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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr CURSO INTENSIVO: O TEXTO E SUAS ESTRUTURAS Prof.ª JAKLINE BRANDHUBER Ariquemes 2012
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APOSTILA CURSO DE FÉRIAS

Dec 18, 2014

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Page 1: APOSTILA CURSO DE FÉRIAS

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr

CURSO INTENSIVO: O TEXTO E SUAS ESTRUTURAS

Prof.ª JAKLINE BRANDHUBER Ariquemes 2012

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CURSO INTENSIVO: O TEXTO E SUAS ESTRUTURAS

O verdadeiro aprendizado só se concretiza por inúmeras tentativas e inúmeros erros. Aí esta a diferença de um sábio e de um tolo.

Paulo Freire

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Sumário 1 ESTILO ........................................................................................................................................................... 4 1.1 QUANTO AO CONTEXTO, O ESTILO PODE SER: ........................................................................................... 4 1.2 QUALIDADES DE UM TEXTO ....................................................................................................................... 4 1.2.1 Clareza .................................................................................................................................................... 4 1.2.2 Concisão .................................................................................................................................................. 5 1.2.3 Correção Gramatical ............................................................................................................................... 6 1.2.4 Exercícios ................................................................................................................................................ 7 1.2.5 Outro defeito textual: Ambiguidade....................................................................................................... 8 1.2.6 Coesão e coerência ................................................................................................................................. 9 1.2.7 Coerência ...............................................................................................................................................11 1.2.8 Exercícios defeitos textuais – AMBIGUIDADE e COESÃO. .......................................................................12

2 TIPOS DE DISCURSO – CARACTERÍSTICAS .....................................................................................................17 2.1 EXERCÍCIOS ...............................................................................................................................................17

3 TONICIDADE E ACENTUAÇÃO GRÁFICA ........................................................................................................21 3.1 ACENTO TÔNICO/ GRÁFICO.......................................................................................................................21 3.1.1 Classificação das palavras quanto à sílaba tônica ..................................................................................21 3.2 A REFORMA ORTOGRÁFICA 1ª parte ........................................................................................................23 3.2.1 Acentuação Gráfica ................................................................................................................................26 3.3 A REFORMA ORTOGRÁFICA 2ª parte .........................................................................................................27 3.3 ACORDO ORTOGRÁFICO – 3ª PARTE .........................................................................................................33 3.1 USO DO HÍFEN ...........................................................................................................................................33 3.4 EXERCÍCIOS SOBRE ACENTUAÇÃO GRÁFICA .............................................................................................33

4 CRASE ..........................................................................................................................................................39 4.1 NÃO EXISTE CRASE ....................................................................................................................................39 4.2 CASOS ESPECIAIS .......................................................................................................................................39 4.3 OBRIGATORIEDADE DA CRASE .................................................................................................................40 4.4 EXERCÍCIOS ...............................................................................................................................................40

5 CONCORDÂNCIA ..........................................................................................................................................42 5.1 CONCORDÂNCIA NOMINAL .......................................................................................................................42 5.2 CONCORDÂNCIA VERBAL ..........................................................................................................................44 5.3 EXERCÍCIOS ...............................................................................................................................................45

6 PRODUÇÃO DE TEXTO ..................................................................................................................................48 6.1 MÉTODOS DISSERTATIVOS: .......................................................................................................................48 6.1.1 Verbos que indicam expressividade .......................................................................................................48 6.2 PROCEDIMENTOS PARA SE REDIGIR UM TEXTO .......................................................................................49 6.2.1 Escolha de um dos procedimentos. ........................................................................................................49 6.2.2 Levantamento de ideias .........................................................................................................................49 6.3 MÉTODOS DISSERTATIVOS ........................................................................................................................51 6.3.1 Enumeração de razões ...........................................................................................................................51 6.3.2 Enumeração de causas ...........................................................................................................................51 6.3.3 Causas e consequências .........................................................................................................................52 6.3.4 Prós e contra ..........................................................................................................................................52 6.3.5 Paralelos e comparações ........................................................................................................................53

7 PRODUÇÃO TEXTUAL ...................................................................................................................................54

8 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO .........................................................................................................60

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................65

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1 ESTILO Para Martins e Zilberknop, o estilo é um jeito particular de uma pessoa fazer alguma coisa ou expressar; É marcante;

1.1 QUANTO AO CONTEXTO, O ESTILO PODE SER:

TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO

sobrecarrega-se de tons afetivos; conotação; pessoalidade; parcialidade; subjetividade; poética; impressiona, agrada; “desvio à gramática” – isso se deve ao impulso e à intenção estética; preocupação com a criatividade; beleza e ritmo.

traduz-se em objetividade; denotação; impessoalidade; imparcialidade; objetividade; técnica; esclarece, convence; preferência vocabular, preocupação com a realidade.

Fonte: Martins;Zilberknop, 2001

1.2 QUALIDADES DE UM TEXTO

É necessário que o estilo do comunicador possua uma série de requisitos: Para que o texto seja

harmônico é necessário que tenha clareza; concisão; correção gramatical; coesão e coerência.

1.2.1 Clareza

Manifestação da ideia de forma que possa ser rapidamente compreendida pelo leitor.; Ser claro é ser coerente, não se contradizer, não confundir o leitor; São inimigos da clareza: *desobediência às normas da língua *os períodos longos *vocabulário rebuscado e impreciso Outros fatores que poderão concorrer para uma comunicação imperfeita:

Pontuação incorreta;

Má disposição das palavras na frase;

Omissão de alguns termos (principalmente pronomes);

Imprecisão vocabular;

Excesso de intercalações;

Estilo

Maneira

MARCA DE SUA

INDIVIDUALIDADE

PESSOAL

ÉPOCA

PALAVRA

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Ambiguidade causada pelos pronomes possessivos, relativos, etc. Exemplos:

1. Eu, parece-me que o rapaz que eu fui ao escritório dele na semana passada, é fã ardoroso do

Flamengo.

2. Perdoas? Não discordo.

Perdoas? Não! Discordo.

3. Vendem-se cobertores para casal de lã.

4. O velhinho tomou aquele remédio dentro do vidrinho.

5. Precisa-se de babá para cuidar de criança de 17 a 25 anos.

6. Estamos liquidando pijamas para homens brancos.

7. Escutei algo a respeito do envenenamento da mulher sentada no banco da praça.

8.A ordem do ministro que veio de Brasília.

9. Subindo a serra, avistei vários animais.

10. Eu noivaria com você, Verinha, se tivesse um pouco de dinheiro.

11. Aquele sujeito foi prescrito de sua pátria.

12. Ele pensava no antigo amor e julgava que a sua agressividade teria contribuído para o término do

romance.

13. O leite, que é um alimento precioso para a saúde, e esta, uma dádiva divina, deve ser ingerido

após sofrer o processo de pasteurização, que o imuniza contra diversas infecções

1.2.2 Concisão

Ser conciso significa que não devemos abusar das palavras para exprimir uma ideia; Ir direto ao assunto; Eliminar tudo aquilo que é desnecessário;

Exemplo 1: TEXTO PROLIXO

“Maria Joana da Silva, solteira, procura pessoa do sexo oposto para fim de casamento. O interessado

deve ser pessoa sensível, que goste de ouvir música, seja alegre, que goste de passear domingo de

manhã, que goste de pescar, que goste de passear na relva úmida da manhã, que seja carinhoso, que

sussurre aos meus ouvidos que me ama, que tenha bom humor, mas também saiba chorar. Que

saiba escutar o canto dos pássaros, que não se importe de dormir ao relento numa noite de lua, que

sonhe acordado e que muito do azul do céu.(...) Não se exige que seja rico, de boa aparência (...) mas

exige-se principalmente que goste de oferecer flores de vez em quando.”

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End.: Rua da Esperança, 43

02/10/73 10/10/73

20/10/73 14/11/73

Exemplo 2:

A partir deste século, o número cada vez maior e, por isso mesmo, mais alarmante de

separações, flagelo irrecuperável da família moderna tem alarmado as autoridades governamentais,

guardiãs perenes do bem-estar social, principalmente pelas sequelas traumatizantes produzidas nos

filhos e pela decadência moral da sociedade, tendo em vista ser a família o esteio e a célula-mater.

dessa mesma sociedade.

Texto conciso:

O número cada vez maior de separações tem alarmado as autoridades governamentais

1.2.3 Correção Gramatical

A linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta; Devem-se conhecer as normas; Deve-se tomar cuidado com alguns desvios da linguagem padrão que comumente aparecem em redações: grafia, flexão das palavras, concordância, regência, colocação pronominal.

Maria Joana da Silva procura pessoa

que a ame e goste de oferecer flores

de vem em quando.

Maria Joana da Silva, solteira, procura

pessoa do sexo oposto para fim de

casamento. O interessado deverá ser

pessoa sensível e que tenha o hábito

de oferecer flores.

Maria Joana da Silva pede que

qualquer pessoa goste dela e suplica

que lhe mande flores.

A família da sempre lembrada Maria

Joana da Silva comunica o trágico

desaparecimento daquele ente querido

e convidam parentes e amigos para o

ato de sepultamento. Pede-se não

enviar flores.

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1.2.4 Exercícios

Reformule os seguintes trechos, tendo em vista a clareza, a harmonia e a concisão: 1. A sugestão da mesa foi enviada àquela reunião, por se constituir numa solicitação de longa data daquela população. 2. O contador, ao pôr o projetor na mesa, sentiu uma dor profunda nas costas. 3. Na vez passada, ela também se atrasou. 4. É uma realidade tradicional e costumeira que a diversão popular – e ela abrange várias modalidade circunscritas a épocas ou regiões diversas – geralmente é oferecida ao povo (podemos remontar à Roma Antiga), visando não ao objetivo precípuo da diversão (dar lazer a quem dele necessite),mas sim visando a uma alienação dos seres pensantes à situação política vigente, para que eles não pensem na fome, na miséria e na injustiça, suas companheira de infortúnio e dor. 5. “Se buscarmos amor em nossas vidas, nossos pensamentos devem ser pensamentos amorosos que, num ato amoroso, desenvolvem um caráter amoroso que nos dará um destino de amor” (Juan Kreimer) 6. Logo que ela pensou que tinha sido aprovada, ficamos satisfeitos, porque, ainda que passasse com algumas deficiências, seria um gasto a menos que teríamos no ano seguinte. 7. Gostei das atitudes dos alunos que o diretor elogiou. 8. . Pago R$ 200,00 por cada. 9. Solicitou a Nestor que lhe enviasse os seus relatórios. 10. Vendia meia para freguesia de baixa qualidade. 11. Pensando que ela chegaria cedo saiu à procura de flores. 12. A ser realidade que a tua amiga à facilidade de permanecer estudando no Brasil prefere a chance de, apesar de isso te causar sofrimento, tentar uma bolsa que sabemos incerta para a França, deves acatar a sua decisão. 13. A história registra fatos injustos, como os operários que, no início do século, trabalhavam diuturnamente por algumas migalhas de pão, o que os prostituía como seres humanos. 14. Regando as flores, vi dois estranhos no jardim.

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1.2.5 Outro defeito textual: Ambiguidade

O USO DO GERUNDISMO

O emprego do gerúndio é considerado tão problemático que alguns escritores fazem esforços para nunca empregá-lo. Podem-se observar, no entanto, alguns princípios norteadores do uso dessa forma nominal. O gerúndio constitui uma oração subordinada de caráter adverbial e, de certo modo, também possui uma função adjetiva. Para ter um emprego claro, o gerúndio deve estar o mais perto possível do sujeito ao qual se refere.

Assim, Vi teu primo nadando não é o mesmo que Nadando, vi teu primo (correto) • "Eu vou estar mandando um fax" ou • "Vou estar telefonando em breve". Telefonarei para você em breve. • Outros exemplos: • "Vamos estar mandando isso amanhã" (uso impróprio do gerúndio) /

Correto: "Vamos mandar isso amanhã"/ "Mandaremos isso amanhã" (usos próprios). Usar demais o gerúndio deixa o texto com péssima qualidade, como no exemplo a seguir:

"Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro..."

