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ADITIVOS ALIMENTARES SÃO REALMENTE NECESSÁRIOS? O uso de aditivos ascende aos tempos mais remotos da história da Humanidade. Já na Antiguidade se usavam diversas substâncias, como o fumo, o sal, as leveduras ou o vinagre, para conservar e melhorar os alimentos, substâncias às quais hoje em dia chamaríamos aditivos. Actualmente, a cadeia alimentar cada vez é mais longa, sendo necessário prolongar a vida dos alimentos; por outro, a crescente procura de alimentos pré- cozinhados torna necessário o seu tratamento e conservação. O QUE SÃO OS ADITIVOS? Os aditivos são substâncias que se acrescentam intencionalmente aos alimentos, durante a respectiva elaboração, para melhorar algumas das suas características, sem alterar o seu valor nutritivo.
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Aditivos Alimentares

Jun 12, 2015

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Ana Pereira

TRABALHO ESCOLAR DE ADRIANA RAMOS PEREIRA
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ADITIVOS ALIMENTARES SÃO REALMENTE NECESSÁRIOS?

O uso de aditivos ascende aos

tempos mais remotos da história da Humanidade. Já na Antiguidade se usavam diversas substâncias, como o fumo, o sal, as leveduras ou o vinagre, para conservar e melhorar os alimentos, substâncias às quais hoje em dia chamaríamos aditivos.

Actualmente, a cadeia alimentar cada vez é mais longa, sendo necessário prolongar a vida dos alimentos; por outro, a crescente procura de alimentos pré-cozinhados torna necessário o seu tratamento e conservação. O QUE SÃO OS ADITIVOS?

Os aditivos são substâncias que se acrescentam intencionalmente aos alimentos, durante a respectiva elaboração, para melhorar algumas das suas características, sem alterar o seu valor nutritivo.

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VIGIAR OS ADITIVOS Os organismos sanitários, através de controlos e análises, elaboram as chamadas «listas positivas», específicas para cada alimento, nas quais se indica a quantidade máxima que pode ser adicionada, com a garantia de ausência de nocividade, isto é, ausência de perigo. Está proibido o uso de qualquer outra substância que não apareça nessas listas oficiais. As listas são abertas, o que significa, em qualquer momento, pode eliminar-se um aditivo ou incluir-se um novo. Para conseguir um máximo de segurança, estabelece-se um índice denominado IDA – Ingestão Diária Admissível -, que é a quantidade máxima de um dado aditivo que uma pessoa pode tomar diariamente, durante toda a sua vida, sem que isso represente um risco importante para a sua saúde. Os aditivos não devem ser confundidos com os contaminantes nem com os resíduos, cuja presença é indesejada nos alimentos, surgindo por contacto destes com o meio

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ambiente. São os casos do cádmio, do chumbo, do mercúrio, dos pesticidas nos vegetais e dos resíduos de antibióticos e hormonas nos animais. Uma substância pode ser admitida como aditivo alimentar mas essa admissão não é definitiva, pois podem surgir novos dados indicando a sua toxicidade e determinaram a sua exclusão dos aditivos permitidos. As substâncias proibidas ou permitidas são definidas pela FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO) e pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Podem ingerir-se diariamente mais de 3000 aditivos diferentes. O QUE SE DEVE FAZER? Segundo a finalidade dos aditivos podemos classificá-los em três grandes categorias:

Os que asseguram a conservação são os conservantes e os antioxidantes, os quais evitam as alterações biológicas e químicas dos alimentos e prolongam a sua vida útil. Os que modificam as características físicas, isto é, tornam mais apetecíveis os alimentos. São: - os modificadores da cor ou corantes, que se usam para dar

cor ou reforçar a cor natural dos alimentos;

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- os modificadores do sabor, destacando-se o sabor ácido que também ajuda à conservação;

- os modificadores do odor, agentes aromáticos que modificam o aroma dos alimentos e são usados em confeitaria, pastelaria e nas bolachas;

- os modificadores da textura, como os espessantes, os gelificantes, os anticoagulantes, os anticondensantes e outros que dão bom aspecto e consistência ao alimento.

Os coadjuvantes tecnológicos que facilitam a elaboração do alimento destacando-se os branqueantes, os clarificantes ou os gasificantes. COMO RECONHECER OS ADITIVOS Podemos reconhecer os aditivos na etiqueta de um produto:

pelo nome, quase sempre extenso e complicado por serem compostos químicos

pela letra E, seguida de um número, fórmula fixada por uma directiva da União Europeia.

