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ALLU Paletes

Jul 05, 2018

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ViniciusDaher
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  • 8/16/2019 ALLU Paletes

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    ANDRÉIA APARECIDA BRESSANI PINTO

    ELAINE CRISTINA ANTUNES

    JESSICA JUAN CHAO

    JULIANA APARECIDA DA SILVA CAUBIANCO

    ALLU PALLET 

    Projeto Empresarial apresentado como requisito parcial aobtenção do grau de bacharel em Administração deEmpresas pela Pontifícia Universidade Católica doParaná, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Curso deAdministração.

    Coordenador:Prof. André Aloisio ToledoOrientadores:Prof. Dr. Alex Sandro Quadros Weymer - Gestão dePessoasProf. Dr. Heitor Takashi Kato - Marketing e EstratégiaProf. Me. João Gustavo da Silva Freire Ritter - ProduçãoProf. Me. Vilmar Rodrigues Moreira - Finanças 

    CURITIBA

    2013

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    ANDRÉIA APARECIDA BRESSANI PINTO

    ELAINE CRISTINA ANTUNES

    JESSICA JUAN CHAO

    JULIANA APARECIDA DA SILVA CAUBIANCO

    ALLU PALLET

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da

    Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de

     bacharel em Administração.

    COMISSÃO EXAMINADORA

     __________________________________________Professor 1 (Titulação e nome completo)

    Instituição 1

     _________________________________________Professor 2 (Titulação e nome completo)

    Instituição 2

     ________________________________________Professor 3 (Titulação e nome completo)

    Instituição 3

    Curitiba, 04 de novembro de 2013.

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    SUMÁRIO EXECUTIVO

    A estabilidade e o crescimento da economia no país fez com que muitos setores

    expandissem, um deles foi o dos transportes, devido aos atuais investimentos do governo.

    Essa expansão atingiu diretamente o mercado de paletes no Brasil, que prevê um crescimento

    entre 8% a 10% ao ano (Logweb, 2013).

    Em virtude do desenvolvimento da indústria surgiram grandes questionamentos

    referentes aos seus agentes poluentes e ao impacto ambiental que isso estava causando. Com

    isso passou a se ter maior preocupação por parte do governo e até das instituições com a

    matéria-prima utilizada no processo, agentes químicos, sustentabilidade e reciclagem dos

    mesmos, além do impacto ao meio ambiente há uma crescente preocupação com ahigienização dos produtos transportados e a saúde dos consumidores finais. A ANVISA, um

    dos órgãos regulamentadores, cobra e exige das empresas adequações sanitárias, uma delas é

    a troca dos estrados de madeira por materiais alternativos que permitam menor contaminação.

    A partir deste contexto, surge a ideia de trabalhar com paletes de alumínio focando o

    segmento de industrias que necessitam armazenar e transportar seus produtos de forma

    segura, a impedir contaminações. O presente estudo demonstra a análise dos fatores

     pertinentes a este negócio, visando examinar o mercado e a aceitação do produto,evidenciando sua possível viabilidade.

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    LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

    ABAL - Associação Brasileira de Alumínio

    ABIHPEC- Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e

    CosméticaABNT - Associação Brasileira de Normas TécnicasABRAPAL - Associação Brasileira de Fabricantes de PaletesANVISA - Agência Nacional de Vigilância SanitáriaBACEN - Banco Central do BrasilBNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e SocialBNE - Banco Nacional de EmpregosB2B - Business to Business CCT - Convenção Coletiva de TrabalhoCEF - Caixa Econômica Federal

    CIC - Cidade Industrial de CuritibaCIPA - Comissão Interna de Prevenção de AcidentesCLT - Consolidação das Leis de trabalhoCOFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade SocialDRE - Demonstração do Resultado do ExercícioEPI - Equipamento de Proteção IndividualEPC - Equipamentos de Proteção ColetivaGCR - Grau de Comprometimento da ReceitaIBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

    IBC - Índice de Benefício/CustoIBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e EstatísticaIBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento TributárioINCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgráriaINPE - Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisINSS - Instituto Nacional do Seguro SocialIPCA - Índice de Preços ao Consumidor AmploIR - Imposto de RendaIRRF - Imposto de Renda Retido na FonteISSO - International Organization for Standardization FEBRABAN - Federação Brasileira de BancosFGTS - Fundo de Garantia por Tempo de ServiçoFOB - Free on Boad  

     NR - Norma RegulamentadoraPAC - Programa de Aceleração do CrescimentoPBR - Padrão BrasilPDI - Pesquisa, Desenvolvimento e InovaçãoPESTEL - Político, Econômico; Social, Tecnológico, Ambiental e Legal

    PIB - Produto Interno BrutoPIS - Programa de Integração SocialPUC PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

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    QVT - Qualidade de Vida no TrabalhoRAT - Fator Acidentário de PrevençãoROIA - Retorno sobre o Investimento AdicionadoSEBRAE - Serviço Brasileiro de apoio às micro e pequenas empresasSELIC - Sistema Especial de Liquidação e de CustódiaSENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialSESI - Serviço Social da Indústria

    SINDIMETAL- Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de material elétricodo estado do Paraná

    SWOT - Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e AmeaçasTMA - Taxa Mínima de AtratividadeTIR - Taxa Interna de RetornoVP - Valor Presente

    VPL - Valor Presente LíquidoVPLa - Valor Presente Líquido Anualizado

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    SUMÁRIO

    1  INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8 

    2  ESTRATÉGIA EMPRESARIAL .................................................................................... 9 

    2.1  O NEGÓCIO ...................................................................................................................... 9 

    2.2  ANÁLISE AMBIENTAL ................................................................................................ 10 

    2.2.1 Análise do macroambiente .............................................................................................. 11

    2.2.2 Análise setorial ................................................................................................................ 18

    2.3  ANÁLISE DO MERCADO ............................................................................................ 21 

    2.3.1 Análise da concorrência .................................................................................................. 22

    2.3.2 Análise do mercado consumidor ..................................................................................... 24

    2.4  POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO ....................................................................... 36 2.4.1 Defesa do negócio ........................................................................................................... 36

    2.4.2 Posicionamento estratégico ............................................................................................. 36

    2.4.3 Segmentação e posicionamento de mercado ................................................................... 37

    2.4.4 Dimensionamento do mercado ........................................................................................ 38

    2.5  DIRETRIZES ESTRATÉGICAS .................................................................................. 40 

    2.5.1 Missão ............................................................................................................................. 40

    2.5.2 Visão ............................................................................................................................... 402.5.3 Valores ............................................................................................................................ 41

    2.5.4 Competências organizacionais ........................................................................................ 41

    2.5.5 Objetivos, estratégias organizacionais e controle Estratégico ........................................ 42

    2.5.6 Controle estratégico ........................................................................................................ 42

    2.5.7 Estrutura organizacional.................................................................................................. 43

    2.6  PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING .......................................... 43 

    2.6.1 Planejamento mercadológico .......................................................................................... 432.6.2 Produto ............................................................................................................................ 44

    2.6.3 Estratégia de preço .......................................................................................................... 44

    2.6.4 Ponto de venda ................................................................................................................ 46

    2.6.5 Canais de distribuição ..................................................................................................... 47

    2.6.6 Forças de venda ............................................................................................................... 47

    2.6.7 Comunicação integrada ................................................................................................... 48

    2.6.8 Logomarca....................................................................................................................... 50

    2.6.9 Marketing de relacionamento .......................................................................................... 51

    2.6.10 Sistema de informação e métricas de marketing ........................................................... 52

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    3  PRODUÇÃO .................................................................................................................... 53 

    3.1  DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS ................................................................................... 53 

    3.2  PROCESSO DE OBTENÇÃO DO PRODUTO ........................................................... 55 

    3.2.1 Recursos materiais .......................................................................................................... 55

    3.2.2 Recursos tecnológicos ..................................................................................................... 56

    3.2.3 Fluxograma ..................................................................................................................... 58

    3.2.4 Carta de processo ............................................................................................................ 60

    3.3  LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................... 62 

    3.3.1 Justificativa da escolha .................................................................................................... 63

    3.4  CAPACIDADE PRODUTIVA ....................................................................................... 65 

    3.4.1 Plano de produção ........................................................................................................... 653.4.2 Número de máquinas....................................................................................................... 68

    3.4.3 Capacidade instalada, máxima, utilizada e ociosidade ................................................... 69

    3.4.4 Plano de pessoal .............................................................................................................. 71

    3.5  ARRANJO FÍSICO ......................................................................................................... 73 

    3.5.1 Layout industrial ............................................................................................................. 74

    3.6  CUSTO DE PRODUÇÃO ............................................................................................... 77 

    3.7  LOGÍSTICA E GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS................................... 77 3.7.1 Fornecedores ................................................................................................................... 78

    3.7.2 Logística de produção ..................................................................................................... 79

    3.7.3 Logística de distribuição ................................................................................................. 80

    3.7.4 Logística reversa ............................................................................................................. 81

    3.8  ESTOCAGEM ................................................................................................................. 81 

    3.8.1 Estocagem da matéria-prima ........................................................................................... 82

    3.8.2 Estocagem do produto acabado ....................................................................................... 843.9  QUALIDADE E PRODUTIVIDADE ............................................................................ 85 

    3.9.1 Ferramentas de qualidade ................................................................................................ 85

    3.9.2 Indicadores de qualidade ................................................................................................. 87

    3.9.3 Indicadores de produtividade .......................................................................................... 88