“Vamos estar resolvendo seu problema hoje à tarde”. Esse “gerundismo futuro”, provavelmente de influência inglesa, está chato: “vamos estar retornando”, “vamos estar enviando”, “vamos estar depositando”… Vamos simplificar: “retornaremos ou vamos retornar”, “enviaremos”, “depositaremos” e, graças a Deus, “resolveremos seu problema hoje à tarde”. (Sérgio Nogueira)

• São frases mal construídas. • É usado para empregar a ação verbal no futuro. Deveríamos dizer: • “Vou depositar (ou depositarei)…”; • “O Instituto vai realizar (ou realizará)…”; • “…ele vai fazer (ou fará)…” • O jogador declarou seu amor à genitora e disse: "Desculpe, mãe. Seu aniversário foi ontem,

mas eu não pude estar comparecendo à festa". ("Não pude comparecer“)

ALGUNS EMPREGOS DO GERÚNDIO DEVEM SER EVITADOS 1)Quando as ações expressas pelos dois verbos – gerúndio e verbo principal – não puderem ser simultâneas: Ex: Chegou sentando-se. (Chegou e se sentou.) Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, estudando com um amigo padre na infância. (Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro no Rio de Janeiro e estudou com um amigo padre, na infância). 2) Quando o gerúndio expressa qualidades: Ex: Vi um jardim florescendo. (Vi o jardim florido.) Ex: Uma amiga telefonou para a central de atendimento a clientes de um cartão de crédito. Depois de intermináveis "a gente vai estar tentando resolver o seu problema", "a senhora vai estar recebendo um extrato", "uma funcionária vai estar verificando", "a gente vai estar mandando uma cópia para a senhora",

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a funcionária perguntou: "A senhora pode estar enviando uma cópia do último pagamento?". Irônica, mordaz, minha amiga respondeu: "Estar enviando eu não posso, mas enviar eu posso". Inútil. Pelo que disse em seguida, parece que a funcionária não entendeu a ironia. 3) Quando a ação expressa pelo gerúndio é posterior à do verbo principal: Ex: O assaltante fugiu, sendo detido duas horas depois. (Seria melhor dizer: O assaltante fugiu e foi detido duas horas depois). 4) Quando o gerúndio, copiando construção francesa (galicismo), passa a ter valor puramente adjetivo: Ex: Viu uma caixa contendo… (A construção mais adequada seria: Viu uma caixa que continha)

GERÚNDIO GERA AMBIGUIDADE É interessante lembrar que o pior uso do gerúndio é aquele que gera ambiguidade: 1. “A mãe encontrou o filho chorando.” (Quem estava chorando? A mãe ou o filho?) 2. “Ônibus atropela criança subindo a calçada.” (O ônibus subiu a calçada e atropelou a criança) ou (O ônibus atropelou a criança no momento em que ela subia a calçada?)

• O bom gerúndio é aquele que expressa claramente a ideia de “continuidade de ação”: “Passamos toda a semana analisando este caso”. “Durante todo dia estivemos redigindo o relatório”. “Está fazendo calor”.

• O bom gerúndio é aquele que expressa claramente a ideia de “continuidade de ação”: “Passamos toda a semana analisando este caso”. “Durante todo dia estivemos redigindo o relatório”. “Está fazendo calor”.

• O bom gerúndio é aquele que expressa claramente a ideia de “continuidade de ação”: “Passamos toda a semana analisando este caso”. “Durante todo dia estivemos redigindo o relatório”. “Está fazendo calor”.

O USO DO PRONOME POSSESSIVO: SEU/ SUA PREFIRA DELE, DELA;

O USO DO QUE: PREFIRA O QUAL, A QUAL.

1.2.6 Coesão e coerência

A coesão (amarração das ideias) de um texto depende muito da relação entre as orações que formam os períodos e os parágrafos. Os períodos compostos precisam ser relacionados por meio de conectivos adequados, se não quisermos torná-los incompreensíveis. Para cada tipo de relação que se pretende estabelecer entre duas orações, existe uma conjunção que se adapta perfeitamente a ela. Veja nos exemplos!

Por exemplo, a conjunção MAS só deve ser usada para estabelecer uma relação de oposição entre dois enunciados. Porém, se houver uma relação de adição ou ideia de concessão, a conjunção deverá ser outra:

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EMBORA. Se não for assim, o enunciado ficará sem nexo. Observe um caso de escolha inadequada da

conjunção:

"EMBORA O BRASIL SEJA UM PAÍS DE GRANDES RECURSOS NATURAIS, TENHO CERTEZA DE QUE

RESOLVEREMOS O PROBLEMA DA FOME”.

Veja que não existe a relação de oposição ou a ideia de concessão que justificaria a conjunção

EMBORA. Como a relação é de causa-efeito, deveria ter sido usada uma conjunção causal:

“COMO O BRASIL É UM PAÍS DE GRANDES RECURSOS, TENHO CERTEZA DE QUE RESOLVEREMOS O

PROBLEMA DA FOME.”

Para que problemas desse tipo não aconteçam em suas redações, acostume-se a relê-las,

observando se suas palavras, orações e períodos estão adequadamente relacionados.

A importância dos conectivos

Os conectivos ou elementos de coesão são todas as palavras ou expressões que servem para

estabelecer elos, para criar relações entre segmentos do discurso, tais como: então, portanto, já que,

com efeito, porque, ora, mas, assim, daí, aí, dessa forma, isto é, embora e tantas outras. Veja o

exemplos

Elementos da coesão - palavras ou expressões que estabelecem elo;- cria relações entre segmentos do discurso.

valor típico - causa- finalidade- conclusão

estabelecem relação - contradiçãosemântica - condição

** Problema: produz paradoxo semântico.

Exemplo 1: Excesso de que O que é indispensável é que se conheça o princípio que se adotou para que se avaliasse a experiência que se realizou ontem, a fim de que se compreenda a atitude que tomou o grupo que foi carregado do trabalho. O indispensável é conhecer o princípio adotado para avaliar a experiência realizada ontem, a fim de se compreender a atitude tomada pelo grupo encarregado do trabalho.

Exemplo 2: Erros quanto à colocação pronominal e redundância. Detesto aquele rapaz. Se eu tiver a chance de não cumprimentar ele, eu não cumprimento. Conheço ele, há mais de 10 anos atrás. Quando pedi ajuda, ele me virou as costas. Tenho amigos que acham que deve-se perdoar estas coisas. Me recuso a aceitar isso.

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Detesto aquele rapaz. Se eu tiver a chance de não cumprimentá-lo, melhor. Conheço-o há mais de 10 anos. Quando pedi ajuda, ele me virou as costas. Tenho amigos que acham que se devem perdoar essas coisas. Recuso-me a aceitar isso. Exemplo 3: Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura, porém chega a exportar certos produtos agrícolas. (contradição) Exemplo 4: Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas. (adição)

1.2.5.1 Relações que alguns elementos de coesão estabelecem:

Como vamos resolver o problema da fome, o Brasil possui um solo fértil e imensas áreas de terras plantáveis , como (porque) vamos resolver o problema da forme. (O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupõe uma relação de contradição, que, se não houver, deixa o enunciado descabido.) g) certos elementos de coesão servem para estabelecer gradação entre os componentes de uma certa escala. Alguns, como mesmo, até, até mesmo, situam alguma coisa no topo da escala; outros como ao menos, pelo menos, no mínimo, situam-na no plano mais baixo. Ex: O homem é ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da ciência, do próprio semelhante, até mesmo do futuro e da morte. Ex: É preciso garantir ao homem seu bem estar: ao lazer, a cultura, a liberdade, ou, no mínimo, a moradia, alimento e a saúde. 1.2.5.2 A retomada ou a antecipação de termos Exemplo: José a Renato, apesar de serem gêmeos, são muito diferentes. Por exemplo, este é calmo, aquele é explosivo. Este (Renato) e aquele (José) são anafóricos.. Anafóricos São palavras ou expressões que servem para retomar um ter já expresso no texto ou também para antecipar termos que virão depois. São eles:

pronomes demonstrativos (este, esse, aquele); pronomes relativos (que, o qual, onde, cujo); advérbios ou expressões adverbiais (então, dessa feita, acima, atrás).

1.2.7 Coerência

a) Coerência narrativa é a unidade do texto, conjunto harmônico.

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É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freios, que pára imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente. b) Coerência Figurativa: (descrição do personagem, ambiente) Suponhamos que se queira mostra a vida no Polo Norte. Podem-se para isso usar figuras como “neve, pessoas vestidas com roupas de pele, renas, trenós”. Não se podem, porém, utilizar figuras como “palmeiras, cactos, camelos” c) Coerência Argumentativa: Ex: Quando se defende de que o homem deve buscar o amor e a amizade... logo depois... ele não deve confiar em ninguém. Ex: Defende de que todos são iguais perante a lei.... logo depois .... defende que o privilégio de algumas categorias profissionais não estarem obrigadas a pagar impostos. Ex: Defender um ponto vista contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à pena de morte.

1.2.8 Exercícios defeitos textuais – AMBIGUIDADE e COESÃO.

1) Indique as ambiguidades das frases a seguir, devido à má colocação da palavra em destaque: a) O juiz declarou ter julgado o réu errado. b) Conheço uma professora de literatura inglesa. b) Tenho um trabalho para entregar ao professor, que me deixa preocupado. c) Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão, que venderei agora. d) O piloto “enjoado” levantou voo. 2) Reescreva as frases, eliminando as ambiguidades a) A empregada lavou as roupas que encontrou no tanque. b) A professora deixou a turma entusiasmada c) O cão enterrou os ossos que encontrou no jardim. d) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso. e) O pai proibiu o filho de sair em sua motocicleta.

4) Identifique as relações existentes entre as orações de acordo com os elementos de

coesão:

1. Bruna nunca perdoaria se a visse assim.

2. E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.

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3. Como ninguém me convidou para a cerimônia, não compareci.

4. Mariana me pediu para que explicasse a você. Quando voltar saberemos.

5. Era cedo demais para que eu pudesse pesar filosoficamente a revelação.

6. A reação da esposa foi tão surpreendente que ele permanecer calado.

7. Como deveis saber, há em todas as coisas um sentido filosófico.,

8. Nem que a gente quisesse, não conseguiria vencer.

9. “Tudo vale a pena se alma não é pequena”. (Fernando Pessoa)

10. Era tão linda que os homens não conseguiram desviar o olhar.

11. Em São Paulo, como em Curitiba chove.

12. As garotas vestem-se como se vestem as atrizes de televisão.

13. Como não tivesse traje apropriado, preferiu adiar o compromisso.

14. Embora sua mãe insista, Patrícia não fará a viagem à França.

15. Desde que haja condições, iniciaremos os trabalhos amanhã.

16. Desde que o conheceu, não consegue tirá-lo do pensamento.

17. A menina garantiu que só viajaria, se o garoto dirigisse com cuidado.

18. Quanto mais olhava, mais tinha certeza.

19. Segundo ouvi dizerem, ele partiu para o Norte.

20. Embora não o conhecesse bem, sentia-se atraída por ele.

5) Crie as relações através do elemento de coesão. Qual a relação? 1. Rosemary não tinha dinheiro. Rosemary comprou um carro.

2. A menina não foi à festa. A mãe não comprou o vestido.

3. O dia estava escuro. Não conseguíamos enxergar.

4. Aquele aluno estuda muito. Aquele aluno quer passar no vestibular.

5. A peça acabou. Os atores foram muito aplaudidos pelo público.

6) Escreva a relação existente entre as orações. Observe os elementos coesivos (condição,

concessão, conformidade, causa, consequência, comparação, tempo, proporção, finalidade).

1. Caso o oceano continue a avançar sobre o país, seus habitantes poderão fazer as malas.

________________

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2. A situação é tão grave que o presidente prometeu uma apólice de seguro antevendo o

pior_________________

3. É um problema que afeta o mundo todo, já que 65% das cidades com mais de 5 milhões

de habitantes estão em áreas costais. ____________________

4. Como ocorre com Tiradentes e outros heróis, a figura de Zumbi é idealizada.

______________

5. À medida que o consumo de crack progride, chega a fase das reações paranoicas.

___________________

7 Mantendo a ordem em que as orações a seguir são apresentadas, reescreva-as em uma só frase, ligando-as por meio de conjunções (elementos coesivos) adequadas ao sentido. Atente para a clareza, harmonia e concisão. a) Zacarias nunca foi ídolo da torcida. Ele era muito bom jogador. _______________________________________________________________ b) Ele é um bom motorista. Ele não conseguiu evitar o acidente. _______________________________________________________________ 8) Agrupe as orações simples em um único período composto, empregando conectivos e anafóricos. Faça alterações ou acréscimos necessários. A 1. A Operação Navalha desmontou uma quadrilha de assaltantes. 2. A operação desmontou uma quadrilha de assaltante de verbas. 3. Operação trouxe à tona conexões criminosas. ___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

B

1. A pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas. 2. As faculdades formam professores incapazes de fazer o básico 3. Muitos desses profissionais revelam limitações elementares. ___________________________________________________________________________

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C 1 As cidades brasileiras estavam sob o risco de um novo surto de dengue.