Em geral, estes são os códigos dos aditivos:

corantes: E-100 a E-180 conservantes: E-200 a E-290 antioxidantes: E-300 a E-390 emulsionantes, estabilizantes e espessantes: de E-399

a E-484

Os aroma s devem constar na etiqueta com o seu nome completo.

Os corantes são, na sua maioria sintéticos, são o grupo de aditivos mais desnecessário, dado que apenas melhoram a apresentação.

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Deste modo, muitos especialistas colocam a questão de se vale ou não a pena correr riscos.

A INFLUÊNCIA DOS ADITIVOS NA COMPRA O aspecto de um alimento de um alimento influencia a sua compra.

Para ultrapassar este problema, seria preciso educar o consumidor, para aprender a não relacionar a cor com o sabor. Por exemplo, os produtos com sabor a morango não têm, obrigatoriamente, de ser vermelhos nem os de menta de ser verdes. É importante controlar o consumo excessivo de produtos corados, especialmente por parte das crianças.

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OS ADITIVOS MAIS FREQUENTES

Os efeitos nocivos de alguns aditivos e, sobretudo, a constante descoberta de novos dados toxicológicos, têm preocupado e feito desconfiar os consumidores. Assim, alguns fabricantes preferem não indicar o aditivo pelo seu número, mas sim pelo seu nome completo para que pareça mais natural. Os aditivos, por muito naturais que sejam, não podem considerar-se nutrientes.

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EXEMPLOS DE ADITIVOS CORANTES E-101 riboflavina (vitamina B2) E-140 clorofilas E-160 carotenóides E-161 xantofilas E-162 vermelho-beterraba, betanina E-163 antocianina CONSERVANTES E-260 ácido acético E-270 ácido láctico E-280 ácido propiónico E-290 anidrido carbónico ANTIOXIDANTES E-300 ácido ascórbico (vitamina C) E-307 alfatocoferol sintético (vitamina E) E-222 sulfito ácido de sódio E-330 ácido cítrico ESTABILIZANTES, ESPESSANTES E GELIFICANTES E-406 ágar-ágar E-410 farinha de semente de alfarroba E-412 farinha de semente de cana E-414 goma arábica E-422 glicerol E-440 pectina

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E-470 sais de sódio, de potássio e de cálcio dos ácidos gordos E-471 mono e diglicéridos dos ácidos gordos ACIDULANTES E CORRECTORES DE ACIDEZ E-296 ácido málico E-297 ácido fumárico E-363 ácido sucínico E-375 ácido nicotínico ANTIAGLOMERANTES E-570 ácido esteárico POTENTENCIADORES DO SABOR E-620 ácido glutâmico E-621 glutamato monossódico

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ADOÇANTES E-951 aspártamo E-952 ciclamatos E-954 sacarina OS PERIGOS DOS ADITIVOS

PERIGOS DOS CONSERVANTES podem bloquear o ferro da hemoglobina causam hipertensão desencadeiam alergias destroem a vitamina B1 podem formar produtos cancerígenos

PERIGOS DOS ANTIOXIDANTES os seus efeitos não são bem conhecidos podem causar problemas de pele em pessoas que trabalham

em restaurantes e em certas indústrias

PERIGOS DOS AJENTES DE TEXTURA provocam úlceras na parede digestiva da cobaia e tumores no

colón do rato desenvolvem alergias

PERIGOS DOS CORANTES provocam alterações celulares provoca alergias nas pessoas alérgicas à aspirina

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alguns corantes destroem a vitamina A

PERIGOS DOS ADOÇANTES possibilidade de reacções com as sulfamidas fenómenos de fotossensibilidade suspeitas de o E-952 serem cancerígenos

PERIGOS DOS ACTIVADORES DE GOSTO neurotóxico para pessoas sensíveis provoca dores de cabeça perda de sensibilidade facial secura na boca

UM CONSELHO AOS CONSUMIDORES: Nem tudo o que luz é ouro.