    3.10 MANUTENÇÃO ............................................................................................................. 88 

    4.1  GESTÃO POR COMPETÊNCIA ................................................................................. 89 

    4.1.1 Competências genéricas .................................................................................................. 90

    4.1.2 Competências específicas e descrição de cargos ............................................................ 90

    4.2  ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................... 93 

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    4.2.1 Quadro funcional ............................................................................................................. 94

    4.2.2 Serviços terceirizados...................................................................................................... 94

    4.3  RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ................................................................................ 95 

    4.3.1 Recrutamento .................................................................................................................. 95

    4.3.2 Seleção ............................................................................................................................ 96

    4.4  TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO .............................................................. 97 

    4.5  SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ..................................................... 99 

    4.6  POLITICA DE REMUNERAÇÃO ............................................................................. 103 

    4.6.1 Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)....................................................................... 103

    4.6.2 Jornada de trabalho ....................................................................................................... 103

    4.6.3 Benefícios ...................................................................................................................... 1044.6.4 Pesquisa salarial ............................................................................................................ 104

    4.6.5 Política salarial .............................................................................................................. 105

    4.6.6 Folha de pagamento ...................................................................................................... 106

    4.7  POLITICA DE GESTÃO DEA SEGURANÇA E DA QULIDADE DE VIDA ...... 111 

    4.7.1 Gestão da segurança no trabalho ................................................................................... 111

    4.7.2 Políticas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) ..................................................... 112

    4  FINANÇAS .................................................................................................................... 114 4.1  CONTEXTO ECONÔMICO ....................................................................................... 114 

    4.2  DECISÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 114 

    4.3  ASPECTOS FISCAIS ................................................................................................... 116 

    4.4  INVESTIMENTOS INICIAIS ..................................................................................... 117 

    4.4.1 Ativos imobilizados ...................................................................................................... 118

    4.4.2 Investimento em ativo imobilizado na área industrial .................................................. 118

    4.4.3 Investimento em ativo imobilizado na área administrativa e comercial ....................... 1184.4.4 Investimento em ativos imobilizados de uso compartilhado ........................................ 119

    4.4.5 Capital de giro ............................................................................................................... 120

    4.5  DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS ........................................................................... 121 

    4.6  FONTES DE RECURSOS ............................................................................................ 121 

    4.7  ORÇAMENTOS ............................................................................................................ 122 

    4.7.1 Orçamento de vendas .................................................................................................... 123

    4.7.2 Orçamento de produção ................................................................................................ 123

    4.7.3 Orçamento de despesas administrativas ........................................................................ 126

    4.8  DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS .................................................................. 127 

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    4.9  FLUXO DE CAIXA ...................................................................................................... 128 

    4.10 ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA DO PROJETO ............................... 130 

    4.10.1Indicadores de retorno .................................................................................................. 130

    4.10.2 Indicadores de risco ..................................................................................................... 131

    CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 135 

    REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 136 

    APÊNDICES A - ENTREVISTAS ...................................................................................... 142 

    APÊNDICES B - QUESTIONÁRIOS ................................................................................ 146 

    ANEXO A - LINHA DE FINANCIAMENTO ................................................................... 148 

    ANEXO B - GUIA AMARELA ........................................................................................... 151 

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    1 INTRODUÇÃO

    A indústria brasileira cresce em ritmo acelerado gerando um aumento expressivo de

     produtos acabados. Com o aumento na circulação dos produtos cresceu a preocupação do

    governo com a contaminação e proliferação de microrganismos, e com um mundo

    ecossustentável fez com que as exigências dos órgãos ambientais e sanitários ficassem ainda

    mais rigorosas. Desta maneira, atualmente existe grande restrição a qual tipo de palete usar no

     processo de armazenagem e transporte de produtos. Os setores atingidos diretamente são:

    químico, cosmético, farmacêutico e alimentício.

    Identificado a necessidade do mercado surgiu a proposta de negócio apresentada neste

     projeto acadêmico, a de inserção de paletes de alumínio. Os estudos apresentados a seguir são

    direcionados para a abertura da Allu Pallet.

    O processo de estruturação do projeto se deu a partir do estudo do mercado,

    analisando os fatores macroambientais e setorial. Foi realizada pesquisa mercadológica, sendo

     possível obter dados que permitissem identificar as oportunidades de inserção do produto,

    além de fornecer elementos essenciais para reconhecer as necessidades dos clientes visando

    maior competitividade e ganhar espaço no mercado. A partir do estudo e pesquisas realizadas

    foi possível delinear e estruturar, o planejamento, o posicionamento e as diretrizes

    estratégicas. O planejamento estratégico inclui todas as áreas funcionais da empresa, visando

    o alinhamento e a integração das atividades, a fim de alcançar os objetivos organizacionais.

    O foco da Allu Pallet está na diferenciação, por meio de um produto inovador

    desenvolvido por Kim Soeung-Kee¹, que devido ao seu design  diferenciado permite que o

     palete seja mais leve, possua maior economia de espaço e maior durabilidade. Todas as áreas

    da empresa, estratégia, marketing, gestão de pessoas, produção e finanças atuam em conjunto

     para atender e satisfazer seus clientes, ofertando produtos de qualidade a um preço justo.

     Nos capítulos a seguir será apresentado como foi estruturada as áreas funcionais daempresa a fim de apresentar uma proposta viável de investimento.

     __________________________¹ Kim Soeung-Kee inventor do design do palete de alumínio e dono dos patentes associados ao mesmo é tambémo presidente da AL Pallet Company.

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    2 ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

    Estratégia pode ser definida como um conjunto de planos e ações para alcançar os

    objetivos organizacionais a curto e a longo prazo. De acordo com Fernandes e Berton (2005,

     p. 7), “estratégia empresarial é o conjunto dos grandes propósitos, dos objetivos, das metas,

    das políticas e dos planos para concretizar uma situação futura desejada, considerando as

    oportunidades oferecidas pelo ambiente e os recursos da organização”.

    Assim, a Allu Pallet buscou entender e analisar o seu ambiente externo e interno, com

    o objetivo de identificar os fatores críticos do negócio, as oportunidades e ameaças, os pontos

    fortes e fracos da concorrência e por fim o comportamento dos clientes potenciais. Visando a

    estratégia empresarial a fim de obter vantagem competitiva e delinear o planejamento

    estratégico, o posicionamento e as diretrizes estratégicas.

    2.1  O NEGÓCIO

    É na definição de negócio que a empresa apresenta os produtos que pretende vender e

    a que mercados (clientes) visam atender. Kotler e Keller (2006, p. 45), afirma que “um

    negócio precisa ser visto como um processo de satisfação do cliente, e não como um processo

    de produção de mercadorias. Os produtos são transitórios, mas as necessidades básicas e os

    grupos de clientes são eternos”.

    A estabilidade e o crescimento da economia no país fez com que muitos setores

    expandissem, um deles foi o dos transportes, devido aos atuais investimentos do governo.

    Essa expansão atingiu diretamente o mercado de paletes no Brasil, que se estima um

    crescimento de 8% a 10% ao ano (Logweb, 2013). Esse setor sempre foi dominado por

     paletes de madeira que ocupam aproximadamente 93% do mesmo, afirma Marcelo Canozo

     presidente da Abrapal e também diretor da Fort Paletes em entrevista (Miranda, 2011), porém

    de acordo com as mudanças e exigências que estão ocorrendo por parte de agências e órgãosregulamentadores, esse quadro está mudando.

    Devido ao desenvolvimento da indústria surgiram grandes questionamentos referentes

    aos seus agentes poluentes e ao impacto ambiental que isso estava implicando. Com isso

     passou a ter-se maior preocupação por parte do governo e até das instituições com a matéria

     prima utilizada no processo, agentes químicos, sustentabilidade e reciclagem dos mesmos,

    além do impacto ao meio ambiente, há uma crescente preocupação com a higienização dos

     produtos transportados e a saúde dos consumidores finais. Diante dessas variáveis é queatualmente ocorre uma transição dos paletes de madeiras para os de materiais alternativos.

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    Assim, define-se palete como um estrado, que pode ser confeccionado em madeira,

     plástico, metal, alumínio, papelão e borracha, e que tem como finalidade servir de base para

    empilhadeiras, no transporte e armazenamento de cargas como elemento de otimização

    logística. Os paletes de alumínio, que são a proposta de negócio da Allu Pallet são mais

    resistentes do que paletes de madeira ou plástico, mais leves do que os de aço, e resistem a

    deformações e corrosões, sendo um ótimo dissipador de calor, ainda permite maior

    higienização, uma vez que não possui porosidades.

    O público a que se destina atender são os setores: alimentícios; químico; farmacêutico;

    cosmético e saúde. Uma das principais características desses setores que permite a inserção de

     paletes de alumínio são as leis mais rigorosas. A ANVISA, um dos órgãos regulamentadores,

    está cobrando e exigindo adequações, uma delas é a troca dos paletes de madeira, pormateriais alternativos que apresenta menor incidência de contaminação. Os estrados de

    alumínio atendem esse público, pois são fáceis de higienizar, dificultando a contaminação por

    agentes, contando com maior durabilidade e moldabilidade e por fim, outro fator importante é

    sua alta reciclabilidade. O alumínio não é inflamável, não enferruja, não quebra ou cria farpas,

    além de não precisar de manutenção periódica. Ainda, a empresa irá atender os setores de

    tecnologia (eletroeletrônico), automobilístico e logística, isso porque os paletes de alumínio

    são mais resistentes que os estrados de madeira ou plástico, protegendo a integridade dos produtos. Esse público faz o transporte de produtos de alto valor agregado, e para atender esse

    mercado é que a Allu Pallet tem em seu portfólio a caixa palete, que será explicado mais

    detalhadamente no item 2.6.2 –  Produto.