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2 A epidemia no RJ não é um caso isolado, espantoso e inesperado. 3 O Ministério da Saúde fez um alerta. 4 As prefeituras não deram a devida importância ___________________________________________________________________________

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D 1 O serviço de coleta de lixo domiciliar é muito deficiente. 2 Todas as cidades contam com o serviço. 3 Os municípios de RO não contam com um sistema adequado de eliminação. 4 Em geral, o lixo é queimado ou jogado in natura terrenos baldios, lagos e rios. ___________________________________________________________________________

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E 1 O açúcar transformou a alimentação do Ocidente. 2 O açúcar é o grande promotor da obesidade. 3 É considerado um vilão da saúde. ___________________________________________________________________________

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F 1 A temperatura do Ártico aumentou 2 graus, o dobro da média. 2 Há redução na camada de gelo em 40%. 3 A área gelada diminui 4 A região absorve mais calor ___________________________________________________________________________

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9) Reformule os seguintes trechos, tendo em vista a clareza, a harmonia e a concisão. Faça

as adequações necessárias. (1,0)

a) Pedimos o especial obséquio de nos enviar por via aérea, o mais rápido possível, uma amostra de par de calçados do tipo masculino, sua referência H-0119 e, aproveitando o ensejo, solicitamos que nos informe o preço para 1.500 pares de calçados de mulher, sua referência M-2242; outrossim, pedimos que nos informe o custo do frete aéreo, assim como do frete marítimo, de modo que possamos fazer uma avaliação do que se ajusta melhor aos nossos interesses, porque a situação econômica do momento exige esses cuidados. Não se esqueça de nos informar também a possibilidade de efetuar V.S.ª esse embarque no prazo

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de um mês tão logo receba nosso pedido, porque estamos com estoque muito baixo e tememos perder vendas (falta de clareza). ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2 TIPOS DE DISCURSO – CARACTERÍSTICAS

Discurso direto Discurso indireto Discurso indireto livre

- fala visível das personagens; presença do verbo “dicendi” pontuação: dois pontos, travessão, aspas ou mudança de linha

fala não visível das personagens, mas informada pelo narrador (OSS); verbo “dicendi”; geralmente terceira pessoa na oração subordinada substantiva

Fala não visível das personagens, cuja voz parece mesclar-se com a do narrador,. ausência do verbo “dicendi” - períodos livres(sem elo subordinativo)

Verbos “dicendi”: dizer, responder, afirmar, indagar, perguntar. Exemplos de discurso direto A professora disse-lhe: - Eu o conheço. Apontou para a casa e falou: - Isto aqui é uma construção forte Exemplo de discurso indireto A professora disse-lhe que ela o conhecia. Apontou para a casa e falou que aquilo ali era uma construção forte. Exemplos de discurso indireto livre ou semi-indireto Encontrei-me com ele um dia. O olhar estava distante, distante. Dia especial para matar o serviço...

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

Pronome (Eu, me, mim, comigo, nós, nos, conosco)

Ele (ela), se, o, a, lhe, si, consigo, Eles (elas), os, as, lhes

Presente do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo

Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que Perfeito do Indicativo

Futuro do Presente Futuro do Pretérito

Presente do Subj.,Futuro do Subj. Imperativo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Este, esta, isto Aquele, aquela, aquilo

Aqui, cá Ali, lá

Agora, hoje Naquela ocasião, naquele dia

2.1 EXERCÍCIOS

A - Transforme os discursos diretos em discursos indiretos, fazendo as alterações necessárias. Katia perguntou a sua prima: - Você irá sair de casa à noite. Sua prima respondeu: - Não porque irei estudar. __________________________________________________________________________________

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Marcos disse a sua mãe: - estou cansado. Ela recomendou: - Durma mais cedo e não fique tanto tempo no computador. __________________________________________________________________________________ Fernando reclamou para sua mãe: - Que fome! Sua mãe retrucou: - Calma, garoto! O Almoço está quase pronto! __________________________________________________________________________________ A médica perguntou: - Joana, você tomou todos os remédios? Joana respondeu: - Sim, doutora! Estou me sentindo bem melhor! __________________________________________________________________________________ Trancado no quarto, gritou: - Quem está aí fora? __________________________________________________________________________________ A professora quis saber: - Por que você faltou à prova, Carlos? __________________________________________________________________________________ A freguesa perguntou ao feirante: - Qual é o preço da abobrinha? __________________________________________________________________________________ Ricardo concordou: - Esta é a melhor solução. __________________________________________________________________________________

O pai disse: - Quero esse livro. __________________________________________________________________________________

O aluno perguntou: - Qual é o tema da redação de hoje? __________________________________________________________________________________

A mãe disse à filha: - Chega de conversa. __________________________________________________________________________________

Perguntei a ela; - Você é irmã da Ana?

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Minha amiga ponderou: - É perigoso sair sozinha a esta hora da noite. __________________________________________________________________________________

Sônia pediu: - Traga-me o material de limpeza. __________________________________________________________________________________

"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa”. __________________________________________________________________________________ "-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis) __________________________________________________________________________________

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"- O major é um filósofo, disse ele com malícia." (Lima Barreto) __________________________________________________________________________________ "- Virão buscar você muito cedo? - perguntei."(A.F. Schmidt) __________________________________________________________________________________ "Ela insistiu: - Me dá esse papel aí." __________________________________________________________________________________ O acusado respondeu: - Estive no local por volta das 10 h e não percebi a presença destas pessoas. _________________________________________________________________________________ Paulo disse: - Eu vou. __________________________________________________________________________________ A mulher perguntou: - Que dia é hoje? __________________________________________________________________________________ A garota insistiu: - Eu sirvo esse sorvete. __________________________________________________________________________________ - Meu pai é meu amigo – disse o garoto. __________________________________________________________________________________ - É aqui que você mora?- ele perguntou. __________________________________________________________________________________ A menina chegou perto do sorveteiro e disse: - O senhor me deu o troco errado. O sorveteiro zangou-se e replicou: - Aqui, ninguém erra! A menina disse, então, já indo embora: - Pensei que dar dinheiro a mais fosse erro... __________________________________________________________________________________

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- Ela é bonita? Perguntou o rapaz. __________________________________________________________________________________ – O ladrão fugiu! – disse o policial. __________________________________________________________________________________ – Lave direito as mãos! – pediu-lhe a mãe. __________________________________________________________________________________ – Chute a bola! Gritou o técnico. __________________________________________________________________________________ – Os alunos vão demorar para sair? Perguntou a mãe.

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– Ninguém sairá antes do horário – garantiu o diretor. __________________________________________________________________________________

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– Marchem! Ordenou o sargento aos soldados. __________________________________________________________________________________ – Aquele livro é meu – disse a menina. __________________________________________________________________________________ – Aquela história é verídica? – perguntou o menino __________________________________________________________________________________ – Aquilo lhe pertence? – perguntou o rapaz. __________________________________________________________________________________ Utilizando as charges abaixo, escrevam o texto no discurso indireto. Obs: O discurso direto geralmente vem acompanhado por verbos dicendi (comentar, resmungar, falar, dizer, pedir, reclamar, interrogar, suplicar ) os quais identificam a fala do personagem e o modo como ele fala. Neste caso, você deverá usar um deles.

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3 TONICIDADE E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

3.1 ACENTO TÔNICO/ GRÁFICO

Um dos conteúdos que deixa a maioria das pessoas confusa é a tal da acentuação. Para ficar mais claro, procuraremos desmistificar esse assunto agora. É importante que você não confunda acento tônico com acento gráfico. Mas como saber qual é qual? O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação. Por enquanto, vamos nos deter ao acento tônico, pois será imprescindível para o estudo que faremos na próxima unidade: a nova ortografia da língua portuguesa. Há, vale lembrar também que sílaba é cada pedacinho da palavra! SÍLABA TÔNICA - A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. Exemplos: CAJÁ, CADERNO, LÂMPADA SÍLABA ÁTONA – São as sílabas que não são tônicas. Exemplos: BARATA, MÁQUINA

3.1.1 Classificação das palavras quanto à sílaba tônica

Em língua portuguesa, a sílaba tônica, isto é, aquela que soa mais forte quando falamos uma palavra, sempre virá na parte final desta. Para sabermos exatamente onde está, devemos falá-la pausadamente, separando-a em sílabas. SEMPRE, o som mais forte será a última, penúltima ou antepenúltima sílaba. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: OXÍTONAS: A sílaba tônica é a última sílaba da palavra. MA-RA-CU-JÁ, CA-FÉ, RE-COM-POR. PAROXÍTONAS: A sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. CA-DEI-RA, CA-RÁ-TER, ME-SA. PROPAROXÍTONAS: A sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. . SÍ-LA-BA, ME-TA-FÍ-SI-CA, LÂM-PA-DA. Como você percebeu nos exemplos, nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico.

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O acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba. O acento gráfico é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica. EXERCÍCIOS Agora é com você: Indique quais são as sílabas tônicas das palavras em destaque na fala da personagem da Violência Doméstica

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3.2 A REFORMA ORTOGRÁFICA 1ª parte

Fonte: www.brasilescola.org.br

Nesta unidade vamos estudar a mudança na ortografia da língua portuguesa, ou seja, mudança na forma de escrever algumas palavras. Além disso, estudaremos também alguns tipos de desenvolvimento da introdução de textos dissertativos. Bom estudo!

UMA QUESTÃO DE TEMPO

Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem contou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minimamente do jeito correto.

Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática na cabeça. Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmula, lá vinham as palavras mágicas.

Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.

– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei. – Ainda não fomos apresentados – ela disse.

– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror. – E ele faz o quê? – Atrapalha a gente na hora de escrever.

Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha.

Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se conseguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servirão ao menos para determinar minha idade.

– Esse aí é do tempo do trema. Fonte: www.brasilescola.org.br/artigo

O texto “Uma questão de tempo” aponta para mudanças que eventualmente ocorrem na língua. Veja no texto abaixo um pouco das evoluções que a Língua Portuguesa sofreu em sua história:

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DE ONDE VEM A LÍNGUA PORTUGUESA

De onde vem a língua portuguesa? Pergunta difícil... É fato que seu surgimento está intimamente ligado à constituição da Nação Portuguesa, entretanto, quanto mais recuamos cronologicamente, mais difícil se torna a tarefa de situá-la no tempo e espaço. Porém, comecemos lembrando que a língua portuguesa nasceu do latim, que séculos antes da nossa era já era falado em uma região chamada Lácio onde, mais tarde, foi fundada a cidade de Roma. TERSARIOL esclarece, em seu livro “Origem da Língua Portuguesa”, que posteriormente o latim foi imposto pelos romanos aos povos conquistados da Península Ibérica, região essa ocupada no século III a.C., mas só incorporada ao Império no ano 197 a.C., de forma bastante conturbada. Se haviam outros povos nessa região, havia outras línguas, que a colonização “soterrou”, sem deixar registros significativos de sua existência e influência no latim que passou a ser utilizado nessa região.

Desse latim, chamado latim vulgar (sermo vulgaris, rusticus, plebeius) por ser uma variedade mais prática e de vocabulário mais reduzido do que o latim clássico (sermo litterarius, eruditus, urbanus), surgiram falares diversos, ocasionados pela inexistência de um registro escrito, aliado à difusão e miscigenação da língua, gerando os chamados "romanços", fases de transição entre o latim e as novas línguas que surgiram, chamadas línguas românicas ou neolatinas, das quais as principais são o português, o espanhol, o italiano, o provençal, o catalão, o francês, o rético, o sardo e o romeno.

Posteriormente, houve influência das línguas de povos bárbaros germânicos (vândalos, suevos e visigodos) que invadiram a Península no século V (por volta do ano 476) e, mais tarde, das línguas dos povos árabes, mouros, que dominaram o local após a queda dos bárbaros, no século VII, por volta do ano de 711. Todas essas influências culturais e linguísticas ocasionaram o surgimento de um incontável número de dialetos, dentre os quais o chamado galaico-português, que se separou, gerando o galego e o português, este último tornando-se língua nacional do Condado Portucalense quando da sua independência política (aceita pela Igreja em 1143).

Com as navegações realizadas por Portugal no século XV, a língua portuguesa foi levada para diversas partes do mundo. Entretanto, em cada um dos lugares em que foi adotada, foi alterada em seu uso e pronúncia, adequando-se à realidade de cada um dos locais.

