume para peso.

    No agregado mudo, a massa especfica real determinada pelo Mtodo do Frasco de Chapman, descrito na NBR 9776. Essa determinao feita por meio de um frasco calibrado e graduado, que contm inicialmente 200 cm de gua. Coloca-se nesse frasco uma amostra de 500 g de areia seca. O volume de areia se mistura ao de gua, fazendo o nvel da mesma subir no frasco. A diferena entre o nvel final e inicial da gua dentro do frasco corresponde ao volume real da areia. Dividindo-se a massa de 500 g pelo volume determinado, temos a massa especfica real da areia.

    A massa especfica uma medida indireta da compacidade do gro do material, pois quanto menor a

    massa especfica mais leve o material ou mais vazios ele possui. No caso de agregados, esses vazios no devem ser confundidos com os vazios entre os gros (volume aparente), mas sim os vazios do prprio gro do agregado, que tambm interferem na porosidade do mesmo.Quando o agregado entra em misturas de concreto e argamassas, a massa especfica tambm utilizada no clculo da quantidade de materiais para cada metro cbico de mistura. Quanto maior for a massa especfica dos agregados maior ser o peso do concreto. A massa especfica pode ser expressa em g/cm, kg/dm ou t/m.Teor de umidade definido como a relao entre o peso da gua (Ph-PS) e o peso do material seco (PS) em estufa a mais de 100C. Importante para a dosagem de concretos, pois existe uma proporo adequada entre a quantidade de gua e cimento adicionada ao concreto. Se a areia estiver mida e no se determinar essa umidade, a gua incorporada areia vai alterar a proporo entre gua e cimento do concreto, o que causa danos resistncia do mesmo. Se a umidade for conhecida, pode-se corrigir a quantidade de gua a ser adicionada ao concreto, pois j se ter conhecimento a respeito da quantidade de gua que est incorporada areia.Existe mais de um mtodo para determinao da umidade. O mais utilizado a secagem em estufa, cuja amostra pesada antes de ser colocada na estufa a 100C. Este peso corresponde ao peso mido (Ph). Aps permanecer no mnimo 24 hs na estufa, a amostra pesada novamente e tem-se o peso seco (Ps). De posse dessas duas informaes pode-se calcular o teor de umidade pela seguinte relao:

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    Unidade C

    A secagem do material tambm pode ser realizada na presena de fogo (Mtodo da frigideira). Pesando o material antes e depois da secagem se tem o peso mido e seco respectivamente. Esta prtica menos precisa que a secagem em estufa e utilizada principalmente em obras, em virtude da ausncia de estu-fas e pela possibilidade de avaliar umidade em um intervalo de tempo menor.Alm disso, existem aparelhos especiais para a medio da umidade, sendo o Speedy Test um dos mais conhecidos e utilizados. Ao se misturar o agregado miudo mido com um reagente, o aparelho mede a presso gerada e com base em tabelas de calibrao fornece a umidade do agregado. De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos seguintes estados: Secoemestufa:todaaumidade,externaeinterna,foieliminadaporumaquecimentoa100C.

    Secoaoar:noapresentaumidadesuperficial,tendoumidadeinternasemsaturao.

    Saturado,superfcieseca:asuperfcienoapresentagualivre,masosvaziospermeveisdaspartculasdeagrega-dosestocheiosdela.

    Saturado:apresentagualivrenasuperfcie.

    Inchamento (I) A gua presente entre os gros de agregado provoca o afastamento entre eles, o que resulta no incha-mento do conjunto. Esse aumento de volume ocorre at determinado teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante. Esse teor de umidade chamado Umidade Crtica.O ensaio de inchamento descrito pela NBR 6467, mas consiste basicamente em se determinar a massa especifica aparente seca (0) do agregado e a massa especfica aparente mida (h) para amostras do

    material com diferentes teores de umidade (h). Para cada amostra se calcula o coeficiente de inchamen-to com base na umidade e massa especifica aparente mida de cada amostra, conforme a relao.

    Coeficiente de Vazios (CV) o nmero que, multiplicado pelo volume total do agregado d o volume de vazios nesse agregado. Quanto maior o coeficiente de vazios maior o consumo de pasta para ligar os agregados. Depende da

    massa especfica e da massa unitria do material e determinado pela seguinte relao:

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    Materiais de Construo Bsicos

    Sntese

    ENSAIOPROPRIEDADES

    AVALIADASNORMA IMPORTNCIA

    GRANULOMETRIA Tamanho e distribuio dos gros do agregado. NBR 7127 Comparao da distribuio granulomtrica do agregado analisado com padres de normas. Os agregados bem graduados possuem menor nmero de vazios e menor consumo de aglomerantes. Determinar dimetro mximo e mdulo de finura

    MATERIAISCARBONOS