    De acordo com o atual cenário, há uma crescente demanda por eficiência nos

    transportes que atendam às exigências e especificações, como por exemplo, a ISO 14000

    (Atesta a responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma organização).

    Baseado neste cenário, verifica-se uma oportunidade de negócio e atendimento do setor de paletes, por meio de estrados de alumínio, um produto diferenciado. Diante deste quadro o

    negócio proposto é a fabricação e a venda de estrados de alumínio com design diferenciado.

    Esse design  permite que o mesmo seja mais leve para o transporte de carga, moldável,

    ajudando na economia de espaço e possuí ótima resistência, além de ser um produto de fácil

    higienização.

    2.2  ANÁLISE AMBIENTAL

    Segundo Bulgacov et al. (2007, p. 29) “o ambiente pode ser definido como o conjunto

    de todos os fenômenos externos a organização que apresentem algum tipo de influência direta

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    ou potencial sobre suas operações”, o autor afirma ainda que a importância do estudo do

    ambiente consiste na possibilidade de verificar pontos críticos de pressão ambiental e

    identificar prováveis tendências de mudanças, além de aumentar o poder de previsibilidade e

    controle da organização sobre os elementos externos.

    2.2.1  Análise do macroambiente

    Segundo Certo et al. (2010, p. 30), “o macroambiente é um nível de ambiente externo

    à organização, formado por componentes que normalmente têm amplo escopo e sobre o qual a

    organização não tem nenhum controle”.

    Assim, nessa seção será apresentada a análise dos fatores que fornecem uma visãosistêmica do mercado. Será utilizada a estrutura PESTEL que segundo Johnson et al. (2011)

    fornece uma lista abrangente das influências no possível sucesso ou fracasso de estratégias

    específicas. A estrutura PESTEL dispõem as influências do ambiente em seis categorias

     principais: política, econômica, social, tecnológicas, ambiental e legal.

    2.2.1.1 Fator Político

    Para Certo et al. (2010, p. 31), o fator político “compreende os elementos relacionados

    a decisões governamentais”. Atualmente dezenas de milhares de projetos de pesquisa

    encontram-se engavetados porque o governo decidiu interromper, no final de 2011, a

    concessão de alvarás, com o objetivo de aguardar o novo marco de mineração e evitar

    especulação com títulos minerários (Lorenzi, 2013). Isso afeta diretamente o setor, pois

    aumenta o valor da matéria-prima, por exemplo, a Votorantim Metais passou a comprar

     bauxita de terceiros para manter sua produção de alumínio. Sem licença de lavra, a empresa

    enfrenta dificuldades para produzir a matéria prima do alumínio na unidade de produção de

    Poços de Caldas, em Minas Gerais (Ecofinanças, 2013). Outro fator que afeta diretamente deforma positiva a demanda por paletes é o crescimento do setor de transporte. Para ampliar as

    ferrovias, hidrovias, rodovias, aeroportos e portos a Presidente Dilma Rousseff vai investir R$

    137,8 bilhões nessas áreas entre 2011 e 2014 (Planalto, 2012).

    2.2.1.2 Fator econômico

    As variáveis econômicas indicam como os recursos são distribuídos e usados no

    ambiente, de acordo com Certo et al. (2010), são exemplos de variáveis econômicas: taxa de

    câmbio, ciclos de negócios e taxa de crescimento econômico diferentes no mundo.

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    a)  Crescimento econômico

    O PIB é um fator que afeta todo o mercado, pois se refere ao valor da produção total

    anual de mercadorias e serviços de uma nação. O PIB terá um crescimento de

    aproximadamente 4% para 2014 (Cruz, 2013). Segundo o BACEN (2013) o crescimento do

    setor industrial para o mesmo ano está projetado em cerca de 3,55% (ago., 2013). Estes

    indicadores associados indicam crescimento na economia, esse prognóstico se estende para

    setores como o dos transportes, farmacêuticos, cosméticos e de eletrônicos, os quais compõem

    o público alvo da Allu Pallet, sendo assim pode-se considerar um fator positivo para a

    empresa.

     b) 

    Taxa de juro e créditoAs taxas de juros, afetam de modo significativo a demanda de produtos e serviços

    (Wriht et al., 2000), a SELIC é definida pelo BACEN e é uma taxa referencial de juros no

    Brasil, é considerada a taxa básica de juros, por meio da qual o BACEN procura influenciar as

    demais taxas e controlar o processo inflacionário. A taxa SELIC apurada no movimento de

    16/08/2013 é de 8,40, porém a projeção é que para o final do ano e para 2014 a SELIC fique

    em torno de 9,25% a.a (ago., 2013). 

    Em relação ao crédito, de acordo com pesquisa realizada pela Federação Brasileira deBancos o prognóstico para o crédito é de crescimento de 15,6% em 2013 e de 15,4% em

    2014. Com a possível estabilidade da SELIC e o crescimento da disponibilidade de crédito no

     país, o cenário é positivo para a Allu Pallet. Afetando diretamente e de forma positiva, na

    arrecadação de fundos para a infraestrutura pré-operacional, e indiretamente através do

    mercado consumidor, uma vez que representa maiores possibilidades de investimento também

     para empresas que são potenciais clientes.

    c)  Câmbio e balança comercial

    A taxa de câmbio está prevista para R$ 2,25 e R$ 2,30 no final de 2013 e 2014,

    respectivamente (Febraban, jul., 2013). A balança comercial está com superávit previsto de

    R$ 11 bilhões e 12 bilhões para 2013 e 2014 respectivamente. Neste patamar a exportação

    será maior que a importação indicando que a demanda interna será maior para nosso produto,

    o que é favorável para o nosso projeto, em contra partida o câmbio sendo favorável à

    exportação, isto eleva o custo de aquisição e a manutenção dos equipamentos para a Allu

    Pallet, no caso destes serem importados.

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    d)  Inflação

    Para 2013 e 2014 a inflação, medida através do IPCA que está prevista em 5,80%

    (FEBRABAN, jul., 2013), neste cenário há algumas implicações para organizações industriais

    como taxas mais altas, que representam um aumento nas despesas produtivas de toda

    natureza, como por exemplo, o custo para manter funcionários e a aquisição de matéria prima.

    Os índices econômicos listados acima resultam em uma análise positiva para a

    viabilidade do projeto apresentado, que apesar da inflação ser considerada alta, os demais

    indicadores são positivos, sendo os prognósticos de crescimento no setor industrial, PIB,

    crédito, câmbio e taxa de juros condizentes com a perspectiva de crescimento do país e da

    economia.

    2.2.1.3 Fator social

    É no componente social que será descrito as características da sociedade na qual a

    empresa está inserida. De acordo com Johnson et al.  (2011, p. 46) “as influências sociais

    incluem mudanças culturais e demográficas, como, por exemplo, o envelhecimento

     populacional em várias sociedades ocidentais”. 

    Diante da rápida expansão do setor, as exigências legais e até de responsabilidade

    social é que existe atualmente uma forte mudança no hábito de consumo. Essa mudança se

    deve principalmente por conta das leis mais rigorosas quanto ao uso da madeira como

    material e até produtos feitos do mesmo, a partir deste cenário é que atualmente existe uma

    crescente demanda por paletes de materiais alternativos.

    Assim, consideram-se também como fatores de grande influência para o aumento da

    demanda e de mercado por paletes, os investimentos que o atual governo está fazendo em

    infraestrutura logística, a fim de melhorar as rodovias e a estrutura do transporte, adequando-

    se a necessidade de projetos sustentáveis. Ainda, neste contexto de acordo com o presidente

    da ABRAPAL o setor está otimista com as obras do PAC, pois com investimentos destinados

    a estas obras, haverá aumento considerável no segmento, já que o palete é a base para a

    logística das empresas, um aumento no consumo significa aumento de vendas no setor.

    Contudo, aufere-se que o mercado de paletes atualmente é altamente promissor, pois o

    atual governo propõe novas iniciativas de desenvolvimento social, além de uma reforma

    tributária que ajudaria muito o desenvolvimento econômico do país, beneficiando vários

    setores, como por exemplo, o de transporte que atinge de maneira direta o mercado de paletes.

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    2.2.1.4 Fator tecnológico

    O Brasil é o sétimo país mais atrativo para investimentos em tecnologia, porém isso

    não se mostra o suficiente para estimular a produção, não estamos conseguindo atender a

    demanda crescente, segundo pesquisa feita recentemente pela consultoria Grant Thornton UK.

    A pesquisa constatou que o problema está no alto volume das importações de tecnologia que

    cresceram 177% diante da demanda nacional. Segundo o sócio da consultoria MB

    Associados, José Roberto Mendonça de Barros, “cada país deve investir no desenvolvimento

    de tecnologias que atendam às suas particularidades e exportar o que estiver, além disso,” 

    (ESTADÃO, 2012).

    Assim, neste tópico serão analisadas quais tecnologias que influenciam o negócio.

    Para Johnson et al. (2011, p. 46), “as influências tecnológicas se referem a inovações, como a

    internet  e a nanotecnologia ou o surgimento de novos compósitos”. 