Entre os locais onde a Língua Portuguesa é falada atualmente estão Portugal, Arquipélago dos Açores, Ilha da Madeira, Brasil, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Arquipélago de Cabo Verde e nas Ilhas de São Tomé e Príncipe, entre outros, além de ser falado como dialeto por parte da população em Macau, Goa, Damão e Timor.

Também no Brasil, a Língua Portuguesa recebeu muitas influências até chegar ao que é hoje. Uma delas foi a indígena, mormente a da língua tupi, que acabou sendo bastante considerável devido às chamadas Bandeiras, já que os bandeirantes precisavam da ajuda dos índios para desbravar novos locais, geralmente de difícil acesso.

Apesar do ensino da língua portuguesa haver sido imposto aos índios, não houve como impedir a influência de sua língua e, em menor grau, de sua cultura. Alguns exemplos de sua influência são as palavras: Ceará, Cuiabá, Curitiba, piracema, capinzal, tatu, jacaré, piranha, gambá, paca, siri, sabiá, abacaxi, mandioca, arara, etc.

Outra influência de grande importância na Língua Portuguesa foi a exercida pelos elementos africanos, que chegaram até aqui devido a escravidão, que trouxe negros da Guiné, de Sudão Ocidental e da África Austral, e, dessa forma, as línguas Nagô e Quimbundo, faladas na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Alguns exemplos da influência africana em nosso vocabulário são as palavras: quitute, vatapá, cachaça, maxixe, caxumba, camundongo, maribondo, quindim, quiabo, etc.

Temos, além dessas, influências de diversas outras línguas, como o Alemão (Níquel, gás), o Espanhol (bolero, castanhola), o Japonês (karaokê, kamikase), o Francês (paletó, boné, abajur, matinê, cachecol, batom, cabaré), o Italiano (macarrão, piano, soneto, lasanha, bandido, camarim, partitura, ária) e o Inglês (show, software, hamburguer), entre outras. E mesmo com todas essas

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influências e modificações, a língua portuguesa não parou. Ela, assim como todas as outras, é viva e evolui constantemente, o tempo todo. Jornal acadêmico de Letras - Cesumar 1500 - Os cerca de 5 milhões de indígenas que aqui viviam, distribuídos em mais de 1500 povos,

falavam em torno de mil línguas de vários grupos linguísticos.

1580 - Começa a ser registrada a Língua Geral Paulista, difundida por padres jesuítas e bandeirantes.

“Tucuriuri” significava “gafanhotos verdes”.

1700 - Surgem registros da Língua Geral Amazônica, de base tupinambá, e do dialeto de Minas, misto

de português com o Evé-fon, trazido por escravos africanos.

1759 - O Marquês de Pombal promulga lei impondo o uso da língua portuguesa, mas ainda coexistem

NO PAÍS, DIVERSOS idiomas indígenas e africanos.

1808 - A chegada da família real é decisiva para a difusão da língua: são criadas bibliotecas, escolas e

gráficas (e, com elas, jornais e revistas).

1850 - imigrantes europeus aportam em grande número no país, incentivando transformações no

idioma com a introdução de diversos estrangeirismos.

1922 - A Semana de Arte Moderna leva o português informal para as artes. A crescente urbanização

e o surgimento do rádio ajudam a misturar variedades linguísticas.

1988 - A Constituição garante a preservação dos dialetos de grupos indígenas e remanescentes de

quilombos. Hoje Ha 180 línguas indígenas e mil quilombolas.

1990 - Com a TV presente em mais de 90% dos lares, não se constata isolamento linguístico. Começa

a nascer a linguagem rápida usada na internet

Fonte: www.novaescola.com.br

RELACIONANDO OS TEXTOS:

Responda:

1) De acordo com o texto “De onde vem a Língua Portuguesa”, por que é difícil resgatar a origem da Língua Portuguesa? 2) Ainda sobre o mesmo texto, como se deu a expansão do latim pela Península Ibérica?

3) Depois das várias influências sofridas, como foi que a Língua Portuguesa alastrou-se no século XV?

4) Quais são os países que adotaram o português como língua oficial ou dialeto?

5) Comparando os textos “Uma questão de Tempo” , “De onde vem a Língua Portuguesa” e a “História da Língua Portuguesa no Brasil” no que diz respeito à temporalidade, a que conclusão podemos chegar? __________________________________________________________________________________

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Na unidade passada estudamos a acentuação tônica. Agora, veremos os acentos gráficos:

3.2.1 Acentuação Gráfica

Os acentos gráficos são utilizados como forma de indicar a sonorização da pronúncia da palavra, isto é, como se diz. São eles:

Acento Agudo (á) Acento Circunflexo (â)

Acento Til (ã) Acento Grave (à)

Trema (ü) (in memorian)

Regras gerais: Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras:

a) PROPAROXÍTONAS Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. ÁRVORE, METAFÍSICA, LÂMPADA, PÊSSEGO, QUISÉSSEMOS, ÁFRICA, ÂNGELA.

b) PAROXÍTONAS São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:

Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens, nuvens,

homens.

Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em i ou r: super-homem, inter-

helênico,

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c) OXÍTONAS

São acentuados os vocábulos terminados em: A(S ), E(S), O(S): MARACUJÁ, ANANÁS, CAFÉ, VOCÊ, DOMINÓ, PALETÓS, VOVÔ, VOVÓ, PARANÁ. EM/ENS: ARMAZÉM, VINTÉM, ARMAZÉNS, VINTÉNS. Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminados em A, E, O (seguidos ou não de s): PÁ, PÉ, PÓ, PÁS, PÉS, PÓS, LÊ, DÊ, CRÊS. As formas verbais terminadas em A, E, O tônicos seguidos de lo, la, los, las também são acentuadas: AMÁ-LO, DIZÊ-LO, REPÔ-LO, REPÔ-LA, COMPRÁ-LA.

O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: LÃ, FÃ, IRMÃ, ALEMÃ

3.3 A REFORMA ORTOGRÁFICA 2ª parte

Nesta unidade daremos continuação ao estudo da nova ortografia da Língua Portuguesa. Você viu na unidade passada que existiram diversas mudanças durante os séculos. Agora, você está participando desse processo de inovação. Vale lembrar que as duas formas de escrita continuam valendo até 2012. Veremos agora as regras e estudaremos uma a uma com muita calma, acompanhando as desventuras de Grump, um sujeitinho divertido, bem brasileiro. Acompanhe seu professor e bom estudo!

1) Como você pode ver na tira, o autor propõe que muita gente não se encontra preparada

para a implantação da nova ortografia devido à influência que as ferramentas computacionais, como os editores de texto, têm exercido sobre os usuários da língua. E você, o que pensa sobre o assunto? Como é que as ferramentas computacionais atrapalham um bom conhecimento da língua?

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2) Nesta tira, o personagem Grump resolve recorrer a um sobrinho para pedir ajuda sobre a

nova ortografia. Contudo, no terceiro quadro, o personagem diz “melhor pensar em outra coisa”. Segundo análise da tira, o que motivou Grump a mudar de opinião? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________

3) Por que Grump, no primeiro quadro, diz ser moleza para essa molecada assimilar as novas

regras mais facilmente? Você concorda que as gerações mais novas levam vantagem na aprendizagem? ____________________________________________________________________________

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TREMA

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O trema, sinal gráfico de dois pontos usado em cima do u para indicar que essa letra, nos

grupos que, qui, gue e gui, é pronunciada, será abolido. É simples assim: ele deixa de existir

na língua portuguesa. Vale lembrar, porém, que a pronúncia continua a mesma.

COMO É HOJE COMO VAI FICAR

agüentar aguentar

eloqüente eloquente

freqüente frequente

lingüiça linguiça

sagüi sagui

seqüestro sequestro

tranqüilo tranquilo

anhangüera anhanguera

NO ENTANTO, o acordo prevê que o trema seja mantido em nomes próprios de origem

estrangeira, bem como em seus derivados. Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.

K, W, Y

4) A tira acima apresenta a regra que, oficialmente as letras W, K e Y passam a fazer parte do

vocabulário brasileiro. Contudo, a fala do personagem no terceiro quadrinho revela uma

constatação: há muito tempo essas letras já circulavam em palavras por aqui. Como são

chamadas essas palavras e como foram surgindo no Brasil?

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ACENTO AGUDO

O acento agudo desaparece das palavras da língua portuguesa em três casos, como se pode ver a seguir:

Nos ditongos (encontro de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos ei e oi das palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima).

COMO É HOJE COMO VAI FICAR

assembléia assembleia

heróico heroico

idéia ideia

jibóia jiboia

NO ENTANTO, as oxítonas (palavras com acento na última sílaba) e os monossílabos

tônicos terminados em éi, éu e ói continuam com o acento (no singular e/ou no plural).

Exemplos: herói(s), ilhéu(s), chapéu(s), anéis, dói, céu.

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• nas palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato (sequência de duas vogais

que pertencem a sílabas diferentes) com a vogal anterior quando esta faz parte de um

ditongo;

COMO É HOJE COMO VAI FICAR

baiúca baiuca

boiúna boiuna

feiúra feiura

NO ENTANTO, as letras i e u continuam a ser acentuadas se formarem hiato mas estiverem

sozinhas na sílaba ou seguidas de s. Exemplos: baú, baús, saída. No caso das palavras

oxítonas, nas mesmas condições descritas no item anterior, o acento permanece. Exemplos:

tuiuiú, Piauí.

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ACENTO CIRCUNFLEXO

Com o acordo ortográfico, o acento circunflexo não será mais usado nas palavras terminadas em oo.

COMO É HOJE COMO VAI FICAR

enjôo enjoo

vôo voo

abençôo abençoo

perdôo perdoo

Da mesma forma, deixa de ser usado o circunflexo na conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados.

COMO É HOJE COMO VAI FICAR

crêem creem

dêem deem

lêem leem

vêem veem

NO ENTANTO, nada muda na acentuação dos verbos ter, vir e seus derivados. Eles continuam com o acento circunflexo no plural (eles têm, eles vêm) e, no caso dos derivados, com o acento agudo nas formas que possuem mais de uma sílaba no singular (ele detém, ele intervém). Está difícil entender? Não desista, você conseguirá! Agora, não faça como o Grump!!!

ACENTO DIFERENCIAL

O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais fácil de palavras homófonas, ou

seja, que têm a mesma pronúncia. Atualmente, usamos o acento diferencial – agudo ou circunflexo – em vocábulos como pára (forma verbal), a fim de não confundir com para (a preposição), entre vários outros exemplos. Com a entrada em vigor do acordo, o acento diferencial não será mais usado nesse caso e também nos que estão a seguir: • péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo); • pólo (o substantivo) e pêra (a união antiga e popular de por e lo); • pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo); • pêra (o substantivo) e pêra (o substantivo arcaico que significa pedra), em oposição a pêra (a preposição arcaica que significa para).

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NO ENTANTO, duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo o acento diferencial: • pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido com a preposição por; • pôde (o verbo conjugado no passado) também mantém o circunflexo para que não haja confusão com pode (o mesmo verbo conjugado no presente). Observação: já em fôrma/forma, o acento é facultativo.