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MODOS DE CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS Actualmente, a sociedade compõe-se de uma população numerosa e crescente. Consomem-se grandes quantidades de alimentos que são melhorados para se poderem conservar, mesmo prejudicando a sua qualidade e trazendo problemas de saúde para o consumidor. Diariamente, estamos rodeados de milhões de microorganismos que se instalam nos alimentos e os contaminam. A maior parte das vezes essa contaminação não se vê e, só quando adoecemos e aparecem os sintomas é que nos apercebemos da sua presença. Para que isso não aconteça, recorre-se actualmente a processos eficientes de conservação dos alimentos, para que possam ser utilizados pelos consumidores. O mais antigo processo de conservação dos alimentos foi o sal, inventado pelos Romanos e por eles introduzido na Península Ibérica e noutras partes do Mundo. OS PERIGOS DE ALGUNS PROCESSOS O fumo, o sal, o vinagre, o açúcar e a seca são processos antigos e ainda hoje utilizados na conservação dos alimentos. No entanto, também podem trazer perigos para a saúde: o fumo pode ser cancerígeno o sal em excesso pode provocar hipertensão, ateroesclorose e

cancro do estômago o açúcar é perigoso para a diabetes a seca pode ser contaminada com microorganismos

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OS SEGREDOS DA CONGELAÇÃO A congelação é o sistema mais simples e natural de conservar os alimentos. Se se seguirem algumas regras, os alimentos manterão todas as suas propriedades e valor nutritivo.

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CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS As técnicas de conservação alimentar evitam a contaminação e a deterioração dos alimentos. Destacam-se:

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Para além destes processos, existem os aditivos, já referidos anteriormente. Serão talvez, o processo de conservação dos alimentos com mais efeitos prejudiciais à saúde.

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CONCLUSÃO O uso de aditivos na indústria alimentar é definido pela FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZACION e pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Os aditivos são considerados substâncias sem valor nutritivo que se acrescentam aos alimentos, em pequenas quantidades, para melhorar o sabor e o seu aspecto. O seu uso é bastante polémico e deve-se sempre verificar se os aditivos referidos nas embalagens fazem parte das listas das organizações que os determinam. Alguns deles são realmente perigosos para a saúde. Os processos de conservação dos alimentos referidos, permitem ao consumidor prolongar o tempo de conservação dos alimentos, sem que estes percam os seus nutrientes e o sabor. Outra vantagem é poder-se utilizar os alimentos em qualquer altura, e até reduzir o tempo de preparação das refeições. Actualmente, o melhor processo de conservação dos alimentos é a congelação.

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BIBLIOGRAFIA Saúde e Bem-Estar, nº 54 e 58, Outubro e Dezembro de 1998, Edições Represse Vida Humana, Ciências Naturais, 8º ano, Amparo Dias da Silva, Fernanda Gramaxo, Maria Ermelinda Santos, Almira Fernandes Mesquita, Ludovina Baldaia, Porto Editora, 2000 O Mistério da Vida, Ciências Naturais, 8º ano, José Augusto Batista, Helena Vaz Domingues e Marília Serrano Sobral, Texto Editora, 1999

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INTRODUÇÃO Este trabalho é subordinado ao tema “Os aditivos alimentares e os modos de conservação dos alimentos”. Para a sua elaboração foram consultadas duas revistas específicas da área da saúde, o manual utilizado na disciplina de Ciências da Natureza, bem como outro manual da mesma área. Com este trabalho pretende-se dar uma ideia alargada sobre o assunto supracitado, e não fazer um trabalho exaustivo que iria muito para além das 10 páginas exigidas. No entanto, o facto de ultrapassar o número de páginas, deve-se ao facto de terem de ser utilizadas imagens para melhor ilustrar e elucidar o tema, retirando assim espaço para a exposição escrita.

“Somos aquilo que comemos!”

in o Mistério da Vida

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TRABALHO DE GRUPO

Tema: Os aditivos alimentares e os modos de conservação dos alimentos

Professora: Paula Campos

Disciplina: Ciências Naturais

Ano Lectivo: 2001/2002

Período: 2º Período

Trabalho elaborado por: Adriana Pereira 8º B, nº 1

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ÍNDICE

Introdução Aditivos alimentares - São realmente necessários? - O que são os aditivos - Vigiar os aditivos - O que se deve fazer ? - Como reconhecer os aditivos - A influência dos aditivos na compra - Os aditivos mais frequentes - Exemplos de aditivos - Os perigos dos aditivos Modos de conservação dos alimentos Os perigos de alguns processos Conservação dos alimentos Os segredos da congelação Conclusão Bibliografia