    Devido à existência de produtos cuja composição difere drasticamente de seus

    concorrentes, temos diversos métodos e tecnologias de produção. Algumas tecnologias são

    mais automatizadas e permitem a produção em alta escala, por meio de entrevista (realizada

    em mar., 2013) com Vanderlei, Gerente da Caixas Plásticas Curitiba, por exemplo, do método

    “Injetado” de produção de paletes de plástico que usa um molde para a transformação do

    Polietileno ou Polipropileno no formato de Palete.Outras tecnologias são mais manuais permitindo produzir um produto diferenciado e

    com qualidade superior, porém em uma escala bem menor e a um custo de venda

     provavelmente superior ao injetado, em entrevista (abr., 2013) Marcos Ritzmann, dono

     presidente da Intelplast, afirma que um exemplo disso seria o  processo de “extrudado” que

     produz paletes de plástico com uma durabilidade maior.

    A extrusão é o processo no qual um tarugo de metal (alumínio) é reduzido emsua seção transversal quando forçado a fluir através do orifício de uma matriz

    (ferramenta), sob efeito de altas pressões. Em vista das grandes forçasenvolvidas, a maior parte dos metais são extrudados a quente(ACOALUMINIO, 2013).

    O fator tecnológico principal do produto (palete) é feito à base de alumínio, que

    fornece as suas características únicas resultando em seu diferencial, proveniente do design

     patenteado que de acordo com Riley (2008) é baseado em suas qualidades estruturais únicas,

    combinando uma forma de design da base de “prominência e depressão” e um “sistema de

    capa interior ” que aumenta a força dos blocos dos paletes, resultando em uma utilização

    menor de alumínio na produção, que geram um produto mais leve e barato se comparado aoutros paletes de alumínio, demonstrando uma clara vantagem sobre os concorrentes.

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    Para realizar a escolha apropriada do equipamento que será adquirido, será realizada

    uma análise minuciosa dos critérios mais importantes para a empresa como: capacidade de

     produção, facilidade e disponibilidade de profissionais para manutenção, consumo de energia,

    valor do investimento de aquisição do equipamento em questão. A aquisição de maquinário

    de tecnologia de ponta é um fator crítico de sucesso para a empresa e pode caracterizar uma

    ameaça à viabilidade do negócio.

    A Allu Pallet estará sempre atenta ao surgimento de novas tecnologias e materiais no

    segmento de atuação. A tecnologia de paletes de plástico, por exemplo, é muito diversificada

    e existem diversas novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas utilizando essa matéria-

     prima, pode acontecer também de surgir novas tecnologias que ofereçam oportunidades novas

    ao negócio.

    2.2.1.5 Fator ambiental

    Para Johnson et al.  (2011, p. 46) o fator ambiental diz respeito especialmente a

    questões “ecológicas”.

    A rigorosa fiscalização da ANVISA e órgãos regulamentadores e a exigência

    expressiva do mercado tem feito o setor de paletes se modificar e ampliar bastante. Essa

    mudança é clara na transição dos paletes de madeira para os paletes de materiais alternativos.

    Segundo pesquisas recentes, muitos empresários vêm buscando novas alternativas para

    atender suas necessidades por paletes de fácil higienização, manuseio, durabilidade, menor

    desgaste, mais eficiência, maior capacidade de carga e custo benefício, a fim de evitar que

    seus produtos fiquem expostos diretamente ao solo, evitando contaminação ou perda de

    mercadorias e principalmente, atendam as normas exigidas e que se alinhem as estratégias da

    empresa, como o conceito de responsabilidade social.

    Essas grandes mudanças afetam principalmente as indústrias de alimentos,

    farmacêuticas e químicas. A fim de atender essa nova necessidade irá crescer a demanda por

    materiais alternativos aos paletes de madeira. Um deles é o plástico, um setor que vem

    crescendo bastante no Brasil e tende a crescer ainda mais este ano, cerca de 7,8% com um

    investimento de 2 bilhões em equipamentos diz, Alexandre Pimentel, sócio presidente da

    Marfinite (Mirrha, 2013). O outro palete de material alternativo seria o de alumínio, que é a

     proposta de negócio da Allu Pallet.

    De acordo com pesquisa do BNDES a indústria de alumínio tem posição de destaque

    na economia brasileira com uma participação de cerca de 1,0% do PIB e 2,4% do PIBindustrial, sendo o sexto maior produtor mundial de alumínio primário. Para atender as novas

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    tendências do mercado o alumínio é um ótimo substituto, pois é um material leve, tem alta

    resistência a peso, é um ótimo dissipador de calor, é de fácil de higienização, tendo baixa

    incidência de contaminação por agentes, maior durabilidade e moldabilidade e por fim, outro

    fator importante é sua alta reciclabilidade.

    2.2.1.6 Fator legal

    O fator legal abrange impedimentos ou mudanças legislativas, como leis de saúde ou

    de segurança (Johnson et al.  2011, p. 46). A ANVISA é um dos órgãos regulamentadores

    mais importantes do setor, ela certifica-se que as suas exigências e recomendações sanitárias

     para as empresas que manipulam, estocam ou armazenam alimentos, entre outros, sejam

    cumpridas de acordo com as leis que regem o setor, segundo Parmigiani (2010), assim de

    maneira geral os alimentos devem ser obrigatoriamente armazenados de forma a impedir a

    contaminação.

    Ainda neste contexto, criado a cerca de 20 anos os Paletes PBR surgiram da

    necessidade de maior eficiência no transporte de cargas, esse padrão proporcionou muitas

    vantagens. Dentre elas, pode-se citar maior integração logística e redução efetiva de custo.

    Este padrão foi desenvolvido pela ABNT junto a ABRAPAL que reúne empresas produtoras

    de paletes PBR, instaladas no Brasil, essa associação tem por finalidade interpretar,

    representar e defender os seus interesses e objetivos comuns.

    Por fim, para produzir os paletes é necessário obter licença ambiental e licença

    sanitária. Trata-se de um processo burocrático e de alto custo diz Marcos Ritzmann (2013).

    Quadro 1- Fatores PolíticosDETERMINAÇÃO DESCRIÇÃO

    Lei do Meio Ambiente nº 6.938, de 31 de agosto

    de 1981.

    “Tem por objetivo a preservação, melhoria e qualidade ambiental propícia à

    vida, visando assegurar no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico,

    aos interesses de segurança Nacional e à proteção da dignidade da vida humana

    (PLANALTO, 2013)”.

    ANVISA

    Possui exigências e recomendações para as empresas que manipulam, estocam

    ou armazenam alimentos. Dentre as exigências, destacamos uma específica: “O

     palete não pode conter frestas que podem acumular a sujeira, que por sua vez

    dificultam a higienização (PORTAL ANVISA, 2013)”. 

    ABRAPAL

    Tem por finalidade interpretar, representar e defender interesses e objetivos

    comuns dos fabricantes do palete PBR (ABRAPAL, 2013).

    ABNT - NBR 8252 E NBR-8334Esta norma padroniza as dimensões básicas de paletes, entendidas como as

    dimensões nominais dos lados da face superior (ABNT, 2013).

    Fonte: as autoras, 2013.

    Assim, a seguir é apresentado um resumo da análise Macroambiente.

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    Quadro 2 -Análise Macroambiente

    FATOR EVENTO OPORTUNIDADES AMEAÇAS

    PolíticoCongelamento de Licença exploratória no setor demineração pelo governo.

     Não identificado oportun idade neste evento.Compra de matéria-prima de terceiros; Sem licença de lavrahá dificuldades em produzir alumínio; Prejuízo; Aumentodos custos.

    EconômicoPrevisão de crescimento da economia brasileira 3% em2013 e 4% em 2014.

    Expansão do setor gerando oportunidade de novosnegócios.

    Atratividade do setor pode gerar maior concorrência.

    SELIC estável prevista em 8,25% para 2013 e 2014. Maior domínio da demanda. Baixo crescimento da demanda.

    Crédito: Crescimento de 15,6% em 2013 e 15,4% em 2014 Maior capacidade de captação de recursos Aumento no nível de inadimplência do setor.

    Inflação: prevista em 5,71% para 2013 e 5,76% para 2014. Não identificado oportunidade neste evento.Aumento nas despesas produtivas de toda natureza e perdade poder de compra da sociedade.

    Social Obras de infraestrutura logística –  PAC.Maior procura por paletes de materiaisalternativos.

    Restrição de mercado por se tratar em sua grande maioria deconstrução civil.

    Mudanças de hábitos de consumo. Aumento da preocupação com fatores ambientais. Falta de mão-de-obra qualificada.

    Tecnológico Aumento de investimento internacional no País. Disponibilidade de novas tecnologias. Novos entrantes.

    O Brasil é o sétimo país mais atrativo para investimentosem tecnologia.

    Aumento de tecnologias próprias; Aumento deinvestimento em P&D.

    Investimento insuficiente em P&D.

    As importações cresceram 177% diante da demandanacional.

    Maquinário de última geração. Dependência de produtos importados; Novos entrantes.

    AmbientalA crescente preocupação das empresas em relação àconsciência e responsabilidade social.

    Aumento de mercado. Maior fiscalização por parte dos órgãos regulamentadores.

    Transição dos paletes de madeira para os de materiaisalternativos.

    Aumento de nicho. Atrair novos entrantes; Aumento da concorrência.

    Certificação ISO 14000. Conquista de novos clientes. Perda de clientes em potencial.