3.3 ACORDO ORTOGRÁFICO – 3ª PARTE

3.1 USO DO HÍFEN

8.2.7 Uso do Hífen

Como ficam as principais regras do hífen com prefixos:

Prefixos Usa hífen Não se usa hífen

Agro, ante, anti, arqui,

auto,contra, extra,

infra, intra,

macro,mega, micro,

maxi, mini, semi,

sobre, supra, tele, ultra

Quando a palavra seguinte

começa com h ou com vogal

igual à última do prefixo:

auto-hipnose, anti-herói,

auto observação, mini-hotel

anti-imperalista, micro-ondas

Em todos os demais casos:

autorretrato, autossustentável,

autoanálise, autocontrole,

antirracista, antissocial,

ultrassom antivírus, minissaia,

minidicionário, minirreforma,

Hiper, inter, super Quando a palavra seguinte

começa com h ou com r:

super-homem, inter-regional

Em todos os demais casos:

hiperinflação, supersônico

Sub Quando a palavra seguinte

começa com b, h ou r:

sub-base, sub-reino,

sub-humano

Em todos os demais casos:

subsecretário, subeditor

Vice Sempre: vice-rei, vice-

presidente

Pan, circum Quando a palavra seguinte

começa com h, m, n ou

vogais: pan-americano,

circum-hospitalar

Em todos os demais casos:

pansexual, circuncisão

3.4 EXERCÍCIOS SOBRE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: também, incrível e caráter. a) alguém, inverossímil, tórax b) hífen, ninguém, possível c) têm, anéis, éter d) há, impossível, crítico e) pólen, magnólias, nós 2. Assinale a alternativa correta a) Não se deve colocar acento circunflexo em palavra como avo, bisavo, porque há palavras homógrafas com pronúncia aberta b) Não se deve colocar acento grave no a do contexto: Fui a cidade c) Não se deve colocar trema em palavras como tranquilo, linguiça, sequência

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d) Não se deve colocar trema em palavras derivadas como avozinho, vovozinho e) O emprego do trema é facultativo 3. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado: a) voo, orfão, taxi, balaustre b) itens, parabens, alguem, tambem c) tactil, amago, cortex, roi d) papeis, onix, bau, ambar e) hifen, cipos, contem, pe 4. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo motivo gramatical. a) problemáticos, fácil, álcool b) já, até, só c) também, último, análises d) porém, detêm, experiência e) país, atribuíram, cocaína

5. "À luz de seu magnífico ______ do sol ______ parece uma cidade ______ . a) por, Itaguaí, tranquila b) por, Itaguai, tranquila c) por, Itaguaí, tranqüila d) pôr, Itaguaí, tranquila e) pôr, Itaguai, tranquila 6. Marque item em que necessariamente o vocábulo deve receber acento gráfico: a) historia b) ciume c) amem d) numero e) ate

7. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras da opção: a) há - até - atrás b) história - ágeis - você c) está - até - você d) ordinário - apólogo - insuportável e) mágoa - ícone - número 8. Assinale a série cuja acentuação gráfica se justifique da mesma forma que em: faísca - ônus - herói. a) viúvo, ônibus, pastéis b) vírus, hífen, papéis c) Itajaí, Garibáldi, caí d) egoísmo, Quéops, escarcéu e) lápis - vôlei – girassóis

9. Das alternativas abaixo, aquela em que as demais não se acentuam com base na mesma regra da palavra entre aspas é: a) "holandês" - anunciá-lo / paletós b) "desejável" - açúcar / hífen c) "público" - súbito / álcool

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d) "matéria" - glória / troféu e) "daí" - viúva / sanduíche 10. Em que série nem todas as palavras se acentuam pelo mesmo motivo: a) juízo, aí, saíste, saúde b) poética, árabes, lírica, metáfora c) glória, herói, série, inócuo d) réptil, fêmur, contábeis, ímã e) caracóis, dói, papéis, céu

11. Todas as palavras devem ser acentuadas na alternativa: a) pudico, pegada, rubrica b) gratuito, avaro, policromo c) abdomen, itens, harem d) tenue, perdoe, ecoa e) contribuia, atribuimos, caiste 12. O ________ resulta da __________ entre a alga e o fungo. a) líquen, simbiose b) liquen, simbiose c) liquem, simbiose d) líquen, simbióse e) líquem, simbiose

13. Assinale o item em que as palavras estão acentuadas segundo a mesma regra: a) miúdo, pêndulo b) história, distância c) pedrês, porém d) respeitável, pálpebra e) Lucília, três 14. Há erro(s) de acentuação gráfica em: a) recém-vindo, decano, refrega b) pudico, bímano, gratuito c) inaudito, pegada, zênite d) íbero, ávaro, levedo e) filantropo, opimo, aziago

15. Assinale a opção em que todos os vocábulos deveriam estar acentuados graficamente: a) perdoo, balaustre, bambu b) itens, assembleia, cafeina c) tuneis, juri, pessoa d) aerodromo, estrategia, nectar e) agape, apoio (subst.), nuvens 16. Por serem proparoxítonos, deveriam estar acentuados os vocábulos da opção: a) refrega, ibero, decano b) aziago, pegada, avaro c) leucocito, alcoolatra, interim d) inaudito, batavo, erudito e) rubrica, maquinaria, pudico

17. Qual dentre as palavras abaixo deve ser necessariamente acentuada: a) ai

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b) pais c) doida d) sauva e) Saia 18. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) pés, hóspedes b) sulfúrea, distância c) fosforescência, provém d) últimos, terrível e) satânico, porém

C - TREINO ORTOGRÁFICO

1. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador. a) mendingos; reivindicar; rebuliço b) mindigos; reinvidicar, rebuliço c) mindigos; reivindicar, reboliço d) mendigos; reivindicar, rebuliço e) mendigos; reivindicar, reboliço 2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses: a) em .... .aguar / pi.....e / mi.....to (x) b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç) c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g) d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u) e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i) 3. (TRE-SP) Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... . a) escusas - a fim - mal-entendidos b) excusas - afim - mal-entendidos c) excusas - a fim - malentendidos d) excusas - afim - malentendidos e) escusas - afim - mal-entendidos 4. (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro - naturalizar b) estrangeiro - naturalisar c) extranjeiro - naturalizar d) estrangeiro - naturalizar e) estranjeiro - naturalisar 5. (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 6. (FT) A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e -ção, como "expansão" "sensação", é: a) inven..... / coer..... b) absten..... / asser.....

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c) dimen..... / conver..... d) disten..... / inser..... e) preten..... / conver.. 7. (U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a: a) hélice b) halo c) haltere d) herva e) herdade 8. (EPCAR) Só não se completa com z: a) repre( )ar b) pra( )o c) bali( )a d) abali( )ado e) despre( )ar 9. (EPCAR) Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos: a) here( )e b) an( )élico c) fuli( )em d) berin( )ela e) ti( )ela 10. (BB) Alternativa correta: a) estemporanêo b) escomungado c) esterminado d) espontâneo e) espansivo 11) O diretor, na … de garantir a … dos documentos, apôs sua … a cada página. a) intensão, veracidade, rubrica. b) Intensão, verascidade, rúbrica. c) Intenção, verascidade, rúbrica. d) Intenção, verascidade, rubrica. e) Intenção, veracidade, rubrica. 12) Assinale a única opção em que todas as palavras devem ser grafadas com S. a) le…ar, atrá…, destre…a, parali…ar. b) defe…a, quero…ene, qui…er, va…inho, fu…ilar. c) Brá…, Vene…a, Queiro…, Sou…a d) ga…eificar, ga…olina, empre…a, anali…ar. e) pre…ado, co…inha, fuga…, ro…áceo, xadre… 13 Complete as lacunas com mau ou mal, corretamente: a) O aluno …… vai ….. na prova. b) Mas que sapato …… feito! c) O lobo ….. foi …… educado. d) Ela foi ….. em todas as provas. e) Procure nunca fazer o ……., para não se tornar um ….. homem. 14) Complete com há ou a:

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a) O livro chegou ….. um mês? b) ….. dias ele está viajando? c) Partirei daqui ….. uma semana. d) Não tiro férias há muito tempo. e) Daqui ….. três dias, verei um amigo que conheço ….. vinte anos. 15) Utilize onde ou aonde: a) Não sei mais ……. te procurar. b) Já fui diversas vezes ao lugar ……. você irá. c) …… estou? d) …… você quer chegar? e) …… você estava? f) …… você irá? g) …… você mora? h) …… você reside? i) Esta é a casa …… moro. j) Aquela é a escola …… irei. 16) Utilize a cerca de, acerca de, há cerca de: a) Brasília fica a ___________208 km de Goiânia. b) ____________duas semanas que não vejo Maria. b) Ninguém disse nada ___________que aconteceu com aquela família. c) Não faço ginástica ____________5 anos. c) Elas jogam conversas fora _____________muitas coisas. b) O rapaz foi encontrado ______________10 metros do local. c) Vamos, ela está ___________-dois passos daqui. a) Estávamos conversando _______________-viagem. a) O curso foi lançado ____________--dois anos. 17) Utilize senão, se não: a) Você tem que comer toda comida do prato, _______é desperdício. (de outro modo). b) Se o clima estiver bom você vai, __________não vai. (do contrário) c) ________fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não) d) Não lhe resta outra coisa _________-pedir perdão. (a não ser) e) Não fui eu ___________der certo. (caso não)

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4 CRASE

Crase é a superposição de dois a (geralmente preposição a + artigo a ou preposição a + pronome demonstrativo aquilo, aquele, aquela). O acento grave que parece sobre o a não constitui, pois, a crase, mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido a união de dois a (crase). Para haver crase, é indispensável a presença da preposição a (uma questão de regência) mais o artigo a (palavra feminina).

4.1 NÃO EXISTE CRASE

Antes de palavra masculina; antes de verbo; antes de artigo indefinido; antes de expressão de tratamento; antes de pronomes demonstrativos (esta, essa); antes pronomes pessoais antes dos pronomes indefinidos (exceto outra); Quando a estiver no singular e a palavra seguinte no plural; Quando, do “a”, existir preposição .

Ex: Vieram a pé. Ex: Ficamos a admirá-los. Ex: Levamos a mercadoria a uma firma. Ex: Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria. Ex: Não me refiro a esta casa. Ex: Nada revelei a ela. Ex: Direi isso a qualquer pessoa. Ex: Falei a vendedoras desta firma. Ex: Os papéis estavam sob a mesa

4.2 CASOS ESPECIAIS

1. Localidades 2. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aquilo 3. Palavra casa 4. Palavra terra 5. Palavra distância 6. Pronome relativo: qual, que

Ex: Pretendo ir à Europa. (Vim da Europa) Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre) Mas: Vou à grande Porto Alegre. (Vim da grande Porto Alegre.) Ex: Enviei convites àquela sociedade. (a esta) Não dei atenção àquilo. (a isto) Não me referi àquele homem. (a este) Mas: A solução era aquela apresentada (esta) Ex: Chegamos alegres a casa. (não especificou) Chegamos alegres à casa de meu pai (especificou) Irei à casa de campo. (especificou) Quando significar: (exemplos) solo – O colono dedicou à terra os seus dias. Planeta – Os astronautas retornaram à Terra. Terra natal – Voltei à terra onde nasci. Ex: Via-se o suspeito à distância de um metro. Olhava-nos a distância. A fábrica a que me refiro precisa de empregados. O escritório a que me refiro precisa de empregados. A carreira à qual aspiro é almejada por muitos.

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O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos. A mulher a quem me refiro é a diretora da empresa. O homem a quem me refiro é o diretor da empresa. A avenida em que moro é paralela à que vai dar na praça. O parque em que moro é paralelo ao que vai dar na praça.

Expressões adverbiais que indicam instrumento, não se usa acento

Exemplos:

• Escreveu a tinta (compare com “escreveu a lápis”)

• Escreva o texto a caneta.

Expressão “à moda de”

• Escrevia à moda de Camões.

• Pinta à moda de Picasso.

Ou

• Escrevia à Camões.

• Pintava à Picasso.

Expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio” estiverem subentendidas.

Ex: Dirigiu-se à Tancredo Neves. (avenida)

Telefonem à Ariquemes. (estação)

Ex: Fomos à São Luis Calçados. (loja)

4.3 OBRIGATORIEDADE DA CRASE

Crase obrigatória

Locuções prepositivas: à custa de, à moda de, à custa de, à força de, à maneira de.

Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.

Locuções adverbiais: à queima-roupa, às cegas, à noite, às tontas, às vezes, às escuras, às pressas, às mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc.

Observação: desde que o núcleo seja um substantivo feminino.

4.4 EXERCÍCIOS

A - Use quando necessário, o acento indicador da crase

1. Todo o país estava atento a decisão do Congresso.

2. De ponta a ponta, a praia estava repleta de banhistas.

3. De repente, todas as crianças começaram a correr.

4. Durante a palestra, o economista não se referiu a dívidas públicas.

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5. Nas férias iremos a Moscou.

6. Nas férias iremos a fascinante Brasília.

7. Não obedecemos aquele decreto de forma alguma.

8. Suas decisões são iguais as que qualquer um tomaria.

9. Depois de semanas em alto-mar, os pescadores voltaram a terra.

10. Durante a palestra, o economista não se referiu a dívidas públicas.

11. Entregue esse telegrama aquela mulher.

12. Haverá aula de segunda a sexta.

13. Avisei a todos que a partida de futebol foi adiada.

14. Fomos a Inglaterra e a Roma Antiga.

15. Ele chegou a escola muito tarde.

16. Ele não gosta de vir a barulhenta São Paulo.

17. Dirija-se a moça que está naquele balcão.

18. Comprei a moto a prazo.

19. Conte a história a essas crianças.

20. Faça a lição de casa a lápis.

21. O pescador voltou a tardinha a casa.

22. Uma a uma, as lágrimas caíam de seus olhos.

23. Ele se dirigiu as mulheres presentes com muita educação.

24. Mostre-me as coisas que você comprou.

25. Nesta cidade, as vezes, chega a nevar no inverno.

26. Ela chegou a primeiras horas do dia.

27. As primeiras pessoas que chegarem receberão um prêmio.

B - Justifique o uso ou não da crase na seguinte frase:

“Ele estava a toa na vida, agindo segundo a sua própria moral; não pertencia a

nenhuma classe de trabalhadores, explorava a Deus e todo o mundo, sendo posto a margem

pela própria família.”

Page 42: APOSTILA CURSO DE FÉRIAS

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5 CONCORDÂNCIA

5.1 CONCORDÂNCIA NOMINAL

a) Adjetivo após vários substantivos

Se os substantivos são do mesmo gênero – adjetivo pode concordar com o último

substantivo ou ir para o plural.

Ex: Casa e igreja antiga/antigas

Se os substantivos são de gêneros diferentes – o adjetivo pode concordar com o último

substantivo ou ir para o masculino plural.

Ex: Prédio e casa antiga/ antigos.

b) Adjetivo antes de vários substantivos

O adjetivo só pode concordar com o primeiro substantivo.

Ex: Velha casa e prédio/ Velho prédio e casa.

Concorda apenas com o mais próximo.

Ex: Escolheu mau local e hora.

Ex: Escolheu más horas e local.

Obs: se o substantivo for nome próprio ou de parentesco, o adjetivo vai para o plural. Ex: Conheço as formosas irmãs, prima e tia.

c) Mesmo Na função de pronome, concorda com a palavra a que se refere.

Ex: Elas mesmas irão lá.

Na função do advérbio (= realmente) é invariável.

Ex: Elas irão mesmo lá.

d) Anexo

Concorda com a palavra a que se refere

Ex: As cartas irão anexas ao contrato.

A locução em anexo é invariável.

Ex: As cartas irão em anexo.

e) Bastante

Na função de pronome indefinido, concorda com a palavra a que se refere.

Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto (muitas)

f) Meio

Na função de numeral (=metade), concorda com a palavra a que se refere.

Ex: meia garrafa, meio-dia e meia.

Ex: O trem trouxe duas meias toneladas de pedras.

Na função de advérbio (=um pouco), é invariável.

Page 43: APOSTILA CURSO DE FÉRIAS

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Ex: A criança ficou meio cansada. Na função de advérbios é invariável

Ex: Todos estão bastante irritados (muito)

g) É bom, é proibido, é necessário + substantivo

Se o substantivo estiver acompanhado de artigo ou pronome – bom, necessário,

proibido... concordam com o substantivo.

Ex: É permitida a entrada de crianças.

Ex: A cerveja é boa.

Se o substantivo não estiver acompanhado de artigo ou pronome – bom, necessário,

proibido... ficam no masculino e no singular.

Ex: É permitido entrada de criança.

Ex: Cerveja é bom.

h) Tal qual

O primeiro elemento concorda com o antecedente, e o segundo, com o consequente.

Ex: O garoto é tal qual o pai.

Os garotos são tais quais os pais.

O garoto é tal quais os pais.

Os garotos são tais qual o pai.

i) Quite

Usa-se “quite” com a 1ª, 2ª, 3ª pessoa do singular.

Ex: Estou quite;

Usa-se “quites” com a 1ª, 2ª e 3ª pessoa do plural.

Ex: Estamos quites com o serviço militar.

j) Expressões invariáveis

Locuções adjetivas.

Ex: Heróis sem caráter; artistas de talento; indivíduos sem vergonha;

Palavras empregadas como advérbio:

Ex: Os juízes falavam baixinho;

Os vestidos custaram barato, mas as saias custaram caro;

Os aviões andam rápido;

As crianças cantavam desafinado;

Os soldados estavam alerta

Mas

Quando estas palavras são substantivos ou adjetivos, elas flexionam.

Ex: A Xuxa faz um programa para os baixinhos; Coisas baratas não existem mais.

Joias caras estavam expostas na vitrina.

Os rápidos aviões cortam os céus.

Eu não aguento ouvir uma cantora desafinada.

Dois alertas soaram na calada da noite.

l) Os substantivos e os numerais

Números ordinais

Quando vem posposto a dois ou mais numerais ordinais, fica no singular ou vai para o plural.

Page 44: APOSTILA CURSO DE FÉRIAS

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Ex: Ela desobedeceu à terceira e à quarta lei (ou leis) dó Código de Trânsito.

Quando vier antes dos numerais, vai para o plural.

Ex: Ela desobedeceu às leis terceira e quarta do Código de Trânsito.

Ex: Revisei as edições primeira e segunda do romance.

Números cardinais

Quando se empregam os numerais cardinais no lugar dos ordinais, eles ficam invariáveis.

Ex: Abra o livro na página vinte e um;

Ex: Ele mora na casa duzentos e vinte e dois.

Obs: Em linguagem jurídica, diz-se: “Leia-se a folhas vinte e uma.”

5.2 CONCORDÂNCIA VERBAL

Se o sujeito é... Regras Exemplo Que O verbo concorda com o pronome

pessoal que vem antes do QUE

Sois tu que pagas.

Sois vós que pagais.

Quem

a) o verbo concorda com o pronome

pessoal que vem antes do QUEM

b) fica na 3ª pessoa

Sou eu quem pago.

Sou eu quem paga.

Qual de nós/ Algum de

nós/ Nenhum dentre nós/

Qualquer dentre vós

Verbo no singular

Obs: caso os interrogativos ou

indefinidos estejam no plural:

a) O verbo fica na 3ª p.pl

b) Ou concorda com Nós ou Vós

Qual de nós pagou a conta.

Quais de nós pagaram a conta.

Quais de nós pagamos a conta.

Mais de um O verbo fica na 3ªp. s. Se o verbo

exprimir reciprocidade, o plural será

obrigatório

Mais de um professor criticou a decisão.

Mais de um dos deputados se agrediram.

Cada um

O verbo fica na 3ª p.s. Cada um dos alunos levava um beliscão

Um dos que

a) Se a ação for claramente atribuída

a uma só entidade, verbo no singular;

b)em caso contrário,

O sol é um dos astros que dá luz à Terra.

Sílvio é um dos que mais fala (m).

Um ou outro facultativo Um ou outro termo lhe ficava bem.

Um e outro/ Nem um nem

outro

O verbo fica na 3ª pessoa do singular

(alternância)

Um e outro perdeu-se. (perderam-se)

Ligados pelas alternativas:

Ou...ou, Nem um nem

outro

facultativo

a) Havendo exclusão – verbo no

singular.

b) Não havendo exclusão obrigatória

– verbo no singular ou plural.

Ou Zé ou João será o governador.

Ou o machado ou o fogo destruirá (ão) a

mata

Representado por

expressões que indiquem

quantidade: grande

número... a maior parte...

Um por cento de...

(expressão partitiva)

O verbo fica no singular ou plural,

embora o emprego do singular

indique maior rigorismo gramatical

A maioria dos alunos estuda(m).

Representado por núcleos

unidos por Com ou Como

Se a expressão não estiver entre

vírgulas, o verbo pode ficar no

singular.

Zé com sua esposa viajará (ão) hoje.

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Alguns casos que podem gerar dúvidas

Sujeito composto antes do

verbo

O verbo irá para o plural

O trator e o caminhão saíram da estrada.

Sujeito composto depois

do verbo

O verbo ou vai para o plural

Ou concorda com o núcleo mais

próximo.

Saíram da estrada o trator e o caminhão.

Saiu da estrada o trator e o caminhão.

Haver e fazer

O verbo haver (existir) e

fazer (indicando tempo)

são impessoais.

Havia candidatos despreparados.

Fez dois anos.

Dar, bater e soar

Quando o sujeito não está anteposto

estes verbos concordam com o

número

Deram dez horas.

Batiam seis horas.

Voz passiva pronominal

(verbo + se)

O verbo deve concordar com a

expressão que o acompanha, porque

ela é o sujeito.

Obs:

Se essa expressão vier precedida de

preposição, ela não será sujeito.

Ex: Precisa-se de operários.

Lá se obedece às autoridades

Aluga-se apartamento.

Alugam-se apartamentos.

Vende-se casa.

Vendem-se casas.

Observaram-se, daquele local, os lances

da luta.

Devem-se solicitar os ingressos do show

Verbo ser Não –personativo + Não-

personativo

Concordância facultativa

Nem tudo é flores. (são)

Personativo+Personativo

Personativo+

Concordância facultativa

Aqueles escritores eram uma só

pessoa. (era)

Não-personativo Concordância com o personativo O homem é sofrimentos e alegrias.

Personativo+ Pronome pessoal Concordância com o pronome

pessoal.

O acusado sou eu.

Não-personativo

+Pronome pessoal

Concordância com o pronome

pessoal

O Brasil, senhores, sois vós.

Pronome pessoal

+Pronome pessoal

Concordância com o sujeito Eu não sou ela.

5.3 EXERCÍCIOS

A - Sublinhe, dentro dos parênteses, a forma correta (concordância nominal)

1)Vou comprar trezentos/trezentas gramas.

2) A candidata estava meio/meia nervosa.

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3) Fizeram uma pesquisa tecnicocientífica/tecnicacientítica) para uma entidade ibero-

americana/ibera-americana.

4) Solicitou alguns livros emprestado/emprestados.

5) As guarnições, em face da situação política, permaneceram alertas/alerta.

6) Perseverança é necessário/é necessária para vencer na vida.

7) É necessário/é necessária a esperança para vencer.

8) Iracema, heroína de Alencar, banhava-se em tranquilos/tranquilas lagoas e rios.

9) Felizmente, naquela cidade, temos bastante/bastantes amigos.

10) Demonstrou fabulosa/fabulosas inteligência e versatilidade .

11) Os incansáveis/o incansável Pasteur e Mme Curie muito fizeram em prol da humanidade.

12) Os alunos mesmo/mesmos foram pesquisar o assunto;depois,irão remeter-nos

incluso/inclusos ao relatório os dados estatísticos.

13) As aulas de música devem ser o mais agradáveis possível/possíveis.

14) Dados/dadas as exigências da comissão, procuraram-se manter coesa/coesas as três partes

do trabalho.

15) Queremos bem transparente/transparentes estas transações,para que os fatos possam falar

por si só/sós.

16) Donos de rápido/rápidos raciocínio e atitudes, subiu até o andar/os andares nono e

décimo.

17) Geralmente, os funcionários daquela empresa começam a trabalhar ao meio dia e

meio/meia fazendo, nos fins de semana, diversas horas extra/extras.

B - Sublinhe, dentro dos parênteses, a forma correta (concordância verbal)

1) Eles (parece-parecem) serem companheiros há muito tempo.

2) (Surgiu-Surgiram) muitas controvérsias sobre a aplicação da reforma do ensino.

3) Como (pode-podem) haver pessoas tão inescrupulosas?

4) A glória, meus irmãos, (era-eram) aqueles heróis combatendo!

5) (Ouvia-Ouviam)-se, muito longe, os sinos da igreja repicando.

6) (Faz-fazem) muitos anos que ela não vai à sua terra natal.

7) (Basta-Bastam) de tantos dissabores!

8) (Faz-Fazem) dias agradáveis na primavera.

9) (É-São) três dias de expectativa e de nervosismo.

10) (É-És) tu que (paga-pagas) a despesa de hoje.

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11) Nem a seca nem a enchente (conseguiu-conseguiram) abalar a fibra deste povo.

12) José ou MAria (será-serão) escolhido(s) presidente do time.

13) (Questiona-Questionam)-se situações, mas não se (encontra-encontram) soluções.

14) Acredita-se que nem um, nem outro (falou-falaram) o que pretendia.

15) Mais de um jornalista (fez-fizeram) referência à comemoração cívica.

16)(Precisa-Precisam)-se de amigos sinceros, mas só (aparece-aparecem) pessoas

oportunistas.

17) A esperança, minha gente, (é-são) eles.

18) (Deu-Deram) sete horas no relógio da praça.

19) Noventa quilos (é-são) muito para quem faz regime alimentar.

20) Mais de dez homens (fez-fizeram) o trabalho.

21) Um ou outro pedinte (era-eram) visto(s) nas ruas.

22) (Há-Hão) de construir belas obras naquela área.

23) Mais de um orientador educacional (elogiou-elogiaram) aquele método de aprendizagem.

24) (Havia-Haviam) receios, temores, dúvidas.

25) Ele sempre se (houve-houveram) com dignidade e lisura.

26) Ainda (existe-existem pessoas discretas.

27) (Desconfia-Desconfiam)-se de propostas tentadoras.

28) Dor, tristeza, solidão, tudo isso (resumia-resumiam) sua vida de insucessos.

29) (Via-Viam)-se muitas pessoas perguntando pelos parentes desaparecidos.