    LegalPreocupação dos órgãos competentes com o devidoarmazenamento dos alimentos a fim de impedir a

    contaminação ou proliferação de microrganismos.

    Leis mais rigorosas; Mais clientes para os paletesde alumínio.

    Alta burocracia para regulamentar; Custo alto para adequar-se as novas normativas.

    Padronização, normas da ABNT e ABRAPAL.Fácil de produzir quando se é padronizado; Ocusto é menor para produzir.

    Perda de clientes, muitos pedem paletes personalizados.

    Fonte: as autoras, 2013.

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    2.2.2  Análise setorial

    Para Certo et al. (2010) o ambiente operacional é o nível do ambiente externo à

    organização composto de setores que normalmente têm implicações específicas e

    relativamente mais imediatas na administração da organização. Segundo Porter (2009),

    existem cinco conjuntos de fatores que influenciam a lucratividade das empresas em uma

    indústria ou setor, essas são: Ameaça de novos entrantes; Poder de negociação dos

    compradores; Produtos substitutos; Rivalidade dos concorrentes e Poder de negociação dos

    Fornecedores. A análise das cinco forças permite compreender o ambiente competitivo a fim

    de formular estratégias para obter vantagem competitiva.

    Figura 1 - Cinco forças de Porter.

    Fonte: Porter, Michael (2009). 

    2.2.2.1 Ameaça de Novos Entrantes

    A entrada de novos competidores no setor pode ameaçar os que já atuam no mercado

    com a possibilidade de diminuir sua participação no mesmo (PORTER, 2009).

     Nesse setor, a maior barreira que existe para a entrada de novos competidores é o alto

    investimento que necessita ser feito na aquisição de máquinas de produção de paletes. Para

     produzir em alta escala e ter a possibilidade de competir, é necessário um investimento alto

    em maquinário específico para esse fim, e muitas vezes a máquina é adaptada para que a

    mesma possa produzir de forma otimizada, levando em consideração as características do

     produto.

    Segundo Porter (2009, p. 9-11) a intensidade da ameaça de novos entrantes depende

    de algumas fontes principais de barreiras de entrada, as que são pertinentes a empresa serão

     brevemente analisadas abaixo:

    a)  Economias de escala são altas: A margem de lucro na venda dos produtos nesse setor é

    relativamente baixa, mas as vendas são geralmente realizadas em alta quantidade

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     proporcionando lucro significativo nessas situações. Portanto o novo entrante deve entrar

     produzindo e vendendo em alta escala ou aceitar uma desvantagem em custo;

     b)  Diferenciação de produto é pequena: A grande maioria dos produtos comercializados

    nesse setor não são diferenciados e podem ser copiados com certa facilidade;

    c)   Necessidade de capital é alto: O investimento em maquinário para produzir em uma

    escala competitiva é relativamente alto;

    d)  Controle dos canais de distribuição é baixo: As vendas são realizadas diretamente com

    o cliente e geralmente sob encomenda;

    2.2.2.2 Poder de negociação dos compradores

    “Os compradores competem com a indústria forçando os preços para baixo,

     barganhando por melhor qualidade ou mais serviços” (Por ter, p. 40). Ainda, os compradores

    são aqueles que adquirem ou consomem os produtos oferecidos por uma determinada

    indústria, cujo poder de negociação pode representar uma ameaça para as empresas que

    competem para atendê-la. Hitt et al. (2008) afirma que em alguns setores o poder dos clientes

    compromete a lucratividade do setor, pois as empresas se veem sujeitas a reduzir a margem de

    lucro para competir no mercado.

    O poder de negociação dos compradores no setor de paletes é baixo, pois devido à

    concorrência e a exigência do mercado, muitas empresas focam em produtos de qualidades e

    diferenciados como é o setor de paletes de alumínio. Assim, o processo de fabricação desses

     paletes tem um custo elevado, desde a aquisição da matéria-prima até o seu produto final, pois

    necessitam atender as exigências técnicas e sanitárias dos órgãos públicos. Por isso, o foco do

     produto está na qualidade e no seu custo benefício à longo prazo.

    Devido a estes fatores, aufere-se que é difícil a negociação de preços, uma vez que o

     preço também agrega valor ao produto. Porém é possível negociar uma redução caso o pedido

    seja feito em alta escala.

    2.2.2.3 Produtos substitutos

    A busca por outros produtos que possuem a mesma função do palete ou que tenham as

    mesmas finalidades e características pode ser definida como produto substituto. A força

    competitiva desses produtos representa uma grande ameaça para a organização, de modo que,

    segundo Porter (1986), quanto mais atrativa a alternativa de preço-desempenho oferecido

     pelos produtos substitutos, mais firme será a pressão sobre os lucros da indústria. Dessa

    maneira, quanto maior for à ameaça de produtos que substituam o produto da Allu Pallet,

    menor será a atratividade do setor . 

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    O produto substituto do palete de alumínio é o palete de madeira, pois finalidade

    similar a um custo menor o que lhe garante vantagem competitiva além de ser o tipo de palete

    mais ofertado no país.

    2.2.2.4  Poder de negociação dos fornecedores

    Os fornecedores podem ameaçar as empresas de uma indústria ao elevarem os seus

     preços ou diminuírem a qualidade dos produtos e serviços fornecidos e, com isto, podem

    comprometer a rentabilidade de uma indústria caso ela não consiga repassar os aumentos dos

    custos em seus próprios preços (PORTER, 1986).

     No decorrer dos anos, a produção de alumínio teve aumento na escala de produção,

    resultando na redução do preço de venda. Além de aumento na demanda houve também um

    aumento no número de fornecedores. Assim, aufere-se que o poder de barganha dos

    fornecedores de alumínio é baixo. Ainda, outro fato que diminui o poder de negociação, para

    a fabricação dos paletes de alumínio, é a questão dos produtos, no caso, a matéria-prima não

    ser diferenciada e sim, padronizada, isso pode ter como grande responsável o fato do Brasil

    ter a terceira maior reserva de minério no mundo, localizada na região amazônica. Além da

    Amazônia, o alumínio pode ser encontrado no sudeste do Brasil, na região de Poços de Caldas

    (MG) e Cataguases (MG). Hoje os fornecedores de alumínio em São Paulo e Curitiba são:

    Votorantim Metais; CooperMetal; Metal Trom.

    2.2.2.5 Rivalidade dos concorrentes

    Os fatores determinantes que indicam a rivalidade entre os correntes são: estrutura da

    competição, estrutura de custos, extensão da diferenciação, custos da troca de clientes,

    diversidade de estratégias e objetivos e barreiras da saída (DAY & REIBSTEIN, 1999).

    Assim, analisando o ambiente setorial, as principais empresas concorrentes diretas,

    que produzem paletes de alumínio, são: Alutent, Feeling Structures e Cimapi. Porém nodecorrer da pesquisa aufere-se que são poucas as empresas que produzem paletes de alumínio

    no Brasil. Ainda durante a pesquisa, identificou-se alguns concorrentes indiretos. Os

     principais são os que produzem paletes de plástico, aço, metal: Plástico Schoeller; Intelplast;

    Proplast e Logitek, que atualmente disputam o mercado de paletes em Curitiba e principais

    capitais do País.

    Foi elaborado, com base na análise das cinco forças de Porter (2004), o quadro 3, logo abaixo,

    no qual é especificado a intensidade das cinco forças e seus impactos para o negócio da Allu

    Pallet.

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    Quadro 3 –  Análise das Cinco forças de Porter

    FORÇAS DE PORTERINTENSIDADE

    DA FORÇAOBSERVAÇÃO

    Força 1: Rivalidade dos concorrentes Baixa(2,25)

    Existem apenas duas empresas no Brasil que fabricam Paletesde Alumínio.

    Força 2: Poder de negociação doscompradores

    Baixa(1,60)

    Por ser um produto diferenciado e de custo relativamente altode fabricação.

    Força 3: Poder de negociação dosFornecedores

    Baixa(2,35)

    Há uma crescente escala de produção de alumínio. Outrofator é matéria prima não ser diferenciada e sim, padronizada.

    Força 4: Produtos substitutos Alta(4,15)

    Por ter um custo elevado há ameaças de substituição por paletes de madeira.

    Força 5: Ameaças de novos entrantes Alta(3,60)

    Por ser um setor em crescimento há grandes chances desurgirem novas empresas e de investimentos internacionais.

    Fonte: as autoras, 2013.

    2.2.2.6 Fatores críticos de sucesso

    Fatores críticos de sucesso são variáveis nas quais o bom desempenho da empresa éimprescindível para que se atinjam as diretrizes traçadas pela estratégia competitiva da

    empresa (MUSCAT & FLEURY, 1993, apud ARNHOLD, 2006).

    Assim, os fatores críticos de sucesso da Allu Pallet, são:

    a)  Preço: é um fator crítico, pois o custo para a fabricação dos paletes de alumínio é

    relativamente alto;

     b)  Investimento: Para poder fabricar os paletes de alumínio é necessário ter maquinário

    de ponta.

    c)  Relações colaborativas entre clientes e fornecedores: Isso implica em relação de

    confiança uma vez que se trata de um produto em que não pode haver contaminação por

    agentes. A escala de retorno e a qualidade são questões que devem ser consideradas.

    2.3  ANÁLISE DO MERCADO

    A análise mercadológica apresenta as características pertinentes ao mercado de

    atuação, dos clientes e da concorrência. Sendo possível obter informações a respeito das

    oportunidades, das ameaças e das mudanças do mercado. A análise dos dados obtidos dará

    suporte a Allu Pallet na formulação e por consequência, implementação de suas estratégias de

    forma a responder as tendências do mercado.