30) (Deve-Devem)-se mandar os convites com um mês de antecedência.

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48

6 PRODUÇÃO DE TEXTO

6.1 MÉTODOS DISSERTATIVOS:

Antes de começar o método propriamente dito, vamos exercitar a menor parte da redação – A FRASE. Quando se tem uma palavra qualquer para com ela se elaborar uma frase, existem verbos que contribuem para essa finalidade, ao contrario da forma verbal É. Imagine que tivesse de elaborar uma frase iniciada com “A LIBERDADE”. Ao colocar em seguida a forma verbal é, haverá certa dificuldade para prossegui-la. algo... A liberdade é é uma coisa... uma palavra... uma palavra de nove letras...

A fim de evitar tais deslizes, os verbos do quadro seguinte ajudarão o aluno a desenvolver ideias melhores na construção fraseológica.

6.1.1 Verbos que indicam expressividade

Para afirmação Para causalidade Para finalidade Para oposição

Consistir, constituir, significar, denotar, mostrar, traduzir-se por, expressar, representar, evidenciar

Causar, motivar, ocasionar, originar, gerar, propiciar, resultar, provocar, produzir, contribuir, determinar, criar

Visar, ter em vista, objetivar, ter objetivo, pretender, tencionar, cogitar, tratar, servir para, prestar-se para

Opor-se, contrariar-se, negar, impedir, surgir em oposição, surgir em oposição, surgir em contraposição, apresentar em oposição, ser contrário

A prática constante do uso dos verbos expressivos traz ao aluno enormes benefícios na construção fraseológica. Exercícios: a) A leitura...

b) A tecnologia...

c) Corrupção

d) A cidadania...

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6.2 PROCEDIMENTOS PARA SE REDIGIR UM TEXTO

6.2.1 Escolha de um dos procedimentos.

Argumentação Causas e consequências Prós e contra Paralelos e comparações

Principal procedimento Excelente procedimento

Título ou assunto que contenha uma afirmação sobre a qual o melhor será justificá-la

Título ou assunto que envolva um problema

Título ou assunto que seja polêmico

Título ou assunto que envolva abstrações

Traçar os porquês Traçar as causas e consequências.

Traçar os prós e contras

Traçar paralelos e comparações

6.2.2 Levantamento de ideias

a) No rascunho, se for argumentação, colocar os porquês. Exemplo: A importância da leitura

A leitura é importante... porque

amplia os horizontes de conhecimentos, através do contato com outras pessoas; levar o leitor a refletir sobre as verdades e realidades encontradas; faz evoluir a capacidade crítica e de análise; propicia a aquisição de vocabulário; proporciona mais facilidade para aprender a gramática da língua; causa entretenimento.

Obs: 3 porquês são suficientes. b) No rascunho, se for causas e consequências, abrem-se duas colunas, uma para causas e outra para consequências. Exemplo: O analfabetismo no Brasil.

Causas Consequências

país subdesenvolvido; destina pouca verba para sua erradicação; há desvio de verbas para outros setores; ignorância dos pais; necessidade a criança trabalhar para ajudar interesse de políticos em manter o povo ignorante.

mais subdesenvolvido; escassez de mão-de-obra especializada; subemprego e desemprego; povo ignorante, sem cultura; povo facilmente manipulável.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma redação. c) No rascunho, se for prós e contra, elaborem também, duas colunas. Exemplo: A pena de morte no Brasil.

Prós Contra

Muitos defendem esta pena alegando que: Os contrários a pena enfatizam que:

diminuiria a alta taxa de criminalidade, pois inibiria os assassinos; seria um castigo justo aos criminosos; atenuaria a superlotação das penitenciárias, que tantos gastos absorvem com o dinheiro do povo; ela já existe, uma vez que os justiceiros e grupos de extermino a vêm praticando.

em países onde há a pena de morte, não houve queda na taxa de homicídio; seria a legalização de um crime; em geral, o criminoso não se intimida com a prisão imediata, nem tampouco com a punição extrema; além disso, quem garante que inocentes não serão condenados.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma redação.

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d) No rascunho, se for paralelos e comparações, elaborem também, duas colunas.

Paralelos Comparações 1) Em uma reportagem sobre a ascensão social de famílias pobres no Brasil nos últimos anos, a revista Veja apresentou o seguinte quadro

...enquanto isso, no país

URBANIZAÇÃO Nos anos 70, quase metade das pessoas vivia no campo. MULHER Nos anos 70, a participação da mulher no mercado de trabalho era 20%. EDUCAÇÃO Nos anos 70, o brasileiro passava em média três anos na escola.

URBANIZAÇÃO Atualmente, 81% dos brasileiros moram nas regiões urbanas MULHER As mulheres agora representam 40% da força do trabalho. EDUCAÇÃO Aumentou para sete anos o tempo médio de estudo.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma redação. Como fazer este tipo de texto? “Ao se estabelecer uma comparação entre o Brasil de “90 milhões em ação” com o de 160 milhões, observam-se diferenças significativas, que refletiram na qualidade de vida da população. Na década de 70, metade dos brasileiros moravam no campo; hoje, são apenas 19%. Paralelamente, a participação das mulheres no mercado de trabalho dobrou de 20 para 40%. Em plena época da ditadura militar, o brasileiro passava, em média, três anos na escola, enquanto, atualmente, passa sete anos. Todas essas transformações ocorreram, sobretudo, devido ao grande desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, que resultou no êxodo rural e ao processo de globalização, este tornou mais exigente o mercado de trabalho, incentivando os brasileiros a estudarem.” Ou “ O Brasil modernizou-se. Num processo comum a vários países subdesenvolvidos (os modernos dizem emergentes) , passou-se, dos anos 70 para os anos 90, de uma população meio rural, meio urbana, para o quadro atual, em três quartos dos brasileiros se acotovelam em grandes áreas metropolitanas. Esse brusco movimento migratório aparentemente reformulou a família tradicional. Hoje, as mulheres compõem 40% da força de trabalho (em 1970, eram apenas 20%) e chefiam grande parte dos lares. Aumentou a violência e a criminalidade; piorou a já péssima distribuição de renda. Mas a escolaridade melhorou. De três (anos 70) para sete anos (anos (90) o tempo médio que os brasileiros passam na escola. É claro que o nível de educação decaiu assustadoramente. “Mas, esse não é um comentário que se deva fazer nesses tempos de tanta modernidade.”

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6.3 MÉTODOS DISSERTATIVOS

6.3.1 Enumeração de razões

6.3.2 Enumeração de causas

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6.3.3 Causas e consequências

6.3.4 Prós e contra

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6.3.5 Paralelos e comparações

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7 PRODUÇÃO TEXTUAL

Agora chegou a hora de estudarmos mais um tipo de texto. A dissertação. Esse texto

é muito utilizado no ensino superior, pois dá destaque a argumentatividade do futuro

profissional que você deseja ser. Então, muita atenção e bom estudo.

COMO FAZER UMA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão?

Vamos supor que o tema proposta seja VIOLÊNCIA.

Primeiro, precisamos entender o tema. (O que você já leu ou ouviu a respeito desse assunto? Que tipo de violência desejo falar sobre?)

A próxima etapa é a estruturação do texto. Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação.

1. Transforme o tema em uma pergunta:

Qual a maior causa da violência doméstica?

2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro: essa resposta é o seu ponto de vista.

3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.

4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.

5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação.

6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação.

Por enquanto, você pode agrupá-los na sequência que foi sugerida:

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Por Gabriela Cabral http://www.brasilescola.com/sociologia/violencia-no-

brasil.ht

?

AGORA É COM VOCÊ:

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Utilize os apontamentos sugeridos nos passos da dissertação acima e monte um esquema textual sobre o tema “VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO” Depois, monte um parágrafo rascunho para cada uma dos passos esquematizados por você. Lembre-se, sempre que sentir dificuldade chame o professor para perto de você! Ele está aí para ajudá-lo!

7.1 QUESTÕES DISCURSIVAS

Questão 1

O BRASIL E A HABITAT

O desprestígio da questão urbana no Brasil é evidente, apesar da situação dramática

de nossas cidades. Enchentes, desmoronamentos, crescimento de favelas, tráfego infernal,

epidemias, mortandade no trânsito, infância abandonada, violência, poluição dos rios e do ar

etc. – sucessivos desastres se banalizam. (Folha de S.

Paulo, 31-05-96)

AINDA NA CAVERNA

Segundo as Nações Unidas (ONU), já chegam a 100 milhões as pessoas sem moradia no mundo. A maioria é de mulheres e crianças. Há também outros 600 milhões que vivem em lugares insalubres. Morrem 50 mil pessoas por dia por causas vinculadas estritamente à péssima infra-estrutura urbana, como ingestão de água contaminada ou condições sanitárias inadequadas. Mais 70 milhões vivem em ambientes onde a fumaça do fogo com que se cozinha causa danos à saúde. Custa crer que se trata do mesmo mundo onde se fala em Internet, globalização e emancipação democrática crescente. Pois é nesse mesmo mundo, onde se multiplicam as telas iluminadas de virtualidade digital, que ainda vivem cidadãos miseráveis, 70% mulheres e crianças, numa inaceitável idade das cavernas.

(Folha de S. Paulo, 31-05-96) A partir da leitura dos fragmentos, crie o seu texto. Observe as orientações e/ou recomendações abaixo:

Elabore um texto dissertativo de 20 a 25 linhas;

Estrutura dissertativa: enumeração de razões ou causas e consequências;

Clareza, concisão, correção gramatical, coesão e coerência;

Não se esqueça de construir a tese, crie argumentos fundamentados e o título.

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A partir das ideias presentes nos textos acima, apresente duas sugestões de providências a

serem tomadas pelo governo que tenha como objetivo minimizar o problema quanto à

questão da moradia no Brasil.

. (máximo de 10 linhas) (valor: 10,0 pontos)

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Questão 2 Comissão do novo Código Penal amplia regras para aborto legal [...]

A comissão de juristas nomeada pelo Senado que elabora o anteprojeto de lei de um novo Código Penal aprovou nesta sexta-feira um texto que propõe o aumento das possibilidades para que uma mulher possa realizar abortos sem que a prática seja considerada crime. O anteprojeto também contempla modificações que atingem outros crimes contra a vida e a honra, como eutanásia, estupro presumido e infrações graves de trânsito. A principal inovação na legislação sobre aborto é que uma gestante poderá interromper a gravidez até 12 semanas de gestação, caso um médico ou psicólogo avalie que ela não tem condições "para arcar com a maternidade".

A intenção é a de que, para autorizar o aborto, seja necessário um laudo médico ou uma avaliação psicológica dentro de normas que serão regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina. "A ideia não é permitir que o aborto seja feito por qualquer razão arbitrária ou egoística",

afirmou Juliana Belloque, defensora pública do Estado de São Paulo e integrante da comissão. No

entanto, abre tantas possibilidades que deve virar uma batalha política no Congresso. Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,comissao-do-novo-codigo-penal-amplia-regras-para-aborto-legal- Acesso em 10.06.2012.

Analisando a polêmica sobre o “Aborto”, identifique, no atual debate social, a) um argumento coerente utilizado por aqueles que o criticam; (valor: 5,0 pontos)

Ed Ferreira/ AE Protesto contra a descriminalização do aborto em 2007

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b) um argumento coerente utilizado por aqueles que o defendem. (valor: 5,0 pontos)

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Questão 3

(Computer Industry Almanac e União Internacional de

Telecomunicações UIT)

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O Governo Federal deve promover inclusão digital, pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude. (Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online)

Nos dias atuais, as novas tecnologias se desenvolvem de forma acelerada e a internet ganha papel importante na dinâmica do cotidiano das pessoas e da economia mundial, No entanto, as conquistas tecnológicas, ainda que representem avanços, promovem consequências ameaçadoras.

Tema: A partir das ideias contidas no texto abaixo, faça um, fundamentado em três

argumentos sobre a Inclusão Digital.

Apresente uma conclusão que pode ser extraída da análise a) dos dois gráficos; (valor: 5,0 pontos)

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b) da situação-problema, em relação aos gráficos. (valor: 5,0 pontos)

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8 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Texto 1: ELES GASTAM MUITO

São adolescentes, mas pode chamá-los de maquininhas de consumo. Um estudo realizado

com garotas e rapazes de nove países mostra que no Brasil sete em cada dez jovens afirmam gostar

de fazer compras. Desse grupo de brasileiros, quatro foram ainda mais longe – disseram ter grande

interesse pelo assunto. O resultado da pesquisa, que tomou como base um trabalho da Organização

das Nações Unidas (ONU) chamado Is the Future Yours? (O Futuro É Seu?), foi significativo: os

brasileiros ficaram em primeiríssimo lugar no ranking desse quesito, deixando para trás franceses,

japoneses, argentinos, australianos, italianos, indianos, americanos e mexicanos. Ou seja, vai gostar

de consumir assim lá no shopping center.