    O diagnóstico mercadológico compreende as análises dos concorrentes, que podem ser

    diretos ou indiretos, e do mercado consumidor. Este diagnóstico permite que a empresa

    conheça o ambiente de atuação, assim como o perfil dos clientes, suas exigências e

    necessidades. Essa pesquisa possibilita ainda, o conhecimento das forças e fraquezas

    apresentadas pela concorrência e permite que a Allu Pallet avalie sua competitividade no

    mercado. 

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    2.3.1  Análise da concorrência

    Para Certo et al. (2010, p. 32) “os concorrentes são agentes que impactam diretamente

    no desenvolvimento da estratégia”. O entendimento da concorrência é essencial para a

    organização avaliar seus pontos fortes e fracos em relação ao mercado de atuação. Esse tópico

    será analisado sob duas vertentes: a dos concorrentes indiretos e a dos concorrentes diretos,

    tendo por objetivo entender como os concorrentes se posicionam em relação ao setor de

    atuação.

    a)  Concorrentes indiretos

    Caracterizam-se como concorrentes indiretos da Allu Pallet todas as empresas quefabricam e vendem paletes que não sejam o de alumínio, tais como: plástico; metal; madeira e

    aço. De forma geral essas empresas possuem vantagem competitiva, uma vez que possuem

    tempo de atuação, experiência de mercado e da confiabilidade da marca.

    Atualmente existem vários concorrentes indiretos em Curitiba e região metropolitana

    quando se trata de paletes de plástico e o número cresce ainda mais a nível nacional. No

    decorrer da pesquisa não foram identificadas empresas que fabricam paletes de aço e metal

    em Curitiba, apenas revenda dos mesmos. Sendo assim, a Allu Pallet optou por fazer a análisedas principais empresas que fabricam e vendem em Curitiba. A análise estende-se a São

    Paulo, uma vez que a empresa terá um escritório para a comercialização de seus paletes no

    Estado. No quadro abaixo estão descritos os principais concorrentes indiretos e seus pontos

    fortes e fracos.

    Quadro 4 –  Concorrentes IndiretosPRODUTO EMPRESA LOCALIZAÇÃO PORTE PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    Palete de plástico

    Tripacon Curitiba PequenoReconhecimento de mercado,com 24 anos de experiência.

    Produz muitos tipos de produtos como máquinas euniformes.

    Palete de plástico

    IntelPlast Curitiba Pequeno

    Reconhecimento do Mercado;Montagem dos estrados a partirde encaixe; Produz Paletes ecaixas;

    Preço cerca de 2 vezes maiscaro que os demais Paletes

    Palete de plástico

    SchoellerPlast doBrasil

    São Paulo GrandeMarca consolidada; Presente emmais de 50 países;

    Alto Custo

    Palete deaço/plástico

    JoséBraulioPaletes

    São Paulo Pequeno45 anos de experiências no ramode Logística; Locação de Paletes; Produz vários tipos de

    Paletes

    Fonte: as autoras, 2013.

    A Tripacon em Curitiba é uma empresa de pequeno porte cerca de 45 funcionários e

    está presente no mercado desde 1989. A Tripacon oferece uma linha completa de produtos

     para atender desde o comércio até a indústria, tais como frigoríficos, açougues, peixarias,

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     panificadoras, supermercados, restaurantes, lanchonetes, cozinhas industriais, hotéis e

    indústrias em geral. Embora seja uma empresa bem ativa no mercado, ela apresenta um leque

    muito grande de produtos, mostrando que o foco da empresa não é a venda de paletes, o que é

     ponto favorável para a Allu Pallet.

    Uma das principais fabricantes de paletes de plástico em Curitiba é a IntelPlast. Uma

    empresa de porte pequeno, perto de 20 funcionários e que está presente a cerca de 10 anos no

    mercado. Seus produtos são de alto valor agregado e de alta durabilidade, tem por prioridade a

    entrega em tempo hábil.

    O Grupo Schoeller é referência mundial de qualidade e está presente em mais de 50

     países. A Schoeller Plast do Brasil iniciou suas atividades em 1970 introduzindo a garrafeira

     plástica no País. A sua produção nacional possui tecnologia alemã e hoje possui cerca de 40anos de experiência.

    A empresa José Braulio Paletes, é uma empresa de porte pequeno. Com mais

    de 8.000.000 de paletes comercializados, possui 45 anos de experiência no mercado. A

    atualmente a empresa produz vários tipos de paletes, sendo eles, em madeira, aço e plástico.

    Este é um ponto positivo para Allu Pallet uma vez que a empresa produzirá apenas paletes de

    alumínio.

    A partir das características das 4 empresas aqui descritas aufere-se que todasapresentam riscos à Allu Pallet. Os paletes de plástico, aço, metal possui menor preço. Um

    outro fator de risco é por todas possuírem experiência de mercado e marca reconhecida. Um

     ponto desfavorável para estas empresas aqui estudadas, é que todas trabalham com mais de

    um tipo de produto e não exclusivamente com paletes, como é o caso da Allu Pallet.

     b)  Concorrentes diretos

    Segundo Rezende (2008), concorrentes diretos podem ser entendidos como empresas

    que produzem exatamente o mesmo produto ou prestam literalmente o mesmo serviço que a

    atual organização em análise.

    A concorrência direta da Allu Pallet é composta por empresas que atuam no mesmo

    ramo, a fabricação e venda de paletes de alumínio. Em Curitiba, não há empresas que

     produzam palete de alumínio, apenas revenda. As empresas que fazem concorrência direta

    estão localizadas em São Paulo.

    Alutent é uma empresa de pequeno porte, atualmente emprega 50 funcionários na

    fabricação de produtos de alumínio. A empresa fabrica estruturas em alumínio e atua em todo

    o país, estando presentes nas áreas de entretenimento, logística e industrial, oferecendo um

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    24

    vasto portfólio de produtos e projetos sob medida. A Alutent pertence ao GRUPO8, uma das

    maiores empresas de segurança de capitais 100% nacionais.

    A Feeling Structures é uma empresa de grande porte, com cerca de 200 funcionários

    que foi fundada em 1997, com o objetivo de desenvolver e fabricar estruturas especiais em

    alumínio de alta qualidade. A Feeling Structures é líder nacional na fabricação de estruturas

    metálicas em alumínio (FEELING, 2013).

    A Cimapi é uma empresa de grande porte, fundada 1991 focada na fabricação de

    acessórios para padarias e confeitarias em geral. Hoje a empresa está instalada no parque

    industrial da cidade de Caieiras - SP e conta com 2 centros de produção. A empresa possui

    completa linha de acessórios para Padarias, Confeitarias, Pizzarias, Açougues, Cozinhas

    industriais e Indústrias de alimentos em geral. Trabalham também, com produtos sob medida. No quadro a seguir, é apresentada a análise dos pontos fortes e fracos das empresas que fazem

    concorrência direta.

    Quadro 5 –  Concorrentes DiretosCONCORRENTE PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    AlutentBoa localização; Preço competitivo; Faz partede um grupo de grande porte;

    Menor estrutura que a do concorrente

    Feeling StructuresBoa localização; Solidez; Atua no mercado há36 anos; Líder de mercado; Alto investimentoem tecnologia de ponta;

    Custo elevado; Portfólio elevado de produtos;

    Cimapi

    Possui uma central de vendas e chat online.

    Tem vários pontos de vendas em todo o país.Fácil contato com a empresa.

    Atua em vários segmentos. Portfólioelevado de produtos.

    Fonte: as autoras, 2013.

    Mediante pesquisa aufere-se que existem apenas três fabricantes de paletes de

    alumínio no Brasil, os quais foram descritos acima. De foram geral todas estas empresas

    apresentam riscos a Allu Pallet uma vez que a sua localização as favorece (São Paulo, polo

    industrial do Brasil) em questão de atendimento, por exemplo. Por outro lado como não há

    fabricante no sul do país a empresa tem maiores chances de se estabelecer e criar valor de

    marca mais rápido.

    2.3.2  Análise do mercado consumidor

    Análise do mercado consumidor permite que a empresa tenha um maior entendimento

    do mercado em que pretende atuar, de seus clientes e concorrentes buscando maior

    embasamento na elaboração e planejamento do negócio. Assim, a Allu Pallet apresentará

    nessa sessão os componentes que permeiam essa análise.

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    2.3.2.1 Pesquisa de marketing

    Kotler e Keller (2006, p. 98) definem pesquisa de marketing   como “a elaboração, a

    coleta, a análise e a edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre

    uma situação específica de marketing  enfrentada por uma empresa”.

    2.3.2.2 Objetivo

    Os objetivos constituem a finalidade de trabalho, ou seja, delimitam a meta que se

     pretende alcançar na elaboração da pesquisa. Assim, pode-se distinguir dois tipos de

    objetivos: o geral, que é mais abrangente e os específicos, que apresentam o detalhamento

    necessário para o cumprimento do objetivo geral, com ações concretas a respeito do tema

    abordado.

    2.3.2.3 Objetivo geral

    A pesquisa de marketing   teve por objetivo analisar e conhecer o comportamento do

    consumidor referente à característica de compra e posterior utilização dos paletes. Segundo

    Kotler (2000, p. 111) “o mercado consumidor é constituído por indivíduos e famílias que

    compram bens e serviços para o consumo pessoal”. A finalidade da pesquisa foi conhecer o

    setor de paletes e seus clientes a fim de deter informações necessárias a respeito dasnecessidades dos clientes da Allu Pallet.