E não precisa nem mandar, porque a turma vai mesmo. Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos-Marplan, constatou que 37% dos jovens fazem compras em shoppings, contra 33% dos adultos. Nem sempre os mais novos adquirem produtos mais caros, mas, proporcionalmente, têm maior afinidade com as vitrines. A lista de vantagens dos adolescentes sobre outros públicos é de tirar o fôlego: eles vão mais vezes ao cinema, viajam com maior freqüência, compram mais tênis, gostam mais de roupas de grife – mais caras que as similares sem marca famosa –, consomem mais produtos diet, têm mais computadores, assistem a mais DVDs e vídeos e, só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar balas, chicletes e lanches. Não é à toa que a falência antes do fim do mês é maior entre os jovens: invariavelmente atinge quase a metade deles, que estoura a mesada ou o salário.

O poder dos adolescentes sobre o mercado vai mais longe ainda, mesmo que eles não dêem a mínima para abstrações como "mercado". Costumam, por exemplo, aparecer com mais assiduidade no balcão. Pessoas com menos de 25 anos trocam de aparelho celular uma vez por ano (as mais velhas, a cada dois anos). Em relação às bicicletas, só para citar mais um exemplo, a situação é semelhante. Os adolescentes não são os maiores compradores do setor, mas aposentam uma bike a cada quatro anos. Os mais velhos só mudam de selim de sete em sete anos. Diante de tantas evidências, não causa surpresa que o gasto médio das famílias brasileiras seja maior nas casas em que moram adolescentes de 13 a 17 anos. Nesses domínios, a lista dos cinco produtos mais consumidos traz, em primeiro lugar, o leite longa vida. Depois vêm os refrigerantes. Nos lares com jovens entre 18 e 24 anos, a hierarquia é surpreendente. O refrigerante lidera o ranking, seguido por leite, óleo vegetal, cerveja e café torrado – o que explica o fato de a Coca-Cola ter no Brasil seu terceiro maior mercado em todo o mundo.

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O poder de consumo dos jovens é um filão que anima vários setores da economia. Há em curso uma corrida para conquistar o coração dessa rapaziada (e o bolso dos pais). As grandes marcas desenvolvem estratégias milionárias para tornar esse público fiel desde já. A maior parte do que se produz no mercado publicitário, que movimenta 13 bilhões de reais por ano, tem como alvo a parcela de 28 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 22 anos. É esse grupo que fornece boa parte do ideário da propaganda, enchendo os anúncios com mensagens de liberdade e desprendimento. Mostra-se extraordinária também a influência que essa molecada exerce sobre as compras da família. Oito em cada dez aparelhos de som só saem das lojas a partir do aval da ala jovem do lar. A fabricante de eletrodomésticos Arno não faz nada sem pensar nos mais novos, pois, na comum ausência das mamães trabalhadoras, é a garotada quem usa espremedores de fruta, tostadores de pão, sanduicheiras e liquidificadores. "Hoje, vendemos tanto para os filhos como para as donas-de-casa", conta Mauro de Almeida, gerente de comunicação da Arno, que mantém duas escolinhas de gourmet para cativar consumidores desde a pré-adolescência. Essa influência é exercida já em tenra idade. Nos dias de hoje, um indivíduo é considerado

consumidor aos 6 anos. Nesse momento as crianças começam a ser ouvidas na hora de tirar um

produto das prateleiras do supermercado. Para cada dez crianças de até 13 anos, sete pedem itens

específicos às mães. O poder jovem também se nota na hora de esvaziar o carrinho no caixa. Um

quarto do que é registrado foi pedido pela garotada. "Nós educamos as crianças e os jovens para que

tenham autonomia, opinião, poder de decisão. Pois é, eles aprenderam e decidem o que comprar

por nós", ironiza Rita Almeida, especialista em tendências e hábitos de consumo de adolescentes da

agência de propaganda AlmapBBDO.

(Revista Veja, Edição Especial Jovens, 2003)

INTERPRETANDO O TEXTO

1 Qual é o tema apresentado no texto e o objetivo pretendido pelo autor?

2 Como é comprovado o fato de o jovem gostar de gastar, no primeiro parágrafo do texto, e qual a categoria de ideia utilizada nessa justificativa?

3 Por que o texto aponta os jovens como grandes influenciadores das compras familiares?

4 Qual é o posicionamento do mercado diante desse perfil do adolescente?

O texto abaixo é um fragmento de um texto poético, escrito por Carlos Drummond de Andrade. Leia-o e responda as questões levantadas

Texto 2: EU, ETIQUETA

Estou, estou na moda, É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas,

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todos os logotipos do mercado.

INTERPRETANDO O TEXTO

a) Qual é o assunto do texto, a ideia geral? (Perceba qual é a palavra mais repetida)

b) Qual é a delimitação desse assunto, o tema?

c) Qual é o enfoque temático, a opinião defendida pelo autor no texto?

O texto abaixo apresenta uma discussão sobre como nosso país está sendo atingido pelo fenômeno

que prega a obtenção de uma identidade pelo que se tem e não pelo que se é. Então, qual é o seu

preço?

Texto 3: UMA SOCIEDADE DESCONFIGURADA

Crianças e jovens deste início de século, de todas as classes sociais, estão perdendo algo precioso, que loja ou shopping nenhum é capaz de colocar à venda: a autoestima. Paradoxalmente, o fenômeno é uma das consequências da excessiva valorização de bens materiais que acomete o país. O tema foi abordado pelo psicólogo e psicoterapeuta Ivan Capelatto no artigo “A construção da autoestima como base para a saúde mental”, que faz um raio-x cruel da atualidade: as doenças sociais crescem na mesma proporção do consumismo e, como resultado, estamos vivendo a morte do futuro. De acordo com o psicoterapeuta, que em 2001 publicou o livro “Diálogos sobre afetividade – Nosso Lugar de Cuidar”, uma coletânea de entrevistas concedidas à jornalista Patrícia Zanin, da Rádio Universidade, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), todas as classes estão sendo atingidas pelo fenômeno, que prega a obtenção de uma identidade pelo que se tem e não pelo que se é. “Hoje consumimos objetos, marcas de roupa, estética. Nunca se viu tanta preocupação com o corpo. A sociedade se desconfigurou como protetora, cuidadora, e passou a exigir”. Segundo Capelatto, temos hoje uma doença social, que alguns autores chamam de A Era da

Indiferença ou A Era do Gozo, que se caracteriza pela substituição da afetividade e da política dos

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cuidados por uma política narcísica. O lema é: você tem que estar com prazer, e não importa o custo

disso. “O resultado é a morte de tantos jovens que aderem aos anabolizantes de animais para ficar

com o corpo bonito; de meninas vítimas de anorexia e de bulimia. Muitos adquirem problemas

sérios, inclusive cerebrais.

Para Capelatto, existe uma política social que estimula esse comportamento e envolve o tráfico de drogas, a venda de filosofias narcísicas – como tatuagens e piercings, muito incentivados pela mídia. Na mente dos adolescentes, segundo o psicólogo, começa então a acontecer uma troca: o que é ético passa a não valer. “Aquele menino que é bom com os amigos, com a namorada, passa a ser tolo. O estudioso é chamado de CDF ‘nerd’, de babaca. Todo esse fenômeno gera um narcisismo exacerbado e a autoestima começa a cair. Passa a valer a seguinte ideia: eu não sou mais eu, mas aquilo que eu posso mostrar para os outros”. Outra consequência desastrosa disso tudo é a banalização da morte. O psicoterapeuta lembra que hoje em dia ninguém mais quer falar em perda, não há mais tolerância à dor. Ele afirma que este é um sinal de que a sociedade adoeceu e junto está adoecendo o conceito de família, de religião, de escola. “ As escolas passam a ser narcísicas, preocupando-se mais com vestibular do que em cuidar dos alunos. A família, por sua vez, só se preocupa em dar o status que o filho ‘precisa’ ter e, para isso, os pais passam a trabalhar cada vez mais, parando de cuidar dos filhos. As instituições sociais também não cuidam. Temos a doença: a dificuldade de conseguir autoestima – que é gostar de si mesmo como se é, sem ter como referência o outro”. A falta de autoestima se manifesta, por exemplo, na tentativa de mudar o corpo a qualquer custo e nas agressões que vêm sob o status de beleza. Morre-se muito e mata-se muito por este narcisismo – quase sempre sinônimo de prazer momentâneo – capaz de comprometer a capacidade de estudar, de ter paciência no semáforo, de estar disponível para ajudar um amigo que não está bem. Sem autoestima, alerta Capellato, ninguém perde tempo com isso. Há prejuízo para o futuro dessas crianças. A criança que não é cuidada não cuida de si própria e não cuida do outro. A ligação com a vida se fragiliza profundamente”. O psicoterapeuta diz ainda que o problema independe de classe social. Ele afirma que tanto nas favelas como nos condomínios fechados o quadro que se vê é o mesmo, só mudam as condições materiais. “O estigma que acompanha a morte de muitos jovens hoje em dia – seja porque foi morto pela polícia quando roubava para pagar dívidas de drogas, ou porque estaba bêbado e chocou o carro em um poste, ou porque usou anabolizante animal – é todo o mesmo tipo”. A receita para mudar esse quadro, de acordo com Capellato, é fazer com que a criança e o adolescente se sintam cuidados. Porém, ele alerta: Cuidar dá trabalho, é barulhento, traz conflitos, mas é a única saída. Precisamos, o mais rápido possível,sair do comodismo de apenas punir e resgatar o espírito cuidador dentro das famílias, das escolas e de todas as instituições sociais”. (Folha de Londrina, sessão Paraná/Geral, 21 de novembro de 2004)

1) Qual é a razão, segundo o texto, para o jovem estar perdendo a autoestima?

2) Estima, segundo o Dicionário Aurélio, é:

1. Sentimento de importância ou do valor de alguém ou de alguma coisa; apreço, consideração, respeito. 2. Afeição, afeto; amizade.(...)

No Dicionário Filosófico (RUSS;1994:94), tem-se estima como um sentimento favorável ou consideração nascidos de virtudes ou do mérito de uma pessoa.

Como o psicoterapeuta Ivan Capelatto define, por sua vez a autoestima?

3) Esse fenômeno que acomete o país, segundo Capelatto, desconfigura a sociedade e o próprio jovem. Explique o que o psicólogo quis afirmar com isso.

4) Quais os efeitos apontados por Capellato para a falta de autoestima dos jovens?

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5) Capellato apresenta soluções para o problema? Se apresenta, quais são elas e em que parágrafo

se encontram.

Texto 4:

Agora, leia a charge abaixo e responda o que se pede:

Fonte: www.chargeonline.com.br

INTERPRETANDO O TEXTO:

A charge de Kleber, acima, busca apresentar um ciclo vicioso existente quando tratamos do assunto

Violência. Sobre a charge, responda:

1) Quais são os tipos de violência retratadas pelo chargista?

2) O pronome de terceira pessoa do caso reto “ela” é repetido diversas vezes na charge. Que elemento retoma? Qual o objetivo autor da charge ao utilizar esse recurso de repetição? 3) A charge apresentada possui um título. Qual o significado pretendido pelo chargista ao escrever “A

sociedade e suas cobaias”?

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Napoleão M de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. São Paulo: Saraiva, 1998. FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática, 1999. FAULSTICH, Enilde. Como ler, escrever e redigir um texto. Petrópolis: Vozes, 1991 FERNANDES, Francisco. Dicionário de Verbos e Regimes. Rio de Janeiro: Globo, 1998. FERREIRA, Aurélio B.de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

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FIORIN, J. L., SAVIOLLI, F. P. Para entender o texto: Leitura e redação. São Paulo: Ática, 1991. GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2002. GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. São Paulo: Ática, 1992. KOCH, Ingedore G. Vilaça, TRAVAGLIA, Luís Carlos. Texto e Coerência LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo: Ática, 1992. MANUAL da Nova Ortografia. O acordo ortográfico. Juiz de Fora: Abril, ago 2008 MARTINS, Dileta S. ZILBERKNOP, Lúbia S. Português Instrumental. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003. PASCHOALINI, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo: FTD,1998. www.academia.org.br/abl/cgi/lcgilua.exe/sys/saart.htm?tpl=home www.portaldalinguaportuguesa.org