    2.3.2.4 Objetivo específico

    Os objetivos específicos foram determinados em função do objetivo geral com o

     propósito de quantificar e identificar fatores que interferem a demanda dos paletes, conforme

    segue.

    1 Existe maior demanda por paletes de madeira;2 Identificar se a higienização é um item decisivo na hora da compra;

    3 Acontece atualmente a transição dos paletes de madeira para os paletes de materiais

    alternativos;

    4 Identificar os fatores ou atributos que determinam a importância do preço no mercado;

    5 Identificar o comportamento de compra se é feito de um ou vários fornecedores;

    6 Identificar se a compra é feita por lotes grandes;

    7 Identificar o poder de barganha dos compradores.

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    2.3.2.5 Metodologia

    A metodologia adotada na pesquisa de mercado foi a de amostragem não

     probabilística por conveniência ou acidental, que é “a seleção dos elementos da população

     para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do

    entrevistador no campo” (MATTAR, 1996, p. 132).

    A pesquisa qualitativa para Malhotra (2001, p. 155) “é uma metodologia de pesquisa

    não estruturada, exploratória, baseada em pequenas amostras, que proporciona melhor visão e

    compreensão do contexto do problema”. Com intuito de conhecer melhor o mercado e seus

    clientes, a Allu Pallet realizou pesquisas qualitativas por meio de entrevistas com fabricante

    de paletes, lojas de revenda e o com cliente final.

    A pesquisa quantitativa para Malhotra (2001, p. 155) “tem como objetivo quantificar

    os dados e generalizar os resultados da amostra da população-alvo, e aplica alguma forma de

    análise estatística”. A pesquisa realizada pela empresa se deu em dois momentos, o primeiro

    questionário (fase 1) disparado serviu de base para o conhecimento de mercado e delimitar o

     público alvo, e no segundo momento (fase 2), realizou-se um questionário mais enxuto

    destinado ao público que a empresa visa atender. Os questionários foram desenvolvidos e

    enviados por meio do software de pesquisas Qualtrics, ainda, foram utilizados principalmente

    no segundo momento da pesquisa redes sociais, tais como: Facebook  e Linkedin. As questões

    aplicadas são estruturadas, cujo formato das respostas e alternativas é pré-estabelecido,

    direcionados a profissionais cujo perfil é da área de logística, produção e compras.

    2.3.2.6 Limitações da pesquisa

    O estudo realizado apresentou limitações importantes quanto à amostra e seus

    respondentes. A população definida restringe-se a indústrias que compram paletes. Em outras

     palavras, faz com que o número de respondentes e questionários válidos seja menor. Poiscomo o estudo foi feito por meio de questionários, houve a complexidade de o mesmo chegar

    a seu destino, quando enviado por e-mail, que seria um gestor de logística e/ou compras,

    muitos dos e-mails iam direto para pasta  spam. Também houve dificuldade na abordagem

    com os responsáveis das organizações em tentativas via telefone, muitos não podiam atender

    e foi passado e-mail. Assim, a definição da amostra é um fator limitante, uma vez que ela não

    é aleatória.

    Vale ressaltar que, dado que as indústrias aqui estudadas são representadas por umaamostra não probabilística, a qual se refere ao total de trinta e seis empresas na primeira fase

    de pesquisa sendo elas do ramo, alimentício, farmacêutico, cosmético, saúde, automobilístico

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    27

    e tecnológico que utilizam paletes para armazenar e/ou movimentar suas cargas. Foram

    disparados e reenviados 4.948 e-mails, para cerca de 3.200 contatos, no qual 80 empresas

    responderam, porém 36 são válidos, ou seja, aqueles que utilizam paletes, respondidos por

    gestores de logística e/ou compras e que concluíram o questionário. Ainda, o questionário foi

    disparado no mês de maio e fechado no mês de julho de 2013. Na segunda fase da pesquisa

    com data de início em12 de setembro e com data de término em 27 de setembro, 1.800 e-

    mails foram disparados por meio do software de pesquisas Qualtrics são público de interesse

    identificado na primeira fase. Ainda, foram divulgados em perfis e grupos no  Linkedin,  tais

    como: Indústrias Farmacêutica e de Biotecnologia do Brasil; Profissionais de Logística, entre

    outros, e no Facebook : FIEP; Mundo Logístico; Amplo Logística, entre outros, e por fim foi

    realizada ainda a pesquisa por meio de visita com questionários impressos. Neste segundomomento, foram totalizados, 138 questionários, destes 86 foram completos, e 63 são

    relevantes para a pesquisa, uma vez que os demais são indústrias que não contemplam o nicho

    de pesquisa.

    2.3.2.7 Resultados da pesquisa

    As medidas de marketing da Allu Pallet serão direcionadas ao mercado B2B, ou seja,

    indústrias que utilizam paletes para armazenar e transportar cargas. A fim de identificar ascaracterísticas do mercado de atuação e ainda da aceitação dos paletes de alumínio, realizou-

    se uma pesquisa quantitativa e duas qualitativas. A primeira fase da quantitativa como dito

    teve por finalidade entender o mercado e delimitar o público-alvo e a segunda fase de analisar

    o público-alvo identificado na primeira fase. A empresa escolheu a análise quantitativa a

     partir da necessidade de obter dados primários e foram feitas entrevistas presenciais, a fim de

    sustentar análise.

    O estudo da viabilidade do negócio se inicia na análise ambiental, descrita no tópico

    2.2, porém quanto mais informações tiverem relacionadas à ideia melhor será para o negócio.

    Sendo assim, a Allu Pallet realizou uma pesquisa quantitativa com público que visa atender e

     buscou identificar o nível de atratividade de seu negócio. Para esta análise foi considerada a

    totalidade de respostas que neste caso foram de 138 empresas (total da fase um e fase dois),

    uma vez que se trata de perguntas a respeito da aceitação da ideia. Como mostra o gráfico a

    seguir.

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    Gráfico 1 –  Nível de atratividade do negócio

    Fonte: as autoras, 2013.

    Desta maneira aufere-se que dos 138 respondentes 99% afirmaram aprovar a ideia,

    sendo este um bom índice para a empresa, pois indica uma ótima aceitação, ainda destes 90%

    disseram que comprariam.Quando perguntado o que mais atraiu na proposta e que por consequência levaria a

    adquirir os produtos da Allu Pallet, 29% dos 90%, que disseram comprar, afirmaram serem

    todas as opções indicadas, seguido de fácil higienização e durabilidade indicando 24% do

    total 90% dos interessados, como indicado no gráfico a baixo.

    Gráfico 2  –  Item que agrega valor

    Fonte: as autoras, 2013.

    Aufere-se que o valor percebido pelo cliente nos produtos da Allu Pallet está ligado

     principalmente à fácil higienização, durabilidade e sua resistência ser maior que os demais

     paletes.

    Representando na primeira fase, uma amostra de 39 empresas, dentre elas 36 foram

     por meio de questionário e três por meio de entrevistas presenciais, o qual teve por finalidade

    estudar o mercado e delimitar o público alvo. A fim de complementar, analisar o público-alvo

    identificado na fase anterior e ainda de ponderar e comparar resultados já obtidos, a segundafase representa uma amostra de 120 empresas, dentre elas 63 questionários são válidos, foram

    99%

    90%

    84%86%88%90%92%94%

    96%98%

    100%

    Aprova a ideia?

    Compraria?

    24%

    17%

    14%16%

    29%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%30%

    35%

    Fácil de higienizar e

    durabilidadeMaior durabilidade eresistência

    Maior leveza eeconomia de espaço

    Relação custo benefício

    Todas as opções

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    desconsiderados nesta amostra os questionários incompletos e aqueles que não estão dentro

    do nicho da amostra, ou seja, que não se refere ao público-alvo. Sendo assim, a pesquisa

    totalizou 99 questionários válidos onde os resultados serão analisados a seguir.

    A Allu Pallet irá atender indústrias que necessitam se adequar as leis e normativas dos

    órgãos regulamentadores, estes que são sanitários como a ANVISA e ambientais como o

    IBAMA. A fim de impedir a contaminação dos produtos por agentes. Ainda a Allu Pallet irá

    atender empresas que necessitam transportar de forma segura os seus produtos de alto valor

    agregado. O gráfico 3 mostra o público-alvo da pesquisa.

    Gráfico 3 –  Público Alvo

    Fonte: as autoras, 2013.

    Mediante a este público alvo, composto pelas indústrias de alimentos, farmacêutico,tecnológica, cosméticos, transporte, saúde e automobilística é que a empresa por meio da

     pesquisa de mercado buscou saber e identificar as suas características a fim de delimitar de

    forma mais assertivas as estratégias da empresa. 

    O motivo dos clientes comprarem paletes de plásticos ou de outros materiais é por

    conta da atual transição do mercado, onde há cobrança por regulamentações no quesito de

    higienização e sanitização, diz o gerente e dono da Caixas Plásticas Curitiba, Vanderlei, em

    entrevista (mar. 2013). Assim, como identificado o fator higienização é importante paraindústrias que manuseiam produtos a fim de impedir contaminação dos mesmos.

    A Allu Pallet trabalhará com um produto diferenciado e um preço equivalente ao

    mesmo. Assim, justifica-se o aprofundamento da análise de valor para o cliente, com o item

     por grau de importância, ou seja, por classificação, o que é mais importante para o cliente na

    hora de comprar seus paletes. Mediante análise dos dados confirma-se a característica de

    valor para o cliente, a durabilidade, seguido da fácil higienização e sustentabilidade, no qual

    mostra que os clientes buscam o custo benefício e o preço está ligado a esta questão, a do

    trade-off, como mostra o gráfico abaixo.

    30%

    13%10% 11%

    13%10%

    12%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    35%

    Alimenticio

    Farmacêutico

    Tecnológica

    Cosmético

    Transporte

    Sáude

    Automobilística

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    30

    Gráfico 4 - Item por grau de importância

    Fonte: as autoras, 2013.

    Os clientes que buscam um palete de maior durabilidade, resistência, e fácil

    higienização entre outros benefícios, não tem foco no preço, quem busca estes paletes já sabe

    que vão pagar mais caro. Marcos Ritzmann, dono e gerente da Intelplast, afirma em entrevista

    (abr., 2013) que seus produtos tem foco na diferenciação e não em custo e que o poder de

     barganha por parte do cliente é baixa, uma vez que o preço agrega valor ao seu produto, omesmo diz.

     Nós não fazemos muita barganha, penso que você tem que por um preço

     justo pelo seu produto, não digo que não damos desconto, sim damos, porém

    em compra de alta escala, mas não é uma prática. Se você barganha muito e

    consegue pagar um preço muito inferior do que o estabelecido inicialmente

     passa falta de credibilidade.

    Além de buscar saber qual o nível de atratividade do negócio, a Allu Pallet identificou

    dentro deste segmento, os clientes que estão dispostos a pagar o preço estipulado para os produtos da empresa. Sendo assim, abaixo serão apresentados os gráficos de preço

    correspondente a cada produto.

    Mediante pesquisa de mercado e juntamente com a empresa espelho, a empresa

    estabeleceu um preço justo para seu produto. Assim, o preço estipulado para adquirir o palete

    reutilizável é de R$ 410,00 a unidade.

    24%

    20%

    5% 5%

    15%13%

    18%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    Durabilidade

    Facil de higienizar 

    Capacidade de Peso

    Exigências de órgãosregulamentadores

     preço

    Disponibilidade do produto

    Sustentabilidade

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    31

    Gráfico 5 –  Preço, palete reutilizável

    Fonte: as autoras, 2013.

    Mediante análise dos dados obtidos aufere-se que 32% dos respondentes disseram que

    comprariam isso porque assinalaram a opção de R$ 400,00 à R$ 499,00.

    Para o palete fábrica limpa, um produto adequado para quem necessita armazenar e

    transportar cargas pesadas e ao mesmo tempo proporcionar facilidade de higienização, o

     preço estipulado para adquirir uma unidade é de R$ 500,00.

    Gráfico 6 –  Palete Fábrica Limpa

    Fonte: as autoras, 2013.

    Assim, como mostra o gráfico acima se conclui que 29% dos responderam afirmaram

    interesse em comprar no preço estipulado pela empresa, uma vez que, assinalaram a opção de

    R$ 500,00 a 599,00. 

    A caixa palete é um produto destinado ao transporte de cargas de alto valor agregado e

    de cargas em lugares de difícil acesso, o preço estipulado é de R$ 3.500,00 a unidade.

    Gráfico 7 –  Caixa Palete

    Fonte: as autoras, 2013.

    68%

    32%

    0%0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    PALETE REUTILIZÁVEL

    De R$ 300,00 à R$ 399,00

    De R$ 400,00 à R$ 499,00

    De R$ 500,00 à R$ 599,00

    71%

    29%

    0%0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    PALETE FÁBRICA LIMPA

    De R$ 400,00 à 499,00

    De R$ 500,00 à 599,00

    De R$ 600,00 à 699,00

    70%

    30%

    0%0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    CAIXA PALETE

    De R$ 2.000,00 à R$ 2.999,00

    De R$ 3.000,00 à R$ 3.999,00

    De R$ 4.000,00 à R$ 4.999,00

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    Gráfico 9 –  Palete de madeira

    Fonte: as autoras, 2013.

    Esses dados reflete o mercado atualmente e a crescente mudança que já ocorre no

    mercado por conta das exigências legais que obrigam determinadas indústrias que manipulam

    medicamentos e alimentos, por exemplo, a cumprir as exigências técnicas. Como é o caso do

    Hospital Universitário Cajuru, em entrevista realizada com Fabiane, gestora de logística, diz

    que utiliza paletes de alumínio e plástico por regulamentação, no qual o ramo em que a

    empresa está inserida não permite a utilização de paletes de madeira.

    O aumento de produtos embalados no setor de alimentos fez com que a demanda por

     paletes aumentasse. Essa demanda fez com que o setor de vigilância sanitária a ANVISA

    fiscaliza-se mais de perto, uma vez que, muitas empresas ainda utilizam paletes de madeira

     para armazenar ou até transportar estes produtos, a fiscalização mais rígida se dá ao fato damadeira não ser um produto que permite a higienização, podendo levar a contaminação do

     produto que será entregue ao consumidor final. Assim atualmente está havendo a mudança

     para paletes de outros materiais como o plástico. A pesquisa indicou que 38% dos

    respondentes disseram utilizar o palete de plástico, destes 38% como mostra o gráfico 10,

    10% correspondem ao setor alimentício, seguido do setor farmacêutico e de saúde ambos com

    7%.

    Gráfico 10 –  Palete de plástico

    Fonte: as autoras, 2013.

    20%

    2%4% 3%

    11%

    3%

    7%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    PALETE DE MADEIRA

    Alimentação

    Farmacêutico

    TecnológicoCosmético

    Transporte

    Saúde

    Automobilistica

    10%

    7%

    3%

    5%

    3%

    7%

    3%

    0%

    2%

    4%

    6%

    8%

    10%

    12%

    PALETE DE PLÁSTICO

    Alimentação

    Farmacêutico

    Tecnológico

    Cosmético

    Transporte

    Saúde

    Automobilistica

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    34

    Os principais setores afetados pela rígida fiscalização da ANVISA e de outros órgãos

    regulamentadores são o alimentício, farmacêutico, cosmético e saúde, uma vez que possui

     produtos que podem facilmente ser contaminados por agentes. Como indica o gráfico acima o

    setor de cosmético aparece em 4 lugar com 5% do total.

    Como dito anteriormente cresce o aumento por paletes de materiais alternativos, sendo

    assim, a pesquisa indicou que 8% utilizam palete de aço, o principal setor que faz uso deste

     palete é do transporte. Já o palete de alumínio corresponde a uma parcela de 3% do total as

    indústrias que disseram fazer uso desse tipo de palete são a de cosmético, saúde e transporte.

    A baixa porcentagem na pesquisa do palete de alumínio pode ser justificada de várias

    maneiras, uma delas é por conta desses paletes ser pouco conhecido no mercado, outro fato é

     porque o custo para produzir é ainda mais elevado do que os paletes de plástico e atualmenteexistem três fabricantes de paletes de alumínio no Brasil localizado em São Paulo, como já

    explicado no item 2.3.2.3 Concorrentes diretos.

    A Allu Pallet adotará medidas para que esses indicadores não prejudique a empresa,

    como, por exemplo, investimento em marketing   e marketing viral e ainda em publicidade e

     propaganda (feiras e revistas especializadas) a fim de consolidar e criar valor de marca. A

     produção será feita com base na demanda para diminuir e eliminar desperdício, para a redução

    dos custos. O fato de existir apenas três fabricantes em São Paulo torna-se um ponto positivouma vez que a concorrência direta é baixa.

    A frequência de compra das empresas que utilizam paletes e a quantidade em que

    compram, são variáveis importantes a fim de ter informações sobre a demanda e o ciclo de

    mercado em que a empresa irá atender.

    Assim, de acordo com os dados obtidos aufere-se que os paletes duram em média 2

    anos, isso acontece muitas vezes pelo uso indevido como, por exemplo, excesso de peso,

     baixa qualidade ou até a escolha errada do tipo de palete para atender as necessidades, estescasos são o que mais acontecem segundo Vanderlei gerente das Caixas Plásticas Curitiba em

    entrevista realizada em mar. de 2013. Pois, paletes de plástico são fabricados para ter

    durabilidade de até 10 anos e de alumínio são feitos para ter durabilidade de 10 anos ou mais.

    Como muitas vezes os paletes não são utilizados do jeito correto, que seria armazenar

    e transportar produtos de acordo com a sua capacidade, a sua vida útil diminui bastante,

    Fabiane, gestora de logística do Hospital Universitário Cajuru, em entrevista (abr., 2013), diz

    que faz a compra de acordo com a sua necessidade, seus paletes duram em média 2 a 3 anos,

    quando deveriam durar cerca de 10 anos. Marcos Ritzmann (2013), diz que o mau uso se dá

    ao fato de o cliente não especificar para o fabricante qual é a finalidade do palete, por

  • 8/16/2019 ALLU Paletes

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    exemplo, o cliente diz que precisa de 100 peças e compra um palete que suporta 2 toneladas

    quando na verdade necessita de um que suporte 3 toneladas.

    Conforme mostra o gráfico 11 a maioria das empresas compram em média de 50 a 150

     paletes, somando 47% do total de 99 respondentes. Essas empresas como indicou a pesquisa

    tem por características ser uma indústria de pequeno e médio porte, ou seja, com até 19

    funcionár